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Ciclo Menstrual

Prof. Nazete Araújo


menstruação

É a descamação periódica e cíclica do endométrio


progestacional acompanhada de perda sanguínea
que marca o início de um novo ciclo.
Ciclo menstrual
Para que ocorra essa interação é necessário haver
a integridade anatômica e funcional do eixo neuro-
endócrino constituído principalmente pelo hipotálamo,
hipófise e ovário, e influenciado pela córtex cerebral e o
sistema límbico.
Função hormonal
Sistema neuroendócrino HIPOTÁLAMO -
HIPÓFISE -OVÁRIO
• Estrutura que
sustenta o
funcionamento
hormonal
• Regula a função
ovariana
modificações orgânicas
são marcadas por dois eventos:
 ovulação
 menstruação
ESTÍMULO HORMONAL

• DURANTE A INFÂNCIA OS OVÁRIOS NÃO SÃO


ESTIMULADOS PELO FSH E LH.

• ENTRE 9 E 10 ANOS A HIPÓFISE COMEÇA A


SECRETAR PROGRESSIVAMENTE MAIS FSH E
LH ATÉ ATINGIR SEU PICO DE PRODUÇÃO NA
PUBERDADE- MENARCA.
PUBERDADE
 GnRH
 LH  FSH
Com o aumento do LH pode o aumento na
ocorrer agora o Ciclo menstrual produção de FSH gera o
(10-14 anos) Crescimento dos ovários
mas após o surgimento dos
caracteres sexuais 2ºs e secreção de Estrogênio
(8-12 anos)

Caracteres sexuais “secundários”:


crescimento; pelos axilares e púbicos, etc...
HORMÔNIOS FEMININOS E MASCULINOS
Ciclo menstrual

• Hipófise como a glândula principal, influenciado


pelo sistema nervoso central e periférico.

• Atualmente acredita-se que os eventos que


regulam o CM são produzidos pelos esteróides
sexuais sintetizados pelo próprio folículo
destinado a ovular naquele ciclo.
HIPOTÁLAMO
• É a parte do
diencéfalo que se
encontra localizada
ventralmente ao
tálamo e forma o
assoalho do terceiro
ventrículo

www.guia.heu.nom.br/hipotalomo.htm
HIPOTÁLAMO
• Hormônios de interesse dentro da ginecologia
são:
• - Hormônio liberador de Gonadotrofinas
(GnRH);

• - Hormônio inibidor de Prolactina.


HIPOTÁLAMO
• O hipotálamo é a via final do sistema límbico.
• Este sistema é composto por um conjunto de centros
extra-hipotalâmicos, intimamente ligados ao hipotálamo,
e tem por função receber e registrar os estímulos
captados pelo córtex cerebral e transmití-los ao eixo
hipotálamo-hipofisário.
HIPOTÁLAMO
• Por essa razão, O sistema LÍMBICO pode
interferir em alterações do ciclo menstrual,
no desencadeamento da ovulação, na
gravidez e na capacidade de enfrentar
períodos de crise como a puberdade e a
menopausa.
Hipófise Anterior
• Hormônios secretados pela adenohipófise :
1 - Tireotrópicos : atuam na tireóide;

2 - Adrenocorticotrópicos : atuam sobre o


córtex da glândula endócrina adrenal (supra-
renal).;

3 - Gonadotrópicos : atuam sobre as gônadas


masculinas e femininas folículo-estimulante
(FSH), o hormônio luteinizante (LH) e a
prolactina que estimula a produção de leite
Hipófise
• Ou pituitária,
corresponde a uma
massa de tecido
glandular de mais
ou menos um (1,0)
Hipófise Posterior

• Hormônios secretados pela neurohipófise:

1 - Ocitocina (acelera as contrações uterinas


que levam ao parto ) ;

2 - ADH (Hormônio antidiurético)


