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HISTOLOGIA

EMBRIOLOGIA
EMBRIOLOGIA
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ÍNDICE
 Objetivos  Desenvolvimento Humano

 Definições  Fase Embrionário

 Introdução  Fase fetal

 Gametogénese  Bibliografia

 Espermatogénese

 Ovogénese
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OBJECTIVOS
 Desenvolver e aplicar o conhecimento sobre os eventos que iniciam a vida
humana e às mudanças que eles trazem para o feto durante o periodo
gestacional;

 Auxiliar entendimento das causas das alterações que ocorrem na estrutura


humana

 Esclarecer a anatomia fetal e explicar como há o desenvolvimento das


estruturas do corpo humano

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DEFINIÇÃO
 Embriologia Humana – ocupa – se com a origem e o desenvolvimento
de um ser humano a partir de um zigoto até o nascimento

 ovócito – célula germinativa feminina ou célula sexual produzida nos


ovários

 Espermatozóide – célula germinativa masculina ou célula sexual


produzida nos testículos

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DEFINIÇÃO
 Zigoto – célula formada pela união do ovócito e espermatozóide.
Início de um novo ser.

 Clivagem – divisões mitóticas do zigoto que originam blastómeros

 Gametogénese – processo de formação dos gâmetas nas gónadas

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GAMETOGÉNESE
 Os gametas originam-se a partir dos gonócitos primordiais (GP) ou células

germinativas primitivas ou ainda, células sexuais primitivas. Os GP vêm de células

epiblásticas da extremidade caudal da estria primitiva e, no início da gastrulação,

migram juntamente com as futuras células endodérmicas. Atingem a região de

células hipoblásticas e misturam-se a elas fazendo parte do revestimento do saco

vitelino e alantóide. Com o desenvolvimento, inicia-se a formação da gônada

(esboço gonadal). Com isso, pode-se concluir que a origem dos GP é embrionária,

mas extragonádica.
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GAMETOGÉNESE
 O evento fundamental da gametogénese é a meiose, que reduz a metade

a quantidade de células, originando células haplóides, que na fecundação

reconstitui o número diploide característico de cada espécie. Existem:

 Espermatogénese – processo de transformação de espermatogónias

em espermatozóides

 Ovogénese – processo de transformação de ovogónias em ovócito


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GAMETOGÉNESE MASCULINO -
ESPERMATOGÉNESE

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GAMETOGÉNESE MASCULINO -
ESPERMATOGÉNESE
 O espermatozóide é a menor célula do organismo e possui 2 funções: Carrega o

lote de genes haplóides para o reconhecimento com o ovócito; Ativa o programa

de desenvolvimento do ovócito.

 Após os contatos dos gonócitos primários com o tecido do esboço gonadal

ocorrem diferenciações em espermatogônias. Essas espermatogônias permanecem

inativas dentro dos túbulos seminíferos até que os hormônios sexuais comecem a

atuar. Todo o processo de espermatogênese acontece dentro dos túbulos seminífero

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GAMETOGÉNESE MASCULINO -
ESPERMATOGÉNESE
 Na puberdade, o LH começa a atuar sobre as células de Leydig, que estão

entre os túbulos seminíferos, fazendo com que secretem testosterona.

Esse hormônio deve ter o nível aumentado dentro dos túbulos

seminíferos para que ocorram as divisões e diferenciações, deve estar

ligado às células de Sertoli. Para que a ligação aconteça, deve haver

receptores. O FSH, então, atua nas células de Sertoli, fazendo com que os

receptores, nessa época, estejam ativados.


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GAMETOGÉNESE MASCULINO -
ESPERMATOGÉNESE
 Hormônios hipofisários, LH e FSH, atuam juntos para concentrar a

testosterona dentro dos túbulos seminíferos, imprescindível para a

espermatogênese. Quando o nível de testosterona está muito alto, as

células de Sertoli produzem inibina, que atua na hipófise e paralisa a

produção de FSH, consequentemente, diminui a testosterona dentro

do túbulo.
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GAMETOGÉNESE MASCULINO -
ESPERMATOGÉNESE
 Este processo compreende quatro fases:

1. Multiplicação: espermatogónias sofrem sucessivas mitoses

2. Crescimento: espermatogónias aumenta o volume – devido a síntese e

acumulação de reservas necessárias para meiose. Originando espermatócitos

3. Maturação: cada espermatócito I diploide passa por Meiose I resultando

espermatócito II e a segunda divisão meiótica resultam espermátides.


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GAMETOGÉNESE MASCULINO -
ESPERMATOGÉNESE
 Este processo compreende quatro fases:

4. Diferenciação ou espermiogénese: transformação das espermátides

em células altamente especializadas – espermatozóides.

 No final desta fase os espermatozóides são liberados para o lúmem

dos túbos seminíferos e daí para epidídimo onde termina a sua

maturação, ganhando mobilidade e capacidade de fertilização.


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GAMETOGÉNESE FEMININO –
OVOGÉNESE E OVULAÇÃO

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GAMETOGÉNESE FEMININO -
OVOGÉNESE
 Diferenciação dos gonócitos primários em ovogónias

 Nos ovários, encontram – se agrupamentos celulares chamados folículos

ováricos, onde estão as células germinativas e as células foliculares

responsáveis pela manutenção das células germinativas e pela produção das

hormonas sexuais.

 Os ovários alternam – se na maturação dos seus folículos, ou seja, cada ciclo

menstrual, a ovulação acontece em um dos dois ovários


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GAMETOGÉNESE FEMININO -
OVOGÉNESE
 A ovogénese compreende as seguintes fases:

1. Multiplicação: sucessivas mitoses, aumento da quantidade das células

germinativas – ovogónias

2. Crescimento: notável crescimento das ovogónias. Terminada a fase de

crescimento, as ovogónias transformam – se em ovócitos I. essa fase

perdura até a puberdade, quando a menina inicia a sua maturidade sexual

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GAMETOGÉNESE FEMININO -
OVOGÉNESE
 A ovogénese compreende as seguintes fases:

3. Maturação: ocorre a meiose II. Madurecimento dos ovócitos II. Inicia

quando a menina alcança a maturidade sexual.

4. Quando o ovócito I completa a primeira divisão da meiose, origina duas

células. Uma delas não recebe citoplasma e desintegra – se a seguir. A outra

célula grande e rica em vitelo é o ovócito II, que ao sofrer a meiose II, origina

um corpúsculo polar que também degenera.


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GAMETOGÉNESE FEMININO -
OVOGÉNESE
 O ovócito II é o gameta que será ovulado (inicia a meiose II) e são evidentes

interações entre ovócitos e as células do ovário (células foliculares) com o

aparecimento dos folículos ovarianos que podem ser primordiais, primários,

secundários e terciários ou maduros. A cada ciclo menstrual, grupos de folículos

ovarianos são recrutados para a ovulação, mas apenas um é ovulado.

 Os hormônios hipofisários (FSH e LH) iniciam sua atuação na puberdade, começam a

agir na diferenciação de folículo primário para secundário e culminam sua atuação

com a ovulação.
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GAMETOGÉNESE FEMININO -
OVOGÉNESE
 Após a ovulação, as células que restam no ovário dão origem ao corpo lúteo

(CL) que é responsável pela secreção de progesterona e estrógeno.

 Se não há fecundação o CL degenera, consequentemente, diminui o nível de

progesterona e estrógeno. Essa diminuição no nível hormonal leva à falta de

irrigação na parede uterina, que tem como resultado a menstruação.

 Se há fecundação, ocorre produção de gonadotrofina coriônica, responsável

pela manutenção do CL até o fim da gestação.


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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 1ª Semana

 Fertilização

 Clivagem ou segmentação do zigoto

 Formação do blastocisto - embrião

com 5 ou 6 dias de vida

 Inicio da implantação
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DESENVOLVIMENTO
EMBRIONÁRIO
 1ª Semana - Fertilização

 Após a ovulação, o ovócito é captado pelas fimbrias.

 As células da coroa radiada tendem a soltar-se antes da fecundação ou

logo após pois a fertilização é um estímulo para que o ovócito retorne

ao processo de divisão. A ZP só desaparece na época da implantação

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DESENVOLVIMENTO
EMBRIONÁRIO
 1ª Semana - Fertilização

 Saindo da cauda do epidídimo, o espermatozóide começam a se misturar com as

secreções das glândulas anexas, encarregadas na produção do líquido seminal:

 Vesícula seminal: frutose e prostaglandina (principal fonte de energia) (60 – 70%)

 Próstata: fibrinolisina que liquefaz o sêmen, é rica em substâncias que têm função

de neutralizar o pH vaginal que é acido e desfavorável a sobrevivência dos

espermatozóides. (25 – 30%)

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DESENVOLVIMENTO
EMBRIONÁRIO
 1ª Semana - fertilização

 Saindo da cauda do epidídimo, o espermatozoide (1 – 5%) começam a se

misturar com as secreções das glândulas anexas, encarregadas na

produção do líquido seminal:

 Glândulas bulbouretais – líquido pré ejaculatório (mobilidade do

semem na vagina) menos de 1%


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DESENVOLVIMENTO
EMBRIONÁRIO
 1ª Semana - Fertilização

 O líquido seminal então, é responsável por ativar os espermatozóides pois contém

substâncias nutridoras e energéticas. Além disso, impede com que os espermatozóides

estejam completamente aptos para fecundar o ovócito pois possuem em sua

constituição proteínas chamadas fatores de descapacitação ou de anti-fertilidade

 Os espermatozóides ejaculados, estão totalmente maduros mas, devido aos fatores de

descapacitação (FD) precisam passar pelo processo de ativação fisiológica que

acontece durante o trajeto pelas vias genitais femininas


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DESENVOLVIMENTO
EMBRIONÁRIO
 1ª Semana - Fertilização

 A capacitação ocorre, basicamente pela separação dos espermatozóides do

líquido seminal que acontece pela migração dos gametas nas vias genitais

femininas

 A última barreira que o espermatozóide precisa atravessar para fertilizar o

ovócito é a Zona Pelúcida, que é uma camada acelular constituída por

glicoproteínas Essa camada é sintetizada principalmente pelo ovócito, apesar de

existir pequena participação das células foliculares 26


DESENVOLVIMENTO
EMBRIONÁRIO
 1ª Semana - Fertilização

 As principais funções da Zona Pelúcida são:

 Presença de receptores para espermatozóides (barreira espécie-específica para

seleção dos gametas Masculinos)

 Participa no bloqueio da poliespermia (impede a penetração de mais de um

espermatozóide no citoplasma do ovócito)

 Mantém forma constante do embrião no período que se estende da fecundação até

implantação 27
DESENVOLVIMENTO
EMBRIONÁRIO
 1ª Semana - Clivagem

 Horas após a fecundação, enquanto o zigoto passa pelo tubo uterino, ocorrer

naturalmente sucessivas mitoses, onde os blastómeros diminuem de tamanho a

cada divisão.

 Após a mórula alcançar o útero (normalmente 4 dias após a fecundação) o

fluido da cavidade uterina passa através da zona pelúcida para formar a

cavidade blastocística ou blastocele no interior da mórula


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DESENVOLVIMENTO
EMBRIONÁRIO
 1ª Semana - Clivagem

 Durante todo o processo de segmentação, a Zona pelúcida permanece

envolvendo o embrião, mantendo sua forma e protegendo-o durante o

trajeto na tuba uterina, em direção ao útero. Sem a Zona pelúcida os

blastómeros podem dissociar-se um do outro ou então o embrião pode

implantar-se, ainda durante a segmentação, na própria tuba uterina

(gravidez ectópico tubária). 29


DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 1ª Semana - Clivagem

 Com o aumento do fluido na blastocele, acontece a separação dos blastómeros

em:

 Trofoblastos – células externa da blástula que origina placenta

 Embrioblastos – células que localizadas centralmente na blástula que darão

origem ao embrião

 Em torno do 6º dia, após a fertilização, o blastocisto adere ao endométrio


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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 1ª Semana – Início da Implatação

 Ao aderir ao epitélio do endométrio, o trofoblasto começa a proliferar – se e

diferencia – se em:

 Citotrofoblasto: células internas do trofoblasto, suas células apresentam citoplasma

claro e limites precisos

 Sinciciotrofoblasto: Externamente ao citotrofoblasto surge o sinciciotrofoblasto,

resultante da migração de células do citotrofoblasto com simultânea fusão e perda

de suas membranas individuais 31


DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 1ª Semana – Início da Implatação

 O processo de implantação na espécie humana, tem início por volta do 7º

dia após a fertilização e se prolonga até o 14º dia.

