Você está na página 1de 441

Técnico em Enfermagem

Módulo I

Profº Kleiton Richard da Silva Araújo


ANATOMIA E
FISIOLOGIA
Introdução

 A Anatomia pode ser considerada uma ciência que estuda


macroscopicamente a constituição do corpo humano pela
dissecação de peças de cadáveres já fixadas com soluções
apropriadas. A palavra é de origem grega, que significa ana = em
partes; tomein – cortar.

 Os sistemas que, em conjunto, compõem o organismo do


indivíduo são os seguintes: Sistema tegumentar, sistema
esquelético (ossos, músculos e articulações), o sistema digestivo,
sistema respiratório, circulatório, sanguíneo, urinário, genital
feminino e masculino, nervoso, sensorial e endócrino.
Composição do Organismo

 De acordo com Thibodeau; Patton (2002), o organismo humano


consiste em um complexo conjunto de órgãos agrupados em
aparelhos ou sistemas. Os órgãos são formados por pequenas
unidades vivas chamadas células.

 Todas as células do organismo humano necessitam de um


suprimento de oxigênio e outros nutrientes para obter energia,
para manter sua integridade estrutural e para sintetizar as
substâncias essenciais a sua função e a do organismo.
Composição do Organismo

 A produção de energia, a regulação da atividade celular e a


síntese de substâncias são realizadas mediante reações
químicas, e o conjunto destas reações químicas que ocorrem no
organismo é chamado de metabolismo. As reações químicas
intracelulares produzem substâncias (resíduos ou catabólicos),
entre as quais o dióxido de carbono, que necessitam ser
eliminados porque o seu acúmulo leva à disfunção celular e
finalmente à morte celular.

 Tanto o suprimento de oxigênio e nutrientes quanto à retirada


dos resíduos é feita pelo sangue. O sangue se abastece de
oxigênio e se desfaz do dióxido de carbono nos pulmões e se
abastece de nutrientes por meio da absorção de alimentos
digeridos no tubo digestivo.
Composição do Organismo

 Certas células são mais dependentes de um suprimento


contínuo de oxigênio do que outras: as fibras musculares
cardíacas toleram apenas alguns segundos sem oxigênio,
enquanto os neurônios cerebrais podem suportar de 4 a 6
minutos.

 Algumas outras células podem passar períodos maiores sem


oxigênio e ainda assim sobreviverem como as células
musculares e da pele, por exemplo. A falta de oxigênio por um
tempo acima do tolerável leva à morte celular que, por
conseguinte leva à morte de órgãos e finalmente à morte do
organismo.
Divisão do Corpo Humano

Esqueleto humano
Divisão do Corpo Humano

 Cabeça:

A cabeça é dividida em duas partes: crânio e face. Como preconiza


Lacerda (2009), uma linha imaginária passando pelo topo das
orelhas e dos olhos é o limite aproximado entre estas duas regiões.
O crânio contém o encéfalo no seu interior, na cavidade craniana. A
face é a sede dos órgãos dos sentidos da visão, audição, olfato e
paladar e abriga as aberturas externas do aparelho respiratório e
digestivo.
Divisão do Corpo Humano

 Tronco:

O tronco é dividido em pescoço, tórax e abdome, conforme


descrito a seguir.

 Pescoço:

O pescoço contém várias estruturas importantes. É suportado pela


coluna cervical que abriga no seu interior a porção cervical da
medula espinhal. As porções superiores do trato respiratório e
digestivo passam pelo pescoço em direção ao tórax e abdome. O
pescoço contém, ainda, vasos sanguíneos calibrosos, que são
responsáveis pela irrigação da cabeça.
Divisão do Corpo Humano

 Tórax:

Quanto ao tórax, o seu interior, na chamada cavidade torácica,


contempla a parte inferior do trato respiratório (vias aéreas
inferiores), os pulmões, o esôfago, o coração e os grandes vasos
sanguíneos, que chegam ou saem do coração. É sustentado por
uma estrutura óssea da qual fazem parte a coluna vertebral
torácica, as costelas, o esterno, as clavículas e a escápula.
Divisão do Corpo Humano

 Abdome:

O abdome está separado internamente do tórax pelo músculo


diafragma e contém basicamente órgãos do aparelho digestivo e
urinário. Possui grandes vasos no seu interior, que irrigam as
vísceras abdominais e os membros inferiores.
Divisão do Corpo Humano

 Abdome:

O abdome está separado internamente do tórax pelo músculo


diafragma e contém basicamente órgãos do aparelho digestivo e
urinário. Possui grandes vasos no seu interior, que irrigam as
vísceras abdominais e os membros inferiores.
Variação Anatômica e Normal

 Uma vez que anatomia utiliza como material de estudo o corpo


do animal e, no caso da anatomia humana, o homem, torna-se
necessário fazer alguns comentários sobre este material. A
simples observação de um grupamento humano evidencia, de
imediato, diferenças morfológicas entre os elementos que
compõem o grupo.

 Estas diferenças morfológicas são denominadas variações


anatômicas e podem apresentar-se externamente ou em
qualquer dos sistemas do organismo, sem que isso traga
prejuízo funcional para o indivíduo.
Fatores Gerais de Variação Anatômica

 As variações anatômicas individuais são acrescentadas a alguns


fatores decorrentes da idade, do sexo, da raça, do biótipo, e da
evolução humana (PIRES, 2012).

• idade: notáveis modificações anatômicas ocorrem desde a


fase intrauterina até a fase senil. Exemplo: o timo, que
atinge seu máximo na vida fetal e com o progredir da idade
regride, até desaparecer na vida adulta;

• sexo: é o caráter do masculino ou feminino. Mesmo os


órgãos que são comuns a ambos os sexos podem apresentar
variações. Por exemplo, a disposição de tecido gorduroso
subcutâneo, habitualmente mais frequente no sexo
feminino;
Fatores Gerais de Variação Anatômica

• raça: cada agrupamento humano possui caracteres físicos


comuns, externa e internamente relacionados às raças
branca, negra e amarela. Um exemplo é a vascularização do
coração que é muito mais abundante no negro do que no
branco;

• biótipo: é o resultado da soma dos caracteres herdados e


dos caracteres adquiridos por influência do meio e da sua
inter-relação. Distinguem-se os grupos chamados de
longilíneos, mediolíneos e brevelíneos;

• evolução: sugere o aparecimento de diferenças


morfológicas, no decorrer dos tempos.
Anomalias e Monstruosidade

 Quando a modificação do padrão anatômico causa prejuízo


funcional, no entanto permite a continuidade da vida do
indivíduo, diz-se que se trata de uma anomalia.

 Se esta for acentuada, de modo a deformar profundamente a


construção do corpo do indivíduo, sendo, em geral, incompatível
com a vida, denomina-se monstruosidade.

 Como exemplo de monstruosidade tem-se a agenesia, que quer


dizer a não formação do encéfalo. O estudo deste assunto é
feito em Teratologia.
Posição Anatômica

 Para evitar o uso de termos


diferentes nas descrições anatômicas,
considerando-se que a posição pode
ser variável, optou-se por uma
posição padrão, denominada posição
de descrição anatômica

Posição anatômica
Planos Anatômicos

 Para efeitos de estudo, utilizam-se vários planos de divisão do


corpo, os chamados planos anatômicos
Planos Anatômicos

 Plano sagital mediano:

É um plano imaginário que passa


longitudinalmente pelo corpo e o
divide em metades direita e
esquerda. O plano sagital mediano
atravessa as superfícies ventral e
dorsal do corpo nas chamadas
linhas medianas ou médias
anteriores e linhas medianas ou
médias posteriores,
respectivamente.
Planos Anatômicos

 Plano frontal ou coronal:

É todo plano que intercepta o


plano sagital mediano em um
ângulo reto e divide o corpo em
metades anterior e posterior.
Planos Anatômicos

 Plano transversal ou horizontal:

É todo plano que divide o corpo


em metades superior e inferior.
Planos Anatômicos

 Vários termos são utilizados para se descrever as posições dos


elementos anatômicos. O termo medial significa mais próximo à
linha mediana, e lateral o mais afastado dele.

 Como exemplos: na mão, o polegar é lateral ao dedo mínimo,


enquanto que no pé, o hálux (dedo grande) é medial ao dedo
mínimo. Na perna, a face correspondente à tíbia é a face medial
e a correspondente à fíbula a face lateral;
Planos Anatômicos

 O termo proximal significa mais próximo da raiz do membro ou


origem do órgão e distal o mais afastado. Assim, no membro
superior, onde o ombro é a raiz, tem-se como exemplo o
cotovelo e o punho, sendo o cotovelo mais proximal da raiz em
relação ao punho, e este seria mais distal.

 O termo superior significa o mais próximo da extremidade


superior e inferior o mais próximo da extremidade inferior.
Assim, tem-se o lábio superior e o inferior; a pálpebra superior e
a inferior.
Eixos Imaginários

 O corpo humano também é


dividido em três eixos
imaginários:
• Eixo vertical ou
longitudinal: une a cabeça
aos pés, classificado como
heteropolar. Na posição de
pé, situa-se em ângulo reto
em relação ao solo.
Eixos Imaginários

• Eixo de profundidade ou
anteroposterior: une o
ventre ao dorso,
classificado como
heteropolar. Dispõe-se em
ângulo reto em relação ao
eixo longitudinal.
Eixos Imaginários

• Eixo de largura ou
transversal: une o lado
direito ao lado esquerdo,
classificado como
homopolar. Forma um
ângulo reto com ambos os
eixos, anteriormente
mencionados.
Eixos Imaginários

 Os termos aferente e eferente indicam direção e são usados em


anatomia para vasos e nervos. Aferente significa que impulsos
nervosos ou o sangue são conduzidos da periferia para o centro,
enquanto que eferente se refere à condução do centro para a
periferia.
Sistema Esquelético
Anatomia e Fisiologia do Sistema Ósseo

 O termo osteologia significa o estudo dos ossos. Apesar de sua


aparência simples, o osso é um tecido vivo, complexo e
dinâmico, formado por um conjunto de tecidos distintos e
especializados que contribuem para seu arranjo final. Entre eles
destacam-se o tecido ósseo, cartilaginoso, epitelial, tecidos
formadores de sangue, nervoso e adiposo.

 Por esta razão, cada osso individual é um órgão. Partindo-se do


princípio que um conjunto de órgãos que atuam com o mesmo
objetivo funcional constitui um sistema, conclui-se que o
conjunto formado por ossos e cartilagens dará origem ao
Sistema Ósseo.
Anatomia e Fisiologia do Sistema Ósseo

 As funções do sistema ósseo são:

a) sustentação do organismo (apoio para o corpo);


b) proteção de estruturas vitais (coração, pulmões, cérebro);
c) base mecânica para o movimento;
d) armazenamento de sais (cálcio, por exemplo);
e) hematopoiese (produção de novas células sanguíneas).
Anatomia e Fisiologia do Sistema Ósseo

 Os ossos podem ser classificados, de acordo com o formato,


em quatro tipos:

a) longos: comprimento maior que a largura e a espessura.


Possuem uma parte média longa, chamada de diáfise e
extremidades chamadas de epífise. Nas crianças existe uma
camada entre a epífise e a diáfise chamada de placa epifisária,
que é responsável pelo crescimento em comprimento do osso.
Exemplos: fêmur, rádio, ulna e falanges;
Anatomia e Fisiologia do Sistema Ósseo

 Os ossos podem ser classificados, de acordo com o formato,


em quatro tipos:

b) curtos: comprimento, largura e espessura que são


aproximadamente iguais: Exemplo: ossos do carpo;
c) chatos: comprimento e largura, que se equivalem e
predominam sobre a espessura. Exemplos: escápula;
d) irregulares: são ossos que não equivalem nem em
comprimento, nem em largura e nem em espessura. Exemplos:
ossos da base do crânio.
Divisão do Esqueleto

 O esqueleto é dividido em axial, que é composto pelos ossos da


cabeça, pescoço e tronco, constituindo um total de 74 ossos (22
ossos do crânio, 26 da coluna vertebral, 1 osso hioide, e 25 das
costelas e esterno); e apendicular, que é composto pelos
membros superiores e inferiores, constituindo um total de 64
132 ossos (64 ossos dos membros superiores, 62 dos membros
inferiores e 6 ossos dos ossículos da orelha).

 A união do esqueleto axial com o apendicular se faz mediante


cinturas escapular e pélvica. Diante do exposto, afirma-se que o
corpo humano é constituído por, aproximadamente, 206 ossos
(BRASIL, 2003). A seguir apresenta-se a descrição da composição
do esqueleto axial.
Cabeça

 A cabeça é formada pela face e crânio. O crânio é uma caixa


óssea rígida que dá proteção ao encéfalo e possui orifícios de
saída para os nervos cranianos e para a medula espinhal, além
de fornecer abrigo para órgãos dos sentidos. É composto de
vários ossos que formam junturas imóveis.

 Sua parte superior é convexa e recebe a denominação de


calvária, enquanto que sua parte inferior é denominada base do
crânio.
Cabeça

 Seus ossos pares são: parietais e temporais e os ímpares são:


frontal, occipital, etmoide e esfenoide.

Ossos da cabeça
Cabeça

 A face é a parte anterior da cabeça, da fronte até ao mento, e de


uma orelha externa até à outra. O formato básico da face é
determinado pelos ossos subjacentes.

 Seus ossos estão basicamente fundidos e o único osso móvel da


cabeça é a mandíbula, que é responsável pela mastigação.
Localizam-se na face as cavidades onde se abrigam os órgãos
dos sentidos do paladar, do olfato e da visão.
Cabeça

Ossos da cabeça
Cabeça

 As cavidades nas quais se abrigam os olhos são chamadas de


órbitas e são formadas por partes de vários ossos do crânio e da
face. O nariz é formado pelos ossos nasais e na sua maior parte
por tecido cartilaginoso.

 Os dentes se implantam no maxilar e na mandíbula. Os ossos


pares da face são: nasais, lacrimais, cornetos, zigomáticos,
palatinos, maxilas e os ímpares são: o vômer e a mandíbula.
Tronco

 No tronco estão a coluna vertebral e a caixa torácica. A coluna


vertebral é constituída pela superposição de uma série de ossos
isolados denominados vértebras. Superiormente, se articula
com o osso occipital (crânio); inferiormente, articula-se com o
osso do quadril (Ilíaco).

 A coluna vertebral é dividida em cinco regiões: Cervical,


Torácica, Lombar, Sacral e Coccígea. São 7 vértebras cervicais,
sendo as duas primeiras denominadas Atlas e Axis,
respectivamente, 12 Torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4
coccígeas.
Tronco

Coluna vertebral
Tronco

 Cada vértebra possui um espaço no centro, conhecido como


forâmen vertebral, como ilustra a Figura abaixo.
O posicionamento das vértebras, umas sobre as outras, permite
a formação do canal vertebral, por onde passa a medula
espinhal.

Forâmen vertebral
Tronco

 A Figura a seguir ilustra a caixa torácica, que é composta por


vinte e quatro costelas, além do osso esterno. As costelas têm
forma chata e alongada e o espaço entre elas é chamado de
intercostal.

 Na sua maioria, fixa-se posteriormente nas vértebras da região


torácica ou dorsal e anteriormente no osso esterno - osso
achatado composto pelo manúbrio (parte superior), corpo
(parte mediana) e apêndice xifoide (parte inferior).
Tronco

Caixa torácica
Tronco

 Aquelas diretamente articuladas ao osso esterno são


denominadas costelas verdadeiras (da 1ª a 7ª); as costelas falsas
(da 8ª a 10ª) são aquelas que se articulam com as cartilagens do
osso esterno, e não diretamente a ele. Já as costelas flutuantes
(11ª e 12ª) são aquelas que não têm contato com o osso
esterno, sendo fixadas nas vértebras da região dorsal.

 A caixa torácica óssea, além das costelas e esterno, inclui as


vértebras torácicas e seus discos intervertebrais, formando um
arcabouço ósteo-cartilaginoso que protege o coração, pulmões e
alguns órgãos abdominais, como o fígado, por exemplo.
Tronco

 A seguir, apresentam-se os estudos acerca da composição do


esqueleto apendicular, os membros superiores e inferiores.

 O esqueleto dos membros superiores é composto pela cintura


escapular (cíngulo peitoral) e pelos ossos dos braços e mãos. A
cintura escapular une-se anteriormente ao manúbrio esternal e
é formada pelas clavículas e escápulas.

 Embora seja muito móvel, a cintura escapular é sustentada e


estabilizada por músculos inseridos nas costelas, esterno e
vértebras.
Tronco

 A região do braço inicia-se no ombro ou cintura escapular, de


onde parte a clavícula – osso longo e fino, situado na parte
anterior do corpo. A escápula, de forma achatada e triangular,
localiza-se na sua parte posterior.

 O úmero, que é osso do braço situado na porção proximal,


apresenta forma longa e tem uma das extremidades encaixada
na escápula – gerando a articulação que permite a realização de
movimentos diferenciados em várias direções.
Tronco

 O antebraço (porção distal), por sua vez, é composto por dois


ossos denominados rádio e ulna, que se articulam com o úmero
em uma de suas extremidades, formando o cotovelo. Para se
distinguir os ossos do antebraço, basta esticar o braço com a
palma da mão voltada para cima e observar que o osso do
mesmo lado do dedo polegar é o rádio; o outro, na direção do
dedo mínimo, é a ulna.

 Estes dois ossos possuem forma longa, porém são mais finos
quando comparados ao úmero, como se pode observar na figura
a seguir.
Tronco

Ossos dos membros superiores


Tronco

 Nas mãos encontram-se três diferentes grupos de ossos. O


punho ou carpo é formado por oito pequenos ossos. Na palma
da mão ou metacarpo, somam-se cinco ossos pequeninos.

 Os dedos compõem-se de
três ossículos denominados
falange proximal, falange
medial e falange distal
– exceto o polegar, formado
por apenas dois ossículos
(não há falange medial).

Ossos da mão
Tronco

 O quadril ou cintura pélvica, como se observa na figura a seguir,


é considerado parte integrante do esqueleto dos membros
inferiores. É formado por três ossos - ilíaco, ísquio e púbis – que,
juntamente, com o sacro e o cóccix, constituem a bacia ou pelve.

 O íleo é o maior osso do quadril e situa-se na parte superior


lateral da pelve, oferecendo suporte para as vísceras
abdominais. Forma a parte superior do acetábulo (depressão
côncava) na face lateral do osso do quadril, onde se articula com
a cabeça do fêmur.
Tronco

 Sua parte superior é conhecida como crista ilíaca. O ísquio forma a


parte póstero-inferior da pelve e é o principal ponto de apoio
quando a pessoa está sentada.

 O púbis situa-se na parte


anterior da pelve e liga-se
ao ílio e ao ísquio,
originando o que se
denomina sínfise púbica.

Ossos da cintura pélvica


Tronco

 Na coxa, encontra-se o fêmur, o mais longo osso do corpo


humano, que tem uma de suas extremidades articuladas com o
quadril e a outra, com o joelho. A patela fica localizada no
joelho, o qual une a coxa com a perna.

 A tíbia localiza-se na parte anterior da perna; a fíbula, na parte


posterior. Podem ser diferenciadas pela espessura: a primeira é
mais grossa que a segunda (também conhecida como osso da
canela). A extremidade distal da fíbula forma o maléolo externo,
chamado de osso do tornozelo.
Tronco

Ossos dos membros inferiores


Tronco

 Os pés, principais pontos de apoio de todo o esqueleto, são


compostos por três divisões distintas: tarso, metatarso e falange.
Tarso (com sete ossos) é a parte articulada com a perna, onde
também se encontra o calcanhar; o metatarso (com cinco ossos)
é a região mediana do peito do pé; a falange (com quatorze
ossos) é a extremidade do corpo e divide-se em proximal, média
e distal. O hálux só possui a falange proximal e distal. Em um pé,
totalizam-se 26 ossos.
Tronco

Ossos do pé
Anatomia e Fisiologia do Sistema Articular

 Articulação ou juntura é a união entre duas peças (ossos ou


cartilagens), que agem como alavancas na movimentação óssea,
promovendo o crescimento de ossos longos, formando
elementos que amortecem o movimento, entre outras funções.

