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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE

BIOTECNOLOGIA CAMPUS I – JOÃO PESSOA - PB

ESTUDO DIRIGIDO REPRODUTOR E


PARTO E LACTAÇÃO

QUESTÕES

1. Faça um esquema ilustrado da diferenciação sexual (gônodas indiferenciadas até a


completa diferenciação- utilize como exemplo sexo genético masculino e feminino)

Na 6ª semana de vida fetal, é onde se inicia o processo de diferenciação sexual. Até a 6ª semana as
gônadas ainda estão indiferenciadas e são identicas em ambos os sexos, a partir daí, o que vai
definir o sexo genético é a presença de um gene específico, o gene SRY, que é uma região do
cromossoma determinante de sexo, ficando localizado na ponta mais curta do cromossoma y. Esse
gene vai ter como produto a TDF, que é uma proteína característica por ser um fator determinante
testicular, que se liga a sequência específica de genes no DNA, e vai fazer iniciar a tuma cascata de
transcrição aé a diferenciação testicular.

A fêmea genética não possui essa o gene do SRY, desse modo ela desenvolverá os ovários no
lugar dos testículos.

Quando o sexo gonadal é definido em ovário ou testiculo, teremos a presença de células de Leydig
e de células de Sertoli nos testículos e nos ovários temos células da granulose e células da teca.

Na sexta semana do feto, eles tem ductos genitais primordiais para ambos os sexos, os ductos de
Wolff para macho e ductos de Muller para fêmea.

Quando o testículo está em desenvolvimento as células vão ter algumas funções, as células de
leydig vão secretar a testosterona que vai induzir a diferenciação dos ductos de Wolff em genitália
interna masculina (epidídimo, ducto deferente, vesículas seminais e próstata, e as célulasmde
Sertoli vão sintetizar um peptídeo que vai ser o hormônio inibidor Mulleriano, que vai inibir o
desenvolvimento dos ductos de Muller, que iriam se diferenciar em trompas de Falópio, útero e
terço superior da vagina. No feto femenino, a ausência de testosterona e do hormônio
antimulleriano vai permitir o desenvolvimento do ducto de muller e a atrofia do ducto de wolff.

Nessa etapa de dessnvolvimento as genitálias externas também são desenvolvidas, da mesma


maneira que a interna, onde hormônios androgênicos produzidos pelos testículos vão promover o
desenvolvimento da genitália externa (penis e escroto) e a ausência deles promove as genitálias
femeninas (clitóris, pequenos e grandes lábios e os 2 terços inferiores da vagina.

Fora as células de Leydig e Sertoli que vão produzir a testosterona e o inibidor mulleriano, também
são necessários outros coponentes para o completo desenvolvimento da genitália masculina,
como:receptores androgênicos (feminização testicular), testosterona e dihidrotestosterona, por
uma enzima chamada 5alfa-redutase (ausência da glândula próstatica e com isso a genitália
externa vai ser semelhante a de fêmeas), e também pode ocorrer um defeito congênito que é a
hiperplasia adrenal, causando a síndrome androgenital, que faz com que o feto feminino seja
masculinizado.
2. Faça um desenho das diferentes fases foliculares- folículo primordial ao maduro,
destaque os hormônios produzidos em cada fase

O folículo primordial começa a ser formado no ovário fetal com 10 a 11 semanas de gestação, onde
a oogônia induz a formação de uma camáda única de células fusiformes ao seu redor, e esse
conjunto oogônia-células fusiformes é considerado o folículo primordial.
O folículo primário vai ser formado quando as oogônias forem nutridas e se transformarem em
ovócitos, mas não maduros, pois células pré-granulosas, que vão ser as células granulosas depois,
vão sintetizar um fator de inibição da maturação do ovócito. Então, o conjunto ovócito primário e
células granulosas é o folículo primário.
Quando chega na puberdade, o eixo hipotálamo-hipófise-ovário vai entrar em atividade induzindo a
secreção de grandes quantidades de gonadotrofinas (FSH e LH) e sobre a ação dessas
gonadotrofinas o folículo primário vai reiniciar seu desenvovimentoaté que em um momento
apenas um entre em maturação para estar ápto a ovulação.
Puberdade

