Biologia 12º Ano

Regulação Hormonal
Masculina

O funcionamento dos
testículos resulta da
existência de um mecanismo
de regulação em que
intervém o complexo
hipotálamo-hipófise.

Nota: Os testículos
produzem
espermatozoides e
segregam testosterona, por
testosterona retroação negativa.
(responsável pelo
desenvolvimento dos
órgãos genitais e
dos caracteres
sexuais secundários)
COMO ACONTECE: RESUMO:
• O hipotálamo produz O aumento do teor de
GnRH testosterona, inibe, o
• GnRH, transportada complexo hipotálamo-
pelo sangue, estimula hipófise, diminui, a
a produção e a produção de LH, diminui,
libertação de produção de testosterona =
gonadoestimulinas FSH valor normal de
e LH pela hipófise testosterona restabelecido
anterior.
• LH atua sobre a Diminuição do teor de
células de Leydig, testosterona, estimula,
estimulando a produção complexo hipotálamo-
de testosterona. FSH hipófise, aumenta, produção
ativa indiretamente a de LH, aumenta, produção de
espermatogénese, testosterona = valor normal
estimulando as células de testosterona
de Sertoli, que atuam restabelecido
como intermediárias
entre a testosterona e IDEAS-CHAVES
as células da linha • Os testículos
germinativa asseguram uma dupla
• A secreção de GnRH e função: produção de
de gonadoestimulinas é espermatozoides e
controlada pela taxa secreção da hormona
sanguínea de masculina, a
 testosterona, que concentração baixa quando
estimula a ocorre ovulação, devido, em
espermatogénese parte à perda de células
• A atividade testicular foliculares, e volta a
é regulada pelo aumentar durante a fase
complexo hipotálamo- luteínica, devido à
hipófise. As hormonas atividade do corpo amarelo,
hipofisárias FSH e LH voltando a decair próximo
atuam sobre o do fim do ciclo.
funcionamento dos
testículos. A LH Progesterona: é produzida
estimula as células de pelo corpo amarelo,
Leydig a produzirem atingindo o valor máximo de
testosterona e FSH concentração com o pleno
atua na produção de desenvolvimento dessa
espermatozoides. A estrutura. Quando o corpo
produção e a amarelo entra em regressão,
libertação de a concentração de
gonadoestimulinas são progesterona diminui.
estimuladas pela
neuro-hormona GnRH Ciclo uterino:
produzida no Fase menstrual: ocorre a
hipotálamo. distribuição parcial do
• A taxa de testosterona endométrio, visto que as
mantém-se células, devido à contração
sensivelmente dos vasos sanguíneos dessa
constante, graças a um estrutura, deixam de
mecanismo de retroação receber os nutrientes
negativa sobre o necessários e morrem. Essa
complexo hipotálamo- distribuição é consequência
hipófise da baixa concentração de
hormonas ováricas. Sangue e
• A atividade do
fragmentos de tecidos são
complexo hipotálamo-
expulsos, construindo a
hipófise é alterada,
menstruação.
também, sob a ação de
estímulos nervosos
Fase proliferativa:
externos e internos
verifica-se o crescimento
em espessura do endométrio,
Feminina
com o desenvolvimento de
glândulas e de vasos
Estrogénios: são produzidos
sanguíneos, devido ao
pelas células foliculares e
estímulo provocado pelo
pela teca interna. A
aumento da taxa de
concentração destas
estrogénios que ocorre
hormonas vai aumentando
durante a fase folicular.