 ~Ao iniciar-se a implantação, o endométrio encontra-se em fase secretora

ou progesterónica. Nessa fase, o endométrio atinge sua espessura máxima,

suas glândulas estão tortuosas por estarem secretando intensamente,

consequentemente ele está preparado para receber o embrião.


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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 1ª Semana – Início da Implatação

 No início da implantação, o endométrio sofre a chamada reação decidua

 Essa reação começa na zona onde o blastocisto está se implantando e logo atinge todo

o endométrio. Uma vez ocorrida a reação decidual, o endométrio passa a ser chamado

de decídua

 As células do sinciciotrofoblasto têm a capacidade de invadir o tecido materno

fagocitando ativamente as células endometriais e facilitando a corrosão do

endométrio. 33
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 1ª Semana – Início da Implatação

 Com o avançar do processo de implantação e o posicionamento do

embrião, distinguem-se 3 áreas de decíduas:

 A decídua basal: é a porção do endométrio voltada para o polo

de implantação;

 a decídua capsular: ou reflexa é a região do endométrio que

recobre o blastocisto no polo oposto ao da implantação;

 A decídua parietal: corresponde ao restante da parede

endometrial. 34
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 2ª Semana

 Conclusão da implantação do blastocisto

 Surgimento do disco embrionário bilaminar:

Epiblasto e Hipoblasto

 Surgimento de estruturas extra – embrionárias:


 Saco Vitelino

 Cavidade amniótica  Pedículo do embrião


 Saco coriónico
 Âmnio  Nutrição por difusão 35
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 2ª Semana – Conclusão Implantação

 Com a fecundação, o corpo lúteo gravídico mantém a gestação com a secreção

de estrógeno e progesterona, até que a placenta torne-se secretora desses

componentes.

 O sinciciotrofoblasto é responsável pela produção de hCG (gonadotrofina

coriónica humana), um peptídeo que mantém o Corpo lúteo funcionante. Final

da segunda semana pode – se detetar essa hormona em testes de gravidez


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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 2ª Semana – Conclusão Implantação

 Durante a implantação, a erosão do endométrio feita pelo sinciciotrofoblasto,

possibilita uma mistura entre o sangue materno extravasado e as secreções

das glândulas uterinas e das células deciduais, formando as lacunas

 Essas lacunas fundem – se formando redes lacunares. O oxigênio e

nutrientes aí contidos passa através dos tecidos do embrião, nutrindo-o, até

que esteja completa a formação da placenta


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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 2ª Semana – Disco Embrionário Bilaminar

 Ocorre durante a formação da cavidade amniótica;

 As células mais profundas da massa celular interna se delaminam,

formando uma camada de células no teto da blastocele, denominada

hipoblasto;

 O restante das células da massa celular interna corresponde agora ao

epiblasto 38
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 2ª Semana – Estruturas Extra - Embrionária

 Simultaneamente ao aparecimento do hipoblasto e epiblasto, surge uma

cavitação entre o trofoblasto e as células epiblásticas, início da cavidade

amniótica, Nessa fase, o teto da cavidade amniótica é revestido pelo

trofoblasto e seu piso, pelo epiblasto;

 Após esse evento, as células amniogénicas (amnioblastos) separam – se

do embrioblasto e formam uma delgada membrana – Âmnio 39


DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 2ª Semana – Estruturas Extra - Embrionária

 Durante o processo de implantação, forma-se a partir do hipoblasto, uma

membrana constituída por células pavimentosas, a membrana de Heuser,

(desta membrana surge o endoderme extra – embrionário);

 Com esse surgimento, a blastocela passa a ser chamada de saco vitelino

primitivo ou primário. O teto da blastocele, constituído por hipoblasto,

continua como teto do saco vitelino primitivo ou primário.


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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 2ª Semana – Estruturas Extra - Embrionária

 A partir do 11º dia após a fertilização, o hipoblasto do teto, prolifera

para o interior do saco vitelino. Esta cavidade, agora revestida

internamente pelo hipoblasto, passa a ser a cavidade do saco vitelino

definitivo ou secundário, que é reduzido em relação ao saco vitelino

primário
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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 2ª Semana – Estruturas Extra - Embrionária

 O embrião, nessa fase, corresponde ao epiblasto, O hipoblasto não faz parte do embrião.

Internamente ao trofoblasto, observa-se a formação do mesoderma extraembrionário

 O mesoderma extraembrionário formou-se pela proliferação do hipoblasto, Ocorre

também sua cavitação com formação dos dois folhetos, o folheto interno ou visceral do

mesoderma extraembrionário e o folheto externo ou parietal do mesoderma

extraembrionário. Entre eles, a cavidade que se formou, recebe o nome de celoma

extraembrionário.
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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 2ª Semana – Estruturas Extra - Embrionária

 O cório é formado pela associação do folheto externo ou parietal do mesoderma

extraembrionário com o citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto. Mas este anexo só

torna-se individualizado com a completa formação do celoma extraembrionário.

 Ao final da segunda semana do desenvolvimento embrionário, o cório apresenta-

se irregular pela presença de suas expansões, denominadas vilosidades

coriônicas
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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 2ª Semana – Estruturas Extra - Embrionária

 A formação do celoma extraembrionário respeita apenas uma área,

na qual não ocorre cavitação:

 o pedículo mesodérmico, primórdio do futuro cordão umbilical. O

pedículo mesodérmico une o disco embrionário ao cório

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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 3ª Semana

 Gastrulação

 Formação da notocorda

 Formação do disco embrionário trilaminar

 Neurulação

 Formação do tubo neural 45


DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 3ª Semana

 A gastrulação é o processo pelo qual o epiblasto converte-se em disco

embrionário trilaminar, formado por três camadas germinativas

(ectoderma, mesoderma e endoderma embrionários) e pelo eixo

embrionário, a notocorda

 Na espécie humana, esse processo ocorre durante a 3ª semana após a

fecundação 46
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 3ª Semana

 Na metade caudal do epiblasto (região voltada para o pedículo mesodérmico),

as células migram para a linha mediana, onde aglomeram-se linearmente,

formando a linha primitiva. Enquanto a linha primitiva alonga-se na

extremidade caudal pela adição de células, as células da extremidade cefálica

adicionam-se de maneira nodular, constituindo o nó primitivo. Pode-se dizer,

portanto, que a linha primitiva e o nó primitivo resultam do empilhamento de

células do epiblasto na região mediana do disco embrionário 47


DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 3ª Semana

 Essas áreas marcam o futuro eixo longitudinal do embrião, de maneira que podemos

distinguir as extremidades caudal (é aquela voltada para o pedículo mesodérmico) e cafálica

(a oposta da caudal), as superfícies ventral (o teto do saco vitelino) e dorsal (assoalho do

âmnio) e lados direito e esquerdo do embrião

 Logo que surgem esses aglomerados, as células localizadas superiormente mergulham para

seu interior em direção ao hipoblasto, isto é, em direção à porção ventral do embrião. Esse

movimento de mergulho é chamado de movimento de ingressão e origina o sulco primitivo

na linha primitiva e a fosseta primitiva no nó primitivo 48


DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 3ª Semana

 Pouco depois do aparecimento da Linha primitiva, as células do epiblasto

abandonam sua superfície profunda e formam o mesênquima – que forma o tecido

de sustentação do embrião.

 Sob influência dos vários fatores de crescimento embrionário, as células

mesenquimais migram da linha primitiva. Essas células têm potencial de proliferar

– se e se diferenciar em diversos tipos celulares. Ex: Osteoblastos, fibroblastos,

condroblastos……. 49
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 3ª Semana

 A linha primitiva fica sulcada em toda sua extensão pelo sulco primitivo e o nó contém

uma depressão em forma de funil, a fosseta primitiva. O sulco e a fosseta estão em

continuidade.

 Aquelas células que passam pela fosseta primitiva se dirigem para a região anterior

formando o processo notocordal e logo adquire uma luz – Canal notocordal

 As primeiras que ingressam através do sulco primitivo formam o endoderma

embrionário
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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 3ª Semana

 O restante das células que ingressam pelo sulco primitivo ocupam o

espaço logo acima do endoderma e abaixo das células que não sofreram

ingressão , constituindo o mesoderma embrionário.

 As células epiblásticas que permanecem na superfície do disco

embrionário, ou seja, não sofrem ingressão, formam o ectoderma

embrionário 51
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 3ª Semana

 O processso notocordal surge de células que ingressam pela fosseta primitiva e se

estendem em direção cefálica. O processo notocorda cresce em direção cefálica até

uma área de fusão dos folhetos endoderma e ectoderma denominada placa

précordal, que representa o limite cefálico da notocorda.

 Existe uma área semelhante, porém localizada caudalmente à linha primitiva,

denominada placa cloacal, que representa o limite caudal de crescimento da

notocorda 52
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 3ª Semana

 O processo notocordal pode estender – se, pois a placa pré – cordal esta

firmemente fixa ao ectoderme subjacente. Essas camadas fundidas formam

a membrana bucofaríngea , localizada no futuro local da cavidade oral

 Algumas células mesenquimais da linha primitiva e do processo notocordal

migram lateral e cefalicamente entre o ectoderme e mesoderme, ate

alcancar os limites do disco embrionário


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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 3ª Semana

 Estas células estão em continuidade com a mesoderme extraembrionário que

cobre o âmnio e o saco vitelino

 Algumas células da linha primitiva migram cefalicamente do lado a lado do

processo notocordal e em torno da placa pré cordal

 Elas encontram – se cefalicamente, formando a mesoderme cardiogénica na

área cardiogénica, onde o primórdio do coração se desenvolve


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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 3ª Semana

 Notocorda

 Define o eixo primitivo do embrião dando – lhe uma certa rigidez;

 Fornece os sinais necessários para o desenvolvimento do esqueleto axial

 Indica o fututo local dos corpos vertebrais

Degeneração da fusão do piso do processo notocordal com endoderme

embrionário, formando a placa notocordal, que ao dobrar – se forma a

notocorda
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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 3ª Semana

 Alantóide

 Surge por volta do 16º dia como um pequeno divertículo (envaginação) em

forma de salsicha que se estende da parede caudal do saco vitelino para o

pedículo embrionário

 Em embriões de répteis, passaro e alguns mamíferos, o alantóide é uma estrutura

em forma de saco com função respiratória ou de reserva para urina durante a

vida embrionária 56
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 3ª Semana

 A notocorada funciona como eixo de orientação para o corpo do embrião,

sabe-se que a coluna vertebral forma-se aos poucos em torno dela. A

notocorda desaparece então no interior da coluna vertebral, persistindo

apenas nos discos intervertebrais do adulto como núcleo pulposo.

 Com a formação da notocorda e do tubo neural, a mesoderme diferencia –

se e forma os somitos
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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 3ª Semana - Neurulação

 No início da 3ª semana do desenvolvimento humano, o ectoderma forma o assoalho da

cavidade amniótica. Com o aparecimento da notocorda e sua influência indutora, as células

ectodérmicas localizadas sobre a notocorda tornam-se prismáticas, originando o

neuroectoderma. (a diferenciação do ectoderma origina também ectoderme de

revestimento)

 Enquanto as células destinadas a formar o ectoderma de revestimento permanecem

pavimentosas. Com o espessamento do neuroectoderma na região mediana dorsal, forma-se a

placa neural, que é o início do processo de neurulação 58


DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 3ª Semana - Neurulação

 Essa placa encurva-se (invagina-se) e forma a goteira neural e posteriormente o sulco

neural. As bordas do sulco convergem para a linha mediana e fundem-se para formar o

tubo neural, desprendendo-se do ectoderma de revestimento.

