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Anatomia – Prof.

ª Thaisa Crespo | Bianca Meireles – turma 77

Aberração: alteração tão significativa que é


INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE ANATOMIA
incompatível com a vida
Também chamada de morfologia, a anatomia é o
estudo das formas e estruturas das coisas que TIPOS DE ANATOMIA:
compõem o corpo humano. Esse estudo está Anatomia funcional: explicação da estrutura de
intimamente ligado à fisiologia, uma vez que a modo que possamos entender como isso ajuda na
função das estruturas depende de suas formas: a função dessa estrutura.
anatomia é a análise da estrutura biológica →
fatores temporais, genéticos e ambientais Anatomia do desenvolvimento: estuda a
influenciam nessas estruturas evolução e involução das estruturas

Etiologia da palavra anatomia → Ana: em partes; e Anatomia macroscópica: é o estudo das


tomia: cortar estruturas que podem ser vistas a olho nu. Esse
estudo pode ser feito a partir dos critérios regional,
Etiologia da palavra dissecar → Dis: sistêmico e clínico
separadamente e ssecar: cortar
• Regional: os órgãos, as estruturas de uma
HISTÓRIA DA ANATOMIA região são analisados como um grupo, são
analisados em partes principais ou segmentos:
Hipócrates é considerado o pai da medicina e foi
cabeça, pescoço, tronco (abdome, tórax, dorso
pioneiro em fazer referência à anatomia → há
e pelve), par de membros superiores e par de
relatos de que ele publicou sobre anatomia
membros inferiores → ex.: os constituintes da
Aristóteles foi importante na anatomia cabeça são estudados como um grupo →
comparativa: a comparação da nossa anatomia imagens radiológicas e seccionais também
com a anatomia animal → até hoje fazemos permitem o estudo das estruturas de forma
trabalhos experimentais com ratos e espécies que regional
funcionam de forma parecida com nosso
organismo

Século XIII: começaram as dissecções humanas →


século XIX: houve a regulamentação do ensino de
anatomia nas escolas de anatomia → scopios (o
que permite a escopia, o escópio é um aparelho
passa por um órgão que tem lúmen, por uma
víscera oca) foi inventado → anatomia “in vivo”:
anatomia cirúrgica, do ser vivente

ANATOMIA HUMANA: CLASSIFICAÇÕES

Conceitos

Normal: usamos esse termo para o que predomina


mais que 50% das vezes

Variação anatômica: é uma alteração que não tem


prejuízo da função → a estrutura que
estatisticamente não é esperada → não são
aleatórias, são provenientes de alguma alteração
na cascata de desenvolvimento, na embriogênese

Anomalia: é uma variação do “normal”, mas nesse • A anatomia de superfície/ Exame físico é uma
caso, tem um prejuízo da função parte do estudo da anatomia regional: a
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anatomia de superfície estuda forma e marcos


do corpo que escondem os órgãos
subjacentes e pode visualizar casos anormais
→ ex.: palpação, ausculta, usamos para
identificar vasos sanguíneos para passar
cateteres, sentir pulso e coletar sangue
• Sistêmica: as estruturas de funções iguais ou
correlacionadas são estudadas em conjunto, é Nível dos sistemas: um sistema é um conjunto de
o estudo dos sistemas que agem juntos → ex.: órgãos e tecidos que desempenham uma função
o estudo do sistema muscular (miologia) é feito comum → temos 11 sistemas: tegumentar (cabelo,
com todos os músculos do corpo → os pele, unhas), esquelético (ossos e articulações),
sistemas funcionam se ajudando e se muscular, nervoso (cérebro, nervos e medula
completando e formam o organismo espinal), endócrino (glândula pineal, hipófise,
ovários, testículos, timo, pâncreas, glândula-
Anatomia microscópica: histologia (estudo do tireoide, glândula suprarrenal), linfático (baço,
tecido) e citológico (estudo da célula) → estudo linfonodos, vasos linfáticos, timo, medula óssea
dos tecidos, das estruturas menores que podem vermelha, ducto torácico), respiratório (faringe,
ser vistas com microscópio laringe, traqueia, pulmão, cavidade nasal,
*Thaisa prefere o estudo regional <—> sistêmico brônquios), digestório (cavidade oral, esôfago,
estômago, fígado, intestino delgado, intestino
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL grosso, reto e ânus), urinário (rim, ureter, bexiga
urinária e uretra), genital (próstata, ducto
Nível químico: os átomos se juntam e formam
deferente, pênis, testículos, escroto/ mamas,
moléculas, que por sua vez podem se juntar e
ovário, útero, vagina e tuba uterina) e sistema
formar macromoléculas (carboidratos, lipídeos,
cardiovascular (composto por sangue, coração e
proteínas, ácidos nucleicos)
vasos sanguíneos e transporta sangue para os
Nível celular: células são constituídas de tecidos do corpo)
moléculas → ex.: o fosfolipídio que tem nas
Nível do organismo: é um indivíduo inteiro, o nível
membranas é feito com moléculas de fosfato e
mais complexo de organização, que funciona
lipídeo
através da organização dos níveis mais simples.
Nível dos tecidos: células parecidas e iguais se
juntam para realizarem uma função em comum e PLANOS ANATÔMICOS
formam os tecidos juntamente com material A posição anatômica (pessoa ereta, com a palma
extracelular associado → existem 4 tipos de da mão virada pra frente) é utilizada como
tecidos: tecido conjuntivo (suporta o corpo e parâmetro nos estudos de anatomia
protege os órgãos), tecido muscular (o que
proporciona o movimento), tecido nervoso (em O corpo é dividido em região axial (cabeça,
que acontecem as comunicações internas através pescoço e tronco) e região apendicular
(membros).
de impulsos elétricos) e o tecido epitelial (recobre
a superfície corporal e cavidades) Para o estudo da anatomia, nós cortamos,
Nível dos órgãos: O órgão é formado por vários seccionamos o corpo em planos anatômicos →
tipos de tecidos e cada um é uma estrutura única sagital, frontal, mediano e transversal → ex.: um
responsável por uma função → ex.: fígado, corte feito no plano sagital representa uma secção
sagital
cérebro, vasos sanguíneos (os vasos sanguíneos
são feitos de tecido conjuntivo, tecido epitelial, Plano frontal (coronal): divide o corpo em
tecido muscular liso) anterior e posterior
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Secções oblíquas: são os cortes feitos na


Plano transversal (horizontal ou axial): o corpo diagonal
é dividido em partes superior e inferior, como
mostra a imagem abaixo:

Posição ortostática: posição anatômica → Olhar


horizontal → membros superiores pendentes e
mão supina (palma da mão voltada anteriormente)

Plano mediano: longitudinalmente no meio do


corpo: divide entre esquerda e direita

Sagital/paramediano: paralelo ao plano mediano

Plano frontal: passa pessoa sutura coronal e divide


o corpo em anterior (ventral) e posterior (dorsal)

Plano sagital (parassagital): são cortes verticais


e dividem o corpo em direita e esquerda e são
paralelos ao plano mediano

Plano mediano: o corte fica exatamente na linha


média vertical do corpo e o divide em direita e
esquerda.
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Plano horizontal/transverso/axial: divide em


superior e inferior

Face dorsal, face palmar e face plantar (serve


para pé e mão): face dorsal (posterior para a mão
e superior para o pé) é a parte contrária à palma
da mão (que é anterior) e à planta do pé (que é
inferior) → a face palmar é a palma da mão
(anterior) e a face plantar é a planta do pé (inferior)
→ o dorso do pé é a parte superior do pé

TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO


TERMOS DE POSIÇÃO

Superior (cranial) e inferior (caudal)

Anterior (ventral) e posterior (dorsal)

Proximal e distal: proximal é quando está mais


perto da origem dessa parte do corpo e distal é o
quando está mais longe da origem.

Ipsilateral e contralateral: ipsilateral é quando


um par de estruturas se encontra no mesmo lado
do corpo e contralateral é quando estão em lados
opostos.

Medial: em direção ao lado de dentro, em direção


à linha média

Lateral: mais longe da linha média, em direção ao


lado de fora
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Superficial, intermediário e profundo

Setores:

TERMOS DE DIREÇÃO
Flexão e extensão
Decúbito dorsal = mesma coisa de posição supina
Abdução e adução

Oposição e reposição

Supinação e pronação

Circundação

Inversão e eversão

Protração e retração

Retrusão e protusão Posição prona:

O membro que tem raiz: compara-se o distal e


proximal

O termo superfície também é usado para dizer


sobre o que recobre o órgão

Termos “face”, margem ou borda, parede


decúbito (deitado)

Decúbito lateral → aí tem que falar se a pessoa de


lado direito ou esquerdo
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Plano transpilórico: é um plano transverso que


passa pelo abdome

Posição ginecológica: posição de litotomia →


membros inferiores pouco abduzidos (abertos)

Plano transverso do tórax: passa pelo ângulo do


esterno e pela articulação entre T4 e T5 (vértebras
torácicas)

Rostral: é a parte mais anterior do anterior

A jusante (depois do processo) e a montante


(antes do processo)
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SISTEMA CARDIOVASCULAR CIRCUITOS CIRCULARES


O tecido muscular cardíaco tem contração No leito capilar sistêmico (formado por capilares)
involuntária, ou seja, contrai sem estímulo é que acontecem as trocas: o sangue chega rico
nervoso → ele se contrai quando fibras que em oxigênio e nutrientes, passa o O2 para as
formam o marca-passo (células marca-passo que células teciduais e recebe os resíduos (como por
formam o sistema condutor de impulsos) o ativam exemplo o CO2) → daí, o sangue fica pobre em O2
→ a atividade dessas fibras é controlada pela e dos capilares passa para as vênulas → das
divisão autônoma do sistema nervoso – DASN vênulas, vai para veias menores → das veias
(simpático e parassimpático). O músculo cardíaco menores, vai para as veias maiores (veia cava
é um tipo de músculo estriado e forma as paredes superior e veia cava inferior) e entra no coração no
do coração (miocárdio) e está também em alguns do átrio direito (AD)
vasos sanguíneos. Do AD, o sangue pobre em O2 vai para o ventrículo
O sistema cardiovascular faz parte do sistema direito e através das artérias pulmonares chega ao
circulatório, juntamente com o sistema linfático. pulmão, onde ocorrem trocas gasosas e o sangue
fica rico em O2 novamente → daí, através das
A função do sistema cardiovascular é transportar veias pulmonares, o sangue sai do pulmão e entra
sangue, que contém nutrientes, oxigênio e no átrio esquerdo (AE) no coração → depois, o
resíduos que entram (pelo sistema, através do sangue rico em O2 vai para o ventrículo esquerdo,
sangue) e saem (pelo sistema, através do sangue) que o impulsiona a passar pelas artérias sistêmicas
das células, como por exemplo, o gás carbônico (aorta e suas ramificações), depois para as
(CO2) → além disso, os resíduos excretados pelos arteríolas, até chegar aos capilares, no leito capilar.
rins chegam aos rins através do sangue

Outra função do sistema cardiovascular é regular


a temperatura corporal através da distribuição de
sangue, de acordo com as condições climáticas →
ex.: na atividade física, nosso corpo começa a
esquentar, daí o sistema cardiovascular manda
sangue pros vasos sanguíneos mais superficiais
(perto da pele) para que o calor saia (por isso
ficamos com a pele mais vermelhada quando
estamos praticando alguma atividade) → ex.2:
quando está fazendo muito frio, o sangue vai pros
vasos mais profundos do corpo para que os órgãos
vitais fiquem aquecidos e para que não percamos
calor facilmente (por isso as extremidades como
os dedos dos pés, das mãos, o nariz, ficam gelados
no frio)

Ademais, em situações de infecção, por exemplo,


o sistema cardiovascular manda mais sangue para
essa região para que os leucócitos ajam
combatendo aquela condição: função de defesa.
Diástole: o coração relaxa quando recebe o
É através do sangue que o sistema cardiovascular
sangue (pressão diastólica)
cumpre suas funções de transporte, defesa e
regulação de temperatura → o sangue é Sístole: o coração contrai quando manda o
bombeado pelo coração e é transportado pelos sangue para as artérias (pressão sistólica)
vasos sanguíneos (veias, artérias e capilares)
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VASOS SANGUÍNEOS Existem três tipos de artérias:


Há três tipos de vasos sanguíneos: capilares,
• Grandes artérias elásticas
artérias e veias → a maioria deles têm três
camadas/túnicas Essas são as artérias condutoras → elas têm
bastante elasticidade, o que evita que a pressão
Túnica íntima: é formada por células epiteliais
caia bruscamente nos momentos entre as
achatadas (endotélio) e sustentada pelo tecido
contrações cardíacas → quando essas artérias
conjuntivo → os capilares são formados apenas
recebem o sangue, elas expandem e depois
por essa túnica íntima (os capilares sanguíneos
voltam ao seu tamanho normal
têm uma membrana basal também)
Artéria elástica: diz respeito à constituição
Túnica média: formada por músculo liso → é a
anatômica do vaso, sendo que elas têm mais
mais variável em espessura, é a camada que
tecido elástico → parte ascendente da aorta,
diferencia as artérias, veias e vasos linfáticos
tronco pulmonar e artérias pulmonares → isso é
Túnica externa: camada de tecido conjuntivo importante, pois o lúmen dessas artérias se
expande para acomodar a ejeção de sangue do
coração, além de que menor quantidade de tecido
muscular liso nessas artérias evita a constrição
desses vasos

Exemplos: aorta; artérias provenientes do arco da


aorta: tronco bronquiocefálico, artéria subclávia e
artéria carótida.

• Artérias musculares médias

Essas são as artérias distribuidoras/musculares


→ são formadas principalmente por fibras
musculares lisas → isso é importante para
impulsionar o sangue pra frente e essas artérias
também têm a capacidade de se comprimirem
(vasoconstrição), ou seja, diminuem seu diâmetro
→ isso permite a regulação de temperatura, por
exemplo, o que controla o fluxo sanguíneo e
direciona o sangue para determinadas partes de
acordo com as necessidades do corpo → elas
fazem essa vasoconstrição quando há contração
pulsátil de suas paredes musculares (a parede
contrai e o vaso sofre constrição)

Exemplos: artérias nominadas da parede do corpo,


dos membros (ex.: artéria braquial e artéria
femoral)

• Pequenas artérias e arteríolas

O lúmen dessas artérias é bem pequeno e suas


As artérias são mais espessas, pois recebem o
paredes musculares são bem espessas → a
sangue do coração e o conduzem em alta
firmeza (grau de tônus) do músculo liso dessas
pressão para o restante do corpo → primeiro o
artérias controla o fluxo sanguíneo para o
sangue passa pelas artérias maiores, depois passa
enchimento do leito capilar e controlam o nível da
pelas menores até chegar às arteríolas
pressão arterial no sistema vascular → se as
As artérias geralmente pulsam e se uma artéria for paredes e o tônus forem maiores que o normal,
cortada, o sangue vai espirrar
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acontece a condição de hipertensão (a arteríola mais finas, o que permite que elas tenham alta
fica mais resistente e isso aumenta a pressão) capacidade de expansão → por exemplo, quando
prendemos a respiração, nós impedimos que o
A anastomose é a comunicação entre as artérias
sangue retorne para o coração, daí as veias se
→ por conta disso, caso aconteça alguma
expandem.
obstrução ou rompimento de alguma artéria
principal, outras artérias passam a fazer esse papel Há as veias acompanhantes, que ficam em volta
de transporte ao aumentarem de tamanho e das artérias, acompanhando-as → essa
quantidade e formarem uma circulação colateral organização permite que o sangue arterial morno
→ há partes do corpo em que a circulação (rico em O2) aqueça o sangue venoso (pobre em
colateral não existe ou é insuficiente → no caso de O2) que está vindo de uma área fria em direção ao
rompimento de uma artéria terminal verdadeira coração → as veias acompanhantes ficam numa
(anatômica), que não tem anastomose com as bainha vascular fascial com a artéria que está
demais artérias, o órgão que é irrigado por ela fica acompanhando – isso forma uma bomba
sem suprimento (ex.: a retina é irrigada por uma arteriovenosa.
artéria terminal verdadeira, caso haja uma
obstrução/rompimento dela, a pessoa fica cega,
pois essa parte fica sem receber sangue)

As veias são menos espessas do que as artérias e


reconduzem o sangue pobre em oxigênio do
corpo pro coração (por isso são azuis) → a
grande veia do pulmão faz o contrário, manda
sangue rico em O2 pro coração

Existem três tipos de veias:

• Vênulas Com isso, quando há contração do coração


(quando o sangue arterial sai do coração pro
São as menores veias, elas drenam o leito capilar restante do corpo) e a artéria se expande e a
→ juntas, formam pequenas veias, que por sua vez tendência é da veia ao redor é de se achatar, o que
formam plexos venosos, como o arco venoso impulsiona o sangue nas veias e ajuda a conduzir
dorsal do pé o sangue venoso para o coração
• Veias médias As anastomoses venosas (comunicações diretas
As veias médias irrigam os plexos venosos e são ou indiretas entre as veias) ocorrem com maior
acompanhantes de artérias médias → nos locais frequência, uma vez que as veias são mais
em que a gravidade vai contra o fluxo sanguíneo variáveis do que as artérias → formam circulações
(ex.: pernas), há válvulas que impedem o refluxo colaterais
e permitem a circulação do sangue no sentido do Outra coisa que facilita o retorno venoso é a
coração → exemplos de veias médias: veias contração de músculos adjacentes à veia: quando
superficiais, veias cefálicas e basílica; veias há contração de um músculo esquelético, as veias
safenas magna e parva dessa área são comprimidas e o sangue é levado
• Grandes veias em direção ao coração – isso é um tipo de bomba
venosa musculovenosa → com a ajuda das
Essas veias têm músculo liso longitudinal largo e válvulas venosas, o fluxo não faz o caminho inverso
túnica externa bem desenvolvida → exemplo de e caminha sempre em direção ao coração, o que
grande veia: veia cava, veias pulmonares alivia a pressão nesse local → por exemplo, em um
dia cansativo, que ficamos muito tempo em pé, ao
Nós temos mais veias do que artérias e cerca de
repousar com os pés pra cima a pressão da
80% do fluxo sanguíneo são transportados pelas
veias → as veias têm lúmens maiores e paredes
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congestão venosa é aliviada pois o retorno venoso


do sangue pro coração é facilitado.