 Embora as articulações apresentem diferenças significativas


entre si, é possível classificá-las de diversas formas, como
quanto ao tipo de movimento que elas promovem, o tipo de
tecido que interpõe as peças articuláveis, a dependência dos
antímeros para a articulação e também de acordo com os
componentes da articulação.
Classificação das Articulações

 De acordo com o tecido que interpõe as peças articuláveis,


podem-se classificar as articulações em três grandes grupos:

• Fibrosas
Unidas por tecido fibroso, possui pequeno grau de mobilidade.
São do tipo:

a) suturas: são junturas fibrosas onde os ossos estão próximos.


São encontradas nos ossos do crânio. Podem ser do tipo plana,
quando as margens dos ossos são planas (ossos frontais);
denteada ou serrátil, quando as margens dos ossos são em
forma de dente de serra (a maioria das junturas dos ossos da
cabeça); e escamosa, quando as margens dos ossos são em
forma de escama (osso parietal e osso temporal);
Classificação das Articulações

b) sindesmoses: são junturas cuja união dos ossos ocorre por


uma longa faixa de tecido fibroso, formando, assim, ligamentos
ou membranas interósseas. Apresenta baixo grau de
movimentação. Um dos exemplos é a membrana interóssea
entre o osso rádio e a ulna;

c) gonfose: este tipo de articulação fibrosa é específico da


ligação entre os dentes e os alvéolos dentários, e tem a função
precípua de firmar o dente no seu receptáculo. É uma
articulação imóvel, e caso haja movimentos maiores que
0,5mm, consideram-se patológicos;
Classificação das Articulações

d) esquindelese: é uma articulação fibrosa na qual uma parte a


se articular forma uma calha e a outra parte uma crista,
fazendo, assim, a articulação. Ela é exemplificada pela
articulação vômero-esfenoidal.
Classificação das Articulações

• Cartilagíneas:

As articulações cartilaginosas são caracterizadas pela


interposição de tecido cartilaginoso, seja fibrocartilagem,
cartilagem hialina ou ambas. A seguir, seguem exemplos deste
tipo de articulação.

a) sincondroses: os ossos de uma articulação do tipo


sincondrose estão unidos por uma cartilagem hialina. Muitas
sincondroses são articulações temporárias, com a cartilagem
sendo substituída por osso com o passar do tempo (isso ocorre
em ossos longos e entre alguns ossos do crânio). As
articulações entre as dez primeiras costelas e as cartilagens
costais são sincondroses permanentes;
Classificação das Articulações

b) sínfises: as superfícies articulares dos ossos unidos por


sínfises estão cobertas por uma camada de fibrocartilagem.
Entre os ossos da articulação há um disco fibrocartilaginoso (é
característica distintiva da sínfise). Esses discos, por serem
compressíveis, permitem que a sínfise absorva impactos. A
articulação entre os ossos púbicos e a articulação entre os
corpos vertebrais são exemplos de sínfises. Outros exemplos:
manúbrio-esternal; intervertebrais; sacrais; púbica; do mento.
Classificação das Articulações

• Sinoviais:

As articulações sinoviais são unidas por cartilagem com uma


membrana sinovial que circunda a cavidade articular. Para a
obtenção de um desempenho adequado e sem atritos, a
maioria dessas articulações possui um lubrificante denominado
líquido sinovial, razão de seu nome.

Ressalta-se que as articulações sinoviais são as mais comuns e


proporcionam o movimento livre entre os ossos que une,
caracterizando-se pela presença em quase todas as articulações
dos membros.
Classificação das Articulações

• Sinoviais:

Na composição dessas articulações encontra-se a cartilagem


articular que reveste as superfícies articulares dos ossos. A
união dos ossos ocorre por meio da cápsula articular e dos
ligamentos.

Na cápsula articular é encontrado o líquido sinovial (sinóvia),


que ocupa a cavidade articular e lubrifica a juntura. Este tipo de
articulação também apresenta componentes chamados de
acessórios, ou seja, não estão presentes em todas as
articulações sinoviais.
Classificação das Articulações

• Sinoviais:

Um deles são os discos e meniscos, que tem como função


reduzir os impactos mecânicos na articulação. Os lábios ou
orlas aumentam a profundidade da cavidade articular,
permitindo melhor contato entre as superfícies que irão se
articular.

Bolsas sinoviais são estruturas saculares que contêm líquido


similar ao sinovial, e estão situadas entre a pele e os ossos,
tendão e osso, músculo e osso e ligamento e osso, cuja função
é aliviar o atrito em algumas articulações como joelho e ombro.
As bainhas dos tendões são estruturas tubulares que envolvem
os tendões nas regiões onde o atrito é maior
Classificação das Articulações

Componentes da articulação sinovial


Movimentos Articulares

 Flexão

Movimento no plano sagital, em que dois segmentos do corpo


(proximal e distal) aproximam-se um do outro.

 Extensão

Movimento no plano sagital, em que dois segmentos do corpo


(proximal e distal) afastam-se um do outro. Quando este
movimento ultrapassa a posição anatômica é chamada de
Hiperextensão
Movimentos Articulares

 Abdução

Movimento no plano frontal, quando um segmento move-se para


longe da linha central (média) do corpo.

 Adução

Movimento no plano frontal, a partir de uma posição de abdução


de volta à posição anatômica, podendo até ultrapassá-la – Adução
além da linha média.
Movimentos Articulares

 Circundução

Movimento circular de um membro que descreve um cone,


combinando os movimentos de flexão, extensão, abdução e
adução.

 Rotação externa

Movimento no plano horizontal, em que a face anterior volta-se


para o plano mediano do corpo.

 Rotação interna

Movimento no plano horizontal, em que a face anterior volta-se


para o plano lateral do corpo.
Movimentos Articulares

Movimentos articulares
Movimentos Articulares

 Para classificar as articulações quanto à funcionalidade, leva-se


em consideração se a movimentação é feita em um, dois ou três
eixos, chamados de articulação monoaxial, biaxial ou triaxial.

• Articulação monoaxial:

Considera-se monoaxial quando uma articulação realiza


movimentos apenas em torno de um eixo (1 grau de liberdade).
As articulações que só permitem a flexão e extensão, como a
do cotovelo, são monoaxiais.
Movimentos Articulares

As principais variações monoaxiais são:

a) gínglimo ou articulação em dobradiça, quando as superfícies


articulares permitem movimento em um só plano. As
articulações são mantidas por fortes ligamentos colaterais.
Por exemplo: articulações interfalangeanas e úmero-ulnar;

b) trocoide ou articulação em pivô, quando o movimento é


exclusivamente de rotação. A articulação é formada por um
processo em forma de pivô, rodando dentro de um anel ou um
anel sobre um pivô. Por exemplo: articulação rádio-ulnar
proximal e atlanto-axial
Movimentos Articulares

• Articulação biaxial:

Diz-se biaxial, quando uma articulação realiza movimentos em


torno de dois eixos (2 graus de liberdade). As articulações que
realizam extensão, flexão, adução e abdução, como a rádio-
cárpica (articulação do punho) são biaxiais. Algumas variações
das articulações biaxiais são:

a) condilar, quando uma superfície articular ovoide ou condilar


é recebida em uma cavidade elíptica, de modo a permitir os
movimentos de flexão e extensão, adução e abdução e
circundação, ou seja, todos os movimentos articulares, menos
a rotação axial. Por exemplo: articulação do pulso;
Movimentos Articulares

• Articulação biaxial:

b) selar, quando as faces ósseas são reciprocamente côncavo-


convexas. Permitem os mesmos movimentos das articulações
condilares. Por exemplo: carpo-metacárpicas do polegar.;

• Articulação triaxial:

Quando uma articulação realiza movimentos em torno de três


eixos (3 graus de liberdade). As articulações, que além de
flexão, extensão, abdução e adução, permitem também a
rotação, são ditas triaxiais, cujos exemplos típicos são as
articulações do ombro e do quadril.
Movimentos Articulares

• Articulação triaxial:

Há uma variedade onde o movimento é poliaxial, chamada


articulação esferoide ou enartrose, que é uma forma de
articulação na qual o osso distal é capaz de movimentar-se em
torno de vários eixos, que tem um centro comum.

Existe ainda outro tipo de articulação chamada articulação


plana, que permite apenas movimentos deslizantes. Exemplos:
articulações dos corpos vertebrais e em algumas articulações
do carpo e do tarso.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Muscular
 As células musculares, chamadas de fibras musculares, são
especializadas em realizar a contração e o relaxamento. Estas
fibras se unem em feixes para formar músculos, os quais se
encontram fixados por suas extremidades.

 Assim, músculos são estruturas que movem os segmentos do


corpo por encurtamento da distância que existe entre suas
extremidades fixadas, ou seja, por contração. Dentro do
aparelho locomotor, os músculos são elementos ativos do
movimento.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Muscular
 Porém, a musculatura não assegura só a dinâmica, mas também
a estática do corpo humano, pois mantém unida as peças ósseas
determinando a posição e a postura do esqueleto.

 O músculo, constituído por fibras, possui forma alongada. A


parte central é alargada, conhecida como ventre (porção
carnosa contrátil) e as extremidades são afuniladas e se fixam
aos ossos ou órgãos por meio de tendões (cordões fibrosos) ou
aponeuroses (lâminas fibrosas).
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Muscular
 Tanto tendões quanto aponeuroses são esbranquiçados e
brilhantes, muito resistentes, e praticamente inextensíveis,
constituídos por tecido conjuntivo denso, rico em fibras
colágenas.

 Ainda existe a fáscia muscular, que é uma lâmina de tecido


conjuntivo que envolve cada músculo. Sua espessura pode variar
de acordo com a função desempenhada.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Muscular
 A função da fáscia é promover proteção e contenção durante os
movimentos de tração, além de facilitar o deslizamento dos
músculos entre si.

 Cada fibra muscular é uma célula longa e fina, com vários


núcleos e filamentos microscópicos a preencher seu citoplasma.
O conjunto de fibras constitui o feixe muscular e cada músculo
possui numerosos feixes.

 Existem três tipos de músculos no corpo humano: músculos


esqueléticos, músculos lisos e músculo cardíaco. Cada tipo tem
características próprias e desempenha funções distintas.
Músculos esqueléticos

 São chamados de esqueléticos porque estão ligados aos ossos


do esqueleto, como ilustra a figura abaixo. Podem ser
denominados de músculos voluntários por serem responsáveis
pelos movimentos voluntários e de estriados, porque
apresentam estriações quando vistos ao microscópio.

Músculo esquelético
Músculos esqueléticos

 Estão sob o controle do sistema nervoso central. Áreas


específicas do cérebro enviam suas ordens por meio de
estímulos nervosos que seguem pela medula espinhal e pelos
nervos periféricos até chegarem ao músculo, que se contrai ou
relaxa dependendo do tipo de movimento desejado.

 Todos os movimentos corporais resultam da contração ou


relaxamento dos músculos esqueléticos. Certos movimentos
mais complexos envolvem a ação de vários músculos
simultaneamente.
Músculos lisos

 São chamados de lisos por não apresentarem estriações à


microscopia. Estão sob o controle do sistema nervoso
autônomo, o que os caracteriza por músculos involuntários,
visto que sua atividade independe de comando central
consciente.

Músculo liso
Músculos lisos

 Os músculos lisos são encontrados na parede da maioria dos


órgãos tubulares do organismo, como os do tubo digestivo,
aparelho urinário, vasos sanguíneos e brônquios. A contração e
o relaxamento destes músculos alteram o calibre dos órgãos
tubulares influindo, assim, no fluxo de substâncias por meio da
sua luz (parte oca do órgão).

 São responsáveis, por exemplo, pela vasoconstrição e


vasodilatação dos vasos sanguíneos, como também da
motilidade gastrointestinal que promove a progressão do bolo
alimentar a partir do tubo digestivo.
Músculo cardíaco

 Tipo de músculo especial que possui estriações à microscopia,


como ilustra a Figura 19, mas que é involuntário. Está presente
apenas no coração. A massa muscular cardíaca recebe o nome
de miocárdio e é responsável pela função de bombeamento do
coração.

Músculo cardíaco
Músculos da face e pescoço

 Os músculos da face contraem-se e relaxam-se inúmeras vezes,


o que os permite expressar sensações como sorrir, chorar,
espantar-se, sentir dor, raiva, etc. Cada uma dessas expressões
envolve movimentos de diversos músculos faciais, também
conhecidos como mímicos.

 Os principais músculos da face e do pescoço são: frontal,


músculo do supercilio, orbicular dos olhos, músculo do nariz,
bucinador, masseter, orbicular dos lábios, músculo depressor do
lábio inferior e músculos platisma e esternocleidomastoides.
Músculos da face e pescoço

Músculos da face e do pescoço


Músculos da face e pescoço

 Principais músculos:

a) frontal: situa-se na testa e forma rugas quando elevado;


b) músculo do supercílio: realiza os movimentos de elevação e
aproximação das sobrancelhas;
c) orbicular dos olhos: localiza-se em torno das pálpebras e
realiza os movimentos de abrir e fechar os olhos;
d) músculo do nariz: responsável pelo movimento de franzir o
nariz;
e) bucinador: situa-se na bochecha e atua nos movimentos de
inflar e contrair;
Músculos da face e pescoço

 Principais músculos:

f) masseter: localiza-se nos lados da face, movimentando-se


durante a mastigação.
g) orbicular dos lábios: situa-se em volta dos lábios e é
responsável pelo sopro, sucção, beijo estalado e assobio;
h) músculo depressor do lábio inferior: atua na projeção do
lábio inferior e na contração do queixo;
i) músculos platisma e esternocleidomastoide: encontrados no
pescoço, são responsáveis pela rotação da cabeça;.
Músculos dos membros superiores
Músculos dos membros superiores

 Na região do braço localizam-se os músculos com grandes


massas, responsáveis pela força.

a) deltoide: encontra-se na articulação do ombro e produz a


elevação do braço - é nele que se aplica a injeção intramuscular;
b) bíceps: localiza-se na parte anterior do braço, sendo
responsável pela flexão do antebraço sobre si mesmo – é bem
delineado em pessoas que exercem práticas esportivas;
c) tríceps: situa-se na parte posterior do braço e afasta o
antebraço do bíceps;
d) flexor dos dedos: situa-se na parte anterior do antebraço e
promove a flexão dos dedos;
e) extensor dos dedos: localiza-se na parte posterior do
antebraço, sendo responsável pelo afastamento dos dedos.
Músculos do tórax

 Os principais são músculos do tórax encontram-se descritos a


seguir. 

a) trapézio: localiza-se na região superior das costas, sendo


responsável pela elevação dos ombros - é nele que se realiza a
massagem de conforto;
b) grande dorsal: situa-se na região inferior das costas, tendo
como função principal levar o braço para trás;
c) peitoral maior: como o nome indica, localiza-se no peito,
permitindo o movimento do braço para a frente;
d) grande denteado: situa-se na parte lateral do tórax,
promovendo a elevação das costelas, ajudando, dessa forma, o
processo de respiração.
Músculos do abdome

 A seguir descrevem-se os principais são músculos do tórax.

a) reto abdominal: localiza-se na frente do abdome ou barriga,


sendo responsável por dobrar o tórax sobre o abdome,
ajudando na inspiração (entrada de ar no organismo) forçada;
b) oblíquo externo: situa-se nos lados do abdome. Atua
comprimindo as vísceras e inclinando o tórax para frente;
c) diafragma: separa o tórax do abdome e ajuda na inspiração.
A musculatura abdominal é também responsável pela
sustentação do peso e pressão dos órgãos viscerais.
Músculos dos membros inferiores

 Por fim, apresentam-se os músculos dos membros inferiores.

a) grande glúteo ou glúteo superior: localiza-se nas nádegas e


permite a extensão da coxa;
b) quadríceps: situa-se na parte anterior da coxa, sendo
responsável pela extensão da perna;
c) costureiro: é o músculo mais longo do corpo. Inicia-se no
quadril, cruza a coxa e termina na lateral interna do joelho. Sua
função é aproximar a coxa do abdome;
d) bíceps crural ou femoral: localiza-se na face posterior da
coxa, permitindo o movimento de flexão das pernas;
Músculos dos membros inferiores

e) gêmeos ou gastrocnêmicos: situam-se na face posterior da


perna (“batata” da perna) e são responsáveis pela extensão dos
pés. Por sua vez, os pés apresentam movimentos de extensão,
flexão e rotação – possíveis devido à utilização dos músculos
extensores e flexores neles inseridos por meio dos tendões.

Músculos do pé
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Tegumentar
 Como preconizado em Brasil (2003a), a pele reveste todo o
corpo humano, exercendo funções indispensáveis para a
manutenção da vida, tais como a manutenção da temperatura
corporal, a proteção contra agressões físicas, químicas e
biológicas, a captação de sensações e a participação da síntese
de vitamina D, pela utilização dos raios solares.

 A pele é composta pela mucosa, que é nome dado ao


tegumento que reveste internamente as cavidades como, por
exemplo, a mucosa oral.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Tegumentar
 A coloração da pele depende da espessura (quanto mais espessa
mais amarela), do grau de irrigação sanguínea (o que a torna
mais ou menos rosada), da presença de melanina (um pigmento
que escurece a pele) e da absorção do caroteno (responsável
pela tonalidade amarela). Quanto maior a quantidade de
melanina existente, mais intensa será a cor.
As Camadas da Pele

 De acordo com Brasil (2003a), a pele é formada por três


camadas:

• Epiderme;

• Derme;

• Hipoderme ou tecido celular subcutâneo;


Epiderme

 Formada por cinco camadas, a epiderme tem a camada córnea,


a quinta delas, como sendo a mais rica em queratina. Esta
compõe as palmas das mãos e das plantas dos pés.

 A camada responsável pelo surgimento das células epiteliais é a


aquela mais interna, que se situa acima da derme. É chamada de
germinativa ou basal.
Epiderme

 À medida que as células vão surgindo na camada basal, as


outras vão amadurecendo e sendo empurradas para a as
camadas superiores por aquelas mais jovens, sofrendo um
processo de queratinização que as torna mais resistentes e
impermeáveis, até que se depositem na camada superior da
epiderme, momento em que estarão mortas e serão eliminadas
por um processo chamado de descamação.
Epiderme

 A melanina, que é responsável pela coloração da pele, também


está localizada nesta camada. Nas pessoas da raça negra a
melanina exerce maior concentração.

 A epiderme é responsável pela impermeabilidade da pele, e isto


dificulta a evaporação da água pela superfície do corpo.
Derme

 Ainda conforme Brasil (2003a), a derme está localizada logo


abaixo da epiderme. Trata-se de um tipo de tecido conjuntivo
que também possui fibras elásticas. Esta é uma camada bem
vascularizada, onde se encontram as terminações nervosas, os
vasos linfáticos, as glândulas sebáceas e alguns folículos pilosos.

 Na derme se desenvolvem as defesas contra os agentes nocivos


foram capazes de vencer a primeira camada, que é a epiderme.
Derme

 Nesta camada, que é bem vascularizada, encontram-se as


terminações nervosas, vasos linfáticos, glândulas sebáceas e
alguns folículos pilosos. Nela se desenvolvem as defesas contra
agentes nocivos que tenham vencido a primeira barreira, ou
seja, a epiderme.

 A maioria dos testes cutâneos é realizada na derme, bem como


a administração de vacinas, tais como a BCG. A derme mantém a
pele em constante tensão elástica e forma impressão digital pela
projeção das papilas dérmicas para a epiderme, em formato de
cristas, separadas por sulcos.
Hipoderme

 O tecido celular subcutâneo ou hipoderme encontra-se logo


abaixo da derme. Trata-se de um tecido conjuntivo, gorduroso,
que representa uma importante reserva calórica para o
organismo.

