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Os Hormônios Femininos e Masculinos na Gametogênese

Os seres humanos, no geral, são hormonalmente programados de forma


extremamente parecida, entretanto os hormônios finais serão diferentes, embora o
ciclo hormonal seja muito parecido. Em ambos os sexos, existe a Pregnenolona,
sendo, no homem, sendo convertida em 17-alfahidroxipregnenolona que será
convertida em DHEA (dehidroepiandrosterona), sendo convertido em
androstenediona, que por fim convertido em Testosterona. Já na mulher, há também
a conclusão em androstenediona, tendo assim a garantia de possuir Estradiol e
Estrona, que são os compostos ativos do Estrogênio. A enzima que vai converter a
Testosterona em Estradiol, se faz em excesso em mulheres e muito pouco em
homens.

A gametogênese masculina é denominada espermatogênese e ocorre nos


túbulos seminíferos dos testículos. É um processo contínuo na vida do
homem após ser atingida a puberdade. A maturação das células
germinativas para formação dos espermatozóides ocorre até o final da vida
do indivíduo, em que cada espermatogônia dará origem a quatro
espermatozóides. (ARAUJO et al, 2007, p. 554).

De forma inicial, se faz necessário compreender que para que as gônadas


trabalhem de forma adequada, precisa-se de interação com estruturas que se
encontram no SNC (Sistema Nervoso Central), que são o Hipotálamo e a Hipófise
(também chamada de glândula pituitária). Observa-se que no Hipotálamo, que se
localiza a região ventral do encéfalo, projetando para a Hipófise, em suma, para que
ocorra o processo da Espermatogênese, é preciso um bom funcionamento do eixo
Hipotálamo-Hipófise-Gonadal. O Hipotálamo irá produzir então um hormônio
chamado GnRH (Hormônio liberador de gonadotrofinas), que via um sistema porta,
chegarão até a adeno-hipófise, estimulando células a secretar FSH (Hormônio
folículo-estimulante) e LH (Hormônio Luteinizante). Logo, pela circulação sanguínea,
o LH chega até o testículo, para atuar nas células intersticiais e se ligando aos
receptores destas células, estimulando a secretar Testosterona, que parte dela, por
consequência vai para a circulação sanguínea, determinando características sexuais
secundárias, sendo que outra parte desta Testosterona entra no compartimento
tubular, fazendo com que a Espermatogênese possa ocorrer de forma sadia, sendo
ela, importante na fase de diferenciação das espermátides. As células de Sertoli, a
partir da Testosterona, vão sintetizar DHT (Dihidrotestosterona) e Estrógeno, ambos
os três últimos citados, promoverão uma retroalimentação negativa no hipotálamo e
na hipófise.

Ademais, o FSH, chega ao testículo via vaso sanguíneo atuando nos


receptores das células de sustentação dentro do compartimento tubular, em
resposta ao estímulo do FSH, as células de sustentação produzem Inibina –
responsáveis pela retroalimentação negativa na hipófise. Em consequência a este
ciclo, estes hormônios vão atuar em quantidades necessárias na gônada, partindo
da maturação (da puberdade), possuindo hormônios suficientes para que a
Espermatogênese possa ocorrer satisfatoriamente, permitindo a produção de
gametas masculinos viáveis

A gametogênese feminina é denominada oogênese ou ovogênese e inicia-


se no interior dos folículos ovarianos, que são as unidades funcionais e
fundamentais dos ovários. Tem início ainda na vida intrauterina, quando as
células germinativas, derivadas do embrião feminino, passam pela fase de
multiplicação até aproximadamente a 15ª semana da vida fetal, sofrendo
divisões mitóticas dando origem as oogônias. (ARAUJO et al, 2007, p. 552).

É importante salientar que no homem, conforme explicitado, há uma


linearidade na liberação de LH e FSH, já nas mulheres ocorre a liberação através de
etapas. Primeiramente, libera-se o FSH – estimulando o folículo, para
posteriormente, quando ocorre a ovulação, liberar o LH. A Oogênese é também
controlada pelas gonadotrofinas da hipófise, sendo a ação dos hormônios
hipofisários importantes para a estimulação da secreção de Estrógeno e de
Progesterona. O FSH promove o crescimento dos folículos, os quais secretam
estrógeno, que promove a reconstituição do endométrio a partir da proliferação das
células da sua camada basal, sendo assim, níveis aumentados de estrógeno
estimulam a liberação de um pico de LH, responsável pela ovulação. O Estrógeno,
por sua vez, acaba induzindo o crescimento de várias células em diversos locais.

REFERÊNCIAS:
ARAÚJO, Carlos Henrique Medeiros de et al. Gametogênese: Estágio fundamental
do desenvolvimento para reprodução humana. Revista Medicina, Ribeirão Preto,
ano 2007, v. 4, n. 40, p. 551-558, 31 jul. 2007. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/351/352. Acesso em: 18 abr. 2022.

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