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Glândula Mamária
da vaca), se inverte.
As funções dos
alvéolos são:
• Remover nutrientes
do sangue;
• Transformar esses
nutrientes em leite;
• Descarregar o leite
dentro do lúmen.
Estrutura da Gl. Mamária
O úbere de uma vaca é um órgão designado à produção de leite e
portanto não está restrito, apoiado ou protegido por nenhuma estrutura óssea.
componentes do úbere estão listados aqui com uma curta explicação de sua
importância e função.
Estrutura da Gl. Mamária
Estrutura da Gl. Mamária
Sistema de suporte: Um conjunto de ligamentos e tecido conjuntivo
mantém o úbere próximo à parede do corpo. Ligamentos fortes são desejados
porque eles ajudam a prevenir a ocorrência de úbere penduloso, minimizando o
risco de ferimentos, e evitando dificuldades no uso de equipamentos de
ordenha.
Sistema secretor e de ductos: O úbere é conhecido como uma glândula
exócrina porque leite é sintetizado em células especiais agrupadas em alvéolos
e então excretado para fora do corpo por um sistema de ductos que funciona
como os afluentes de um rio.
Suprimento sanguíneo e estruturas Capilares: A produção de leite demanda
muitos nutrientes que são trazidos ao úbere pelo sangue. Para produzir 1 Kg de
leite, 400 a 500 Kg de sangue devem passar pelo úbere. Além disso, o sangue
carrega hormônios que controlam o desenvolvimento do úbere, síntese de leite,
e regeneração de células secretórias entre as lactações (durante o período
seco).
Sistema de suporte do úbere da
vaca.
EXAME DIRETO
ÚBERE
Localização, tamanho e formato
Edema
Rubor
TETOS
8 - 10cm comp.
3 cm larg. Indesejável
Desejável
40 – 45 cm do chão
ÚBERE e TETOS
Compridas, grossas e ou finas
Patologias Cirúrgicas
EXAME DIRETO
PALPAÇÃO
QUARTOS
Após ordenha
Individualmente
Consistência
GERAL
Alterações T°
Sensibilidade
Linfonodos
Patologias Cirúrgicas
EXAME DO LEITE
Teste do Jato: Obstrução,
Prendendo Leite, Cor, Conteúdo
Patologias Cirúrgicas
1) Laceração de Teto: comum em vacas de leite por causa
traumática.
aguda).
Laceração de Teto
Técnica: sedação (?), anestesia local anular na base do teto sem
vasoconstrictor e animal em pé
Anti-sepsia local e colocação de torniquete na base do teto.
Debridamento das bordas com a remoção de tecido necrosado.
Sutura das bordas da ferida em dois planos, um de aposição com pontos
simples separados somente na submucosa com fio absorvivel 0 ou 3-0.
Soltura do torniquete e pressão manual do teto (ordenha) para verificar
vazamento de leite na linha de sutura.
2º plano com pontos “U” horizontal ou simples separados com nylon 0 ou 2-0
para a pele.
Colocação de bandagem adesiva sobre a linha de sutura.
Pós-Operatório: drenagem do leite com cânula ou sonda de teto do tipo
Larson por uma semana (cicatrização), antibiótico intramamário e sistêmico e
curativo local.
Sonda de teto
Mastite Gangrenosa em
Pequenos Ruminantes
Introdução
2) Mastite Gangrenosa: pequenos ruminantes, geralmente em ovelha.
Região Nordeste concentra-se 92% do rebanho caprino brasileiro.
Alta incidência de problemas sanitários decorrente de práticas de
manejo inadequadas.
Sertão de Pernambuco 76,7% dos criadores de pequenos ruminantes
relataram a ocorrência de alterações da glândula mamária e/ou leite,
sugestivas de mastite.
Predispõe-se o surgimento da mastite gangrenosa.
É causada principalmente por Staphylococcus aureus, Mannheimia
haemolytica, Escherichia coli e Clostridium perfringens de forma isolada ou
em associação.
Sinais Clínicos
Anorexia, desidratação, depressão, febre e
toxemia.