 Além disso, em algumas partes do corpo funciona como um


coxim (uma espécie de almofada), chamado de panículo
adiposo.
Hipoderme

 Na hipoderme encontram-se os excessos de gordura. Em


contrapartida, o panículo adiposo protege contra o fio. Distribui-
se por toda a superfície do corpo e varia de acordo com a idade,
sexo, estado nutricional e taxa de hormônios.

 A hipoderme é mais vascularizada que a derme, e, neste sentido,


é capaz de absorver mais rapidamente as substâncias nela
injetadas. Por esta razão é que recebe a administração de
determinadas medicações, tais como a insulina, no caso de
pacientes diabéticos (BRASIL, 2003a).
Os Anexos da Pele

Camadas e anexos da pele


Pelos

 Constituídos por células queratinizadas produzidas por folículos


pilosos, os pelos se localizam na derme ou hipoderme, onde se
abrem as glândulas sebáceas. Um pelo é composto pela raiz, que
é a parte implantada na pele, e pela haste, que é a porção que
se projeta da superfície.

 A função principal dos pelos é proteger as áreas de orifícios e


olhos, pois possui rica inervação que lhes confere, também, o
papel de aparelho sensorial cutâneo. Os tamanhos, a cor e a
disposição dos pelos variam de acordo com a raça e com a
região do corpo. Exceto por algumas regiões delimitadas, os
pelos estão presentes em quase toda a superfície da pele.
Glândulas sebáceas

 Aos órgãos glandulares, pequenos e saculiformes, que se


encontram presentes em quase toda a pele, abundantemente
no couro cabeludo e na face, dá-se o nome de glândulas
sebáceas. Elas se formam junto aos pelos.

 Nas regiões como o lábio, a glande e os pequenos lábios da


vagina, os ductos das glândulas sebáceas se abrem diretamente
na pele. Sua função é promover a secreção de gorduras que
lubrificam e protegem a superfície da pele, exceto nas palmas
das mãos e nas plantas dos pés, de acordo com estudos
publicados em Brasil (2003a).
Glândulas sudoríparas

 São encontradas em toda a pele, exceto em certas regiões, como


a glande. As glândulas sudoríparas têm como função secretar o
suor – solução extremamente diluída, que contém pouquíssima
proteína -, além do sódio, potássio, cloreto, da amônia e do
ácido úrico.

 São mais numerosas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés,
pois se abrem diretamente na superfície cutânea. Uma vez
atingindo a pele, o suor evapora, causando a diminuição da
temperatura corporal. Daí o seu importante papel no controle
da temperatura do corpo.
Glândulas sudoríparas

 As glândulas sudoríparas também exercem função excretora,


visto que se observa a presença de catabólitos no suor. Uma vez
desembocam nos folículos pilosos, são chamadas de glândulas
sudoríparas apócrinas, localizando-se nas regiões axilares,
perianal e pubiana. São estimuladas pela tensão emocional e
sua secreção é ligeiramente viscosa e sem cheiro, porém, com a
ação das bactérias da pele, o odor passa a ser desagradável.
Unhas

 As unhas recobrem a última falange dos dedos. São formadas


por queratina dura e fixadas sobre a epiderme nos denominados
leitos ungueais. As unhas crescem apenas em uma direção,
longitudinalmente.

 Protegem as pontas dos dedos, o que evita traumatismos, e


possuem em seu contorno uma espécie de selo denominado
cutícula, que impede a entrada de agentes infecciosos, tais como
bactérias.
Terminações Nervosas

 De acordo com Vilela (2003), toda a superfície cutânea é provida


de terminações nervosas capazes de captar estímulos térmicos,
mecânicos ou dolorosos. Tais terminações nervosas, ou
receptores cutâneos, são especializadas na recepção de
estímulos específicos.

 Além disso, alguns podem captar estímulos de natureza distinta.


Entretanto, na epiderme não existem vasos sanguíneos. Os
nutrientes e oxigênio chegam à epiderme por difusão, a partir
de vasos sanguíneos da derme.
Terminações Nervosas

 Nas regiões da pele providas de pelo, há terminações nervosas


específicas nos folículos capilares e outras, que são chamadas
terminais ou receptores de Ruffini.

 As primeiras, formadas por axônios que envolvem o folículo


piloso, captam as forças mecânicas aplicadas contra o pelo. Os
terminais de Ruffini, com sua forma ramificada, são receptores
térmicos de calor, conforme Vilela (2003).

 Na pele desprovida de pelo, e também naquela coberta por ele,


encontram-se, ainda, três tipos de receptores comuns: os
corpúsculos de Paccini, os discos de Merkel e as terminações
nervosas livres, como visto a seguir:
Terminações Nervosas

Receptores de pele
Corpúsculos de Paccini

 Os corpúsculos de Paccini captam em especial os estímulos


vibráteis e táteis. São formados por uma fibra nervosa cuja
porção terminal é recoberta por várias camadas que
correspondem a diversas células de sustentação, de acordo com
Vilela (2003).

 A camada terminal é capaz de captar a aplicação de pressão, que


é transmitida para as outras camadas e enviada aos centros
nervosos correspondentes.
Discos de Merkel

 Os discos de Merkel possuem sensibilidade tátil e de pressão.


Uma fibra aferente costuma estar ramificada com vários discos
terminais destas ramificações nervosas. Estes discos englobam
uma célula especializada, cuja superfície distal se fixa às células
epidérmicas por um prolongamento de seu protoplasma. Assim,
os movimentos de pressão e tração sobre epiderme
desencadeiam o estímulo.
Corpúsculos de Meissner

 No caso das terminações nervosas livres, estas são sensíveis aos


estímulos mecânicos, térmicos, em especial aos dolorosos. São
formadas por um axônio ramificado, que é envolto por células
de Schwann, sendo, por sua vez, ambos envolvidos por uma
membrana basal.
Terminações nervosas livres

 Os corpúsculos de Meissner são táteis e se encontram nas


saliências da pele sem pelos, como nas partes mais altas das
impressões digitais, por exemplo. São formados por um axônio
mielínico, cujas ramificações terminais se entrelaçam com
células acessórias.
Bulbos terminais de Krause

 Estes bulbos são receptores térmicos de frio. São formados por


uma fibra nervosa, cuja terminação possui forma de clava. Estão
situados nas regiões limítrofes da pele com as membranas
mucosas, ao redor dos lábios e dos genitais, por exemplo.

 Para o profissional de saúde, a pele deve ser objeto de atenção


especial, pois sua coloração, textura e aparência podem ser
indicativos de alterações no organismo. Por outro lado, os
cuidados básicos de higiene e hidratação são essenciais para a
manutenção da saúde de uma forma geral.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Respiratório
 De acordo com Pires (2012), a respiração é uma das
características básicas dos seres vivos. Consiste na absorção,
pelo organismo, de oxigênio, e a eliminação do gás carbônico
resultante de oxidações celulares, enquanto que sangue é um
elemento intermediário entre as células do organismo e o meio,
servindo como condutor de gases entre eles.

 O pulmão é o órgão respiratório por excelência, embora, para


facilitar a condução do ar, se desenvolvam órgãos especiais que
promovem o rápido intercâmbio entre o ar e o sangue. O
sistema respiratório é constituído por este conjunto de órgãos.
Divisão Anatômica do Sistema
Respiratório
 Anatomicamente, o sistema respiratório pode ser dividido em
duas partes: vias aéreas superiores e vias aéreas inferiores. As
vias aéreas superiores são constituídas por órgãos tubulares,
cuja principal função é a de conduzir o ar inspirado, filtrando-o,
aquecendo-o e umidificando-o para facilitar o processo de troca
gasosa, bem como conduzir o ar a ser expirado, eliminando,
assim, o dióxido de carbono.
Divisão Anatômica do Sistema
Respiratório
 Das vias aéreas superiores, fazem parte: o nariz, a cavidade
nasal, a faringe, a laringe e os terços, superior e médio, da
traqueia. Além de condutores de ar, a cavidade nasal, a faringe e
a laringe cumprem as funções olfatórias, de via de condução de
alimento e de fonação, respectivamente (PIRES, 2012).

 As vias aéreas inferiores têm início a partir do terço inferior da


traqueia, e se estendem até os alvéolos pulmonares, passando
por brônquios principais, lobares e segmentares e bronquíolos
terminais, respiratórios e ductos alveolares.
Divisão Funcional do Sistema
Respiratório
 Funcionalmente, o sistema respiratório também pode ser
dividido em duas partes: Zona condutora e Zona respiratória. A
primeira é a porção do sistema respiratório, cuja função é a de
levar o ar inspirado até a porção respiratória.

 Estende-se desde o nariz até os bronquíolos terminais. A zona


respiratória é constituída pelos bronquíolos respiratórios, ductos
alveolares e alvéolos pulmonares, onde já acontecem as trocas
gasosas (hematose).
Boca e nariz

 A boca participa do sistema respiratório, dado que tem a


necessidade de liberar o ar interno durante a fala, enquanto que
o nariz é o órgão que comunica o meio externo ao interno. As
fossas nasais iniciam-se nas narinas e se estendem até a faringe,
dividindo-se por uma parede cartilaginosa chamada septo nasal.
A inspiração (condução do ar para dentro) filtra as impurezas do
ar, possibilitando que este chegue mais limpo aos pulmões.

 É um processo que ocorre porque no interior das fossas nasais


encontram-se os pelos e o muco (secreção da mucosa nasal),
cuja função é reter substâncias do ar, manter a umidade da
mucosa e aquecer o ar, facilitando o desempenho dos outros
órgãos, conforme ilustra a figura a seguir.
Boca e nariz

Cavidade nasal e bucal


Faringe

 A faringe, é um tubo
muscular associado a dois
sistemas, respiratório e
digestório, situando-se
posteriormente à cavidade
nasal, cavidade da boca e à
laringe, o que faz com que
ela seja dividida em três
partes: parte nasal, também
chamada nasofaringe, parte
oral ou orofaringe e parte
laríngea ou laringofaringe.
Faringe

 Na parede lateral nasofaringe existe uma comunicação deste


tubo com a orelha média, chamada óstio faríngeo da tuba
auditiva, que na sua extremidade medial é revestida por uma
cartilagem chamada torus tubário, que visa minimizar a entrada
de corpos estranhos no pavilhão auditivo.

 Nesta região, também se pode encontrar uma estrutura


anatômica cuja função é a de proteção chamada tonsila
faríngea, que após episódios repetitivos de inflamações se
hipertrofia, aumentando de tamanho e dificultando a passagem
do ar e sendo chamada, neste momento, de adenoide (carne
esponjosa).
Laringe

 A laringe é um órgão tubular, situado no plano mediano e


anterior do pescoço. Além de via aérea, é também um órgão da
fonação, ou seja, é responsável pela produção do som. Situa-se
anteriormente à faringe e é continuada diretamente pela
traqueia.

 O esqueleto da laringe é cartilaginoso, possuindo as cartilagens


cricoidea, tireoidea, aritenoidea e epliglótea. A tireoidea, a
maior delas, é constituída de duas lâminas que se unem
anteriormente para formar a proeminência laríngea.
Laringe

 A cartilagem cricoidea é impar, tem forma de anel, limitando


inferiormente a laringe, enquanto que a cartilagem aritenoidea
é par e posterior, apresentando-se na forma piramidal e
articulando-se inferiormente com a cartilagem cricoidea.

 A cartilagem epiglótica, ímpar e mediana, é uma cartilagem


importante, pois impede a passagem de líquidos e sólidos para
as vias respiratórias. As cartilagens cuneiformes e corniculadas
completam o esqueleto da laringe, como se pode observar na
figura a seguir.
Laringe

Laringe (vista anterior)


Laringe

Laringe (vista posterior)


Laringe

 Na anatomia interna da laringe, como ilustra a figura , se pode


observar a presença de uma fenda anteroposterior, que leva a
uma pequena invaginação, o ventrículo da laringe, que é
limitado superiormente pela prega vestibular e inferiormente
pela prega vocal.

 O espaço que vai do adito da laringe (abertura da laringe) até a


prega vestibular é chamado de vestíbulo da laringe, já o espaço
aéreo compreendido entre as pregas vestibular e vocal é
conhecido como glote.

 As pregas vocais são constituídas pelo ligamento e músculos


vocais, e o espaço existente entre elas é denominado rima
glótica. As pregas vestibulares possuem função protetora.
Laringe

Anatomia interna da laringe


Traqueia

 A traqueia inicia na região cervical, situada anteriormente ao


esôfago, localizada no mediastino superior. Como se pode
observar na figura a seguir, trata-se de estrutura mediana
composta anteriormente por anéis cartilaginosos unidos entre si
por ligamentos anulares, visndo impedir um possível colapso do
tubo aéreo.

 A parte posterior da traqueia possui uma parede membranácea


constituída principalmente por músculo liso e por tecido
fibroelástico. A traqueia bifurca-se, dando origem aos brônquios
principais direito e esquerdo. O local da bifurcação da traqueia
chama-se carina.
Traqueia

Traqueia
Brônquios e bronquíolos

 De acordo com Dantas (2011), existem dois brônquios principais,


o esquerdo e o direito. Os principais fazem a ligação da traqueia
com os pulmões. A traqueia e os brônquios extrapulmonares são
constituídos de anéis incompletos de cartilagem hialina, tecido
fibroso, fibras musculares, mucosa e glândulas.

 O autor afirma ainda que o brônquio principal esquerdo é mais


longo, mais horizontalizado e tem menor calibre do que o
direito, enquanto que o brônquio principal direito é quase a
continuação da direção da traqueia e, portanto, é mais vertical,
mais calibroso e também mais curto. Por esta razão, corpos
estranhos que passam pela traqueia penetram no brônquio
principal direito mais facilmente.
Brônquios e bronquíolos

Brônquios e bronquíolos
Brônquios e bronquíolos

 Os brônquios principais entram nos pulmões na região chamada


hilo. Ao atingirem os pulmões correspondentes, os brônquios
principais subdividem-se nos brônquios lobares. Os brônquios
lobares são tubos aéreos que apresentam as mesmas
características morfológicas que os brônquios principais tendo
como função ventilar os lobos pulmonares.

 O pulmão direito possui três lobos e, consequentemente, três


brônquios lobares, o superior, o médio e o inferior, enquanto
que o pulmão esquerdo possui apenas dois lobos, que são
ventilados por dois brônquios lobares, o superior e o inferior.
Brônquios e bronquíolos

 Os brônquios lobares subdividem-se em brônquios segmentares,


cada um destes distribuindo-se a um segmento pulmonar. Sua
função é ventilar os segmentos broncopulmonares. São
nomeados de acordo com o respectivo segmento
broncopulmonar em que atuam. Os brônquios dividem-se,
respectivamente, em tubos cada vez menores denominados
bronquíolos.

 As paredes dos bronquíolos contêm músculo liso e não possuem


cartilagem. Os bronquíolos se ramificam repetidamente em
tubos ainda menores, chamados de bronquíolos terminais. É
neste tubo aéreo que termina a chamada zona condutora do
sistema respiratório.
Bronquíolos respiratórios

 Os bronquíolos respiratórios são tubos aéreos que já


apresentam nas suas paredes a presença de alvéolos, portanto,
onde ocorrem, a esta altura, as trocas gasosas (hematose). Os
bronquíolos respiratórios, por sua vez, se subdividem em
diversos ductos alveolares. Da traqueia até chegar aos ductos
alveolares, o ar passa por cerca de vinte e cinco divisões.
Alvéolos

 Em torno da circunferência
dos ductos alveolares
encontram-se numerosos
alvéolos e sacos alveolares. O
alvéolo é uma invaginação
caliciforme, revestida por
epitélio escamoso simples e
sustentada por uma fina
membrana basilar elástica.

 Sacos alveolares são dois ou


mais alvéolos que
compartilham uma abertura Alvéolos
comum.
Pulmões

 Trata-se de um órgão duplo e elástico, localizado no interior da


caixa torácica. O pulmão direito é composto por três partes,
denominadas lobo superior, lobo médio e inferior, enquanto que
o pulmão esquerdo possui apenas dois lobos: o superior e o
inferior.

 Estão suspensos dentro da cavidade torácica por alguns


ligamentos e pelos hilos, que contêm seus vasos e brônquios e
os ligam às estruturas do mediastino (BRASIL, 2003a).
Pulmões

Pulmão
Pulmões

 Sustentados pelo diafragma, os pulmões são recobertos por


uma fina membrana denominada pleura, responsável por sua
proteção na caixa torácica. A pleura que reveste os pulmões é
chamada de pleura visceral, e aquela que reveste a cavidade
torácica é chamada de pleura parietal.

 Entre uma e outra existe um espaço potencial chamado de


espaço pleural. Diz-se potencial porque as duas superfícies da
pleura estão praticamente em contato uma com a outra,
separadas apenas por uma delgada camada de líquido.
Fisiologia do Sistema Respiratório

 A respiração é o processo biológico por meio do qual ocorre a


troca de oxigênio e gás carbônico entre a atmosfera e as células
do organismo. Possui dois componentes: a ventilação, que é o
processo mecânico a partir do qual o ar, rico em oxigênio, entra
pelas vias áreas até os pulmões e o ar rico em dióxido de
carbono segue o caminho inverso; e a perfusão, que consiste na
passagem do sangue por meio dos capilares pulmonares.

 Estes estão em íntimo contato com os alvéolos pulmonares e,


consequentemente, com o ar alveolar. O sangue venoso chega
aos capilares pulmonares, libera dióxido de carbono e capta
oxigênio do ar alveolar, e se transforma em sangue arterial rico
em oxigênio. Esta troca de dióxido de carbono por oxigênio nos
pulmões é chamada de hematose.
Fisiologia do Sistema Respiratório

 De acordo com Brasil (2003a), a ventilação pulmomar é dividida


em duas fases: a inspiração e a expiração. Durante a inspiração,
o diafragma e os músculos intercostais se contraem fazendo
com que o diafragma se rebaixe e se retifique e a caixa torácica
aumente de volume.

 Com o aumento de volume da caixa torácica, ocorre uma queda


da pressão intratorácica para abaixo do nível da pressão
atmosférica, fazendo com que ocorra fluxo de ar para dentro das
vias aéreas e pulmões, até que se equilibre este gradiente de
pressão.
Fisiologia do Sistema Respiratório

 Durante a expiração, o diafragma e os músculos intercostais


relaxam fazendo com que o diafragma se eleve e as costelas
retomem a sua posição original. Com isso, o volume da caixa
torácica diminui, e o ar é forçado para fora do pulmão e das vias
aéreas. A inspiração é um ato ativo que requer contração
muscular, enquanto a expiração é um ato passivo.

 Este mecanismo de ventilação é automático e realizado a uma


frequência de 12 a 20 movimentos por minuto por um adulto
em repouso. A esta frequência dá-se o nome de respiratória.
Chama-se de taquipneia a frequência respiratória acima dos
limites normais, e de bradipneia abaixo dos limites normais.
Fisiologia do Sistema Respiratório

 A ausência de movimentos respiratórios é chamada de apneia. A


frequência respiratória é normalmente maior nas crianças. A
frequência respiratória pode se elevar pelo exercício, por
alterações emocionais, pela febre, devido à dor e por outras
condições.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Digestório
 De acordo com Brasil (2003a), os alimentos só podem ser
absorvidos pelo organismo uma vez sofram modificações
químicas que possibilitem sua absorção pela corrente
circulatória.

 O aparelho digestivo processa estes alimentos, produzindo


substâncias em uma forma que possa ser absorvida e
aproveitada pelas células. A este processo dá-se o nome de
digestão. Os nutrientes não absorvidos são eliminados sob a
forma de fezes.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Digestório
 Na digestão, as grandes moléculas orgânicas presentes nos
alimentos, como proteínas, carboidratos, lipídios, entre outros,
são quebradas em moléculas menores pela ação de enzimas
digestivas, num processo chamado de catabolismo.

 Estas enzimas diferem entre si pela substância que irão digerir


(substrato), locais de atuação ao longo do tubo digestivo e
condições de acidez (pH) ideais para seu funcionamento.
Composição do Tubo Digestivo

 O tubo digestivo é constituído pela


boca, faringe, esôfago, estômago,
intestino delgado, intestino grosso,
ampola retal ou reto e ânus, e por
órgãos auxiliares da digestão
denominados órgãos anexos: o
pâncreas, a vesícula biliar e o fígado.

