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Músculos semitendíneo
Músculo semimembranoso
Músculo bíceps femoral
Pode ser de origem química ou física.
Etiologia: trauma, lacerações musculares durante o exercício, administração medicamentos IM
(tentar usar fármacos melhores e com o melhor veículo).
Sinais clínicos: em função do comprometimento do semitendíneo o sinal clinico mais
interessante vai ser a interrupção abrupta da fase cranial do passo, esse animal terá o tarso
excessivamente estendido, e por isso interrompe a fase cranial e leva diretamente o membro
para o solo. Também será levada a restrição mecânica não dolorosa.
Diagnóstico: feito por meio clínico com inspeção e palpação (tensão no músculo semitendíneo)
o musculo vai tender a uma consistência dura e na área de fibrose é duro. Então a consistência
chama a atenção. Exame US definido com alguns artefatos áreas focais hiperecóicas e áreas
definidas por sombra acústica.
Tratamento: – miectomia – porque vai trazer um trauma muito grande. Tenotomia pode trazer
resultados satisfatórios, será usado apenas um ponto, tenotomia do semitendíneo em um dos
seus pontos de inserção.
Tem a técnica de ressecção do tec. Muscular acometido (miectomia parcial) quando se fala da
mineralização.
DESVIOS ANGULARES
Desvio do membro lateralmente ou frontal ou até mesmo medial.
Conceito: são desvios no eixo do membro em relação ao plano frontal
São denominados: varo (varus) – alterações que ocorrem lateralmente “para fora” / valgo
(valgus) – alterações que ocorrem medialmente “para dentro”.
Etiologia
1. Fatores congênitos ou perinatais
Ossificação incompleta: seria uma das causas, por causa da resistência do material, se o osso
tem maturidade ele está mais próximo do normal, quanto mais imaturo mais cartilaginoso ou
fibrosa ele é, então esses ossos passam por processos de mineralização e quanto mais jovens
maior sua densidade não suportam a carga. Tem um desvio do membro, a região que mais sofre
com essa imaturidade são os ossos cuboides, região de carpo e tarsos para animais imaturos.
Essa ossificação incompleta pode estar associada a alterações do suprimento sanguíneo, por
placentite que a égua passou, ou cólica ou parasitoses, ou seja, pode não ser apenas por
imaturidade direta, mas por causas que levam a essa imaturidade óssea.
Flacidez das estruturas de suporte: as articulações podem ser movimentar para dentro ou para
fora, o posicionamento intra-uterino inadequado (obesidade da égua) pode fazer os animais
nascerem com flacidez de estrutura suporte e ao nascimento apresentam alterações angulares.
2. Fatores de desenvolvimento
O animal pode nascer normal e desenvolver uma deformidade angular. Pode estar associado ao
crescimento metafisário assincrônico. O osso longo cresce a partir da metáfise que permite um
crescimento endocondral que permite que o osso tenha comprimento e também tem crescimento
intramembranoso que possibilita a largura. Se ocorre de forma assíncrona pode ocorrer um
desvio, um osso diferente do outro. Isso pode ocorrer por trauma na região fisária, porque o
trauma causa retardo na calcificação por comprometimento celular (condrócitos maduros –
compromete e dessa forma não cresce os ossos longos).
Cavalos tem fases para alcançar maturidade ósseas e não ocorrem todas juntos.
Crescimento metafisário assincrônico – desequilíbrio ou excesso nutricional (alta concentração
de energia), raças de rápido crescimento, carga assimétrica, comprometimento celular.
Sinais clínicos: posicionamento do membro alterado, parece ser mais tranquilo a inspeção, mas
depende do grau de desvio; orientação articular;
Diagnóstico: exame radiográfico (obrigatoriamente – principalmente para saber dizer qual grau
de desvio) e a partir desse exame terá capacidade de ser feto a determinação do ponto pivô e
grau de angulação.
Tratamento conservativo – imobilização externa: indicados quando se tem flacidez periarticular,
ossificação incompleta. Os tipos são de talas de PVC e gesso sintético, mas tem que ter cuidado
porque se usar demais, sem acompanhar, pode causar atrofia que vai deixar ainda mais flácido.
Outro tratamento conservativo seria o casqueamento terapêutico.
Tratamento cirúrgico – aceleração do crescimento: por exemplo, no varus colocaria a de retardo
lateralmente e de aceleração medialmente. Se tratando de ACELERAÇÃO DO
CRESCIMENTO é realizado a transecção periosteal (T invertido ou em +) ocorre liberação
mecânica e estimulação endocondral, ou seja, crescimento em comprimento. A utilização até 2
meses de idade (observação até 60 dias), mas na maioria das vezes usamos até fechar a placa.