Os capilares são tubos endoteliais que permitem


que haja troca de gases, nutrientes e resíduos com
o líquido extracelular (LEC) → daí, os capilares se
organizam formando o leito capilar, local em que
há a união de artérias e veias → as arteríolas levam
o sangue até o leito capilar e depois ele sai através
das veias

Hipótese de Starling Esses vasos marcados na imagem acima são


artérias elásticas
Os capilares geralmente são impermeáveis às
proteínas plasmáticas, então quando o sangue
passa por eles, a pressão hidrostática das
arteríolas impulsiona o líquido para o espaço
intersticial e as proteínas plasmáticas ficam no
sangue, daí quando o sangue chega à extremidade
venosa, ele está mais concentrado de proteínas
plasmáticas, daí grande parte desse líquido que
saiu para o interstício é reabsorvido pelas vênulas,
uma vez que a pressão oncótica (maior
concentração de proteínas) favorece a reabsorção
do líquido
Veia ázigos
Anastomoses arteriovenulares: em alguns
Sistema vertebral: sistema de veias
locais, as arteríolas e as vênulas se encontram
diretamente, daí o sangue passa do lado arterial Tecido cavernoso: sistema sanguíneo especial
para o lado venoso sem passar pelo leito capilar em que fica nos corpos cavernosos e corpos
esponjosos → esse sistema parece uma esponja
Em alguns casos, o sangue atravessa dois leitos
capilares antes de voltar para o coração → essa Válvulas: partes anatômicas que constituem a
situação chamamos de circulação porta → ex.: valva → as válvulas compõem as valvas
sistema porta do fígado
Artéria terminal anatômica: essas artérias não
têm anastomoses, logo, não fazem circulação
colateral, então se forem ocluídas haverá isquemia
da região que elas irrigam

ANOTAÇÕES DA AULA: SISTEMA


CIRCULATÓRIO

Coração como bomba


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Nessa imagem acima, há uma úlcera no intestino


por conta da isquemia intestinal (artéria
mesentérica está ocluída há muito tempo e a
circulação colateral não foi capaz de suprir o
quadro crônico) → a falta da irrigação pode levar a
essa úlcera e também à necrose do intestino
delgado, como mostra um caso da imagem abaixo
(alças entraram em processo de isquemia e
necrosaram)

Anastomose: comunicação de duas coisas → não


acontece apenas em vasos, a gente pode fazer
procedimentos que anastomosam estruturas,
como mostra a imagem abaixo, em que há uma
gastroplastia (gastroenteroanastomose) → é uma
cirurgia bariátrica que não retira o estômago,
tirando-o da via alimentar: na verdade, é feito um
by-pass no estômago, uma exclusão gástrica e
quando a comida chega na parte remanescente
gástrica, ela vai direto para uma alça do intestino Acima, há outro exemplo de anastomose que é
delgado feita: quando um paciente está com insuficiência
renal, por exemplo, aí um rim é transplantado na
topografia da fossa ilíaca direita e anastomoses
com vasos ao redor são feitas, para que o rim seja
irrigado e drenado e tenha sua função preservada
→ daí, a artéria renal do rim doado é
anastomosada/ligada à artéria ilíaca do receptor,
enquanto que a veia renal do doador é ligada à veia
ilíaca do receptor e o ureter do doador é
anastomosado diretamente na bexiga.
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Trombose: formação localizada de um trombo


(várias causas: fluxo lento, fatores predisponentes
na região, como viagens longas, por ex.) → covid
relacionada a tromboembólicos → trombos se
formam e se ele se desloca, passa a ser chamado
de êmbolo

Embolia: trombo se desloca e vira êmbolo, aí no


retorno venoso pode ir pro coração direito, se
deslocar até o pulmão pelos vasos que saem do
coração em direção ao pulmão e lá formar uma
Acima, vemos uma retina (essa bolinha amarela) embolia pulmonar → o êmbolo é móvel e atinge
→ nesse local há veia arterial anatômica que não grandes distâncias (um embolo pode ser formado
faz anastomoses e se for ocluída leva à perda de no átrio esquerdo, passar pro VE, sair pela aorta,
visão entrar na carótida e pode chegar até ao encéfalo,
causando uma isquemia e levando ao acidente
vascular encefálico/AVE)

Infarto: déficit nutricional sanguíneo que causa


comprometimento isquêmico do tecido
(inicialmente reversível, mas pode passar uns
minutos e se tornar irreversível, formar uma
necrose) → ex.: um embolo na artéria coronária
leva à isquemia do miocárdio e o paciente tem um
infarto agudo do miocárdio

Gangrena: é a mesma coisa de infarto, mas é mais


usado para membros → ex.: falamos que o pé tá
com gangrena, e não infartado.
O sistema porta-hipofisário tem duas redes
capilares interpostas (leito primário e leito
secundário) entre veias antes de entrar em contato
com as próximas veias da circulação sistêmica →
o sistema porta corresponde a dois leitos capilares
entre vasos → também temos sistemas portas nos
rins, no baço, no fígado, no intestino

Na a imagem acima, à direita, temos o sistema


cavernoso: dois corpos cavernosos e abaixo é o Acima temos um processo de aterosclerose: à
corpo esponjoso. esquerda está no início, daí se não melhorar os
Vasos sanguíneos têm paredes compostas por hábitos de vida, vai progredindo até o caso da
túnicas → a própria túnica adventícia é perfurada imagem direita, com mais de 70% da luz do vaso
para passar pequenos vasinhos que irrigam (vasa ocluída já é uma oclusão significativa → além
vasorum) os próprios vasos (até vasos precisam disso, essa região que vai ocluindo vai formando
de sangue) placas de cálcio, o que configura ateroma → daí
vai tendo hemorragia na parede dos vasos, vai
Aterosclerose → processo sistêmico tendo um processo inflamatório crônico que pode
degenerativo, então é comum além de ter se tornar agudo com a formação e o descolamento
acometimento das coronárias, ter também do trombo por conta de lesão na parede do vaso,
comprometimento de outros vasos como os do daí isso obstrui totalmente o vaso, levando a um
abdome infarto, como mostra a imagem abaixo
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cavidades e é onde fica o coração, que é a


principal estrutura do mediastino

Em um caso de trombose de veia porta, por


exemplo, depois de um tempo o trombo pode se
organizar, e a região pode voltar a ser canalizada
e a irrigação volta a acontecer nesse vaso.

Acima, podemos ver a comunicação entre os


vasos → circulações colaterais

Nomes dos exames de imagem dos vasos:


arteriografia (artérias), flebografia (veias),
linfografia (vasos linfáticos) → quando não
especificamos o vaso, falamos angiografia

Foi injetado um contraste: puncionamos uma


artéria superficial → podemos injetar também no
sistema venoso para chegar ao sistema arterial

Caixa torácica: costela, cartilagens e articulações

Tórax: tudo: fáscias, pele, músculos, tudo

Cavidade torácica dividida entre duas cavidades


pulmonares (direita e esquerda) que não se
comunicam → o mediastino fica entre essas
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seguir o caminho normal (vem da veia porta, passa


para o fígado, depois passa para as veias hepáticas
e vai para o AD) e passa a regredir, ou seja, o
sangue vai em direção à veia porta, e isso faz com
que gere mais anastomoses e as anastomoses não
funcionantes passam a funcionar, o que configura
varizes (podendo levar a varizes de esôfago,
varizes de reto, varizes abdominais tipo circulação
colateral porta).

ARTÉRIAS DO PESCOÇO E CABEÇA

A parte ascendente da aorta se ramifica pra cima


para irrigar a cabeça, o pescoço e os membros
superiores → o tronco braquiocefálico se ramifica
em artéria carótida comum direita (irriga a parte
Já a circulação porta é diferente: veias portas são direita da cabeça) e subclávia direita (passa em
exceção de veias, pois as veias geralmente não se baixo da clavícula e irriga o braço direito) → a
ramificam, só as artérias → geralmente, as veias se artéria carótida comum esquerda irriga a parte
unem, se coalescem, mas as veias portas são esquerda da cabeça → a subclávia esquerda irriga
exceção, pois a veia porta dá ramos: veia porta o braço esquerdo
esquerda e veia porta direita → 70 a 80% do fígado
Artérias carótidas
é irrigado pela veia porta e artéria hepática
contribui com 20 a 30% Na irrigação da cabeça há uma assimetria, pois a
artéria carótida comum direita sai do tronco
braquiocefálico, já a artéria carótida comum
esquerda sai direto da aorta → porém, cada uma
das duas carótidas se ramifica igualmente: em
carótida interna e carótida externa

• carótida interna: entra pelo forame carótico


para irrigar a parte interna do crânio → dessas
artérias saem as artérias cerebrais
• carótida externa: irriga a parte externa da
cabeça, as fáscias, etc. → dessas artérias saem
os ramos que são as artérias cerebrais

*artéria vertebral: a artéria subclávia também


fornece irrigação para a cabeça, sendo que ela se
ramifica em artéria vertebral, que passa por entre
as vértebras do pescoço pelo forame transverso e
entra no crânio para irrigar a cabeça

ARTÉRIAS DOS MEMBROS INFERIORES

A veia porta é originada da junção da veia A aorta descendente se divide em artéria torácica
esplênica (do baço) e veia mesentérica (superior ao diafragma) e artéria abdominal
superior, daí essa veia porta irriga o fígado e (inferior ao diafragma)
depois a drenagem do fígado é feita por veias
hepáticas que desembocam na veia cava inferior
para chegar ao AD

Se tiver uma hipertensão no fígado por conta de


cirrose hepática por etilismo, o fluxo deixa de
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Usamos as veias para fazer exame de sangue →


as veias dos braços se encontram na veia
subclávia (passa em baixo da clavícula) → daí as
veias braquiocefálicas recebem sangue dessas
subclávias, que por sua vez se comunicam de cada
lado com três veias que trazem sangue da cabeça:
a veia vertebral, a veia jugular interna (é usada
para transfusões e acessos) e a veia jugular
externa → daí, as duas veias braquiocefálicas
(direita e esquerda) se comunicam com a veia
cava superior

Daí, a aorta abdominal se divide em artérias ilíacas


comuns direita e esquerda → daí cada uma dessas
artérias se ramifica em artérias ilíacas externas
(irriga as pernas) e internas (tem calibre menor
que a externa e nutre as vísceras pélvicas)

Geralmente, o sistema arterial fica mais profundo


pois seria perigoso se as artérias ficassem
superficiais → no caso das veias há redes venosas
profundas (geralmente veias grandes e médias) e
redes venosas superficiais (conseguimos ver a cor
azul pela pele) → a rede superficial conduz sangue
para a rede profunda, daí a rede profunda conduz
o sangue para o coração

Quando a ilíaca externa passa do osso pélvico no


limite inferior da pelve, ela passa a chamar artéria
femoral → nesse ponto a artéria fica na virilha num
ponto superficial e dá pra fazer punção

VEIAS PROFUNDAS DOS MEMBROS


SUPERIORES E INFERIORES

Membros superiores
Anatomia – Prof.ª Thaisa Crespo | Bianca Meireles – turma 77

Na imagem acima, por exemplo, o lado esquerdo A arteriosclerose é muito comum e é um conjunto
representa as veias superficiais que conduzem o de doenças em que há a perda de elasticidade das
sangue para as profundas, que são maiores pois artérias por espessamento da sua parede.
recebem sangue de várias outras veias
A aterosclerose é um tipo de arteriosclerose e
superficiais.
acontece quando há um acúmulo de gordura nas
VEIAS DO PESCOÇO E DA CABEÇA artérias.

As veias têm papel de reservatório sanguíneo e O ateroma é o depósito de cálcio na placa


estão em maior número que as artérias. ateromatosa

A veia cava inferior conduz o sangue de tudo que Tais situações podem levar a um quadro de
está abaixo do diafragma e a veia cava superior trombose, que é a formação de um coágulo
conduz o sangue dos braços e da cabeça → ficam intravascular local ou trombo → isso pode ocluir a
mais à direita do corpo, pois desembocam no lado artéria e causar isquemia ou infarto → ou também,
direito do coração o coágulo/trombo formado pode caminhar até
outras áreas na forma de um êmbolo

Isquemia: redução do suprimento sanguíneo por


causa do trombo → quando acontece no coração
é bastante perigoso (cardiopatia isquêmica)

Infarto: necrose de uma área por conta da


diminuição do fluxo sanguíneo nessa área (o
trombo impede que essa área seja suprida) → no
coração, essa condição é chamada de infarto do
miocárdio.

Varizes
A veia cava superior recebe sangue de duas
grandes veias de cada lado, as braquiocefálicas → A presença de varizes se dá quando há dilatação
cada uma das braquiocefálicas recebe sangue das de veias por conta da perda de sua elasticidade,
subclávias e de 3 vasos de cada lado: veia jugular daí a parede da veia fica fraca e surgem as varizes,
interna (recebe o sangue de dentro da caixa que são veias distorcidas e dilatadas (acontece
craniana), veia jugular externa e veia vertebral. principalmente nas pernas)

As veias ficam perto das artérias, e isso é Essas varizes são maiores e suas válvulas são
importante principalmente nas veias inferiores que incompetentes ou não existem mais → assim, no
precisam do pulso da artéria para subir o sangue retorno venoso, há o aumento da pressão sobre
contra a gravidade essas paredes fracas, o que piora as varicosas

CASOS CLÍNICOS Outra causa de varicosas é a degeneração da


Arteriosclerose: isquemia e infarto fáscia muscular → quando não há essa fáscia, os
músculos se expandem demais na contração, o
que impede o fluxo sanguíneo e deixa a bomba
musculovenosa (musculofascial) ineficiente.
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SISTEMA LINFÁTICO
O sistema linfático é um importante filtrador, é
como se fosse um lixeiro que tira os resíduos em
excesso do corpo → a hipótese de Starling explica
como o líquido sai do sangue para o LEC e depois
é reabsorvido → cerca de 3L de linfa são drenados
por dia pelos vasos linfáticos, pois uma pequena
parte de líquido não é reabsorvida nem usada
pelos tecidos, daí o sistema linfático pega esse
excesso

Edema: acúmulo de líquido extracelular → pode


acontecer por várias causas: insuficiência do
sistema linfático ou por excesso de líquido filtrado
Dilatação venosa: varizes → qualquer veia pode ter
varizes

Aneurismas: é quando há dilatação nas artérias

O sistema linfático é composto pela linfa, que


carrega linfócitos e macromoléculas; pela rede de
Acima, temos um exemplo de varizes no esôfago capilares linfáticos, pelos vasos linfáticos, pelos
→ decorrente de um caso hipertensão porta, aí o linfonodos, pelos linfócitos e pelos órgãos linfoides
fluxo sanguíneo faz o caminho inverso e causa
Rede de capilares: se originam nos espaços
essas varizes
intercelulares e são formados por um endotélio
fino, sem membrana basal, o que confere a eles
certa permeabilidade a proteínas plasmáticas,
bactérias, resíduos celulares e até mesmos outras
células (principalmente linfócitos)

Vasos linfáticos: são vasos de paredes finas, e


possuem válvulas que quando entram em contanto
com a linfa, fazem ela caminhar pelo corpo dentro
desses vasos, que são encontrados junto com os
capilares em quase todo leito capilar sanguíneo →
os troncos linfáticos são vasos coletores que
recebem linfa de outros vasos

Acima temos exemplo de varizes na transição Linfa: é o líquido reabsorvido pelos vasos linfáticos
toracoabdominal em que o paciente teve oclusão → é transparente, aquosa e um pouco amarelada,
do sistema porta sendo que sua composição se parece com o
plasma sanguíneo
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Linfócitos: células do sistema imune que reagem


contra corpos estranhos

Órgãos linfoides: são órgãos que produzem ou


fazem maturação de linfócitos → timo, baço,
tonsilas, medula óssea vermelha, nódulos linfáticos
solitários e agregados nas paredes do sistema
digestório e no apêndice vermiforme → a medula
óssea vermelha também produz linfócitos, que vão
para os outros órgãos linfoides e se multiplicam

Os linfonodos são massas de tecido linfático que


filtram a linfa em seu trajeto até o sistema venoso
→ eles possuem linfócitos e macrófagos em seu
interior e quando a linfa passa em seu interior,
numa passagem lenta, permitindo a fagocitose de
Os órgãos linfáticos geralmente atingem sua corpos estranhos pelos macrófagos e
hipertrofia máxima na adolescência e depois reconhecimento de antígenos pelos linfócitos
começam a entrar em regressão.
Há linfonodos em várias partes do corpo e isso é
Hiperplasia: aumento do número de células muito importante imunologicamente → linfonodos
Hipertrofia: aumento do volume da própria célula funcionam como filtros e intercalam os vasos
linfáticos
Ciclo vital das células varia muito de estrutura pra
estrutura, no caso do sangue as hemácias duram Esse tecido linfoide justifica muitas vezes a
30 dias, os neurônios duram pra vida toda. disseminação de tumores, por exemplo no caso de
alguém que tem câncer de língua e apresenta um
Temos tecido linfático também na parede do linfonodo supraclavicular
intestino, que são as placas de peyer → o apêndice
tem placas de peyer também → as células M são
muito importantes na função imunológica do corpo

Acima, podemos ver a úvula (nesse exame:


oroscopia) e podemos ver uma tonsila palatina
hipertrofiada num processo inflamatório, uma
tonsilite

Linfonodo é irrigado pelas artérias e a drenagem é


feita pelas veias → vaso aferente é o que entra no
linfonodo e vaso linfático eferente é o que sai do
linfonodo
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Hilo: hilo é a região do órgão que recebe os vasos direita) e drena uma menor parte → esse ducto
(artérias, veias, linfáticos) e nervos linfático direito drena o lado direito da cabeça, do
pescoço e do tórax e o membro superior direito)
Os linfonodos tendem a acompanhar os vasos e
recebem os nomes das estruturas adjacentes → O ducto torácico esquerdo é muito importante
por ex.: em um caso que o paciente que tem que porque drena várias partes do corpo (a maior parte
fazer a ressecção (retirada) da cabeça do do corpo), como mostra a imagem abaixo
pâncreas que está com uma neoplasia, por
exemplo, temos que retirar todos os linfonodos
comprometidos ao redor

A drenagem linfática do abdome, dos membros


inferiores e da pelve é dada pelo ducto torácico
(esquerdo)

Os vasos linfáticos superficiais se anastomosam e


acompanham a drenagem venosa → daí, esses
vasos linfáticos drenam nos vasos linfáticos
profundos que acompanham as artérias e
recebem a drenagem de órgãos internos → os
vasos linfáticos superficiais e profundos
atravessam os linfonodos e vão aumentando de
tamanho (viram vasos linfáticos maiores) conforme
se juntam com vasos que drenam regiões
adjacentes → esses grandes vasos linfáticos são
chamados de troncos linfáticos e se unem
formando um ducto linfático (direito ou
torácico/esquerdo)
CASOS CLÍNICOS
O ducto torácico (esquerdo) começa na cisterna Elefantíase: filariose → brasil tem uma região
do quilo (encontro de vários troncos linfáticos), na endêmica, ou seja, a filariose é um problema de
parte inferior do abdômen esquerdo, daí esse saúde pública → problema no sistema linfático →
ducto torácico vai subindo e passa no mediastino é negligenciada → lesões do sistema linfático que
posterior e desemboca no ângulo venoso causa linfedemas
esquerdo (veia jugular interna, veia subclávia e
veia braquiocefálica)

O ducto linfático direito desemboca no ângulo


venoso direito (veia jugular direita, subclávia
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Neoplasia do sistema linfático: linfoma → onde tem


sistema linfático pode ter linfoma, e tem vários
tipos de linfomas

O timo fica no mediastino e é o que parece um


tecido adiposo aí no meio, ele fica só esse
resquício na fase adulta, como mostra a imagem
acima

