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Embriologia

 Conceitos importante
 Zigoto: célula totipotente e altamente especializada.
 Os cromossomos X e Y não são totalmente homólogos
 Gametogênese
 Durante a gametogênese, o número de cromossomos é reduzido pela metade e a forma das células
é alterada.
 Meiose
 ocorre apenas nas células germinativas
 A primeira divisão meiótica é reducional.
 A segunda divisão meiótica é equacional.
 Importância da meiose: constância do número cromossômico das gerações; arranjo aleatório dos
cromossomos maternos e paternos entre os gametas; produz recombinação do material genético (crossing
over).
 Importante
GAMETOGÊNESE ANORMAL: formação de gametas cromossomicamente anormais (na meiose), que se
envolvidos na fecundação, causam um desenvolvimento anormal. A maioria dos espermatozoides
morfologicamente anormais é incapaz de passar através do muco no canal cervical. Uma causa disso é o uso
de agentes antiespermatogênicos.
 Espermatogênese
 processo de maturação inicia-se na puberdade, porém sua formação é no período fetal
 Espermatôgonias  mitose  espermatócito primário  meiose reducional  dois
espermatócitos secundários haplóides  meiose equacional  quatro espermátides haplóides 
espermiogêneses (maturação) espermatozoides vão para o epidídimo (amadurecimento funcional)
 Espermiogênese demora cerca de 2 meses
 células de Sertoli: revestimento dos túbulos seminíferos, suporte e nutrição para as
espermatogônias e regulação da espermatogênese.
 Estrutura do espermatozóide:
 Cabeça: tem núcleo haplóide e é revestida pelo acrossoma (enzimaspenetração do espermatozóide na
corona radiata e na zona pelúcida durante a fecundação).
 Cauda: movimentação e na peça intermediária da cauda contém mitocôndrias (ATP energia)
 Importante: o cromossomo Y é essencial para as características sexuais masculinas, sem ele gera
espermatogênese alterada e infertilidade.
 Ovogênese
 O processo de maturação inicia-se antes do nascimento e é completado depois da puberdade.
Continuando-se até a menopausa.
 Ovogônias  mitoses  Cresce  ovócitos primários  folículo primordial ZONA PELÚCIDA É FORMADA
E envolve o ovócito I  ovócitos primários iniciam a primeira divisão meiótica antes do nascimento 
Pausa na meiose até a puberdadepuberdade maturação do folículo ovócito primário cresce  antes
da ovulação, completa a primeira divisão meiótica  1 ovócito secundário e 1 corpo polar Na ovulação,
o ovócito secundário inicia a segunda divisão meiótica  pausa na divisão até ser fecundado 
fecundação segunda divisão meiótica é completada  1 ovócito fecundado e 1 corpo polar.

 As células foliculares que circundam o ovócito primário secretam uma substância que age mantendo
estacionado o processo meiótico do ovócito.

 Maturação Pós-natal dos Ovócitos:


 1 folículo amadurece a cada mês.
 A pausa prolongada no ovócito I é responsável pela alta frequência de erros meióticos que ocorre com o
aumento da idade materna e vulneráveis à agentes ambientais.
 Após o nascimento, não se forma mais nenhum ovócito primário.
 Importante: o corpo polar é uma célula não-funcional que se degenera.
 Muitos ovócitos primários “morrem” durante a infância da menina
 O número de ovócitos ovulados é reduzido nas mulheres que tomam pílulas contraceptivas porque os
hormônios contidos nas pílulas impedem a ovulação.

 Ovócito X Espermatozoide

Ovócito Espermatozoide
célula grande e imóvel Célula microscópica e móvel
Circundado pela zona pelúcida e a corona Circundado pelo acrossomo
radiata (células foliculares)
Abundante citoplasma (contém grânulos de Pouco citoplasma
vitelo – energia para divisão na 1º semana)
X ou X X ou Y

 ÚTERO, TUBAS UTERINAS E OVÁRIOS


 Útero: é formado por três camadas: Perimétrio (fina camada externa), Miométrio (espessa camada de
músculo liso) e Endométrio (fina camada interna). O endométrio é dividido em BASAL (não se desintegra
durante a menstruação) e FUNCIONAL (se desintegra durante a menstruação e parto).
 Tubas uterinas: a tuba uterina é dividida em quatro porções: infundíbulo, ampola, istmo e porção
uterina. Conduzem ovócito e espematozoides ampola da tuba uterina e zigoto a cavidade uterina.
 Ovários: produz ovócitos, estrogênio e progesterona (hormônios responsáveis pelo desenvolvimento das
características sexuais secundárias e pela regulação da gestação).

 CICLOS REPRODUTIVOS FEMININOS


 hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) é sintetizado no hipotálamo vai para hipófise
hipófise libera o FSH (estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a produção de
estrogênio por suas células foliculares) e o LH (disparador da ovulação e estimula as células
foliculares e o corpo lúteo a produzir progesterona)
 Esses hormônios induzem o crescimento do endométrio.

 CICLO OVARIANO
 Durante cada ciclo, um único folículo primário se desenvolve até se tornar folículo maduro e se
rompe na superfície do ovário, liberando seu ovócito.
 Constante até a menopausa, interrompido somente se houver gestação
 Climatéricas: alterações endócrinas, somáticas (corpo) e psicológicas que ocorre na menopausa
 Desenvolvimento Folicular
 O FSH estimula o folículo  folículo primário (produz estrógeno) cresceformação da teca folicular (uma
capsula de tecido)  diferenciação da teca (teca interna- produz fluido folicular e estrógeno- e teca
externa) divisão das células foliculares produção de uma camada em torno do ovócito em torno
das células foliculares surge o antro (contém o fluido folicular) vira folículo vesicular (folículo
secundário) ovócito primário se projeta para dentro do Antro folículo continua a crescer

 As células tecais produzem um fator de angiogênese que promove o crescimento dos vasos sanguíneos da
teca interna, que fornecem suporte nutritivo para o desenvolvimento folicular

 O LH atua no final do desenvolvimento do folículo.

