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Fisiologia do parto

associada ao conceito
de feedback positivo
Ana Carolina Lima Brenda Zambotti
Ana Júlia Santos Bruno César
Ana Laura Tavela Carolina Fleury
Ana Letícia Sínico Clarice de Faria
Beatriz Ferreira Geórgia Mendonça
Bianca Tavares Larissa Gomes
Brenda Miranda
Introdução
No período final da gravidez, as contrações uterinas evoluem e ficam cada vez mais
intensas para provocar o processo do parto tendo por influência dois mecanismos:
(1) mudanças hormonais progressivas que aumentam a excitabilidade da
musculatura uterina; e (2) mudanças mecânicas progressivas. hormônios sexuais
femininos da hipófise anterior.
Hormônios Femininos
O sistema hormonal feminino consiste em três hierarquias de
hormônio, são eles:

I. O hormônio de liberação hipotalâmica, chamado hormônio


liberador de gonadotropina (GnRH).

II. Os hormônios sexuais hipofisários anteriores, o hormônio


foliculoestimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH), ambos
secretados em resposta à liberação de GnRH do hipotálamo.

III. Os hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona, que são


secretados pelos ovários, em resposta aos dois hormônios
sexuais femininos da hipófise anterior.
GnRH

O hormônio liberador de gonadotrofina, de sigla GnRH, é um hormônio polipeptídico sintetizado pelo hipotálamo,
que age sobre a hipófise e leva à liberação dos hormônios LH e FSH

O GnRH é responsável por regular indiretamente a atividade gonadal por meio de estímulos da secreção de LH
e FSH pela hipósfise. A frequência e amplitude dos pulsos de GnRH e gonadotrofinas são responsáveis pelo
controle da atividade gonadal e, consequentemente, das funções reprodutivas
FSH LH
Gerado a partir da ação do GnRH na Gerado a partir da ação do GnRH na
adeno hipófise adeno hipófise
Receptores desenvolvidos pelo estímulo
Acionamento dos receptores ovarianos
do FSH e estrógeno
na primeira menarca
Durante seu pico, a maturação folicular
Pico no 14º dia do ciclo menstrual chegará ao máximo, realizando a
ovulação (liberação do ovócito)
Folículo estatina realizará a atresia dos
Responsável pela maturação folicular nos folículos restantes
ovários femininos
No final do processo, forma-se o corpo
lúteo
Estrógeno
Hormônio sexual produzido, principalmente, pelos folículos ovarianos, durante a
puberdade

Sintetizado a partir do colesterol e dividido em vários tipos, os principais são: estriol,


estradinol e estrona

Com o amadurecimento folicular, produz-se o estrógeno para uma possível gravidez

Suas atividades incluem:


1. Estimulação das fimbrias para envolver o ovário, facilitando a passagem do ovócito
2. Produção do muco endometrial, para facilitar a movimentação do espermatozóide
3. Relaxamento do colo uterino, para ajudar a entrada do gameta masculino
Progesterona Funções:
Principal representante das
Alterações na secreção do utero
progestinas.É secretado na 2 fase do
ciclo menstrual e na gravidez
São sintetizadas a partir do colesterol e Diminui contrações e fecha o colo do
geralmente são degradadas em estrógeno pela útero
enzima aromatase. Sua quantidade aumenta
quando o corpo lúteo passa a produzir mais Desenvolvimento das mamas
progesterona do que o corpo consegue
degradar.
É transportada no sangue por proteínas
Aumento da secreção nas trompas de
plasmáticas, como a albumina e globulinas
falópio
especificas e sua degradação gera um produto
chamado pregnanediol, que é excretado pela
urina
Ciclo menstrual
Durante o ciclo menstrual as camadas do
endométrio são alteradas. A camada basal
possui sua própria vascularização e, portanto,
não descama na menstruação. As camadas
compacta e esponjosa descamam durante a
menstruação ou o parto e são chamadas de
camada funcional.
Sob a perspectiva ovariana, o ciclo menstrual
pode ser dividido em fase folicular, fase
ovulatória e fase lútea.
Fase Folicular
Fase ovulatória
A ovulação, em um ciclo menstrual de 28 dias, acontece no 14º dia depois da
menstruação. É a fase em que o óvulo é liberado pelo ovário e chega até as trompas
para seguir rumo ao útero e ser fecundado. Nessa etapa, alguns hormônios agem
para que o processo possa ocorrer.

