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Reabilitação em equinos de desporto e

competição

Cuidados Veterinários
Professora Filipa Cabecinhas
Professora Inês Rijo

Mariana Coelho Nº21681


2022/2023
Reabilitação em equinos de desporto e competição

Índice

1. Resumo ...................................................................................................................... 4

2. Introdução.................................................................................................................. 5

2.1 Objetivos ................................................................................................................. 5

3. Problemas mais comuns em cavalos de desporto...................................................... 6

3.1. Mau comportamento associado à dor ................................................................ 6

3.2. Controlo da dor .................................................................................................. 6

4.Reabilitação ................................................................................................................... 7

4.1 Medicinas integrativas ....................................................................................... 7

5. Termografia ............................................................................................................... 8

6. Acupuntura......................................................................................................... 8

1. . Efeitos fisiológicos induzidos pela acupuntura ................................................. 10

2. . Situações em que não devemos utilizar a acupuntura ....................................... 10

7. Hidroterapia ......................................................................................................... 11

7.1 Passadeira aquática ....................................................................................... 11

7.1.1 Problemas em que a passadeira aquática é eficaz ........................................ 12

7.2 Natação/Imersão ........................................................................................... 12

8. Kinesio taping .................................................................................................. 13

9. Laser ........................................................................................................................ 14

10. Ondas choque extracorporais (TOCE) .................................................................... 15

11. Conclusão ................................................................................................................ 17

Anexos ............................................................................................................................ 18

Webgrafia ....................................................................................................................... 23

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Índice de figuras

Figura 1 Diferença antes do tratamento e depois na termografia ..................................... 8


Figura 2 Acupuntura em equino ....................................................................................... 9
Figura 3 Acupontos equinos ........................................................................................... 10
Figura 4 Aquatrainer em Gestüt Brune, Alemanha ........................................................ 12
Figura 5 Hidroterapia, natação ....................................................................................... 12
Figura 6 Cavalo com kinesio taping ............................................................................... 13
Figura 7 Terapia de laser ................................................................................................ 14
Figura 8 Ondas choque membro anterior ....................................................................... 16
Figura 9 The best therapist has fur & four legs .............................................................. 17
Figura 10 Lesão e edema da Peppy ................................................................................ 18
Figura 11 Durante o tratamento ...................................................................................... 20
Figura 12 Antes do tratamento ....................................................................................... 20
Figura 13 Após 24h ........................................................................................................ 20
Figura 14 Imagem de ecografia ...................................................................................... 21
Figura 15 Imagem de termografia .................................................................................. 21
Figura 16 Tromboflebite na jugular ............................................................................... 21

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1. Resumo

A reabilitação é uma parte muito importante da medicina veterinária, principalmente em


animais de deporto nos quais as leões são muito frequentes e têm um impacto muito
grande no desempenho desportivo de cada animal.
Temos de ter sempre em conta o controlo de dor e respeitar os tempos de recuperação,
pois é uma coisa muito progressiva que pode ter vários tempos de tratamento, tem de se
ter atenção para não haver um retroceder na recuperação.
As medicinas integrativas são ferramentas muito uteis na reabilitação, mas nunca nos
podemos esquecer que tanto na medicina tradicional ou nas medicinas integrativas
deve-se ter sempre um diagnostico antes de começar qualquer tipo de tratamento.

Abstract
Rehabilitation is a very important part of veterinary medicine, mainly in sport animals
where the injuries are very frequent and has a very big impact on the sporting
performance of each animal.

We always need have in mide the pain control and the recovery times because is
something very progressive, which can have several treatment times, we have to be
careful not to have a rewind in recovery.

The integrative medicines are very useful tools in rehabilitation, we can never forget
that both in traditional medicine and in integrative medicines, we need always to have a
diagnosis before starting any type of treatment.