HORMÔNIO NOME HORMÔNIO AÇÃO
HIPOTALÂMICO HIPOFISÁRIO

GnRH Hormônio Liberador de FSH/LH Ação sobre testículos e


Gonadotrofina ovários

TRH Hormônio Liberador de TSH Ação sobre a Tireóide


Tireotrofina

CRH Hormônio Liberador de ACTH Ação sobre a córtex da


Corticotrofina adrenal

GHRH Hormônio Liberador de SOMATOTROFINA Ação sobre o


GH metabolismo em geral

GHRIH Horm.Inibidor da
Liberação do GH

PRL Fator Liberador de PROLACTINA Ação sobre glândulas


Prolactina mamárias

PIF Fator Inibidor da


prolactina
MSHRF Fator Liberador de MSH MSH Ação sobre os
melanóforos
Neurotransmissor
MSHIF Fator Inibidor de MSH
Secreção do Hormônio Liberador de
Gonadotrofinas (GnRH)- HIPOTÁLAMO

• A vida média do GnRH é de 2-4 minutos


• O controle do ciclo reprodutivo depende da
sua liberação constante e pulsátil.
• Esta função reprodutiva depende de inter-
relações complexas e coordenadas entre esse
hormônio liberador, outros neurohormônios,
as gonadotrofinas e os esteróides sexuais.
Secreção do Hormônio Liberador de
Gonadotrofinas (GnRH)
• As progressivas alterações no FSH e LH
refletem esta ativação da secreção pulsátil de
GnRH.
• O ciclo menstrual normal necessita de pulsos
de liberação de GnRH dentro de uma faixa
crítica de amplitude e frequência.
ovário

VIDA FETAL

FOLÍCULO PRIMORDIAL –1.000.000 , formados na vida fetal


ao nascer - 300.000 na puberdade.
ESTIMULO HORMONAL

• DURANTE A INFANCIA OS OVÁRIOS NÃO SÃO


ESTIMULADOS PELO FSH E LH.

• ENTRE 9 E 10 ANOS A HIPÓFISE COMEÇA A


SECRETAR PROGRESSIVAMENTE MAIS FSH E
LH ATÉ ATINGIR SEU PICO DE PRODUÇÃO NA
PUBERDADE- MENARCA.
HORMÔNIOS/ CICLO MESNTRUAL
• HIPÓFISE:
– FSH e LH

• OVÁRIOS:
– ESTROGÊNIO e
PROGESTERONA
CICLO MENSTRUAL

• OVARIANO
FASES:
1. FOLICULAR
2. OVULATÓRIA
3. LÚTEA
• ENDOMETRIAL
FASES:
1. MENSTRUAL
2. PROLIFERATIVA
3. SECRETÓRIA
VARIAÇÕES HORMONAIS NO CICLO OVARIANO
estimula
Células
produção
hipotálamo
hormônio
sintetizam o
GnRH- estimula folículo
hormônio
hipófise estimulante
liberador de
(FSH) e
gonodotrofinas
hormônio
(GnRH)
luteinizante (LH)

FSH
desenvolvimento folículos
ovarianos;
produção de estrógenos
pelas células foliculares.

LH
gatilho da ovulação;
estimula células foliculares
e corpo lúteo produzir
progesterona.
VARIAÇÕES HORMONAIS NO CICLO OVARIANO
VARIAÇÕES HORMONAIS NO CICLO OVARIANO

Fase folicular
VARIAÇÕES HORMONAIS NO CICLO OVARIANO

Fase folicular
VARIAÇÕES HORMONAIS NO CICLO OVARIANO
Picos de
secreção do
LH

ovulação
VARIAÇÕES HORMONAIS NO CICLO OVARIANO
VARIAÇÕES HORMONAIS NO CICLO OVARIANO
Ciclo Endometrial

O útero possui 3
camadas:
• Serosa
• Miométrio
• Endométrio.
Associado à produção cíclica de estrogênio e de progesterona pelos ovários existe um
ciclo endometrial que ocorre por meio dos seguintes estágios:

