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HISTOLOGIA
2ª etapa
Luiza Ramos
Medicina FAMINAS-BH
Luiza Ramos 1
TECIDO CONJUNTIVO
Constituição
Células
Fibroblastos
• São células ativas, portanto, possuem mais eucromatina.
• Sintetizam colágeno, elastina, glicoaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas
que compõem a matriz extracelular. Portanto, são células ricas em retículo
endoplasmático rugoso e complexo de Golgi.
• Produzem fatores de crescimento que controlam a diferenciação e a proliferação
celular.
• Modulam sua própria capacidade metabólica, impactando em sua morfologia.
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Macrófagos
• Realizam fagocitose
• Células precursoras da medula óssea formam os monócitos, que circulam livremente
no sangue. Quando essas células migram para os tecidos, elas amadurecem e
passam a ser chamadas de macrófagos.
• Em condições patológicas, podem se fundir e formar células gigantes ou virarem
células epitelioides.
Mastócitos
• Grandes células globosas com citoplasma repleto de grânulos que se coram
intensamente.
• Presentes principalmente na pele e no sistema respiratório.
• O núcleo é pequeno e fica encoberto pelos grânulos, por isso é dificilmente
visualizado.
• Importantes em inflamações, reações alérgicas e expulsão de parasitas (imunidade
inata).
Plasmócitos
• Células grandes e ovoides, com citoplasma basófilo (rico em RER)
• Derivados dos linfócitos B
• Responsáveis pela produção de anticorpos
• Abundantes nos locais sujeitos a penetração de bactérias e proteínas estranhas
Leucócitos
• Células especializadas na defesa contra corpos estranhos
• Os principais tipos são: linfócitos, neutrófilos, basófilos e monócitos
• São constituintes normais do tecido conjuntivo
• Migram do sangue para o tecido conjuntivo seguindo tais processos:
- marginação;
- rolamento;
- adesão;
- quimiotaxia.
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• Esse processo de migração aumenta durante invasões de microorganismos e geram
inflamação.
Matriz extracelular
• Funções:
- Auxílio na migração celular
- Suporte a pressões, devido ao acúmulo de líquido
- Distribuição de nutrientes
- Proteção contra microrganismos, devido à viscosidade
- Lubrificante
- Interação celular, em razão da sua característica adesiva
Fibras proteicas
• Colágeno: existem diversos tipos, portanto, exercem funções variadas.
- Colágeno tipo I: É o colágeno propriamente dito. Oferece resistência á tensão.
Presente nos ossos, cápsulas de órgãos, tendões, derme, etc.
- Colágeno tipo II: Está associado a cartilagens, pois tem capacidade de resistência à
tensão.
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• Fibras reticulares: formadas predominantemente por colágeno tipo III
- Se coram pela técnica de impregnação com prata (fibras argirófilas)
- Formam redes que constituem estroma (elemento de sustentação) dos tecidos
• Sistema elástico: a formação das fibras elásticas acontece de acordo com o seguinte
processo:
1) Fibras oxitalânicas: conectam o sistema elástico à lâmina basal.
2) Fibras eualínicas: deposição irregular de elastina (produzida pelos fibroblastos e
células do músculo liso dos vasos sanguíneos) nas fibras oxitalânicas.
3) Fibras elásticas: a elastina vai se depositando até se organizar formando uma
“mola”. Alta capacidade de distensão.
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Tipos de tecido conjuntivo
TECIDO ADIPOSO
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Tecido adiposo multilocular
TECIDO CARTILAGINOSO
Cartilagem hialina
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Matriz extracelular
• Predomínio de colágeno tipo II
• Presença de uma grande quantidade de água de solvatação, que forma uma mola
biomecânica responsável pela absorção de impacto nas cartilagens articulares
• Presença de condronectina, proteína responsável pela associação da matriz com os
condrócitos.
Pericôndrio
• Camada de tecido conjuntivo denso localizado na periferia das cartilagens
• Nele se localizam os condroblastos, células precursoras de novos condrócitos
• Responsável pela nutrição e oxigenação da cartilagem hialina, pois permite a
passagem de vasos sanguíneos e nervos.
• Não está presente nas cartilagens articulares – nelas, a nutrição acontece por meio
do líquido sinovial.
Células
• Células condrogênicas: Originadas de células mesenquimais. Podem se diferenciar
em condroblastos ou células osteoprogenitoras.
• Condroblastos: São encontrados no pericôndrio e têm a função de sintetizar a matriz
extracelular.
• Condrócitos: Estão em lacunas, circundados pela matriz. Podem se organizar em
grupos isógenos, quando conjuntos de até 8 células ocupam a mesma lacuna.
Crescimento
• Crescimento insterticial: A cartilagem cresce por meio da divisão mitótica dos
condrócitos já existentes. Esse tipo de crescimento torna-se inviável na medida com
que a matriz se torna mais rígida, portanto, acontece predominantemente na fase
inicial de formação da cartilagem ou quando ela não possui pericôndrio.
• Crescimento aposicional: Também chamado de crescimento por acréscimo à
periferia. Células mesenquimais se diferenciam em condrogênicas, localizadas
profundamente no pericôndrio. Essas, por sua vez, dão origem aos condroblastos
que, sintetizam a matriz extracelular até serem completamente envolvidos por ela,
quando passam a ser chamados de condrócitos.
Regeneração
• A regeneração da cartilagem hialina é feita com dificuldade pelo pericôndrio.
• No caso de pequenas lesões, as células do pericôndrio são capazes de originar um
novo tecido cartilaginoso. Entretanto, em lesões maiores, as células do pericôndrio
dão origem a um tecido conjuntivo denso.
