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Centro Universitário Claretiano

Curso de Graduação em Nutrição

Atividade de Portifólio

Greycyanne Alves da Silva

Goiânia
2019
Descrição da atividade

Fundamentado nas leituras indicadas, responda as seguintes questões:

1. Definir anatomia, anatomia sistemática ou sistêmica, anatomia segmentar, anatomia de


superfície, anatomia funcional, anatomia aplicada, anatomia radiológica e anatomia
comparada.

De acordo com Silva (2019), anatomia é de origem na palavra grega “anatome”, em que
“ana” significa “parte” e “tome” significa “cortar”; portanto, “anatome” é “cortar em
partes”, o mesmo que “dissecar” em português. Contudo, podemos definir Anatomia como
a ciência que estuda macroscopicamente a constituição e a organização dos seres vivos. Os
seres vivos são constituídos de células que se agrupam para formar os tecidos, que, por sua
vez, constituem os órgãos. Os órgãos com objetivos comuns agrupam-se para formar os
sistemas orgânicos, que são estudados pela Anatomia.
A Anatomia Sistêmica é o estudo do corpo humano através dos sistemas orgânicos. Os
sistemas e seus ramos científicos são:
 - Sistema Esquelético (Osteologia) é formado pelos ossos e cartilagens;
 - Sistema Articular (Artrologia) é formado pelas diversas articulações que unem
ossos e cartilagens;
 - Sistema Muscular (Miologia) é formado por diversos músculos: estriado
esquelético, estriado cardíaco e liso;
 - Sistema Cardiovascular ou Circulatório (Angiologia) é formado pelo coração e
pelos vasos sanguíneos (arterial e venoso);
 - Sistema Linfático (Angiologia) é formado por uma rede de órgãos e vasos
linfáticos;
 - Sistema Respiratório (Pneumologia) é formado por órgãos das vias aéreas
superiores (faringe, laringe) e órgãos das vias aéreas inferiores (árvore brônquica) até os
pulmões;
 - Sistema Digestório (Gastroenterologia) é formado pelos órgãos que formarão o
tubo digestório (esôfago, estômago) e órgãos anexos (dente, fígado);
 - Sistema Urinário é formado pelos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra.
A Nefrologia é uma especialidade médica dedicada ao diagnóstico e tratamento clínico das
doenças do sistema urinário, principalmente relacionadas ao rim. A Urologia é uma
especialidade cirúrgica da medicina que trata do trato urinário de homens e mulheres e do
sistema reprodutor dos homens (testículos, epidídimos, ducto deferente, vesículas seminais,
próstata e pênis);
 - Sistema Genital ou Reprodutor é formado pelos órgãos genitais reprodutivos.
A Ginecologia é a ciência que estuda os órgãos femininos e a Andrologia é a ciência que
estuda os órgãos masculinos;
 - Sistema Tegumentar (Dermatologia) é formado por exemplo pela pele, pelos e
unhas.
 - Sistema Nervoso (Neurologia) é formado pelos órgãos do sistema nervoso central
(cérebro, cerebelo) e pelos órgãos do sistema nervoso periférico (nervos);
 - Sistema Endócrino (Endocrinologia) é formado por um conjunto de glândulas
como a hipófise e a tireoide.
A Anatomia segmentar assim como a relatado na anatomia sistêmica tem sua conceituação
embasada no estudo teórico-prático dos aspectos anatômicos dos seres humanos referentes
aos seus aspectos sistêmico e segmentar. Já a anatomia de superfície pode ser conceituada
como uma subdivisão da anatomia que analisa a descrição visual da estrutura anatômica,
mas não ocorre o processo de dissecar o organismo para estudo.
A anatomia funcional volta-se para o estudo dos 3 tipos diferentes de músculo: o músculo
esquelético, o músculo cardíaco e o músculo liso. Quando definimos a anatomia aplicada
podemos afirmar que é o estudo que, juntamente com o aprendizado da fisiologia, estuda o
funcionamento dos sistemas. A anatomia radiológica é a que pesquisa a estrutura e funções
do corpo utilizando técnicas de imagem.
Para finalizar, podemos entender a anatomia comparada como o trabalho comparativo da
forma e estrutura de diferentes organismos, de modo a estabelecer relações e ligações de
parentesco entre eles.