ANATOMIA DO BAÇO

O timo tem dois lobos, fica no mediastino anterior,


é retroesternal e se estende da glândula tireoide
até a parte superior da cavidade torácica → esse
órgão é grande ao nascimento, depois sofre
involução e fica bem pequeno na vida adulta, mas Baço fica na região superior esquerda do abdome
apesar disso, suas células continuam funcionando e é importante para controlar, armazenar e destruir
→ e faz parte do sistema linfático células sanguíneas → além disso, o baço tem
O timo é um órgão linfoide e quando alguns linfócitos e tem papel de transformar linfócitos B
linfócitos produzidos pela medula chegam ao timo, em plasmócitos (produzem anticorpos) → assim, o
eles formam os linfócitos T baço é responsável pela hemocaterese (fagocitose
de hemácias envelhecidas e consequente
liberação de ferro para o organismo) e função
imunológica → por isso, fazemos o possível para
preservar o baço em casos de cirurgia, se for
possível faz apenas esplenectomia parcial, se não
for possível isso, tentamos fazer auto implante
esplênico no paciente (vacinas), pois há casos que
há esplenectomia total e os pacientes
desenvolvem sepse fulminante por conta de
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microrganismos encapsulados, daí as vacinas Hilo: o baço é irrigado pela artéria esplênica, que
ajudam nessa prevenção da sepse fulminante. é ramo do tronco celíaco, que vem do tronco
celíaco da aorta abdominal → o baço é drenado
O baço fica localizado entre a 9ª e a 10ª costelas
pela veia esplênica, que é tributária da veia porta,
esquerdas
por isso que quando há uma forma
hepatoesplênica da esquistossomose, o paciente
desenvolve hepatoesplenomegalia, pois o retorno
venoso do baço fica comprometido

O baço tem duas faces: diafragmática e visceral, é


peritonizado (coberto de peritônio) → tem bordas,
extremidades e se relaciona com o rim esquerdo,
com o músculo diafragma, com o estômago, com
a cauda do pâncreas, com o ângulo esquerdo do
cólon
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OSTEOLOGIA
O sistema esquelético é divido em esqueleto axial
e esqueleto apendicular:

• Esqueleto axial: ossos da cabeça (crânio),


pescoço (hioide e vértebras cervicais) e tronco
(costelas, esterno, vértebras e sacro)

Figura 2 - membro inferior (ílio, ísquio e púbis: formam o osso


do quadril, ou seja, são cíngulos)

Os ossos são um tipo de tecido conjuntivo


enrijecido e especializado que compõem o
esqueleto juntamente com as cartilagens, que são
estruturas semirrígidas de tecido conjuntivo e
ajudam na flexibilidade de partes do esqueleto →
a cartilagem é avascular, ou seja, não tem vasos
sanguíneos, então suas células são nutridas com
O2 e outras substâncias através da difusão → além
• Esqueleto apendicular: ossos dos membros disso, a cartilagem muda conforme a idade: quanto
(o que são cíngulos? → resposta: são os ossos mais jovem, mais cartilagem temos, por isso
que unem os ossos dos membros ao esqueleto quanto mais jovens, mais flexíveis
axial, como a escápula e a clavícula e o osso
do quadril) O que reveste a cartilagem é o pericôndrio, que
resiste à expansão externa quando a cartilagem
sofre pressão e o pericôndrio atua no crescimento
e no reparo da cartilagem.

O tecido cartilaginoso é composto quase que 80%


por água e nós humanos temos três tipos de tecido
cartilagíneo:

• Cartilagem hialina: é o tipo mais abundante →


seus condrócitos parecem esféricos → essa
cartilagem tem grande capacidade de resistir à
compressão e fornece suporte com sua
flexibilidade e resistência → forma os anexos
cartilagíneos das costelas para o esterno e é
responsável pela maior parte da cartilagem
encontrada no sistema respiratório;
• Cartilagem elástica: é mais elástica que a
Figura 1 - membro superior → cíngulo: clavícula e escápula hialina e tem maior capacidade de suportar
repetidas flexões → ex.: cartilagem da orelha,
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que é bastante flexível; cartilagem epiglótica


(da epiglote), que se curva várias vezes
quando comemos
• Fibrocartilagem: resiste às forças de
compressão e de tensão → ex.: anel fibroso
dos discos entre as vértebras e nos discos
articulares de algumas articulações

Os ossos têm função de sustentação, proteção de


órgãos vitais como coração e cérebro, por
exemplo, função de eritropoiese (produz células
sanguíneas na medula óssea), função de
armazenamento de sais como o cálcio, íon fosfato,
serve de alavanca para o movimento.

O periósteo e pericôndrio são revestimentos que


recobrem as estruturas do sistema esquelético →
o periósteo recobre os ossos e o pericôndrio
reveste as cartilagens → esses revestimentos
proporcionam nutrição para as faces externas dos
ossos e das cartilagens e são capazes de aumentar
CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS
a cartilagem ou o osso, sendo importantes em
momentos de fraturas, por exemplo. Os ossos são classificados de acordo com o
formato:
Existe o osso compacto e o osso esponjoso → eles
se diferenciam pela quantidade de material sólido • Ossos longos: são tubulares, ex.: úmero, no
e pela quantidade de espaços que têm → a maioria braço → dividido em regiões (diáfise, metáfise,
dos ossos são compostos por osso compacto ao epífise)
redor de uma massa central de osso esponjoso → • Ossos curtos: são cuboides e ficam no punho
tem também a cavidade medular, que fica dentro e tornozelo
da parte esponjosa do osso → essa cavidade • Ossos planos: são achatados e possuem
medular apresenta medula óssea amarela funções protetoras, ex.: osso do crânio que
(gordurosa) ou vermelha (produz plaquetas e protege o encéfalo, escápulas
células sanguíneas) ou uma junção das duas. • Ossos irregulares: vários formatos, ex.: ossos
da face, vértebras
• Ossos sesamoides: se desenvolvem dentro
de alguns tendões e servem para protegê-los
contra o desgaste excessivo, ex.: patela
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• Ossos pneumáticos: ossos que possuem


cavidades preenchidas por ar → no ser
humano, ficam no crânio

O capítulo é uma espécie de cabeça, porém o


capítulo é menor

Acima, podemos observar ossos pneumáticos →


esses ossos são paranasais → temos uma mucosa
que reveste essa cavidade, e se essa mucosa tiver
um processo inflamatório (causas: reações
alérgicas, vírus, bactérias, rinite levando à
sinusite), isso leva a um quadro de sinusite

ACIDENTES E FORMAÇÕES ÓSSEAS

Os acidentes ósseos são as modificações que


surgem nos ossos por conta de tendões,
ligamentos, fáscias ou artérias que ficam sobre os
ossos, adjacentes a eles ou penetrem neles.

Ex.: sulco, fossa, forame, crista, cabeça


O côndilo é par → temos o côndilo medial e lateral
→ pode estar associado a um epicôndilo
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Ex.: Forame magno: importante pois é onde tem a


transição da medula para o bulbo → e superior a
esse forame já temos o tronco encefálico

Acima, também usamos o termo forame para falar


do buraco no diafragma por onde passa a veia
cava inferior

A fóvea é uma superfície mais plana e é articular


→ ex.: a fóvea da cabeça do fêmur articula
(articulação coxofemoral) com o acetábulo, que
fica na interseção dos três ossos do quadril (ísquio,
ílio e púbis)
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É uma depressão alongada por onde geralmente


passam nervos, veias, artérias

A linha não é uma depressão, é uma elevação


alongada

A espinha é uma protuberância em forma de


espinho → isso é importante para localizarmos
alguma estrutura, por ex.: numa suspeita de
apendicite aguda

Ponto de McBurney: em 90% das pessoas é


nesse ponto de McBurney que fica o apêndice →
entre a espinha ilíaca e o umbigo, traçamos uma
linha, repartirmos em 3 partes e identificamos o
apêndice no ponto entre a primeira e segunda
parte → isso é importante para uma cirurgia de
apendicite, por exemplo (na cirurgia, a incisão
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pode ser transversa ou oblíqua, mas passa pelo


ponto de McBurney)

Esses processos são importantes para


identificarmos as estruturas

O processo espinhoso é diferente de espinha → Na imagem acima podemos ver uma lesão que foi
acima, o circulado de azul é como se fosse um causada por câncer de mama: um tipo de fratura
espinho e o processo espinhoso é toda a estrutura óssea patológica → essa é uma lesão metastática,
meio protuberante uma vez que o câncer saiu do seu órgão de origem
e passou a afetar os ossos (metástase óssea)

Lesão lítica óssea: acontece por conta de


processos inflamatórios, infecciosos ou
neoplásicos/tumorais

DESENVOLVIMENTO ÓSSEO

Todos os ossos se desenvolvem a partir do


mesênquima (tecido conjuntivo embrionário) e
podem ser por dois processos: diretamente do
mesênquima (intramembranosa, que forma osso
membranoso) ou a partir da cartilagem que se
originou do mesênquima (endocondral, que
forma osso cartilaginoso)
Acima, temos o exemplo de uma fratura de
clavícula 1º: células do mesênquima se juntam e sofrem
diferenciação formando, assim, os condroblastos
→ 2º: os condroblastos se multiplicam e formam
um modelo cartilaginoso do osso → 3º: ocorre
uma calcificação dessa cartilagem, ou seja, ela fica
cheia de cálcio → 4º: há o crescimento de
capilares periosteais pra dentro da cartilagem
calcificada, e isso faz com que dentro desse local
haja irrigação → 5º: junto com células
osteogênicas, ou seja, células que formam ossos,
esses capilares formam um broto periosteal → 6º:
daí, os capilares formam o centro de ossificação
primário e o tecido ósseo que foi formado através
desses eventos substitui a cartilagem que era de
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muita quantidade no início e agora foi substituída periosteais fazem a maior parte da nutrição do
por osso. osso compacto.

Diáfise: é quando o corpo de um osso se ossifica A irrigação do osso é feita com a chegada do
através do centro de ossificação primário → a sangue às células ósseas (osteócitos) no osso
diáfise vai crescendo conforme o osso se compacto através dos ósteons, que são canais
desenvolve microscópicos de vasos sanguíneos → as arteriais
metafisiais e epifisiais irrigam as extremidades dos
Epífises: é quando o corpo de um osso se ossifica
ossos e vêm das artérias que nutrem as
através do centro de ossificação secundária →
articulações → além disso, veias também entram
esse centro de ossificação secundária nasce de
nos ossos através do forame nutritício
algumas partes do osso em desenvolvimento após
acompanhadas de artérias, e vasos linfáticos
o nascimento → os condrócitos são células
também são abundantes no periósteo
cartilaginosas que vieram dos condroblastos e
ficam no meio da epífise, daí elas hipertrofiam Os ossos são inervados no periósteo → os
(aumentam) e a matriz óssea (substância nervos periosteais acompanham os vasos no
extracelular) que fica que entre esses condrócitos periósteo, mas a maioria não chega a entrar no
se calcifica, aumentando o osso → daí, artérias osso → esses nervos conduzem sinais de dor,
epifisiais crescem pra dentro das cavidades em sendo que o periósteo é muito sensível à tensão
desenvolvimento com células osteogênicas ou ruptura, o que explica a dor aguda em caso de
associadas fraturas ósseas → ps.: dentro dos ossos há os
nervos vasomotores que controlam o fluxo
Metáfise: é a parte mais larga da diáfise que fica
sanguíneo através de dilatação ou constrição dos
próxima da epífise
vasos sanguíneos pela medula óssea
OBS.: para o osso continuar crescendo, a parte da
diáfise não se funde diretamente com a parte da
epífise até o osso se tornar adulto → entre elas
ficam o que chamamos de lâmina epifisial → daí,
quando essas lâminas são substituídas por ossos
o crescimento para e a diáfise se une com as
epífises → esse processo de fusão se chama
sinostose e é durante ele que se forma a bainha
conhecida como linha epifisial

Ossificação dos ossos curtos: semelhante à


ossificação a partir do centro de ossificação
primário dos ossos longos, exceto pelo osso curto
calcâneo, que se ossifica a partir do centro de
ossificação secundário.

VASCULATURA E INERVAÇÃO DOS OSSOS

Os ossos recebem nutrientes através de vasos


sanguíneos, como por exemplo a artéria nutrícia →
essas artérias nutrícias surgem de ramos
independentes de artérias adjacentes e entram
pelo periósteo seguindo pelo osso compacto da
diáfise através dos forames nutrícios → daí essas ANOTAÇÕES DA AULA
artérias nutrícias entram na cavidade medular e
vão até as extremidades, o que permite a irrigação
da medula óssea, do osso esponjoso e de partes
profundas do osso compacto → se o periósteo for
removido do osso, o osso morre, pois artérias
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fratura óssea, isso pode levar a uma embolia


gordurosa (liberação de gordura de dentro do
osso)

Temos 206 ossos no corpo.

Crescimento: formação de parte óssea

Metáfise: é o momento de transição de diáfise pra


epífise

Osso: tem parte compacta e esponjosa → a maior


parte dos ossos tem cavidade medular → o osso é
revestido pelo periósteo (tecido conjuntivo bem
inervado)

Endósteo: reveste internamente a cavidade


medular

Os ossos têm orifícios: forames nutrícios, por onde


passam as artérias nutrícias

Caixa torácica → nas crianças, os ossos da caixa


torácica não possuem essas angulações, eles são
mais retos e isso interfere na respiração

O osso tem um metabolismo mais baixo, mas ele


precisa ser irrigado → ex.: na doença de Legg-
Calvé-Perthes, há a destruição do quadril da
criança, acontece uma necrose da cabeça do
fêmur, uma vez que nessa doença a irrigação
sanguínea para essa região é insuficiente, então
essa necrose é causada por isquemia óssea nessa
região
Acima, temos uma fratura de fêmur → dentro do
osso há medula óssea, e no adulto, boa parte
dessa medula óssea é substituída por tecido
adiposo, então se houver por exemplo um caso de
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Como mostra acima, tem pessoas que tem um


ossinho navicular acessório (um ossinho a mais:
variação anatômica), e dependendo da atividade
que faz com o pé pode causar dor, pois ali nesse
local passa o tendão do tibial posterior

*Podemos ter também costelas a mais: variação


anatômica

Acima, temos um exemplo de osso sutural: a


imagem colorida é o normal, e as imagens à direita
são variações antômicas, pois tem um osso a mais
Esses ossos curtos ajudam a posicionar um
ligamento evitando movimentos indesejados como
uma hiperextensão
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Fibrodisplasia ossificante progressiva: doença As articulações são classificadas de acordo com a


genética incompatível com a vida forma ou tipo de material com qual elas unem os
ossos
Tem casos também que alterações neurológicas
levam a alterações musculares, que levam a • Articulações sinoviais ou diartroses: os
alterações ósseas (fibrodisplasia neurológica) → ossos são unidos por uma cápsula articular,
podemos ter também formação de um novo osso que é formada por uma membrana sinovial
(heterotópico) após trauma muscular serosa e uma camada fibrosa → dentro dessa
(fibrodisplasia miogênica) cápsula articular fica a cavidade articular, que
é um espaço virtual que tem um pouco de
líquido sinovial lubrificante, secretado pela
membrana sinovial → dentro da cápsula
articular, a cartilagem articular cobre as faces
articulares dos ossos e todas as outras faces
internas são revestidas por membrana sinovial
→ ossos que ficam virados pra cavidade são
revestidos de cartilagens articulares
As articulações sinoviais são as mais
comuns e permitem livre movimento entre
os ossos que unem → são típicas de quase
todos os membros e servem para locomoção
→ geralmente, esse tipo de articulação é
Acima, temos um calo ósseo → após uma fratura, reforçado por ligamentos acessórios
há a formação de um calo ósseo, tipo uma cicatriz separados ou possuem espessamento de
parte da cápsula articular

Acima → 1º imagem: osso de pessoa normal de 20 Temos 6 tipos de articulações sinoviais, que são
anos, com a densidade óssea normal → com o classificadas quanto ao formato das faces
passar do tempo vai tendo uma perda óssea articulares e/ou tipo de movimento que permitem.
(osteopenia) → o 3º: osteoporose: perda
o Articulações planas: proporcionam
significativa da massa óssea → o segredo é
movimentos de deslizamento no plano
produzirmos muita massa óssea até os 30 anos,
para que cheguemos na idade idosa e não das faces articulares (uniaxial) → quase
sempre são pequenas → ex.:
tenhamos osteoporose
articulação acromioclavicular, que fica
ARTROLOGIA entre a escápula e a clavícula
As articulações são junções de ossos ou partes o Gínglimos: permitem apenas flexão e
rígidas do esqueleto e algumas têm mobilidade extensão, movimentos que ocorrem em
livre, como a do ombro, outras têm pequena plano sagital (uniaxial) → ex.:
mobilidade (tipo os dentes) e outras não se movem articulação do cotovelo → a cápsula
(ex.: lâminas epifisiais). dessa articulação é fina e frouxa, mas
os ossos ficam unidos lateralmente por
CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES ligamentos fortes
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o Articulações selares: permitem que une a raiz do dente e o processo


abdução e adução, movimento que alveolar da maxila (se houver
ocorrem em planos sagital e frontal mobilidade dessa articulação, isso
(biaxial) → também é possível fazer configura dente mole e pode ser por
movimento circular e as faces opostas distúrbio no tecido de sustentação do
são uma concava e outra convexa → dente).
ex.: articulação carpometacarpal do
polegar
o Articulações elipsóideas: permitem
flexão, extensão, abdução e adução e
circundação (biaxial) → ex.:
articulações metacarpofalângicas
o Articulações esferóideas: permitem
vários movimentos em vários eixos e
planos: flexão e extensão, abdução e
adução, rotação medial e lateral e
circundação (multiaxial) → são muito
móveis e a superfície esferóidea de um
osso movo na cavidade do outro → ex.:
articulação do quadril (cabeça esférica
• Articulações cartilagíneas ou anfiartroses:
do fêmur se move na cavidade do
unem os ossos com cartilagem hialina ou
acetábulo)
fibrocartilagem → existem as articulações
o Articulações trocóideas: são
cartilagíneas primárias e secundárias
uniaxiais, permitem rotação em torno
o primárias ou sincondroses: unem os
de um eixo central (uniaxial) → um
ossos com cartilagem hialina →
processo arrendondado gira dentro de
geralmente são temporárias, como as
uma bainha ou anel → ex.: articulação
que existem quando um osso longo
atlantoaxial mediana, na qual o atlas
está crescendo e ainda há a lâmina
(C1) gira em torno de um processo
epifisial → as sincondroses permitem o
digitiforme (vértebra C2) durante a
crescimento do osso e depois do
rotação da cabeça
processo de ossificação elas
• Articulações fibrosas ou sinartroses: nesse
geralmente desaparecem
caso, os ossos são unidos por tecido fibroso e
o secundárias ou sínfises: se movem
permitem pouco ou nenhum movimento, a
pouco e são fortes, unidas por
depender do tamanho das fibras → existem
fibrocartilagem, e elas prevalecem,
dois tipos de articulações fibrosas: suturas e
diferentemente da primária → ex.:
sindesmoses
discos intervertebrais cartilagíneos são
o sutura: ex.: suturas do crânio → os
formados por tecido conjuntivo, e isso
ossos ficam bem próximos e se
proporciona resistência, flexibilidade e
encaixam por uma linha, ou então ficam
absorção de choque à coluna vertebral
superpostos (um em cima do outro)
o sindesmose: une os ossos com uma
lâmina de tecido fibroso, que pode ser
uma membrana fibrosa ou um
ligamento → esse tipo de articulação
tem mobilidade parcial → ex.: a
membrana interóssea no antebraço é
uma lâmina de tecido fibroso e une o
rádio e a ulna em uma articulação
sindesmose → outro ex. é a
sindesmose dentoalveolar (gonfose)
Anatomia – Prof.ª Thaisa Crespo | Bianca Meireles – turma 77