 O neuroectoderma das bordas do sulco neural separa-se do tubo neural para constituir a

crista neural. O fechamento do tubo neural é progressivo e fica temporariamente aberto

nos extremos cefálico e caudal. Essas aberturas temporárias são denominadas neuróporos

anterior e posterior e suas bordas igualmente acabam confluindo, fazendo com que o tubo

neural torne totalmente fechado. 59


DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 3ª Semana – Desenvolvimento Inicial do Sistema Cardiovascular

 No final da segunda semana, a nutrição do embrião é obtida do

sangue materno por difusão pelo córion, celoma extra –

embrionário e saco vitelino.

 a formação inicial do sistema cardiovascular esta relacionada

com a ausência do vitelo no ovócito e saco vitelino e na

necessidade urgente de transportar oxigénio e nutrientes para o

embrião da circulação materna através do córion


60
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO

 3ª Semana – Desenvolvimento Inicial do Sistema Cardiovascular

 No início da terceira semana, inicia – se a formação dos vasos sanguíneos

– Vasculogénese – no mesoderme extra – embrionário, do saco vitelino,

do pedículo do embrião e do córion.

 Os vasos sanguíneos do embrião começam a desenvolver – se cerca de

dois dias depois. No final da terceira semana, desenvolve – se o

primórdio de uma circulação úteroplacentária 61


DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 3ª Semana – Desenvolvimento Inicial do Sistema Cardiovascular

 A formação dos vasos resume – se em: Vasculogénese e Angiogénese

1. Diferenciação das células mesenquimais em precursoras de células

endoteliais – angioblastos, que se agregam e formam grupos de células

angiogénicas isoladas – ilhotas sanguíneas;

2. Dentro das ilhotas, fendas intercelulares confluem, formando pequenas

cavidades; 62
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 3ª Semana – Desenvolvimento Inicial do Sistema Cardiovascular

 A formação dos vasos resume – se em: Vasculogénese e Angiogénese

3. Os angioblastos se achatam, tornando – se células endoteliais, que se dispoem em

torno das cavidades e formam endotélio primordial;

4. Essas cavidades revestidas por endotélio logo se fundem para formar redes de

canais endoteliais

5. Vasos avaçam para área adjacente por brotamento endotelial e se fundem com

outros vasos (Angiogénese) 63


DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 3ª Semana – Desenvolvimento Inicial do Sistema Cardiovascular

 O coração e os grandes vasos formam – se de células mesenquimais no

primórdio do coração (área cardiogénica). Durante a terceira semana forma – se

um par de canais revestidos por endotélio – os tubos cardíacos endocárdicos –

que se fundem, formando o tubo cardíaco primitivo.

 O coração tubular une – se a vasos sanguíneo do ambrião, do pedículo, do córion

e do saco vitelino para formar o sistema o sistema cardiovascular primitivo.

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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 3ª Semana – Desenvolvimento Inicial do Sistema Cardiovascular

 No fim da terceira semana, o sangue circula e o coração comeca a bater

no 21º ou 22º dia.

 O sistema cardiovascular é o primeiro sistema de órgão que alcança um

estado estado funcional.

65
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 4ª - 8ª Semana – Organogénese

 Todas as principais estruturas internas e externas se estabelecem da quarta à oitava

semana.

 No final do período organogénico, os principais sistemas de órgão já comecam a se

desenvolver. A exposição do embrião ao teratógenos durante esse periodo pode

causar grandes anomalias congênitas.

 Com a formação dos tecidos, órgão, a forma do embrião muda e no final da oitava

semana, o embrião apresenta aspeto nitidamente humano 66


DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 4ª Semana – Organogénese

 No começo da quarta semana, o embrião é quase reto e tem quatro pares de somitos

que produzem elevada conspícua na superfície;

 Tudo neural forma – se em frente aos somitos, mas amplamente aberto nos

neuroporos rostral e caudal. Com 24 dias, o primeiro par de arcos faríngeas é

visível.

 O embrião apresenta – se levemente encurvado por causa das pregas cefálica e

caudal 67
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 4ª Semana – Organogénese

 O coração forma uma saliência ventral e bombeia sangue sangue.

 Três pares de arcos faríngeos são visíveis no dia 26, e o neuroporo rostral já

se fechou.

 O encéfalo anterior produz uma elevação saliente na cabeça, enquanto o

dobramento do embrião lhe confere uma curvatura em “C”

 Uma longa e curva eminência caudal está presente 68


DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 4ª Semana – Organogénese

 Os brotos dos membros superiores e inferiores tornam – se reconhecíveis nos dias 26

ou 27 como pequenas intumescências na parede ventrolateral do corpo

 As fossetas ópticas, primórdios das orelhas internas tambem são visíveis

 Nos lados da cabeça são visíveis espaceamentos ectodérmicos denominados

placóides de cristalino, que indica o futuro cristalino dos olhos.,

 Rudimentos de muitos sistemas de órgão, especialmente do Sistema Cardiovascular

69
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 5ª Semana – Organogénese

 Crescimento da cabeça excede o crescimento das outras regiões. O

aumento da cabeça é causado principalmente pelo rápido

desenvolvimento do encéfalo e das proeminências faciais.

 A face entram em contacto com a proeminência cardíaca

 As cristas mesonéfricas indicam o local dos rins mesonéfricos, que nos

seres humanos, são orgãos provisõrios 70


DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 6ª Semana – Organogénese

 Respostas reflexas ao toque;

 Primórdios dos dedos denominados enominados raios digitais que comecam a se

desenvolver indicando a formação dos dedos

 Desenvolvimento dos membros inferior, 4 – 5 dias depois do desenvolvimento dos

membros superiores

 Várias pequenas intumescências – as saliências auriculares- desenvolvem – se e

contribuem para a formação o pavilhão da orelha. 71


DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 6ª Semana – Organogénese

 Olhos bem evidentes, em grande parte por causa da formação do

pigmento da retina;

 Cabeça muito maior em relação ao tronco e está encurvada sobre a grande

proeminência cardíaca. Posição da cabeça resulta a flexão da região

cervical (pescoço)

 O tronco e o pescoço começam a se endireitar 72


DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 7ª Semana – Organogénese

 Membros sofrem modificações consideráveis, Aparecem chanfraduras

entre os raios digitais das placas das mãos, indicando claramente os

futuros dedos

 Comunicação entre o intestino primitivo e o saco vitelino está agora

reduzida a um ducto relativamente estreito – Pedículo Vitelino

73
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 8ª Semana – Organogénese

 No início da 8ª semana, os dedos das mãos estão separados, mais ainda estão

claramente unidos por membranas;

 Chanfraduras, são claramente visíveis entre os raios digitais dos pés

 O plexo vascular o couro cabeludo já apareceu e forma faixa que envolve a

cabeça

 No final da 8ª semana, todas as regiões dos membros são evidentes 74


DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 8ª Semana – Organogénese

 Ocorre primeiros movimentos voluntários dos membros;

 Ossificação começa no fêmur

 Todos os sinais da eminência caudal já desaparecem no final da 8 semana;

 O embrião apresenta características nitidamente humanas, entretanto cabeça

ainda é desproporcionalmente grande, constituindo quase a metade do

embrião 75
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
 8ª Semana – Organogénese

 A região do pescoço já definida e as pálpebras são mais evidentes

 Pavilhão da orelha começa a assumir sua forma final, mais ainda

apresenta implantação baixa,

 Apesar de já existirem diferenças entre sexo na aparência da génia

externa, elas não são suficientemente distintas para possibilitar uma

identificação precisa do sexo 76


PERIODO FETAL
1. 9ª - 12ª semana

2. 13ª - 16ª semana

3. 17ª - 20ª semana

4. 21ª - 25 Semana

5. 26ª - 29ª Semana

6. 30ª ao nascimento

7. Factores que influenciam o crescimento fetal

8. Placenta e Membranas Fetais 77


HISTOLOGIA
78
ÍNDICE  Tecido Conjuntivo

 Objectivos  Tecido cartilaginoso


 Introdução
 Tecido ósseo
 Tecido Epitelial
 Tecido hematopoiético
 Tecido Conjuntivo
 Tecido Muscular
 Tecido conjuntivo propriamente

dito  Tecido Nervoso

 Tecido adiposo  Bibliografia 79


OBJECTIVOS
 Conhecer os métodos de ensino da histologia;

 Conhecer os fundamentos da histologia ;

 Adquirir conhecimentos acerca da anatomia microscópica dos sistemas

orgânicos

80
DEFINIÇÕES
 Histologia

 É definida como sendo a ciência, parte da biologia, que estuda os tecidos.

 O termo histologia foi usado pela primeira vez em 1819 por Mayer, que aproveitou

o termo “tecido” que BICHAT (anatomista francês) instituiu, muito tempo antes

(por volta de 1800), para descrever macroscopicamente as diferentes texturas

encontradas por ele no corpo animal.

 MAYER fez a conjunção do termo histos = tecido e logos = estudo


81
DEFINIÇÕES
 Tecido

 Conjunto de células que apresentam a mesma função geral e a mesma origem

embrionária

 Os tecidos não existem no organismo como componentes isolados, mas associados uns

aos outros, formando os diferentes órgãos do corpo. A maioria dos órgãos é constituída

de dois componentes: o parênquima, composto pelas células responsáveis pelas

funções típicas do órgão, e o estroma, que é o tecido de sustentação representado

quase sempre pelo tecido conjuntivo 82


INTRODUÇÃO
 Os tecidos são constituídos por células e por matriz extracelular (MEC). A MEC é

composta por muitos tipos de moléculas, algumas das quais são altamente organizadas,

formando estruturas complexas como as fibrilas de colágeno e membranas basais.

 Antigamente, as principais funções atribuídas à matriz extracelular eram fornecer

apoio mecânico para as células e ser um meio para transportar nutrientes às células e

levar de volta catabólitos e produtos de secreção; além disso, consideravam-se as

células e a MEC como unidades independentes.

83
INTRODUÇÃO
 Os grandes progressos da pesquisa biomédica mostraram que as células produzem a

MEC, controlam sua composição e são ao mesmo tempo influenciadas e controladas

por moléculas da matriz. Há, portanto, uma intensa interação entre células e MEC.

 Apesar da sua grande complexidade, o organismo humano é constituído por apenas

quatro tipos básicos de tecidos: Epitelial, Conjuntivo, Muscular e Nervoso

 Essa classificação leva em contra principalmente critérios da estrutura, das funções e

da origem embriológica desses tecidos


84
INTRODUÇÃO
 O Tecido epitelial é formado por células que revestem superfícies e que secretam moléculas,

tendo pouca MEC.