Depois dessa fase incial, as células granulosas vão secretar um muco em sua volta formando uma
proteção que as separa do ovócito, originando uma zona pelúrica.
Ainda sobre ação das gonadotrofinas, principalmente do FSH, junto com a proliferação da zona
granulosa, as células estromais adjacentes se juntam e formam camadas perifoliculares
constituindo a teca interna e extena, e assim, toda essa estrutura é chamada de folículo
secundário.
Com o tempo passa-se a formar uma cavidade intrafolicular onde ficam proteínas, nutrientes,
hormônios e enzimas importantes para o desenvolvimento ováriano, e essa cavidade se chama
antro, e com a constante produção de líquido folicular e proliferação da granulosa, o ovócito é
deslocado e envolvido por uma tripla camada celular, e esse conjunto é chamado de folículo antral.
Todos os folículos primários que começaram a se desenvolver chegam ao estágio de antro, mas
apenas um vai sofrer maturação para a ovulação, e o restante involui sofrente atresia, e isso é
importante para ser gerado somente um embrião.
O único folículo que irá se desenvolver vai ter uma sensibilidade maior ao FSH, por isso vai
continuar seu desenvolvimento até a maturação, de modo que o estrógeno produzido por ele (por
aromatases presentes) também é suficiente para sua própria maturação, formando o folículo
maduro.

3. Faça um esquema incluindo o ciclo ovariano e endometrial- inclua ilustrações e gráficos.


O ciclo ovariano é composto por duas fases, a fase folicular e a fase lútea.
A fase folicular é toda a citada na questão anterior, que se encaixa o desenvolvimento dos folículos,
e então o folículo em maturação, 2 horas antes da
ovulação vai sofrer um pico de LH e FSH, porém maior de
LH, já que FSH etá sofrendo retroalimentação negativa
pela inibina.
As principais ações do LH para a ovulação é que ele vai
enfraquecer a parede folicular e promover um aumento de
volume dentro do folículo, causando a sua ruptura e a
evaginação do óvulo.
A partir daí se inicia a fase lútea do ciclo ovariano, com a alteração da morfologia do ovário se
transformando em corpo lúteo. A transformação em corpo lúteo ocorre pelo desenvolvimento das
células granulosas e tecas, sendo preenchidas com inclusões lipídicas. Com o decorrer da
vascularização do corpo lúteo, eles vão sofrendo algumas alterações como a capacidade de secretar
Estradiol e Progesterona. E a principal função do corpo lúteo é garantir que se houver a concepção,
seja capaz de implantar o blastocisto no útero e seu desenvolvimento, assegurando a gestação.