2. Conceituar nomenclatura anatômica.

Segundo Verri (2014) a nomenclatura ou terminologia anatômica é o nome dado ao


conjunto de termos empregados para descrever o organismo em partes, ou seja, para
descrever a anatomia. No decorrer da história várias estruturas foram descobertas e
inúmeros nomes foram dados para a mesma estrutura. A primeira tentativa de unificar a
nomenclatura ocorreu em 1895, na Basileia, e foi denominada Basle Nomina Anatomica
(B.N.A.). Na tentativa de solucionar esse problema, foi criada uma Nomenclatura
Anatômica Internacional. Na verdade, foram feitas muitas tentativas, até que, em 1955, foi
criada oficialmente a Paris Nomina Anatomica, no Congresso Internacional de Anatomia
em Paris, a qual foi sendo atualizada a cada cinco anos em congressos internacionais de
Anatomia. A última versão da nomenclatura anatômica foi feita em 1999, em Roma, sendo
traduzida para o português pela Sociedade Brasileira de Anatomia e publicada em São
Paulo no ano 2000, sendo utilizada até o presente momento.

3. Definir a posição anatômica de estudo.

De acordo com Silva (2019), a posição anatômica nada mais é que um referencial para
podermos localizar e descrever as estruturas anatômicas, padronizados a todos anatomistas
ou profissionais de saúde. É a posição universal para a descrição anatômica, é aquela que
descreve o indivíduo (vivo ou cadáver) em posição ereta (em posição ortostática, em pé ou
bípede), com a cabeça e olhos voltados para frente; os membros superiores ao lado do corpo
com as palmas das mãos voltadas para frente; e os membros inferiores unidos e com os pés
dirigidos para frente. O cadáver poderá estar deitado sobre a mesa em decúbito dorsal
(dorso em contato com a mesa), decúbito ventral (abdome em contato com a mesa) ou em
decúbito lateral (com o lado do corpo em contato com a mesa), desde que você sempre se
lembre de sua posição anatômica.

4. Explicar os planos de delimitação e os planos de secção do corpo humano.

Os planos de delimitação, como o próprio nome diz, delimitam o corpo humano como se
estivesse dentro de uma caixa. Sendo assim, temos: dois planos verticais, o plano anterior
ou ventral e o plano posterior ou dorsal; dois planos laterais, direito e esquerdo; e dois
planos horizontais, o plano superior, que está acima da cabeça, e o plano inferior, que está
abaixo dos pés. Plano anterior e plano posterior: são dois planos verticais, dos quais um
passa na frente do corpo (tangente ao ventre), denominado plano ventral ou anterior, e o
outro passa atrás do corpo (tangente ao dorso), denominado posterior ou dorsal. Quando se
fala de cabeça, substitui-se o termo “ventral” por “frontal”; daí, tem-se o plano frontal. Nos
membros, utilizam-se os termos “plano anterior” e “plano posterior”.
• Planos laterais: são dois planos tangentes aos lados do corpo, denominados planos laterais
direito e esquerdo.
• Plano superior e plano inferior: são dois planos horizontais: um superior (a cabeça),
denominado plano superior ou cranial; e outro abaixo das plantas dos pés, denominado
plano inferior ou podálico.
Os planos de secção são importantes para se orientar a dissecação, que é a base da Ana-
tomia. Portanto, esses planos cortam o corpo humano em partes, tendo o plano de secção
mediano, que divide o corpo humano em duas metades iguais: a metade direita e a metade
esquerda. Paralelamente ao plano mediano, há o plano de secção sagital. Verticalmente,
existe o plano de secção frontal ou coronal, que divide o corpo em parte anterior e posterior.
O corpo humano também pode ser divido em metade superior e inferior pelo plano de
secção transversal ou horizontal. Quatro planos de secções fundamentais:
1) Plano mediano: é o plano que divide, longitudinalmente, o corpo humano em duas
metades iguais, direita e esquerda.
2) Planos sagitais: são planos verticais que seccionam o corpo humano paralelamente ao
plano mediano
3) Planos frontais ou coronais: são os planos verticais que dividem o corpo humano nas
partes anterior e posterior

5. Explicar os eixos anatômicos.

Os eixos são linhas imaginarias que facilitam que nós nos localizamos com mais facilidade.
Para uma melhor análise dos movimentos, precisamos determinar o eixo em torno do qual
ele está ocorrendo; sendo assim, descrevem-se três eixos perpendiculares ao plano de
execução do movimento: o eixo vertical, que atravessa o plano de secção transversal; o eixo
sagital, que atravessa o plano de secção frontal; e, finalmente, o eixo transversal, que
atravessa o plano de secção sagital.
1) Eixo vertical, longitudinal ou crânio-caudal: passa do centro do plano superior (cranial)
para o centro do plano inferior (caudal). Atravessa o centro do plano de secção transversal.
2) Eixo sagital, ântero-posterior: passa do centro do plano anterior (ventral) para o centro do
plano posterior (dorsal). Atravessa o centro do plano de secção frontal.
3) Eixo transversal ou latero-lateral: passa do centro do plano lateral direito para o es-
querdo, ou vice-versa. Atravessa o centro do plano de secção sagital.