 Os órgãos digestivos são revestidos


por células epiteliais, cuja função é
fabricar o muco que permite o
deslizamento do bolo alimentar e
secretar as enzimas que irão
quebrar as grandes moléculas. Tubo digestivo
Composição do Tubo Digestivo

 A abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo é a


boca. A boca é constituída por: rima bucal, que é uma fissura
que comunica a boca com o meio externo anteriormente; istmo
das fauces (localizado na orofaringe), abertura que delimita a
boca posteriormente; o vestíbulo da boca, que é o espaço
limitado por um lado pelos lábios e bochechas e por outro pelas
gengivas e dentes; língua; palato duro (céu da boca); palato
mole (região onde se situa a úvula ou “campainha” da garganta);
e três pares de glândulas: as parótidas, as submandibulares e as
sublinguais, que são responsáveis pela liberação da saliva,
denominadas glândulas salivares maiores, porque além delas
existem pequenas glândulas salivares esparsas.
Composição do Tubo Digestivo

 Estas glândulas secretam cerca de um litro e meio de saliva


diariamente – a qual é basicamente composta por água, o que
auxilia a diluir o bolo alimentar, e enzimas.

Boca
Composição do Tubo Digestivo

 O alimento é triturado pelos dentes com o auxílio da língua e


posteriormente empurrado em direção à faringe, num processo
denominado de deglutição.

 Ainda na boca, além da trituração, o alimento começa a sofrer a


atuação de uma enzima liberada pelas glândulas salivares,
chamadas amilase salivar ou ptialina, que tem a função de
começar a digerir o amido e os carboidratos do bolo alimentar.

 O sistema nervoso autônomo controla as glândulas salivares, no


entanto, fatores químico-físicos e psíquicos podem interferir em
sua secreção.
Composição do Tubo Digestivo

 Os dentes são estruturas duras, calcificadas, presas ao maxilar


superior e mandíbula, tendo a mastigação como atividade
principal.

Estrutura dos dentes


Composição do Tubo Digestivo

 Os dentes estão implicados, de forma direta, na articulação das


linguagens. Os nervos sensitivos e os vasos sanguíneos do
centro de qualquer dente estão protegidos por várias camadas
de tecido.

 A mais externa, o esmalte, é a substância mais dura. Sob o


esmalte, circulando a polpa, da coroa até a raiz, situa-se uma
camada de substância óssea chamada dentina.

 A cavidade pulpar é ocupada pela polpa dental, que é um tecido


conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e inervado.
Composição do Tubo Digestivo

 O que separa a raiz do ligamento peridental é um tecido duro,


chamado cemento, que na estrutura e composição química se
assemelha ao osso. Dispõe-se como uma camada fina sobre as
raízes dos dentes. Por meio de um orifício aberto na
extremidade da raiz penetram os vasos sanguíneos, os nervos e
o tecido conjuntivo.

 O que separa a raiz do ligamento peridental é um tecido duro,


chamado cemento, que na estrutura e composição química se
assemelha ao osso. Dispõe-se como uma camada fina sobre as
raízes dos dentes. Por meio de um orifício aberto na
extremidade da raiz penetram os vasos sanguíneos, os nervos e
o tecido conjuntivo.
Composição do Tubo Digestivo

 A glândula parótida está situada lateralmente na face, anterior


ao pavilhão auricular. O ducto parotídico, que é seu canal
excretor, se abre no vestíbulo da boca ao nível do segundo molar
superior.

 A glândula submandibular está situada anteriormente à parte


mais inferior da parótida. Seu ducto submandibular se abre no
assoalho da boca, abaixo da língua. A glândula sublingual está
situada lateralmente e inferiormente à língua.
Composição do Tubo Digestivo

 A língua exerce importantes funções


na mastigação, na deglutição, como
órgão gustativo e na articulação das
palavras. A língua é dividida em duas
porções: o corpo, parte anterior, e a
raiz, parte posterior. Esta divisão é
feita pelo sulco terminal.

 Na mucosa que reveste a língua é


possível identificar uma série de
projeções, as papilas linguais, que
são de vários tipos. As maiores são
denominadas papilas valadas que se
localizam nos receptores gustativos. A língua
Composição do Tubo Digestivo

 Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas,


cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários:
amargo, azedo ou ácido, salgado e doce.

 Durante a deglutição, o alimento passa por uma válvula


denominada epiglote – responsável, a partir de mecanismos
reflexos, pelo fechamento da laringe, impedindo, desse modo,
que o bolo alimentar penetre nas vias aéreas.

 Posteriormente, passará pela faringe, situada no final da


cavidade bucal, é um canal comum aos sistemas digestório e
respiratório.
Composição do Tubo Digestivo

 O esôfago é o canal que liga a


faringe ao estômago. Localiza-
se entre os pulmões, atrás do
coração, e atravessa o
músculo diafragma, que
separa o tórax do abdômen.
Possui três porções: cervical,
torácica e abdominal.

O esôfago
Composição do Tubo Digestivo

 A porção torácica é a maior delas e situa-se ventralmente a


coluna vertebral e dorsalmente a traqueia. O bolo alimentar leva
de 5 a 10 segundos para percorrê-lo. Esse transporte se dá por
meio dos movimentos peristálticos (inclusão e reorganização de
conteúdo).

 Ao se dirigir ao estômago o alimento ainda passa por outra


válvula denominada cárdia, cuja função é impedir o refluxo do
bolo alimentar para o esôfago. Em crianças recém-nascidas, cuja
cárdia ainda não está bem formada, o refluxo é frequente
(BRASIL, 2003a).
Composição do Tubo Digestivo

 O estômago é um órgão que digere os


alimentos e secreta hormônios. Tem como
principal função continuar a digestão dos
hidratos de carbono, iniciada na boca, e
transformar
os alimentos ingeridos, mediante
contração muscular, em uma massa
semilíquida e altamente ácida,
de nome quimo.

O estômago
Composição do Tubo Digestivo

 O estômago divide-se em: fundo, que é uma região superior que


se projeta para o diafragma; corpo, a sua maior parte; antro
pilórico, que é a parte final que se comunica com o duodeno e
que se abre e fecha alternadamente, liberando pequenas
quantidades de quimo para intestino delgado.

 O estômago possui dois esfíncteres, sendo o superior a cárdia,


que se comunica com o esôfago; e o inferior, que é o piloro, é a
parte que se comunica com o duodeno e que se abre e fecha
alternadamente, liberando pequenas quantidades de quimo
para intestino delgado.
Composição do Tubo Digestivo

 Como exposto em Brasil (2003a), no estômago, o bolo alimentar


sofre a ação de uma secreção estomacal denominada suco
gástrico, rica em ácido clorídrico e em duas enzimas, a pepsina e
a renina, secretadas pela mucosa estomacal.

 Uma vez que passa pelo estômago, o alimento alcança o


intestino delgado, um tubo com pouco mais de 6m de
comprimento por 4cm de diâmetro, e que é dividido em três
regiões: duodeno se inicia no óstio pilórico e termina na flexura
duodeno jejunal; Jejuno e Íleo (cerca de 1,5cm).
Composição do Tubo Digestivo

 O duodeno é a primeira porção do intestino delgado, que se


inicia no óstio pilórico e termina na flexura duodeno jejunal. Ele
recebe este nome por ter seu comprimento aproximadamente
igual à largura de doze dedos (25cm).

 É a única porção do intestino delgado que é fixa. Não possui


mesentério. Jejuno é a parte do intestino delgado que faz
continuação ao duodeno, recebe este nome porque sempre que
é aberto se apresenta vazio. É mais largo (aproximadamente
5cm), sua parede é mais espessa, mais vascular e de cor mais
forte que o íleo.
Composição do Tubo Digestivo

 Este é o último segmento do intestino delgado que faz


continuação ao jejuno. Recebe este nome por possuir relação
anatômica com o osso ilíaco. É mais estreito e suas túnicas são
mais finas e menos vascularizadas que o jejuno. Distalmente, o
íleo desemboca no intestino grosso, num orifício que recebe o
nome de óstio ileocecal.

 Juntos, o jejuno e o íleo medem 6 a 7 metros de comprimento. A


maior parte do jejuno situa-se no quadrante superior esquerdo,
enquanto a maior parte do íleo situa-se no quadrante inferior
direito. O jejuno e o íleo, ao contrário do duodeno, são móveis.
Composição do Tubo Digestivo

 A superfície do intestino delgado é coberta por projeções em


forma de dedo com 0.5 a 1.5mm, chamadas vilosidades que, por
sua vez, são cobertas por microscópicas microvilosidades. A
função desta estrutura é aumentar enormemente a superfície
de absorção do Intestino Delgado.

 A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e


nas primeiras porções do jejuno. É nele que desembocam os
ductos colédocos (traz a bile) e o pancreático (traz a secreção
pancreática).
Composição do Tubo Digestivo

 No duodeno o bolo alimentar é neutralizado pelo bicarbonato


de cálcio liberado pela mucosa intestinal, induzido por um
hormônio denominado secretina; nesse momento, já
neutralizada sua acidez, o bolo alimentar recebe o nome de
quilo.

 Posteriormente, o quilo sofrerá a ação do suco entérico, liberado


por milhares de glândulas existentes na mucosa intestinal, que
contêm as enzimas enteroquinases, cuja função é ativar a
tripsina (uma enzima pancreática), e peptidases, que atuam na
digestão dos peptídeos.
Composição do Tubo Digestivo

Duodeno
Composição do Tubo Digestivo

 Produzido no pâncreas, o suco pancreático é levado até o


duodeno pelo canal colédoco. Nele, encontram-se as enzimas
tripsina e quimiotripsina, que irão digerir as proteínas; a lipase
pancreática, que digere lipídios; e a amilase pancreática, que
continuará a digerir o amido não digerido na boca pela ptialina.

 É também no duodeno que o bolo alimentar receberá a ação da


bile. Produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar, a bile
não é uma enzima, mas sais que irão emulsificar, ou seja,
quebrar, moléculas grandes de gordura em moléculas menores,
possibilitando, assim, a ação da lipase.
Composição do Tubo Digestivo

 O intestino grosso pode ser comparado com uma ferradura,


aberta para baixo. Mede cerca de 6,5cm de diâmetro e 1,5m de
comprimento. Ele se estende do íleo até o ânus e está fixo à
parede posterior do abdômen pelo mesecolo.

 O intestino grosso absorve a água com tanta rapidez que, em


cerca de 14 horas, o material alimentar toma a consistência
típica do bolo fecal. Este apresenta algumas diferenças em
relação ao intestino delgado: o calibre, as tênias, os haustros e
os apêndices epiploicos.
Composição do Tubo Digestivo

Intestino grosso
Composição do Tubo Digestivo

 O intestino grosso é mais calibroso que o intestino delgado, por


isso recebe o nome de grosso. O calibre vai gradativamente
afinando, conforme vai chegando ao canal anal.

 A tênias do cólon (fitas longitudinais) são três faixas de


aproximadamente 1cm de largura, que percorrem o intestino
grosso em toda sua extensão. São mais evidentes no ceco e no
cólon ascendente.

 Os haustros do cólon (saculações) são abaulamentos ampulares


separados por sulcos transversais. Os apêndices epiploicos são
pequenos pingentes amarelados constituídos por tecido
conjuntivo rico em gordura. Aparecem principalmente no cólon
sigmoide.
Composição do Tubo Digestivo

 O intestino grosso é dividido em 4 partes principais: ceco


(cecum), cólon (ascendente, transverso, descendente e
sigmoide), reto e ânus. A primeira parte é o ceco, que é o
segmento de maior calibre, que se comunica com o íleo.

 Para impedir o refluxo do material proveniente do intestino


delgado, existe uma válvula localizada na junção do íleo com o
ceco - válvula ileocecal (iliocólica). No fundo do ceco, encontra-
se o Apêndice Vermiforme.
Composição do Tubo Digestivo

 A porção seguinte do intestino grosso é o cólon, segmento que


se prolonga do ceco até o ânus. Divide-se em:

a) colo ascendente: é a segunda parte do intestino grosso.


Passa para cima do lado direito do abdome, a partir do ceco
para o lobo direito do fígado, onde se curva para a esquerda na
flexura direita do colo (flexura hepática);

b) colo transverso: é a parte mais larga e mais móvel do


intestino grosso. Ele cruza o abdome a partir da flexura direita
do colo até a sua flexura esquerda, onde se curva inferiormente
para tornar-se colo descendente. A flexura esquerda do colo
(flexura esplênica) é normalmente mais superior, mais aguda e
menos móvel do que a flexura direita do colo;
Composição do Tubo Digestivo

c) colo descendente: passa retroperitonealmente a partir da


flexura esquerda do colo para a fossa ilíaca esquerda, onde ele é
contínuo com o colo sigmoide;

d) colo sigmoide: é caracterizado pela sua alça em forma de “S”,


de comprimento variável. O colo sigmoide une o colo
descendente ao reto. A terminação das tênias do colo,
aproximadamente a 15cm do ânus, indica a junção reto-sigmoide;

e) flexura hepática: entre o cólon ascendente e o cólon transverso;

f) flexura esplênica: entre o cólon transverso e o cólon


descendente.
Composição do Tubo Digestivo

 O reto recebe este nome por ser quase retilíneo. Este segmento
do intestino grosso termina ao perfurar o diafragma da pelve
(músculos levantadores do ânus), passando a se chamar de
canal anal.

 O canal anal, apesar de bastante curto (3 cm de comprimento), é


importante por apresentar algumas formações essenciais para o
funcionamento intestinal, das quais citam-se os esfíncteres
anais.
Composição do Tubo Digestivo

 O esfíncter anal interno é o mais profundo, e resulta de um


espessamento de fibras musculares lisas circulares, sendo
consequentemente involuntário.

 O esfíncter anal externo é constituído por fibras musculares


estriadas, que se dispõem circularmente em torno do esfíncter
anal interno, sendo este voluntário. Ambos os esfíncteres devem
relaxar antes que a defecação possa ocorrer.
Composição do Tubo Digestivo

 O Pâncreas um órgão achatado, no sentido anteroposterior, que


apresenta uma face anterior e outra posterior, com uma borda
superior e inferior, e sua localização é posterior ao estômago.
O comprimento varia de
12,5 a 15cm e seu peso
na mulher é de 14,95g,
e no homem 16,08g.
O pâncreas divide-se em
cabeça (aloja-se na curva
do duodeno), colo, corpo
(dividido em três partes:
anterior, posterior e
inferior) e cauda.
Pâncreas
Composição do Tubo Digestivo

 Tem as seguintes funções:

a) dissolver carboidrato (amilase pancreática);


b) dissolver proteínas (tripsina, quimotripsina, carboxipeptidase
e elastase);
c) dissolver triglicerídeos nos adultos (lípase pancreática);
d) dissolver ácido nucleicos (ribonuclease e
desoxirribonuclease).
Ducto pancreático

 O ducto pancreático principal começa na cauda do pâncreas e


corre para sua cabeça, onde se curva inferiormente e está
intimamente relacionado com o ducto colédoco. O ducto
pancreático se une ao ducto colédoco (fígado e vesícula biliar) e
entra no duodeno como um ducto comum, chamado ampola
hepatopancreática.
 
 O fígado é a maior glândula do organismo, e é também a mais
volumosa víscera abdominal. Sua localização é na região
superior do abdômen, logo abaixo do diafragma, ficando mais à
direita. Isto é, normalmente 2/3 de seu volume estão à direita
da linha mediana e 1/3 à esquerda. Pesa cerca de 1,500g e
responde por aproximadamente 1/40 do peso do corpo adulto.
Ducto pancreático

 O fígado apresenta duas faces: diafragmática e visceral. A face


diafragmática (anterossuperior) é convexa e lisa, relacionando-
se com a cúpula diafragmática. A face visceral (posteroinferior) é
irregularmente côncava pela presença de impressões viscerais.

Fígado
Ducto pancreático

 O fígado é dividido em lobos. A face diaframática apresenta um


lobo direito e um lobo esquerdo, sendo o direito pelo menos
duas vezes maior que o esquerdo.

 A divisão dos lobos é estabelecida pelo ligamento falciforme. Na


extremidade desse ligamento encontra-se um cordão fibroso
resultante da obliteração da veia umbilical, conhecido como
ligamento redondo do fígado.
Ducto pancreático

 A face visceral é subdividida em 4 lobos (direito, esquerdo,


quadrado e caudado) pela presença de depressões em sua área
central, que no conjunto se compõem formando um "H", com 2
ramos anteroposteriores e um transversal que os une.

 Embora o lobo direito seja considerado por muitos anatomistas


como incluindo o lobo quadrado (inferior) e o lobo caudado
(posterior), com base na morfologia interna, os lobos quadrado
e caudado pertencem mais apropriadamente ao lobo esquerdo.
Ducto pancreático

 A face visceral é subdividida em 4 lobos (direito, esquerdo,


quadrado e caudado) pela presença de depressões em sua área
central, que no conjunto se compõem formando um "H", com 2
ramos anteroposteriores e um transversal que os une.

 Embora o lobo direito seja considerado por muitos anatomistas


como incluindo o lobo quadrado (inferior) e o lobo caudado
(posterior), com base na morfologia interna, os lobos quadrado
e caudado pertencem mais apropriadamente ao lobo esquerdo.
Ducto pancreático

 A função digestiva do fígado é produzir a bile, uma secreção


verde amarelada, que é transportada para o duodeno. A bile é
produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar, que a libera
quando gorduras entram no duodeno. A bile emulsiona a
gordura e a distribui para a parte distal do intestino, a fim de
colaborar na digestão e absorção dos nutrientes.
Ducto pancreático

 Além das citadas acima, o fígado tem as seguintes funções:

a) metabolismo dos carboidratos;


b) metabolismo dos lipídios;
c) metabolismo das proteínas;
d) processamento de fármacos e hormônios;
e) excreção da bilirrubina;
f) excreção de sais biliares;
g) armazenagem;
h) fagocitose;
i) ativação da vitamina D.
Ducto pancreático

 A vesícula biliar (7 – 10cm de comprimento) situa-se na fossa da


vesícula biliar, na face visceral do fígado. Esta fossa situa-se na
junção do lobo direito e do lobo quadrado do fígado.

 A relação da vesícula biliar com o duodeno é tão íntima que a


parte superior do duodeno normalmente é manchada com bile
no cadáver. A vesícula biliar tem capacidade para até 50ml de
bile.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Cardiovascular
 Este sistema é fechado, formado por tubos chamados de vasos,
por onde circulam os humores corporais. Os humores são o
sangue e a linfa que circulam nos vasos sanguíneos e linfáticos,
respectivamente.

 Para que o sangue possa atingir as células levando nutrientes e


oxigênio e, ao mesmo tempo, retirar resíduos metabólicos, deve
ser constantemente impulsionado ao longo dos vasos
sanguíneos pela contração rítmica do coração.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Cardiovascular
 O coração é uma “bomba” muscular oca, responsável pela
circulação do sangue pelo corpo. Para tanto, apresenta
movimentos de contração (sístole) e relaxamento (diástole), por
meio dos quais o sangue penetra no seu interior e é
impulsionado para os vasos sanguíneos (PIRES, 2011).

 Localiza-se na porção central da cavidade torácica conhecida


como mediastino, mais precisamente o mediastino médio.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Cardiovascular
 Relaciona-se anteriormente com o osso esterno e com as
extremidades mediais da 3ª a 6ª cartilagens costais e é
envolvido por um saco fibroseroso de paredes duplas, chamado
pericárdio, que tem em seu interior pequena quantidade de
líquido aquoso – o que permite seu melhor deslizamento
quando dos movimentos de sístole e diástole.
Estrutura do Coração

 A estrutura cardíaca (é formada por três camadas musculares:


epicárdio (camada externa), miocárdio (camada média e a mais
espessa) e endocárdio (camada interna). O coração é composto
por quatro câmaras, denominadas átrios (superiores), e
ventrículos (inferiores).