A partir daí se direcionam 2 caminhos, a mulher grávida, 8 dias depois vai iniciar a formação da
placenta ganhando a capacidade de produzir hCG, garantindo a integridade do corpo lúteo por 3
meses até o amadurecimento da placenta.
Na mulher não grávida o corpo lúteo vai começar a involuir também após 8 dias, e sofre regressão
em 14 dias transformando-se em corpo albicans que será absorvido pelo organismo.
Paralelamente a este ciclo ovariano, se encontra o ciclo endometrial, onde vai ocorrer a descamação
da parede do endométrio, e prepara o útero para a nidação do blastocisto. Ele pode ser dividido em
duas fases: Fase proliferativa ou estrogênica (simultânea a fase folicular) e fase secretora ou
progestacional (simultânea a fase lútea) que sucede a ovulação.
A fase proliferativa vai ocorrer no início de cada ciclo menstrual, onde o endométrio ainda está
descamado após o último ciclo menstrual. Se inicia de forma que, após a descamação, uma única
camada delgada não é descamada, e esta irá proliferar rapidamente, e de 5-7 dias após a
menstruação a superfície endometrial está reepitalizada, cessando o sangramento. Durante os
próximos 7-9 dias o endométrio aumenta sua espessura pela multiplicação das células estromais e o
crescimento de glândulas endometriais, que vão secretar um muco com grande capacidade elástica,
que vai facilitar a entrada do espermatozóide e direciona-lo para as tubas uterinas. Ao final desta
fase, o endométrio está desenvolvido e apto a nutrição e abrigação do feto.
A segunda fase é a fase secretora, onde vai ocorrer uma maior vascularização do endométrio por
causa do aumento de Estrógeno e progesterona plasmáticos produzidos pelo corpo lúteo após a
ovulação. A progesterona vai fazer com que a rápida proliferação celular fique lenta. As glândulas
vão se tornar mais espiraladas e sinuosas, e vão começar a acumular glicogênio para a nutrição do
embrião até a formação da placenta. Se não ocorre a gravidez o corpo lúteo regride, e vai ocorrer a
menstruação.
A ultima fase do ciclo endometrial é a menstruação, onde o endométrio vai sofrer descamação. Isso
ocorre inicialmente pela alta redução de estrógeno e progesterona, principalmente de progesterona,
o que vai levar a uma série de contrações das artérias e musculatura uterinas, isso vai causar uma
redução do fluxo sanguíneo por causa da contração dos vasos (queda no fornecimento de O2) e vão
levar a necrose endometrial e sangramento na camada funcioal do endométrio, e então sobre ação
de uma prostaglandina (PGF2alfa), ela vai fazer com que o miométrio se contraia expelindo o tecido
descamado e o sangue da cavidade uterina, se encerrando a menstruação com a descamação
completa do endométrio, só restando uma única camada delgada onde vai ser reeptalizado o
endométrio.

4. Faça um desenho diferenciando epidídimo, canal deferente e túbulos seminíferos

Os túbulos seminíferos no interior dos testículos vão se converger para uma rede de tubos (rede
testicular) que se interconectam, onde emergem cerca de 12 ductos chamados ductos eferentes, e
esvaziam seu contrúdo em um ducto único chamado epidídimo, deste vai para o ducto coletor ou
pseudo-extratificado.

5. Descreva ou faça um esquema incuindo espermatogônias, células sertoli, células leydig,


FSH, LH, ABP, estosterona.

As células de Sertoli estão intimamente relacionadas com as células germinativas


em desenvolvimento provendo nutrientes e fatores estimuladores, podendo ser chamada também
de células sustentadoras, e elas também secretam proteínas ligadoras de andrógenos e algums
hormônios como a inibina. Elas estão ligadas uma as outras por junções de oclusão formando uma
barreira hematotesticular impedindo que certas substâncias químicas passem do sangue para os
túbulos seminíferos.

As espermatogônias são células germinativas indiferenciadas formadas na


puberdade em resposta aos hormônios gonadotróficos liberados pela adeno-hipófofise. Elas vão
se dividir formando espermatócitos primários, e estes vão sofrer divisões meióticas formando os
espermatócitos secundários e as espermatídes. Durante a divisão meiótica os cromossomos vão
de 46 à 23 então as espermatídes vão se diferenciar em espermatozóides por meio da espermiação.

As células de Leydig vão secretar testosterona que vai induzir a diferenciação dos
ductos de Wolff em genitália interna masculina (epidídimos, ductos deferentes, vesículas seminais
e próstata. E as células de Sertoli vão produzir um hormônio inibidor mulleriano, onde inibo o
desenvolvimento dos ductos de Muller, que iriam se diferenciar na genitália interna femenina.

A espermatogênese vai ser controlada pelos hormônios gonadotróficos LH e FSH,


e a liberação desses hormônios é feita por estímulo de um neuro-hormônio, o GnRH, e a liberação
desse neuro-hormônio começa a partir da quarta semana gestacional e fica em baica concentração
até que o indivíduo entre na puberdade. LH e FSH começa a ser produzido entre a 10ª-12ª semana
de gestação, e o FSH está em maior concentração na infância, quando chega na puberdade quem
fica em maior quantidade é LH e na terceira idade volta a ser o FSH.