primeiro progressivamente,
à medida que os folículos
Fase secretora: prossegue o
ováricos crescem, e depois
aumento da espessura do
de um modo rápido,
endométrio, bem como a
atingindo o valor máximo um
atividade secretora das
pouco antes da ovulação. A
glândulas nele existentes,
devido à ação conjunta dos RESUMO:
estrogénios e da Teor relativamente elevado
progesterona produzidos de estrogénios, inibe,
durante a fase luteínica. complexo hipotálamo-
hipófise, diminui a
COMO ACONTECE: produção de FSH, diminui, o
• O hipotálamo produz desenvolvimento folicular,
GnRH diminui, a produção de
• GnRH estimula, na estrogénios = valor do teor
hipófise anterior a de estrogénios
produção e libertação restabelecido
de FSH e LH
Teor relativamente baixo de
• FSH induz o
estrogénios, estimula, o
crescimento e a
complexo hipotálamo-
maturação de folículos
hipófise, aumenta, a
e a produção de
produção de FSH, aumenta o
estrogénios
desenvolvimento folicular,
• LH atua no folículo aumenta, a produção de
maduro, estimulando a estrogénios = valor do teor
ovulação e a de estrogénios
transformação do restabelecido
folículo em corpo
amarelo, o que leva à IDEIAS-CHAVE
produção de
• O funcionamento do
progesterona
sistema genital
• A produção de GnRH e feminino é
de gonadoestimulinas é caracterizado por uma
atividade cíclica,
desde a puberdade até
à menopausa
• Os ciclos ovárico e
uterino são
sincronizados devido a
uma correlação
hormonal
• A produção de hormonas
ováricas é regulada
pelo complexo
hipotálamo-hipófise. A
hipófise, através das
gonadoestimulinas FSH
e LH, atua sobre os
ovários. O hipotálamo,
através da neuro-
hormona GnRH, atua
controlada pela taxa sobre a produção e a
sanguínea de hormonas libertação de
ováricas. gonadoestimulinas, FSH
e LH, pela hipófise
 anterior, hormonas dinâmico, com duração, em
essas que atuam sobre regra, de 40 semanas, que
os ovários termina com o nascimento.
• As hormonas ováricas No decurso de uma relação
controlam o ciclo sexual milhões de
uterino espermatozoides são
• A função do complexo transferidos para a vagina
hipotálamo-hipófise é e entram em contacto com o
controlada pelas muco cervical. Este muco,
hormonas ováricas por rico em fibras, é produzido
mecanismos de por glândulas do colo
retroação negativa, ao uterino, o qual apresenta
longo do ciclo. No uma evolução durante o
entanto, no final da ciclo sexual.
fase folicular, ocorre Apenas cerca de 1% dos
uma retroação positiva espermatozoides consegue
atingir o útero.
• A atividade do
Após essa penetração, na
complexo hipotálamo-
cavidade uterina, os
hipófise altera-se
espermatozoides, embebidos
também soba ação de
no muco uterino que lhe
estímulos nervosos
confere maior mobilidade,
externos e internos
penetram nas trompas. Só se
• A menopausa se deu a ovulação é que se
corresponde ao último pode efetuar o encontro
período menstrual da entre o oócito II e o
mulher, devido ao espermatozoide, estes que
esgotamento dos são atraídos por uma
folículos ováricos substância libertada pelas
células foliculares que
rodeiam o oócito II.
Os espermatozoides que
penetram entre as células
foliculares, atingindo a
zona pelúcida, ligam-se a
ela por recetores
específicos. Essa ligação
desencadeia a reação
acrossómica, isto é, a
exocitose de enzimas
contidas no acrossoma,
Fecundação, desenvolvimento permitindo digerir a zona
embrionário e gestação pelúcida. Desse modo, dá-se
a penetração de um
Na formação de um novo ser, espermatozoide até à
o encontro do oócito II com membrana do oócito II.
espermatozoides permite que Ocorre a fusão entre as
ocorra a fecundação. Após a duas membranas dos dois
formação do ovo inicia-se gâmetas.
um processo de
desenvolvimento contínuo e
Consequências da fusão das e da maturação dos órgãos e
duas membranas que originam ao nascimento do indivíduo.
a fecundação:
• Alteração da zona Desenvolvimento
pelúcida, tornando-a embrionário, a sua primeira
resistente à etapa é decisiva no sucesso
penetração de outros do desenvolvimento do novo
espermatozoides ser.