• CICLO ENDOMETRIAL
– Mudança no endométrio do útero →
produzido estrógeno e progesterona
• Fase Menstrual
– Camada parede uterina descama e
endométrio torna-se delgado
• Fase Proliferativa
– estrógeno secretado folículos estimula
aumento epitélio, glândulas e artérias
espiraladas
• Fase Secretora
– Progesterona estimula epitélio secretar
material rico em glicogênio - glândulas
largas, endométrio mais espesso.
• Fase Isquêmica
– artérias se contraem, diminuição
progesterona, necrose tecidos, ruptura
vasos lesados, sangue extravasa.
CICLOS OVARIANO E ENDOMETRIAL
VARIAÇÕES HORMONAIS NAS TRÊS FASES DO CICLO
MENSTRUAL
• Os folículos são estimulados pelo FSH
• começa a produção de ESTROGÊNIO após a menstruação,
• Apenas um folículo vai se desenvolver, sendo o responsável por aumentar o LH
que é o hormônio responsável pela ovulação , após a ovulação o folículo se
transforma em Corpo Lúteo o qual vai aumentar a Progesterona , aí vai diminuindo
FSH e LH.
O que é folículo dominante?
Manifesta-se por volta do quinto ou sétimo dia do ciclo.
Os folículos que não alcançam a dominância entram em atresia na
fase pré-ovulatória.
O FSH produz ainda importantes alterações intrafoliculares
necessárias a expulsão física do óvulo.
A medida que o folículo cresce, os níveis de estradiol aumentam e
provocam retroalimentação negativa em relação ao FSH e positiva
para o LH.
O folículo dominante
O folículo dominante possui uma vantagem
importante, um maior conteúdo de receptores a FSH
adquiridos em virtude de uma velocidade de
proliferação da granulosa que ultrapassa a dos outros
folículos, e uma potencialização da ação do FSH por
causa da alta concentração de estrógeno intra
folicular.
INVOLUÇÃO DO CORPO LÚTEO

ESTRÓGENO E PROGESTERONA

FSH/ LH

CORPO LÚTEO INVOLUI


MENSTRUAÇÃO
ESTROGENIO E
PROGESTERONA

Descamação do útero
MENSTRUAÇÃO
Ciclo menstrual
O ciclo menstrual pode ser dividido e fase folicular, ovulação e fase
lútea.
A cada mês o hormônio folículo estimulante (FSH), produzido pela
hipófise determina o crescimento (amadurecimento) de um folículo do ovário. Este
folículo rompe-se e lança um óvulo na trompa(ovulação) sob a ação de um outro
hormônio da hipófise o hormônio luteinizante(LH), transforma o folículo numa
glândula, o corpo lúteo.
Em sincronia com as alterações do ovário, ocorrem modificações também
no útero, pois, a medida que o folículo cresce, produz estrogênio, que estimula o
crescimento do endométrio(fase proliferativa).
Após a ovulação o corpo lúteo começa a produzir outro hormônio, a
progesterona, que torna o útero espesso e vascularizado, preparando-se para
receber um possível embrião (fase secretora). O útero espera pelo embrião até
cerca de quatorze dias após a ovulação. Se não estiver ocorrida fecundação, há
uma queda de progesterona, que determina a eliminação de parede do
endométrio-menstruação (fase menstrual). Essa queda de progesterona se deve a
um mecanismo de feedback: o LH estimula a produção de progesterona, mas, à
medida que esta aumenta de concentração no sangue, inibe a produção de LH e
FSH, e o corpo lúteo regride. Caindo a taxa de LH, cai também a de progesterona e
tem lugar a menstruação.
DISFUNÇÕES
** QUANTO AO INTERVALO ENTRE AS
MENSTRUAÇÕES: 28 a 30 dias
• PROIOMENORRÉIA: ciclos curtos, 25 a 25 dias;
• OPSOMENORRÉIA: pequeno aumento 30 a 40 dias;
• ESPANIOMENORRÉIA: ciclo a cada 02 a 03 meses;
• AMENORRÉIA: ausência de menstruação pelo
período equivalente a 3 ciclos menstruais ou 6 meses
(o que ocorrer primeiro). Para períodos inferiores,
utiliza-se o temos atraso menstrual
DISFUNÇÕES
**QUANTO À DURAÇÃO DO FLUXO
MENSTRUAL (NÚMERO DE DIAS):
Normal : 03 a 07 dias
• HIPOMENORRÉIA: diminuição da duração.

