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GAMETOGÊNESE:

FORMAÇÃO DOS
GAMETAS
•A gametogênese é o processo de
formação de gametas, com as
características genéticas que serão
transmitidas aos descendentes de uma
espécie.
•Na gametogênese humana, por exemplo,
o gameta masculino recebe o nome de
espermatozoide e o seu desenvolvimento
ocorre através da espermatogênese. Já o
gameta feminino é chamado de ovócito e
o surgimento se dá através
da ovogênese (ou ovulogênese).
Espermatogênese
A espermatogênese tem início na puberdade
masculina, em torno dos 12 anos de idade. Esse
mecanismo se processa no interior dos testículos,
na parede dos tubos seminíferos. Nos testículos
encontra-se células chamadas de Células Sertoli,
responsáveis por nutrir os espermatozoides.
Também encontra-se as células intersticiais, que
secretam testosterona (hormônio sexual
masculino). A ação da testosterona possibilita o
desenvolvimento dos órgãos sexuais, o
aparecimento de pelos, mudança na voz, o
desenvolvimento da musculatura.
Etapas/Fases

Espermatogônia: amadurecimento dos túbulos


seminíferos após a puberdade, ocorre por ação da
testosterona.
A formação de novas espermatogônias caracteriza a
primeira etapa, fase denominada multiplicação.

Aos poucos as células (espermatogônias) para de


realizar mitose, aumentando de tamanho, passando
a se chamar espermatócito primário (2n), essa é a
fase de crescimento (segunda fase).
Após a segunda fase ocorre a maturação, em que
cada espermatócito primário (2n) inicia a primeira
divisão da meiose, originando dois
espermatozoides secundários (n). Após isso os sp2º
realizam a segunda divisão e formam quatro
espermátides (n). Portanto cada espermatogônia
forma 4 espermátide (n).

Para finalizar a gametogênese, é necessário que


cada espermátide se diferencie em espermatozoide,
inicia-se assim a espermiogênese.
Transformações: o complexo golgiense origina uma
bolsa chamada acrossomo, que contém a enzima
fertilizante hialuronidase. O centríolo forma o
flagelo dos espermatozoide. As mitocôndrias
migram para a peça intermediária, fornecendo
energia para a movimentação do flagelo.

Toda a espermatogênese, desde a espermatogônia


até a formação dos espermatozoide completo
demora entre 64 e 72 dias.
p
Importante Saber!
A gametogênese masculina é um mecanismo
fisiológico sensível a temperaturas elevadas. Esse
processo acontece adequadamente quando a
temperatura nos testículos está entre 2 e 3° C
menor que a temperatura do corpo humano. A
localização dos testículos, no interior da bolsa
escrotal, fora da cavidade abdominal, possibilita
essa diminuição de temperatura.
Ovulogênese
Apesar de apresentar as mesmas fases e os mesmos
processos de divisão celular, a ovulogênese é bem
diferente da espermatogênese. Essas diferenças
referem-se, basicamente, ao tamanho do gameta
feminino, às células que possuem atividades
funcionais, à duração e ao local de ocorrência do
processo.
A ovulogênese ocorre no interior dos ovários, em
pequenas bolsas denominadas folículos ovarianos.
De um modo geral, em cada ciclo ovariano ou
menstrual de 28 dias (podendo variar) geralmente
apenas um folículo amadurece, liberando a célula
reprodutiva que ali se desenvolve.
A gametogênese feminina se inicia antes de a
menina nascer.
As células germinativas (primordiais) já realizam a
atividade mitótica durante o quinto mês de
desenvolvimento embrionário. Nessa etapa de vida,
ocorre a fase de multiplicação, em que as
ovogônias (2n) realizam mitose sucessivas. Ao final
desse tempo, as mitoses param, e as ovogônias
nunca mais se dividem.
Em seguida, inicia-se a fase de crescimento em que
as ovogônias aumentam consideravelmente o
volume celular, transformando-se em ovócitos
primários (2n). Comparando com a gametogênse
masculina, a fase de crescimento da ovulogênese
tem duração maior, pelo fato de essas células
realizarem intensa síntese proteica. Isso permite o
acúmulo de reservas nutritivas necessárias ao
processo de fecundação e às fases iniciais do
desenvolvimento embrionário.
Depois do sétimo mês de vida intrauterina, os
ovócitos primários iniciam a fase de maturação,
realizando a primeira etapa da meiose. Ao chegar
quase no final da prófase I, verifica-se um
fenômeno muito curioso: os ovócitos primários
interrompem a meiose ao mesmo tempo. Essa
interrupção que permanece até a puberdade,
denomina-se dictióteno. Nessa etapa de pausa da
meiose verifica-se um grande crescimento celular.
Na puberdade, quando se iniciam as atividades dos
hormônios sexuais femininos, a meiose prossegue,
mas apenas um ovócito primário completa o
processo em cada ciclo ovariano. Forma-se assim
duas células haploides (n) de tamanhos diferentes.
Uma delas é o ovócito secundário; e a outra, uma
célula pequena que não apresenta função. Essa
célula não funcional chama-se primeiro corpúsculo
ou glóbulo polar.
O ovócito II é o gameta feminino, ou seja, a célula
que o ovário libera na tuba uterina, quando o
folículo ovariano está totalmente maduro. Essa
eliminação é conhecida como ovulação, e a
presença do ovócito II disponível para fertilização
caracteriza o período fértil feminino.
É importante observar que a meiose II só ocorre se
o ovócito II for fecundado. Nesse caso, ele origina
duas células desiguais: o óvulo, que já tem o núcleo
do espermatozoide no seu interior, e outro
corpúsculo polar. O primeiro corpúsculo polar
também completa a meiose II, formando dois
corpúsculos polares inativos. Portanto, caso ocorra
fecundação, ao final do processo, formam-se um
óvulo e três corpúsculos polares.
No entanto, se não ocorre a fecundação, o processo
de ovulogênese é encerrado com a produção do
ovócito secundário, que é eliminado antes da
menstruação. Assim, as mulheres, quando ovulam,
liberam o ovócito II, que, na maioria das vezes, não
termina a divisão meiótica.

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