Enxerga o periósteo como estrutura fibrosa que está contendo o osso, quando o periósteo é
seccionado o osso está sendo liberado naquele local e o osso cresce. Essa técnica não tem risco
de que o osso cresça demais.
Se tratando do RETARDO DE CRESCIMENTO iremos fazer a colocação de ponte transfisária
que serão colocadas antes e depois da placa fisária, ou seja, proximal e distal, e isso vai travar o
crescimento, essa ponte pode ser feita com grampos, parafusos e cerclagem, placa e tem que ter
cuidado porque se for um animal novo e não acompanhar e retirar a ponte o animal pode ter um
retardo muito grande.
Para os animais que atingiram a maturidade óssea tem o que fazer, mas temos que pensar que
são animais jovens adultos, com porte maior, peso maior e quando for propor técnica cirúrgica é
porque é algo que precisa de uma correção grave, se for algo leve o risco cirúrgico não
compensa, para correr esse risco tem que ser casos que o animal apresenta deformidade angular
severa. A técnica cirúrgica chama-se OSTEOTOMIA CORRETIVA (em cunha de redução)
secção do osso, ou seja, secciona o osso para corrigir o ângulo, seja colocando ou retirando
parte do osso, se é retirado tem que ser em formato de cunha por causa do ângulo, ocorrendo a
maturação fisária (fechamento). Existe a técnica em cunha de adição (enxertos, implantes) com
a colocação de um material que vai adicionar o eixo do osso em um ângulo corretivo.
AULA DO DIA 17/08/2023
FRATURA
Conceito: é o rompimento completo ou incompleto da continuidade de um osso ou cartilagem.
Serve para tecido ósseo e cartilaginoso, tem a perda de integridade e a formação de uma solução
de continuidade na estrutura anatômica afetada. O rompimento do tecido pode ser COMPLETO
ou INCOMPLETO.
Etiologia –
Trauma – direto, por estresse, por avulsão. Pode ocorrer de forma direta onde a aplicação da
força ocorre diretamente sobre o tecido ósseo; por repetição que é por estresse por aplicação de
força de forma repetitiva levando a fadiga do tecido a longo prazo, causando fratura, comum em
cavalos atletas rompendo estruturas rudimentares e ossos cuboides; fratura por avulsão, um
ponto de ruptura, uma solução de continuidade no osso dada pela ruptura de um ligamento,
osso, dada então pelo destacamento do osso, em algum ponto de inserção.
Condições patológicas – neoplasias, infecções, podem predispor a fratura por fragilizar o tecido
formando um ponto de ruptura e possibilita as fraturas patológicas.
Obs.: fragmentos menores e não tem prejuízo a excerese do fragmento, mas dependendo do
tamanho e de como está deve entrar com osteossíntese ao invés de excerese.
Exemplo: Radiografia da região do boleto e osso sesamoides proximais esses ossos tem relação
intima de inserção de ligamento suspensor, tem na imagem um pequeno fragmento, uma fratura
de um fragmento pequeno que pode ser realizado a excerese, foi causado por situação de
estresse.
Ex.: fratura incompleta por avulsão, no raio – x é observado (na crista tibial se insere os
ligamentos patelares, possui região de crescimento, placa de crescimento em animai jovens
vemos uma linha radioluscente fina que é comum e normal em animais jovens, mas em animais
3 anos, 4 anos a linha deve estar ausente) animais jovens podem sofrer por não ter maturidade
de estrutura óssea, ainda mais por estar se tratando de estruturas ósseas que são ligadas ao
quadricipides, Ocorreu o afastamento da tíbia e pode ocorrer de forma mais facilitada em
animais jovens. Ligamento fica integro, a força é transferida pelo ligamento até a inserção
óssea, se é um animal com imaturidade óssea ele cede a essa força (osso cede).
Classificação
1. Quanto à localização (osso envolvido)
2. Quanto ao segmento (região óssea) Ex.: metafisário, epifisário, diafisário, se é proximal
ou distal.
3. Quanto ao tipo (nº fragmentos) segmentar, etc.
4. Quanto ao grupo (linha de fratura) obliqua, espiral, etc. E pode falar se é completa ou
incompleta.
5. Quanto ao meio – aberta ou fechada.
Obs.: essas informações devem constar no diagnóstico pela importância que tem ao clínico e
cirurgião.