 Ovulação
 Sob influência do FSH e do LH o folículo sofre um repentino surto de crescimento A ovulação é
disparada por uma onda de produção de LH induzida pelo estrogênio rompimento do folículo expelindo
o ovócito secundário com o fluido folicular o ovócito secundário é envolvido pela zona pelúcida e pela
corona radiata.
 O principal mecanismo que leva a ovulação é a digestão enzimática da parede folicular.
 A onda de LH induz o término da primeira divisão meiótica do ovócito primário.
 A zona pelúcida é composta de três glicoproteínas (ZPA, ZPB, ZPC), que formam uma rede de filamentos
com múltiplos poros
 folículos ovarianos maduros contêm ovócitos secundários
 IMPORTÂNTE: mittelschmerz = é quando a ovulação é acompanhada de dor abdominal de intensidade
variável causada por um sangramento leve no interior da cavidade abdominal
 Sintoma da ovulação: aumento da temperatura basal do corpo
 IMPORTÂNTE: Anovulação = é a não ovulação devido a liberação inadequada de GONADOTROFINAS.
Assim, em algumas mulheres, a ovulação pode ser induzida pela administração de gonadotrofinas, que
resulta na maturação de vários folículos ovarianos e múltiplas ovulações, dessa forma, abortos
espontâneos ocorrem porque não existe a possibilidade de mais de sete embriões sobreviverem.

 Corpo Lúteo
 Fim da ovulação as paredes do folículo ovariano e da teca folicular sofrem colapso influência do LH
forma o corpo lúteo (secreta progesterona e alguma quantidade de estrogênio) o corpo lúteo involui e
degenera 10 a 12 dias após a ovulação o corpo lúteo é transformado em uma cicatriz branca no ovário
(corpo albicans).
 Se o ovócito é fecundado, o corpo lúteo aumenta de tamanho e forma o corpo lúteo gravídico (ativo
durante as primeiras 20 semanas de gravidez e depois a placenta assume a produção de estrogênio e
progesterona necessários para a manutenção da gestação), aumentando sua produção hormonal, ou seja,
sua degradação é impedia pela HCG.

 CICLO MENSTRUAL
 período durante o qual o ovócito amadurece, é ovulado e entra na tuba uterina
 O endométrio é o "espelho" do ciclo ovariano porque responde a ação de gonadotrofinas e
hormônios ovarianos
 Duração média de 28 dias (os 1º dias é o que se inicia o fluxo menstrual). As variações resultam de
alterações na duração da fase proliferativa do ciclo.
 CICLOS MENSTRUAIS ANOVULATÓRIOS: tem mudanças endometriais mínimas; o endométrio
proliferativo desenvolve-se da forma usual, porém, não progride para a fase lútea, permanecendo na
fase proliferativa até o início da menstruação.
 Fases do Ciclo Menstrual
 Fase Menstrual: desintegração do endométrio, duração de 4 á 5 dias. Após a menstruação, o endométrio
erodido torna-se delgado.
 Fase Proliferativa: duração de 9 dias, crescimento dos folículos ovarianos e é controlada pelo estrogênio
secretado por esses folículos, aumento da espessura do endométrio.
 Fase Lútea: duração de 13 dias, formação, o crescimento e o funcionamento do corpo lúteo, A
progesterona produzida pelo corpo lúteo estimula o epitélio glandular a secretar um material rico em
glicogênio, mais espessamento do endométrio
 Fase Isquêmica: ocorre quando o ovócito não é fecundado (Os níveis de estrogênio e progesterona caem),
formação de pequenos lagos de sangue que se rompem na superfície endometrial, resultando em
sangramento para a luz uterina e através da vagina, fase pré menstrual
 Fase da Gravidez: Se ocorrer a gestação, os ciclos menstruais cessam e o endométrio passa para uma fase
gravídica, com o término da gravidez, os ciclos ovarianos e menstruais ressurgem