6. Estabelecer as relações entre os eixos e os planos de secção.

Sobre a relação entre os eixos e os planos de secção, temos os seguintes movimentos


corporais, relacionados com os planos e eixos:

• Flexão/extensão: são movimentos angulares; na flexão, ocorre a diminuição do ângulo


entre as partes do corpo (nas articulações) e, na extensão, ocorre o aumento (a extensão)
desses mesmos ângulos. Ocorrem no plano sagital e seu eixo é latero-lateral (transversal).
Esses movimentos podem ser realizados pelas seguintes articulações: ombro, cotovelo,
punho e entre os dedos da mão, quadril, joelho e entre os dedos do pé, além da coluna
vertebral. No tornozelo, esses movimentos são denominados de dorsiflexão e flexão plantar.

• Abdução/adução: são movimentos de afastamento ou aproximação do plano mediano. Na


abdução, ocorre o afastamento dos membros superior e inferior do plano mediano do corpo,
enquanto, na adução, ocorre a aproximação. Ocorrem no plano frontal e no eixo
anteroposterior (sagital). Esses movimentos podem ser realizados pelas articulações do
ombro, do quadril e entre os dedos.

• Rotação interna medial/rotação externa (lateral): são movimentos que ocorrem ao redor de
um eixo longitudinal. Na rotação interna (medial), a porção anterior do membro vira-se para
o lado interno (para dentro), e, na rotação lateral (externa), a porção anterior vira-se para o
lado externo do corpo (para fora). Ocorrem no plano transversal (horizontal) e seu eixo é
longitudinal. No antebraço, esses movimentos recebem o nome de pronação quando a
palma da mão se volta para trás, e supinação quando a palma da mão se volta para frente.

7. Definir os termos de posição e direção: superior ou cranial, inferior, caudal ou


podátilo, anterior ou ventral, posterior ou dorsal, lateral, medial, intermédio,
mediano, médio, proximal, distal, palmar ou volar, plantar, interno, externo,
superficial, profundo, radial, ulnar, tibial, fibular, ântero-posterior ou dorsoventral,
látero-lateral e longitudinal ou crânio-caudal ou súpero-inferior.

Termos de posição e direção:

- Superior ou cranial: se trata de um termo de relação anatômico que diz respeito a uma
região que está localizada na direção da parte superior do corpo.

- Inferior, caudal ou podátilo: similar ao termo acima, porém este designa região na direção
da parte inferior do corpo.

- Anterior ou ventral: também podendo ser chamado de dorsal, diz respeito a uma região na
frente do corpo.

- Posterior ou dorsal: região localizada nas costas do corpo.

- Lateral: região localizada mais afastada do plano sagital mediano.

- Medial: região localizada próxima ao plano sagital mediano.

- Intermédio: região localizada entre medial e lateral.

- Mediano: área localizada em cima do eixo sagital mediano.

- Médio: área, órgão ou estrutura localizado entre outro superior e um inferior, ou entre um
anterior e outro posterior.

- Proximal: como o nome indica, mais próximo à raiz do membro, voltado para o tronco.

- Distal: distante da raiz do membro ou do tronco.

- Palmar ou volar: como o nome indica, é a área anterior da mão.

- Plantar: face inferior dos pés.

- Interno e externo: diz respeito às faces dos órgãos ou cavidades.

- Superficial e profundo: são termos situacionais. Entretanto, superficial seriam as estruturas


localizadas no tegumento e profundo as estruturas na fáscia muscular.
- Radial, ulnar, tibial e fibular: estruturas próximas aos respectivos ossos.

- Ântero-posterior ou dorso central: região localizada da frente para trás.

- Látero-lateral e longitudinal: eixo perpendicular ao plano sagital, indo de um lado a outro.

- Crânio-caudal ou súpero-inferior: eixo que vai desde a cabeça até os pés.

8. Conceituar: esqueleto, esqueleto axial e esqueleto apendicular.

O esqueleto é o conjunto de ossos que dá forma, apoio e proteção ao corpo. É uma estrutura
rígida que possui 206 ossos que atuam como alavancas para os músculos se movimentarem.
As funções básicas do esqueleto são a proteção do corpo e o ponto de apoio para os
músculos

Esqueleto axial é o que forma o eixo do corpo humano, isto é, a sua porção mediana, e é
composto pelos ossos do crânio, da cavidade torácica e da coluna vertebral, os quais serão
estudados mais adiante nesta unidade.