 A extremidade pontuda do coração é o ápice, dirigida para


frente, para baixo e para a esquerda. A porção mais larga do
coração, oposta ao ápice, é a base, dirigida para trás, para cima
e para a direita. É chamada de face a parede de um órgão
voltada ou em contato com outra parede ou outro órgão.
Estrutura do Coração

 Em razão da posição do coração, surgem três faces cardíacas:

a) face esternocostal: face voltada para o osso esterno e para


as cartilagens costais, que compreende o átrio direito e sua
aurícula, o ventrículo direito e uma pequena parte do
ventrículo esquerdo;
b) face diafragmática: achatada devido ao contato com o m.
diafragma, compreende os dois ventrículos, sendo a maior
parte formada pelo ventrículo esquerdo;
c) faces pulmonares: formada principalmente pelo ventrículo
esquerdo, ela ocupa a impressão cárdica do pulmão esquerdo.
Estrutura do Coração

Faces do coração
Estrutura do Coração

 O coração também é formado por margens, conforme descrito a


seguir.

a) margem direita: formada pelo átrio direito e estendendo-se


entre as veias cavas, superior e inferior;
b) margem inferior: formada principalmente pelo ventrículo
direito e, ligeiramente, pelo ventrículo esquerdo;
c) margem esquerda: formada principalmente pelo ventrículo
esquerdo e, ligeiramente, pela aurícula esquerda;
Estrutura do Coração

d) margem superior: formada pelos átrios e pelas aurículas


direita e esquerda em uma vista anterior. A parte ascendente
da aorta e o tronco pulmonar emergem da margem superior, e
a veia cava superior entra no seu lado direito. Posterior à aorta
e ao tronco pulmonar e anterior à veia cava superior, a
margem superior forma o limite inferior do seio transverso do
pericárdio.

 Externamente, os óstios atrioventriculares correspondem ao


sulco coronário, que é ocupado por artérias e veias coronárias.
Este sulco circunda o coração e é interrompido anteriormente
pelas artérias aorta e pelo tronco pulmonar.
Estrutura do Coração

 O septo interventricular na face anterior corresponde ao sulco


interventricular anterior, e na face diafragmática ao sulco
interventricular posterior.

 O sulco interventricular termina inferiormente a alguns


centímetros à direita do ápice do coração, em correspondência
à incisura do ápice do coração. O sulco interventricular anterior
é ocupado pelos vasos interventriculares anteriores.
Estrutura do Coração

 O sulco interventricular posterior parte do sulco coronário e


desce em direção à incisura do ápice do coração. Este sulco é
ocupado pelos vasos interventriculares posteriores.

 Na região da base do coração, mais especificamente no átrio


direito, chegam as veias cavas, superior e inferior, que trazem o
sangue venoso drenado de todos os tecidos corpóreos. No átrio
esquerdo são as quatro veias pulmonares quem conduzem o
sangue arterial que sofreu o processo de hematose (troca
gasosa) nos pulmões, como ilustra a figura a seguir.
Estrutura do Coração
Estrutura do Coração

 A saída do sangue dos ventrículos também se dá na região da


base do coração, sendo feita pelo tronco pulmonar, que conduz
o sangue venoso do ventrículo direito aos pulmões, e neste
trajeto se ramifica dando, origem às artérias pulmonares direita
e esquerda. O sangue arterial que sai do ventrículo esquerdo,
para irrigar todos os tecidos do corpo, circula pela artéria aorta.
Anatomia interna do coração

 O coração possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos.


Os átrios (as câmaras superiores) recebem sangue; os
ventrículos (câmaras inferiores) bombeiam o sangue para fora
do coração. Na face anterior de cada átrio existe uma estrutura
enrugada, em forma de saco, chamada aurícula (semelhante à
orelha do cão).

 O átrio direito é separado do esquerdo por uma fina divisória


chamada septo interatrial; o ventrículo direito é separado do
esquerdo pelo septo interventricular.
Anatomia interna do coração

Anatomia interna do coração


Átrio direito

 O átrio direito forma a borda direita do coração e recebe


sangue rico em dióxido de carbono (venoso) de três veias: veia
cava superior, veia cava inferior e seio coronário.

 A veia cava superior recolhe sangue da cabeça e parte superior


do corpo, enquanto que a veia cava inferior recebe sangue das
partes mais inferiores do corpo (abdômen e membros
inferiores) e o seio coronário recebe o sangue que nutriu o
miocárdio e leva o sangue ao átrio direito.
Átrio direito

 Enquanto a parede posterior do átrio direito é lisa, a parede


anterior é rugosa, devido à presença de cristas musculares,
chamados músculos pectíneos.

 O sangue passa do átrio direito para o ventrículo direito por


meio de uma válvula chamada tricúspide (formada por três
folhetos - válvulas ou cúspides).

 Na parede medial do átrio direito, que é constituída pelo septo


interatrial, encontra-se uma depressão, que é a fossa oval.
Átrio direito

 Anteriormente, o átrio direito apresenta uma expansão


piramidal denominada aurícula direita, que serve para
amortecer o impulso do sangue ao penetrar no átrio. Os
orifícios onde as veias cavas desembocam têm os nomes de
óstios das veias cavas.

 O orifício de desembocadura do seio coronário é chamado de


óstio do seio coronário, e encontra-se também uma lâmina que
impede que o sangue retorne do átrio para o seio coronário,
que é denominada de válvula do seio coronário.
Átrio esquerdo

 O átrio esquerdo é uma cavidade de parede fina, com paredes


posteriores e anteriores lisas, que recebe o sangue já
oxigenado, por meio de quatro veias pulmonares.

 O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo, a


partir da valva bicúspide (mitral), que tem apenas duas
cúspides. O átrio esquerdo também apresenta uma expansão
piramidal chamada aurícula esquerda.
Ventrículo direito

 O ventrículo direito forma a maior parte da superfície anterior


do coração. O seu interior apresenta uma série de feixes
elevados de fibras musculares cardíacas, chamadas trabéculas
carnosas.

 No óstio atrioventricular direito, existe um aparelho


denominado valva tricúspide, que serve para impedir que o
sangue retorne do ventrículo para o átrio direito.

 Essa valva é constituída por três lâminas membranáceas,


esbranquiçadas e irregularmente triangulares, de base
implantada nas bordas do óstio e o ápice dirigido para baixo é
preso às paredes do ventrículo por intermédio de filamentos.
Ventrículo direito

 Cada lâmina é denominada de cúspide. Tem-se uma cúspide


anterior, outra posterior e outra septal. O ápice das cúspides é
preso por filamentos denominados cordas tendíneas, as quais
se inserem em pequenas colunas cárneas chamadas de
músculos papilares.

Músculos papilares, cordas tendíneas e cúspides


Ventrículo direito

 A valva do tronco pulmonar também é constituída por


pequenas lâminas, porém estas estão dispostas em concha,
denominadas válvulas semilunares (anterior, esquerda e
direita).

 No centro da borda livre de cada uma das válvulas, encontram-


se pequenos nódulos denominados nódulos das válvulas
semilunares (pulmonares).
Ventrículo esquerdo

 O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração. No óstio


atrioventricular esquerdo, encontra-se a valva atrioventricular
esquerda, constituída apenas por duas lâminas denominadas
cúspides, sendo uma anterior e outra posterior, e por isso são
chamadas de válvulas bicúspides.

 O ventrículo esquerdo também possui trabéculas carnosas e


cordas tendíneas, que fixam as cúspides da valva bicúspide aos
músculos papilares.
Ventrículo esquerdo

 O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo a


partir do óstio atrioventricular esquerdo, onde se localiza a
valva bicúspide (mitral).

 Do ventrículo esquerdo, o sangue sai para a maior artéria do


corpo, a aorta, mais precisamente no ramo ascendente,
passando pela valva aórtica – constituída por três válvulas
semilunares: direita, esquerda e posterior.
Ventrículo esquerdo

 Daí, parte do sangue flui para as artérias coronárias, que se


ramificam a partir da aorta ascendente, levando sangue para a
parede cardíaca; o restante do sangue passa para o arco da
aorta e para a aorta descendente (parte torácica e parte
abdominal). Ramos do arco da aorta e da aorta descendente
levam sangue para todo o corpo.

 O ventrículo esquerdo recebe sangue oxigenado do átrio


esquerdo. A principal função do ventrículo esquerdo é bombear
sangue para a circulação sistêmica (corpo).
Ventrículo esquerdo

Válvulas do coração
Vascularização do Coração

 A irrigação do coração é assegurada pelas artérias coronárias e


pelo seio coronário. As artérias coronárias são duas, uma direita
e outra esquerda. Elas têm este nome porque ambas percorrem
o sulco coronário e são as duas originadas da artéria aorta.

 Estas artérias, logo depois da sua origem, dirigem-se para o


sulco coronário, percorrendo-o da direita para a esquerda, até ir
se anastomosar com o ramo circunflexo, que é o ramo terminal
da artéria coronária esquerda que faz continuação ao circundar
o sulco coronário.
Vascularização do Coração

 A parede ventricular esquerda é mais espessa que a do


ventrículo direito. Esta diferença se deve à maior força
necessária para bombear sangue para a circulação sistêmica.

 A artéria coronária direita é o ponto de origem de duas artérias


que vão irrigar a margem direita e a parte posterior do coração,
são elas: a artéria marginal direita e artéria interventricular
posterior.
Vascularização do Coração

 A artéria coronária esquerda, de início, passa por um ramo por


trás do tronco pulmonar para atingir o sulco coronário,
evidenciando-se nas proximidades do ápice da aurícula
esquerda.

 Logo em seguida, emite um ramo interventricular anterior e um


ramo circunflexo que dá origem à artéria marginal esquerda. Na
face diafragmática, as duas artérias se anastomosam, formando
um ramo circunflexo.
Inervação

 A inervação do músculo cardíaco é de duas formas: extrínseca,


ou seja, que provém de nervos situados fora do coração, e
intrínseca, que constitui um sistema só encontrado no coração
e que se localiza no seu interior.

 A inervação extrínseca deriva do sistema nervoso autônomo,


isto é, simpático e parassimpático. Fisiologicamente, o
simpático acelera e o parassimpático retarda os batimentos
cardíacos
Inervação

 Do simpático, o coração recebe os nervos cardíacos simpáticos,


sendo três cervicais e quatro ou cinco torácicos. As fibras
parassimpáticas, que vão inervar o coração, seguem pelo nervo
vago (X par craniano), do qual derivam nervos cardíacos
parassimpáticos, sendo dois cervicais e um torácico.

 A inervação intrínseca ou sistema de condução do coração é a


razão dos batimentos contínuos do coração. É uma atividade
elétrica, intrínseca e rítmica, que se origina em uma rede de
fibras musculares cardíacas especializadas, chamadas células
autorrítmicas (marcapasso cardíaco), por serem autoexcitáveis.
Inervação

 A excitação cardíaca começa no nodo sino-atrial (SA), situado


na parede atrial direita, inferior à abertura da veia cava
superior. Propagando-se ao longo das fibras musculares atriais,
o potencial de ação atinge o nodo atrioventricular (AV), situado
no septo interatrial, anterior à abertura do seio coronário.

 Do nodo AV, o potencial de ação chega ao feixe atrioventricular


(feixe de His), que é a única conexão elétrica entre os átrios e os
ventrículos.
Inervação

 Após ser conduzido ao longo do feixe AV, o potencial de ação


entra nos ramos direito e esquerdo, que cruzam o septo
interventricular, em direção ao ápice cardíaco.

 Finalmente, as miofibras condutoras (fibras de Purkinge)


conduzem rapidamente o potencial de ação, primeiro para o
ápice do ventrículo, e após para o restante do miocárdio
ventricular.
Ciclo cardíaco

 Um ciclo cardíaco único inclui todos os eventos associados a um


batimento cardíaco. No ciclo cardíaco normal, os dois átrios se
contraem, enquanto os dois ventrículos relaxam e vice-versa.

 O termo sístole designa a fase de contração; a fase de


relaxamento é designada como diástole. Quando o coração
bate, os átrios contraem-se primeiramente (sístole atrial),
forçando o sangue para os ventrículos. Uma vez preenchidos, os
dois ventrículos contraem-se (sístole ventricular) e forçam o
sangue para fora do coração.
Ciclo cardíaco

 Sístole é a contração do músculo cardíaco. Há a sístole atrial,


que impulsiona sangue para os ventrículos. Assim, as valvas
atrioventriculares estão abertas à passagem de sangue, e a
pulmonar e a aórtica estão fechadas.

 Na sístole ventricular, as valvas atrioventriculares estão


fechadas e as semilunares abertas à passagem de sangue.
Diástole é o relaxamento do músculo cardíaco. É quando os
ventrículos se enchem de sangue.
Ciclo cardíaco

 Neste momento, as valvas


atrioventriculares estão
abertas e as semilunares
estão fechadas. A distribuição
de sangue pelo organismo
recebe a denominação de
circulação pulmonar e
circulação sistêmica.

Circulação pulmonar e sistêmica


Circulação pulmonar
(pequena circulação)
 O sangue venoso, pobre em oxigênio e rico em dióxido de
carbono e resíduos do metabolismo celular, volta ao coração
através das veias cavas e desemboca no átrio direito.

 Do átrio direito, o sangue passa ao ventrículo direito através da


válvula tricúspide e é bombeado para os pulmões através das
artérias pulmonares, mas, para chegar às artérias pulmonares,
passa pela válvula semilunar.

 No pulmão, o sangue sofre a hematose e retorna para o átrio


esquerdo através das veias pulmonares.
Circulação sistêmica (grande circulação)

 Do átrio esquerdo, o sangue chega ao ventrículo esquerdo após


passar pela válvula mitral ou bicúspide. Do ventrículo esquerdo,
o sangue passa pela válvula semilunar aórtica e é bombeado
para todo o organismo através da artéria aorta.

 Esta se divide em artéria aorta ascendente, arco da aorta e aorta


descendente, que possui o ramo torácico e o ramo abdominal, e
é por meio desses ramos que o sangue circula para os órgãos.
Circulação sistêmica (grande circulação)

 O coração bombeia em média 5 litros de sangue por minuto,


quando em repouso. O volume de sangue bombeado por cada
lado do coração em um minuto é chamado de débito cardíaco.

 A contração dos ventrículos é chamada de sístole e o seu


relaxamento de diástole. Os ruídos cardíacos ouvidos quando se
ausculta o coração com um estetoscópio são chamados de
bulhas cardíacas, e são resultado do fechamento das válvulas
cardíacas.
Circulação sistêmica (grande circulação)

 A frequência com que o coração contrai é denominada de


frequência cardíaca. No adulto em repouso, esta varia de 50 a 95
batimentos por minuto. A frequência cardíaca acima dos limites
normais é chamada taquicardia e abaixo, bradicardia.
Vasos Sanguíneos

 Os vasos sanguíneos formam uma rede de tubos que transportam


sangue do coração em direção aos tecidos do corpo e de volta ao
coração. São constituídos por veias, artérias e capilares.

Veia, artéria e capilar


Vasos Sanguíneos

 Os vasos sanguíneos podem ser divididos em sistema arterial e


sistema venoso, conforme descrito a seguir.

• Sistema arterial:

Constitui um conjunto de vasos que, partindo do coração, vão se


ramificando, cada ramo em menor calibre, até atingirem os capilares.

• Sistema venoso:

Forma um conjunto de vasos que, partindo dos tecidos, vão se


formando em ramos de maior calibre até atingirem o coração.
Vasos Sanguíneos

• Artérias:

São vasos de parede espessa que saem do coração levando sangue


para os órgãos e tecidos do corpo. Compõem-se de três camadas: a
mais interna, chamada endotélio, formada por uma única camada de
células achatadas; a mediana, constituída por tecido muscular liso; e
a mais externa, formada por tecido conjuntivo, rico em fibras
elásticas.
Vasos Sanguíneos

• Arteríolas:

As artérias vão se bifurcando e se ramificando até formarem as


arteríolas, que são os vasos arteriais de menor calibre antes de
chegar aos capilares. As arteríolas possuem na sua parede um
músculo liso, que responde a estímulos nervosos ou endócrinos, se
contraindo ou relaxando.

Sua contração diminui o calibre do vaso e é conhecida como


vasoconstrição, e seu relaxamento aumenta seu calibre e é conhecido
como vasodilatação.
Vasos Sanguíneos

• Capilares:

São os vasos sanguíneos de menor calibre e sua parede pode ter


apenas uma camada de células de espessura. Estão distribuídos por
todo o organismo, formando uma rede que está em íntimo contato
com todas as células.

Suas paredes finas permitem que haja troca de substâncias entre as


células dos tecidos e o sangue: oxigênio e nutrientes são liberados
para as células que por sua vez se desfazem do dióxido de carbono e
dos resíduos metabólicos.
Vasos Sanguíneos

• Veias:

São vasos que chegam ao coração, trazendo o sangue dos órgãos e


tecidos. A parede das veias, assim como a das artérias, também é
formada por três camadas. A diferença, porém, é que a camada
muscular e a conjuntiva são menos espessas que suas
correspondentes arteriais.

Além disso, diferentemente das artérias, as veias de maior calibre


apresentam válvulas em seu interior, que impedem o refluxo de
sangue e garante sua circulação em um único sentido.
Circulação Arterial e Venosa

• Veias:

São vasos que chegam ao coração, trazendo o sangue dos órgãos e


tecidos. A parede das veias, assim como a das artérias, também é
formada por três camadas. A diferença, porém, é que a camada
muscular e a conjuntiva são menos espessas que suas
correspondentes arteriais.

Além disso, diferentemente das artérias, as veias de maior calibre


apresentam válvulas em seu interior, que impedem o refluxo de
sangue e garante sua circulação em um único sentido.
Circulação Arterial e Venosa

Circulação arterial e venosa


Circulação arterial

 A principal artéria do organismo é a aorta, que tem origem no


ventrículo esquerdo, e em seguida, dirige-se para a direita, e
para cima dentro do mediastino médio, constituindo a artéria
aorta ascendente, da qual têm origem as artérias coronárias.

 A partir daí, curva-se para a esquerda e para trás, adentrando no


mediastino superior e formando o arco aórtico, ao nível da
segunda articulação esternocostal do lado direito, do qual são
emitidos o tronco arterial braquiocefálico, a artéria carótida
comum esquerda e a artéria subclávia esquerda.
Circulação arterial

 A artéria aorta descendente, formada a partir de T4, constitui a


continuação do arco aórtico e possui uma parte torácica e outra
abdominal.

 A parte torácica da aorta desce no mediastino posterior,


inicialmente à esquerda da coluna vertebral, aproximando-se da
linha mediana à medida que desce, sendo sua terminação
anterior à coluna vertebral.

 Esta parte da aorta descendente constitui uma importante fonte


da irrigação da parede do tórax, e seus ramos intercostais
posteriores formam com os ramos da torácica interna uma via
de circulação colateral em caso de obstrução progressiva da
aorta.
Circulação arterial

 A parte abdominal da aorta descendente começa entre T12 e L1,


e termina ao nível de L4, ao dividir-se em artérias ilíacas
comuns. A artéria relaciona-se, anteriormente, com o tronco
celíaco, o pâncreas, a bolsa omental, a veia renal esquerda, a
parte ascendente do duodeno e a raiz do mesentério.

 À direita, relaciona-se com a cisterna do quilo, o ducto torácico e


a veia cava inferior. A aorta abdominal fornece praticamente
toda a irrigação parietal e visceral do abdome, além de dar
origem às artérias ilíacas que suprem a pelve e os membros
inferiores.
Circulação arterial

 Outra artéria que possui função importante é a artéria


pulmonar, afinal ela transporta o sangue proveniente do coração
até o pulmão para sofrer o processo chamado hematose. Tem
origem como projeção do ventrículo direito.

 Recoberto pelo pericárdio fibroso e projeta-se para cima, numa


extensão de 5cm, situando-se à esquerda da aorta ascendente,
onde se divide em artéria pulmonar direita e artéria pulmonar
esquerda.
Circulação arterial

 As artérias cerebrais anteriores (ramos da artéria carótida interna)


e as artérias cerebrais posteriores (ramos da artéria basilar)
formam o círculo arterial do cérebro (polígono de Willis), do qual
se originam as artérias que irrigam a maior parte do encéfalo.