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2. Introdução

O presente trabalho, cujo tema é reabilitação em equinos de desporto e competição no


âmbito da disciplina de Iniciação à Reabilitação Animal, 2ºano do Curso de Cuidados
Veterinários da Escola Superior Agrária de Elvas, Instituto Politécnico de Portalegre.
A reabilitação é uma área da medicina muito vasta, cheia de opções e diferentes
opiniões.
Os cavalos de deporto são atletas como outros quaisquer, tendo em conta isso eles
também têm leões por vários motivos e dependendo da sua modalidade há lesões mais
comuns que outras, mas existem algumas que são comuns a quase todos.
A dor é também um ponto muito importante pois quando existe dor o desempenho
desportivo baixa e o bem-estar também baixa. Após uma lesão a dor tem de ter um
controlo muito apertado.
Dentro da reabilitação existem várias opções com por exemplo a utilização da medicina
convencional, em que são utilizados fármacos ou as medicinas integrativas onde estão
inclusas a acupuntura, ondas choques, quiroprática, hidroterapia, magnetoterapia,
fitoterapia, laser e kinesio taping, entre outras.
A acupuntura é a estimulação feita com agulhas, em pontos específicos do corpo e com
objetivo de atingir um efeito terapêutico ou homeostático. (Altman, 1997)
A hidroterapia faz parte das técnica de reabilitação em equinos, esta consiste no uso de
água como forma de tratamento, tendo duas vertentes a natação onde o animal fica
totalmente submerso e a outra é a passadeira aquática em que a água vai apenas até aos
membros. (Hidroterapia Equina, s.d.)
A kinesio taping é uma terapia utilizada normalmente para lesões musculares e suporte
de estruturas com recurso a fitas elásticas. (MATTOS, 2016)
A terapia a laser, fotobiomodulação, é uma luz “fria” segura e não evasiva que penetra
nas estruturas dos tecidos. (ALTERNATIVE MEDICINE, s.d.)
A onda de choque é uma onda de pressão que apresenta um pico de pressão positiva
durante um curto espaço de tempo. (McClure, S.R. & Merritt, & D.K., 2003)

2.1 Objetivos
Este trabalho tem como objetivo dar a conhecer as várias opções que de medicinas
integrativas utilizadas na reabilitação de equinos de desporto e competição, tendo ainda
a missão de quebrar alguns receios e duvidas em relação a este tema.

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3. Problemas mais comuns em cavalos de desporto

Nos cavalos de desporto existem várias lesões que podem ser limitantes na progressão
desportiva ou até mesmo impeditivas.
As lesões, más formações e doenças mais comuns são:
• Sobreposição dos processos espinhosos dorsais “Kissing spine”;
• Mialgia;
• Tendinites;
• Inflamação dos ossos sesamoides;
• Osteoartrite ou doença articular degenerativa;
• Atrofia muscular.

3.1. Mau comportamento associado à dor


O morder, dar coices, encolher-se, por as orelhas para trás e serem cavalos “difíceis” de
montar por vezes não está relacionado com o cavalo ter um mau temperamento, mas
pode sim estar associado à dor. Quando o cavalo começa a apresentar estes
comportamentos o que acontece é uma que o cavalo está a tentar evitar a dor ou faze-la
desaparecer.
Muitas das vezes o desconforto pode estar associado à utilização de selas inapropriadas,
trabalho excessivo, maus pisos, más ferrações e mau maneio, que por consequência
podem causas lesões. (Lesté-Lasserre, 2021)

3.2. Controlo da dor


Sternback (1968) definiu a dor como: “Uma sensação pessoal e particular de sofrimento
físico; um estímulo nocivo que indica lesão ou dano tecidual atual ou eminente; um
padrão de respostas que atua para proteger o organismo contra o dano” já a Associação
Internacional de Estudo da Dor definiu a dor como: “Uma experiência emocional e
sensitiva desagradável associada a uma lesão real ou potencial de um tecido”.
É importante ressaltar que existem diferenças quanto a tolerância a dor, sendo que os
equinos são altamente sensíveis, com baixo limiar a dor somática e visceral. A dor
somática é denominada como aquela ocasionada em associação a lesões, traumatismos
ou isquemias, já a dor visceral é causada por distensão ou estiramentos dos órgãos