 O Tecido conjuntivo é caracterizado por uma grande quantidade de matriz extracelular que é

produzida por suas próprias células;

 O Tecido muscular é formado de células alongadas dotadas da capacidade de encurtar seu

comprimento, isto é, de contração;

 O Tecido nervoso se compõe de células com longos prolongamentos emitidos pelo corpo

celular que têm as funções especializadas de receber, gerar e transmitir impulsos nervosos
85
TECIDO EPITELIAL
 Características  Função

 Células poliédricas  Revestimento

 Proteção
 células justapostas
 Absorção de iões
 Pouca matriz extracelular
 Percepção do estímulo
 Praticamente apoiado sobre tecido
 Contração
conjuntivo
 Secreção 86
TECIDO EPITELIAL
o Classificação

o Os epitélios são divididos em dois grupos principais, de acordo com sua estrutura, arranjo

de suas células e função principal: Epitélios de revestimento e Epitélios glandulares

o Essa divisão é um pouco arbitrária e tem finalidades didáticas, pois há epitélios de

revestimento nos quais todas as células secretam (p. ex., o epitélio que reveste a cavidade do

estômago), ou em que há algumas células glandulares espalhadas entre as células de

revestimento (p. ex., as células caliciformes produtoras de muco no epitélio dos intestinos e

da traqueia). 87
TECIDO EPITELIAL
o Classificação

o Epitélios de revestimento – as células se dispõem em folhetos que cobrem a

superfície externa do corpo ou que revestem as cavidades internas, as grandes

cavidades do corpo, o lúmen dos vasos sanguíneos, o lúmen de todos os órgãos

ocos, tubos de diversos calibres

o Epitélios glandulares - constituídos por células especializadas na atividade de

secreção (antes armazenadas nos granulos de secreção)


88
TECIDO EPITELIAL Formato da porção secretora

Tubular
o Classificação – epitélio glandular Quanto ao nº ducto: Acinosa
Simples – com um ducto
Composta - +de um ducto Tubular
o Local de Secreção Acinosa
Tubulo - acinosa
o Forma da porção secretora:
Exócrina - com ducto de secreção Cordonais
Folicular ou vesicular
o Endócrina - sem ducto de secreção o Forma da libertação das secreções:
o Merócrino - exocitose, sem perda de outro material
o Número de célula celular (pancreas)
o Holócrino - secreção é eliminado juntamente com
o Unicelular (células Caliciforme) toda a célula, destruição celular (gl. Sebáceas)
o Apócrino - produto de secreção é descarregado
o junto com pequenas porções do citoplasma apical
multicelulares
(Gl. Mamarias) 89
TECIDO EPITELIAL
o Classificação

o Quanto a forma, os epitélios podem ser:

o Pavimentosos – células chatas

o Cúbicos – forma de cubo

o Prismático ou colunar – alongadas em

forma de coluna

o De transição – muda sua forma 90


Normalmente a denominação
do epitélio é dado: número de
TECIDO EPITELIAL camada + Formato da célula

o Classificação

o Quanto ao número de camadas, os epitélios podem ser:

o Simples – única camada em contato com a lâmina

o Estratificado – varias camadas mas somente a mais

profunda em contacto com a lâmina basal

o Pseudoestratificado – uma única camada com núcleos

em diferentes alturas
91
TECIDO EPITELIAL
o As células do epitélio simples pavimentoso reveste por exemplo, o lúmen dos vasos

sanguíneos e linfáticos, constituindo o que se denomina endotélio

o As células do epitélio simples cúbico são encontrads, por exemplo, na superfície externa

do ovário e formando a parede de pequenos ductos excretores de muitas glândulas

o O epitélio simples prismático constitui, por exemplo, o revestimento do lúmen

intestinal e do lúmen da vesícula biliar; Alguns epitélios simples prismáticos são ciliados,

como, por exemplo, na tuba uterina, em que ajudam no transporte de espermatozoides


92
Camada basal, espinosa,
TECIDO EPITELIAL granulosa, lúcida e córnea

o Os epitélios estratificados cúbico e prismático são raros no organismo. O cúbico é encontrado, por

exemplo, em curtos trechos de ductos excretores de glândulas, e o prismático, por exemplo, na

conjuntiva do olho

o As células do epitélio estratificado pavimentoso revestem cavidades úmidas (p. ex., boca, esôfago,

vagina), sujeitas a atrito e a forças mecânicas e é mais corretamente denominado epitélio estratificado

pavimentoso não queratinizado. A superfície da pele, cuja superfície é seca, é revestida por um epitélio

estratificado pavimentoso queratinizado. Neste epitélio as células das camadas mais superficiais

morrem, perdem suas organelas e seu citoplasma é ocupado por grande quantidade de queratina

93
TECIDO EPITELIAL
o O epitélio de transição reveste a bexiga urinária, o ureter e a porção inicial

da uretra. É um epitélio estratificado em que a forma das células da camada

mais superficial varia com o estado de distensão ou relaxamento do órgão.

o O epitélio pseudoestratificado, O exemplo mais bem conhecido desse

tecido é o epitélio pseudoestratificado prismático ciliado que reveste as

passagens respiratórias mais calibrosas desde o nariz até os brônquios


94
TECIDO EPITELIAL
o Classificação

o Quanto a função, os epitélios podem ser:

o Neuroepiteliais – especializada na captação de estímulo (cheiro,

gosto) proveniente do ambiente

o Mioepiteliais – contração e produção e libertação de secreções

o Glandular – síntese, armazenamento e secretam substâncias


95
TECIDO EPITELIAL
A porção da célula epitelial voltada para o tecido conjuntivo é denominada porção basal ou

polo basal, enquanto a extremidade oposta, geralmente voltada para uma cavidade ou

espaço, é denominada porção apical ou polo apical; a superfície desta última região é

chamada superfície livre. As superfícies de células epiteliais que confrontam células

adjacentes são denominadas superfícies laterais. Essas superfícies normalmente se

continuam com a superfície que forma a base das células, sendo então denominadas

superfícies basolaterais.

96
TECIDO EPITELIAL
o Em muitas células epiteliais a distribuição de organelas na porção do citoplasma apoiada

na lâmina basal (polo basal da célula) é diferente das organelas encontradas no citoplasma

da porção livre da célula (polo apical); a esta diferente distribuição, que é constante nos

vários tipos de epitélios, dá-se o nome de polaridade das células epiteliais. Isso significa

que diferentes partes dessas células podem ter diferentes funções.

o A membrana plasmática das células epiteliais pode ter composição molecular diferente em

seus diferentes polos

97
TECIDO EPITELIAL
o Lâminas Basais

o Entre as células epiteliais e o tecido conjuntivo subjacente há uma delgada lâmina de

moléculas chamada lâmina basal

o Esta estrutura só é visível ao microscópio eletrônico, aparecendo como uma camada elétron-

densa que mede 20 a 100 nm de espessura, formada por uma delicada rede de delgadas fibrilas

(lâmina densa). As lâminas basais podem ainda apresentar camadas elétron lucentes em um ou

em ambos os lados da lâmina densa, chamadas de lâminas lúcidas. Os componentes principais

das lâminas basais são colágeno tipo IV, as glicoproteínas laminina e entactina e

proteoglicanos 98
TECIDO EPITELIAL
o Lâminas Basais - Funções

o Promover a adesão das células epiteliais ao tecido

conjuntivo subjacente

o filtrar moléculas

o Influenciar a polaridade das células

o Regular a proliferação e a diferenciação celular

o Influir no metabolismo celular


99
TECIDO EPITELIAL
o Membranas Basais

o O nome membrana basal é usado para denominar uma camada situada abaixo de

epitélios, visível ao microscópio de luz

o Nem todas as bibliografias concordam com o uso dos termos membrana basal e lâmina

basal, e ambos são às vezes usados indiscriminadamente, causando bastante confusão,

neste manual, “lâmina basal” é usado para indicar a lâmina densa e a presença

eventual de uma lâmina rara, estruturas vistas ao microscópio eletrônico. “Membrana

basal” é usado para indicar a faixa mais espessa vista ao microscópio de luz
100
TECIDO EPITELIAL
o Especializações da superfície basolateral das células epiteliais
OBS:As caderinas perdem a sua capacidade
de promover adesividade na ausência de

o Várias estruturas associadas à membrana plasmática contribuem para a coesão e a

comunicação entre as células.

o A adesão entre células é em parte devida à ação coesiva dos membros de uma família

de glicoproteínas transmembrana chamadas caderinas (+ ação de cominicacao)

o Outra maneira de aumentar a adesão entre as células é por meio de dobras das

membranas que se encaixam nas dobras das membranas de células adjacentes; são as
Ca2+

chamadas interdigitações das membranas


101
TECIDO EPITELIAL
o Especializações da superfície basolateral das células epiteliais

o Junções intercelulares

o As membranas laterais de muitos tipos de células epiteliais exibem várias

especializações que constituem as junções intercelulares. Os vários tipos de junções

servem não só como locais de adesão, mas eventualmente também como vedantes –

prevenindo o fluxo de materiais pelo espaço intercelular – e ainda podem oferecer

canais para a comunicação entre células adjacentes Junções impermeáveis


Junções de adesão
o Do ponto de vista funcional, as junções podem ser classificadas: Junções de comunicação
102
TECIDO EPITELIAL
o Especializações da superfície basolateral das células epiteliais

o Junções intercelulares | Junções de oclusão ou impermeável

o As junções estreitas ou zônulas de oclusão costumam ser as junções mais apicais dessa

sequência, isto é, as junções mais próximas da superfície apical da célula . O termo

“zônula” indica que a junção forma uma faixa ou cinturão que circunda a célula

completamente e “oclusão” se refere à adesão das membranas que ocorre nessas junções,

vedando o espaço intercelular. Ao microscópio eletrônico de transmissão pode-se ver a

fusão dos folhetos externos de membranas adjacentes . Essa fusão é feita entre locais

salientes dos folhetos externos das membranas de células adjacentes. 103


TECIDO EPITELIAL
o Especializações da superfície basolateral das células epiteliais

o Junções intercelulares | Junções de oclusão ou impermeável

o A quantidade de locais de fusão de membranas que formam a zônula de oclusão

depende do tipo e da localização do epitélio e tem uma grande correlação com a

permeabilidade do epitélio. Epitélios com um ou poucos locais de fusão (p. ex., nos

túbulos proximais do rim) são mais permeáveis à água e aos solutos do que epitélios

com numerosos locais de fusão (p. ex., a bexiga urinária). Assim, a função principal da

junção estreita é promover uma vedação que dificulta muito o movimento de materiais

entre células epiteliais (chamado de via paracelular), tanto do ápice para a base como
104 da
TECIDO EPITELIAL
o Especializações da superfície basolateral das células epiteliais

o Junções intercelulares | Junções de adesão

o Em muitos epitélios o tipo seguinte de junção encontrado na sequência do ápice para a base da

célula é a zônula de adesão . Essa junção circunda toda a célula e contribui para a aderência

entre células adjacentes. Uma característica importante dessa junção é a inserção de

numerosos filamentos de actina em placas de material elétron-denso contidas no citoplasma

subjacente à membrana da junção

OBS: Ao conjunto de zônula de oclusão e zônula de adesão que circunda toda a parede lateral da

região apical de muitos tipos de células epiteliais se dá o nome de complexo unitivo


105
TECIDO EPITELIAL
o Especializações da superfície basolateral das células epiteliais

o Outro tipo de junção intercelular muito comum em células epiteliais é o desmossomo ou mácula

de adesão (com auxílio de caderina). O desmossomo é uma estrutura complexa, em forma de

disco, contida na superfície de uma célula, e que é sobreposta a uma estrutura idêntica observada

na superfície da célula adjacente. As membranas celulares nessa região são planas, paralelas e

geralmente separadas por uma distância um pouco maior (cerca de 30 nm) que os habituais 20 nm.

o No lado interno (citoplasmático) da membrana do desmossomo de cada uma das células há uma

placa circular chamada placa de ancoragem, composta de pelo menos 12 proteínas (Em células

epiteliais, filamentos intermediários de queratina presentes no citoplasma se inserem nas

placas de ancoragem ou então formam alças que retornam ao citoplasma) 106


TECIDO EPITELIAL
o Especializações da superfície basolateral das células epiteliais

o Em células epiteliais, filamentos intermediários de queratina presentes no

citoplasma se inserem nas placas de ancoragem ou então formam alças que

retornam ao citoplasma. Uma vez que os filamentos intermediários de

queratina do citoesqueleto são muito fortes, os desmossomos promovem

uma adesão bastante firme entre as células

o Como os desmossomos têm forma de botão, eles nunca formam zônulas


107
TECIDO EPITELIAL
o Especializações da superfície basolateral das células epiteliais

o Hemidesmossomos – podem ser encontrados na região de contato entre alguns

tipos de células epiteliais e sua lâmina basal. Essas junções têm a estrutura de

metade de um desmossomo e prendem a célula epitelial à lâmina basal. Nos

desmossomos as placas de ancoragem contêm principalmente caderinas, enquanto

nos hemidesmossomos as placas contêm integrinas, uma família de proteínas

transmembrana que podem agir como receptores para macromoléculas da matriz

extracelular, tais como laminina e colágeno tipo IV.