 A partir da borda externa da primeira costela, as artérias


subclávias são denominadas artérias axilares (direita e esquerda),
as quais emitem ramos que irrigam a axila, o tórax e o ombro.

 As artérias axilares continuam como artérias braquiais (direita e


esquerda), que emitem ramos que irrigam o ombro e o braço e, no
cotovelo, se dividem em artérias radial e ulnar, as quais correm
pelo antebraço e emitem ramos que irrigam o antebraço e o
cotovelo.
Circulação arterial

 A artéria ulnar, ao deixar o antebraço, divide-se em um ramo


palmar profundo (que se une à artéria radial para formar o arco
palmar profundo) e no arco palmar superficial, que emite ramos
digitais palmares.

 Deste modo, ocorre a irrigação da mão e de seus dedos. As


artérias ilíacas comuns, direita e esquerda, se dividem, em cada
membro inferior, em artérias ilíacas interna e externa.
Circulação arterial

 A artéria ilíaca interna (hipogástrica) emite ramos parietais e


viscerais, enquanto que a artéria ilíaca externa, abaixo do
ligamento inguinal, continua descendo pela coxa como artéria
femoral, a qual emite ramos que irrigam a parede abdominal
inferior, a genitália externa e o membro inferior.

 Na fossa poplítea (área atrás do joelho), a artéria femoral é


denominada artéria poplítea, a qual emite ramos que irrigam o
joelho e, na perna, termina se dividindo na artéria tibial anterior,
que emite ramos que irrigam a região anterior da perna e o
tornozelo e continua como a artéria dorsal do pé que termina
em um ramo plantar profunda, formando o arco plantar.
Circulação arterial

 Do arco plantar saem as artérias metatársicas plantares, que se


anastomosam com as artérias metatársicas dorsais, ramos da
artéria dorsal do pé, que originam as artérias digitais dorsais, e
as artérias digitais plantares, irrigando o pé e seus dedos.

 Estas artérias se dividem em ramos progressivamente menores


até os capilares sistêmicos, que realizam trocas gasosas com os
tecidos, ou seja, o oxigênio (O2) dos capilares se difundem para
os tecidos e o gás carbônico (CO2) do metabolismo dos tecidos
se difunde para o interior dos capilares.
Circulação venosa

 Estes capilares sistêmicos, carregando sangue desoxigenado


(venoso), unem-se em vênulas e veias. Todas as veias da
circulação sistêmica drenam para as veias cavas superior e
inferior ou ao seio coronário (como as veias que drenam o
coração), desembocando no átrio direito.

 Tanto nos membros superiores quanto nos membros inferiores,


a drenagem venosa se faz pelos sistemas venosos: superficial e
profundo.

 Em relação aos membros superiores, no que se refere ao


sistema superficial, as artérias digitais palmares e dorsais e veias
profundas formam a rede venosa dorsal da mão.
Circulação venosa

 As duas veias mais importantes que sobem deste arco são as


cefálica e basílica. A veia cefálica origina-se do lado radial da
rede venosa dorsal e percorre o antebraço até desembocar na
artéria axilar. A veia basílica origina-se do lado ulnar da rede
venosa dorsal e caminha pelo antebraço até unir-se à veia
braquial, formando a veia axilar.

 A veia mediana do antebraço origina-se na rede venosa palmar,


sobe pelo antebraço anterior entre as veias cefálica e basílica e,
no cotovelo, se une à veia basílica ou à veia cefálica ou à veia
mediana do cotovelo. A veia mediana do cotovelo liga as
artérias basílica e cefálica na parte anterior do cotovelo.
Circulação venosa

 O sistema profundo, em relação aos membros superiores, é


formado por veias satélites, que acompanham em dupla as
artérias. As veias braquiais, originadas das veias radiais e
ulnares, são veias profundas que acompanham a artéria
braquial, formando a veia axilar ao se juntar com a veia basílica.

 A veia axilar, na borda externa da primeira costela, continua


como veia subclávia, a qual acompanha a artéria subclávia. A
veia subclávia (direita e esquerda) se junta à veia jugular interna
(que drena parte da cabeça e do pescoço), formando a veia
braquiocefálica (direita e esquerda). As veias braquiocefálicas
direita e esquerda se unem para formar a veia cava superior.
Circulação venosa

 Nos membros inferiores, no que diz respeito ao sistema


superficial, as veias digitais formam as veias metatársicas
dorsais, que desembocam no arco venoso dorsal, o qual se
comunica com o arco venoso plantar. Do lado medial do arco
venoso dorsal, ascende à veia safena magna pela região
anteromedial da perna e da coxa e termina na veia femural.

 Do lado lateral do arco venoso dorsal, ascende à veia safena


parva pela região posterior da perna, até desembocar na veia
poplítea, na região posterior do joelho. As veias perfurantes (ou
conectantes) conectam as veias superficiais às veias profundas.
Circulação venosa

 No caso do sistema profundo para os membros inferiores, as


veias digitais plantares juntam-se com a rede venosa plantar
para formar as veias metatársicas plantares, as quais se unem
formando o arco venoso plantar, do qual emergem veias
plantares laterais e mediais que se unem para formar as veias
tibiais posteriores, que recebem as veias fibulares e unem-se
com as veias tibiais anteriores para formar as veias poplíteas, as
quais continuam como veias femorais, que se tornam as veias
ilíacas externas.
Circulação venosa

 As veias glútea superior e inferior, as veias pudendas internas, a


veia dorsal profunda do pênis (que drena para o plexo
prostático) ou do clitóris (que drena para o plexo vesical)
acompanham as artérias e, como os plexos venosos retal,
vesical, prostático, uterino, vaginal e sacral, desembocam na
veia ilíaca interna (hipogástrica).

 As veias ilíacas externas se unem às veias ilíacas internas para


formar as veias ilíacas comuns (direita e esquerda), que formam
a veia cava inferior, a qual ascende à direita da aorta.
Circulação venosa

 A veia gonadal (testicular e ovárica) direita e a veia suprarrenal


direita desembocam na veia cava inferior. As esquerdas
desembocam na veia renal esquerda. As veias renais (direita e
esquerda) desembocam na veia cava inferior.

 As veias frênicas inferiores direitas desembocam na veia cava


inferior e as veias cavas inferiores e esquerdas desembocam na
suprarrenal esquerda, na renal esquerda ou na veia cava inferior.
Circulação venosa

 As veias hepáticas são várias veias que recebem sangue das


veias centrais do fígado e que desembocam na veia cava inferior.
As veias lombares são 4 ou 5 veias de cada lado, que
acompanham as artérias lombares, drenam a parede posterior
do abdome, o canal vertebral, a medula espinhal e as meninges,
e desembocam na veia cava inferior ou na ilíaca comum.

 A veia lombar ascendente direita se une à veia subcostal direita


para formar a veia ázigos. A veia lombar ascendente esquerda se
une à veia subcostal esquerda para formar a veia hemiázigos.
Circulação venosa

 A veia retal (ou hemorroidária) superior (que drena a parte


superior do plexo retal) e veia cólica esquerda (que acompanha
a artéria cólica esquerda) desembocam na veia mesentérica
inferior. A veia mesentérica inferior acompanha a artéria
mesentérica inferior e desemboca na veia esplênica (lienal).

 A veia esplênica (lienal) (formada por diversos ramos no hilo do


baço) e a veia mesentérica superior (acompanha a artéria
mesentérica superior) se unem para formar a veia porta, a qual
recebe a veia gástrica esquerda (que acompanha a artéria
gástrica esquerda) e, no hilo hepático, a veia porta divide-se em
ramos direito e esquerdo.
Circulação venosa

 O sangue venoso da veia porta (vindo dos intestinos) alcança,


então, os sinusoides hepáticos, que drenam para as veias
hepáticas, as quais desembocam na veia cava inferior.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Linfático
 O sistema linfático é paralelo ao circulatório, constituído por
uma vasta rede de vasos semelhantes às veias (vasos linfáticos),
que se distribuem por todo o corpo e recolhem o líquido tissular
que não retornou aos capilares sanguíneos, filtrando-o e
reconduzindo-o à circulação sanguínea.

 É constituído pela linfa, vasos e órgãos linfáticos. Os vasos


linfáticos são capazes de transportar proteínas e partículas
grandes, que não poderiam ser removidas dos espaços teciduais
pelos capilares sanguíneos.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Linfático
 A linfa tem uma particularidade de grande importância prática,
pois não coagula como o sangue, fazendo com que a lesão de
seus vasos coletores maiores espoliem o indivíduo rapidamente,
de acordo com Vivela (2012).

 Vilela (2012) afirma ainda que o sistema linfático tem como


função imunológica a ativação da resposta inflamatória e o
controle de infecções. A partir de sua simbiose com os vasos
sanguíneos, regula o balanço do fluído tissular.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Linfático
 Este delicado balanço é possível pelo transporte unidirecional de
proteínas do tecido para o sistema sanguíneo. Em conjunção
com o trabalho dos vasos, o sistema linfático mantém o
equilíbrio entre a filtração e a reabsorção dos fluídos tissulares.

 As moléculas de proteínas transportam oxigênio e nutrientes


para as células dos tecidos, onde então removem seus resíduos
metabólicos. Várias moléculas de proteínas que não conseguem
ser transportadas pelo sistema venoso são retornadas ao
sistema sanguíneo através do linfático.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Linfático
 Em consequência disto, o líquido linfático se torna rico em
proteínas, mas também transporta células adiposas, e outras
macromoléculas. A circulação normal de proteínas requer um
funcionamento adequado dos vasos linfáticos, caso contrário, os
espaços intersticiais podem ficar congestionados.

 Os capilares linfáticos estão presentes em quase todos os


tecidos do corpo.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Linfático
 Os capilares mais finos vão se unindo em vasos linfáticos
maiores que terminam em dois grandes dutos principais: o
ducto torácico, que recebe a linfa procedente da parte inferior
do corpo, do lado esquerdo da cabeça, do braço esquerdo e de
partes do tórax, e o ducto
linfático, que recebe a linfa
procedente do lado direito
da cabeça, do braço direito
e de parte do tórax. Ambos
desembocam na junção das
veias subclávia e jugular
interna do coração.

Vasos linfáticos
Linfa

 Ainda conforme a autora acima citada, a linfa corresponde ao


líquido intersticial que circula dentro dos linfáticos, e tem
composição quase idêntica a do plasma. A concentração de
proteínas da linfa gira em torno de 2 a 6%, dependendo da parte
do corpo.

 O sistema linfático representa uma das principais vias de


absorção dos nutrientes, através dos vasos linfáticos intestinais.
Neste processo, também podem ser absorvidas bactérias e
partículas maiores.
Linfa

 Esse problema é resolvido, à medida que a linfa passa através de


linfonodos interpostos no trajeto dos vasos linfáticos, onde tais
partículas e bactérias são bloqueadas e destruídas.

 A linfa é recolhida por capilares próprios, mais irregulares que os


sanguíneos. Estes, por sua vez, são tubos endoteliais que vão se
anastomosando cada vez mais, até formar coletores linfáticos
maiores.

 Ao contrário do sangue, que é impulsionado a partir dos vasos


pela força do coração, o sistema linfático não é um sistema
fechado e não tem uma bomba central. A linfa depende
exclusivamente da ação de agentes externos para poder circular.
Linfa

 A linfa move-se lentamente sob baixa pressão devido


principalmente à compressão provocada pelos movimentos dos
músculos esqueléticos que pressionam o fluido através dele. A
contração rítmica das paredes dos vasos também ajuda o fluido
através dos capilares linfáticos.

 Este fluido é, então, transportado progressivamente para vasos


linfáticos maiores acumulando-se no ducto linfático direito (para
a linfa da parte direita superior do corpo) e no duto torácico
(para o resto do corpo). Estes ductos desembocam no sistema
circulatório na veia subclávia esquerda e direita.
Ducto linfático direito

 O ducto linfático direito corre ao longo da borda medial do


músculo escaleno anterior na base do pescoço e termina na
junção da veia subclávia direita com a veia jugular interna
direita. Seu orifício é guarnecido por duas válvulas semilunares,
que evitam a passagem de sangue venoso para o ducto.

 Este é o ducto que conduz a linfa para circulação sanguínea nas


seguintes regiões do corpo: lado direito da cabeça, do pescoço e
do tórax, do membro superior direito, do pulmão direito, do
lado direito do coração e da face diafragmática do fígado.
Ducto torácico

 O ducto torácico é aquele que conduz a linfa da maior parte do


corpo para o sangue. É o tronco comum a todos os vasos
linfáticos, exceto os vasos citados acima (ducto linfático direito).
Estende-se da segunda vértebra lombar para a base do pescoço.

 Ele começa no abdome por uma dilatação, a cisterna do quilo,


entra no tórax a partir do hiato aórtico do diafragma e sobe
entre a aorta e a veia ázigos. Termina por desembocar no ângulo
formado pela junção da veia subclávia esquerda com a veia
jugular interna esquerda.
Órgãos Linfáticos

 Compreendem os órgãos linfáticos:


amigdalas (tonsilas), adenoides, baço, linfonodos (nódulos
linfáticos) e timo (tecido conjuntivo reticular linfoide: rico em
linfócitos).
Amigdalas (tonsilas)

 As amigdalas guardam a
entrada e a saída dos tratos
alimentar e respiratório,
contra a invasão de micro-
organismos, formando um
anel linfático. Classificam-se
em tonsilas palatinas,
faríngeas e linguais.

Tonsilas
Timo

 O timo é o órgão linfático mais desenvolvido no período pré-


natal, que vai involuindo desde o nascimento até a puberdade.
O timo de uma criança é um órgão proeminente na porção
anterior do mediastino superior, enquanto que o timo de adulto
de idade avançada mal pode ser reconhecido, devido às
alterações atróficas.
Durante seu período de
crescimento ele se
aproxima muito de
uma glândula, quanto
ao aspecto e estrutura.

Timo
Timo

 O timo consiste de dois lobos laterais mantidos em estreito


contato por meio de tecido conjuntivo, o qual também forma
uma cápsula distinta para o órgão todo. Ele situa-se
parcialmente no tórax e no pescoço, estendendo-se desde a
quarta cartilagem costal até o bordo inferior da glândula
tireoidea.

 Os dois lobos geralmente variam em tamanho e forma, sendo o


direito, geralmente, sobreposto ao esquerdo. Ele apresenta uma
coloração cinzenta rosada, é mole e lobulado, medindo
aproximadamente 5cm de comprimento, 4cm de largura e 6mm
de espessura.
Linfonodo

 O linfonodo consiste em um aglomerado de tecido retículo-


endotelial revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo.
Desempenha importante papel imunológico, a partir da filtração
da linfa proveniente dos vasos linfáticos e da produção de
células linfoides e reticulares, que realizam a defesa do
organismo por meio da fagocitose e da pinocitose. O linfonodo
varia em tamanho, forma e cor.

 Cada linfonodo apresenta um hilo que corresponde ao local de


emergência, não apenas do vaso linfático, como da veia
linfonodal, que acompanha a artéria e se destina ao suprimento
sanguíneo para o linfonodo.
Linfonodo

 A conexão entre o sistema linfático e o venoso é possível por


meio da veia de drenagem do linfonodo. O número de
linfonodos varia entre as regiões e os indivíduos, e seu volume
também é variável, ocorrendo um importante aumento com a
idade, em decorrência dos processos patológicos ou agressões
que a área de drenagem tenha sofrido.

 Os principais linfonodos são o cervical profundo, o axilar, o


linfonodo pré-aórtico e o inguinal, que detalhados a seguir:

a) cervical profundo: localizados na bainha carotídea drenando


cabeça e pescoço.
Linfonodo

b) axilar: estes linfonodos drenam membros superiores,


glândulas mamárias, pele e músculos do tórax, dorso e parte
inferior do dorso do pescoço traqueobrônquico: localizados em
torno da parte torácica da traqueia e dos brônquios, drenando
os pulmões e o coração.

c) pré-aórtico: localizado ventralmente à artéria aorta,


drenando o trato gastrintestinal, fígado, pâncreas, baço e mais
de 100 linfonodos do mesentério.

d) inguinal: localizado na virilha, drena os membros inferiores, a


genitália externa e a parede anterior do abdome.
Baço

 O baço é o órgão linfático, excluído da circulação linfática,


interposto na circulação sanguínea, cuja drenagem venosa passa,
obrigatoriamente, pelo fígado.

 Possui grande quantidade de macrófagos que, por meio da


fagocitose, destroem micróbios, restos de tecido, substâncias
estranhas, células do sangue em circulação já desgastadas como
eritrócitos, leucócitos e plaquetas.
Baço

Baço
Baço

 Desta forma, o baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro


deste fluído tão essencial. O baço também tem participação na
resposta imune, reagindo a agentes infecciosos. É considerado por
alguns cientistas como um grande nódulo linfático. Situa-se na
região do hipocôndrio, mas sua extremidade cranial se estende na
região epigástrica.

 O baço situa-se entre o fundo do estomago e o diafragma. Sua


textura é mole, de consistência muito friável, altamente
vascularizado e de uma coloração púrpura escura. O tamanho e
peso do baço variam muito, possuindo, no adulto, cerca de 12cm
de comprimento, 7cm de largura e 3cm de espessura.
Fisiologia do Sistema linfático

 As circulações linfáticas e sanguíneas estão intimamente


relacionadas. A macro e a microcirculação de retorno dos órgãos
e/ou regiões são feitas pelos sistemas venoso e linfático.

 As moléculas pequenas vão, em sua maioria, diretamente para o


sangue, sendo conduzidas pelos capilares sanguíneos, e as grandes
partículas alcançam a circulação por meio do sistema linfático.

 Entretanto, mesmo macromoléculas passam para o sangue via


capilares venosos, sendo que o maior volume do fluxo venoso faz
com que, no total, o sistema venoso capte muito mais proteínas
que o sistema linfático.
Fisiologia do Sistema linfático

 Contudo, a pequena drenagem linfática é vital para o organismo,


ao baixar a concentração proteica média dos tecidos e propiciar a
pressão tecidual negativa fisiológica que previne a formação do
edema e recupera a proteína extravasada.

 A formação e a condução da linfa são condicionadas por diversos


sistemas. Um deles, em nível molecular, é o sistema angiolacunar
de líquidos e eletrólitos.
Fisiologia do Sistema linfático

 Dentro deste sistema de difusão, e por ele potencializado, insere-


se o sistema de ultrafiltração capilar sanguíneo, somando-se, ainda
no nível microscópio, às trocas líquidas, pressóricas e proteicas do
plasma dos interstícios e dos capilares linfáticos.

 Nos membros, instalam-se forças ainda mais grosseiras, e


localmente mais intensas, que surgem em determinadas situações,
tais como qualquer movimentação e compressão tecidual.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Sanguíneo
 O sangue funciona como o meio de “meio de transporte” do corpo.
Possui elementos tão importantes que uma falha sua pode causar
a morte dos que esperam suas “mercadorias”: as células.

 É formado por uma massa líquida, contida num compartimento


fechado, nomeado de aparelho circulatório, e mantida em
movimento regular e unidirecional devido às contrações rítmicas
do coração. Num adulto, seu volume total é de aproximadamente
5,5 litros.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Sanguíneo
 Para executar com precisão suas funções, tais como suprir
as necessidades alimentares dos tecidos, transportar
detritos das células para serem eliminados além de
conduzir substâncias e gases de uma parte a outra do
corpo, possibilitando o bom funcionamento das células, o
sangue necessita de elementos especiais em sua
composição, os quais serão citados.

 Ao colher uma pequena quantidade de sangue observa-se


que em pouco tempo haverá a separação entre um líquido
amarelado e uma massa vermelha (coágulo). Assim,
verifica-se que o sangue é formado de uma parte líquida,
denominada plasma, e de uma parte sólida, composta por
células e fragmentos de células (elementos figurados).
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Sanguíneo
 O plasma corresponde a 56% do volume sanguíneo; é formado
por 90% de água e diversas substâncias, como proteínas, sais
inorgânicos, aminoácidos, vitaminas, hormônios, lipoproteínas,
glicose e gases -oxigênio, gás carbônico e nitrogênio -, diluídos
em seu meio.