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internos. Os níveis de catecolaminas, beta-endorfinas e cortisol e a frequência cardíaca


podem ser alterados pela dor. (Rezende, s.d.)
Todos os animais merecem que sempre que haja dor associada a uma lesão ou a
qualquer outro motivo esta deve ser controlada, o cavalo como atleta de alta competição
que é deve ser tratado como tal e ter direito a todo apoio de uma equipa veterinária e a
profissionais qualificados em medicinas integrativas.

4.Reabilitação

A reabilitação é a ação e o efeito de reabilitar. Este verbo refere-se ao facto de restituir


alguém ou algo ao seu antigo estado, habilitando-o de novo.
Existem várias maneiras de a reabilitação ser feita, esta pode ser realizada simplesmente
à base de fármacos, medicinas integrativas ou até mesmo as duas em simultâneo. (Equipe
editorial de Conceito.de., 2014)

4.1 Medicinas integrativas


As medicinas integrativas são uma agregação da biomedicina convencional com a
medicina tradicional e complementar.
Nestas medicinas estão incluídas:
• Acupuntura;
• Ondas choques;
• Hidroterapia;
• Laser;
• Kinesio taping.
Estas são uma parte muito importante da reabilitação pois podem complementar a
medicina convencional e com isto ter melhores resultados, mas temos de ter sempre um
diagnóstico antes que estas medicinas possam ser postas em prática.

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5. Termografia

A termografia infravermelha é um método diagnóstico


não invasivo, indolor e que não
necessita de contraste que analisa a distribuição da
temperatura cutânea (Sousa, Silva, & Junior, 2018)
A radiação infravermelha é uma frequência
eletromagnética emitida por
qualquer corpo de forma natural e diretamente
proporcional à temperatura do mesmo.
Baseada no princípio de que todos os corpos emitem carga
de radiação infravermelha. (EDDY, VANHOOGMOED,
& SNYDER, 2001)
Figura 1 Diferença antes do tratamento e depois na termografia
https://www.instagram.com/equitherapies_vetrehab/?igshid=YmMyMTA2M2Y%3D

6. Acupuntura
Acupuntura é a estimulação feita com agulhas, em pontos específicos do corpo e com
objetivo de atingir um efeito terapêutico ou homeostático.
A acupuntura veterinária é tão antiga quanto a que é aplicada em pessoas. No Sri Lanka,
foi encontrado um tratado de aproximadamente 3000 anos, que fala sobre o uso de
acupuntura em elefantes indianos (Altman, 1997)
Os acupontos (pontos de acupuntura) são considerados portas de entrada e saída de
energia de um organismo. São áreas onde é possível a manipulação da energia para
restaurar o equilíbrio do organismo. Estão distribuídos através de canais de energia que
se interligam. (Altman, 1997)
A inserção da agulha no ponto de acupuntura altera a carga elétrica da hipoderme gerando
uma corrente com objetivo de igualar a diferença de potencial existente entre a pele e a
agulha (Altman, 1997)
Para obter bons resultados com a acupuntura, é necessário que o cavalo seja observado
com um todo e que todas as anomalias que estejam a afetar o animal sejam avaliados e
corrigidos. Alguns dos pontos mais importantes localizam-se no dorso, paralelamente à
coluna vertebral, chamados pontos Shu, associados a nervos espinais. A escolha dos
pontos deve ter em consideração os pontos locais, adjacentes, distais ou proximais ao

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longo da distribuição musculoesquelética, pontos de tratamento de síndromes e sobre o


tecido envolvido. (Schoen, 2006)