Esqueleto apendicular é a parte livre, apensa, formada pelos ossos dos membros superiores
e dos membros inferiores. Está unido ao esqueleto axial pela cintura escapular, que une o
membro superior ao tronco, e pela cintura pélvica, que une o membro inferior à pelve. A
cintura escapular é formada pela escápula e clavícula, e a cintura pélvica pelos ossos dos
quadris e sacro.

9. Conceituar o tecido ósseo compacto e esponjoso.

O tecido ósseo é formado pelos mesmos elementos, a maneira como as lâminas ósseas são
dispostas e o tamanho dos espaços entre elas definem dois tipos de substância óssea: a
compacta e a esponjosa.

Na substância óssea compacta, as lâminas do tecido ósseo estão bem unidas, sem espaços
entre elas; por isso, são mais rígidas e densas e, portanto, suportam mais peso. Já na
substância óssea esponjosa, as lâminas ósseas são mais irregulares em sua forma e tamanho
e apresentam muitos espaços entre si ou lacunas, assemelhando-se às esponjosas. Devido às
suas características mecânicas, a substância óssea compacta é encontrada no corpo dos
ossos longos, enquanto a substância óssea esponjosa é encontrada nas extremidades e ao
redor do canal medular (medula óssea).

10. Citar as funções do esqueleto.

As principais funções do esqueleto são:


- Proteger os órgãos vitais, como coração, pulmão e sistema nervoso central (encéfalo e
medula espinhal).

- Armazenar íons e minerais (cálcio e fosfato).

- Sustentar o corpo humano (apoio).

- Conformar o corpo humano.

- Ser a base mecânica dos movimentos corporais, servindo de suporte para tecidos moles
(músculos e ligamentos), ampliando a força das contrações musculares.

- Produzir certas células sanguíneas, continuamente (hematopoiese).

11. Classificar e definir os ossos segundo suas dimensões: longo, curto e laminar (ou chato
ou plano).

Conforme Silva (2019), pode-se definir e classificar da seguinte forma:

- Osso longo: é aquele cujo comprimento predomina sobre a largura e a espessura. Ele
apresenta duas extremidades, chamadas de epífises, e um corpo, chamado de diáfise. Os
ossos dos membros superiores e inferiores são os exemplos mais típicos de ossos longos,
como: úmero, rádio, ulna, fêmur, tíbia.

- Osso curto: é aquele cujas três dimensões são equivalentes, assemelhando-se a um cubo.
Seus exemplos são os ossos do carpo (mão) e do tarso (pé).

- Osso laminar (plano): é o que apresenta comprimento e largura equivalentes e maiores


que a espessura. São exemplos de ossos laminares a escápula, o esterno e osso do quadril.
12. Definir no osso longo: diáfise (ou corpo), epífise (ou extremidade) e canal medular.

O osso longo apresenta duas extremidades, chamadas de epífises, e um corpo, chamado de


diáfise. A epífase são as extremidades do osso, recobertas por cartilagem, a diáfise é a
porção do osso situada entre as epífises e envolvida pelo periósteo. Já o canal
medular (também conhecido como canalvertebral, canal espinhal ou cavidade medular), se
localiza nos ossos na parte da diáfise e é onde se encontra a medula óssea amarela
(popularmente conhecida como Tutano). Dentro das vértebras é onde passa
a medula espinhal.

13. Classificar e definir: osso irregular, osso pneumático, osso sesamóide e osso
supranumerário (acessório ou extranumerário).

De acordo com Verri (2014), a classificação e definição dos ossos são:

Osso irregular: é aquele cuja forma não se encaixa em nenhuma das descrições anteriores,
apresentando uma estrutura complexa sem forma definida. As vértebras e o osso temporal
(crânio) são seus exemplos típicos.

Ossos pneumáticos: são aqueles que apresentam cavidades no seu corpo contendo ar e
revestidas de mucosa; são denominados seios ou sinos. Os sinos ou seios paranasais estão
sujeitos à inflamação de sua parede mucosa; a essa inflamação dá-se o nome de sinusite. Os
ossos do crânio que circundam a cavidade nasal, como a maxila, o etmoide, o esfenoide e o
frontal.

Osso sesamoide: é um osso que se desenvolve no interior de tendões, ligamentos ou


cápsulas articulares, sendo a patela seu exemplo típico. Ossos extranumerários (ou
acessórios).

Osso supranumerário acessório é quando há um osso que excede a quantidade normal de


ossos sem causar prejuízo (ocorre por vários motivos inclusive má formação genética) já o
extranumerário é o osso em excesso, pode causar prejuízo.
14. Descreva o que é uma juntura sinovial e cite os elementos básicos desta juntura.