ANOTAÇÕES DA AULA

Tem uma cirurgia que chama artroscopia: evita


incisões grandes, é menos invasiva, manipula
menos os tecidos e a recuperação é mais rápida:

Juntura: sinônimo de articulações

Sínfise púbica: exemplo de articulação cartilagínea


secundária

VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DAS


ARTICULAÇÕES

As articulações são irrigadas por artérias


articulares que vêm dos vasos ao redor da
articulação e ficam na cápsula articular → há
anastomoses das artérias que formam redes
(anastomoses arteriais periarticulares) em volta
das articulações para que elas sejam irrigadas em
diversas posições

A drenagem das articulações é feita por veias


articulares comunicantes que acompanham A sindesmose é um tipo de articulação fibrosa e
artérias → ficam na cápsula articular, tem esse tecido conectivo entre os ossos
principalmente na membrana sinovial

A inervação das articulações vem de nervos


articulares que ficam na cápsula articular →
nervos cutâneos dão ramos que inervam as
articulações de mãos e pés, mas a maioria das
outras articulações é inervada por ramos de
nervos que suprem os músculos adjacentes →
esses nervos permitem a propriocepção, que é
responsável pela percepção de movimento e de
posição de partes do corpo → além disso, essa
inervação faz com que haja dor intensa em caso
de lesões
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Acima, temos exemplos de articulações


cartilagíneas, em que há um tecido cartilaginoso Os ligamentos são estruturas inelásticas, com
interposto entre os ossos fibras paralelas e são formados por um tecido
Pesquisar: diferença entre articulações muito forte → servem pra estabilizar as
cartilagíneas e fibrosas articulações, para que elas realizem apenas os
movimentos que devem realizar → se houver lesão
Articulações sinoviais abaixo: ligamentar, dependendo de qual ligamento foi,
pode ser até mais grave que uma fratura

Dentro dessas bainhas tem sinóvias e elas servem


como proteção para os tendões contra o atrito
sobre superfícies ósseas

Há casos que ocorrem compressões de nervos por


processos inflamatórios agudos ou crônicos em
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estruturas (osso, articulação, tensão), e isso As células musculares são chamadas de fibras
comprime o nervo e prejudica a inervação do local musculares pois são longas e estreitas quando
→ a epicondilite (inflamação de epicôndilo) pode estão relaxadas e possuem a capacidade de
levar à lesão de nervo ulnar → o paciente pode ter contrair → são organizadas em tecidos que
sintomas neurológicos promovem a mobilidade → se associam a tecido
conjuntivo e esse tecido conjuntivo conduz nervos
e capilares para as fibras musculares, além de unir
essas células em feixes ou fascículos.

Características que os músculos possuem:


excitabilidade, contratilidade, extensibilidade e
elasticidade

MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO

Esse é o músculo somático voluntário que move


e estabiliza ossos e outras estruturas → eles
possuem porções carnosas, avermelhadas e
contráteis e possuem estrias.

Essas estrias são por conta dos sarcômeros, local


onde ficam os filamentos de miosina e actina, que
são os filamentos que promovem a contração.
As bolsas sinoviais são pequenos sacos cheios de Cada célula muscular é revestida por uma camada
um líquido gelatinoso e ficam entre o osso e os de tecido conjuntivo (endomísio) → essas células
tendões/músculos → a função dessas bolsas é de se organizam paralelamente e se agrupam em
reduzir o atrito entre essas estruturas feixes e cada um desses feixes é envolvido pelo
Bursite: inflamação das bolsas sinoviais que perimísio (outra camada de tecido conjuntivo) →
protegem as articulações → causa dor, inchaço, o músculo todo é formado por vários feixes de
rigidez fibras/células musculares e é revestido por outra
camada de tecido conjuntivo: epimísio.

O tecido conjuntivo garante que as fibras


permaneçam unidas em feixes e com isso a
contração acontece quase que simultaneamente.

Na imagem acima podemos ver um exemplo de


um caso de luxação do joelho: é quando perde
contato articular entre os ossos dessa área → é
extremamente doloroso → temos que observar a
integridade das estruturas adjacentes após essa Alguns músculos possuem tendões formados por
lesão. feixes colágenos organizados (partes brancas) em
sua extensão, e outros são totalmente carnosos.
MIOLOGIA
O sistema muscular é formado por todos os
músculos do corpo e temos 3 tipos de músculos:
estriado esquelético, estriado cardíaco e músculo
liso.
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músculo ao esqueleto e/ou fáscia muscular ou até


mesmo a uma aponeurose de outro musculo (ex.:
músculos oblíquos da parede anterolateral do
abdome, em que uma aponeurose é ligada a outra
de outro músculo diretamente)

Os músculos esqueléticos podem ser classificados


de acordo com seu formato:

• Músculos planos: possuem fibras paralelas e


geralmente são ligados aos ossos por uma
aponeurose → ex.: músculo oblíquo externo do
abdome

O tamanho/comprimento de um músculo diz


respeito à distância entre sua origem e seu
fim/inserção → a maioria dos músculos
esqueléticos fica fixada direta ou indiretamente
aos ossos, cartilagens, ligamentos, fáscias ou a
algum ligamento entre essas estruturas → outros
músculos ficam fixados a órgãos, como o bulbo do
olho; outros na pele, como os músculos da face; e
outros em túnicas mucosas, como os músculos • Músculos peniformes: a organização de seus
intrínsecos da língua. fascículos parece penas e podem ser
semipeniformes (ex.: M. extensos longo dos
A função dos músculos é promover movimento, dedos), peniformes (ex.: M. reto femoral) e
mas também servem de sustentação e para dar multipeniforme (ex.: M. deltoide)
forma ao corpo, além de que fornecem calor →
abaixo, podemos ver alguns exemplos de
músculos superficiais

Os tendões de alguns músculos formam


aponeuroses (lâminas planas) que fixam o
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essa abertura quando se contraem → ex.: M.


orbicular dos olhos (fecha as pálpebras)

• Músculos fusiformes: formato de fuso com


um ou mais ventres redondos e espessos e • Músculos que têm múltiplas cabeças ou
possuem extremidades mais finas → ex.: múltiplos ventres: possuem mais de uma
músculo bíceps braquial cabeça de inserção ou mais de um ventre
contrátil → ex.: M. bíceps braquial, que possui
duas cabeças de inserção; Mm. tríceps que
possuem 3 cabeças de inserção, etc.

• Músculos triangulares (convergentes):


originam-se em uma área larga e convergem
formando um único tendão (ex.: M. peitoral
maior), parecendo um triângulo

→ ex.: M. bíceps braquial (duas


cabeças)

CONTRAÇÃO DOS MÚSCULOS

Os músculos contraem quando uma ponta (origem


ou inserção) dele puxa a outra, o que gera um
• Músculo quadrado: possuem quatro lados movimento → a origem geralmente é a
iguais → ex.: M. reto do abdome extremidade proximal que fica fixa na contração,
enquanto que a inserção é a extremidade distal
que é móvel, porém, há exceções → no exercício
de flexão, por exemplo, a inserção do músculo que
fica mão fica fixa e a origem e o tronco se
movimentam

Unidade estrutural do músculo: células/fibras


musculares

Unidade funcional do músculo: unidade motora


(neurônio + fibras que ele controla) → quando um
• Músculos circulares ou esfincterianos: neurônio motor é estimulado, um impulso elétrico
circundam uma abertura ou orifício e fecham é gerado e isso causa uma contração simultânea
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de todas as fibras musculares que são supridas A depender do movimento feito, o mesmo músculo
por essa unidade motora → as grandes unidades pode agir como sinergista, agonista, fixador ou
motoras suprem os grandes músculos do tronco e antagonista, em situações diferentes.
da coxa, enquanto que os pequenos músculos dos
VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DOS
olhos e das mãos são atendidos por pequenas
MÚSCULOS
unidades motoras.
Nos membros, os músculos com ações
semelhantes ficam dentro do mesmo
compartimento fascial e são atendidos pelos
mesmos nervos.

Os músculos esqueléticos são inervados por


nervos motores e esses nervos geralmente entram
na porção carnosa do músculo a partir da face
profunda (assim, são protegidos por esses
músculos que estão suprindo) e geralmente eles
suprem esse músculo em que entram →
exceções: ramos sensitivos que inervam a pele do
dorso e depois entram nos músculos superficiais
do dorso não suprem esse músculo.

Os músculos precisam receber estímulo de um


neurônio motor → o neurônio motor parte do
corno anterior espinal da medula e vai em
Os músculos ficam unidos ao osso pelos tendões,
direção ao músculo, sendo que um neurônio é
que são formados por tecido conjuntivo e são
capaz de suprir várias fibras musculares, e quando
continuidades do revestimento do músculo
entra no músculo, ele se ramifica em terminais
(endomísio, perimísio e epimísio)
axonais que vão até o sarcolema, daí, ao serem
Fáscia muscular: tecido conjuntivo denso que ao estimuladas, essas fibras contraem juntas
recobrir os músculos deixa-os unidos e agrupados
A irrigação dos músculos não é constante,
em grupos de músculos funcionais.
geralmente é múltipla → os músculos são irrigados
FUNÇÃO DOS MÚSCULOS pelas artérias que têm contato, geralmente.

Os músculos possuem função de sustentação, MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO


movimento, forma e posicionamento do corpo
O músculo estriado cardíaco é o miocárdio e há
Músculo agonista: é o principal músculo também pouco de músculo estriado na aorta, veias
responsável pela produção de um movimento pulmonares e veia cava superior → esse músculo
específico do corpo → faz a maior parte do é capaz de contrair sem estímulos, pois as células
trabalho e gasta a maior parte da energia ao se marca-passo são autocontrateis, especializadas e
contrair concentricamente para produzir podem ser influenciadas pelo simpático e
determinado movimento parassimpático.
Músculo fixador: estabiliza as partes proximais de A irrigação do músculo cardíaco é 2x maior que a
um membro mediante contração isométrica do músculo estriado esquelético.
enquanto há movimento na parte distal

Músculo sinergista: complementa, auxilia direta


ou indiretamente a ação de um agonista

Músculo antagonista: se opõe à ação de outro


músculo → antagonista primário: se opõe
diretamente ao agonista → antagonista
secundário: se opõe a um músculo sinergista.
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MÚSCULO LISO ANOTAÇÕES DA AULA


Não possuem estrias nas células e formam grande
parte da túnica média dos vasos, além de fazer
parte da parede do sistema digestório e dos
ductos, forma o músculo eretor do pelo na pele e
é encontrado também no bulbo do olho (controla
o tamanho da pupila e a espessura da lente).

O músculo liso é involuntário, mas é inervado


pelo sistema nervoso autônomo.

Responde mais lenta e suavemente do que o


músculo estriado.

Tem capacidade maior de se alongar sem sofrer


lesão paralisante e pode sofrer contração parcial
durante longos períodos → isso é importante para
o controle do tamanho dos esfíncteres e do
tamanho do lúmen de estruturas tubulares (como Fáscias: agrupam músculos → as fáscias são
os vasos ou intestinos) → no sistema digestório, muito importantes → algumas pessoas têm dor
nas tubas uterinas e nos ureteres, o músculo liso é crônica por conta de fáscias ou causas miofasciais
responsável pela peristalse (contrações rítmicas → estudos indicam que as fáscias também ajudam
que impulsionam o conteúdo dentro dessas na conexão de todas as partes do corpo.
estruturas).

Meridianos miofasciais: promovem estabilização,


fixação, postura → ex.: quando fazemos uma coisa
com uma parte do corpo e dói em outro lugar.

LIVRO: TRILHOS ANATÔMICOS PARA ESTUDAR


FÁSCIAS

DOCUMENTÁRIO: FÁSCIA FASCINANTE


Anatomia – Prof.ª Thaisa Crespo | Bianca Meireles – turma 77

Músculo liso: involuntário


Acima, há o tecido conjuntivo: as fáscias são feitas
de tecido conjuntivo denso → o tecido conjuntivo
une estruturas do corpo

O músculo tem um ventre muscular e são fixados


em ossos através de tendões (circunferenciais) e
aponeuroses

Linha alba: fica no plano mediano e é uma


interseção tendinosa (tecido conjuntivo) → é a
aponeurose que fica entre as fibras dos músculos
planos do abdome

Na maioria das vezes são esqueléticos, mas


podemos ter músculos cutâneos que ficam
imediatamente abaixo da pele, como por ex.: M.
dartus; M. platisma (promove as expressões
faciais, é o músculo da mímica)
Anatomia – Prof.ª Thaisa Crespo | Bianca Meireles – turma 77

Origem dos músculos: pode ter duas (ex.:


bíceps), três (ex.: tríceps), quatro (ex.: quadríceps)
O músculo marcado acima com os alfinetes,
associado à mastigação, aos movimentos da
mandíbula, é digástrico → esse músculo tem um
ventre anterior, daí ele insere na marcação em
verde e depois tem uma outra inserção desse
ventre posterior (marcado em amarelo)

O bíceps tem duas origens e duas inserções:

O músculo reto do abdome é poligástrico, pois tem


vários ventres musculares (separados por
interseções tendíneas)
Inserção: pode ser bicaudado (como o bíceps) ou
policaudado (como mostra na imagem acima do
lado direito)

Ventre muscular: geralmente o músculo tem um


ventre muscular, mas pode ter dois (digástrico) ou
até mais (poligástrico)
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Acima, da esquerda para a direita temos: romper o músculo, mas a fáscia continuar, não há
digástrico; poligástrico, policaudado e músculos hérnia, porque a hérnia está relacionada às fáscias.
serriados (ex.: M. serrátil)
SISTEMA NERVOSO
Classificação: levando em conta o movimento
que estamos fazendo, o músculo pode ser
agonista, antagonista, sinergista, fixadores

Aferente x eferente

SNC: medula e encéfalo

Acima, temos o diafragma e o buraquinho é o


forame da veia cava inferior

O músculo psoas é profundo, se comparando com


a superfície.
Com o processo evolutivo, os neurônios foram
ficando centralizados → SNC sofreu um processo
de centralização

VIA CENTRÍPETA: da perferia para o centro

Caso tenha rompimento de fáscias, isso pode levar


a hérnias, como mostram as imagens acima, pois
a parede abdominal perde sua integridade → se
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Nervo: neurônio + glia

*esclerose múltipla – estudar


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Importante saber a divisão do sistema nervoso

Acima tem a medula: a parte anterior tem uma


fissura e a parte posterior tem um sulco

A parte motora está posicionada anteriormente e


na parte posterior as fibras entram

Dominância hemisférica: a dominância hemisférica


esquerda faz com que sejamos destros
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CAIXA TORÁCICA
A caixa torácica é composta de ossos e músculos
permite uma mobilidade e uma proteção do
mediastino, onde tem o coração, os pulmões, que
são órgãos nobres → o diafragma separa o tórax A caixa torácica é osteocartilagínea, é o esqueleto
do abdome, sendo que a parede torácica também → temos 12 vértebras em que os 12 arcos costais
protege algumas estruturas abdominais como o fazem ligações posteriormente → anteriormente
baço, o fígado, o estômago, parte dos rins, além de os arcos costais se ligam ao esterno, sendo que a
ser importante estrutura de resistência contra as parte que se liga ao esterno é mais cartilaginosa,
pressões internas exercidas pelo líquido pleural e uma vez que precisamos de certa mobilidade
proporcionar fixação e sustentação para os nessa área, então se fossem ossos enrijecidos, não
membros superiores e muitos músculos... a conseguiríamos esses movimentos
estrutura do tórax muda conforme o sexo, raça,
idade. 10 vértebras ficam ligadas ao esterno, sendo que
as 7 primeiras são chamadas de verdadeiras, pois
A cavidade torácica tem três espaços: o se ligam ao esterno diretamente, e a 8ª, 9ª e 10ª
mediastino (coração e outras vísceras torácicas) e são chamadas de falsas, pois projetam através da
cavidades pulmonares direita e esquerda. 7ª, e as duas últimas são chamadas de flutuantes
e não têm conexão com o esterno, apenas com a
coluna vertebral

O tórax é uma das estruturas que mais se A clavícula protege os nervos, os vasos, protege as
movimenta, pois os pulmões estão estruturas dentro do tórax que vão pros membros
constantemente em movimento, além de que ele superiores
protege os órgãos vitais dos choques e Existem 11 espaços intercostais e 11 nervos
compressões externas, impedindo fraturas → a intercostais
amplitude da caixa torácica pode se modificar a
cada movimento respiratório
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As costelas se articulam com o esterno através de Costelas atípicas (1, 2 e 4 a 12)


sincondroses (articulações de cartilagem hialina) -
→ isso permite expansão e movimento da caixa
torácica

CLASSIFICAÇÃO DAS COSTELAS

As costelas verdadeiras, falsas e flutuantes podem


ser classificadas em típicas ou atípicas: Costela I: mais larga, mais curta e mais curva das
• TÍPICAS 7 costelas verdadeiras → tem uma face articular
na cabeça, em que faz articulação com a vértebra
Costelas típicas são a 3 e a 9, e possuem: T1 → tem 2 sulcos transversais por onde passam
Cada costela típica tem cabeça, colo, tubérculo e os vasos subclávios → esses sulcos são separados
corpo (diáfise) pelo tubérculo do músculo escaleno anterior,
sendo que nesse tubérculo o M. escaleno anterior
O colo da costela une o corpo à cabeça da costela, fica inserido
que é cuneiforme e com duas faces articulares, as
quais são separadas pela crista da cabeça da
costela

Costela 2: corpo mais fino, menos curvo, é mais


longa que a costela 1 → essa costela 2 possui 2
faces para articulação com os corpos das
vértebras T1 e T2 → tem uma área rugosa na face
superior, a tuberosidade do músculo serrátil
anterior

Tubérculo: fica na junção do colo e corpo e tem


uma face articular lisa que se articula com a
vértebra em que a costela fica fixada → tem
também uma face não articular, que é rugosa e é
onde o ligamento costotransversário se insere.