Figura 2 Acupuntura em equino

https://www.newcastleequinecentre.net.au/equine-acupuncture/

A acupuntura está indicada para:


• Afeções da coluna vertebral – espondilite ou espondilose e afeções dos discos;
• Artrite – ancas, joelhos, articulação tíbio-társica, cotovelos, ombros;
• Torção, distensão ou espasmos musculares e ligamentares;
• Paralisias/parésias;
• Afeções gastro-intestinais crónicas – IBD, diarreia ou obstipação crónica;
• Afeções respiratórias crónicas;
• Stress – ansiedade por separação;
• Insuficiência renal crónica;
• Disfunção imunológica;
• Afeções reprodutivas.
(Cachado, 2012)
Alguns acupontos:
• Bai Hri - Para tratamento de qualquer claudicação, reumatismo e paralisia dos
membros posteriores, artrite da articulação coxofemoral e excesso de esforços
físicos.
• BP13 – Para dor lombar articulações coxofemorais e femorotibiopatelar e
infertilidade.
• E30 - Ponto de encontro dos canais do Estômago e Chong Mai utilizado para
infertilidade. ciclo irregular, dor abdominal e edema genital.

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• E36 - indicado para deslocamento dorsal da patela, artrite de tarso. paralisia de


nervos tibial e fibular. imunoestimulação, anorexia. fraqueza generalizada,
letargia e dos tibial ou fibular.
• V'B27 - para alteração em disco intervertebral toracolombar, fraqueza lombar e
de membros pélvicos.
(ANGELI, LUNA, & JOAQUIM, 2007)

1. . Efeitos fisiológicos induzidos pela acupuntura


• Alívio da dor;
• Promove a microcirculação;
• Regulação da motilidade gastrointestinal;
• Efeitos anti-inflamatórios;
• Regulação hormonal e reprodutiva;
• Imuno-regulação;
• Efeito anti-febril.

2. . Situações em que não devemos utilizar a acupuntura


• Fratura;
• Doenças infeciosas;
• Feridas abertas;
• Gravidez;
• Animais caquéticos.
(Young, 2019)

Figura 3 Acupontos equinos

https://www.passeidireto.com/arquivo/21307980/acupontos-e-meridianos-no-cavalo

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7. Hidroterapia
A hidroterapia faz parte das técnica de reabilitação em equinos, esta consiste no uso de
água como forma de tratamento, tendo duas vertentes a natação onde o animal fica
totalmente submerso e a outra é a passadeira aquática em que a água vai apenas até aos
membros.
Esta técnica tem vários benefícios tanto a nível fisiológico com psicológico.
O princípio desta técnica é baseado na redução de peso e impacto no exercício causada
pela água. O estímulo sensorial e propriocetivo é também uma característica que é tida
em conta, pois a água pode ser utilizada em várias temperaturas para efeitos diferentes,
por exemplo a água aquecida promove o relaxamento muscular e a água fria tem
propriedades anti-inflamatórias. (Hidroterapia Equina, s.d.)
Outros dos benefícios são:
• Melhora a circulação sanguínea;
• Diminuição de dor;
• Aumento da flexibilidade e mobilidade;
• Fortalecimento do tónus muscular;
• Melhora o equilíbrio, coordenação e a postura.
(Hidroterapia Equina, s.d.)

7.1 Passadeira aquática


A passadeira aquática melhora a resistência, força muscular, coordenação e flexibilidade.
Estes benéficos tornam a passadeira um meio de suporte ao treino diário, mas a função
mais importante é a reabilitação numa fase inicial, pois a água tem uma pressão
ascendente o que faz com que as partes que estão abaixo do nível da água são sujeitos a
menos stress. Embora o movimento contra a água exija uma grande força e faz com que
o corpo todo seja utilizado, a carga exercida sobre os tendões e as articulações é mínima.
(Aquatraining & Vitafloor, s.d.)
Com a água a uma altura de 1.20m o peso do animal é reduzido em cerca de 80% sem
perder o contacto com a passadeira. (Hidrovet_rehab, 2021)
O nível da água e a velocidade da passadeira podem ser ajustados a cada cavalo.
(Aquatraining & Vitafloor, s.d.)