108
TECIDO EPITELIAL
o Especializações da superfície basolateral das células epiteliais

o Junções intercelulares | Junções comunicantes

o Junções comunicantes (junções gap) podem existir praticamente em qualquer local das

membranas laterais das células epiteliais. Essas junções são também encontradas em outros

tecidos, sendo o músculo esquelético uma exceção. Ao microscópio eletrônico, essas junções

se caracterizam pela grande proximidade (2 nm) das membranas de células adjacentes.


As proteínas da junção comunicante, chamadas conexinas, organizam-se em grupos de seis moléculas (hexâmeros) em
torno de um poro hidrófilo de aproximadamente 1,5 nm de diâmetro. Este conjunto, chamado conexon, é a unidade
estrutural da junção, a qual é formada por dezenas ou centenas desses conexons. Conexons de uma célula se alinham com
conexons de células adjacentes de modo a formar canais hidrófilos entre as duas células
109
TECIDO EPITELIAL
o Especializações da superfície apical das células epiteliais

o A superfície livre de muitos tipos de células epiteliais apresenta modificações com a

função de aumentar sua superfície ou mover partículas:

o Microvilos

o Estereocílios

o Cílios e flagelos

110
TECIDO EPITELIAL
o Especializações da superfície apical das células epiteliais

o Microvilos

o projeções em forma de dedos, de número muito variado, podem ser curtas ou longas.

o As células que exercem intensa absorção, como as do epitélio de revestimento do intestino

delgado e dos túbulos proximais dos rins, apresentam centenas de microvilos. Cada

microvilo mede aproximadamente 1 μm de comprimento e 0,08 μm de espessura, e no seu

interior há feixes de filamentos de actina, os quais, por meio de várias outras proteínas,

mantêm ligações cruzadas entre si e ligações com a membrana plasmática do microvilo.


111
TECIDO EPITELIAL
o Especializações da superfície apical das células epiteliais

o Estereocílios

o São prolongamentos longos e imóveis, que, na verdade, são microvilos longos e

ramificados. Não devem ser confundidos com os verdadeiros cílios, que são

prolongamentos móveis. Os estereocílios aumentam a área de superfície da célula,

facilitando o movimento de moléculas para dentro e para fora da célula. São

comuns em células do revestimento epitelial do epidídimo e do ducto deferente

112
TECIDO EPITELIAL
o Especializações da superfície apical das células epiteliais

o Cílios e flagelos

o Os cílios estão inseridos em corpúsculos basais situados no ápice das células, logo

abaixo da membrana. A estrutura dos corpos basais é análoga à dos centríolos

o Os cílios exibem um rápido movimento de vaivém. O movimento ciliar de um

conjunto de células de um epitélio é frequentemente coordenado para possibilitar

que uma corrente de fluido ou de partículas seja impelida em uma direção ao longo

da superfície do epitélio. 113


TECIDO EPITELIAL
o Especializações da superfície apical das células epiteliais

o Cílios e flagelos

o ATP é a fonte de energia para o movimento ciliar. Calcula-se que cada célula

ciliada da traqueia tenha aproximadamente 250 cílios.

o A estrutura dos flagelos, que no corpo humano são encontrados somente em

espermatozoides, é semelhante à dos cílios, porém, os flagelos são mais longos e

limitados a um por célula

114
o
TECIDO CONJUNTIVOo
Classificação

Tecido conjuntivo propriamente dito


o Características
o Frouxo
o Unem e sustentam outros tecidos
o Denso
o Não apresentam células justapostas
o Tecidos Especiais

o Possuem vários tipos celulares o Adiposo

o Elevada quantidade de matriz o Cartilaginoso


extracelular
o Ósseo

o Responsáveis pelo estabelecimento e o Hematopoiético


manuntenção da forma do corpo
115
TECIDO CONJUNTIVO
o Diferentemente dos demais tipos de tecidos (epitelial, muscular e nervoso), que são formados

principalmente por células, o principal componente do tecido conjuntivo é a matriz extracelular.

As matrizes extracelulares consistem em diferentes combinações de proteínas fibrosas e em um

conjunto de macromoléculas hidrofílicas e adesivas, que constituem a substância fundamental.

o A notável variedade de tipos de tecidos conjuntivos no organismo se deve à grande diversidade

na composição e à proporção relativa de seus três componentes (células, fibras e substância

fundamental) nos vários locais do organismo. Estas variáveis têm como consequência uma

grande diversidade estrutural, funcional Desses tecidos.

116
TECIDO CONJUNTIVO
o A MEC é constituida por:

o Substância intercelular amorfa: É constituída principalmente por água, polissacarídeos e

proteínas. Às vezes, como acontece no tecido ósseo, a substância intercelular é sólida, com uma

rigidez considerável; outras vezes, como o plasma sanguíneo, apresenta-se líquida.

o Fibras: São de natureza protéica e se distribuem conforme o tipo de tecido. Na substância

intercelular destacam-se os seguintes tipos de fibras:

o Colágenas: fibras mais frequentes do tecido conjuntivo; formadas pelas proteínas colágeno de

alta resistência à tração - têm coloração esbranquiçada

117
TECIDO CONJUNTIVO
o A MEC é constituida por:

o Fibras: São de natureza protéica e se distribuem conforme o tipo de tecido. Na

substância intercelular destacam-se os seguintes tipos de fibras:

oElásticas: fibras formadas pela proteína elastina; dotadas de elasticidade, têm coloração

amarelada.

oReticulares -- as fibras mais finas do tecido conjuntivo; são constituídas por uma

proteína chamada reticulina, muito semelhante ao colágeno.

118
TECIDO CONJUNTIVO
 Células do Tecido Conjuntivo

 Os tecidos conjuntivos apresentam diversos tipos de células com diferentes origens e funções,

citam – se principalmente:

 Fibroblastos

 Fibrócitos

 Mastócitos

 Plasmócitos

 Célula Adiposa………..
119
TECIDO CONJUNTIVO
 Tecido Conjuntivo Propriamente dito : Frouxo e Denso

 Frouxo

 Suporta estruturas normalmente sujeitas a pressão e atritos pequenos. É um tecido

conjuntivo muito comum que preenche espaços entre grupos de células musculares,

suporta células epiteliais e forma camadas em torno dos vasos sanguíneos. É também

encontrado nas papilas da derme, na hipoderme, nas membranas serosas que

revestem as cavidades peritoneais e pleurais e nas glândulas

120
TECIDO CONJUNTIVO
 Tecido Conjuntivo Propriamente dito : Frouxo e Denso

 Frouxo

 Contém todos os elementos estruturais típicos do tecido conjuntivo propriamente dito, não

havendo, entretanto, nenhuma predominância de qualquer dos componentes. As células mais

numerosas são os fibroblastos e macrófagos, mas todos os outros tipos celulares do tecido

conjuntivo também estão presentes, além de fibras dos sistemas colágeno e elástico. O

tecido conjuntivo frouxo tem uma consistência delicada, é flexível, bem vascularizado e não

muito resistente a trações


121
TECIDO CONJUNTIVO
 Tecido Conjuntivo Propriamente dito : Frouxo e Denso

 Denso

 Adaptado para oferecer resistência e proteção aos tecidos. É formado pelos mesmos

componentes encontrados no tecido conjuntivo frouxo, entretanto, existem menos células e

uma clara predominância de fibras colágenas. O tecido conjuntivo denso é menos flexível e

mais resistente à tensão que o tecido conjuntivo frouxo. Quando as fibras colágenas são

organizadas em feixes sem uma orientação definida, o tecido chama-se denso não

modelado.
122
TECIDO
CONJUNTIVO
 Tecido Conjuntivo Propriamente dito : Frouxo e Denso

 Denso

 Neste tecido, as fibras formam uma trama tridimensional, o que lhes confere certa resistência às

trações exercidas em qualquer direção. Este tipo de tecido é encontrado, por exemplo, na derme

profunda da pele.

 O tecido denso modelado apresenta feixes de colágeno paralelos uns aos outros e alinhados com

os fibroblastos. Trata-se de um conjuntivo que formou suas fibras colágenas em resposta às forças

de tração exercidas em um determinado sentido, Neste caso, os fibroblastos, em resposta a forças

que normalmente atuam sobre os tecidos, orientam as fibras que produzem de modo a oferecer o

máximo de resistência a estas força 123


TECIDO CONJUNTIVO
 Tecido Adiposo

 O tecido adiposo é um tipo especial de conjuntivo no qual se observa predominância de

células adiposas (adipócitos)

 é o maior depósito corporal de energia, sob a forma de triglicerídios. Os triglicerídios são

mais eficientes como reserva energética porque fornecem 9,3 kcal/g contra apenas 4,1 kcal/g

fornecidas pelo glicogênio (acumuladas nas células hepáticas e musculos esqueléticos)

 Localizam – se sob a pele (tela subcutânea ou hipoderme)

124
TECIDO CONJUNTIVO
 Tecido Adiposo - funções

 Reserva de energia;

 Modela a superfície, sendo em parte responsável pelas diferenças de contorno entre os


corpos da mulher e do homem;

 Proteção contra choques mecânicos;

 Isolante térmico

 preenche espaços entre outros tecidos e auxilia a manter determinados órgãos em suas
posições normais 125
TECIDO CONJUNTIVO
 Tecido Adiposo

 Há duas variedades de tecido adiposo, que apresentam distribuição no corpo, na estrutura,


na fisiologia e em patologia diferentes:

 Unilocular ou comum - Quando completamente desenvolvidas, contêm apenas uma


gotícula de gordura que ocupa quase todo o citoplasma,

 Multilocular ou pardo – aparece principalmente em recém – nascido e as células


adiposas deste tecido são especializadas em prodi«uzir calor. formado por células que
contêm numerosas gotículas lipídicas e muitas mitocôndrias
126
TECIDO CONJUNTIVO
 Tecido Adiposo - Unilocular

 A gordura unilocular está presente na camada subcutânea de todo o corpo, sendo que
tambem se acumula em locais característicos influenciadas pelo sexo, pela idade e pelo tipo
e quantidade de alimentação

 Nos homens a gordura é armazenda principalmente no pescoço e ombros, em torno do


quadril e nas nádegas, sendo que com o envelheciment a parede abdominal se torna área
adicional de armazenamento, nas mulheres é armazenada nas mamas, nádegas, quadril e
coxas.

127
TECIDO CONJUNTIVO
 Tecido Adiposo - multilocular

 Constituído por células adiposas multiloculares que armazena gorduras em gotículas


múltiplas

 A sua cor pode variar de marron a marron – avermelhado devido a sua extensa
vascularização e do grande número de citocromos presentes em suas mitocôndrias

 Neste tecido as células se arrajam de maneira epitelióide, formando massas compactas em


associações com capilares sanguíneos

128
TECIDO CONJUNTIVO
 Tecido Adiposo - multilocular

 A gordura multilocular é encontrada em muitas espécies de mamíferos, especialmente


naquelas que hibernam, e nos filhotes da maioria dos mamíferos servindo como fonte de
combustível para o aquecimento

 No recém – nascido humano a gordura parda localiza – se na região do pescoço e na região


interescapular, sendo que sua quantidade vai diminuir gradualmente com o amadurecimento
do ser humano, desaparecendo quase que totalmente com exeção das regiões situadas em
torno dos rins, da aorta e das regiões do pescoço e mediastino

129
TECIDO CONJUNTIVO
 Tecido Adiposo - multilocular

 O tecido adiposo pardo, está associado à produção de calor pelo corpo, devido ao grande
número de mitocôndrias que os adipócitos apresentam

130
TECIDO CONJUNTIVO - CARTILAGINOSO
 O tecido cartilaginoso é uma forma especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida.