São articulações do tipo mais comum, apresentam cavidades e o elemento que se interpõem
entre os ossos, é o liquido sinovial. Os ossos desta juntura são unidos por uma cápsula
articular. O Líquido sinovial lubrifica a articulação e é secretado pela membrana sinovial. A
membrana sinovial reveste a cavidade articular.As articulações sinoviais são as mais
comuns do corpo humano e sua característica funcional é a mobilidade. Para que essa
mobilidade ocorra, é necessário que os ossos que se articulam estejam livres para se
deslizarem durante os movimentos e que haja algum elemento facilitador, ou seja,
lubrificador. Assim, a maior característica dessas articulações é a presença de um líquido
viscoso e lubrificador, chamado líquido sinovial.

15. Dê a classificação morfológica das articulações do ombro, punho e joelho. Qual é a


importância para sua atuação profissional?

Segue a classificação morfológica das articulações solicitadas (SILVA, 2019):

A articulação do ombro, também conhecida anatomicamente por escapuloumeral ou


glenoumeral, ocorre entre os ossos escápula e úmero. É uma articulação sinovial, cuja
classificação morfológica é esferoide e a funcional é triaxial, sendo capaz de realizar os
movimentos de flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial e rotação lateral.

A articulação do punho é também denominada radiocarpal (ou radiocárpica) e ocorre entre


a extremidade distal do rádio e os ossos da primeira fileira do carpo, constituindo uma
articulação sinovial condilar. Os movimentos realizados por essa articulação são flexão,
extensão, abdução e adução; portanto, são biaxiais.

A articulação do joelho é a maior do corpo humano e ocorre entre os côndilos femorais


(extremidade distal do fêmur) e os côndilos tibiais (extremidade proximal da tíbia), mais
precisamente na face articular dos côndilos tibiais e a patela. A articulação do joelho é a
mais discutida e complexa, estando essas discussões em volta de sua classificação
morfológica e funcional. Isso porque, além da flexão e extensão, o joelho também realiza
uma leve rotação em flexão, o que não poderia classificá-lo não como gínglimo, mas, sim,
como condilar e biaxial.

Conhecer o corpo humano e entende-lo como um sistema complexo e integrado é vital para
o profissional de nutrição pois para identificar qual nutriente é recomendado, é necessário
entender como os órgãos, músculos e tecidos funcionam e como a saúde interage com o que
é consumido pelo indivíduo.

16. Descreva o que é uma articulação fibroso e cartilaginosa. Dê os seus tipos.

Sob a visão de Silva (2019) as articulações fibrosas, também chamadas de sinartroses


fibroso ou imóveis, podem ser descritas como uma pequena separação do tecido conjuntivo
fibroso e não apresentam cavidade articular (espaço entre as superfícies articulares). A
mobilidade dessa articulação é bastante reduzida ou inexistente, porém apresenta certa
elasticidade.

Existem dois tipos principais de articulação fibrosa: as suturas e a sindesmoses. O primeiro


grupo está relacionado com as articulações do crânio. Já as sindesmoses referem-se à
articulação entre tíbia e fíbula e entre o rádio e a ulna.

As articulações cartilaginosas também chamadas de anfiartroses ou levemente móveis,


possuem uma separação cartilaginosa e não apresentam cavidade articular. A mobilidade
dessas articulações é reduzida.

Existem dois tipos de articulações cartilaginosas: as sincondroses e as sínfises. Essas


últimas possuem entre os ossos cartilagem fibrosa. Como exemplo, podemos citar as
articulações presentes entre as vértebras, que possuem entre elas o disco intervertebral. Já as
sincondroses possuem entre os ossos cartilagem hialina. A articulação esternocostal, entre o
esterno e a cartilagem costal da primeira costela, é um exemplo desse tipo de articulação.