O úbere se torna quente, edemaciado e
dolorido no início da infecção, contudo,
dentro de algumas horas o mesmo se torna
frio, e as secreções aquosas e
sanguinolentas.
Área de necrose na pele, seguida por
infecção bacteriana secundária, nitidamente
demarcada na região que se estende da teta
até porções diversas da glândula, que se
esfacelará dentro de 10 a 14 dias.
Sinais Clínicos
Diagnóstico
Hemograma.
Tratamento
Mastectomia parcial (quarto afetado).
Técnica: semelhante à realizada em pequenos animais;
Incisão de pele em elipse ao redor do quarto mamário afetado, deixando
o suficiente para a sutura
Divulsão do subcutâneo e ligamento dos vasos sanguíneos,
Excisão do quarto afetado,
Redução do espaço morto com Cushing e fio absorvível e fixação de
dreno,
Sutura de pele com pontos “U” horizontal separado e fio não absorvível.
Pós-Operatório: ATB, AINE e curativo local.
Caso clínico cirúrgico
Caprino, 24kg.
3 parições sendo criado em sistema extensivo sem
mineralização no município de Olinda-PE.
Após 10 dias de parição, no momento da ordenha a
glândula direita apresentou secreção aquosa e
sanguinolenta tornando-se de coloração escura e atrofiada
até que seis dias após parte do parênquima se desprendeu
da glândula.
O proprietário administrou três doses a cada 72 horas de
medicamento a base de penicilina, diidroestreptomicina e
piroxicam (0,05ml/Kg/IM/Megacilin Plus ® ) e devido a não
melhora do quadro o encaminhou ao AGA/UFRPE.
Sinais Clínicos
Calmo, com mucosas normocoradas, estado nutricional
ruim, pelos opacos e quebradiços, apetite ausente para
volumoso e seletivo para ração, rúmen moderadamente
vazio, com linfonodos pré-crural direito e pré-escapular
esquerdo aumentados e em estado febril. A ausculta
detectou-se taquicardia e polipnéia.
No exame físico do úbere detectou-se uma ferida que
acometia toda a parte ventral do úbere composto por
tecido necrosado, atrofiado, seco de coloração
enegrecida, além de exposição da região do septo
glandular da glândula esquerda.
Sinais Clínicos
Terapêutica
O tratamento terapêutico foi realizado com o flunixin
meglumine na dose endotoxêmica (0,8mg/kg) por
dois dias, gentamicina (4,2mg/Kg/IM) por sete dias e
dipirona sódica (25mg/kg/IV) no dia do primeiro
atendimento devido à pirexia.
No mesmo dia o paciente foi sedado com cloridrato
de xilazina a 2% (0,1mg/Kg/IV) associado à anestesia
regional paravertebral com administração de 20 ml de
cloridrato de lidocaína 2% divididos nos espaços
intervertebrais da vertebras lombares (L2, L3, L4 e
L5).
Cirurgia
Em seguida foi realizado o procedimento de extração de
todo tecido necrosado da glândula direita e curetagem física
com cureta Recamier longa e química com iodo 2% da parte
interna da pele que restou da glândula e da parede do septo
mamário do úbere direito com a intenção de reavivar o
tecido para que ocorra a cicatrização por segunda intenção.
Foi ainda retirado uma margem de 1 cm da borda em torno
da ferida.
Nas primeiras 24 horas pós curetagem foi colocado na ferida
e fixado com três pontos simples separados uma compressa
embebida no iodo 2% com a intenção de cauterização
química e contenção no sangramento de alguns vasos.
Pós Operatório
Nos dois dias após o processo cirúrgico foi realizado a
curetagem química com iodo 2% após a limpeza da
ferida associado à pomada cicatrizante a base de sulfato
de gentamicina 0,5g, sulfanilamida 5g, sulfadiazina 5g,
ureia 5g e vitamina A 120.000 U.I. (Vetaglós® ).
No terceiro dia o iodo a 2% não foi mais utilizado, pois o
tecido se mostrava seco e revitalizado sendo o paciente
liberado após cinco dias, com recomendação da limpeza
diária da ferida com solução de iodo polvidona 10% e
aplicação de pomada cicatrizante na ferida e repelente
em torno da mesma.