6. Descreva detalhadamente o processo de capacitação, reação acrossômica e cortical


dos espermatozóides
Os espermatozóides vão entrar na vagina constituído em um fluido chamado sêmem, neste fluido o
espermatozóide vai estar junto de secreções de vesículas seminais, glândulas bulbouretrais e
próstata, que vai ajudar como substrato energético, tampões para suprir a acidez da vagina,
lubrificação e motilidade. Mas uma vez na vagina, os espermatozóides ainda vão levar de 4-6 horas
em um processo de capacitação para se tornar fertil, e esse processo consiste na eliminação dos
fatores inibitórios presentes no ejaculado e na remoção do colesterol da membrana celular dos
espermatozóides.
A capacitação vai gerar também a reação acrossômica, onde a membrana acrossômica vai se fundir
com a membrana externa do espermatozóide, gerando poros por onde enzimas hidrolíticas e
proteolíticas vão deixar o acrossoma e criar uma via por onde o espermatozóide vai penetrar o
revestimento dos óvulos, ocorrendo a fertilização.
A reação cortical ocorre quando entram em contato as membranas citoplasmáticas do
espermatozóide e do ovócito, nisto, irá ocorrer a exocitose de enzimas que ficam contidas nos
grânulos corticais localizados na periferia do ovócito, e essas enzimas liberadas vão modificar a
zona pelúcida, levando ao seu endurecimento e inativação de receptores, e essas modificações vão
permitir que não ocorra a fecundação de outro espermatozóide no ovócito.

7. Faça um desenho ilustrado o reflexo da amamentação


O reflexo da amamentação ocorre pela produção de ocitocina após a sucção dos mamilos pelo bebê,
onde vai promover uma diminuição na secreção de dopamina e sua concentração na eminência
mediana. A dopamina é um fator inibidor da síntese de prolactina que fica sempre ativo durante toda
a vida até que a fêmea se encontre em um período gestacional. A sucção dos mamilos realizada pela
criança vai estimular terminais sensoriais que enviam impulsos nervosos para o SNC que vão
bloquear a secreção de dopamina, e assim estimular a liberação de hormônios liberadores de
prolactina, que vão ser liberadas pelos lactotrofos, e propicia o esvaziamento do leite das mamas.
Além disso, a prolactina vai promover a inibição das gonadotrofinas, interrompendo o ciclo
menstrual durante a gestação.
A sucção do mamilo também vai promover a ejeção do leite, de modo que não somente promove a
secreção de prolactina, mas também de ocitocina, durante 20 a 30 segundos do início da sucção
mamilar, este hormônio vai atuar sobre células mioepitaliais que envolvem osalvéolos que se
contraem aumentando a pressão intra-alveolar, ocorrendo a ejeção para os ductos e seio lactíferos.

8. Descreva o feedback postivo – ocitocina-parto.


Este efeito de feedback positivo ocorre de forma que, o aumento de cortisol vai estimular o aumento
na quantidade de receptores de ocitocina aumentando a sensibilidade a mesma, assim, as
contrações uterinas vão atingir toda a musculatura miometrial. Durante o trabalho de parto até a
expulsão do feto, as contrações aumentam seu rítmo de 10 em 10 minutos, e isto vai desencadear
distensões na pelve da gestante, estimulando terminais sensoriais que enviam impulsos via medula
sacram para centros nervosos superiores chegando aos neurônios supraópticos magnocelulares e
paraventriculares do hipotálamo, e estes vão despolarizar e induzir a liberação de ocitocina pela
neuro-hipófise, e isto vai aumentar ainda mais as contrações uterinas, e quanto mais contrações,
mais estímulos no SNC e mais ocitocina é liberada causando ainda mais contrações.

Prova reprodução parto e lactação

1°) Descreva como ocorre a diferenciação sexual detalhadamente.