17. Quais são os tipos de tecido muscular que formam o corpo humano? Qual é a
importância destes tecidos?

O corpo humano é formado por 4tipos de tecidos, a saber: tecido epitelial, tecidoconjuntivo
(adiposo, cartilaginoso, ósseo e sanguíneo), tecido muscular (liso, esquelético e cardíaco)
e tecido nervoso.
De acordo com suas características morfológicas e funcionais, o tecido muscular pode ser
classificado em tecido muscular estriado esquelético, tecido muscular estriado cardíaco e
tecido muscular liso.
O músculo estriado esquelético é o responsável pelo movimento e a estabilização do es-
queleto, e está preso aos ossos. A sua contração é rápida, potente e voluntária, ou seja, você
tem a consciência da contração. O músculo estriado possui uma estrutura especial,
denominada miofibrilas, dispostas longitudinalmente e apresentando estriações transversais.
Outra importante característica do músculo estriado é a presença dos sarcômeros, que é a
unidade contrátil funcional da fibra muscular, constituídos por quatro tipos de proteínas
contráteis: miosina, actina, tropomiosina e troponina. No processo de contração muscular,
os filamentos de actina (finos) deslizam sobre os filamentos de miosina (espessos), havendo
o encurtamento do sarcômero.
O tecido muscular estriado cardíaco é o músculo do coração, denominado miocárdio, e
possui características morfológicas semelhantes ao estriado esquelético, apresentando um
padrão estriado, com contração rápida e potente, porém, ocorre de forma involuntária, isto
é, não há consciência de que a contração está ocorrendo. E, por fim, o tecido muscular liso
compõe a musculatura dos órgãos e não apresenta o padrão de estrias transversais, sua
contração é lenta e fraca, e não está sob controle voluntário, mas, sim, autônomo e
hormonal.

18. Quais são os componentes anatômicos do músculo esquelético? Classifique estes


músculos quanto à forma, sua origem, sua inserção e quanto ao ventre muscular.

O músculo é constituído, anatômica e funcionalmente, por uma porção central, carnosa,


chamada ventre muscular, e outra parte tendinosa, chamada tendão muscular.
O ventre é a porção ativa do músculo, isto é, o impulso nervoso originado no sistema
nervoso central chega à placa motora presente no ventre, causando o encurtamento da fibra
muscular, conhecido por contração muscular, resultando nos movimentos articulares. No
entanto, para que esse movimento ocorra, é necessário que o músculo esteja preso às partes
ósseas que se articulam, e essa fixação é feita pelos tendões, que são as partes passivas do
músculo. O ventre e o tendão muscular podem ser vistos na Figura 2.
O ventre muscular possui uma coloração avermelhada devido à grande quantidade de
sangue em suas fibras musculares.
Os tendões são esbranquiçados e brilhantes e podem ser em forma cilíndrica ou em fita.
Quando estão sob a forma de lâmina, são denominados aponeuroses (Figura 3). Os tendões
e as aponeuroses são constituídos por tecido conjuntivo denso composto, especialmente, de
fibras colágenas, e, por isso, são resistentes e inextensíveis.
Os tendões e aponeuroses não prendem os músculos somente nos ossos, mas também na
pele (derme), em cápsulas articulares, em cartilagens e, até mesmo, no tendão de outro
músculo.
O ventre muscular é composto por um conjunto de feixes de fibras musculares, ou seja, é
formado pela união das fibras musculares (células musculares). Cada fibra muscular é
revestida por uma membrana conjuntiva chamada de endomísio. O feixe muscular também
é revestido pelo perimísio, sendo a continuação do epimísio que reveste o músculo
externamente.
Além do epimísio, o músculo é revestido, ainda, por uma membrana de tecido conjuntivo
fibroso denominado fáscia muscular, cujas funções são: permitir o deslizamento dos
músculos entre si, fixar o músculo ao esqueleto, servir de passagem para vasos e nervos,
bem como envolver e conter os músculos para melhorar sua força de tração durante a
contração, evitando seu abaulamento.
Em alguns locais, como nos membros, as fáscias musculares originam prolongamentos
denominados septos intermusculares, que passam entre os grupos musculares, separando-os
em compartimentos funcionais.
Alguns músculos apresentam tendões longos, como é o caso dos músculos que movem os
dedos das mãos e dos pés, que são recobertos por uma bainha fibrosa e sinoviais de tecido
conjuntivo denso, formando túneis entre as superfícies ósseas e facilitando o deslizamento
dos tendões. Além da bainha fibrosa, há, ainda, as bolsas sinoviais, situadas entre os
músculos ou entre o músculo e o osso, que também facilitam o deslizamento muscular.
Ventre muscular é preso aos ossos por meio dos tendões e aponeuroses.
Convencionalmente, essas fixações musculares são denominadas origem e inserção
musculares.
A origem do músculo é a sua extremidade que se prende à peça óssea que permanece fixa
(ponto fixo), ou a que está mais próxima do tronco, como é o caso dos músculos dos
membros. Em contraponto, a inserção muscular é a extremidade do músculo que está presa
ao osso que se desloca durante a contração (ponto móvel), ou a que está mais distante do
tronco.

19. Explicar a localização do coração na caixa torácica. Explicar os aspectos anátomo


funcionais do miocárdio e endocárdio. Explicar a posição anatômica e o tamanho do
coração.

