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TECIDO CARTILAGINOSO

Prof. M.Sc. Alan Lopes


2019
INTRODUÇÃO
 Forma especializada de Tecido conjuntivo de
consistência rígida;
 Suporta tecidos moles;
 Reveste superfícies articulares – Absorve choques
e facilita o deslizamento dos ossos na articulação;
 É essencial para a formação de ossos longos na
vida intrauterina e depois do nascimento;
 Formado por Condrócitos + Matriz;
 Os Condrócitos estão em cavidades chamadas
Lacunas.
 As funções do T. Cartilagionoso dependem da
estrutura da Matriz, que é constituída de Colágeno
ou Colágeno+Elastina, associadas a Proteoglicanos,
Ácido Hialurônico e Glicoproteínas;
 A firmeza da cartilagem se deve à ligações
eletrostáticas entre os Glicosaminoglicanos
sulfatados + Colágeno, e à água de Solvatação
(Confere turgidez à matriz: Amortecimento – Mola
biomecânica);
 O tecido Cartilaginoso não contém vasos
sanguíneos, sendo nutrido pelos capilares do
conjuntivo envolvente (Pericôndrio);
Grupos Isogênicos
Condroblastos

Pericôndrio

Condrócitos

MATRIZ

Pericôndrio
 As cartilagens que revestem a superfície dos ossos
nas articulações móveis não tem pericôndrio:
recebem nutrientes do líquido sinovial;
 Em alguns casos, vasos atravessam a cartilagem,
mas nutrem outros tecidos além;
 O tecido Cartilaginoso também não possui vasos
linfáticos nem nervos.
 As cartilagens se diferenciam em 3 tipos: Hialina,
que é a mais comum, com matriz de delicadas
fibrilas de colágeno II. Elástica, com pouco
colágeno tipo II e abundantes fibras elásticas, e a
Fibrosa, com matriz de fibras colágenas tipo I.
CARTILAGEM HIALINA
 Tipo mais frequente encontrado no corpo humano.
A fresco, é branco-azulada e translúcida;
 Forma o primeiro esqueleto do embrião, sendo
substituído por tecido ósseo;
 Entre a diáfise e a epífise óssea forma o disco
epifisário, onde ocorre o crescimento ósseo
(Metáfise);
 No adulto, a cartilagem hialina é encontrada na
parede das fossas nasais, traqueia e brônquios, na
extremidade ventral das costelas e recobrindo as
superfícies articulares de ossos longos.
MATRIZ – A cartilagem hialina é formada em 40% de
seu peso seco de fibrilas de colágeno tipo II,
associado a Ácido Hialurônico, Proteoglicanos
hidratados e glicoproteínas. Possui ainda
Condronectina, uma glicoproteína estrutural com
sítios de ligação para os Condrócitos, participando
do arcabouço macromolecular.
PERICÔNDRIO – Todas as cartilagens hialinas (exceto
articulares) são envolvidas por pericôndrio. Ele é
fonte de novos Condrócitos, e responsável pela
oxigenação, nutrição e eliminação de resíduos
metabólicos, pois possui vasos sanguíneos e
linfáticos.
 CONDRÓCITOS – Na periferia da cartilagem hialina,
os condrócitos apresentam forma alongada. Mais
profundamente são arredondados, e aparecem em
grupos de até 8 células: os grupos Isógenos. Os
condrócitos segregam colágeno, principalmente
do tipo II. A falta de capilares provoca a baixa
oxigenação dos condrócitos, e limita a espessura
da cartilagem.

Grupos Isogênicos
 HISTOGÊNESE – No embrião, os esboços das
cartilagens surgem no mesênquima. As células
retraem seus prolongamentos e se arredondam
(condroblastos), se multiplicando em aglomerados.
A síntese de matriz afasta as células, e a
multiplicação mitótica forma os grupos isógenos.
 CRESCIMENTO – O crescimento da cartilagem
deve-se a dois processos: o crescimento
intersticial, por divisão mitótica dos condrócitos
preexistentes, e o crescimento aposicional, a partir
de células do pericôndrio.
 Em ambos, os novos condrócitos produzem novas
fibrilas, ampliando o crescimento.
 O crescimento intersticial só existe no começo da
vida da cartilagem. Esta, ao se tornar rígida, só
cresce por deposição de material em novas
camadas, por meio do pericôndrio.
HISTOLOGIA APLICADA
 ALTERAÇÕES DEGENERATIVAS – Relativamente
frequentes. As mais comuns são as calcificações,
ligadas à deposição de Fosfato de Cálcio
(Hidroxiapatita), com aumento de volume e morte
das células.
 REGENERAÇÃO – Ocorre com dificuldade, e
frequentemente de forma incompleta em adultos.
Células do pericôndrio invadem a lesão, e dão
origem a tecido cartilaginoso, que repara a lesão.
Quando a área é extensa, ou as vezes mesmo
pequena, ocorre a formação de tecido cicatricial
conjuntivo denso.
CARTILAGEM ELÁSTICA
 Semelhante à cartilagem hialina, incluindo, além
das fibrilas de colágeno, uma abundante rede de
fibras elásticas, contínuas com as do pericôndrio.
 A elastina confere cor amarelada a este tecido,
quando examinado a fresco.
 É encontrada no pavilhão auditivo, no conduto
auditivo externo, na tuba auditiva, na epiglote e na
cartilagem cuneiforme da laringe.
 Cresce principalmente por aposição, e é menos
sujeita a processos degenerativos.
CARTILAGEM FIBROSA
 Tecido com características intermediárias entre o
conjuntivo denso (ao qual está sempre associada)
e a cartilagem hialina;
 É encontrada nos discos intervertebrais, na sínfise
púbica e nos pontos de inserção de tendões e
ligamentos nos ossos;
 A substância fundamental é escassa, limitada à
proximidade das lacunas. Os condrócitos formam
fileiras alongadas;
 As fibras colágenas tipo I constituem feixes
irregulares, e não há pericôndrio.
Condrócitos em fileiras
DISCOS INTERVERTEBRAIS
 Localizados entre os corpos das vértebras, possui
função de coxins de amortecimento;
 Formados pelo anel fibroso e núcleo pulposo;
 O anel fibroso possui a periferia de tecido
conjuntivo denso, e o resto de fibrocartilagem em
camadas concêntricas;
 O núcleo pulposo é formado por células
arredondadas, dispersas numa matriz viscosa rica
em Ácido Hialurônico e colágeno tipo II. Com a
idade, este vai sendo substituído por
fibrocartilagem.
OBRIGADO!

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