 TRANSPORTE DOS GAMETAS


 Transporte do Ovócito: As fímbrias captam o ovócito secundário até a ampola da tuba uterina,
através do movimento de peristalse vai em direção ao útero
 Transporte dos Espermatozoides: epidídimo (armazenamento) ducto deferente glândulas
seminais (produz enzima vesiculase- controle do PH da vagina), próstata e glândulas bulbouretrais
(produzem secreções que são adicionadas ao fluido contendo espermatozoides) Uretra (através
de movimentos peristálticos) vagina passa pelo Canal cervical através do flagelo útero
tuba uterina
 Quando a ovulação ocorre, o muco cervical aumenta em quantidade, fica menos viscoso, tornando
mais fácil o transporte dos espermatozoides.
 A passagem dos espermatozoides pelo útero e tubas uterinas resulta, principalmente, das
contrações da parede muscular desses órgãos.
 prostaglandinas presentes no sêmen ajudam no movimento dos espermatozoides para o sítio de
fecundação
 A frutose presente no sêmen, secretada pelas glândulas seminais, é a fonte de energia para os
espermatozoides
 A maioria dos espermatozoides se degenera e é reabsorvida pelo trato genital feminino
 MATURAÇÃO DOS ESPERMATOZÓIDES
 Os espermatozoides recentemente ejaculados precisam passar pela capacitação — com duração de
cerca de 7 horas, para fecundar o óvulo, ou seja, ficam mais ativos.
 O processo de capacitação dos espermatozoides ocorre normalmente no útero ou nas tubas
uterinas através de substâncias secretadas por estas regiões
 Na fecundação in vitro a capacitação é induzida incubando-se os espermatozoides por várias horas
 O término da capacitação permite que ocorra a reação acrossômica (o acrossoma se liga a uma
glicoproteína (ZP3) na zona pelúcida e o rompimento do acrossoma permite a liberação de enzimas
que auxiliam na fecundação (hialuronidase e a acrosina)
 CONTAGEM DOS ESPERMATOZÓIDES: A infertilidade masculina pode resultar da baixa contagem de
espermatozoides, causada por uso de medicamentos e drogas, distúrbios endócrinos, espermatogênese
anormal ou obstrução de um dueto genital.
 VASECTOMIA: Após a vasectomia, não existem espermatozoides no ejaculado, mas a quantidade de
fluido seminal permanece a mesma. É reversível.

 DISPERMIA E TRIPLOIDIA: Embora vários espermatozoides iniciem a penetração na corona radiata e na


zona pelúcida, geralmente apenas um penetra o ovócito e o fecunda.
Dispermia é quando Dois espermatozoides podem participar da fecundação resultando em embriões
triploides, que são abortados e os que chegam a nascer morrem logo após ao nascimento.

 VIABILIDADE DOS GAMETAS


 Sêmen e ovócitos podem ser armazenados congelados por muitos anos para serem utilizados na
reprodução assistida.
 Óvulo dura: 12 horas e na fecundação in vitro: 24 horas; Espermatozoide dura: 48 horas na vagina;
 O curto armazenamento dos espermatozoides no colo da mucosa cervical proporciona sua liberação
gradual, aumentando assim as chances de fecundação.

 FECUNDAÇÃO
 o local de fecundação é a ampola da tuba uterina, se o ovócito não for fecundado nesse lugar ele vai
para o útero e é degradado
 Os espermatozoides são guiados até o ovócito, já que este produz Sinais químicos (atrativos)
 A fecundação se inicia com o contato entre um espermatozoide e um ovócito e termina com a
mistura dos cromossomos maternos e paternos na primeira divisão mitótica do zigoto, um embrião
unicelular
 Alterações na fecundação pode gerar morte do zigoto
 A fecundação dura 24 horas
 Carboidratos e proteínas dos espermatozoides estão envolvidos no reconhecimento
espermatozoide-ovo e na sua união.
 Fases da Fecundação:
 Passagem do espermatozoide através da corona radiata (enzima hialuronidase e
movimento do flagelo do espermatozoide)  Penetração da zona pelúcida (as enzimas
acrosina causam lise da zona pelúcida)  Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e
do espermatozoide (cabeça e cauda do espermatozoide entram no citoplasma do
ovócito) Término da segunda divisão meiótica e formação do pronúcleo feminino
Formação do pronúcleo masculino (degeneração do flagelo) Forma a oótide (ovócito
contendo dois pronúcieos haplóides) Logo que os pronúcieos se fundem em uma
agregação de cromossomos única e diplóide, a oótide torna-se um zigoto
 O fator inicial de gravidez é a proteína imunossupressora, usada com base do teste
de gravidez feito nos primeiros 10 dias
 O zigoto contém uma nova combinação de cromossomos que é diferente da contida
nas células dos pais (variações da espécie humana – crossing over)
 A fecundação determina o sexo cromossômico do embrião e causa a ativação
metabólica do ovócito e inicia a clivagem (divisão celular) do zigoto.
 IMPORTÂNTE: PRÉ-SELEÇÃO DO SEXO DO EMBRIÃO  0 uso de uma amostra
selecionada de espermatozoides na inseminação artificial pode produzir o sexo desejado
 IMPORTÂNTE: TECNOLOGIAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA  Fecundação In Vitro e
Transferência de Embriões, Criopreservação de Embriões, Injeção Intracitoplasmática de
Espermatozoide e Mães Substitutas

 CLIVAGEM DO ZIGOTO
 A clivagem consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto formam os blastômeros.
 A clivagem ocorre normalmente quando o zigoto passa pela tuba uterina em direção ao útero
 Durante a clivagem o zigoto está dentro da zona pelúcida
 Tem início cerca de 30 horas após a fecundação
 Compactação: ocorre após o estágio de nove células, é a mudança de forma (bola) e o agrupamento
em forma compacta dos blastômeros, formam a massa celular interna ou embrioblasto do
blastocisto
 Passa a se chamar de Mórula de 12 a 32 blastômeros (cerca de 3 dias após fecundação e alcança o
útero)
 IMPORTÂNTE: NÃO-DISJUNÇÃO DOS CROMOSSOMOS  Se ocorre a não-disjunção (falha na
separação das cromátides) durante as divisões iniciais da clivagem do zigoto, forma-se um embrião
com duas ou mais linhagens celulares com número cromossômico diferente. Indivíduos nos quais
está presente um mosaicismo numérico são chamados de mosaicos;
 FORMAÇÃO DO BLASTOCISTO
 Quando a Mórula alcançar o útero irá surgir no seu interior uma cavidade blástocística (com fluidos
da cavidade uterina)
 Dessa forma, o blastômero se divide em: parede do blastocisto — o trofoblasto --que formará a
parte embrionária da placenta e embrioblasto— a massa celular interna — que dará origem ao
embrião
 Durante esse estágio do desenvolvimento — a blastogênese —, o zigoto é chamado de blastocisto
 blastocisto permanecer livre e suspenso nas secreções uterinas por cerca de 2 dias e a zona
pelúcida gradualmente se degenera e desaparece
 A degeneração da zona pelúcida permite ao blastocisto aumentar de tamanho.
 Enquanto está flutuando no útero, esse embrião inicial obtém nutrição das secreções das glândulas
uterinas.
 Cerca de 6 dias após a fecundação, o blastocisto adere ao epitélio endometrial
 Logo que ele adere ao epitélio endometrial, o trofoblasto começa a proliferar e se diferencia em
duas camadas (Uma camada interna de citotrofoblasto e uma massa externa de
sinciciotrofoblasto formada por uma massa protoplasmática multinucleada, na qual nenhum limite
celular pode ser observado.