• Incorporação
progressiva do Após a formação do ovo,
espermatozoide no inicia-se um processo de
oócito II multiplicação celular, onde
ocorrem sucessivas divisões
• Finalização da divisão
mitóticas, originam-se,
II da meiose do oócito
primeiramente, duas
II com a formação do
células, que, por divisão,
pronúcleo feminino e
formam quatro e assim
do segundo glóbulo
sucessivamente.
polar
Com a continuação da
• Formação do pronúcleo multiplicação celular, o
masculino a partir da embrião vai migrando ao
descondensação do longo do oviduto em direção
núcleo do ao útero, devido às
espermatozoide contrações dos músculos da
• Migração dos dois parede e aos movimentos dos
pronúcleos para o cílios das células que
centro do oócito II, atapetam essa parede.
terminando com a fusão
dos dois pronúcleos Mórula (nota: é um
num só núcleo diploide estágio): depois da
com cromossomas multiplicação celular,
maternos e paternos mórula, é o nome que se dá
ao embrião com forma
O ovo formado é uma célula esférica, formado por uma
única, sob o ponto de vista massa de pequenas células,
genético, que vai evoluir com aspeto de uma pequena
para um indivíduo também amora.
único.
Só após 4 dias da
Desenvolvimento embrionário fecundação é que o embrião
e desenvolvimento fetal atinge a cavidade uterina.

Desenvolvimento Com a continuação das

embrionário: dura cerca de
8 semanas, no fim, todos os
órgãos estão já totalmente
esboçados
Desenvolvimento fetal:
desde a 8ª semana até ao
nascimento, corresponde a
um aumento da complexidade
divisões celulares, as
células começam a
organizar-se, constituem-se
dois grupos celulares
designam-se, massa celular
interna e trofoblasto. A
massa celular interna vai
originar o novo ser, já o
trofoblasto rodeia uma
cavidade para onde faz
saliência esse conjunto
celular.
O embrião nesta fase
designa-se blastocisto,
ocorrendo a sua eclosão da
zona pelúcida. Ao sexto dia
o trofoblasto adere à zona
superficial do endométrio.
Nidação: implantação do
embrião no endométrio.
É do endométrio que o
embrião, na fase da
nidação, recebe os
nutrientes.
Importante: para que ocorra
a nidação, é necessário que
o embrião tenha atingido um
estado de desenvolvimento
conveniente e que o
endométrio esteja preparado
para receber esse embrião.
O embrião é expelido
durante a menstruação, caso
não se consiga implantar.
Com a continuidade das
divisões celulares, por
processos complexos acabam
por se constituir três
camadas de células
embrionárias, uma mais
interna, a endoderme, outra
mais externa, a ectoderme,
e uma entre ambas a
mesoderme. Destas três
camadas de células, por
diferenciação celular, vai-
se constituir tudo do novo
indivíduo.
Processos biológicos:
Crescimento: a partir de
multiplicações celulares,
por divisões mitóticas e
também devido ao aumento de
volume das células
Morfogénese: conjunto de
movimentos de territórios
celulares que tomam
posições uns em relação aos
outros, de acordo com as
estruturas que vão formar.
São originadas três camadas
de células embrionárias.
Diferenciação celular:
especialização estrutural e
bioquímica de células da
ectoderme, da endoderme e
da mesoderme no sentido de
desempenharem funções
específicas. Os diferentes
tecidos inter-relacionam-
se, formando órgãos e
sistemas de órgãos.