Todo o processo se inicia ainda na vida fetal, mais precisamente na 6ª semana de gravidez, pois
até esta semana as gônadas ainda não estão diferenciadas, e então são idênticas entre ambos os
sexos. A partir desta semana vai ser definido como vai se desenvolver o aparelho reprodutor, a
partir das condições genéticas. Há um gene específico chamado SRY, que fica localizado na
ponta curta do cromossoma y, e este é o que vai determinar o sexo. Esse gene vai ter como
produto a TDF que é o fator determinante testicular, então daí já sabemos que o sexo será
masculino pois o TDF vai se se ligar a uma sequência específica de genes do DNA e vai fazer
com que inicie uma cascata de transcrição para a diferenciação testicular. A fêmea, como seus
genes são geralmente XX, não vai possuir o SRY que fica na ponta curta do cromossoma Y,
desse modo será desenvolvido os ovários.
Porém, na sexta semana do feto, eles vão der 2 tipos de ductos primordiais, que são os ductos de
Wolff e os ductos de Muller, e dependendo da diferenciação, diferentes células vão começar se
diferenciar e vão causar o atrofiamento do outro, e funciona da seguinte maneira:
Quando o TDF está presente e irá se reproduzir os testículos, estarão presentes células
chamadas de células de Leydig e células de Sertoli, e estas vão ter cada uma sua função, as de
Leydig vão secretar testosterona para induzir a diferenciação dos ductos de Wolff na genitália
masculina, e as de Sertoli vão sintetizar um peptídeo inibidor Mulleriano, que vai inibir o
desenvolvimento dos ductos de Muller e causar sua atrofia.
Quando não tem TDF presente, quem irá se desenvolver são os ductos de Muller, através de
secreções das células granulosas e células da teca, e então irão se diferenciar em trompas, útero,
e o terço superior da vagina. E a ausência da testosterona e o peptídeo inibidor Mulleriano vai
causar a atrofia dos ductos de Wolff.
Da mesma maneira vai ocorrer para o desenvolvimento da genitália externa, os testículos vão
secretar hormônios androgênicos que vão promover o desenvolvimento do pênis e o escroto, e a
ausência dos testículos e consequentemente a ausência dos androgênicos vão promover o
desenvolvimento da genitália feminina.
É importante saber também que outros componentes são necessários para completa
diferenciação gonadal, como receptores androgênicos, testosterona e di-hidrotestosterona
encontrada por causa da enzima 5alfa-redutase. E a ausência desses componentes pode causar
o aparecimento de defeitos nas gônadas como feminização testicular, hiperplasia adrenal,
síndrome androgenital, etc.
2°) Explique pelo menos 2 doenças possíveis de alteração morfológica por causa de
concentração de testosterona plasmática, e como é possível diagnostica-la.
Doenças que podem ser encontradas são a “síndrome da insensibilidade androgênica” e a
“Hiperplasia suprarrenal congênita”.
A primeira, a síndrome da insensibilidade androgênica, é encontrada quando uma garota, com
fenótipos femininos, tem a genitália externa feminina pouco desenvolvidas, e mesmo depois dos
16 anos ainda não menstruou. Isso se mostra porque o indivíduo tem e genótipo masculino XY, e
assim gônadas masculinas, dessa forma, ela tem a síndrome, e é caracterizada por causar uma
insensibilidade androgênica, por causa da ausência de receptores androgênicos, dando
resistência a androgênios. Assim, a genitália externa não será desenvolvida porque não terá
receptores para androgênios, que são o que iria estimular o desenvolvimento da genitália externa,
assim como pelos corporais na puberdade e etc.
A menina tinha o fenótipo feminino justamente pela ausência dos receptores de testosterona, e
então o feto de tornou feminino, ela só não terá a genitália interna, por causa do peptídeo inibidor
Mulleriano, por isso nunca menstruou, e nem irá poder ter filhos. O desenvolvimento mamário
ocorreu por que os testículos produziram estradiol a partir da testosterona, e este vai promover o
desenvolvimento mamário.
A outra doença é a hiperplasia suprarrenal congênita, está é caracterizada pelo bebê nascer com
a genitália externa ambígua, pois não há pênis, porém o clitóris é significativamente grande, mas
o bebê tem o gene XX então ela tem ovários, o que vai diagnosticar a doença é a ausência da
enzima 21beta-hidroxilase no córtex suprarrenal. Essa enzima tem a função de converter
esteroides em mineralocorticoides e cortisol, então a ausência dessa enzima vai causar um
acúmulo de esteroides, e vão ser direcionados para a produção de androgênios suprarrenais, e é
isso que vai causar a masculinização da genitália externa, ou seja, o aumento do clitóris. A
hiperplasia suprarrenal vai ocorrer pela ausência de cortisol, já que não tem a enzima para
converter, e isso vai levar a uma contínua síntese de ACTH, pois não vai ter cortisol para fazer a
retroalimentação negativa, assim o ACTH vai ter efeito trófico sobre o córtex suprarrenal
causando a hiperplasia.