Sinais clínicos – claudicação, sensibilidade ao toque, aumento de volume (ossos dos metatarsos
segundo e quarto (medialmente 2º e lateralmente 4º - possivelmente nesses ossos, mas esse foi
um exemplo dado em sala – a superfície distal do osso do metatarso tem intima relação com o
aparelho suspensos [região palmar e plantar], então fratura com uma facilidade relativa). Dor,
aumento de volume, osso mole (INSTÁVEL), ou seja, instabilidade óssea.
Equimose (tipo de contusão só que de um grau mais brando, como se fosse uma petéquia
maior), hematoma (acúmulo de sangue em determinada região), dor, crepitação (pelo
movimento dos fragmentos durante avaliação), posicionamento anormal (não é uma regra, mas
pode estar presente), instabilidade.
Diagnóstico – obrigatoriamente é radiográfico, mas se tem a avaliação clínica que deve ser
realizada.
Tratamento – conservativo > normalmente envolve as mobilizações, gesso sintético é uma das
melhores formar de mobilização; cirúrgico > placas, parafusos, haste bloqueadas, pinos
intramedulares, fixadores externos.
Atuação de forças (FRATURA – sobre os ossos longos da fratura ou somente sobre os ossos
longos)
Compressão axial – é a força peso sobre o eixo principal do osso longo; (forças se
unindo a que desce e a que sobe)
Cisalhamento – pode ser obliquo ou horizontal; tem deslocamento dos fragmentos em
sentidos opostos, mas promove um deslizamento entre os fragmentos, mas em sentidos
opostos.
Flexão – força que causa o encurvamento ósseo até o ponto de ruptura, rompimento;
Torção – promove um giro sobre o próprio eixo do osso longo, costuma causar fraturas
um pouco mais complexa;
Suprimento sanguíneo aos ossos longos
Sistema vascular aferente
Os ossos longos tem uma artéria longa chamada artéria nutrícia que passa pelo forame nutrício,
e na medida em que tem a aproximação nas regiões anatômicas especificas as artérias mudam
de nome e de calibre, as artérias menores associadas a região metafisária chamam artérias
metafisárias, assim como epifisárias e arteríolas periosteais.
Obs.: não existe veia nutrício
Sistema vascular intermediário
Canais corticais (Havers e Volkamann); Sistema delgado menor, composto por canalículos da
região cortical
Sistema vascular eferente.
Drenagem venosa
A fratura, o trauma, não se limita a estrutura óssea, pode afetar as estruturas dos tecidos moles,
ou seja, compromete outros tipos de tecido, mas pensando no osso o periósteo, endosteo e a
porção vascular vão estar afetadas. Se o osso tem comprometimento vascular temos um
problema porque como se manterá vivo e como irá se regenerar. A manobra observada acaba
sendo de ocorrência natural para o suprimento sanguíneo aos ossos longos, o suprimento
começa a vir de fora, ou seja, de tecido mole adjacentes aos ossos para contribuir para formação
de novos vasos e auxiliar na vascularização óssea no período de recuperação do osso.
Consolidação óssea (Conceitos importantes)
- Fratura estável: aquela onde não há percepção de desvio sob carga fisiológica; é aquela em
que não se percebe nem a micro movimentação, visivelmente é uma situação que não há
percepção de desvios.
Obs.: se não trata tem uma fratura instável.
- Estabilidade absoluta: não há movimento local após a carga; está relacionado com o tipo de
consolidação que o animal irá receber. Não tem movimentação nenhuma, por isso é
ABSOLUTA. Ex.: fratura onde tem fragmentos intimamente relacionados, que a linha de fratura
esta perfeitamente coaptada, espaço bem pequeno, menor que 0,01mm. Por esse motivo de ter
uma estabilidade absoluta pode conseguir uma consolidação primária (direta)
- Estabilidade relativa: pequeno grau de movimentação; está relacionado com o tipo de
consolidação que o animal irá receber. Tem um pequeno grau de movimentação, mas que não
compromete o tecido ósseo. Geralmente forma consolidação secundária (indireta).
Obs.: se a movimentação é muito grande não tem consolidação óssea.
Consolidação óssea indireta (secundária)
É a que vai ocorrer a partir de uma estabilidade relativa, onde é possível uma pequena, um
micro movimentação local, que pode ser dada em função do tipo de fratura, implante ortopédico
que será usado. Esse tipo de consolidação obrigatoriamente passará pela formação de calo ósseo
que passa por fase mole e outra chamada dura, dada pelo tecido presente no momento.
Didaticamente o processo de consolidação é divido em 3 fases.
Idade, peso, temperamento – animais mais jovens tem maior percentual de recuperação,
temperamento mais linfático cooperam mais para o processo de recuperação.
Recuperação pós-anestésica/pós-operatória;
Custo do tratamento x valor zootécnico;
Tratamentos de fraturas –