Corpo da costela (diáfise): fino, plano e curvo,


principalmente no ângulo da costela, e esse ângulo
é o marco do limite lateral de inserção dos
músculos profundos do dorso às costelas

Costelas 10 a 12: possuem uma face articular na


cabeça e articulam com uma vértebra

Costelas 11 a 12: curtas e não possuem colo nem


tubérculo

CARTILAGENS
A face interna do corpo é concava e tem um sulco,
por onde passam os nervos e vasos intercostais. As cartilagens costais contribuem para a
expansibilidade da caixa torácica e garante
• ATÍPICAS inserção flexível para suas extremidades
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anteriores → da 1ª à 7ª costela, a cartilagem une As costelas ficam grudadas posteriormente nas


diretamente os ossos da costela ao esterno, já da vértebras (no corpo e no processo transverso das
8ª à 10ª, há uma margem costal cartilaginosa e vértebras)
cada costela se articula com a cartilagem
imediatamente acima dela

As cartilagens costais das costelas 11 e 12


protegem as extremidades anteriores dessas
costelas e não se inserem em outro osso ou
cartilagem

As costelas 1 e 2 têm sua extremidade anterior


fixadas ao esterno pelas cartilagens costais, o que
limita seu movimento geral enquanto a
extremidade posterior gira ao redor do eixo
transversal da costela

As articulações costovertebrais incluem a


articulação da cabeça da costela, daí a cabeça da
costela se articula com dois corpos vertebrais
adjacentes e o disco intervertebral entre eles → a
articulação costotransversária articula o tubérculo
da costela ao processo transverso de uma
vértebra
As vértebras possuem fóveas costais dos
Os espaços intercostais separam as costelas e processos transversos para articulação com os
suas cartilagens costais umas das outras → e são tubérculos das costelas, exceto nas duas ou três
denominados de acordo com a costela superior vértebras torácicas inferiores
(ex.: o 2º espaço intercostal fica entre a 2ª e 3ª
costelas, a 2ª costela acima e a 3ª costela abaixo) Além disso, possuem processos espinhosos
→ temos 11 espaços intercostais e 11 nervos longos, com inclinação para baixo
intercostais → esses espaços são ocupados por
músculos e membranas intercostais, além de dois
conjuntos (um principal e outro colateral) de vasos
sanguíneos e nervos

O espaço que fica abaixo da última costela é


chamado de espaço subcostal e o ramo anterior
do nervo espinal T12 é o nervo subcostal

VÉRTEBRAS TORÁCICAS

A maioria das vértebras torácicas é típica, pois


possuem corpos, arcos vertebrais e sete As vértebras possuem fóveas costais bilaterais
processos para conexões musculares e articulares (hemifóveas), geralmente em pares, uma inferior e
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outra superior → essas fóveas são os locais de O osso é trabeculado → tem vários ligamentos que
articulação com as cabeças das costelas ligam a cartilagem costal com o esterno,
principalmente entre o manúbrio e o corpo do
ESTERNO esterno

Músculos peitorais maior e menor: sustentam e


protegem

Músculos intercostais: camada interna e externa

Diafragma: artéria e nervo frênico (inervação


autônoma no sistema simpático: contrai o
diafragma) passam pelo diafragma

ANOTAÇÕES DA AULA

O esqueleto torácico é composto por costelas,


esterno, cartilagens e vértebras torácicas
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As articulações esternocondrais, que ficam entre o


esterno e a cartilagem, da 1ª à 7ª costela, são
sinoviais planas

A articulação manúbrio-esternal (entre o manúbrio


e o corpo do esterno) é uma sincondrose, uma
sínfise (secundária)

As articulações costocondrais são as articulações


entre o a costela e a cartilagem

A articulação costovertebral (entre a costela e as


vértebras torácicas) é sinovial plana

A articulação entre os corpos vertebrais (discos


intervetebrais) são fibrocartilaginosas (sínfises)

As articulações das costelas falsas se comunicam


A relação anatômica da caixa torácica com as e são as cartilagens intercondrais
estruturas dentro dela e ao redor é muito
importante → ex.: se acontecer um acidente no
esterno, é possível ocorrer uma contusão (lesão
produzida devido a trauma físico/golpe)
miocárdica → há casos de contusão pulmonar por
lesão produzida por problemas com as costelas

Os forames vertebrais formam o canal vertebral,


que é por onde vai passar a medula
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A face externa da costela é onde se inserem os


músculos e na face interna há uma depressão
muito importante → tem um sulco (feixe
vasculonervoso) na face interna da costela por
onde passam o nervo intercostal, a artéria
intercostal e a veia intercostal → a importância
prática para isso é que a fratura de costela dói
muito por conta dos nervos, isso dificulta a
respiração, se tossir dói

Hemotórax: o sangramento dos vasos intercostais


pode causar hemotórax

Vários ligamentos protegem a coluna vertebral

R: Na borda superior da costela inferior, pois é o


lugar onde tem menos ramos.

O ângulo da costela é importante anatomicamente,


pois é sensível a fraturas
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A principal estrutura do mediastino é o coração: o


que vem antes do coração é o mediastino
posterior, o que vem depois é o anterior, o que
vem acima é o superior e abaixo o inferior
Acima, estão marcadas na imagem as artérias
O plano transverso do tórax passa pelo ângulo
torácicas internas, também chamadas de artérias
de Louis até a articulação entre a 4ª e a 5ª vertebra
mamárias → são ramos muito nobres → irrigam a
torácica → acima desse plano é mediastino
parede torácica e depois se anastomosam com
superior e abaixo desse plano até o limite do
artérias epigástricas e assim contribuem também
diafragma é mediastino inferior
com a irrigação do abdome → a artéria torácica
interna também irriga o pericárdio → é importante O mediastino é dividido em superior e inferior,
também para a revascularização do coração, pois sendo que o inferior é dividido em anterior (em
tem paciente que faz anastomose dessa artéria na frente ao pericárdio), posterior (atrás do coração)
coronária (tipo uma ponte) e médio (onde tem o coração).

MEDIASTINO A articulação manúbrio-esternal (ângulo de Louis)


O mediastino é o espaço entre as cavidades coincide com a bifurcação da traqueia, então a
pulmonares traqueia fica no mediastino superior e na região
cervical, já os brônquios ficam no mediastino
inferior
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Acima temos marcadas de azul as veias


braquiocefálicas esquerda e direita (elas ficam
anteriores às veias subclávias), que saem da veia
cava superior.

Veia ázigos: só tem uma, não tem direita e


esquerda → ela vai desde a cava inferior até
desembocar na superior, meio que liga uma na
outra

PERICÁRDIO
O pericárdio é o cinto de segurança do coração,
ajuda a manter o posicionamento do coração, mas
não é essencial à vida, pode ser tirado, caso seja
preciso (pericardiectomia: cirurgia de retirada do
pericárdio)

O pericárdio é inervado pelo nervo frênico (ele


advém de C3, C4 e C5), sendo que os ramos
Mediastino anterior (em amarelo): timo → o timo direito e esquerdo do nervo frênico também
tem que involuir com o passar da idade, se isso inervam o diafragma (isso é importante, pois se um
não acontecer, pode haver tumor de timo (timoma) dos lados não funcionar, pelo menos o outro lado
→ nesse espaço pode ter bócios também (quando funciona e o diafragma continua recebendo
há aumento da tireoide) estímulo nervoso)
Mediastino posterior (em azul): temos a aorta e O saco pericárdico é formado por pericárdio
o esôfago fibroso e lâmina parietal do pericárdio seroso
Mediastino médio (em rosa): é onde fica o A lâmina visceral do pericárdio seroso fica aderida
coração, os brônquios e o início dos grandes vasos imediatamente ao coração → é o epicárdio
O início dos grandes vasos (início da veia cava, O pericárdio é uma lâmina fibroserosa → o saco
veias pulmonares, aorta) fica no mediastino pericárdico é mais fibroso ainda (constituído de
inferior-médio, mas a sua continuação fica no tecido fibroso e lâmina parietal do seroso)
mediastino superior
Cavidade pericárdica: é o espaço entre as
lâminas parietal e visceral do pericárdio seroso
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(epicárdio) → dentro dessa cavidade há uma continuidade com o pericárdio fibroso, como
película de líquido (20 a 20mL) para permitir a mostra a figura abaixo com o círculo verde
movimentação do coração dentro do saco
pericárdico

Tamponamento cardíaco: se ficar mais líquido


que o normal nessa cavidade pericárdica (como
em traumas por armas, por ex.), o paciente fica
dispneico, hipotenso, pois o coração fica
tamponado e isso impede o retorno venoso e
consequentemente a ejeção de sangue para os
tecidos do corpo (não tem pré-carga e nem pós
carga), podendo levar à morte

O pericárdio recobre alguns vasos

O coração mantém a posição também por conta


de ligamento esternopericárdico

Acima temos a parede do coração: da direita para


a esquerda temos o endocárdio (é cheio de
ondulações, as trabéculas cárneas), miocárdio e
epicárdio

O pericárdio fibroso forma ligamentos: temos o


ligamento pericárdicofrênico

O pericárdio se relaciona com o diafragma, por


isso podemos sentir o coração bater na parte Seio transverso do pericárdio: conseguimos
abdominal → o centro tendíneo (atravessado pela colocar o dedo entre a aorta e o tronco pulmonar,
vaia cava inferior) do diafragma tem uma aí o dedo fica posterior à aorta e ao tronco
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pulmonar, anterior à cava superior → nas cirurgias irrigado também pelas artérias bronquiais,
cardíacas isso é importante esofágicas e frênica superior (ramos da aorta)

O epicárdio é irrigado pelas artérias coronárias


(emergem da aorta ascendente) → essas
coronárias se continuam no miocárdio e irrigam
também o miocárdio

A drenagem venosa acompanha a irrigação →


veias pericárdicofrênicas podem drenar ou pra
veia braquiocefálicas ou pra veia torácica interna
→ daí a veia torácica drena para a subclávia, que
drena para a braquiocefálica, que drena pra cava
superior

As outras veias relacionadas aos vasos esofágicos,


bronquiais e frênicos drenam para as tributárias da
veia ázigos (que desemboca na cava superior)

A pericardite pode ser decorrente de várias coisas:


por conta de tuberculose, doenças
reumatológicas, trauma → daí isso forma
aderências do epicárdio ao pericárdio e isso forma
uns ruídos à ausculta

Quem tem uma pericardite, por exemplo, não tem


uma dor apontável, a dor é mais difusa e muito
intensa, é uma dor em aperto → essa dor pode ser
referida nos dermátomos de C3 e C5

As artérias torácicas internas direita e esquerda se


ramificam e irrigam o pericárdio → o pericárdio é
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Pneumopericárdio: ar na cavidade pericárdica,


por ex. quando há um trauma, ou quando há uma
bactéria produtora de gás nesse local

Pericardiocentese: puncionar a cavidade com


uma agulha para retirar líquido da cavidade
pericárdica

Dois nervos independentes inervam o diafragma e


isso é muito importante, pois se uma parte do
diafragma é paralisada, a outra continua
funcionando

Pericardite: inflamação do pericárdio

Derrame pericárdico: presença de líquido (pus,


serosidade, sangue) na cavidade pericárdica.

Tamponamento cardíaco: impede a pré e a pós-


carga

Atrito pericárdico: ruído por conta de aderências


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ORGANIZAÇÃO GERAL ANATOMIA EXTERNA DO CORAÇÃO


O coração é uma bomba dupla que se divide em O coração é um órgão oco envolvido pelo
direito e esquerdo, e apesar de essas duas partes pericárdio, ele fica no mediastino médio, é
ficarem anatomicamente associadas, elas composto por uma base, um ápice, faces e
funcionam de formas diferentes fisiologicamente margens → tem peso de mais ou menos 300g em
homens e 250g em média nas mulheres →
O coração direito recebe o sangue venoso das
comprimento de cerca de 12cm, largura de cerca
veias cavas superior e inferior, daí ele passa do
de 9cm, espessura de cerca de 6cm
átrio direito para o ventrículo direito através da
valva atrioventricular tricúspide, daí ele entra no Base e ápice: tem base (onde saem os vasos)
ventrículo direito, o ventrículo direito se contrai e a voltada posteriormente e para a direita e ápice
valva tricúspide se fecha, daí a pressão vai voltado anteriormente e para a esquerda
aumentando nesse ventrículo e ele ejeta sangue,
que sai em direção ao pulmão pelas artérias Faces: tem as faces esternocostal (anterior),
pulmonares (tronco pulmonar) através da valva diafragmática (inferior) e pulmonar (direita e
pulmonar esquerda).

O coração esquerdo recebe o sangue oxigenado Margens: superior, inferior (margem ou borda
do pulmão pelas veias pulmonares que deságuam “aguda”) e esquerda (margem ou borda obtusa)
no átrio esquerdo, daí o sangue chega ao O coração fica posicionado de forma oblíqua no
ventrículo esquerdo pela valva atrioventricular tórax → o átrio direito fica anterior e inferior ao
mitral do átrio esquerdo e bombeia o sangue para átrio esquerdo
fora pela aorta através da valva aórtica
Cada câmara tem em sua parede três camadas
Além disso, o coração tem quatro câmaras: 2 (túnicas cardíacas):
átrios e 2 ventrículos → os átrios são câmaras de
recepção de sangue e os ventrículos são câmaras • Endocárdio: é uma membrana de
de ejeção de sangue → suas ações são conjuntas revestimento que cobre o coração e suas
para formarem o ciclo cardíaco valvas, é feita de endotélio e tecido conectivo
subendotelial → superfície trabecular
Ciclo cardíaco: quando as valvas aórtica e • Miocárdio: é formada de músculo, é a camada
pulmonar se fecham (depois que o sangue foi intermediária helicoidal e espessa
ejetado), começa a diástole, aí nos momentos
• Epicárdio: camada externa fina, chamada de
iniciais as valvas tricúspide e mitral se abrem para
mesotélio, é a lâmina visceral do pericárdio
que o sangue dos átrios passe pros ventrículos →
seroso
à medida que o sangue vai enchendo o ventrículo,
a pressão vai aumentando gradativamente, aí isso A parede do coração é formada principalmente
faz com que as valvas aórtica e pulmonar se pelo miocárdio espesso, principalmente os
abram, o que fecha rapidamente as valvas mitral e ventrículos, que precisam da força do músculo
tricúspide → aí, quando essas valvas aórtica e para contraírem
pulmonar se abrem, o sangue sai dos ventrículos
em direção ao pulmão e ao corpo.

Sons cardíacos: esses processos listados no ciclo


cardíaco produzem sons, as bulhas, que são sons
causados pelo movimento de fechamento das
valvas → tum: momento da diástole em que o
ventrículo recebe sangue e tá: momento da sístole,
em que o coração ejeta o sangue pro corpo
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A veia umbilical obliterada na vida adulta é o


Embriologia cardíaca: o sangue oxigenado ligamento redondo do fígado → artérias umbilicais
chegava da placenta através da veia umbilical → obliteradas foram os ligamentos umbilicais
daí, na topografia do fígado vai passar pelo ducto mediais, que ficam inseridos no peritônio
venoso, que liga a veia umbilical com a cava
inferior → a cava inferior desemboca no átrio
direito e através do forame oval tem ligação com o
átrio esquerdo → há a mistura de sangue dos
átrios → daí, o ducto arterial desvia o sangue da
artéria pulmonar para a aorta, o que protege os
pulmões da sobrecarga (nesse momento, os
pulmões só extraem o oxigênio, não realizam
fornecimento de oxigênio e trocas gasosas)

Daí, na vida neonatal, nos primeiros dias de vida, o


forame oval é fechado, pois a pressão no átrio
esquerdo aumenta → o canal arterial
(comunicação da aorta e tronco pulmonar) é
fechado por mecanismo hormonal (bradicinina Cronotropismo: automatismo
causa constrição nessa área), e quando esse canal Batmotropismo: excitabilidade
permanece aberto na vida adulta, isso causa
comprometimento pulmonar (hipertensão Dromotropismo: condutibilidade
pulmonar).
Inotropismo: contratilidade

A persistência desse ducto arterial (comunicação


entre aorta e tronco pulmonar) pode gerar Na imagem acima podemos ver a silhueta
patologias graves cardiovascular → do lado direito temos a
hemicúpula diafragmática direita → do lado
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esquerdo temos o contorno do ventrículo O paciente da imagem acima tem citus inversus
esquerdo totales → o posicionamento das vísceras torácicas
e abdominais estão trocados na localização:
coração, fígado, tudo está do lado oposto do que é
o normal

Acima temos uma cardiomegalia → coração está


aumentado

Acima, podemos ver o coração ectópico: fica em


outro lugar que não no mediastino médio

Destrocardia: coração posicionado à direita

O ápice do coração (ictus cordis) é o ponto de


pulsação máxima → a base do coração é de onde
saem os vasos
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(linha vermelha na imagem acima) é onde passa a


artéria coronária descendente anterior (DA), ramo
interventricular anterior da coronária esquerda →
o que fica à esquerda do sulco é o VD e o que fica
à direita é o VD → o sulco corresponde ao septo
interventricular, que fica na parte interna do
coração

O sulco terminal é uma depressão importante pois


é onde tem o nó sinusal → na anatomia externa,
esse sulco é uma depressão que é um
espessamento muscular na parte interna
Aurículas: funcionam como reservatório de
sangue

O sulco coronário ou sulco atrioventricular fica


entre os átrios e ventrículos e é onde passa o seio
coronário → na drenagem do próprio coração
temos veias mínimas, médias, magnas, que
desembocam numa veia mais dilatada, que é o
seio coronário → nesse sulco passa a artéria
coronária direita e uma parte da artéria coronária
esquerda

O principal sistema de drenagem do coração é o


seio coronário, que passa no sulco coronário

Podemos identificar as câmaras cardíacas sem


dissecar o coração, só olhando a anatomia externa
do coração → o sulco interventricular anterior
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Acima temos as faces do coração e as estruturas


ANATOMIA INTERNA DO CORAÇÃO
que predominam em cada uma
O coração é um órgão oco que recebe sangue
pelas veias e ejeta sangue para o corpo pelas
artérias

O epicárdio é composto por tecido adiposo e dá


passagem aos vasos coronários

Isso pode predispor à aterosclerose coronariana, a


depender da quantidade de gordura que tem no
epicárdio. Para que as fibras musculares estejam
organizadas, precisamos ter um esqueleto, que
tem função estrutural, fixação do miocárdio,
mantém os óstios das valvas abertas e impede a
distensão excessiva e lesões das valvas, funciona
como isolante elétrico e separa os impulsos e
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condução dos estímulos dos átrios e ventrículos, o fossa oval tem um espessamento que é o limbo da
que permite que aconteça o ciclo cardíaco fossa oval.

Temos dois trígonos fibrosos e 4 anéis fibrosos Se tivermos uma comunicação entre os átrios (C I
(envolvem as valvas) A), isso acontece por uma falha no fechamento do
forame oval (é aberto na vida intrauterina mas tem
que fechar quando nascemos) → dependendo do
grau do defeito, tem que fazer cirurgia

As valvas são as unidades anatofuncionais → são


formadas por válvulas

Mitral: bicúspide, formada por duas cúspides


(válculas) → tricúspide: três válvulas (cúspides)
Temos o septo interventricular que separa os dois
Valvas semilunares: possuem 3 válvulas em forma ventrículos
de bolsas

No AD temos a chegada das veias: seio das veias


cavas

C I V: comunicação entre os ventrículos → a


depender do grau, pode ter que operar

Temos o septo interatrial e nesse septo tem a fossa


oval, uma área mais deprimida → ao redor dessa
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Óstio do seio coronário: porção dilatada, onde


90% das veias cardíacas (mínimas, médias,
magnas) desembocam nesse óstio do seio
coronário, por onde entra o sangue no átrio direito.