Origem de algumas
estruturas:
Ectoderme:
• Sistema nervoso
• Órgãos dos sentidos
• Epiderme
Mesoderme:
• Esqueleto
• Músculos
• Sistema circulatório
• Sistema excretor
• Sistema reprodutor
Endoderme:
• Sistema respiratório
• Revestimento do tubo
digestivo
• Fígado
• Pâncreas
O desenvolvimento do também, a placenta, a
embrião é acompanhado pela passagem de anticorpos do
formação de estruturas sangue da mãe, os quais
transitórias, os anexos protegerão o recém-nascido
embrionários, que persistem no início da sua
até ao nascimento. existência.
Em contrapartida, outros
Anexos embrionários: materiais, que são tóxicos,
• Âmnio: rodela a como o álcool outras
cavidade amniótica drogas, difundem-se
preenchida por um facilmente a partir do da
líquido, o líquido mãe. Também certos
amniótico. Constitui microrganismos são capazes
uma estrutura que de passar para o sangue do
garante a embrião um feto, podendo estar na
abrigo contra a origem das malformações
dessecação e contra congénitas.
choques mecânicos,
permitindo também a Nota: ao fim das 8 semanas
manutenção de uma o embrião passa a ser
temperatura constante. chamado feto.
• Vesícula vitelina: é
muito reduzida, mas
ricamente
vascularizada. Parte
desta estrutura fica
incorporada no cordão
umbilical, sendo o Desenvolvimento fetal
primeiro local de
produção de células Um dos caracteres mais
sanguíneas e células marcantes é o abrandamento
germinativas do crescimento da cabeça em
relação ao resto do corpo.
• Alantoide: contribui
No princípio deste período,
para a formação do
a cabeça constitui,
cordão umbilical
aproximadamente metade do
• Córion: membrana comprimento do corpo, pelas
extraembrionária mais 20 semanas cerca de um
exterior que, com o terço e, no nascimento,
âmnio, rodeia o cerca de um quarto.
embrião e intervém na
formação da placenta IDEIAS-CHAVE:
• No período
Placenta: órgão constituído
embrionário, o ovo,
por endométrio do útero
por numerosas divisões
materno e por vilosidades
celulares, forma um
do córion do embrião.
embrião que se
Permite trocas seletivas
implanta no endométrio
entre a mãe e o filho,
fundamentais para o seu • O embrião desenvolve-
desenvolvimento. Permite se formando três
camadas celulares
 embrionárias, baseados na deteção,
ectoderme, mesoderme e através da urina da mãe, da
endoderme, com hormona HCG produzida pelo
posições determinadas. embrião jovem.
A partir destas
camadas, por Após as 8 a 10 semanas, há
diferenciação celular, um declínio da produção de
constituem-se os HCG, o corpo amarelo
órgãos do novo ser, degenera, mas a produção de
formando-se também estrogénios e de
estruturas progesterona fica
transitórias, os assegurada pela placenta.
anexos embrionários
• A placenta é uma Estrogénios e progesterona
estrutura constituída = manutenção do endométrio
por endométrio da mãe e desenvolvimento e
e vilosidades do manutenção das glândulas
córion do embrião, mamárias
através da qual se
realizam trocas entre Estrogénios = expansão do
a mãe e o filho útero
• Ao fim de 8 semanas
estão já esboçados os Progesterona = responsável
órgãos do novo ser pela inexistência de
contrações uterinas,
• Durante o período
prevenindo a expulsão
fetal, os órgãos já
prematura do embrião ou
formados na fase
feto
anterior desenvolvem-
se, ocorrendo,
Trabalho de parto
simultaneamente, um
crescimento e
No final da gestação, o
modificações nas
teor de estrogénios no
proporções das
sangue da mãe atinge o
diferentes regiões do
nível mais elevado. Com a
corpo
dominância do teor de
estrogénios em relação ao
Mecanismos que controlam o
teor de progesterona
desenvolvimento embrionário
estimula a contração dos
músculos uterinos.