 Em torno de 6 dias, os prolongamentos do sinciciotrofoblasto se estendem para o epitélio


endometrial e invadem o tecido conjuntivo atreves de enzimas secretadas por ele – apoptose das
células do endométrio.
 No fim da primeira semana, o blastocisto está superficialmente implantado na camada compacta do
endométrio e obtém sua nutrição dos tecidos maternos erodidos
 O sinciciotrofoblasto se expande rapidamente em uma área conhecida como polo embrionário,
 Em torno de 7 dias, uma camada de células, o hipoblasto (endoderma primitivo), surge na superfície
do embrioblasto voltada para a cavidade blastocística
 IMPORTÂNTE: DIAGNÓSTICO DE DISTÚRBIOS GENÉTICOS ANTES DA IMPLANTAÇÃO  na
fecundação in vitro se um embrião tem risco de distúrbios genéticos dá pra fazer uma análise através
de células retiradas deles antes da implementação no útero.
 IMPORTÂNTE: EMBRIÕES ANORMAIS E ABORTAMENTOS ESPONTÂNEOS  A implantação inicial do
blastocisto representa um período crítico de desenvolvimento que pode falhar em virtude da
produção inadequada de progesterona e estrogênio pelo corpo lúteo.
Os abortamentos espontâneos ocorrem por várias razões, uma delas é a presença de anormalidades
Cromossômicas

 Na segunda semana de desenvolvimento embrionário o embrioblasto produz um disco embrionário


bilaminar composto de epiblasto e hipoblasto
 O disco embrionário origina as camadas germinativas que formam todos os tecidos e órgãos do
embrião

 TÉRMINO DA IMPLANTAÇAO E CONTINUAÇAO DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO


 A implantação do blastocisto é completada no fim da segunda semana (de 6 a10 dias após a
ovulação)
 As células do tecido conjuntivo em torno do sítio de implantação acumulam glicogênio e
lipídiosAlgumas dessas células — as células deciduais(fornece ao embrião sítio imunológico)
— degeneram na região de penetração do sinciciotrofoblastoO sinciciotrofoblasto engloba
essas células em degeneração que fornecem uma rica fonte para a nutrição embrionária.
 O sinciciotrofoblasto produz um hormônio HCG (mantém a atividade hormonal do corpo lúteo
no ovário durante a gravidez)
 no fim da segunda semana de gestação o HCG é usado como base de teste de gravidez

 FORMAÇÃO DA CAVIDADE AMNIÓTICA, DISCO EMBRIONÁRIO E SACO VITELINO


 a implantação do blastocisto aparecimento de um pequeno espaço no embrioblasto, que é o
primórdio da cavidade amniótica  Logo as células amniogênicas (formadoras do âmnio) — os
amnioblastos — se separam do epiblasto e revestem o âmnio, que envolve a cavidade
amniótica formação do disco embrionário: epiblasto- relacionadas com a cavidade amniótica,
e o hipoblasto- adjacentes à cavidade exocelômica
 A membrana exocelômica + hipoblasto = saco vitelino primitivo
 O disco embrionário situa-se entre a cavidade amniótica e o saco vitelino primitivo
 As células do endoderma do saco vitelino formam o mesoderma extra-embrionário, que
circunda o âmnio e o saco vitelino.
 Assim que se formam o âmnio, o disco embrionário e o saco vitelino primitivo, surgem
cavidades isoladas — as lacunas — no sinciciotrofoblasto
 O fluido nos espaços lacunares (sangue materno e resto celulares de glândulas uterina) — o
embriotrofo — passa pelo disco embrionário e fornece material nutritivo ao embrião.
 A comunicação dos capilares endometriais rompidos com as lacunas estabelece a circulação
uteroplacentária primitiva (mãe-embrião).
 No 10º dia, o embrião e membranas extra-embrionárias está completamente implantado no
endométrio
 Por aproximadamente 2 dias, há uma falha no epitélio endometrial que é preenchida por um
tampão, um coágulo sanguíneo fibrinoso. Por volta do 12º dia, o epitélio quase totalmente
regenerado recobre o tampão
 No embrião de 12 dias, as lacunas sinciciotrofoblásticas fundem-se para formar as redes
lacunares (são os primórdios dos espaços intervilosos da placenta)
 Os capilares endometriais tornam-se congestos e dilatados, formando os sinusóides — vasos
maiores que os capilares comuns.
 O trofoblasto absorve o fluido nutritivo das redes lacunares, que é, então, transferido ao
embrião.
 o mesoderma extra-embrionário cresce, e surgem no seu interior espaços celômicos extra-
embrionários isolados os espaços se fundem e formam o celoma extra-embrionário
 Essa cavidade preenchida por fluido envolve o âmnio e o saco vitelino, exceto onde eles estão
aderidos ao córion pelo pedículo do embrião
 Com a formação do celoma extra-embrionário, o saco vitelino primitivo diminui de tamanho e
se forma um pequeno saco vitelino secundário (formado por células endodérmicas extra-
embrionárias que migram do hipoblasto para o interior do saco vitelino primitivo)
 O saco vitelino tem um papel na transferência seletiva de nutrientes para o embrião