Cartilagem elástica
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• Possui maior capacidade de regeneração devido à sua maleabilidade
Cartilagem fibrosa
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TECIDO ÓSSEO
• O tecido ósseo tem a função de oferecer suporte para as partes moles, proteger
órgãos, etc.
• Sua matriz extracelular é calcificada
• A nutrição desse tecido acontece por meio dos canalículos da matriz, que permitem
a troca de moléculas e íons entre os capilares e os osteócitos.
• Além do revestimento conjuntivo externo (periósteo), apresenta também o
endósteo, um revestimento interno.
Células
Osteoblastos
• Sintetizam a parte orgânica da matriz extracelular (colágeno tipo I, proteoglicanos,
glicoproteínas).
• Realizam a mineralização da matriz inorgânica, a partir do fosfato de cálcio.
• A matriz recém-formada que envolve o osteoblasto ainda ativo recebe o nome de
osteóide.
• Uma vez inativos e circundados por matriz, passam a ser chamados de osteócitos.
Osteócitos
• São células inativas que se localizam no interior da matriz, nas lacunas
• São responsáveis pela manutenção da matriz extracelular, mas não a sintetizam
• Entre as lacunas existem espaços chamados canalículos, onde os osteócitos emitem
prolongamentos citoplasmáticos com junções GAP para se comunicarem.
Osteoclastos
• Células grandes responsáveis pela reabsorção da matriz óssea
• Secretam enzimas lisossomais na zona clara, uma região do citoplasma onde há
menor quantidade de organelas e riqueza de filamentos de actina. Nesse local,
ocorre a reabsorção.
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Matriz extracelular
• A matriz óssea é composta por uma parte orgânica e outra inorgânica. A primeira, é
formada predominantemente por colágeno do tipo I. Já a parte inorgânica, é
composta por hidroxiapatita (cálcio e fósforo).
• A associação dos componentes da matriz é responsável por dar dureza e resistência
ao osso.
Periósteo e endósteo
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• O sistema de Harvers é formado por lamelas concêntricas e pode conter vasos e
nervos em seu centro. É característico da diáfise dos ossos longos.
• Os canais de Volkmann comunicam o sistema de Harvers com o canal medular e a
superfície externa do osso. Se dispõem transversalmente.
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Ossificação intramembranosa
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Ossificação endocondral
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TECIDO NERVOSO
Neurônio
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Potencial de membrana
1) Potencial de repouso
O potencial de repouso da membrana é negativo devido, dentre outros fatores, à
ação das bombas Na+/K+ ATPase, que bombeia sódio para o meio extracelular e potássio
para o meio intracelular. Assim, quando em repouso, o neurônio encontra-se polarizado
(potencial negativo), e o meio extracelular assume um potencial positivo.
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Período refratário
Período refratário é aquele em que o neurônio não é capaz de gerar um potencial de
ação a partir de um estimulo, pois ele ainda não se repolarizou completamente.
Inicialmente, tem-se o período refratário absoluto, quando nenhum estímulo é capaz
de gerar uma resposta. Isso porque, enquanto a membrana ainda estiver despolarizada
pelo potencial de ação precedente, um novo potencial não poderá ocorrer. Em seguida,
há o período refratário relativo, quando a célula inicia a repolarização. Assim, um
segundo potencial de ação pode ser gerado, mas para isso é necessário um estímulo
maior do que o normal.
Comunicação sináptica
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Transmissão de sinapses químicas inibitórias
Nas sinapses inibitórias, o processo ocorre de forma semelhante às excitatórias,
Entretanto, a interação dos neurotransmissores com os receptores da membrana pós-
sináptica provocam a abertura de canais de Cl- (influxo) ou de K+ (efluxo). Assim, a
entrada de cloro ou a saída de potássio da célula provocam hiperpolarização,
impedindo a propagação do potencial de ação.
Células da Glia
Além dos neurônios, o tecido nervoso também e composto por células da glia, que
fornecem sustentação física e metabólica aos neurônios. Dentre elas, têm-se os
astrócitos, oligodendrócitos, micróglia e células ependimárias localizadas no sistema
nervoso central; e as células de Schwann, no sistema nervoso periférico.
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Oligodendrócitos: Produzem a bainha de mielina no SNC. Os prolongamentos de uma
célula conseguem envolver vários axônios.
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TECIDO MUSCULAR
Músculo liso
• Ação involuntária
• Contração lenta
• Ausência de estrias
• Presente nos vasos sanguíneos, vísceras, derme, etc.
Músculo esquelético
Organização do músculo
As fibras do músculo esquelético são envolvidas por camadas de tecido conjuntivo, que
permitem a contração atue sobre todo o músculo, além de ser um meio de passagem
de vasos e nervos.
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Organização das fibras – sarcômero
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No final da contração, a enzima acetilcolinesterase retira a Acetil-Colina da fenda
sináptica. Assim, há o fechamento dos canais de sódio e a abertura de canais de
potássio, provocando a repolarização e, dessa forma, o relaxamento.
Com a liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático no citoplasma, esse íon irá se ligar
ao complexo troponina-tropomiosina, gerando uma mudança conformacional nessas
proteínas. Assim, o sítio de ligação da miosina na actina é liberado, permitindo a ligação
da cabeça da miosina na actina. Com isso, o ATP presente na cabeça da miosina é
quebrado em ADP e fosfato. A cabeça da miosina, então, se movimenta empurrando a
actina, gerando a contração.
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Músculo liso
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