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7.1.1 Problemas em que a passadeira aquática é eficaz


• Lesões de tendões;
• Problemas de dorso;
• Recuperação pós-operatório;
• Treino preventivo;
• Fortalecimento muscular;
• Osteoartrite;
• Cavalos obesos;
• Cavalos que necessitam de fortalecer
certos exercícios.
(Aquatraining & Vitafloor, s.d.)
Figura 4 Aquatrainer em Gestüt Brune, Alemanha

https://www.worldofshowjumping.com/en/News/Advertorials/Activo-Med-The-leading-manufacturer-of-
magnetic-therapy-products-and-aqua-training-supports-systems-for-horses-for-more-than-20-.html

7.2 Natação/Imersão
Nesta técnica o cavalo está totalmente submerso com exceção da cabeça, não existe
nenhum apoio no chão, por isso o cavalo tem de estar em constante movimento para se
manter à superfície.
A natação favorece o trabalho respiratório por causa da pressão exercida pela água na
caixa torácica, já que esta está totalmente submersa, é uma obstáculo à expansão da
mesma, aumentado o esforço na
inspiração. A pressão sobre os vasos
sanguíneos periféricos aumenta por o
corpo estar submerso, o que faz com que
o sangue se concentre mais na circulação
central, que por consequência aumenta
do debito cardíaco, favorecendo o
sistema circulatório. Ajuda ainda com a
locomoção, flexibilidade e coordenação.
(Hidroterapia Equina, s.d.)
Figura 5 Hidroterapia, natação

https://www.arquiteturaequestre.com.br/conteudo/beneficios-da-hidroterapia-em-cavalos

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8. Kinesio taping
Kinesio tape são fitas composta de algodão e adesivo acrílico, que através
de propriedades elásticas.Estrutura - espessura fina similar à da pele;
elasticidade longitudinalmente entre 40 e 60%; ausência de qualquer
princípio medicamentoso. Foram criadas para serem utilizadas em
diversas tensões e com foco em produzir efeito somatossensorial sobre os
recetores cutâneos.
Para os equinos em 2014foi criada fita específica, denominada Kinesio
Tape Equine (KTE), similar no padrão de elasticidade e material em
relação às utilizadas na medicina humana, porém, com maior quantidade
de adesivo.
Os quatro fundamentos desta técnica são os efeitos sobre a normalização
da função muscular, ativação do fluxo linfático e circulatório, controlo da
dor e estímulo propriocetivo das articulações.
Figura 6 Cavalo com kinesio taping
Pamuk e Yucesoy, demonstraram por ressonância http://www.hendersonequineclinic.com/veterinary-kinesiotaping

magnética que a aplicação da fita na pele promove


alterações de alongamento e deformações no tecido alvo, este focado em promover efeito
terapêutico e também com efeitos em tecidos adjacentes com menor magnitude,
demonstrando que a fita pode estimular de alguma forma diversas camadas adjacentes ao
foco da aplicação.
As fitas provocam micro contrações nos vasos linfáticos e sanguíneos devido à
deformação elástica no tecido, regula a homeostase muscular, ou seja, otimização da
função muscular, realinhamento articular e provocam ainda a contração e a inibição
dependendo do sentido em que são aplicadas sendo assim responsável pela alteração
tensão-comprimento dos músculos.
Ao aplicar a fita no sentido da inserção para a origem do músculo tratado, seu retorno
elástico promoverá alongamento dos Órgãos Tendinosos de Golgi, produzindo o efeito
de relaxamento muscular; por outro lado, sendo aplicado em sentido inverso, origem-
inserção, a fita induzirá maior número de fibras no sentido da contração, promovendo a
contração muscular. (MATTOS, 2016)