 DESENVOLVIMENTO DO SACO CORIÔNICO


 O fim da segunda semana é caracterizado pelo surgimento das vilosidades coriônicas primárias
 A proliferação das células citotrofoblásticas produz extensões celulares
 As projeções celulares formam as vilosidades coriônicas primárias
 O celoma extra-embrionário divide o mesoderma extra-embrionário em duas camadas: o
mesoderma somático extra-embrionário, que reveste o trofoblasto e cobre o âmnio, e o
mesoderma esplâncnico extra-embrionário, que envolve o saco vitelino.
 O mesoderma somático extra-embrionário e as duas camadas de trofoblasto formam o córion,
que forma a parede do saco coriônico- dentro do qual o embrião com os sacos vitelino e
amniótico estão suspensos pelo pedículo)
 O celoma extra-embrionário é agora chamado de cavidade coriônica
 O ultrassom transvaginal é usado para medir o diâmetro do saco coriônico
 O embrião no 14º dia ainda tem a forma de um disco embrionário bilaminar, mas as células
hipoblásticas formam agora a placa precordal — que indica o futuro local da boca e um
importante organizador da região da cabeça.

 SÍTIOS DE IMPLANTAÇÃO DO BLASTOCISTO


 Normalmente a implantação do blastocisto ocorre no endométrio
 A implantação pode ser detectada por ultrasonografia e por dosagens de HCG
 IMPLANTAÇÃO EXTRA-UTERINA gera gestações ectópicas (implantação na tuba uterina), produz o
HCG mais lentamente- falso negativo-, a ultra-sonografia endovaginal é muito útil na detecção inicial
de gestações ectópicas. Está relacionada com fatores que atrasam ou impedem o transporte para o
útero do zigoto em clivagem. A gravidez ectópica tubária leva à ruptura da tuba uterina e hemorragia
na cavidade abdominal durante as primeiras 8 semanas, seguida de morte do embrião e ameaça à
vida da mãe. Se ocorrer uma gravidez abdominal a placenta adere a órgãos abdominais e causa um
considerável sangramento intraperitoneal.
 PLACENTA PRÉVIA A implantação do blastocisto no útero, próximo ao orifício interno, resulta em
placenta prévia, uma placenta que cobre parcialmente ou totalmente o orifício
 INIBIÇÃO DA IMPLANTAÇÃO A administração de doses relativamente grandes de progesteronas
e/o estrogênios ("pílulas da manhã seguinte"), impede a implantação do blastocisto.
Um dispositivo intra-uterino (DIU), inserido no útero através da vagina e do colo, geralmente
interfere na implantação por provocar uma reação inflamatória local

 O rápido desenvolvimento do embrião a partir do disco embrionário durante a terceira semana é


caracterizado por: aparecimento da linha primitiva, Desenvolvimento da notocorda, Diferenciação
das três camadas germinativas
 Na 3º semana a gestação pode ser identificada na ultra-sonografia.
 SINTOMAS DA GRAVIDEZ Sintomas frequentes de gravidez são a náusea e os vômitos que podem
ocorrer no fim da terceira semana. 0 sangramento vaginal na época esperada da menstruação não
exclui gravidez porque pode haver uma pequena perda de sangue do local de implantação do
blastocisto

 GASTRULAÇÃO: FORMAÇÃO DAS CAMADAS GERMINATIVAS


 A gastrulação é o processo de formaçãodas três camadas germinativas e da orientação axial
nos embriões
 Durante a gastrulação, o disco embrionário bilaminar é convertido em um disco embrionário
Trilaminar
 A gastrulação é o início do desenvolvimento da forma do corpo
 Proteínas morfogenéticas do osso (BMP) e outras moléculas sinalizadoras exercem um papel
essencial na gastrulação.
 A gastrulação se inicia com a formação da linha primitiva na superfície do epiblasto do disco
embrionário
 o embrião é denominado de gástrula
 Cada uma das três camadas germinativas dá origem a tecidos e órgãos específicos:
1. ectoderma embrionário dá origem à epiderme, ao sistema nervoso e tecidos
conjuntivos da cabeça
2. endoderma embrionário é a fonte dos revestimentos epiteliais das vias respiratórias
e do trato gastrointestinal (fígado e o pâncreas)
3. mesoderma embrionário dá origem a todos os músculos esqueléticos, às células
sanguíneas e ao revestimento dos vasos sanguíneos, ou seja, todo o resto.