 A pressão osmótica é regulada pelos sais minerais juntamente


com a água, impulsionada por uma força que pressiona a
passagem da água de um local menos concentrado para outro
mais concentrado através de uma membrana. São exemplos de
sais minerais o cloreto, o sódio, o potássio, o cálcio e o
magnésio.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Sanguíneo
 Já as principais proteínas relacionadas com o plasma são a
albumina, as globulinas e o fibrinogênio. A albumina faz o
transporte de medicamentos, bilirrubina e do ácido biliar,
também é responsável por manter a pressão osmótica uniforme,
proporcionando a troca de água entre o sangue e os tecidos.

 Já a composição das globulinas apresenta a alfa e betaglobulinas


que exercem a função de transportar o ferro e outros metais,
hormônios, vitaminas, lipídios e as gamaglobulinas (anticorpos)
responsáveis pela proteção do nosso organismo, por isso são
chamadas de imunoglobulinas. O fibrinogênio auxilia na
formação de fibrina na etapa final da coagulação sanguínea.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Sanguíneo
 A maior parte das células que formam a parte sólida do sangue
são os glóbulos vermelhos, também chamados hemácias ou
eritrócitos, eles não possuem núcleos e apresentam um
pigmento rico em ferro chamado de hemoglobina, tornando o
sangue vermelho e com a função de transportar oxigênio para as
células.

 Qualquer dificuldade que aconteça nesse transporte pode ser


letal para as células do tecido afetado – o que é possível de ser
percebido através da pele e mucosas, que se apresentarão
hipocoradas (sem cor).
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Sanguíneo
 As hemácias são formadas nas medulas vermelhas dos ossos
longos e vivem em média 120 dias; quando morrem são
transportadas para o baço pelo próprio sangue, onde se
fragmentarão. Normalmente existem 4,5 a 5 milhões de
eritrócitos/ml de sangue; isso corresponde a 45% de eritrócitos
no sangue, essa porcentagem recebe a nomenclatura de
hematócrito. A anemia, por exemplo, é causada por uma perda
muito rápida ou produção lenta.

 As células sanguíneas também apresentam alguns componentes


(aglutinógenos) que são determinados pela genética,
convencionalmente chamados de A e B. São esses componentes
que definem o tipo sanguíneo de uma pessoa.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Sanguíneo
 Existem quatro tipos de sangue: tipo A- com hemácias que só
contém o elemento A; tipo B – com hemácias que só contém o
elemento B; tipo AB – com hemácias que contém os dois
elementos; e tipo O, com hemácias “vazias”, ou seja, sem
aglutinógeno. Além destes componentes, há o fator Rh. Cerca
de 85% da população possui o aglutinógeno Rh, sendo
chamadas de Rh+.

 Quando um paciente precisa por exemplo, de transfusão


sanguínea se faz necessário conhecer a tipagem sanguínea do
mesmo pois a presença desses aglutinógenos específicos nas
hemácias é um dos elementos responsáveis pelas reações
transfusionais resultantes de tipos sanguíneos incompatíveis.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Sanguíneo
 Em menor quantidade que as hemácias existem os leucócitos ou
glóbulos brancos que são responsáveis pela defesa do
organismo pois são capazes de destruir os ameaçadores.
Também produzem uma substância manifesta nas reações
alérgicas chamada histamina além de outra substancia
anticoagulante denominada heparina.

 Quando suspensos no sangue os leucócitos são esféricos e


classificam-se em granulócitos - ou poliformonucleares - e
agranulócitos - segundo características celulares - e se
diferenciam em outras células durante a fase de maturação.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Sanguíneo
 A composição dos granulócitos é de 60% a 75% de neutrófilos,
2% a 4% de eosinófilos e 1% de basófilos. São formados na
medula óssea e depois são destruídos e eliminados pelo fígado,
baço, muco-bronquial, secreções glandulares e por
autodestruição.

 Auxiliam o organismo na defesa durante a fase aguda do


processo infeccioso e inflamatório. Os eosinófilos participam de
processos alérgicos.

 Os agranulócitos compreendem os linfócitos e monócitos.


Enquanto os linfócitos correspondem a 25% - 40% dos leucócitos
e são formados nos tecidos linfoides, onde se armazenam (timo
e baço).
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Sanguíneo
 Uma pequena quantidade circula pelo corpo, atuando
lentamente nas inflamações crônicas em vista de sua pouca ação
destrutiva sobre as bactérias, no entanto são importantes nas
reações de defesa contra proteínas estranhas ao organismo. Os
monócitos formam- se na medula óssea e participam no
combate de infecções crônicas, correspondendo a 3% - 6% dos
leucócitos.

 Um outro elemento de importância fundamental no sangue são


as plaquetas, que são fragmentos de células especiais da medula
óssea chamadas megacariócitos. O corpo humano possui cerca
de 250 a 450 mil plaquetas/ml, cuja função é a coagulação
sanguínea - se não existissem, correríamos o risco de perder
todo o sangue através de qualquer ferimento.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Sanguíneo
 Assim, quando um vaso sanguíneo sofre lesão em sua parede
inicia-se um processo chamado hemostasia (coagulação
sanguínea), que visa impedir a perda de sangue (hemorragia).

 Através do processo de vasocontrição o vaso lesado se contrai e


as plaquetas que por ali circulam agregam-se no local, formando
um tampão plaquetário.

 A Fibrina é originada durante a agregação onde fatores do


plasma sanguíneo, das plaquetas e dos vasos lesados promovem
a interação sequencial (em cascata) de 13 proteínas plasmáticas.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Sanguíneo
 A partir daí é formada uma rede que aprisiona os leucócitos,
eritrócitos e plaquetas formando-se então o coagulo sanguíneo
que é bem mais consistente e firme que o tampão plaquetário.

 O tecido novo é formado através da proteção do coagulo que faz


com que a parede do vaso seja restaurada, para que só assim,
através da ação de enzimas plasmáticas e plaquetárias o coágulo
seja removido.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Sanguíneo
 Vale ressaltar que os vasos sanguíneos são inervados pelo nervo
simpático que diminui o calibre dos vasos (ação
vasoconstritora), e pelo nervo parassimpático, que aumenta o
calibre dos vasos (vasodilatador). A ação desses dois feixes
nervosos mantém o diâmetro e a tonicidade dos vasos
sanguíneos.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Urinário
 O sistema urinário é formado pelos órgãos responsáveis pela
formação da urina que é um dos veículos de excreção do
organismo. Os órgãos que compõem esse sistema são: os rins,
os ureteres, a bexiga urinária e a uretra.

 Sua função é realizar a manutenção do balanço interno


(homeostase) através da eliminação ou preservação de água e
demais produtos do metabolismo celular, tais como, a ureia, o
ácido úrico e a creatinina.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Urinário
 Além de produzir o hormônio eritropoietina responsável por
estimular a produção dos eritrócitos do sangue. É ainda no
sistema excretor que ocorre a regulação da composição e do pH
do líquido intersticial, isso acontece através da seleção dos rins,
ao impedirem que substâncias vitais para o corpo sejam
expelidas, liberando apenas a saída de substâncias tóxicas
garantindo a sobrevivência das células.
Rim

 Localizados na região retro peritoneal, esses dois órgãos estão


fixados na parede posterior da cavidade abdominal localizados à
direita e à esquerda da coluna vertebral, sendo o direito uma
posição inferior em relação ao esquerdo, em virtude da
presença do fígado à direita.
Rim

 Na anatomia externa dos rins podemos visualizar:

• Faces
Anterior e posterior.

• Polos
Superior (glândula
suprarrenal) e inferior.

• Bordas
Medial e lateral.

Anatomia Externa do Rim


Camadas de revestimento

 Formada por cápsula fibrosa, cápsula adiposa e fáscia renal. A


borda medial do rim apresenta uma fissura vertical chamada
hilo renal, por onde passam o ureter, a artéria e a veia renal,
linfáticos e nervos que em conjunto constituem o pedículo renal.

 Dentro do rim, o hilo se expande em uma cavidade central


denominada seio renal que funciona como alojamento para a
pelve renal que na verdade é a porção dilatada do ureter.
Camadas de revestimento

 Já na anatomia interna do rim pode-se observar mais


perifericamente uma região de coloração menos evidente
denominada córtex renal e ainda uma região mais escura
denominada medula renal.

 O córtex renal se projeta na medula renal dividindo estruturas


chamadas de pirâmides renais. Estas estruturas do córtex são
chamadas de colunas renais.

 As pirâmides renais tem os ápices voltados para a pelve renal,


enquanto suas bases são envolvidas pelo córtex renal, estando
portanto, voltadas para a superfície do órgão.
Camadas de revestimento

 Segundo o portal da anatomia (2016) a pelve renal por sua vez,


está dividida em dois ou três tubos curtos e largos, os cálices
renais maiores que se subdividem em números variável de
cálices renais menores.

 Cada um destes últimos oferecem um encaixe em forma de taça,


para receber o ápice das pirâmides renais. Este ápice denomina-
se papila renal, região anatômica que apresenta uma área
perfurada, área crivosa, por onde goteja o ultrafiltrado que
serão recebidos nos cálices renais menores.

 Um exame cuidadoso da medula renal mostra a presença de


estriações, os raios medulares
Camadas de revestimento

Anatomia Interna do Rim


Camadas de revestimento

 Os rins são sustentados pela artéria renal, que tem sua origem
na aorta. A artéria renal é subdividida no hilo em um ramo
anterior e um ramo posterior.

 Estes ramos se subdividem em várias artérias segmentares que


irão irrigar os vários segmentos do rim. Das artérias
segmentares surgem as artérias interlobares, que na junção
córtico-medular dividem-se para formar as artérias arqueadas e,
posteriormente as artérias interlobulares.
Camadas de revestimento

 Dessas artérias surgem as arteríolas aferentes, as quais sofrem


divisão formando os capilares dos glomérulos, que em seguida,
confluem-se para forma a arteríola eferente.

 A arteríola eferente dá origem aos capilares peritubulares e as


arteríolas retas, responsáveis pelo suprimento arterial da
medula renal.
Camadas de revestimento

 A análise microscópica de um corte de tecido renal mostra a


presença de numerosas estruturas afuniladas, com longos tubos
enrolados, denominados néfrons. Os néfrons são estruturas
funcionais dos rins. Cada rim tem aproximadamente um milhão
de nefrons.

 O néfron é formado por duas regiões principais: o glomérulo e o


túbulo renal. O glomérulo é um novelo de capilares envolvido
por uma pequena camada denominada cápsula de Bowmann.
Cada glomérulo juntamente com sua respectiva cápsula de
Bowmann constitui o crepúsculo renal ou corpúsculo de
Malpighi.
Camadas de revestimento

Anatomia do Tecido Renal


Camadas de revestimento

 Através da artéria renal o sangue chega ao rim, a partir daí se


ramifica em larga escala no interior do órgão, dando origem a
um grande número de arteríolas aferentes, onde cada uma
ramifica-se no interior da cápsula de Bowman do néfron,
formando um enovelado de capilares denominado glomérulo de
Malpighi.

 O sangue arterial é conduzido nos capilares do glomérulo sob


uma pressão de 70 a 80 mmHg, que faz com que parte do
plasma seja transportado para a cápsula de Bowman; esse
processo é denominado filtração.
Camadas de revestimento

 As substâncias Essas substâncias extravasadas para a cápsula de


Bowman formam o filtrado glomerular, muito parecido em
composição química, com plasma sanguíneo, com a diferença de
que não possui proteínas, incapazes de atravessar os capilares
glomerulares.

 Na sequência O filtrado glomerular vai para o túbulo contorcido


proximal, que possui uma parede formada por células adaptadas
ao transporte ativo. Nesse túbulo, acontece a reabsorção ativa
de sódio.
Camadas de revestimento

 Depois, o líquido percorre o ramo descendente da alça de Henle,


ocorrendo a passagem de água por osmose do líquido tubular
(hipotônico) para os capilares sanguíneos (hipertônicos) – esse
processo é denominado reabsorção. O ramo descendente
percorre regiões do rim com gradientes crescentes de
concentração.

 Consequentemente, ele perde ainda mais água para os tecidos,


de forma que, na curvatura da alça de Henle, a concentração do
líquido tubular é alta.
Camadas de revestimento

 Esse líquido muito concentrado passa então a percorrer o ramo


ascendente da alça de Henle, que é formado por células
impermeáveis à água e que estão adaptadas ao transporte ativo
de sais. Nessa região, ocorre remoção ativa de sódio, ficando o
líquido tubular hipotônico.

 Ao passar pelo túbulo contorcido distal, que é permeável à água,


ocorre reabsorção por osmose para os capilares sanguíneos. Ao
sair do néfron, a urina entra nos dutos coletores, onde ocorre a
reabsorção final de água.
Camadas de revestimento

 Em 24 horas são filtrados aproximadamente 180 litros de fluido


do plasma; no entanto apenas 1 a 2 litros de urina são formados
por dia, ou seja, aproximadamente 99% do filtrado glomerular é
reabsorvido.

Componetes da urina:
Água 95%
Cloreto de sódio 1%
Uréia 2%
Ácido úrico 0,5%
Camadas de revestimento

 Ao longo dos túbulos renais também acontece a reabsorção


ativa de aminoácidos e glicose. Dessa maneira, ao final do
túbulo distal, essas substâncias já não são mais encontradas.

 Os capilares que reabsorvem as substâncias úteis dos túbulos


renais se reúnem para formar um vaso único, a veia renal, que
leva o sangue para fora do rim, em direção ao coração.
Camadas de revestimento

Filtração Glomerular
Camadas de revestimento

 Para se ter uma função renal bem regulada é importante e


básico a regularização da quantidade de líquidos no corpo
Quando h, e m função da melhor reabsorverá uma necessidade
de reter água no interior do corpo, a urina fica mais concentrada
em função da maior reabsorção de água; já se houver excesso
de água no corpo a urina fica menos concentrada causando uma
menor reabsorção de água.
Camadas de revestimento

 O ADH é o principal agente regulador do equilibro hídrico na


vida de um indivíduo, produzido no hipotálamo e armazenado
na hipófise.

 Através dos receptores osmóticos localizados no hipotálamo é


detectada a concentração do plasma sanguíneo. Então quando
acontece o aumento de concentração do plasma, esses
osmorreguladores incentivam a produção de ADH.
Camadas de revestimento

 Esse hormônio pode passar pela corrente sanguínea indo atuar


sobre os túbulos distais e sobre os túbulos coletores do néfron
transformando as células desse grupo mais permeáveis à água
assim a reabsorção de água e a urina fica mais concentrada; já
quando a concentração de plasma é baixa, ou seja, há muita
água a produção do ADH é inibida causando também uma
menor absorção de água nos túbulos distais e coletores, fazendo
com que o excesso de água seja excretado tornando a urina
mais diluída.
Camadas de revestimento

 A aldosterona é outro elemento participante do equilíbrio hidro


iônico do organismo sendo produzida nas glândulas
suprarrenais. Esse hormônio é capaz de aumentar a reabsorção
ativa de sódio nos túbulos renais, fazendo com que haja uma
maior retenção de água no organismo.

 A aldosterona começa a ser produzida quando a concentração


de sódio no túbulo renal diminui, uma proteína chamada renina
é produzida pelo rim, que age sobre o angiotensinogênio
(inativo), outra proteína produzida no fígado e encontrada no
sangue, para depois ser convertida em angiotensina (ativa). Essa
substância estimula as glândulas suprarrenais a produzirem
aldosterona.
Uretra

 É o canal condutor da urina constituindo o último segmento das


vias urinárias. É importante lembrar que ela difere nos dois
sexos, mas em ambos tem a função de estabelecer a
comunicação entre a bexiga urinaria e o meio exterior.

 No homem ela mede 20c e funciona como uma via comum para
a passagem da micção e ejaculação. No sexo feminino, a uretra é
menor, possui aproximadamente 4 cm de comprimento e
localiza-se anteriormente a vagina.
Uretra Masculina

 A uretra masculina é composta por quatro porções:

• Intramural
Que é circundada por musculatura lisa da bexiga, musculatura esta
que apresenta fibras circulares que constituirão o esfíncter interno
da uretra. Enquanto na mulher, serve apenas a excreção da urina.

• Prostática
Atravessa longitudinalmente a próstata.

• Membranácea
Atravessa o diafragma urogenital.
Uretra Masculina

 A uretra masculina é composta por quatro porções:

• Esponjosa
É a maior das porções uretrais, localizada do diafragma urogenital
até o óstio externo da uretra. Dentro da glande fica a fossa
navicular da uretra, que é uma dilatação que diminui a pressão de
chegada da urina minimizando a possibilidade de ocorrência de
micro lesões nas paredes que se seguem.
Uretra

Ureter, Bexiga e Uretra


Uretra Feminina

 A uretra feminina é composta por apenas duas porções:

• Intramural
Que é circundada por musculatura lisa da bexiga, musculatura esta
que apresenta fibras circulares que constituirão o esfíncter interno
da uretra, enquanto na mulher, serve apenas a excreção da urina.

• Membranácea
Atravessa o diafragma urogenital.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Reprodutor
 O aparelho reprodutor tem como principal função perpetuar a
espécie através da reprodução. O sistema reprodutor feminino é
um pouco mais complexo pelo fato de possuir um órgão a mais,
logo, apresenta mais uma função: o útero que abriga e
proporciona o desenvolvimento de uma nova vida, resultante da
união dos gametas.

 O início do processo de reprodução humana é marcado pelo


percurso que o óvulo faz através das tubas uterinas até chegar
ao útero. Durante esse trajeto, vários milhões de
espermatozoides poderão ir ao encontro, mas somente os mais
fortes, conseguem atingir o óvulo e apenas um deles fecunda-lo.
Sistema reprodutor masculino

 O sistema reprodutor masculino é formado pelos testículos


(gônadas masculinas), um sistema de ductos (ducto deferente,
ducto ejaculatório e uretra), as glândulas sexuais acessórias
(próstata, glândula bulbouretral e vesículas seminais) e diversas
estruturas de suporte, incluindo o escroto e o pênis.
Pênis

 O pênis é o órgão erétil e copulador masculino, quando penetra


nas vias genitais femininas lança os espermatozoides. É
constituído de tecido flácido, formado por:

• Dois corpos cavernosos são fixados ao osso da bacia através


dos ramos do pênis – extremidades posteriores.
• Um corpo esponjoso, apresentando duas dilatações: glande
(anterior) e bulbo (posterior).
Pênis

 O pênis é o órgão erétil e copulador masculino, quando penetra


nas vias genitais femininas lança os espermatozoides. É
constituído de tecido flácido, formado por:

• Dois corpos cavernosos são fixados ao osso da bacia através


dos ramos do pênis – extremidades posteriores.
• Um corpo esponjoso, apresentando duas dilatações: glande
(anterior) e bulbo (posterior).
Pênis

Pênis
Sêmen

 O sêmen é um líquido constituído basicamente por


espermatozoides e fluido seminal. É composto por: secreções da
próstata (30%) e vesículas seminais (70%).

 O fluido seminal é formado de: água, muco, açúcar, bases e


prostaglandinas (hormônios que vão desencadear contrações do
útero e tuba uterina).
Escroto

 O escroto é um saco musculocutâneo frouxo e enrugado,


dividido em dois compartimentos que contêm os testículos, os
epidídimos e a parte mais proximal dos cordões espermáticos.
Tem como função sustentar os testículos e também regular a
temperatura local em relação ao ambiente.

 O escroto é constituído por camadas de tecido diferentes que se


estratificam da periferia para a profundidade, nos planos
seguintes:

• Cútis
Formado por uma pele enrugada e fina com pregas transversais
e com pelos esparsos. Na linha mediana está localizada a rafe
do escroto.
Escroto

• Túnica dartos
Músculo cutâneo composto por fibras musculares lisas.