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9. Laser

A terapia a laser, fotobiomodulação, é uma luz “fria” segura e não evasiva que penetra
nas estruturas dos tecidos. É bastante tolerável e não é necessário que o animal esteja
sedado. Esta terapia aumenta a atividade celular, o fluxo sanguíneo e ainda melhora a
oxigenação tecidual. No geral melhora os mecanismos gerais de cura do corpo e acelera
o tempo de recuperação.
Existem quatro classes diferentes de laser com protocolos diferentes de aplicação. A sua
escolha deve ser baseada nas condições individuais de cada cavalo. (ALTERNATIVE
MEDICINE, s.d.)
As lesões da retina (olho) podem ocorrer instantaneamente com o laser de classe 3b e
classe 4 e os danos podem ser irreparáveis. Desta forma não deve começar a usar no seu
animal sem conhecimento de como usar a máquina com os devidos cuidados. As classes
mais utilizadas na terapêutica de equinos são a 3b e a 4. A luz do laser é recebida em
cumprimentos de onda (nanômetros). A luz do laser é altamente absorvida pela água,
seres humanos e animais são pelo menos 60% de água, em comprimentos de onda
superiores a 950 nanômetros (nm). (Progressive Equine Staff, 2016)

A terapia de laser é utilizada para:

• Cicatrização de feridas;
• Controlo de dor;
• Lesões de tendões e ligamentos;
• Ruturas musculares;
• Lesões neurológicas;
• Estimulação de pontos de acupuntura.

(Progressive Equine Staff, 2016)

Benefícios:
Figura 7 Terapia de laser
https://www.meadowlaneequine.com/smartlaser
• Diminuição de dor;
• Aumento da cicatrização de feridas;
• Diminuição da inflamação;
• Retorno da função.

(Progressive Equine Staff, 2016)

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10.Ondas choque extracorporais (TOCE)

A onda de choque é uma onda de pressão que apresenta um pico de pressão positiva
durante um curto espaço de tempo. As ondas de choque comportam-se como as ondas
de som nos tecidos. A energia é libertada para os tecidos de acordo com a diferença da
impedância acústica dos tecidos adjacentes. Desta forma, a interface ar-líquido vai
absorver uma grande quantidade de energia e, pelo contrário, a interface músculo-
gordura absorve apenas uma pequena quantidade de energia. (McClure, S.R. & Merritt,
& D.K., 2003)
TOCE para além de estimular os osteoclastos e fibroblastos permitindo a reconstituição
dos tecidos afetados, promove a correta cicatrização de tendões e ligamentos, aumenta o
fluxo sanguíneo para a área lesada, controla o processo inflamatório e diminui a dor.
Em situações agudas, o TOCE aumenta a resposta do sistema imunitário. Por outro
lado, em situações crónicas este tratamento despoleta uma reação imunológica que vai
permitir a resolução de lesões. (Metheney & L.A., 2004)
As ondas de choque inicialmente promovem uma degradação do colagénio nos tecidos
expostos. A sua utilização tem sido um pouco controversa devido a estes efeitos em
tecidos saudáveis, sendo aconselhável considerar a limitação temporária da atividade
física após o tratamento (Visco, et al., 2014)
Metheney (2004) descreveu a utilização do TOCE nas seguintes afeções:
• Desmite do ligamento suspensor do boleto;
• Tendinite do tendão flexor digital superficial;
• Tendinite do tendão flexor digital profundo;
• Fratura de stress;
• Fratura por avulsão;
• Periostite do 3º metacarpiano;
• Exostose do metacarpiano acessório – associada a fratura ou a lesão do
ligamento;
• interósseo;
• Osteoartrite do curvilhão (esparavão ósseo);
• Dor sacroilíaca;
• Dor lombosagrada;
• Sesamoidite;

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• Contato entre apófises espinhosas dorsais (kissing spine syndrome);


• Síndrome do navicular;
• Osteoartrite da articulação interfalângica distal e/ou proximal (sobremão);
• Desmite do ligamento plantar do tarso (curvaças);
• Distensões musculares;
• Quistos ósseos do côndilo distal do 3º metacarpiano;
• Osteoartrite do carpo.