O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, no
mediastino, a massa de tecido que se estende do esterno à coluna vertebral; e entre os
revestimentos (pleuras) dos pulmões. Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam à esquerda da
linha média do corpo. É o órgão central do sistema circulatório que bombeia o sangue,
permitindo sua circulação pelo corpo por intermédio das artérias e das veias.

O músculo do coração é chamado de miocárdio e representa a porção média do coração.


Externamente ao miocárdio está o epicárdio, formado pela lâmina visceral do pericárdio
seroso, e, internamente, está o endocárdio, uma lâmina endotelial fina que também recobre
suas válvulas.

O coração possui a forma de uma pirâmide invertida, apresentando uma base superior, um
ápice inferolateral, e três faces: face anterior ou esterno-costal, face inferior ou
diafragmática e face esquerda ou pulmonar. A denominação de suas faces é feita conforme
suas relações.

O coração de um homem adulto é do tamanho de um punho fechado e pesa apenas 340


gramas. É dividido em 4 partes: 2 átrios, que recebem o sangue das veias; 2 ventrículos, que
impulsionam o sangue para dentro das artérias.

20. Descreva a grande e pequena circulação do corpo humano.

Circulação Pulmonar ou Pequena circulação é a designação dada à parte


da circulação sanguínea na qual o sangue é bombeado para os pulmões e retorna rico em
oxigênio de volta ao coração. Em síntese, é uma circulação coração-pulmão-coração. Inicia-
se no ventrículo direito e termina no átrio esquerdo do coração.

• Circulação sistêmica: também conhecida por grande circulação (coração - tecidos


orgânicos - coração), inicia-se no ventrículo esquerdo, que impulsiona o sangue para a
artéria aorta durante a sístole, que, através de suas sucessivas divisões, levará o sangue
arterial e rico em nutrientes para todos os tecidos do corpo humano. Depois das trocas, os
resíduos metabólicos e o CO2 são recolhidos dos membros superiores e da cabeça pela veia
cava superior e dos membros inferiores e do tronco pela veia cava inferior, e levados por
esses vasos até o átrio direito e daí para o ventrículo direito, após a abertura da valva
tricúspide, terminando a circulação sistêmica e iniciando a circulação pulmonar,
sucessivamente.

21. Explicar a anatomia interna do coração e suas estruturas. Descreva o automatismo


cardíaco.

Para explicar a anatomia do coração, precisamos entender que o sistema cardiovascula r é


formado pelo sangue, vasos sanguíneos e o coração. Esse último órgão é o responsável por
impulsionar o sangue pelo corpo graças às contrações vigorosas e rítmicas que realiza. O
coração está envolvido por uma camada denominada pericárdio, que, por sua vez, é
formado por uma membrana serosa e pelo saco fibroso, que cobre externamente o coração.
Entre essas duas estruturas, é encontrado um líquido que possui a função de lubrificá-las. A
parede do coração é formada por três camadas distintas: epicárdio, miocárdio e endocárdio.
O epicárdio é a camada mais externa e reveste superficialmente o órgão. O miocárdio, por
sua vez, está localizado logo abaixo do epicárdio e é formado por tecido muscular estriado
cardíaco. Já o endocárdio é o revestimento mais interno e é formado por tecido conjuntivo e
endotélio. O coração humano, assim como o de outros mamíferos, é formado por quatro
cavidades: átrio esquerdo e direito e ventrículo esquerdo e direito. Essas estruturas são
separadas em lado esquerdo e direito em razão da presença de um septo que divide o órgão
em duas metades.

Separando os átrios dos ventrículos, existem valvas que garantem que o sangue não retorne
à cavidade anterior. Entre o átrio e o ventrículo direito, existe uma valva denominada
tricúspide ou valva atrioventricular direita. Já entre o átrio e o ventrículo esquerdo,
encontramos a valva mitral ou valva atrioventricular esquerda. Na saída do ventrículo
direito, existe ainda a valva pulmonar, e na saída do ventrículo esquerdo, encontramos a
valva aórtica. As valvas pulmonares juntamente às aórticas são denominadas de valvas
semilunares.

O sangue chega ao coração por intermédio das veias. A veia cava leva o sangue do corpo
até o coração e despeja-o no átrio direito. Do átrio, o sangue é impulsionado para o
ventrículo direito e, posteriormente, via artérias pulmonares, é bombeado até o pulmão. O
sangue no pulmão sofre hematose e retorna ao coração pelas veias pulmonares. O sangue,
agora rico em oxigênio, é lançado no átrio esquerdo, que o leva para o ventrículo esquerdo.
A partir dessa cavidade, o sangue é bombeado para o corpo pela artéria aorta. Percebe-se,
portanto, que os átrios funcionam como câmaras para a recepção de sangue, enquanto os
ventrículos atuam na ejeção. Para que ocorra a contração e o relaxamento do coração, um
conjunto de estruturas desencadeia um estímulo e leva o sangue por todo o órgão. Entre
essas estruturas, destaca-se o nodo sinoatrial, que produz impulsos nervosos de maneira
espontânea. Esse estímulo propaga-se pelo coração graças à outra estrutura denominada
de nodo atrioventricular.