Desempenha a função de suporte de tecidos moles, reveste superfícies articulares, em que

absorve choques, e facilita o deslizamento dos ossos nas articulações. A cartilagem é essencial

para a formação e o crescimento dos ossos longos, na vida intrauterina e depois do

nascimento. Como os demais tipos de conjuntivo, o tecido cartilaginoso contém células, os

condroblastos - condrócitos, e abundante material extracelular, que constitui a matriz.

 As cavidades da matriz, ocupadas pelos condrócitos, são chamadas lacunas. Uma lacuna pode

conter um ou mais condrócitos.


131
TECIDO CONJUNTIVO - CARTILAGINOSO
 As funções do tecido cartilaginoso dependem principalmente da estrutura da matriz, que é

constituída por colágeno ou colágeno mais elastina, em associação com macromoléculas de

proteoglicanos (proteínas + glicosaminoglicanos), ácido hialurônico e diversas glicoproteínas

 O tecido cartilaginoso não contém vasos sanguíneos, sendo nutrido pelos capilares do

conjuntivo envolvente (pericôndrio). As cartilagens que revestem a superfície dos ossos nas

articulações móveis não têm pericôndrio e recebem nutrientes do líquido sinovial das cavidades

articulares. Em alguns casos, vasos sanguíneos atravessam as cartilagens, indo nutrir outros

tecidos. O tecido cartilaginoso é também desprovido de vasos linfáticos e de nervos

132
TECIDO CONJUNTIVO - CARTILAGINOSO
 As cartilagens (exceto as articulares e a cartilagem fibrosa) são envolvidas por uma bainha

conjuntiva que recebe o nome de pericôndrio, o qual continua gradualmente com a

cartilagem por uma face e com o conjuntivo adjacente pela outra.

 O pericôndrio contém nervos, vasos sanguíneos e linfáticos.

133
TECIDO CONJUNTIVO - CARTILAGINOSO
 Conforme as diversas necessidades funcionais do organismo, as cartilagens se diferenciam em

três (3) tipos:

 Cartilagem hialina - que é a mais comum e cuja matriz contém delicadas fibrilas

constituídas principalmente de colágeno tipo II;

 Cartilagem elástica - que contém poucas fibrilas de colágeno tipo II e abundantes fibras

elásticas;

 Cartilagem fibrosa - que apresenta matriz constituída preponderantemente por fibras de

colágeno tipo I. 134


TECIDO CONJUNTIVO - CARTILAGINOSO
 Cartilagem Hialina

 É o tipo mais frequentemente encontrado no corpo humano e, por isso, o mais estudado. A

fresco, a cartilagem hialina é branco-azulada e translúcida. Forma o primeiro esqueleto do

embrião, que posteriormente é substituído por um esqueleto ósseo. Entre a diáfise e a epífise dos

ossos longos em crescimento observa-se o disco epifisário, de cartilagem hialina, que é

responsável pelo crescimento do osso em extensão

 No adulto, a cartilagem hialina é encontrada principalmente na parede das fossas nasais, traqueia

e brônquios, na extremidade ventral das costelas e recobrindo as superfícies articulares dos ossos

longos (articulações com grande mobilidade). 135


TECIDO CONJUNTIVO - CARTILAGINOSO
 Cartilagem Elástica

 A cartilagem elástica é encontrada no pavilhão auditivo, no conduto auditivo externo, na tuba

auditiva, na epiglote e na cartilagem cuneiforme da laringe. Basicamente, é semelhante à

cartilagem hialina, porém inclui, além das fibrilas de colágeno (principalmente do tipo II), uma

abundante rede de fibras elásticas, contínuas com as do pericôndrio. A elastina confere a esse tipo

de cartilagem uma cor amarelada, quando examinada a fresco. As fibras de elastina podem ser

demonstradas por seus corantes usuais, como a orceína.

 Como a cartilagem hialina, a elástica apresenta pericôndrio e cresce principalmente por aposição.

A cartilagem elástica é menos sujeita a processos degenerativos do que a hialina


136
TECIDO CONJUNTIVO - CARTILAGINOSO
 Cartilagem Fibrosa

 A cartilagem fibrosa ou fibrocartilagem é um tecido com características intermediárias

entre o conjuntivo denso e a cartilagem hialina. É encontrada nos discos intervertebrais,

nos pontos em que alguns tendões e ligamentos se inserem nos ossos, e na sínfise pubiana.

A fibrocartilagem está sempre associada a conjuntivo denso, sendo imprecisos os limites

entre os dois. Muito frequentemente, os condrócitos formam fileiras alongadas. A matriz da

fibrocartilagem é acidófila, por conter grande quantidade de fibras colágenas.

137
TECIDO CONJUNTIVO - CARTILAGINOSO
 Cartilagem Fibrosa

 A substância fundamental (ácido hialurônico, proteoglicanos e glicoproteínas) é escassa e

limitada à proximidade das lacunas que contêm os condrócitos, região em que forma

cápsulas basófilas, metacromáticas e PAS-positivas. Na cartilagem fibrosa, as numerosas

fibras colágenas (tipo I) constituem feixes que seguem uma orientação aparentemente

irregular entre os condrócitos ou um arranjo paralelo ao longo dos condrócitos em fileiras.

 Na fibrocartilagem não existe pericôndrio

138
TECIDO CONJUNTIVO - CARTILAGINOSO
 Histogénese

 No embrião, os esboços das cartilagens surgem no mesênquima. A primeira modificação

observada consiste no arredondamento das células mesenquimatosas, que retraem seus

prolongamentos e, multiplicando-se rapidamente, formam aglomerados. As células assim

formadas têm citoplasma muito basófilo e recebem o nome de condroblastos. Em seguida,

inicia-se a síntese da matriz, o que afasta os condroblastos uns dos outros. A diferenciação

das cartilagens ocorre do centro para a periferia, de modo que as células mais centrais já

apresentam as características de condrócitos, enquanto as mais periféricas ainda são

condroblastos típicos. O mesênquima superficial forma o pericôndrio 139


TECIDO CONJUNTIVO - ÓSSEO
 O tecido ósseo é o componente principal do esqueleto, serve de suporte para os tecidos moles e

protege órgãos vitais, como os contidos nas caixas craniana e torácica, bem como no canal

raquidiano. Aloja e protege a medula óssea, formadora das células do sangue, proporciona apoio

aos músculos esqueléticos, transformando suas contrações em movimentos úteis, e constitui um

sistema de alavancas que amplia as forças geradas na contração muscular

 Além dessas funções, os ossos funcionam como depósito de cálcio, fosfato e outros íons,

armazenando-os ou liberando-os de maneira controlada, para manter constante a concentração

desses importantes íons nos líquidos corporais. São capazes ainda de absorver toxinas e metais

pesados, minimizando assim seus efeitos adversos em outros tecidos. 140


TECIDO CONJUNTIVO - ÓSSEO
 É constituído por:

 Células

 Osteócitos - que se situam em cavidades ou lacunas no interior da matriz

 Osteoblastos - que sintetizam a parte orgânica da matriz e localizam-se na sua periferia

 Osteoclastos - células gigantes, móveis e multinucleadas que reabsorvem o tecido ósseo,

participando dos processos de remodelação dos ossos

 Matriz Extracelular
141
TECIDO CONJUNTIVO - ÓSSEO
 Como não existe difusão de substâncias através da matriz calcificada do osso, a nutrição dos

osteócitos depende de canalículos que existem na matriz. Esses canalículos possibilitam as

trocas de moléculas e íons entre os capilares sanguíneos e os osteócitos.

 Todos os ossos são revestidos em suas superfícies externas e internas por membranas

conjuntivas que contêm células osteogênicas, o periósteo e o endósteo, respectivamente

142
TECIDO CONJUNTIVO - ÓSSEO
 Osteócitos

 Os osteócitos são as células encontradas no interior da matriz óssea, ocupando as lacunas das

quais partem canalículos. Cada lacuna contém apenas um osteócito. Dentro dos canalículos os

prolongamentos dos osteócitos estabelecem contatos por meio de junções comunicantes, por

onde podem passar pequenas moléculas e íons de um osteócito para o outro

 são células achatadas, que exibem pequena quantidade de retículo endoplasmático granuloso,

complexo de Golgi pouco desenvolvido e núcleo com cromatina condensada. Embora essas

características ultraestruturais indiquem pequena atividade sintética, os osteócitos são essenciais

para a manutenção da matriz óssea. Sua morte é seguida por reabsorção da matriz 143
TECIDO CONJUNTIVO - ÓSSEO
 Osteoblastos

 Os osteoblastos são as células que sintetizam a parte orgânica (colágeno tipo I,

proteoglicanos e glicoproteínas) da matriz óssea. Sintetizam também osteonectina e

osteocalcina. Osteonectina facilita a deposição de cálcio e osteocalcina estimula a atividade

dos osteoblastos.

 são capazes de concentrar fosfato de cálcio, participando da mineralização da matriz.

Dispõem-se sempre nas superfícies ósseas, lado a lado, em um arranjo que lembra um

epitélio simples .
144
TECIDO CONJUNTIVO - ÓSSEO
 Osteoblastos

 Quando em intensa atividade sintética, são cuboides, com citoplasma muito basófilo. Em

contrapartida, em estado pouco ativo, tornam-se achatados e a basofilia citoplasmática

diminui. Uma vez aprisionado pela matriz recém-sintetizada, o osteoblasto passa a ser

chamado de osteócito. A matriz se deposita ao redor do corpo da célula e de seus

prolongamentos, formando assim as lacunas e os canalículos.

 A matriz óssea recém formada, adjacente aos osteoblastos ativos e que não está ainda

calcificada, recebe o nome de osteoide.


145
TECIDO CONJUNTIVO - ÓSSEO
 Osteoclastos

 Os osteoclastos são células móveis, gigantes, multinucleadas e extensamente ramificadas.

As ramificações são muito irregulares, com forma e espessura variáveis. Frequentemente,

nas áreas de reabsorção de tecido ósseo encontram-se porções dilatadas dos osteoclastos,

colocadas em depressões da matriz escavadas pela atividade dos osteoclastos e conhecidas

como lacunas de Howship. Os osteoclastos têm citoplasma granuloso, algumas vezes com

vacúolos, fracamente basófilo nos osteoclastos jovens e acidófilo nos maduros. Essas

células se originam de precursores mononucleados provenientes da medula óssea que, ao

contato com o tecido ósseo, unem-se para formar os osteoclastos multinucleados 146
TECIDO CONJUNTIVO - ÓSSEO
 Matriz óssea

 A parte inorgânica representa cerca de 50% do peso da matriz óssea. Os íons mais encontrados

são o fosfato e o cálcio. Há também bicarbonato, magnésio, potássio, sódio e citrato em pequenas

quantidades

 A parte orgânica da matriz é formada por fibras colágenas (95%) constituídas de colágeno do tipo

I e por pequena quantidade de proteoglicanos e glicoproteínas. As glicoproteínas do osso podem

ter alguma participação na mineralização da matriz. Outros tecidos ricos em colágeno tipo I, mas

que não contêm essas glicoproteínas, normalmente não se calcificam. Em virtude de sua riqueza

em fibras colágenas, a matriz óssea descalcificada cora-se pelos corantes seletivos do colágeno.
147
TECIDO CONJUNTIVO - ÓSSEO
 Histogénese

 O tecido ósseo é formado por um processo chamado de ossificação intramembranosa, que ocorre no

interior de uma membrana conjuntiva, ou pelo processo de ossificação endocondral, o qual se inicia sobre

um molde de cartilagem hialina, que gradualmente é destruído e substituído por tecido ósseo formado a

partir de células do conjuntivo adjacente. Tanto na ossificação intramembranosa

 como na endocondral, o primeiro tecido ósseo formado é do tipo primário, o qual é, pouco a pouco,

substituído por tecido secundário ou lamelar. Portanto, durante o crescimento dos ossos podem-se ver, lado

a lado, áreas de tecido primário, áreas de reabsorção e áreas de tecido secundário. Uma combinação de

formação e remoção de tecido ósseo persiste durante o crescimento do osso. Isso também ocorre no adulto,

embora em ritmo muito mais lento. 148


TECIDO CONJUNTIVO - HEMATOPOIÉTICO
 O tecido sanguíneo é considerado um tipo especial de tecido conjuntivo em que

células encontram-se separadas por grande quantidade de matriz extracelular

(plasma)., sendo composto de componentes de baixo e alto peso molecular.