As válvulas têm cordões tendíneos ligados a


músculos papilares, que fazem com que a valva
se feche na contração ventricular e o sangue não
regrida para o átrio

Tetralogia de Fallot é uma doença congênita em


que há quatro defeitos cardíacos: hipertrofia
ventricular direita, estenose da valva pulmonar,
defeito septal interventricular e a dextroposição da
aorta (quando a aorta está deslocada para a direita
do orifício aórtico).
No AE temos os óstios das veias pulmonares e o
óstio atrioventricular esquerdo

Temos os orifícios das valvas


Músculos dentro da aurícula: são músculos
pectíneos Os ventrículos têm trabéculas cárneas → crista
ou coluna: elevação das trabéculas cárneas →
pontes: trabéculas cárneas fixam de um lado e de
outro → pilares: músculos papilares, são as
trabéculas cárneas que se ligam às cordoalhas
tendíneas, o que impede a abertura da valva e
regressão do fluxo
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cordas tendíneas, músculos papilares e ânulo


fibroso

As válvulas semilunares não podem ser chamadas


de cúspides

Quando falamos VD, falamos de porção de


esvaziamento do VD

Quando falamos de VE, a parte inferior do VE é a


porção de enchimento e a parte superior e anterior
do VE é o vestíbulo aórtico, e a partir desse Podemos ter alterações nas valvas (valvulopatias)
vestíbulo temos a raiz da aorta → isso pode provocar estenose (estreitamento,
não há abertura adequada) e/ou insuficiência (há
retorno de sangue, não há fechamento adequado)

As valvas AV são cúspides e possuem anéis


fibrosos → as valvas têm face axial (aderente, que
Valvas arteriais são valvas semilunares: possuem
fica virada pro átrio) e face parietal (ventricular,
três válvulas semilunares → as valvas aórticas são
livre) → um aparelho valvar possui: válvulas
constituídas pelos seios aórticos, três válvulas,
cúspides (duas ou três, dependendo da valva),
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emergências das artérias coronárias direita e


esquerda e anel fibroso

Quando o músculo papilar está relaxado, as


valvas ficam abertas, e quando os músculos
papilares se contraem, eles puxam as cordoalhas
tendíneas e as valvas se fecham → isso se dá pela
inervação do complexo estimulante do coração

Ventriculografia: na imagem acima, um cateter


com contraste foi introduzido no ventrículo, então
conseguimos avaliar o ventrículo na imagem → na
sístole (à esquerda) está mais cheio e na diástole
está mais vazio (à direita)
Isso é grave, pois se há dificuldade de ejeção, o Cineangiocoronariografia: é o procedimento em
coração aumenta muito seu trabalho, o que pode que puncionamos os vasos para chegar até as
levar a uma hipertrofia cardíaca por conta dessa coronárias para avalia-las → ao cateterizar um
estenose vaso até às coronárias, injetamos um contraste e
conseguimos ver as coronárias nas imagens

Acima, temos o exemplo de uma inserção de


cateter no átrio.
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A insuficiência e a estenose são alterações das


valvas, então causam alterações na ausculta →
causam sopros

Acima, temos o exemplo de um trauma penetrante


O sopro é auscultado → acima, temos uma
O traumatismo contuso cardíaco (não há calcificação da valva aórtica por conta de
perfuração) é muito mais letal, geralmente a insuficiência e/ou estenose, o que gera sopros.
pessoa morre na cena

Algumas pessoas têm sopros, mas não têm


patologias → só de ter o fluxo muito rápido pode
ter ausculta de sopro

Obstrução local (por ex.: em caso de


aterosclerose) ou aumento abrupto de calibre (ex.:
em caso de aneurisma, que é a dilatação do vaso)
do vaso também levam ao sopro.

A irrigação do coração é dada pelas coronárias


direita e esquerda, que saem do ramo ascendente
da aorta → daí, essas artérias vão se ramificando
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e os ramos principais da artéria esquerda são a DA → a que vai para a parede posterior é o ramo
(artéria descendente anterior ou ramo circunflexo (CX) → o ramo circunflexo (em
interventricular anterior da artéria coronária alaranjado) é o que mais se anastomosa com os
esquerda) e a circunflexa → as coronárias vão ramos da artéria coronária direita (em roxo), pois
dando vários ramos diagonais e também tem uma ele passa pelo sulco coronário (atrioventricular)
artéria principal que é a artéria marginal que nem posteriormente
todos os pacientes possuem
A artéria coronária direita emerge do seio aórtico
passa pelo sulco atrioventricular e vai em direção
à parede posterior do coração → No sulco
interventricular posterior a artéria coronária direita
dá um ramo importante: a DP (artéria coronária
descendente posterior ou ramo interventricular
posterior da coronária direita) → logo após
emergir do seio da aorta, a artéria coronária direita
dá um ramo que irriga o nó sinusal (marcado em
preto) e um ramo que irriga a região infundibular
do VD (o cone arterioso, marcado em azul).

Infarto agudo do miocárdio por oclusão da


coronária direita: oclusão da coronária direita:
Na maioria das pessoas, a coronária esquerda é isso impede o fluxo sanguíneo pro nó sinusal, o
a predominante na irrigação do coração, porém a que torna o paciente fica com bradicardia,
diferença é pouca → a coronária esquerda irriga a bradiarritmia, pois o nó sinoatrial passa a tomar as
maior parte do VE, parte do VD e a maior porção rédeas dos batimentos, do automatismo do
do septo interventricular (2/3 do septo coração. Por isso que alguns pacientes que têm
interventricular) infarto agudo do miocárdio precisam colocar
marcapasso, além de angioplastia.
A artéria coronária direita irriga o átrio direito, o
VD (exceto a parte esquerda da parede anterior do
VD), parte direita da parede posterior do VE, e 1/3
do septo interventricular

Na imagem acima, podemos ver o sulco


atrioventricular (sulco coronário) posterior, onde
entra o seio coronário (marcado em preto) no AD
→ a coronária direita passa pelo sulco AV e dá
Acima, podemos ver o tronco da coronária ramo na DP (descendente posterior) que passa no
esquerda (circulado de amarelo) ainda não emitiu sulco interventricular (em amarelo)
ramos → o ramo anterior é a DA (descendente
anterior, em verde), ela vai até o ápice do coração
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A artéria coronária esquerda emerge da aorta


ascendente e se ramifica em CX e DA →
geralmente irriga a maior parte do coração

A coronária direita é ramo da aorta ascendente,


nasce do seio aórtico e faz anastomoses com a
artéria circunflexa que é ramo da artéria coronária
esquerda

A coronária direita tem três ramos principais: o


ramo DP no sulco interventricular, o que vai em
direção ao nó sinusal e o que irriga o infundíbulo
do VD (cone arterioso)

A maioria das anastomoses do coração são


anastomoses terminais funcionais

Acima, temos o exame de contraste da coronária


direita: cineangiocoronariografia
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Na imagem acima, podemos ver da esquerda para


a direita: na imagem A uma coronária normal, na
artéria B e C há uma oclusão → alguns casos
precisam de cirurgia (angioplastia para
desobstrução do vaso)

Na imagem acima, vemos o resultado de uma


angioplastia que deu certo (imagem à direita)

Para fazer um cateterismo para chegar até as


coronárias (cineangiocoronariografia), devemos
puncionar uma artéria, pois as artérias coronárias
são ramo da aorta → se puncionarmos artéria
femoral, daí o contraste vai para a ilíaca externa,
depois ilíaca comum, depois aorta abdominal,
depois artéria torácica, depois ramo descendente
da aorta, depois ramo ascendente da aorta e por
fim chega às coronárias.

Se puncionarmos a artéria braquial, o contraste vai


para a artéria axilar, depois para artéria subclávia,
daí entra na aorta e vai para as coronárias.
Se puncionarmos veias e injetarmos contraste,
vamos parar no lado direito do coração e depois
vai pro pulmão → essa punção venosa é utilizada
para diversas coisas, como por exemplo para
chegar ao seio coronário, pois aí chega ao AD e o
seio coronário desemboca no AD.

Ponte de safena: uma parte da veia safena é


retirada da perna e é feita uma anastomose com a
região coronariana à jusante à área da obstrução
→ uma ponte é feita, aí a anastomose é feita e a
coronária continua irrigando o coração
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Os outros 10% da drenagem do coração são


feitas dentro das câmaras cardíacas pelas veias
cardíacas anteriores e veias mínimas do coração,
que desembocam diretamente dentro das
câmaras

A inervação do coração é intrínseca e extrínseca


→ o coração é inervado por fibras autônomas e
fibras sensitivas (carreada com a inervação
simpática, dada pelos nervos vagos e dos troncos
Na imagem acima, além de duas pontes de safena simpáticos
por conta de provável obstrução das coronárias,
também temos a anastomose da artéria mamária A dor cardíaca é imprecisa → geralmente é
(torácica interna) direto na coronária esquerda compressiva, em aperto → pode irradiar para os
anterior à jusante à área da obstrução membros superiores, para a região cervical, etc.

Nesses casos de ponte de safena, há a


possibilidade de essa veia ter uma trombose nessa
veia e o paciente tem um reinfarto e tem que
refazer a cirurgia.

As principais veias que drenam o coração


desembocam no seio coronário (faz 90% da
drenagem do coração) que fica no sulco
atrioventricular posterior e entra no AD.

Tributárias do seio coronariano: veia magna, veia


posterior, veia oblíqua do AE, veias mínimas do
coração, veias cardíacas do coração, entre outras
(na imagem acima)
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Os nervos do coração vêm do plexo cardíaco e


esse plexo cardíaco tem parte sensitiva e
autônoma (parassimpático e simpático)

Sistema de condução: complexo estimulante →


composto pelo nó sinusal, pelo nó AV, pelo feixe
AV (com seus dois ramos), pelos plexos
subendocárdicos e pelas fibras de Purkinje.

O nó AV tem frequência menor que o nó sinusal

Esses estímulos geram potenciais de ação que


permitem o batimento cardíaco.
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taquiarritmia supraventricular → se esse feixe for


retirado (é feita uma cirurgia de ablação) e a
pessoa volta ao normal.

Acima, podemos observar um caso em que o


paciente tem miocardiopatia chagásica e precisou
de marcapasso → aí precisamos palpar na região
clavicular direita ou esquerda em busca de
marcapasso, pois nem sempre o paciente vai falar
que tem

A origem do plexo cardíaco → parassimpática:


nervo vago → simpático: as fibras simpáticas vêm
de T1, T2, T3 e T4, principalmente

A parte aferente: na imagem acima é a parte


verdinha (é a parte visceral) que acompanha o
simpático e a parte aferente em preto que
acompanha o nervo vago

Existe hoje o CDI, um tipo de marcapasso


especializado que identifica se o ritmo do paciente
ficar alterado e já faz a desfibrilação.

A síndrome de Wolff-Parkinson-White é uma


síndrome de pré-excitação → acredita-se que é
uma doença congênita → tem um feixe acessório
que causa arritmias e a arritmia mais comum é a
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HIPOTÁLAMO A região do hipotálamo é a circulada de azul na


imagem acima, em uma visão inferior

O sistema nervoso central (neuro-eixo) é


composto por medula + todo o encéfalo (na
imagem acima marcado em vermelho: tronco
encefálico, bulbo, ponte e mesencéfalo) O hipotálamo não é uma estrutura, é uma região

Cerebelo marcado de azul → cérebro marcado em


alaranjado

Hipotálamo (marcado em roxo) fica abaixo do


sulco talâmico (marcado de verde) → o diencéfalo
é composto pelo hipotálamo, tálamo e epitálamo

O hipotálamo é muito pequeno, tem 4cm cúbicos


e faz toda a integração do SNA com o sistema
endócrino → o hipotálamo está relacionado às
funções de conservar/dissipar calor, equilíbrio
eletrolítico, controle da fome e saciedade, entre
outras funções

O hipotálamo tem muitos núcleos.


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O hipotálamo está ligado ao sistema límbico


(emoções), conexões sensoriais, retina, conexão
com a hipófise, conexões viscerais, etc.

Na imagem acima, podemos ver os nervos ópticos


(marcados em roxo) saindo do quiasma óptico

O túber cinério marcado de vermelho

Corpo mamilar marcado de verde

O hipotálamo é uma região anatômica que tem


essas formações acima

Quiasma óptico: é o entrecruzamento das fibras


dos nervos ópticos direito e esquerdo

Túber cinéreo: faz a ligação com a hipófise


Devemos saber que na parte supraótico temos o
Infundíbulo: envolvida na conexão com a hipófise núcleo supraótico e paraventricular que
também secretam ADH e ocitocina.
Corpos mamilares Já a parte tuberal tem o núcleo arqueado que está
relacionado com a hipófise anterior.
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cerebrais podem levar à obesidade, pois isso mexe


na regulação da ingestão de alimentos

O hipotálamo também controla a ingestão de água


pela secreção de ADH.

HIPÓFISE
O eixo hipotalâmico hipofisário é extremamente
importante para o sistema endócrino e o
hipotálamo que comanda as ações da hipófise.

Na imagem acima, temos em azul o núcleo


paraventricular e em verde tem o núcleo
supraótico

Uma das funções mais importantes do hipotálamo


é a relação com o sistema nervoso autônoma

A parte posterior do hipotálamo tem o centro de


produção e conservação de calor e a parte anterior
e região pré-óptica têm o centro de perda de calor
→ alguns pacientes fazem cirurgia nessas áreas e
desenvolvem hipertermia maligna por conta de
lesão nessas áreas

Na imagem acima, podemos ver a localização da


hipófise circulada de vermelho.

Os seios da dura mater (na imagem em azul) são a


parte da drenagem venosa do encéfalo → temos
as meninges que têm pregas e podem ajudar a
formar seios → a glândula hipófise é quase toda
recoberta pela dura mater, e isso ajuda na
Alguns tipos de obesidade possuem origem proteção dessa glândula, porém também dificulta
central por conta de lesão central → tumores o acesso a ela em caso de necessidade cirúrgica.
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Na imagem acima, temos marcado em vermelho o


núcleo arqueado do hipotálamo e marcado em
amarelo temos o trato túbero-hipofisário que passa
A dura mater protege a hipófise quase toda, pelo tubo cinéreo
exceto na região da haste

A conexão do hipotálamo com a hipófise anterior


se dá por duas conexões: pela conexão nervosa
pelo trato túbero-infundibular, em que
neurônios secretores que saem do núcleo
arqueado se dirigem até a eminência mediana e
haste infundibular → depois, temos a conexão Na conexão vascular temos o plexo primário
vascular pelo sistema porta-hipofisário, em que passando pela haste infundibular e depois temos o
há duas redes (primária e secundária) de capilares plexo secundário que fica no interior da glândula
interpostos por vasos maiores adenohipófise → essa região toda é irrigada pela
artéria hipofisária
O hipotálamo produz hormônios que inibem ou
estimulam secreção de hormônios na Hormônios produzidos pela adenohipófise:
adenohipófise e esses hormônios chegam na O TSH é produzido na adenohipófise e tem
adenohipófise através dessas duas conexões regulação no crescimento e metabolismo, pois
sequenciais. estimula a secreção de T3 e T4
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O hormônio ACTH regula a secreção de


hormônios no córtex adrenal.

Os hormônios LH e FSH são glicoproteínas


produzidas pela adenohipófise

O GH, que é o hormônio de crescimento estimula


o crescimento e desenvolvimento de vários
tecidos

Prolactina: influencia na produção de leite e na


função reprodutora

ADH: função de conservar água e regular a


osmolaridade dos fluidos

Ocitocina: função de promover a ejeção do leite


pela glândula mamária

Na imagem acima, temos os núcleos supraótico


em verde e paraventricular em azul → daí os
axônios desses neurônios se unem formando o
trato hipotalâmico hipofisário circulado em roxo

A conexão do hipotálamo com neurohipófise é


feita através do trato hipotalâmico hipofisário →
essa conexão é totalmente nervosa, ou seja,
composta por axônios → o corpo do neurônio fica
nos núcleos (principalmente nos supraótico e
paraventricular) do hipotálamo e vai se
estendendo até a neurohipófise → esses
neurônios são grandes (magno-neurônios) e são
Circuito arterial do cérebro (Polígono de Willys)
considerados especiais, pois enquanto os
→ várias artérias compõem esse polígono, o que é
neurônios normais recebem, conduzem e geram
importante pois esses vasos se anastomosam
estímulos, estes produzem secreções (ADH e
entre si → a hipófise é irrigada principalmente pela
ocitocina)
artéria hipofisária superior (ramo da carótida
interna) e pela artéria hipofisária inferior (ramo
da carótida interna) e essas artérias fazem
anastomoses com essas artérias contralaterais →
as glândulas tireoide e suprarrenal, de maneira
geral, são as mais irrigadas do corpo
Anatomia – Prof.ª Thaisa Crespo | Bianca Meireles – turma 77

A glândula hipófise é altamente irrigada, e quando


há gravidez, ela aumenta de tamanho, porém sua
irrigação permanece a mesma → a síndrome de
Sheehan se dá quando a hipófise colapsa por
conta de isquemia (por choque hemorrágico ou
por outros motivos), ou seja, porque recebe pouco
sangue, daí isso causa hipopituitarismo, que é a
diminuição da secreção de hormônios hipofisários,
podendo causar diversas complicações, como
agalactia, amenorreia pós-parto

Imagem de sela vazia: para o diagnóstico dessa A glândula pineal fica no teto do mesencéfalo,
síndrome, fazemos o exame de imagem e vemos a como mostram as imagens acima → ela fica no
sela turca (osso esfenoide onde a glândula está epitálamo
alojada) vazia, pois a hipófise foi necrosada

GLÂNDULA PINEAL

Essa glândula pode ser local de tumores


específicos e esses tumores podem comprimir
regiões anatômicas dos folículos que
movimentam os olhos, daí o paciente pode perder
a capacidade de movimentar os olhos
reflexamente
Anatomia – Prof.ª Thaisa Crespo | Bianca Meireles – turma 77

A glândula pineal tem função antigonadotrófica →


A glândula pineal possui pinealócitos, que são as em caso de tumores, pode haver puberdade
células secretoras de melatonina através do precoce
metabolismo da serotonina → é uma glândula Sincronização suplementar do ritmo circadiano
muito vascularizada, não possui barreiras Vigília-sono (Jet-leg)
hematoencefálicas e é inervada por fibras
simpáticas que vêm do gânglio cervical superior.

Essa função de aumentar a apoptose de células


neoplásicas é muito importante, pois previne o
câncer → além disso, tem ação antioxidante e
aumenta a resposta imune.

A melatonina é produzida diversas vezes durante


a noite → a melatonina é importante no
metabolismo e inclusive no metabolismo de
glicose → nosso corpo possui um mecanismo de
defesa que consiste em produzir menor
quantidade de insulina durante o sono para que
não haja hipoglicemia noturna, e simultâneo a isso,
há um aumento da sensibilização dos receptores
de glicose por conta da ação da melatonina, então
também não há hiperglicemia.