3°) Descreva a fase folicular do ciclo ovariano, detalhando núcleo arqueado, células
gonadotróficas, folículo de graff, e concentração de estrógeno e progesterona.
Os folículos das fases são em ordem crescente: Folículo primordial, folículo primário, folículo
secundário, e o folículo de graff (formado pelo folículo maduro e o ovócito). Depois há a ruptura do
folículo e formam as estruturas: Corpo lúteo e corpo albicans que vai ser absorvido no estroma.
Se inicia quando o folículo primordial começa a ser formado no ovário fetal com 10 a 11 semanas
de gestação, quando a oogônia induz a formação de uma camada de células em sua volta.
Quando as oogônias forem nutridas e se transformarem em ovócitos não maduros, ainda não
maduros por causa de um fator inibidor da maturação secretado por células pré granulosas
presentes. Esse será o folículo primário.
Para se tornar secundário, somente na puberdade, quando o eito hipotálamo-hipófise-ovário vai
entrar em atividade e secretar grandes quantidades de gonadotrofinas (FSH e LH), e estas vão
forçar os folículos a reiniciarem seu desenvolvimento, porém agora um só, não terá sua
maturação inibida, e irá entrar em maturação para depois estar apto a ovulação. Ocorrendo isso,
na maturação vai acontecer que o folículo irá sofrer algumas alterações. Células granulosas vão
secretar um muco que vai separa-las do ovócito, e vai desloca-lo para a lateral do folículo, e irá
originar uma zona chamada zona pelúrica. Nessa zona pelúrica irá acontecer várias modificações,
irão se desenvolver outras células que formarão camadas chamadas de teca externa e teca
interna, e também irá se acumular um flúido contendo esteroides, proteínas, polissacarídeos,
FSH, e toda essa estrutura na zona pelúrica irá ser denominada de antro. Essa é a fase
determinante, pois todos os folículos chegarão a esta fase, porém somente um, que terá mais
sensibilidade ao FSH irá se desenvolver, e desenvolver o antro, e no fim irá ser formado o folículo
de graff.
O folículo de graff, somente um será dominante e irá crescer até que ocorra a ovulação, onde o
folículo se rompe e libera seu ovócito, que irá para a tuba uterina e se for fecundado vai produzir o
óvulo. O que sobrou do folículo vai ser chamado de corpo lúteo, e se o ovócito for fecundado ele
vai secretar esteroides sexuais até a placenta sumir, e se não for fecundado, o corpo lúteo vai
sofrer atrésia e irá se transformar em corpo albicans, que logo será ser absorvido pelo organismo.
A progesterona e o estradiol são sintetizados durante as fases foliculares pelas células granulosas
e as células da teca, e ambas tem como estimulantes da biossíntese o FSH e o LH, sendo que o
LH estimula a enzima colesterol desmolase nas células da teca para produzir a progesterona e o
FSH estimula a enzima aromatase na célula granulosa para a síntese do estradiol.

4°) Descreva como ocorre o relaxamento da artéria peniana com e sem endotélio na
presença de ach, de acordo com seus conhecimentos sobre o reflexo da ereção.
A ereção será provocada pelo preenchimento dos corpos cavernosos e do corpo esponjoso
ventral com sangue. O preenchimento é estimulado por estímulos psíquicos e/ou táteis nas zonas
erógenas, onde está envolvido o arco reflexo espinal, de modo que fibras aferentes vão levar
sinapses até o centro integrador da medula espinal, que vai levar agora novos impulsos para
fibras parassimpáticas dos nervos da ereção. As fibras parassimpáticas com a liberação de ACTH
vão estimular a liberação de NO, o qual vai levar a produção de GMPc, e é este que vai regular a
ereção através do relaxamento e dilatação arteriolar no pênis permitindo o fluxo sanguíneo nos
corpos cavernosos e nos corpos esponjosos.
As células endoteliais é que vão promover a liberação de NO, então sem o endotélio não vai
haver a produção de GMPc e assim não vai ocorrer a dilatação e o relaxamento da artéria
peniana, e assim não vai haver ereção pois os corpos esponjosos e cavernosos não vão ser
preenchidos com sangue.