• HIPERMENORRÉIA: aumento da duração.


DISFUNÇÕES
**QUANTO À QUANTIDADE DO FLUXO
MENSTRUAL:

• OLIGOMENORRÉIA: diminuição da
quantidade.

• MENORRAGIA: aumento da quantidade.


DISFUNÇÕES
• METRORRAGIA é a perda de CICLICIDADE
(sangramento irregular, tornando impossível
caracterizar o ciclo menstrual), independente da
quantidade.
• ALGOMENORRÉIA é a presença de dor
acompanhando o fluxo menstrual
HIPERALGOMENORRAGIA: aumento da duração e
quantidade do fluxo menstrual, acompanhado de
dor.
HIPOOLIGOESPANIOMENORRÉIA: menstruações com
intervalo acima de 45 dias, com pequena duração e
quantidade.
DISMENORRÉIA
• Conceito: Dor pela diminuição de suprimento
de O2 no útero pelas fortes contrações deste
músculo.
Distúrbio do Ciclo Menstrual, que afeta cerca de
52% da população feminina, destas 10%
chegam a incapacidade funcional devido a esta
patologia (Halbe, 1990).
“ Grego= dificuldade de escoamento do fluxo
menstrual, melhor definida como dor em
caráter de cólica, aliada ou não a
manifestações sistêmicas que precede ou
acompanha a menstruação”
DISMENORRÉIA - CLASSIFICAÇÃO
• De acordo com a Etiologia:
Primária ( na produção de prostaglandina
a partir da progesterona, surge de 6 a 12
meses após a menarca;
Secundária (Externa, Adquirida ou
Congestiva): surge muitos anos após a
menarca sendo precedida por
menstruações indolores, estando
relacionada com doença pélvica.
DISMENORRÉIA - CLASSIFICAÇÃO

• De acordo com a Intensidade das Crises:


Leve sintomatologia interfere levemente com as
AVD’S
Moderada sintomatologia álgica interfere nas
AVD’S, mas não afasta do trabalho
Severa sintomatologia álgica interfere nas AVD’S,
diminui a capacidade laborativa / cancelar
compromissos
Muito severa restrita ao leito, internação
hospitalar
DISMENORRÉIA – SECUNDÁRIA
• Endometriose
• Congestão Pélvica
• Estenose cervical
• Tumores ovarianos
• Miomas
• Pólipos
• Aderências Uterinas
• Doença Inflamatória Pélvica
• DIU
DISMENORRÉIA- QUADRO CLÍNICO
• Dor espasmódica em forma de cólica.
• Crises agudas que se manifestam horas antes ou
durante o início da menstruação
• Mais intensa no 1o. dia, raramente ultrapassando 2
dias.
• A Dor se localizada hipogástrio, podendo irradia-se
para região lombo sacra, face anterior e interna da
região proximal da coxa, podendo ainda se
manifestar na região posterior da coxa e atingir o
joelho (Halbe, 1990).
• Náuseas, vômitos (89%),vertigens (60%), fadiga
(85%), nervosismo (67%), sacro lombalgia (60%),
cefaléia (45%), aumento da freqüência das
evacuações, palidez, sudorese, síncope e colapso
Tratamento

 Medicamentoso
 Fisioterapia
 Cirúrgico
GRAVIDEZ
PENETRA NO ÚTERO -
BLASTOCISTO

DESENVOLVE O
TROFOBLASTO
(HCG)

NIDAÇÃO
GRAVIDEZ

TROFOBLASTO – 12ª SEMANA

PLACENTA:

 ESTROGENO
 PROGESTERONA
 GONADOTROPINACORIONICA (HCG)
 SOMATOMAMOTROPINACORIONICA HUMANA

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