Existem estudos que correlacionam obesidade e Com o passar dos anos, a glândula pineal vai
falta de sono. calcificando, e quando fazemos uma tomografia
(imagem acima), podemos ver essa calcificação.
Ritmo circadiano: é o mecanismo que nosso
corpo usa para se regular entre o dia e a noite, daí
nossos processos fisiológicos seguem um ritmo e
uma rotina de modo que consigamos acordar,
sentir fome, ficar com fome, fazer nossas
atividades → é regulado pela glândula pineal e por
outros fatores como sono e rotina, por exemplo,
dentre outros.
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TIREOIDE

O pescoço tem muitos vasos que são essenciais à


vida → as carótidas bifurcam em carótida externa
e interna e irrigam o encéfalo

O plexo cervical (C1, C2, C3 C4) está contido no


pescoço → o tronco simpático tem gânglios
A tireoide fica na região cervical, que é uma cervicais
região flexível e de transição entre cabeça e tórax
e tem regiões muito importantes para o sistema Região cervicotorácica: região de transição do
digestório, respiratório, vascular e endócrino. pescoço pro tórax → um caso de lesão na raiz do
pescoço pode levar a um quadro de pneumotórax
O pescoço é bastante vulnerável também e lesões
nesse lugar podem ser fatais.

A região cervical é dividida em esqueleto do


pescoço, fáscias cervicais e regiões
esternocleidomastoidea, posterior, lateral e
anterior

Os músculos escalenos são importantes como Na anatomia de superfície, o pescoço é divido em


músculos acessórios para a respiração 3 zonas, pois a depender da zona da lesão,
pensamos em patologias diferentes → nessa
anatomia de superfície conseguimos palpar a
clavícula

Atrás da orelha (região retroauricular) tem o


processo mastoideo → o músculo
esternocleidomastóideo tem esse nome porque
ele tem origem no esterno e na clavícula e se
estende até esse processo mastoideo
Glândulas tireoide e paratireoide fazem parte da retroauricular, como mostra a marcação de azul na
camada endócrina do pescoço. imagem acima → essa delimitação é importante
pois o triângulo formado nesse músculo nos
permite localizar a veia jugular externa (em
amarelo na imagem)
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As linhas em vermelho na imagem acima dizem


respeito à cartilagem tireóidea e a linha verde
abaixo é a região cricoide

Zona 1: da abertura superior do tórax até a zona


cricoide

Zona 2: da cartilagem cricoide até o ângulo da


mandíbula

Zona 3: acima do ângulo da mandíbula

O osso hioide (de vermelho na imagem acima)


não tem articulação com nenhum outro osso →
esse osso hioide fica fazendo relação anatômica
com a laringe: faz ligamentos com a laringe e ajuda
na sustentação da laringe

Conseguimos ver as vértebras cervicais e a C7 é


atípica (assim como o osso atlas e o osso axis)
porque o processo espinhoso é o mais longo de
todos → abaixo da C7 já temos a vértebra T1
Temos 7 vértebras cervicais

Acima temos o atlas → por entre o forame


transverso passa a artéria vertebral

Acima temos o axis → também possui forame


transverso para a passagem de artéria vertebral
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Na imagem acima, em vermelho temos a parte


superficial da fáscia cervical profunda

Em azul temos a fáscia pré-traqueal: envolve a


traqueia e parte do esôfago, podendo envolver
também a faringe

Em verde temos a fáscia bucofaríngea

Em laranja temos a fáscia pré-vertebral

Posterior à faringe (em amarelo) temos o espaço


retrofaríngeo

Junto do subcutâneo, temos uma fáscia cervical


superficial que se confunde com o tecido adiposo
e com o músculo platisma → e existe uma fáscia
cervical mais profunda (se divide em três camadas:
superficial, média e profunda)

Na imagem acima podemos ver a parte superficial


da fáscia cervical profunda

Feixe vasculonervoso (circulado de roxo


acima): o nervo vago, a artéria carótida e a veia
jugular interna são envoltos pela bainha carotídea
→ essa bainha carotídea é formada pela
condensação das fáscias cervicais profundas do
lado direito e do lado esquerdo (parte da pré-
vertebral, parte da pré-traqueal e tem uma parte
também da fáscia superficial)
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Essas fáscias são importantes para


compartimentalizar nossas regiões cervicais, o
que evita muitas vezes que infecções em certos
lugares não se propaguem para outros → porém,
as fáscias estão em ligação direta em alguns casos
e são extensas

Mediastinite: tem 50% de mortalidade, é uma


infecção gravíssima → aa fáscia bucofaríngea se
comunica com a lâmina pré-traqueal, e ela pode
levar infecção até o pericárdio, no mediastino →
anteriormente, a lâmina pré-vertebral tem dois
folhetos e delimita o “espaço perigoso” → então se
houver uma infecção por ex. pela fáscia
bucofaríngea ou por um folheto da pré-vertebral,
essas infecções mais graves podem ser levadas
para o mediastino
Na imagem acima, podemos ver o osso hioide (em
verde) → músculos infra-hioideos (abaixo do osso
hioide), supra-hioideos (acima do osso hioide)

Podemos ver também a cartilagem cricoide (em


roxo), a membrana cricotireoidea (em vermelho), a
glândula tireoide (em amarelo), a cartilagem
tireóidea (em preto), anéis traqueais (em laranja)

Na transição para a região lateral temos a veia


jugular interna e a artéria carótida → traçando um
plano horizontal (linha rosa na imagem acima)
acima da cartilagem tireóidea temos a bifurcação
da carótida comum em carótida externa e interna
Na imagem acima temos um caso de
pericoronarite → angina de Ludwick → bactérias
produtoras de gás causam inflamação no local, aí
essa inflamação causa constrição nas vias aéreas
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Como mostra a imagem acima, na região lateral A tireoide pesa cerca de 15g, produz hormônios
podemos ver os plexos → plexo cervical em azul T3, T4 e calcitonina
(C1. C2. C3, C4) e plexo braquial em rosa (C5,
A glândula tireóidea é envolta por uma cápsula
C6, C7, C8 e T1)
fibrosa

Na imagem acima, podemos ver da direita para a


o plexo cervical, mostrado na imagem acima, os esquerda: uma tireoide aumentada (bócio), uma
ramos vêm de C1, C2, C3 e C4 tireoide normal no meio e uma tireoide diminuída à
esquerda.

Podemos ter casos de bócio tanto no


hipotireoidismo quanto do hipertireoidismo → o
bócio é o aumento volumétrico da glândula tireoide

A glândula tireoide tem dois lobos e é unida por


um istmo → ela fica localizada entre o 2º e o 3º
anéis traqueais ou 5ª a 7ª vértebras cervicais → a
cor marrom-avermelhada ajuda a diferenciar a
tireoide da paratireoide (marrom-amarelada)

Ela é uma das glândulas mais irrigadas do corpo e


é revestida pela fáscia pré-traqueal (camada
média da fáscia cervical profunda)
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Temos os bócios difusos tóxicos e não tóxicos vida embrionária → esse lobo piramidal não tem
problema nenhum → porém, em casos de câncer
Doença de graves: por conta das
por exemplo, em que temos que fazer uma
imunoglobulinas → a doença de graves é um tipo
tireoidectomia total, também temos que retirar
de hipertireoidismo → sintomas: diarreia, tremor,
esse lobo
irritabilidade, perda de peso, taquicardias

GLÂNDULA SUPRARRENAL

As glândulas suprarrenais fazem parte do


sistema endócrino e têm funções separadas das
dos rins, mas as glândulas e os rins ficam
encerrados pela fáscia renal, que envolve também
os vasos renais → essas glândulas se fixam no
diafragma por conta da fáscia renal que é contínua
com a fáscia diafragmática (face inferior do
diafragma).

Hipotireoidismo: pode ter várias causas →


paciente com tireoidite é bastante comum evoluir
para hipotireoidismo → constipação intestinal,
ganho de peso, letargia

Os problemas podem ser primários ou


secundários → primário: problema na própria
glândula → secundária: problema no eixo
hipotalâmico-hipofisário

Formação embrionária da tireoide: a tireoide desce


da língua para a região cervical → em alguns
pacientes há o que chamamos de lobo piramidal,
que é um resquício dessa descida da tireoide na
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Loja renal: Gordura perirrenal: circunda o rim e a


glândula suprarrenal → gordura pararrenal: é a
gordura que está além da fáscia renal, como na
figura acima

O formato e as relações anatômicas das glândulas


suprarrenais são diferentes nos dois lados:

• Glândula direita piramidal: é mais apical em


relação ao rim esquerdo → fica
anterolateralmente à parte inferior direita do
diafragma e faz contato com a veia cava
inferior anteromedialmente (a veia cava inferior
passa na frente da glândula suprarrenal direita)
→ o fígado se encontra à frente e lateralmente
à glândula direita
• Glândula esquerda: tem formato crescente e
As glândulas suprarrenais são envoltas por tecido é medial à parte superior do rim esquerdo,
conjuntivo e possuem uma cápsula adiposa → as fazendo relação anatômica com o baço, com o
glândulas se separam dos rins por um septo fino estômago, com o pâncreas e com a parte
(parte da fáscia renal) inferior esquerda do diafragma (pilar esquerdo
do diafragma)
A glândula suprarrenal é friável: se desfaz mais
facilmente

Figura 3 - rins, glândulas suprarrenais, pâncreas e duodeno

Cada glândula tem um hilo por onde passam veias


e vasos linfáticos (as artérias e nervos entram nas
Rins (são órgãos retroperitoneais) possuem glândulas em vários locais)
relação com o músculo psoas

Espaço hepatorrenal: fica entre os rins e o fígado.


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o androgênios: secretados pela zona


reticular, o principal é o DHEA
(desidroepiandrosterona), que é
estimulado pela relação CRH-ACTH →
o DHEA vai para os tecidos periféricos
e é convertido em testosterona e
estrogênio
• Medula: é feita de tecido nervoso e é derivada
da crista neural → essa medula tem atividade
simpática e age secretando norepinefrina e
epinefrina → é feita de células cromafins
esféricas, que são neurônios simpáticos pós-
ganglionares → e essas células recebem os
As glândulas suprarrenais são divididas em 2 pré-ganglionares simpáticos, daí esses pré-
partes: córtex e medula → daí o córtex é dividido ganglionares secretam acetilcolina na medula
em 3 zonas: zona reticular, zona fasciculada e zona e com isso, as células cromafins começam a
glomerulosa → as duas partes secretam secretar as catecolaminas → o sistema
hormônios diferentes, mas em geral, eles têm a cromafim vem do neuroectoderma e tem
mesma resposta que ajuda o indivíduo a lidar com estruturas: a medula suprarrenal, gânglios pré
perigo e situações estressantes. vertebrais (associados aos nomes dos grandes
• Córtex: é derivado do mesoderma somático → vasos, é relacionado ao tronco celíaco) e
secreta androgênios, mineralocorticoides e gânglios paravertebrais
glicocorticoides → esses hormônios têm *feocromocitoma: tumor da glândula
função geral de conservar água e reter sódio, suprarrenal na medula
em resposta ao estresse → daí, essas ações
levam ao aumento da pressão arterial e do
volume sanguíneo → os hormônios
mineralocorticoides e glicocorticoides são
secretados mediante a estímulo do ACTH
(produzido na adenohipófise), que por sua vez
foi estimulado pelo CRH produzido no
hipotálamo.
o mineralocorticoides: aldosterona é o
principal: secretado pela zona
glomerulosa, quando há uma redução
da filtração glomerular, por exemplo,
daí a renina é secretada, levando à
formação de angiotensina II que leva à
secreção de aldosterona (Sistema
Renina-Angiotensina-Aldosterona) →
esse hormônio age retendo água e
Cada glândula é irrigada por cerca de 60 pequenas
sódio
artérias suprarrenais
o glicocorticoides: cortisol é o principal
→ age aumentando a glicemia em • Artérias suprarrenais superiores: essas
situações estressantes como o jejum, a artérias são advindas da artéria frênica inferior
ansiedade, infecção, traumas... isso • Artérias suprarrenais médias: essas são
acontece para que o cérebro não fique advindas da parte abdominal da aorta
sem suprimento e para que gordura e • Artérias suprarrenais inferiores: essas são
proteína sejam usados para fornecer advindas da artéria renal
energia
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A drenagem das glândulas é feita por uma veia só


em cada glândula: as veias suprarrenais
calibrosas drenam as glândulas suprarrenais → a
veia suprarrenal direita curta drena para a veia
cava inferior e a veia suprarrenal esquerda longa Os vasos linfáticos suprarrenais se originam de um
se une à veia frênica inferior e drena para a veia plexo que fica dentro da cápsula da glândula e de
renal esquerda. outro plexo que fica dentro da medula da glândula,
daí a linfa segue até os linfonodos lombares
(aórticos e cavais)

As glândulas têm o maior suprimento autônomo do


corpo

Os nervos das glândulas suprarrenais são


derivados do plexo celíaco, nervos esplâncnicos
(maior, menor e imo) → esse suprimento nervoso
é quase que exclusivamente simpático
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PÂNCREAS
O pâncreas fica localizado na parede posterior da
cavidade abdominal → é alongado,
retroperitoneal, fica atrás do estômago, entre o
duodeno à direita e o baço à esquerda

Ele contém células endócrinas que ficam nas


ilhotas pancreáticas (ilhotas de Langerhans) →
essas células ficam organizadas em cordões
retorcidos e ramificados separados por capilares
→ as células são alfa ou beta:

• Células alfa: secretam glucagon, um hormônio


que age no jejum liberando glicose, ou seja,
quebrando glicogênio
• Células beta: secretam insulina sempre que a
glicemia aumenta, daí a glicose passa a ser
captada pelos tecidos para ser armazenada,
além de promover a glicogênese.
• Células delta: secretam somatostatina: um
hormônio que inibe a secreção de glucagon e
No caso da medula suprarrenal, as fibras de insulina
simpáticas pré-ganglionares mielínicos (derivados • Células PP: secretam polipeptídios
do núcleo intermediolateral – IML) da substância pancreáticos, um hormônio que inibe a
cinzenta dos segmentos T10-L1 atravessam os atividade exócrina do pâncreas, ou seja, inibe
gânglios paravertebrais e pré-vertebrais sem fazer a produção de enzimas digestórias no intestino
sinapse e vão diretamente nas células secretoras delgado.
dessa medula.
O pâncreas é dividido em cabeça, colo, corpo e
cauda:

A cabeça do pâncreas é circundada pela curvatura


De T5 a T8 saem os nervos que inervam as em forma de C do duodeno e fica à direita dos
glândulas suprarrenais vasos mesentéricos superiores → a cabeça do
pâncreas fica fixada na face medial das partes
descendente e horizontal do duodeno → o
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processo uncinado é uma projeção da parte O ducto pancreático principal é um lúmen que
inferior da cabeça que se estende medialmente tem dentro do pâncreas: ele começa na cauda,
pra esquerda e fica atrás da artéria mesentérica atravessa o parênquima da glândula até a cabeça
superior → a cabeça do pâncreas fica apoiada do pâncreas, daí ele se volta inferiormente e fica
atrás da veia cava inferior, artéria e veia renais em contato com o ducto colédoco (vem da
direitas e veia renal esquerda → o ducto colédoco vesícula biliar) → aí o ducto colédoco e o ducto
fica em um sulco na parte posterossuperior da pancreático se juntam e formam a ampola
cabeça hepatopancreática curta e dilatada e
desemboca na papila (protusão da mucosa)
O colo do pâncreas é a parte que fica em cima da
maior no duodeno, por onde há a liberação do
veia e artéria mesentéricas, o que forma sulcos
suco pancreático → a ampola é envolta por um
sobre sua face posterior → é curto, mede de 1,5 a
esfíncter de Odde
2cm → a face anterior do colo é coberta por
peritônio e fica adjacente ao piloro do estômago →
a veia mesentérica superior se une à veia
esplênica que fica atrás do colo e forma a veia
porta

O corpo do pâncreas se segue depois do colo e


fica à esquerda dos vasos mesentéricos
superiores, passando sobre a aorta e a vértebra L
II → a face anterior é coberta por peritônio e fica
no assoalho da bolsa omental formando parte do
leito do estômago → a face posterior fica em
contato com a aorta, artéria mesentérica superior,
glândula suprarrenal esquerda, rim esquerdo e
vasos renais esquerdos

A cauda do pâncreas fica bem próxima do baço


→ ela fica à frente do rim esquerdo → essa cauda
é um pouco móvel e passa junto com os vasos
esplênicos entre as camadas do ligamento
esplenorrenal
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Diagnóstico de câncer de pâncreas se dá de


forma tardia e o tumor pode invadir a veia porta, os
vasos mesentéricos → isso se dá porque o
pâncreas é retroperitoneal, então quando o
paciente começa a sentir dor, as suspeitas são
principalmente de algum problema nas costas, daí
quando vai ver, a pessoa tá é com câncer de
pâncreas e quando vai ver o paciente já tá ictérico

Ovários possuem irrigação dupla

TESTÍCULOS

O testículo esquerdo é mais baixo que o direito →


a drenagem do direito é mais fácil porque drena
direto pra veia cava

Órgãos endócrinos são muito irrigados

TIMO
O timo fica na parte inferior do pescoço

GÔNADAS
Os ovários são pares e sua posição pode ser
alterada por outros órgãos na pelve: ex.: quando a
bexiga tá muito cheia

Oofirectomia: retirada do ovário (pode ser total ou


parcial)

Anexectomia: ooforectomia e salpingectomia TECIDO ADIPOSO COMO TECIDO ENDÓCRINO


(retirada da trompa)

IRRIGAÇÃO OVARIANA
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RINS prolonga até o ureter como fáscia periureteral → o


corpo adiposo pararrenal fica externo à fáscia
renal e essa fáscia renal envia feixes colágenos
através do corpo adiposo pararrenal → o conjunto
dessas estruturas, chamado de loja renal, mantém
o rim fixo numa posição, porém eles se movem na
respiração e quando mudamos de posição → além
disso, essas camadas de gordura servem para
amortecer choques.

O hilo renal ou seio renal é o local por onde


passam os vasos, nervos, estruturas que drenam a
urina → o hilo renal esquerdo fica perto do plano
transpilórico a uma distância de 5cm do plano
mediano → o hilo renal direito fica cerca de 1,5cm
mais baixo que o esquerdo, por conta que do lado
direito tem o fígado → o polo inferior do rim direito
fica cerca de 2cm acima da crista ilíaca → a melhor
abordagem cirúrgica do rim se dá através da
Os rins são órgãos pares retroperitoneais (é parede posterolateral do abdome, em que o rim
difícil palpar os rins) que ficam atrás da parede fica mais perto da superfície do corpo, pois
posterior do abdome, e ficam em contato indireto cortando aí, poucas estruturas como músculos,
com as glândulas suprarrenais (são separados por vasos ou nervos serão atingidos, então para isso,
um septo fascial fraco) → Os rins possuem formato a incisão é feita abaixo do nível da T-12, para evitar
oval e têm função de produzir urina para retirar a perfuração da cavidade pleural (se isso
excesso de água, sais e resíduos produzidos pelo acontecer leva à condição de pneumotórax)
organismo e além disso reabsorvem substâncias
para o corpo → eles são recobertos diretamente
por cápsula fibrosa/gerota (uma camada fina e
rígida de tecido conjuntivo denso), que serve como
uma barreira e inibe a disseminação de infecção.