Figura 8 Ondas choque membro anterior

https://barrelhorsenews.com/barrel-racing-articles/sponsored/the-basics-and-benefits-of-shock-wave-therapy-for-horses/

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11.Conclusão

Com este trabalho pude se concluir que a reabilitação associada às medicinas


integrativas nos equinos de desporto tem vindo a crescer cada vez mais e que tem sido
uma escolha dos proprietários e dos veterinários.
Tendo em conta que este tipo de medicinas e terapias podem e devem ser utilizadas em
conjugação com a medicina tradicional, pois estas completam-se e como o objetivo é ter
o melhor resultado no menor tempo possível existem muitas vantagens nesta
conjugação.
O grande problema é ainda existir muita desinformação e informação errada sobre este
tema, mas com o avanço de vários estudos e de atualmente já se começar a utilizar mais
e a ver os resultados com estas medicinas a mentalidade dos proprietários e dos
veterinários já começa a mudar e começam a cofiar.
Ainda existem muitos estudos a decorrer que procuram evidencias científicas que
sustentem todas as informações que já existem até hoje, mas já existe uma imagem
muito mais credível deste tipo de reabilitação pelos resultados que tem tido.

Figura 9 The best therapist has fur & four legs


https://equestrianco.com/blogs/latest/70850885-18-inspirational-equestrian-quotes

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Anexos

Anexo 1
Caso clínico, Acupuntura

Égua, Peppy, 14 anos, raça pinto

Égua que levou um coice na zona da anca do lado esquerdo, resultando numa ferida
aberta, num hematoma e numa coxeira que não se resolveu num período razoável de
tempo, mesmo com acompanhamento veterinário.
A lesão aconteceu a 23 de junho de 2014 e quase 4 meses depois a ferida fechou e o
edema reduziu, mas o hematoma ficou apenas parcialmente resolvido.
A meio de outubro o tutor tentou montá-la pela primeira vez após a lesão e de imediato
ficou coxa. Após 15 dias da nova lesão a ferida reabriu e
o edema voltou na zona da anca, membro posterior
esquerdo e zona ventral abdominal.
Tratamento:
• Antibiótico;
• Técnica de surrounding, pontos utilizados: GB-
30 e GB-31;
• Agulhas: Aia Med J type;
• 7 agulhas em volta da ferida e 1 no ponto GB-31
e deixadas durante 8 minutos e depois retiradas;
• Apenas o lado esquerdo da égua foi tratado. Figura 10 Lesão e edema da Peppy
https://www.acupuncturetoday.com/mpacms/at/article.php?id=33023

Na manhã seguinte ao tratamento 95% do edema estava resolvido, a ferida estava


também praticamente fechada e a conformação do membro estava a voltar ao normal.
Sete dias apos o tratamento inicial a égua já não estava coxa e não havia evidencias de
edema, não existia sensibilidade à palpação nem dureza na área da ferida e o edema na
zona ventral abdominal já tinha desaparecido também.
Não foi necessário nenhum tratamento adicional.
(BRUNO, OMD, LAC, & FABAA, 2015)

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Anexo 2
Estudo, hidroterapia

O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da altura e velocidade da água na aceleração
segmentar e atenuação do impacto durante o exercício na passadeira aquática em
equinos. Foram utilizados 22 cavalos com uma média de peso de 536kg e uma média de
idades de 6 anos e proporções corporais idênticas.

Foram utilizados três acelerômetros uniaxiais, taxa de amostragem: 2500 Hz, foram
fixados no membro anterior esquerdo (casco, boleto e canela).