 O processo de regular a produção continua de células do sangue é chamado de

hemocitopoese.

 O tecido hematopoiético atua na produção dos elementos figurados do sangue. Estão

envolvidos os processos de renovação, proliferação, diferenciação e maturação

células. 149
TECIDO CONJUNTIVO - HEMATOPOIÉTICO
 O sangue é um tipo especial de tecido conjuntivo sendo constituído de glóbulos

sanguíneos e plasma.

 Os glóbulos sanguíneos são as hemácias, plaquetas e vários tipos de leucócitos.

 A função principal do sangue é o transporte de oxigênio, nutrientes, remoção do

dióxido de carbono e remoção dos produtos de excreção dos tecidos. Também as

funções de defesa são intermediadas pelo sangue através dos leucócitos.

150
TECIDO CONJUNTIVO - HEMATOPOIÉTICO
 Plasma

 Componente líquido do sangue contendo componentes de baixo e alto peso molecular, que

correspondem a 10% do seu volume. Tem-se 7 % de proteínas plasmática, 0,9% de sais

inorgânicos e o restante de compostos orgânicos diversos , como aminoácidos, vitaminas,

hormônios e glicose. As principais proteínas são as albuminas, as alfa, beta, gamaglobulinas,

lipoproteínas, protrombina e fibrinogênio, sendo as duas ultimas participantes da coagulação

do sangue. A albumina tem grande importância, pois são fundamentais na manutenção da

pressão osmótica do sangue e as gamaglobulinas são anticorpos , sendo assim chamadas

também de imunoglobulinas 151


TECIDO CONJUNTIVO - HEMATOPOIÉTICO
 Eritróctos - Hemácias

 As hemácias são especificas ao sistema circulatório, transportam oxigênio e

dióxido de carbono, são anucleadas com formato bicôncavo e não possuem

organelas. São compostas por membrana plasmática, citoesqueleto, hemoglobina e

enzimas glicolíticas . Quando ficam velhas, as hemácias são removidas por

fagocitose ou destruídas por hemólise no baço. Os reticulocitos substituem as

hemácias na circulação, sendo esse processo necessário para completar a síntese da

hemoglobina e as sua maturação 152


TECIDO CONJUNTIVO - HEMATOPOIÉTICO
 Plaquetas

 Plaquetas são anucleadas, com forma de disco. No esfregaço sanguíneo as

plaquetas aparecem em grumos (aglutinação). Elas são frações pequenas do

citoplasma derivadas do megacari- ócitos, sendo estes células gigantes e

poliplóides da medula óssea.

 Plaquetas evitam a perda de sangue, pelo auxilio da coagulação do mesmo.

Também promovem a reparação da parede dos vasos sanguíneos


153
TECIDO CONJUNTIVO - HEMATOPOIÉTICO
 Leucócitos

 Leucócitos são incolores de forma esférica e tem função de proteger o organismo contra

infecções. São formados na medula óssea ou em tecidos linfóides e permanecem

temporariamente no sangue. São classificados como granulócitos ou agranuló- citos.

Granulocitos tem núcleo de forma irregular e possuem grânulos específicos e quanto os

agranulocitos tem o núcleo de forma mais regular e não contem granulações especificas.

Agranulocitos são divididos em dois tipos: monócitos e linfócitos. Quando sofrem um

estimulo, os leucócitos podem sair da corrente sanguinea ( diapedese ) e entrar no tecido

conjuntivo por um mecanismo de direcionamento , local onde muitos morrem por apoptose.
154
TECIDO CONJUNTIVO - HEMATOPOIÉTICO
 Leucócitos - Granulócitos

 Neutrófilos – é o tipo mais comum de leucócito e utilizam o metabolismo

anaeróbico para produzir energia. Em esfregaço sanguíneo, o núcleo é

heterocromático e muito segmentado, com lobulações distintas que se unem através

de filamentos de cromatina e nucleoplasma. O citoplasma possui vários grâ- nulos

intercalados com polissomos, complexo golgiense, glicogênio e às vezes

mitocôndrias. Seus grânulos são lisossomos e consistem de grânulos específicos e

azurofílos. 155
TECIDO CONJUNTIVO - HEMATOPOIÉTICO
 Leucócitos - Granulócitos

 Eosinófilo - Segundo leucócito mais observado circulando no sangue periférico. O

eosinófilo é uma célula que está intimamente envolvido no combate de infecções

parasitárias, processos inflamatórios e alérgicos.Produz energia através da

respiração anaeróbica. Seu núcleo é polimórfico, bilobulado, sendo menos

heterocromático e segmentado que do neutrófilo. Os grânulos são lisossomos e

incidem de dois tipos: grânulos específicos e azurófilos.

156
TECIDO CONJUNTIVO - HEMATOPOIÉTICO
 Leucócitos - Granulócitos

 Basófilos - Possuem núcleo irregular e volumoso, com forma retorcida. O

citoplasma contem muitos grânulos, sendo esses maiores do que dos outros

granulócitos. Na membrana plasmática dos basófilos são encontrados receptores

para imunoglobulina E. Basófilos constituem uma pequena parte dos leucócitos,

sendo o seu aumento chamado de basofilia. Eles secretam citocinas e leucotrienos,

sendo estes mediadores químicos.

157
TECIDO CONJUNTIVO - HEMATOPOIÉTICO
 Leucócitos - Agranulócitos

 Linfócitos – tem núcleo redondo, citoplasma basófilo corando-se de azul-claro. Os

linfócitos podem ser divididos em 2 tipos principais : linfó- citos T, produzidos na

medula óssea e maturados no timo e linfócitos B , produzidos e amadurecidos na

medula óssea. Essas células identificam moléculas estranhas contidas em diferentes

agente infecciosos, agindo e combatendo-as por resposta humoral e citotóxica.

Sendo assim, os linfócitos tem a fun- ção de defender imunologicamente do

organismo. 158
TECIDO CONJUNTIVO - HEMATOPOIÉTICO
 Leucócitos - Agranulócitos

 Monócitos – possuem núcleo oval, ou chamado também de forma de rim ou

ferradura. Seu citoplasma contem grânulos pequenos e azurófilos. Os monócitos

circulam no sangue por algumas horas ou dias e em seguida vão para o tecido

conjuntivo, onde se diferenciam em macrófagos. Já nos ossos, eles se diferenciam

em osteoclastos.

159
TECIDO CONJUNTIVO - HEMATOPOIÉTICO
 Hemocitopoiese

 O processo de regular a produção continua de células do sangue é chamado de

hemocitopoese. Estão envolvidos os processos de renovação, proliferação,

diferenciação e maturação células

 Inicialmente todas as células são originarias da medula óssea, sendo a medula e o

timo órgãos primários onde o desenvolvimento linfoide ocorre. Já o baço,

linfonodos e agregados linfóides são órgãos linfóides secundários


160
TECIDO CONJUNTIVO - HEMATOPOIÉTICO
 Hemocitopoiese – células troncos

 As células- tronco são encontrada na medula óssea e tem o pode se diferenciar em

qualquer tipo de elemento figurado do sangue. Essa célula possui núcleo

indiferenciado com cromatina densa e citoplasma basófilo. Células-tronco são

diferenciadas por características como; Capacidade de auto

renovação ;Capacidade de gerar grande variedade de tipos celulares

•Capacidade de reconstituir o sistema hemocitopoético

161
TECIDO CONJUNTIVO - HEMATOPOIÉTICO
 Hemocitopoiese – células troncos

 As células sanguíneas originam-se de um único tipo celular da medula óssea, sendo

assim, chamadas de células-tronco pluripotentes. Quando essas células se

multiplicam, elas dão origem às células linfóides que formam linfócitos e também

as células mielóides que formam eritrócitos, granulocitos, monócitos e plaquetas.

162
163
TECIDO NERVOSO
 O tecido nervoso é distribuído pelo organismo, interligando-se e formando uma rede

de comunicações, que constitui o sistema nervoso. Anatomicamente, este sistema é

dividido em:

(1) Sistema nervoso central (SNC), formado pelo encéfalo e medula espinal;

(2) Sistema nervoso periférico (SNP), formado pelos nervos e por pequenos

agregados de células nervosas denominados gânglios nervosos.

164
TECIDO NERVOSO
 No SNC há uma segregação entre os corpos celulares dos neurônios e os seus

prolongamentos. Isso faz com que sejam reconhecidas no encéfalo e na medula espinal duas

porções distintas, denominadas substância branca e substância cinzenta

 O tecido nervoso é formado por neurônios e células de sustentação, conhecidas como

neuroglia.

 A célula estrutural e funcional do tecido nervoso é o neurónio. É uma célula muito

especializada cujas propriedades de excitabilidade e condução são as bases das funções do

sistema nervoso 165


TECIDO NERVOSO
 Neurónios

 São responsáveis pela recepção, transmissão e processamento de estímulos. Além

disso, influenciam diversas atividades do organismo e liberam neurotransmissores e

outras moléculas informacionais

 Os neurônios são formados pelo corpo celular ou pericário, que contém o núcleo e

do qual partem prolongamentos. Em geral, o volume total dos prolongamentos de

um neurônio é maior do que o volume do corpo celular


166
TECIDO NERVOSO
 Neurónios

 Os neurônios apresentam morfologia complexa, porém quase todos apresentam três componentes:

 Dendritos – prolongamentos numerosos, especializados na função de receber os estímulos do

meio ambiente, de células epiteliais sensoriais ou de outros neurônios

 Corpo celular ou pericário – que é o centro trófico da célula e também capaz de receber

estímulos

 Axônio – prolongamento único, especializado na condução de impulsos que transmitem

informações do neurônio para outras células (nervosas, musculares, glandulares)


167
TECIDO NERVOSO
 Neurónios

 Dendritos

 A maioria das células nervosas tem numerosos dendritos, que aumentam consideravelmente a

superfície celular, tornando possível receber e integrar impulsos trazidos por numerosos terminais

axônicos de outros neurônios

 Os neurônios que têm um só dendrito (neurônios bipolares) são pouco frequentes e localizam-se

somente em algumas regiões específicas. Ao contrário dos axônios (fibras nervosas), que mantêm o

diâmetro constante ao longo de seu comprimento, os dendritos tornam-se mais finos à medida que

se ramificam, como os galhos de uma árvore 168


TECIDO NERVOSO
 Neurónios

 Axónio

 Cada neurônio contém apenas um único axônio, que é um cilindro de comprimento e

diâmetro variáveis conforme o tipo de neurônio. Alguns axônios são curtos, mas, na

maioria dos casos, o axônio é mais longo do que os dendritos da mesma célula.

Geralmente, o axônio se origina de uma estrutura piramidal do corpo celular, denominada

cone de implantação .

 Sua função é a condução de impulsos do corpo neuronal a outras células (eferentes)169


TECIDO NERVOSO
 Neurónios

 Corpo Celular

 É a parte do neurônio que contém o núcleo e o citoplasma envolvente do núcleo.