Os rins têm cor marrom-avermelhada e são


associados ao diafragma superiormente →
inferiormente, os rins fazem relação anatômica
com os músculos psoas maior medialmente e
Imediatamente após a cápsula fibrosa que recobre quadrado do lombo lateralmente → nas faces
os rins, os rins e seus vasos são circundados por posteriores dos rins, o nervo e os vasos subcostais
uma cápsula adiposa (gordura perirrenal) e e os nervos ílio-hipogástrico e ilioinguinal descem
externa a essa gordura perirrenal fica a fáscia diagonalmente → o fígado, o duodeno e colo
renal, em que depois dela tem uma camada ascendente ficam em frente do rim direito e esse
externa de gordura: o corpo adiposo (gordura rim fica separado do fígado pelo recesso
pararrenal) → na parte inferior, a fáscia renal se
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hepatorrenal (um espaço que fica entre o rim e o


fígado) → o rim esquerdo fica associado ao
estômago, ao baço (separado do rim pelo espaço
esplenorrenal), ao pâncreas, jejuno e colo
descendente.

No hilo, a veia fica anterior à artéria, que por sua


vez é anterior à pelve renal → no hilo entram os
vasos, a pelve renal, cálices, nervos e uma
quantidade variável de gordura → o hilo fica na
margem medial que é côncava → a margem
lateral é convexa, o rim também tem faces anterior
e posterior e polos superior e inferior
A maioria dos rins são transplantados na fossa
ilíaca direita.

Dentro do rim temos o córtex renal que tem


aparência granular e cor clara e mais abaixo fica a Pedículo renal: ureter / pelve renal + vasos do hilo
medula, onde tem as pirâmides renais, que são renal
massas cônicas → a base da pirâmide fica em
contato com o córtex e o ápice da pirâmide (ou
papila renal) fica virada pra parte medial → é
dentro das pirâmides que ficam os túbulos
coletores, por isso elas têm estrias → por entre as
pirâmides ficam as colunas renais e o conjunto de
uma pirâmide e o tecido cortical ao redor é o que
chamamos de lobo.

A pelve renal é a extremidade superior do ureter


→ o ápice da pelve renal é contínuo com o ureter Seio: é preenchido pela gordura
→ a pelve renal se ramifica em dois ou três cálices
maiores, que por sua vez se dividem em dois ou
três cálices menores e cada cálice menor fica
grudado numa papila renal/ no ápice da pirâmide
renal, por onde a urina sai dos ductos → os lobos
renais são as pirâmides e o córtex renal
associados → geralmente a pelve renal e seus
cálices ficam vazios
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Cálculo, litíase: pedra → nefrolitíase: pedra nos


rins

IRRIGAÇÃO, DRENAGEM E INERVAÇÃO RENAL

Existem várias variações na vasculatura, como


mostra a figura acima

Os rins são inervados pelo plexo renal, que é uma


rede de fibras autônomas e gânglios autônomos
nas artérias renais → esse plexo é um
desdobramento do plexo celíaco → o plexo renal
inerva os rins com fibras simpáticas do nervo
esplâncnico torácico maior → essas fibras
controlam a resistência das artérias renais e
influenciam a formação de urina, pois controlam o
fluxo sanguíneo renal
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A parte abdominal do ureter fica grudado no


peritônio parietal e tem trajeto retroperitoneal,
ou seja, passa atrás do peritônio → os ureteres
cruzam as extremidades dos processos
transversos das vértebras lombares

Nas radiografias contrastadas, os ureteres


apresentam constrições em três lugares, que
são lugares passíveis de obstrução por cálculos
ureterais: 1) na junção dos ureteres e pelves renais
(ureteropélvica/ uretero-piélica); 2) onde os
ureteres entram na parte superior da pelve e cruza
com os vasos ilíacos; 3) onde os ureteres passam
através da bexiga urinárias (ureterovesical)

A junção mais estreita é a ureterovesical, o


“cemitério dos cálculos” → então é comum
encontrar cálculo nessa junção em pacientes com
síndrome nefrítica

Os ureteres entram no ângulo posterolateral da


bexiga e essa entrada oblíqua é importante pois
evita o refluxo de urina, pois se a pressão
aumenta dentro da bexiga, as extremidades distais
dos ureteres são fechadas

Ureter retrocaval (posterior à veia cava inferior)


Nesse caso acima (rins em ferradura), os rins são pode provocar dilatação, como mostra a imagem
unidos pelo polo inferior, daí forma essa anomalia abaixo

Acima temos um caso de hidronefrose: estenose


da primeira junção do ureter e pelve renal está
causando acúmulo de líquido nos cálices

URETERES
Os ureteres são os canais por onde a urina sai
dos rins e vai até a bexiga para ser armazenada
→ eles passam sobre a margem da pelve na
bifurcação das artérias ilíacas comuns e depois
passam ao longo da parede lateral da pelve e
entram na bexiga → eles são tubos musculares
com cerca de 28cm → o lúmen é estreito e cada
ureter começa superiormente no nível de L2
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O ureter é um tubo que tem 3 camadas: uma


camada mucosa (epitélio transicional composto
por tecido conjuntivo fibroelástico), uma camada
muscular e uma camada adventícia (tecido
conjuntivo típico) → a urina não chega à bexiga por
gravidade, mas sim por contração da musculatura
do ureter ao receber o líquido, daí essa contração
A pielografia é o exame radiográfico para provoca movimentos de peristaltismo que
examinar os ureteres e os cálices renais → os empurram a urina pra bexiga → o estímulo é
radiologistas introduzem o contraste nos ureteres miogênico, ou seja, os músculos fazem
através de um cateter na bexiga ou por meio de movimentos peristálticos ao ficarem em contato
contraste injetado na veia, porque aí será com uma intensidade determinada da urina (a
excretado pelos rins e vai passar pelos ureteres urina não fica gotejando na bexiga, ela vai em
jatos)

Os ureteres são inervados tanto pelo simpático


quanto pelo parassimpático, mas a peristalse
responde à contração, não ao controle neural.

O trajeto do ureter na mulher é importante, pois ele


fica bem perto das artérias uterinas, então ao
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fazer uma cirurgia nesse local, é preciso ter Considerando essa estenose, esse estreitamento,
cuidado para não atingir o ureter, pois se em uma a parte de cima é à montante (começa a dilatar) e
histerectomia, por exemplo, o ureter for rompido, a parte de baixo é à ajusante (começa a contrair)
a parte de cima do ureter vai dilatando, se
enchendo de urina e isso vai dilatando também o
rim e gerando dores lombares.

Acima, há uma perfuração de ureter por conta de


um procedimento cirúrgico, e não pelo cálculo

IRRIGAÇÃO, DRENAGEM E INERVAÇÃO

A parte abdominal do ureter é irrigado por ramos


arteriais derivados das artérias renais e alguns são
derivados das gônadas → esses ramos se dividem
em ramos ascendente e descendente e formam
anastomose longitudinal na parede do ureter →
esses ramos são pequenos e finos e se houver
ruptura de um deles, pode causar isquemia,
mesmo com essas anastomoses, por isso que em
cirurgias na região retroperitoneal do abdome, tem
Acima temos a representação da conexão entre que ter cuidado com a localização dos ureteres e
ureter e vasos uterinos. cuidado para não os retrair lateralmente sem
necessidade.

Já a drenagem dos ureteres é feita pelas veias, que


se ramificam de veias renais e gonadais
(testiculares ou ováricas)
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Os vasos vão aumentando de número, se


ramificando conforme o ureter vai se prolongando
inferiormente, então um cálculo dói bem mais
quando está na parte de baixo.

Os vasos linfáticos da parte superior do ureter se


unem aos dos rins e vão para os linfonodos
lombares → os vasos linfáticos da parte média
drenam para os linfonodos ilíacos comuns → os
vasos linfáticos da parte inferior drenam para os
linfonodos ilíacos comuns, externos ou internos.
BEXIGA
A bexiga é uma víscera oca com alta capacidade
Os nervos da parte abdominal dos ureteres vêm de distensão e complacência → ela tem fortes
dos plexos renal, aórtico abdominal e paredes musculares e armazena urina
hipogástrico superior → as fibras aferentes temporariamente → a bexiga varia de tamanho,
viscerais que conduzem a sensação de dor formato e posição a depender do quanto de urina
acompanham as fibras simpáticas retrógradas até ela está comportando no momento e a depender
os gânglios sensitivos espinais e segmentos dos órgãos ao redor → quando está vazia, a bexiga
medulares T11-L2 → a dor ureteral é indicada no fica na pelve menor um pouco acima e um pouco
quadrante inferior ipsilateral da parede anterior do posterior aos ossos púbicos, sendo que o espaço
abdome e também na região inguinal virtual de Retzius ou espaço retropúbico ou
espaço pré-vesical separa a bexiga desses ossos
→ a face posterior da bexiga fica anterior ao
peritônio e a face anterior da bexiga fica encostada
sobre o púbis e a sínfise púbica posteriormente e
sobre a próstata e a face posterior da bexiga fica
encostada anteriormente à parede anterior da
vagina.

A bexiga fica quase toda livre no tecido adiposo


subcutâneo extraperitoneal, exceto pelo seu colo
que fica fixado pelos ligamentos laterais vesicais e
o arco tendíneo da fáscia da pelve
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Por conta da localização da bexiga nas mulheres, No ângulo anterior da bexiga, ou seja, no ápice,
em que a face posterior da bexiga fica em contato tem uma faixa fibrosa chamada de úraco (canal
com a face anterior da vagina, a fixação lateral da urinário do feto, que é remanescente fechado do
vagina ao arco tendíneo da fáscia da pelve, o tubo embrionário alantoide).
paracolpo, é importante para ajudar na
O peritônio cobre apenas a face superior da bexiga
sustentação da bexiga também, mesmo que
→ a bexiga é revestida por uma fáscia visceral de
indiretamente.
tecido conjuntivo frouxo.
Em crianças pequenas e lactentes, a bexiga fica no
A bexiga tem ápice, corpo, fundo e colo, e essas
abdome, mesmo vazia, e só entra na pelve por
quatro superfícies ficam mais visíveis quando a
volta dos 6 anos, mas só depois da puberdade é
bexiga tá vazia, como podemos ver nas imagens
que fica inteiramente localizada na pelve menor →
acima.
no adulto, a bexiga já fica localizada quase que
inteiramente na pelve menor, sendo que sua face O ápice da bexiga aponta em direção à margem
superior fica no mesmo nível da margem superior superior da sínfise púbica → o fundo da bexiga é
da sínfise púbica o oposto do ápice, é a parte mais posterior da
bexiga, e é convexo → o corpo da bexiga é a parte
Conforme a bexiga se enche, ela entra na pelve
entre o fundo e o ápice → o fundo e as faces
maior e ascende no tecido adiposo extraperitoneal
inferolaterais ficam no colo da bexiga
da parede abdominal anterior, podendo chegar até
o nível do umbigo → depois de fazer xixi, quase
não fica urina dentro da bexiga, ela fica vazia, em
um formato tetraédrico

Como mostra a imagem acima, nas mulheres, o


fundo da bexiga tem relação com a parede
anterossuperior da vagina O leito da bexiga é formado pelas estruturas com
Como mostra na imagem abaixo, nos homens, o as quais a bexiga tem relação anatômica: de cada
fundo da bexiga é separado do reto pelo septo lado, temos os púbis, a fáscia que reveste o
retovesical fascial e pelas glândulas seminais e músculo levantador do ânus, a parte superior do
ampolas dos ductos deferentes músculo obturador interno → essas estruturas
ficam em contato com as faces inferolaterais da
bexiga
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artérias são substituídas pelas artérias vaginais,


que irrigam as partes posteroinferiores da bexiga

Artérias obturatória e glútea inferior enviam


pequenos ramos para a bexiga.

Drenagem

As veias que drenam a bexiga são


correspondentes das artérias que irrigam e são
tributárias das veias ilíacas internas.

Nos homens, o plexo venoso vesical é contínuo


com o plexo venoso prostático → o conjunto de
plexos associados envolve o fundo da bexiga, a
próstata, as glândulas seminais, os ductos
As paredes da bexiga são formadas pelo músculo deferentes e as extremidades inferiores dos
detrusor. ureteres → o plexo venoso vesical nos homens
também recebe sangue da veia dorsal profunda do
Nos homens, em direção ao colo da bexiga, as pênis → plexo venoso vesical masculino é o que
fibras musculares formam o músculo esfíncter mais drena diretamente a bexiga através das veias
interno da uretra involuntário, sendo que esse vesicais inferiores para as veias ilíacas internas →
esfíncter se contrai durante a ejaculação para e esse plexo venoso vesical pode drenar através
evitar o refluxo do sêmen para a bexiga → algumas das veias sacrais para os plexos venosos
outras fibras seguem radialmente e ajudam na vertebrais internos.
abertura do óstio interno da uretra
Nas mulheres, o plexo venoso vesical envolve a
No homem, as fibras musculares no colo são uretra e o colo da bexiga, sendo que esse plexo
contínuas com o tecido fibromuscular da próstata, recebe sangue da veia dorsal do clitóris e se
enquanto que nas mulheres, essas fibras são comunica com o plexo venoso vaginal ou
contínuas com fibras musculares da parede da uterovaginal.
uretra.
INERVAÇÃO DA BEXIGA
Os óstios do ureter ficam no trígono da bexiga e
são circundados por alças do músculo detrusor As fibras simpáticas
→ essas alças se contraem quando a bexiga está
se contraindo (se esvaziando), e isso evita o
refluxo de urina para o ureter

A úvula da bexiga é uma elevação do trígono e


em homens idosos é mais proeminente por conta
do aumento do lobo posterior da próstata.

IRRIGAÇÃO E DRENAGEM DA BEXIGA

Irrigação

As artérias que irrigam a bexiga são derivadas


principalmente das artérias ilíacas internas → as
artérias vesicais superiores irrigam as partes
anterossuperiores
URETRA
Artérias vesicais inferiores: nos homens: irrigam A uretra
o fundo e o colo da bexiga → nas mulheres: essas
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NARIZ Os pelos do nariz têm função importante de


retenção de partículas, aquecimento do ar,
umidificação do ar

O nariz tem vários músculos e eles são


importantes para promover nossas expressões

As vias aéreas altas são constituídas por:

Nariz externo e cavidade nasal; nasofaringe

Seios paranasais

Boca e orofaringe

Laringe

O nariz tem várias cartilagens

*Conhecer os ossos do nariz

O septo é formado pelo vômer, por uma parte da


cartilagem do septo nasal, por uma parte da
maxila, pela lâmina perpendicular do etmoide →
pequenos desvios de septo não necessitam de
cirurgia, mas alguns precisam, pois esse desvio
pode comprimir estruturas e causar, sinusite,
rinite, osteomielite

A raiz do nariz faz relação anatômica com o osso


frontal
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Os seios drenam na cavidade nasal

Seios paranasais: se tiver inflamação desses seios,


há sinusite

Rinite: inflamação da mucosa da cavidade nasal →


favorece a sinusite porque pode obstruir algum
seio paranasal

VASCULARIZAÇÃO DO NARIZ

Epistaxe: sangramento proveniente de via aérea


superior

Acontecem anastomoses no nariz entre as artérias


carótidas externa e externa

O sistema de veias são avalvulares

Plexo de Klesselbach: anastomoses


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Sensibilidade especial: órgãos do sentido → olfato,


gustação, visão, tato

Olfato: temos receptores para cerca de 400 odores


diferentes → essas substâncias precisam
atravessar o muco para estimularem os
receptores, e para isso, elas precisam ser pelo
menos um pouco hidrossolúvel

Existe uma predominância anatômica em cada


papila

O olfato se adapta aos odores do dia-a-dia

O olfato está muito associado com o paladar


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ANATOMIA DA FARINGE

Acima, há um divertículo
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Acima, podemos ver uma tonsilite

Ligamento vocal composto por tecido elástico


espesso

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
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Quando estamos falando, as pregas vocais ficam


mais próximas do que quando estamos
respirando

Aduzidas: abertas → abduzidas, fechadas

Acima temos imagens de laringoscopia →


permite o registro da imagem da lesão e permite
fazer biópsias

traqueoscopia:

broncoscopia: se chegar até os brônquios


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Estenose de traqueia Manobra de Heimlich:

Carcinoma

Tossir: mecanismo complexo → abertura súbita e


ampla da laringe

Papiloma: lesão pré-neoplásica

Singamose: doença parasitária


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ANATOMIA DA TRAQUEIA

Cricotireotomia
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Carina: referência anatômica interna que divide o


lado direito e esquerdo da traqueia
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Hemotórax maciço -> um lado ta comprometido


mas o outro não está porque as cavidades
pleurais não se comunicam uma com a outra

Drenagem.

Tumor no ápice do pulmão → pode dar


sintomatologia nos membros superiores, pois
comprime nervos que possuem origens no plexo
braquial principalmente T1 → dependendo do
tamanho do tumor, pode comprometer C8
também
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Seio transverso

Antracoses: essas pintinhas acima

Hilo do pulmão
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Anatomia patológica: associado à pneumoconiose Em vermelho temos as veias pulmonares, pois o


→ quando um tabagista ou uma pessoa que inala sangue venoso está sendo transportado para o
muitas partículas de carvão (ex.: cozinha em coração → já as artérias estão em azul porque
fogão à lenha) estão trazendo sangue desoxigenado para o
pulmão

Enfisema pulmonar
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Espirometria: avalia a funcionalidade do pulmão Lingula pertence ao lobo superior → essa fossa aí
é chamada se impressão cardíaca → o sulcuo
vertical é o sulco aórtico → o da frente é o sulco
do esôfago
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Pulmão direito Hematose

O sulco acima é do esôfago, no pulmão direito O ligamento pulmonar, a pleura, os brônquios


não passa a aorta onde não acontece hematose → dessa forma,
dividimos a irrigação do pulmão em áreas que
respiram e áreas que não respiram

Onde tem ar fica mais escuro na imagem


(hipertransparência)
Embolo que veio da trombose ocluiu artéria
Na seta azul de baixo temos o seio cardiofrênico
pulmonar
CF: costofrênico
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Tumor comprimindo a veia cava → geralmente é Drenagem por vasos linfáticos que recebem o
mais progressivo nome pela localização

Duas artérias brônquicas Um paciente que teve um trauma torácico e


fraturou várias costelas → tórax instável →
quando inspira, o lado direito que está normal
aumenta o volume e o lado que está instável
retraia
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Precisamos da musculatura para respirar →


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ANATOMIA DO SISTEMA TEGUMENTAR

Na epiderme a proteína presente e predominante


é a queratina

Podemos ter vários pigmentos na pele

Pessoas que consomem muito caroteno podem


ficar mais amarelados

hipoderme: tecido celular subcutâneo


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LIPOMA

Liposarcoma
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ANATOMIA DO OLHO
Anatomia – Prof.ª Thaisa Crespo | Bianca Meireles – turma 77
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ANATOMIA DA ORELHA

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