 LINHA PRIMITIVA
 No início da terceira semana, a linha primitiva resulta da proliferação e migração das células do
epiblasto para o plano mediano do disco embrionário.
 extremidade cranial prolifera e forma o nó primitivo na linha primitiva forma-se sulco
primitivo com uma pequena depressão no nó primitivo — a fosseta primitiva, isso tudo devido
as invaginações das células epiblásticas
 Assim que a linha primitiva surge, é possível identificar o eixo cefálico-caudal do embrião, as
extremidades cefálica e caudal, as superfícies dorsal e ventral e os lados direito e esquerdo
 Pouco depois do aparecimento da linha primitiva, células abandonam sua superfície profunda e
formam o mesênquima, células ativamente fagocíticas
 O mesênquima forma os tecidos de sustentação do embrião
 Parte do mesênquima forma o mesoblasto que forma o mesoderma embrionário ou intra-
embrionário
 Células do epiblasto deslocam o hipoblasto, formando o endoderma embrionário, no saco
vitelino
 As células que permanecem no epiblasto formam o ectoderma embrionário ou intra-
embrionário.
 moléculas sinalizadoras (fatores nodais) tem uma participação na especificação dos destinos
da camada celular germinativa.
 As células mesenquimais pluripotenciais têm o potencial de proliferar e diferenciar-se em
diversos tipos celulares.
 Destino da Linha Primitiva:
 A linha primitiva forma ativamente o mesoderma até o início da quarta semana
 A linha primitiva diminui de tamanho e torna-se uma estrutura insignificante na região sacrococcígea do
embrião
 a linha primitiva sofre mudanças degenerativas e desaparece no fim da quarta semana.
 TERATOMA SACROCOCCÍGEO Restos da linha primitiva podem persistir e dar origem a um tumor
— o teratoma sacrococcígeo. Por derivarem de células pluripotentes da linha primitiva, esses
tumores contêm elementos das três camadas germinativas em estágios incompletos de
diferenciação.
Os teratomas sacrococcígeos são geralmente diagnosticados por ultra-sonografia, e a maioria dos
tumores é benigna. Geralmente são retirados cirurgicamente, e o prognóstico é bom.
 PROCESSO NOTOCORDAL E NOTOCORDA
 O mesoderma pré-cordal é essencial para a indução do cérebro anterior e do olho.
 A placa pré-cordal é o primórdio da membrana bucofaríngea, futuro local da cavidade oral, e
controla o desenvolvimento de estruturas cranianas.
 Algumas células mesenquimais migram entre o ectoderma e o mesoderma, até alcançarem as
bordas do disco embrionário
 forma o mesoderma cardiogênico na área cardiogênica, onde o primórdio do coração começa a
se desenvolver no fim da terceira semana, cefalicamente.
 Caudalmente à linha primitiva formação da membrana cloacal — que indica o local do futuro
ânus
• No fim da terceira semana, há mesoderma em toda a extensão do embrião, exceto na
membrana bucofaríngea, no plano mediano na região ocupada pela notocorda e na membrana cloacal.

 Sinais instrutivos da região de linha primitiva induzem as células precursoras notocordais a


formarem a notocorda
 A notocorda: define o eixo primitivo do embrião dando-lhe uma certa rigidez, fornece os sinais
necessários para o desenvolvimento do esqueleto axial e do sistema nervoso central e contribui
na formação dos discos intervertebrais
 A notocorda desenvolve-se da seguinte maneira:
 O processo notocordal se alonga pela invaginação de células provenientes da fosseta primitiva A
fosseta primitiva se estende para dentro do processo notocordal, formando o canal notocordal O
processo notocordal é agora um tubo celular que se estende cefalicamente do nó primitivo até a
placa pré-corda (onde o ectoderma e o endoderma estão em contato) A assoalho do processo
notocordal funde-se com o endoderma embrionário subjacente As camadas fundidas sofrem uma
degeneração gradual, resultando na formação de aberturas no assoalho do processo notocordal,
permitindo a comunicação do canal notocordal com o saco vitelino As aberturas confluem
rapidamente e o assoalho do canal notocordal desaparece; o remanescente do processo notocordal
forma a placa notocordal, achatada e com um sulco  Iniciando pela extremidade cefálica do
embrião, as células da notocorda proliferam e a placa notocordal se dobra, formando a notocorda
A parte proximal do canal notocordal persiste, temporariamente, como o canal neuroentérico, que
forma uma comunicação transitória entre as cavidades dos sacos amniótico e vitelino. Normalmente,
o canal neuroentérico se oblitera ao fim do desenvolvimento da notocorda.  A notocorda separa-se
do endoderma do saco vitelino, que novamente se torna uma camada contínua
 A notocorda se estende da membrana bucofaríngea ao nó primitivo. A notocorda degenera
e desaparece quando os corpos vertebrais se formam, mas persiste como o núcleo pulposo
de cada disco intervertebral
 A notocorda em desenvolvimento induz o ectoderma sobrejacente a espessar-se e formar a
placa neural, o primórdio do sistema nervoso central (SNC)
 RESTOS DE TECIDO NOTOCORDAL Tumores benignos e malignos- infiltram os ossos (cordomas)
surgem de restos vestigiais da notocorda ocorre na base do crânio, estendendo-se até a nasofaringe.

 O ALANTÓIDE
 O alantóide surge por volta do 16º dia como uma pequena evaginação da parede caudal do
saco vitelino que se estende para o pedículo do embrião
 Nos embriões humanos, o alantóide permanece muito pequeno, mas o mesodermo alantóide
se expande abaixo do córion e forma os vasos sanguíneos que servirão à placenta.
 A parte proximal do divertículo alantóide persiste como uma linha chamada úraco, que se
estende da bexiga até a região umbilical
 O úraco é representado nos adultos pelo ligamento umbilical mediano.
 Os vasos sanguíneos do alantóide tornam-se as artérias umbilicais
 CISTOS DO ALANTÓIDE restos da porção extra-embrionária do alantóide, são encontrados entre os
vasos umbilicais fetais. Os cistos são assintomáticos até a infância ou adolescência, quando podem
apresentar infecção e inflamação.