É, principalmente, um centro trófico, mas também tem função receptora e

integradora de estímulos, recebendo estímulos excitatórios ou inibitórios gerados

em outras células nervosas.

170
TECIDO NERVOSO
 Neurónios

 A grande maioria dos neurônios é multipolar. Neurônios bipolares são encontrados nos

gânglios coclear e vestibular, na retina e na mucosa olfatória. Neurônios pseudounipolares

são encontrados nos gânglios espinais, que são gânglios sensoriais situados nas raízes

dorsais dos nervos espinais, e também nos gânglios cranianos

 Durante a evolução dos mamíferos ocorreu grande aumento no número e na complexidade

dos interneurônios. As funções mais complexas e de mais alto nível do sistema nervoso

dependem das interações dos prolongamentos de muitos neurônios


171
TECIDO NERVOSO
 Neurónios

 Os neurônios podem ainda ser classificados segundo sua função:

 Os neurônios motores – controlam órgãos efetores, tais como glândulas exócrinas e

endócrinas e fibras musculares

 Os neurônios sensoriais – recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do próprio

organismo

 Os interneurônios – estabelecem conexões entre outros neurônios, formando circuitos

complexos 172
TECIDO NERVOSO
 Neuroglia

 No tecido nervoso há, além das células neuronais, as células neuróglicas (células da glia

ou neuroglia). Esse tipo celular cumpre a função de sustentar, proteger, isolar e nutrir os

neurônios. As células da glia são responsáveis pela sustentação do sistema nervoso e pela

formação dos circuitos neuroniais. Durante o período embrionário, estas células

participam da orientação do crescimento de dendritos e axônios. A neuróglia exerce

também papel isolante, que permite formação de circuitos neuroniais independentes que

impedem a propagação desordenada dos impulsos nervosos


173
TECIDO NERVOSO
 Nervos

 são basicamente constituídos por neurônios, que se acham rodeados por tecidos

conectivos. No sistema nervoso periférico, estas bainhas envoltórias são foriginadas de

células chamadas células de Schwann, já no sistema nervoso central estas são formadas

por células denominadas oligodendrócitos. Estes envoltórios constituem a bainha de

mielina, invólucro principalmente lipídico que atua como isolante e facilita a transmissão

do impulso nervoso. Estas fibras nervosas são então denominadas fibras mielínicas, e as

fibras que não possuem este envoltório, são denominadas amielínicas.


174
TECIDO NERVOSO
 Nervos

 A bainha de mielina contém interrupções chamadas "nós" de "Ranvier", e através

destas regiões, o estímulo nervoso é conduzido até a porção terminaç do axônio. Ao

saltar de "nó" em "nó", a condução do impulso (condução saltatória) torna-se muito

mais rápida do que se tivesse de ser efetuada ao longo de todo o comprimento da

fibra nervosa.Os axônios conduzem impulsos nervosos do sistema nervoso central

para a periferia e vice e versa.


175
TECIDO NERVOSO
 Cominicações Sinapses

 A sinapse é responsável pela transmissão unidirecional dos impulsos nervosos. As

sinapses são locais de contato entre os neurônios ou entre neurônios e outras células

efetoras, por exemplo, células musculares e glandulares

 A função da sinapse é transformar um sinal elétrico (impulso nervoso) do neurônio

pré-sináptico em um sinal químico que atua na célula pós-sináptica

176
TECIDO NERVOSO
 Cominicações Sinapses

 A maioria das sinapses transmite informações por meio da liberação de

neurotransmissores. Neurotransmissores são substâncias que, quando se combinam

com proteínas receptoras, abrem ou fecham canais iônicos ou então desencadeiam

uma cascata molecular na célula pós-sináptica que produz segundos mensageiros

intracelulares, Neuromoduladores são mensageiros químicos que não agem

diretamente sobre as sinapses, porém modificam a sensibilidade neuronal aos

estímulos sinápticos excitatórios ou inibitórios. 177


TECIDO NERVOSO
 Cominicações Sinapses

 Alguns neuromoduladores são neuropeptídios ou esteroides produzidos no tecido nervoso, outros

são esteroides circulantes no sangue. A sinapse se constitui por um terminal axônico (terminal

pré-sináptico) que leva o sinal, uma região na superfície da outra célula, em que se gera um novo

sinal (terminal pós-sináptico), e um espaço muito delgado entre os dois terminais, a fenda pós-

sináptica. A sinapse de um axônio com o corpo celular chama-se axossomática, a sinapse com

um dendrito chama-se axodendrítica e entre dois axônios chama-se axoaxônica. O terminal pré-

sináptico contém vesículas sinápticas com neurotransmissores e também muitas mitocôndrias

178
TECIDO NERVOSO
 Cominicações Sinapses

 Existe:

 Sinapse Química - a transmissão do impulso é mediada pela liberação de determinadas

substâncias

 Sinapse Eléctrica - as células nervosas unem-se por junções comunicantes que possibilitam

a passagem de íons de uma célula para a outra, promovendo, assim, uma conexão elétrica e

a transmissão de impulsos. As sinapses elétricas são raras nos mamíferos, sendo mais

encontradas nos vertebrados inferiores e nos invertebrados


179
TECIDO MUSCULAR
 O tecido muscular é constituído por células alongadas, que contêm grande quantidade

de filamentos citoplasmáticos de proteínas contráteis, as quais, por sua vez, geram as

forças necessárias para a contração desse tecido, utilizando a energia contida nas

moléculas de ATP

 As células musculares têm origem mesodérmica, e sua diferenciação ocorre pela

síntese de proteínas filamentosas, concomitantemente ao alongamento das células

180
TECIDO MUSCULAR
 De acordo com suas características morfológicas e funcionais, distinguem-se:

 O músculo estriado esquelético – É formado por feixes de células cilíndricas muito longas e

multinucleadas, que apresentam estriações transversais. Essas células, ou fibras, têm contração rápida e

vigorosa e estão sujeitas ao controle voluntário.

 O músculo estriado cardíaco – cujas células também apresentam estrias transversais, é formado por células

alongadas e ramificadas, que se unem por meio dos discos intercalares, estruturas encontradas

exclusivamente no músculo cardíaco. A contração das células musculares cardíacas é involuntária, vigorosa e

rítmica.

 O músculo liso – é formado por aglomerados de células fusiformes que não têm estrias transversais. No

músculo liso, o processo de contração é lento e não está sujeito ao controle voluntário 181
TECIDO MUSCULAR
 as células musculares denominam – se fibras musculares. No citoplasma da fibra

muscular há muitas miofibrilas contráteis, constituídas por filamentos compostos por

dois tipos principais de proteínas – a actina e a miosina

 Determinados componentes das células musculares receberam nomes especiais. A

membrana celular é chamada de sarcolema; o citosol , de sarcoplasma, e o retículo

endoplasmático liso, de retículo sarcoplasmático

182
TECIDO MUSCULAR
 Músculo Esquelético

 A fibra muscular do músculo esquelético é uma célula cilíndrica, multinucleada (vários núcleos), seu

sarcoplasma contém muitas mitocôndrias, grânulos de glicogênio e uma proteína ligadora de oxigênio

chamada mioglobina. Cada fibra muscular é formada por miofibrilas (unidades contráteis do músculo),

e cada miofibrila é composta por quatro proteínas principais distribuídas em filamentos: miosina, actina,

tropomiosina e troponina. Os filamentos grossos são formados por miosina, e as outras três proteínas

formam o filamento fino. Estes filamentos estão dispostos paralelamente, originando um padrão bem

definido de estrias (faixas) transversais alternadas, claras e escuras. Essa estrutura existe somente nas

fibras que constituem os músculos esqueléticos, os quais são, por isso chamado, músculos estriados
183
TECIDO MUSCULAR
 Músculo Estriado Esquelético

 O sarcolema (membrana celular) penetra através de invaginações no interior das fibras musculares

esqueléticas por meio de numerosos túbulos transversos, chamados túbulos T. Os túbulos T

atravessam transversalmente a fibra, ramificando-se e anastomosando-se. Associados a este sistema

de túbulos T, está o retículo sarcoplasmático, o qual é mantido em íntimo contato com os túbulos T.

Esta estrutura armazena o cálcio intracelular, e forma uma rede em torno de cada miofibrila, se

dispondo sob a forma de cisternas terminais dilatadas. Assim, duas dessas cisternas estão sempre

em continuidade a um túbulo T, formando uma tríade, no qual o túbulo T é interligado à duas

cisternas laterais. 184


TECIDO MUSCULAR
 Músculo Estriado Cardíaco

 O tecido muscular cardíaco forma o músculo do coração (miocárdio). Apesar de apresentar estrias

transversais, suas fibras contraem-se independentemente da nossa vontade, de forma rápida e rítmica,

características estas, intermediárias entre os dois outros tipos de tecido muscular. Uma característica

exclusiva do músculo cardíaco é a presença de discos intercalares, linhas transversais escuras que

unem as células musculares umas as outras impedindo que elas se separem durante a contração.

Outra função dos discos intercalares é possibilidade de continuidade iônica entres as células

musculares, permitindo assim, que as células musculares se comportem, como se fosse um sincício

(uma massa celular única, sem divisões), pois o sinal para a contração passa de uma célula à outra
185
TECIDO MUSCULAR
 Músculo Liso

 É encontrado nas paredes de vísceras ocas, paredes dos vasos sanguíneos, grandes ductos

de glândulas salivares compostas, vias aéreas e em pequenos feixes na derme. São

responsáveis, por exemplo, pelas contrações que empurram os alimentos através do tubo

digestivo (peristaltismo), que diminuem o calibre das artérias, que determinam os

movimentos do útero durante o parto e que alteram o diâmetro dos bronquíolos. A

contração dos músculos lisos é geralmente involuntária, ao contrário da contração dos

músculos esqueléticos
186
TECIDO MUSCULAR
 Músculo Liso

 As fibras musculares lisas são capazes de contração espontânea que pode ser

modulada pela inervação autônoma (não temos controle ou consciência sobre esta

inervação). Ambas as terminações nervosas, simpáticas e parassimpáticas, estão

presentes neste tipo de contração e exercem efeitos antagônicos, contribuindo para

o equilíbrio orgânico.

187
CÉLULAS-TRONCO
 São células encontradas em embriões, no cordão umbilical e em tecidos adultos, como

o sangue, a medula óssea e o trato intestinal, por exemplo. Ao contrário das demais

células do organismo, as células-tronco possuem grande capacidade de transformação

celular, e por isso podem dar origem a diferentes tecidos no organismo. Além disso, as

células-tronco têm a capacidade de auto-replicação, ou seja, de gerar cópias idênticas

de si mesmas. As células-tronco podem ser utilizadas para substituir células que o

organismo deixa de produzir por alguma deficiência, ou em tecidos lesionados ou

doentes 188
CÉLULAS-TRONCO
 As pesquisas com células-tronco sustentam a esperança humana de encontrar

tratamento, e talvez até mesmo cura, para doenças que até pouco tempo eram

consideradas incontornáveis, como diabetes, esclerose, infarto, distrofia muscular,

Alzheimer e Parkinson. O princípio é o mesmo, por exemplo, do transplante de

medula óssea em pacientes com leucemia, método comprovadamente eficiente. As

células tronco da medula óssea do doador dão origem a novas células sangüíneas

sadias

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Alves, M.S.D. Cruz, ULB. Embriologia. 5 Ed. Belo Horizonte: Imprensa Universitaria de UFMG. 1996

 Junqueira. L.C; Carneiro. J. histologia básica. Ed. Guanabara Koogan 12º edição. Rio de Janeiro. 2013.

 Moore K. L. Persaud, T.V.N. Embriologia Básica. 7 Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2000

 Samuelson. D. A. Tratado de Histologia Veterinária. ed. saunders elsevier. Rio de Janeiro. 2007

 Vieira F.G. Cangussa S. D. Embriologia Humana Básica. Belo Horizonte: Imprensa Universitaria de

UFMG. 1999

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