Elevado teor de HCG,
estimula, corpo amarelo,
Estrogénios, induzem
aumenta, a produção de
também, a formação, no
estrogénios e progesterona,
útero, de numerosos
inibem, complexo
recetores de oxitocina
hipotálamo-hipófise, não se
(produzida no hipotálamo,
liberta, FSH e LH, não
na parte final da gestação
ocorre, novo ciclo ovário.
e libertada pela hipófise
posterior.
A HCG é eliminada pela
urina, daí os primeiros
testes de gravidez são
Oxitocina = estimula as
células musculares do útero
a contraírem-se
vigorosamente e com mais
frequência, isso estimula a
libertação de mais e mais
oxitocina
A indução hormonal do parto
envolve um mecanismo de
retroação positivo.
Como se forma o leite
materno
Transformações nas
glândulas mamárias:
• Os diversos canais
dispersos no tecido
adiposo ramificam-se
• Os alvéolos contendo
as células secretoras
de leite desenvolvem-
se
• O desenvolvimento de
uma vasta rede de
vasos sanguíneos e
linfáticos
A produção de leite é
controlada por várias
substâncias, uma delas a
prolactina, que é produzida
na hipófise anterior.
Durante a gestação, os
níveis elevados de
estrogénios e progesterona
exercem uma retroação
negativa, na secreção dessa
hormona.
RESUMO:
Elevado teor de
progesterona e estrogénios,
inibem, o hipotálamo, que
inibe, a hipófise anterior,
e não se produz prolactina
Colostro: líquido segregado
durante os primeiros 1 a 4
dias, até se iniciar a
secreção de leite.
Tem menos glícidos e
lípidos e é mais rico em
proteínas que o leite. É
também rico em anticorpos
que protegem a criança de
diversas infeções nas
primeiras semanas de vida.
IDEIAS-CHAVE:
• Durante a nidação, a
hormona HCG produzida
pelo córion
embrionário permite a
manutenção temporária
do corpo amarelo e,
consequentemente, a
produção de
estrogénios e
progesterona
• Após a degenerescência
do corpo amarelo, a
placenta produz essas
hormonas
• No trabalho de parto
intervém a neuro-
hormona oxitocina, que
estimula as contrações
do miométrio por
retroação positiva
• A secreção de leite
pelas glândulas
mamárias é controlada
por várias
substâncias, entre as
quais a prolactina
produzida pela
hipófise anterior,
sendo o fluxo de leite
ativado pela oxitocina
produzida pelo
hipotálamo
Manipulação da fertilidade
Contraceção = conjunto de
métodos utilizados para
evitar a procriação.
Métodos contracetivos
naturais
Abstinência sexual durante
os períodos férteis da
mulher.
Como saber o período fértil
da mulher? A observação do
aspeto do muco cervical e a
avaliação diária da
temperatura são sinais a
considerar
Observação do muco
cervical:
Período fértil: muco
cervical abundante fluído,
transparente
Período não fértil: muco
cervical com aspeto viscoso
Avaliação diária da
temperatura: a temperatura
varia ao longo do ciclo
sexual, e com base nessas
variações é possível
determinar o dia da
ovulação
A data da ovulação
corresponde ao último dia
que precede a subida da
temperatura. O patamar de
hipertermia corresponde a
um período não fértil,
exceto nos primeiros dois
dias após o seu início, que
correspondem ao período em
que o oócito pode ser
fecundado.
Para poder ser comparada ao
longo dos dias, a
temperatura retal deve ser
avaliada nas mesmas
condições com o mesmo
termómetro, de manhã, ao
acordar, antes de qualquer
atividade.
Ciclo regular, o período
fértil situa-se entre o 10º
e 16º dia.
Os métodos naturais não
apresentam efeitos
secundários, mas a sua
eficácia depende do rigor
com que é determinada a
data da ovulação.
Riscos: oscilações na
temperatura devido a causas
diversas da ovulação ou de
uma avaliação incorreta do
muco cervical.
Métodos contracetivos não
naturais
A contraceção hormonal é um
dos métodos reversíveis
mais eficazes, se
aconselhada pelo médico e
administrada corretamente.