 NEURULAÇÃO: FORMAÇÃO DO TUBO NEURAL


 Os processos envolvidos na formação da placa neural e pregas neurais e fechamento dessas
pregas para formar o tubo neural constituem a neurulação
 o embrião é denominado nêurula
 Placa Neural e Tubo Neural:
 Com o desenvolvimento da notocorda, o ectoderma embrionário acima dela se espessa formando a
placa neural
 O ectoderma da placa neural (neuroectoderma) dá origem ao SNC — encéfalo e medula espinhal dá
origem também a retina
 a placa neural se estende cefalicamente até a membrana bucofaríngea
 a placa neural ultrapassa a notocorda
 Por volta do 18º dia, a placa neural se invagina ao longo do seu eixo central, formando um sulco
neural mediano, com pregas neurais em ambos os lados
 As pregas neurais constituem os primeiros sinais do desenvolvimento do encéfalo
 No fim da terceira semana, as pregas neurais se fundem e forma o tubo neural, o primórdio do SNC
 O tubo neural logo se separa do ectoderma da superfície
 As células da crista neural passam de epiteliais para mesenquimais se afastam as bordas livres
do ectoderma se fundem, tornando essa camada contínua sobre o tubo neural e as costas do
embrião
 o ectoderma da superfície diferencia-se na epiderme
 A neurulação é completada durante a quarta semana
 Formação da Crista Neural
 Com a fusão das pregas neurais para formar o tubo neural, algumas células neuroectodérmicas,
perdem sua afinidade com o epitélio e adesões às células vizinhas
 Quando o tubo neural se separa do ectoderma da superfície, as células da crista neural formam a
crista neural
 Logo, crista neural se separa e migram para o tubo neural- nessa região elas originam os gânglios
sensitivos dos nervos cranianos e espinhais, células da medula da supra-renal (adrenal) e vários
componentes musculares e esqueléticos da cabeça, formam as bainhas de neurilema e
leptomeninges
 As células da crista neural depois se movem para os somitos
 As interações celulares tanto na superfície do epitélio quanto entre ele e o mesoderma subjacente
são necessárias para estabelecer os limites da placa neural e especificar os locais onde vai ocorrer a
transformação epitelial-mesenquimal. Estas são mediadas por proteínas morfogenéticas do osso
 moléculas como efrinas são importantes guias das vias de migração das células da crista neural.
Muitas doenças em humanos são causadas por defeitos na diferenciação ou migração das células da
crista neural.
 ANOMALIAS CONGÊNITAS RESULTANTES DE NEURULAÇÃO ANORMAL Os distúrbios de
neurulação podem resultar em graves anormalidades do encéfalo e da medula espinhal, como a
meroanencefalia (ausência parcial do encéfalo). O distúrbio primário afeta os destinos celulares, a
adesão celular e o mecanismo de fechamento do tubo neural

 DESENVOLVIMENTO DOS SOMITOS


 Além da notocorda, as células derivadas do nó primitivo formam o mesoderma paraxial.
 Cada coluna está em continuidade com o mesoderma intermediário, que gradualmente se
adelgaça para formar a camada de mesoderma lateral (está em continuidade com o
mesoderma extra-embrionário que cobre o saco vitelino e o âmnio).
 Próximo ao fim da terceira semana, o mesoderma paraxial diferencia-se e começa a dividir-se
em pares de corpos cubóides, os somitos (localizados em cada lado do tubo neural em
desenvolvimento), que se formam em uma sequência cefalocaudal.
 Cerca de 38 pares de somitos são formados durante o período somítico do desenvolvimento
humano (20ª ao 30ª dia)
 Como os somitos são bem proeminentes durante a quarta e quinta semanas, eles são usados
como um dos vários critérios para determinar a idade do embrião
 Os somitos aparecem primeiro na futura região occipital do embrião avança dando origem
ao esqueleto axial e músculos associados
 Somitos cefálicos são os mais velhos, e os caudais, os mais jovens.
 axônios motores do cordão espinhal inervam as células musculares nos somitos
 DESENVOLVIMENTO DO CELOMA INTRA-EMBRIONÁRIO
 O primórdio do celoma intra-embrionário (cavidade do corpo do embrião) surge como espaços
celômicos isolados no mesoderma lateral e no mesoderma cardiogênico (formador do coração)
 Esses espaços formam o celoma intra-embrionário
 o celoma intra-embrionário divide o mesoderma lateral em duas camadas:
1. A camada parietal, ou somática, localizada sob o epitélio ectodérmico e contínua ao
mesoderma extra-embrionário, que cobre o âmnio.
2. A camada visceral, ou esplâncnica, adjacente ao endoderma e contínua ao mesoderma
extraembrionário que cobre o saco vitelino.
 O mesoderma somático e o ectoderma sobrejacente do embrião formam a parede do corpo do
embrião ou somatopleura
 o mesoderma esplâncnico e o endoderma subjacente do embrião formam o intestino do
embrião ou esplancnopleura
 Durante o segundo mês, o celoma intra-embrionário está dividido em três cavidades corporais:
1. Cavidade pericárdica.
2. Cavidades pleurais.
3. Cavidade peritoneal.