O coração possui certo automatismo, é ele quem determinada sua freqüência cardíaca, seus
batimentos e sua regeneração de células.Constituído por varias fibras, o coração tem uma
corrente sanguínea rápida, dividido em duas partes ele tem o SA (nódulo sianotrial) e o AV
(nódulo atrioventricular). SA: chamado de marcapasso se origina da freqüência
cardíaca. AV: conduz a freqüência cardíaca até a musculatura atrial do coração, mas de
forma retardatária. Este caminho se dá de cima para baixo possibilitando a contração do
sangue na aorta e no pulmão, passando pelo feixe de His, os ventrículos devem estar cheios
antes que ele se contraia novamente.

22. Quais são as artérias do membro superior e inferior e qual é a sua importância para as
estruturas que formam o membro superior e inferior?

As artérias dos membros superiores são: subclávia, axilar, braquial, radial, ulnar, arco
superficial palmar, arco profundo palmar. Na verdade, as várias artérias são uma mesma
artéria e suas ramificações, que recebem nomes diferentes por conta de sua localização. A
axilar tem esse nome porque a artéria desce em direção à axila, a braquial porque essa
mesma artéria chega no braço etc. No cotovelo, a artéria se divide em dois ramos (radial e
ulnar), que vão do antebraço até a mão, onde formam arcos palmares.

As artérias dos membros inferiores são: ilíaca comum, ilíaca interna, ilíaca externa, femoral,
poplítea, tibial anterior, tibial posterior, fibular, dorsal do pé, plantar lateral, plantar medial.
Assim como as dos membros superiores, as artérias dos membros inferiores são
diferenciadas por sua localização, sendo algumas formadas por ramificações e outras tendo
apenas nomes diferentes depois de passar por certo ponto do corpo.

A importância dessas artérias é irrigar e levar oxigênio e nutrientes para os membros do


corpo, para que funcionem adequadamente, da mesma forma que as outras artérias são
importantes para que diferentes partes do corpo funcionem de forma saudável.

23. Quais seriam as veias superficiais e profundas do membro superior e inferior e qual é a
sua importância para as estruturas que formam este membro?

As veias superficiais e profundas são subdivisões das veias dos membros inferiores. As
veias superficiais não acompanham artérias e estão localizadas na tela subcutânea. A
drenagem venosa superficial do membro inferior inicia-se em numerosas veias metatarsais
dorsais que se confluem para formar o arco venoso dorsal do pé. Desse arco partem as duas
principais veias superficiais do membro inferior, a veia safena magna e a veia safena parva.

A veia safena magna origina-se no lado medial do arco venoso dorsal do pé, anterior ao
maléolo medial, e tem um trajeto ascendente na face medial da perna e da coxa, onde
perfura a fáscia muscular e desemboca na veia femoral.

A veia safena parva nasce do lado lateral do arco venoso dorsal do pé, posterior ao maléolo
lateral, e tem um trajeto ascendente na face posterior da perna, e, ao nível da fossa poplítea
(face posterior do joelho), perfura a fáscia profunda e desemboca na veia poplítea, uma veia
profunda.

As veias profundas acompanham artérias e têm origem nas veias digitais plantares do pé,
que se juntam para formar as veias tibial posterior, tibial anterior e fibulares, que
acompanham as artérias com o mesmo nome. Essas veias se unem para formar a veia
poplítea, que continua com a veia femoral.

A veia femoral, por sua vez, continua com a veia ilíaca externa, na região inguinal, que, em
seguida, se une com a veia ilíaca interna para formar a veia ilíaca comum. As veias ilíacas
comuns, direita e esquerda, unem-se para formar a veia cava inferior, que desemboca no
átrio direito, trazendo o sangue venoso proveniente dos membros inferiores e do tronco,
finalizando a drenagem venosa.
Referências Bibliográficas

SILVA, Camila Tavares Valadares da. Anatomia humana – Batatais, SP : Claretiano – 1 ed.
rev. e atualizada, 2019.

VERRI, Edson Donizetti. Anatomia humana geral / Edson Donizetti Verri – Batatais, SP :
Claretiano, 2014.

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