Pílulas combinadas ou
estroprogestativas =
estrogénio e progesterona
na sua síntese.
São tomadas
consecutivamente, em regra
durante 21 dias, e durante
o resto dos dias do ciclo é
interrompida, de modo a
ocorrer a menstruação.
Para o não esquecimento da
toma da pílula, no mercado
encontra-se agora
embalagens de toma diária
consecutiva, com 24
comprimidos de uma cor, e 4
de outra. Os 4 comprimidos,
são placebo, não têm
medicamento, e é durante a
sua toma que ocorre a
hemorragia de privação, a
menstruação.
A utilização das pílulas
combinadas, verifica-se,
pela ação dos derivados das
hormonas sexuais, uma
retroação negativa sobre o
complexo hipotálamo-
hipófise, bloqueando em
grande parte a libertação
de FSH e LH. Com isto os
folículos ováricos não
experimentam maturação, não
ocorrendo ovulação nem
formação do corpo amarelo.
Existe no útero, um
desenvolvimento do
endométrio, mas este não se
apresenta apto para a
nidação. O muco cervical
mantém-se espesso,
impedindo a passagem dos
espermatozoides.
RESUMO:
Efeitos sobre o organismo:
• Diminuição na
libertação de FSH e
LH
• Não há pico de LH
• Não se desenvolvem os
folículos
• Não há ovulação
• Não se forma corpo
amarelo
• Mucosa uterina não
adaptada à nidação
• Muco cervical espesso
As pílulas progestativas,
sem estrogénios, tomam-se
diariamente sem
interrupção.
Têm o mesmo objetivo das
pílulas combinadas,
bloqueiam a ovulação. A sua
eficácia é igual e devem
ser utilizadas por quem não
possa por questões de
saúde, usar um método
contracetivo com
estrogénio.
Selo transdérmico: método
estroprogestativo que atua
como uma pílula combinada
em que as hormonas são
absorvidas através da pele.
Modo de aplicação: 1 vez
por semana, 3 semanas
seguidas, com uma de
descanso.
Anel vaginal: método
estroprogestativo em forma
de anel flexível com uma
baixa dosagem hormonal e
eficácia semelhante à de
outros processos hormonais.
É aplicado pela própria
mulher apenas uma vez em
cada ciclo. Mantém-se por
três semanas e na quarta
semana deve ser retirado.
Implante subdérmico: método
progestativo. Trata-se de
um dispositivo com a forma
de um bastonete que é
implantado pelo médico, sob
a pele do antebraço, com
recurso a anestesia local.
Mantém uma boa eficácia
durante 3 anos.
Sistema intra-uterino:
método progestativo que
consiste num dispositivo
que é implantado no útero
pelo médico e que contém
progesterona. Produz o
espessamento do muco
cervical, que impede a
progressão de
espermatozoides, e altera o
endométrio para impedir a
nidação. É eficaz entre 3 a
7 anos.
Estes métodos contracetivos
hormonais, impedem em
ovulação e a fecundação.
Eles permitem também a
regulação dos ciclos
menstruais e a diminuição
das dores do período
menstrual.

Efeitos secundários:
problemas de hipertensão;
diabetes; insuficiência na
circulação sanguínea. Estes
riscos podem-se agravar em
contacto com outros
fatores, como tabaco,
álcool e outras drogas.

Pílula de emergência: deve

ser utilizado quando ocorre
uma relação sexual não
protegida ou não protegida
corretamente
Existem 2 tipos:
• A pílula de
levonorgestrel: é
menos eficaz e
bloqueia a ovulação
durante 3 dias
• A outra: contém
acetato de ulipristal
e bloqueia a ovulação
por um período de 5
dias (tempo que os
espermatozoides se
mantém viáveis e com
capacidade fértil no
sistema genital após
uma relação sexual).