Existiam 2 velocidades, S1: 0.83m/s, S2: 1.39m/s e 3 alturas de água, pelo boleto, pelo
carpo e pelo curvilhão.

Com a passadeira sem água servindo de controlo, a aceleração máxima de cada o


segmento foi calculada em média em cinco passadas, a atenuação foi calculada e a
frequência da passada foi estimado pelo tempo entre os contatos sucessivos dos cascos.

Resultados

• A aceleração máxima em todos os locais foi menor com água de qualquer altura
em comparação com o controle seco.
• Aceleração foi reduzida com água na altura do joelho em comparação com a
altura da água do boleto.
• Água na altura do curvilhão atenuada mais impacto do que a água na altura do
boleto.

Conclusão

A imersão em água durante o exercício na passadeira reduziu as acelerações


segmentares e aumento da atenuação do impacto em cavalos. O exercício na passadeira
aquática pode ser benéfico na reabilitação de membros inferiores lesionados, pode
promover a cicatrização aumentando a flexibilidade dos tecidos lesados, aumentando
força óssea e muscular e restauração da amplitude de movimento das articulações
afetadas.

(Persephone , 2019)

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Anexo 3
Caso clínico, kinesio taping

Aplicação de Tapping para redução de inflamação do músculo Gastrocnémio que, em


24h reduziu para metade. Seguiu plano de Fisioterapia para a restante recuperação.

Caso clínico e imagens da página de Instagram @osteopatia.equina.portugal.

Figura 11 Antes do tratamento


Figura 12 Durante o tratamento

Figura 13 Após 24h

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Anexo 4
Caso clínico, laser

Equinos com tromboflebite crônica na jugular


Foi realizado um protocolo integrativo laserterapia de alta intensidade, mas nunca num
modo contínuo de forma a contribuir para um maior conforto e auxílio ao tratamento
convencional.
O modo pulsado permite a transmissão da mesma dose de energia com um pulso
intermitente (poucos pulsos em situações muito agudas!) e sem qualquer efeito térmico.
Redução de edema e desconforto são efeitos do modo pulsado no laser de alta
intensidade.
Em associação com a laserterapia foi ainda utilizado a ozonoterapia como maneio
inflamatório com o objetivo de reduzir o stress oxidativo de forma sistemática, foi
realizada a aplicação de moléculas por via tópica e por fim monitorizou-se a lesão com
imagiologia e termografia.

Figura 16 Tromboflebite na jugular Figura 15 Imagem de termografia


Figura 14 Imagem de ecografia

Caso clínico e imagens retirados da página de Instagram @hidrovet_rehab.

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Anexo 3
Estudo, ondas choque extracorporais (TOCE)

Neste estudo foi testado o tratamento de tendinites em equinos com ondas choque
extracorporais.
Dez cavalos, cinco machos e cinco fêmeas, de raça árabe, com idade media de cincos
anos e sem problemas de saúde foram utilizados no estudo, para induzir a tendinite em
ambos os membros da frente foram utilizados injeções de colagenase no tendão flexor
superficial distal.
No trigésimo dia após a injeção foi iniciado o tratamento com TOCE apenas no membro
direito, o membro esquerdo não foi tratado para servir de controlo.
Durante o tratamento o processo cicatrização foi monitorizado com ultrassonografia.
Ao 120 dia foram recolhidas biópsias de todos os tendões para avaliação histológica.
Os resultados indicam que a TOCE melhora a remodelação da cicatriz e a maturação do
colagénio.

Legenda:
G1 - Grupo testado
G2 - Grupo de controlo

Tabela 1 Valores de fibroblastos na área lesada obtidos por ultrassonografia e


paralelismo com os dois grupos

Tabela 2 Valores de ecogenicidade, percentagem da área lesionada e


paralelismo de fibras de colagénio observados na ultrassonografia

(Alves, et al.)

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