FSH ESTRÓGENO LH
Permite que os óvulos, Estimula as fímbrias a se aproximarem Age no folículo para que ele
do ovário para capturar o ovócito,
ou folículos, se atinja seu desenvolvimento
dilata o colo uterino, aumenta o desejo
desenvolvam no ovário sexual da mulher e estimula a secreção
máximo e seja liberado como
das glândulas endometriais para que o o óvulo maduro
espermatozoide possa se locomover
com mais facilidade.
Hormônio Luteinizante
O LH estimula rápida secreção dos hormônios esteroides foliculares que contém progesterona.
Com a diminuição da secreção de estrógeno e o início da secreção de progesterona, ocorre a
ovulação. Ocorrem dois eventos necessários para a ovulação:
A teca externa começa a liberar enzimas proteolíticas dos lisossomos que causa dissolução e
consequente enfraquecimento da parede capsular do folículo, o que resulta em mais
dilatação folicular e degeneração do estigma.
Ao mesmo tempo, há um rápido crescimento de novos vasos sanguíneos na parede folicular e
são secretadas prostaglandinas (hormônios que causam vasodilatação) nos tecidos foliculares.
Fase Lútea
Nessa fase, o folículo se transforma em uma estrutura conhecida como corpo lúteo,
um tecido amarelado que é bastante rico em colesterol e produz grandes quantidades
de progesterona e um pouco de estrogênio.

A progesterona é responsável por preparar o endométrio para viabilizar e manter a


gestação.

Em caso de não gestação: o corpo lúteo se degenera na ausência de hCG e o seu


endométrio começa a produzir pulsos de PGF2-alfa para promover a falência funcional
e estrutural do corpo lúteo, gerando a menstruação e as cólicas menstruais.

Em caso de gestação: as células, sinciciotrofoblastos, começam a produzir um hormônio


chamado gonadotrofina coriônica humana (hCG). Esse hormônio mantém o corpo
lúteo, que continua a produzir progesterona até que o feto em crescimento possa
produzir seus próprios hormônios. Além do hCG é produzido a prostaglandina E-2 que
influencia de forma direta na manutenção do corpo lúteo.
Fatores
hormonais
na gravidez
Estrógeno
Na gravidez: é formado tanto nas glândulas adrenais da mãequanto nas
do feto;
É sintetizado pelas células cinciciais trofoblásticas da placenta;
Durante a gestação, ele provoca o aumento do útero materno, dos
ductos das mamas e das próprias mamas, e também aumenta a
genitália externa feminina da mãe;
O estrógeno relaxa os ligamentos pélvicos da mãe,
deixando as articulações sacroilíacas mais flexíveis e a
sínfise púbica mais elástica, facilitando a passagem do feto
pelo canal de parto.
Progesterona
Tão importante quanto o estrógeno
Inicialmente: secretada em menor quantidade pelo corpo lúteo.
Depois é secretada em grande quantidade pela placenta
Principais efeitos da progesterona:
Estimula o desenvolvimento de células deciduais no endométrio uterino;
Evita aborto espontâneo por contração uterina, pois diminui a
contratilidade do útero;
Aumenta a secreção das trompas de falópio e do útero, fornecendo
material nutritivo para a mórula e blastocisto, ou seja, a projesterona
auxilia no desenvolvimento do concepto mesmo antes da implantação;
Auxilia o estrógeno a preparar as mamas maternas para a lactação.
Parto: fatores hormonais
Parto: fatores mecânicos
Distensão da Musculatura Uterina
Crescimento do feto leva à distensão da musculatura lista do útero
contribuindo para a sua contratilidade.
Explica porque gêmeos geralmente nascem 19 dias antes do esperado
em uma gestão única.
Distenção ou Irritação do Colo Uterino
Motivos da causa ainda são desconhecidos.
Irritação de terminais sensoriais no colo uterino.
Transmissão miogênica de sinais do colo.
Rompimento das membranas age como fator importante para a
distenção do colo do útero
Obstetras utilizam dese mecanismo para facilitar o parto.
Início do trabalho de parto
Contrações iniciais: fracas, lentas
Contrações de últimas semanas: fortes
Elas são progressivamente mais fortes e iniciam o processo do
feedback positivo, o seguinte:

Contrações distensão do colo uterino pela cabeça do feto


aumento da contratilidade do corpo uterino empurra o bebê no
canal de parto ... e assim, o processo inicia de novo como se fosse um
círculo vicioso até ultrapassar certo nível crítico
Além disso, a distensão cervical que o bebê realiza, provoca a liberação
de ocitocina - hormônio que aumenta a contratilidade uterina
Conclusão
Portanto, é possível concluir que o processo de reprodução humana pelo olho
fisiológico desde a formação do zigoto a alimentação do bebê é bastante complexa
envolvendo vários fatores externos, hormonais, emocionais e sensoriais.
Referências
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.

SALLES, M. G. F.; ARAÚJO, A. A. Corpo lúteo cíclico e gestacional: revisão. Revista Brasileira de Reprodução Animal, v. 34,
n. 3, p. 185-194, 2010.

Vieira, Carolina Sales, Luciana Correa Oliveira De Oliveira, and Marcos Felipe Silva De Sá. "Hormônios Femininos E
Hemostasia." Revista Brasileira De Ginecologia E Obstetrícia 29.10 (2007): 538-47. Web.

VISCONTI, Maria Aparecida. “Hormônios: os mensageiros do sexo” in Sexualidade: corpo, desejo e cultura. Ciência Hoje na
Escola. Volume 2.

IUPHAR/BPS Guide to Pharmacology. Acesso


https://www.guidetopharmacology.org/GRAC/RefineChemicalStructureSearchForward?ligandId=1162 em 14/04/2022.

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