 DESENVOLVIMENTO INICIAL DO SISTEMA CARDIOVASCULAR


 No início da terceira semana, iniciam-se a vasculogênese e a angiogênese, ou formação de
vasos sangüíneos, no mesoderma extra-embrionário do saco vitelino, do pedículo do embrião e
do córion
 A formação inicial do sistema cardiovascular está correlacionada com a necessidade urgente
dos vasos sanguíneos de trazer oxigênio e nutrientes para o embrião a partir da circulação
materna, através da placenta (primórdio de uma circulação uteroplacentária).
 Vasculogênese e Angiogênese
 A vasculogênese é a formação de novos canais vasculares pela reunião angioblastos.
 A angiogênese é a formação de novos vasos pela ramificação de vasos preexistentes
 A formação dos vasos sanguíneos (vasculogênese) no embrião e nas membranas extra-
embrionárias:
1. Células mesenquimais (derivadas do mesoderma) se diferenciam em precursoras de células
endoteliais — os angioblastos (células formadoras de vasos), que se agregam e formam
grupos de células angiogênicas — as ilhotas sanguíneas, que são associadas ao saco vitelino
ou cordões endoteliais do embrião.
2. Dentro das ilhotas, fendas intercelulares confluem, formando pequenas cavidades.
3. Os angioblastos se achatam, tornando-se células endoteliais, que se dispõem em torno das
cavidades e formam o endotélio.
4. Essas cavidades revestidas por endotélio logo se fundem para formar redes de canais
endoteliais (vasculogênese).
5. Vasos avançam para áreas adjacentes por brotamento endotelial e se fundem com outros
vasos.
 As células sanguíneas desenvolvem-se a partir de células endoteliais dos vasos à medida que eles se
desenvolvem nas paredes do saco vitelino e do alantóide, no fim da terceira semana
 A formação do sangue (hematogênese) só começa na quinta semana. Ela ocorre primeiro em várias
partes do mesênquima do embrião, principalmente no fígado, e, mais tarde, no baço, na medula
óssea e nos linfonodos.
 Os eritrócitos fetais e adultos derivam de diferentes células progenitoras hematopoiéticas
(hemangioblastos). As células mesenquimais que circundam os vasos sangüíneos endoteliais
primitivos diferenciam-se nos elementos musculares e conjuntivos dos vasos.

 Sistema Cardiovascular Primitivo


 O coração e os grandes vasos formam-se de células mesenquimais da área cardiogênica
 Durante a terceira semana formam os tubos cardíacos endocárdicos — que se fundem, formando o
tubo cardíaco primitivo.
 O coração tubular une-se a vasos sanguíneos do embrião para formar o sistema cardiovascular
primitivo
 No fim da terceira semana, o sangue circula e o coração começa a bater no 21º ou 22º dia
 O sistema cardiovascular é o primeiro sistema de órgãos que alcança um estado funcional.
 Os batimentos cardíacos embrionários podem ser detectados por ultra-sonografia durante a quinta
semana, cerca de 7 semanas depois do último período menstrual normal
 CRESCIMENTO ANORMAL DO TROFOBLASTO o embrião morre e as vilosidades coriõnicas
não se vascularizam para formar as vilosidades terciárias. Essas vilosidades em degeneração
formam intumescimentos císticos — molas hidatiformes. Molas hidatiformes completas são
de origem paterna. Coriocarcinomas: molas se desenvolvem em lesões trofoblásticas
malignas, os coriocarcinomas invariavelmente produzem metástases (disseminam-se) através
da corrente sanguínea para vários locais, como pulmões, vagina, fígado, intestino e encéfalo.
Os principais mecanismos do desenvolvimento de molas hidatiformes completas são:
1. Fecundação de um ovócito vazio por um espermatozóide, seguida de duplicação
(mola monoespermática).
2. Fecundação de um ovócito vazio por dois espermatozóides (mola diespermática).
A maioria das molas hidatiformes completas é monoespermática.
 DESENVOLVIMENTO DAS VILOSIDADES CORIÔNICAS
 No início da terceira semana, o mesênquima penetra as vilosidades primárias formando um
eixo central de tecido mesenquimal, dessa forma, vilosidades coriônicas secundárias —
recobrem toda a superfície do saco coriônico
 Algumas células mesenquimais da viíosidade logo se diferenciam em capilares e células
sangüíneas
 Quando vasos sangüíneos se tornam visíveis nas vilosidades, elas são chamadas de vilosidades
coriônicas terciárias.
 Os capilares das vilosidades coriônicas fundem-se, formando redes arteriocapilares, as quais
logo se conectam ao coração do embrião através de vasos que se diferenciam no
mesênquima do córion e no pedículo do embrião
 No fim da terceira semana, o sangue do embrião começa a fluir lentamente através dos
capilares das vilosidades coriônicas. Oxigênio e nutrientes do sangue materno presente no
espaço interviloso difundem-se através das paredes das vilosidades e penetram o sangue do
embrião
 Dióxido de carbono e resíduos difundem-se do sangue nos capilares fetais para o sangue
materno, através da parede das vilosidades.
 células do citotrofoblasto das vilosidades coriônicas proliferam e se estendem através
do sinciciotrofoblasto, formando uma capa citotrofoblástica, que, gradualmente, envolve o
saco coriônico e o prende ao endométrio.
 As vilosidades que se prendem aos tecidos maternos através da capa citotrofoblástica
constituem as vilosidades-tronco (vilosidades de ancoragem). As vilosidades que crescem dos
lados das vilosidades-tronco constituem as vilosidades terminais. E através das paredes das
vilosidades terminais que se dá a maior parte das trocas de material entre o sangue da mãe
e do embrião. As vilosidades terminais são banhadas por sangue materno do espaço
interviloso, que é trocado continuamente.

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