5°) Detalhe como é a relação entre a espermatogênese e o FSH, adicione também


testosterona e LH em sua resposta.
A espermatogênese ocorre continuamente durante a vida reprodutiva dos homens, e ocorre
fisiologicamente na parede dos túbulos seminíferos, sendo o processo dividido em 3 fases:
A primeira fase é definida como uma etapa de divisões mitóticas, onde espermatogônias vão
gerar espermatócitos. Na segunda fase, ocorre divisões meióticas dos espermatócitos reduzindo o
número de cromossomas e produzindo espermátides haploides. Na terceira fase vai ocorrer a
espermiogênese, onde as espermátides vão perder seu citoplasma e desenvolver um flagelo se
transformando em um espermatozoide.
O FSH vai estimular a espermatogênese em função das células de sertoli, que vão sustentar a
espermatogênese fornecendo nutrientes para a diferenciação dos espermatozoides e também
secretam um fluido que ajuda no transporte dos espermatozoides ao longo dos túbulos para o
epidídimo. A testosterona vai atuar sustentando a espermatogênese. E o LH vai atuar
indiretamente estimulando as células de leydig a sintetizarem testosterona.

6°) Explique como a dopamina tem efeito na eminência média e na adenohipofise nos
diferentes horários do dia.
A dopamina vai ter efeito sob a secreção de prolactina pela adenohipófise, inibindo a secreção por
toda a infância, até que a mulher fique gestante.
Neurônios dopaminérgicos no hipotálamo vão secretar dopamina na eminência mediana, que vão
passar pelo sistema porta e vão ser distribuídos na adenohipófise onde é inibida a secreção de
prolactina.
Mas após a gestação, a mulher tem que amamentar o bebê, e neste caso, vão ter estímulos para
a secreção de prolactina para a formação do leite materno nas mamas, e um dos principais
estímulos é a sucção. Durante a sucção fibras aferentes do mamilo vão levar informações para o
hipotálamo para inibir a secreção de dopamina, e assim terá a secreção de prolactina, onde esta
vai estimular a produção de leite. Porém, a própria prolactina tem efeito inibidor dela própria com
retroalimentação negativa, estimulando o hipotálamo a liberação de dopamina.

6°) Descreva como ocorre a capacitação, reação acrossomica e cortical dos


espermatozoides.
Os espermatozóides vão entrar na vagina constituído em um fluido chamado sêmem, neste fluido
o espermatozóide vai estar junto de secreções de vesículas seminais, glândulas bulbouretrais e
próstata, que vai ajudar como substrato energético, tampões para suprir a acidez da vagina,
lubrificação e motilidade. Mas uma vez na vagina, os espermatozóides ainda vão levar de 4-6
horas em um processo de capacitação para se tornar fertil, e esse processo consiste na
eliminação dos fatores inibitórios presentes no ejaculado e na remoção do colesterol da
membrana celular dos espermatozóides.
A capacitação vai gerar também a reação acrossômica, onde a membrana acrossômica vai se
fundir com a membrana externa do espermatozóide, gerando poros por onde enzimas hidrolíticas
e proteolíticas vão deixar o acrossoma e criar uma via por onde o espermatozóide vai penetrar o
revestimento dos óvulos, ocorrendo a fertilização.
A reação cortical ocorre quando entram em contato as membranas citoplasmáticas do
espermatozóide e do ovócito, nisto, irá ocorrer a exocitose de enzimas que ficam contidas nos
grânulos corticais localizados na periferia do ovócito, e essas enzimas liberadas vão modificar a
zona pelúcida, levando ao seu endurecimento e inativação de receptores, e essas modificações
vão permitir que não ocorra a fecundação de outro espermatozóide no ovócito.

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