• Fáscia espermática externa


Derivada do músculo oblíquo externo do abdome, funciona
como uma lâmina conjuntiva, descendo do ângulo inguinal
superficial para entrar na constituição do escroto.

• Fáscia cremastérica
Este plano é representado por uma delgada lâmina conjuntiva
que prende inúmeros feixes de fibras musculares estriados de
direção vertical. No conjunto, essas fibras musculares
constituem o músculo cremáster e derivam das fibras do
músculo oblíquo interno do abdome.
Escroto

• Fáscia espermática interna


Lâmina conjuntiva que deriva da fáscia transversal.

• Túnica vaginal
Serosa cujo folheto parietal representa a camada mais
profunda do escroto, enquanto o folheto visceral envolve o
testículo, epidídimo e início do ducto deferente.
Escroto

Escroto
Testículos

 O testículo é um órgão par (direito e esquerdo) também


chamado de gônadas sexuais masculinas, fica localizado no
escroto, na região anterior do períneo, logo por trás do pênis.

 Cada testículo tem forma ovoide, possui eixo quase vertical, e


levemente achatado no sentido lateromedial, apresentando
duas faces, duas bordas e duas extremidades.

 As faces são classificadas em lateral e medial, as bordas em


anterior e posterior e a extremidades em superior e inferior.
Testículos

 A túnica albugínea é uma cápsula de natureza conjuntiva que


envolve o testículo, com a função de enviar os septos para o seu
interior, sendo subdivididos em lóbulos.

 Nos lóbulos dos testículos encontramos em uma larga escala os


túbulos seminíferos contorcidos que são ductos longos e
sinuosos de calibre quase capilar; neste local são formados os
espermatozoides.

 Os túbulos seminíferos convergem para o mediastino dos


testículos e vão se anastomosando, constituindo túbulos
seminíferos retos, os quais se entrecruzam formando uma
verdadeira rede, chamada Rede de Haller, ao nível do
mediastino.
Testículos

Testículos
Testículos

 No mediastino, os túbulos seminíferos retos desembocam em


dez a quinze ductos eferentes, que se dirigem desde o testículos
até o epidídimo.

 Além de produzirem os espermatozoides, durante a fase da


puberdade os testículos produzem também hormônios –
testosterona -, responsáveis pelo aparecimento dos caracteres
sexuais secundários, por isso são considerados glândulas mistas.

 A temperatura ideal para produção e armazenamento de


espermatozoides é de 35o C, isso nos faz compreender a razão
pela qual os testículos não se localizam no interior do corpo
humano. A temperatura corporal é em torno de 37o C.
Vias Espermáticas

 As vias espermáticas, que conduzem os espermatozoides, são


compostas pelo epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório e
uretra.

 O epidídimo é uma estrutura em forma de C, constituída de


cabeça, corpo e cauda, situada na margem posterior de cada
testículo. Além de atuar como via condutora de gametas
também armazena espermatozoides até o momento da
ejaculação.

 É no epidídimo que os espermatozoides sofrem a maturação


durante seu desenvolvimento, que ocorre aproximadamente em
2 meses.
Vias Espermáticas

 O Ducto Deferente é um prolongamento da cauda do epidídimo


responsável pela condução do espermatozoide até o ducto
ejaculatório.

 O ducto ejaculatório é formado pela junção do ducto deferente


com o ducto da vesícula seminal, também serve como via
condutora de gametas, no entanto possui menor dimensão e
calibre do que as demais vias condutoras de espermatozoides.
Seu trajeto passa pelo interior da próstata.
Uretra

 A uretra possui em média 20 centímetros de comprimento e


serve para a eliminação de urina e para ejaculação.

 O canal da uretra é subdividido em: uretra prostática que


transcorre pela próstata, uretra membranosa que percorre o
assoalho da pelve e uretra peniana que passa pelo corpo
esponjoso do pênis.
Vesículas Seminais

 As vesículas seminais são duas bolsas membranosas lobuladas,


em média possuem 7,5cm de comprimento, e tem a função de
produzir um líquido para ser adicionado na secreção dos testículos.

 A face ventral está em contato com o fundo da bexiga,


estendendo-se do ureter à base da próstata. Esse líquido contém
frutose (açúcar monossacarídeo), prostaglandinas e proteínas de
coagulação (vitamina C).

 o líquido possui uma natureza alcalina colabora com a


neutralização do ambiente ácido da uretra masculina e do
trato genital feminino, se isso não acontecesse mataria os
espermatozoides. Esse líquido constitui cerca de 60% do
volume do sêmen.
Próstata

 É uma glândula acessória composta de musculatura lisa, tecido


fibroso e glândulas. Fica localizada sob a bexiga (proporcionando
assim, a sua palpação pelo toque retal), atrás da sínfise pubiana
e abaixo das vesículas seminais.

 Possui o formato achatado no sentido anteroposterior,


apresentando uma face anterior e outra posterior, e de cada
lado, faces inferolaterais.

 Na sua estrutura, apresenta uma cápsula constituída por tecido


conjuntivo e fibras musculares lisas que a envolvem, da qual
partem finas trabéculas que se dirigem até a profundidade do
parênquima.
Próstata

 Também possui fibras musculares estriadas, além de células


glandulares espalhadas em tubos ramificados cuja secreção é
drenada pelos ductos prostáticos.

 Como está localizada em torno da uretra, a próstata também é


responsável por liberar a urina ou o esperma, de acordo com o
estímulo. Produz um líquido de aspecto leitoso que dá ao
esperma a cor e odor característicos.
Órgãos Genitais Masculino
Glândulas Bulbouretrais

 Também considerada uma glândula anexa, as glândulas


bulbouretrais são duas formações esféricas e pequenas, estão
situadas próximas ao bulbo e envolvidas por fibras transversas
do esfíncter uretral.

 Localizam-se inferiormente a próstata e drenam suas secreções


(Mucosa) para a parte esponjosa da uretra. Seus ductos
desembocam na uretra peniana, secretando um líquido mucoso
que auxilia na ejaculação.
Fisiologia do Sistema
Reprodutor Masculino
 O ato sexual masculino é iniciado pela ereção, que acontece por
meio de fenômenos vasculares que proporcionam uma
congestão sanguínea nos tecidos eréteis do pênis, tornando-o
ereto, rígido e com maior volume.

 Isso ocorre quando região sacral da medula espinhal é excitada


sendo O fenômeno da ereção ocorre através de excitação na
região sacral da medula espinhal transmitida por meio de nervos
parassimpáticos.
Fisiologia do Sistema
Reprodutor Masculino
 Logo depois um circuito neuronal que fica na lombar alta da
medula espinhal é ativado e por meio de nervos autônomos
simpáticos, causam vários fenômenos que provocarão a
emissão, e logo depois a ejaculação.

 É no processo de emissão que ocorrem as contrações do


epidídimo, canais deferentes, vesículas seminíferas, próstata,
glândulas bulbouretrais e glândulas uretrais. A uretra, então, se
enche de líquido contendo milhões de espermatozoides.
Fisiologia do Sistema
Reprodutor Masculino
 Logo após a emissão ocorre a ejaculação, onde
aproximadamente 3,5 a 5 ml de sêmen são expelidos para o
exterior do aparelho masculino. Este volume de sêmen contém
cerca de 200 a 400 milhões de espermatozoides.

 O líquido prostático neutraliza a acidez da vagina, possibilitando


o movimento dos espermatozoides no interior do aparelho
reprodutor feminino.
Sistema reprodutor feminino

 Tal como no sistema genital masculino, o sistema genital


feminino é o conjunto de órgãos encarregados da reprodução na
mulher. É composto pelos ovários, tubas uterinas, útero, vagina
e vulva. Os ovários, as tubas uterinas e o útero são órgãos
intraperitoneais situados profundamente na pelve.
Sistema reprodutor feminino

Útero, Tuba Uterina, Ovários


Ovários

 São duas gônadas ou glândulas sexuais femininas, também


chamados de órgãos primários. Localiza-se na parte inferior da
cavidade abdominal, um de cada lado do útero. Possui
aproximadamente 3cm de comprimento, 2cm de largura e
1,5cm de espessura.

 Possui uma borda anterior e outra posterior e uma face lateral e


outra medial. A borda medial acopla-se a uma expansão do
ligamento largo do útero que recebe o nome de mesovário, e
por isso é denominada de borda mesovárica, já a borda
posterior é denominada borda livre A borda mesóvarica
representa o hilo do ovário; é por ele que entram e saem os
vasos ováricos. A extremidade inferior é chamada extremidade
tubal e a superior extremidade uterina.
Ovários

 Durante a puberdade os ovários começam a produzir os


hormônios sexuais, estrógeno e progesterona. O estrógeno é
produzido pelas células dos folículos maduros, já o corpo lúteo
produz grandes quantidades de progesterona e pouco
estrógeno.
Tuba uterina

 Tuba uterina são dois tubos localizados no ângulo superior de


cada lado do útero; apresenta um calibre irregular medindo
cerca de 10 cm de comprimento.

 Conforme se afasta do útero vai se dilatando, por um funil de


borda franjada. É subdividida em 4 regiões, que no sentido
médio-lateral são: parte uterina, istmo, ampola e infundíbulo.

 As principais funções da tuba são transportar o óvulo do ovário


ao útero e ser o local onde acontece a fertilização do óvulo pelo
espermatozoide.
Útero

 É um órgão oco que possui formato de pêra invertida e se situa


entre a bexiga urinaria e o reto. Comunica-se por um lado com a
tuba uterina e por outro com a vagina.

 É dividido em quatro partes:

• Corpo do útero
• Fundo do útero
• Istmo
• Colo do útero
Útero

 E possui uma estrutura dividida em três camadas:

• Camada interna ou endométrio;


• É modificada pelo ciclo menstrual ou até mesmo na gravidez
(é onde o embrião se instala). É preparado para receber o
óvulo mensalmente, através do aumento da espessura e da
formação de redes capilares. Caso não aconteça fecundação
ele sofre descamação e ocorre o processo da menstruação;
• Camada média ou miométrio;
• Camada externa ou perimétrio.
Vagina

 Funciona como um canal muscula membranoso, Sua extensão


vai desde o colo do útero até a vulva. Possui uma estrutura
elástica coberta por uma pele fina, com várias pregas. No ato
sexual, é a vagina que recebe o pênis, por ela também passa os
fluxos menstruais e também o feto na hora do parto.

 Na sua entrada existe uma proteção formada por uma


membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício
vulvo-vaginal e geralmente se rompe nas primeiras relações
sexuais.
Vagina

Vagina e Vulva
Clitóris

 É um órgão de formato alongado e erétil, fica localizado na parte


posterior da vulva, apresenta uma porção oculta entre os lábios
maiores e outra livre, que termina numa extremidade chamada
glande, coberta pelo prepúcio.
Grandes lábios, pequenos lábios
e monte púbico
 Os grandes lábios são duas dobras cutâneas, alongadas, que
possuem uma fenda entre elas. No período da puberdade
começam a aparecer pelos na parte externa, em seu interior
permanecem lisas.

 Os pequenos lábios, também chamados de ninfas, são duas


dobras cutâneas pequenas localizadas medialmente aos lábios
maiores.

 Monte púbico é uma pequena elevação formada basicamente


de tecido adiposo
Óstio da vagina

 É a abertura vaginal. É envolta pelos pequenos lábios onde está


contida a uretra, a vagina e os ductos das glândulas vestibulares.
Durante a excitação sexual essas glândulas liberam uma
pequena quantidade de muco durante, que serve para deixar as
estruturas úmidas e propicias para a relação sexual.
Óstio da uretra

 A uretra feminina é menor que a masculina e serve apenas como


via de micção (no caso do homem é também via de ejaculação).
Mede aproximadamente 4 cm e apresenta uma abertura
denominada óstio interno da uretra.
Mamas

 São dois órgãos formados por um conjunto de glândulas que


tem como principal função produzir o leite materno durante o
período de lactação da mulher.
Fisiologia do Sistema
Reprodutor Feminino
 Na conclusão do desenvolvimento embrionário de uma menina,
ela já possui todas as células necessárias para serem
transformadas no final do desenvolvimento embrionário de uma
menina, ela já tem todas as células que irão transformar-se em
gametas nos seus dois ovários.

 Estas células - os ovócitos primários - encontram-se dentro de


estruturas denominadas folículos ovarianos. O início da
puberdade feminina é marcada pelo aparecimento da primeira
menstruação, (MENARCA – entre 11 e 13 anos), e vai até a
última menstruação, (MENOPAUSA - entre 45 e 50 anos).
Fisiologia do Sistema
Reprodutor Feminino
 A partir da menarca a menina passa a ser capaz de gerar uma
nova vida, além disso, ocorre o desenvolvimento dos caracteres
sexuais secundários como o desenvolvimento das mamas e o
aparecimento de pelos em determinadas regiões do corpo.

 Durante a vida fértil da mulher, amadurece normalmente apenas


um folículo a cada 28-30 dias produzindo um óvulo fértil, que cai
na tuba uterina, onde poderá ser fecundado ou não.
Fisiologia do Sistema
Reprodutor Feminino
 No ponto de ruptura do folículo, na parede do ovário, as células
foliculares formam um tecido de cicatrização de função
endócrina, o chamado corpo lúteo (ou amarelo).

 Se não houver fecundação, o corpo lúteo degenera após 10 dias.


Se, no entanto, o óvulo for fecundado, o corpo amarelo cresce
muito e permanece alguns meses produzindo a progesterona,
que é o hormônio da gravidez.
Ciclo menstrual

 Compreende um período de 28 a 30 dias, durante o qual se


origina um óvulo que, não fecundado, será expulso junto com
secreções, sangue e restos do endométrio, que continua se
desenvolvendo para garantir a fixação, proteção e nutrição do
futuro embrião.

 Nos primeiros 14 dias do ciclo, a hipófise, produzindo FSH


(Hormônio Folículo Estimulante), estimula a maturação de um
folículo ovariano. Este produz estrógenos, que, chegam ao útero
promovendo o crescimento do endométrio.
Ciclo menstrual

 No 14° dia ocorre a ovulação e nos 14 dias finais do ciclo a


hipófise produz alta taxa de LH (hormônio luteinizante), que
estimula o desenvolvimento do corpo amarelo.

 Este tecido endócrino produz então a progesterona, que


continua estimulando o crescimento do endométrio,
preparando-o para receber o zigoto. O aumento da taxa de
progesterona atua sobre a hipófise inibindo a produção do LH.

 Assim, o corpo amarelo degenera, cai a taxa de progesterona e


ocorre o desprendimento do endométrio, eliminado como fluxo
menstrual.
Ciclo menstrual

Ciclo Menstrual
Gravidez

 O ovo leva de dois a quatro dias para atingir o útero, e a essa


altura já pode ser chamado de embrião. O embrião encontra o
útero com as paredes espessadas, cheias de vasos sanguíneos e
vilosidades, implanta-se nessas paredes e se desenvolve.

 Quando chega ao útero, o ovo já iniciou a formação do embrião.


O desenvolvimento embrionário é rápido e em poucos dias o
embrião já conta com muitas células. Com o tempo, certas
camadas de células se diferenciam para formar as membranas
extraembrionárias.
Gravidez

 Os espermatozoides lançados na vagina deslocam-se em direção


ao útero e às tubas uterinas. Quando encontram um óvulo no
interior das tubas, ocorre a fecundação.

 Imediatamente, a membrana do óvulo fica completamente


impermeável à penetração de outro espermatozoide. A partir do
instante da fecundação, a célula-ovo começa a se dividir e a ser
“empurrada” em direção ao útero por contrações leves da
musculatura lisa da tuba e pelo movimento dos cílios
Gravidez

 Umas dessas camadas é o córion, que se desenvolve em


contado com a parede do útero, formando inúmeros
prolongamentos. A mucosa uterina se desenvolve mais e se une
estreitamente a esses prolongamentos, formando a placenta.

 É por intermédio da placenta que as substâncias dissolvidas no


plasma materno passam para o feto, alimentando-o. Ela se
comunica com o embrião através do cordão umbilical, dentro do
qual passam a artéria e as veias umbilicais.
Gravidez

 É pela artéria umbilical que o embrião recebe nutrientes e


oxigênio retirados do sangue da mãe. Entre o embrião e as
membranas existentes existe um liquido chamado líquido
amniótico. Três a quatro semanas após a fecundação, o coração
do embrião começa a bater.

 Ao fim do segundo mês o embrião já tem membros, dedos e


face com características humanas. Desse ponto em diante
recebe o nome de feto.
Menopausa

 Depois de uns 400 ciclos menstruais completos, ou menos,


sobrevém o declínio sexual da mulher. A menopausa, ou
interrupção permanente da menstruação, não é o climatério em
si, mas uma das manifestações desse período. Além da
suspensão da menstruação, o climatério envolve profundas
alterações orgânicas e psíquicas.
Métodos Contraceptivos

• Pílulas anticoncepcionais: Contém hormônios que evitam a


produção de óvulos.
• DIU (dispositivo intrauterino): O DIU é composto por um objeto
de plástico parecido com uma flecha. Ele possui um fio de cobre
enrolado na parte inferior. Evita a gravidez de duas formas, o
cobre tem função espermicida; e o DIU impede que o embrião
se implante na camada do útero. Isto para alguns é considerado
abortivo.
• Abstinência: Não ter relação sexual.
• Coito interrompido: Retirar o pênis antes da ejaculação, é um
método pouco seguro.
• Cremes espermicidas: Substâncias aplicadas na vagina que
matam o espermatozoides, são pouco eficientes e geralmente
são associados ao diafragma.
Métodos Contraceptivos

• Diafragma: Tem a forma de um chapeuzinho, feito de borracha


fina e macia, que é colocado no fundo da vagina, cobrindo todo
o colo do útero, impedindo assim a passagem dos
espermatozoides.
• Tabelinha: Evita ter relação sexual no dia da ovulação.
• Camisinha (Masculina e feminina): Impede que o esperma seja
depositado dentro do corpo feminino. Único método que
também protege contra as DST’s.
• Vasectomia: Corte do vaso deferente e o amarro de suas pontas.
Pode ser reversível (amarras) ou irreversível (corte).
• Laqueadura Tubária: Corta-se as pontas das tubas uterinas
impedindo que os espermatozoides entrem em contato com o
óvulo. Pode ser reversível (amarras) ou irreversível (corte).
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Endócrino
 Há no organismo algumas glândulas das quais a função é
essencial para a vida. São conhecidas pelo nome de "glândulas
endócrinas" ou de secreção interna, porque as substâncias por
elas elaboradas passam diretamente para o sangue.

 Estas glândulas não têm, portanto, um ducto excretor, mas são


os próprios vasos sanguíneos que, capilarizando-se nelas,
recolhem as secreções.

 A secreção se verifica mediante glândulas diferenciadas, as quais


podem ser exócrinas (de secreção externa) ou endócrinas (de
secreção interna).
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Endócrino
 Chamamos glândulas exócrinas as que são providas de um
conduto pelo qual vertem ao exterior o produto de sua atividade
secretora, tais como o fígado, as glândulas salivares e as
sudoríparas.

 E as glândulas endócrinas são aquelas que carecem de um


conduto excretor e, portanto, vertem diretamente no sangue
seu conteúdo, como por exemplo, a tiroide, o timo, etc.

 Existem além disso, as mistas que produzem secreções internas


e externas, como ocorre com o pâncreas (que produz suco
pancreático e insulina) e o fígado.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Endócrino
 As glândulas endócrinas secretam substâncias particulares que
provocam no organismo funções biológicas de alta importância:
os hormônios, estes difundem ou são transportados pela
corrente circulatória a outras células do organismo, regulando
suas necessidades.

 As principais glândulas endócrinas do organismo são o pâncreas,


a tireoide, as paratireoides, a pinel, as cápsulas suprarrenais, a
hipófise, as gônadas.
Hormônio

 É uma substância secretada por células de uma parte do corpo


que passa a outra parte, onde atua pouca concentração
regulando o crescimento ou a atividade das células. No sistema
endócrino distinguimos 3 partes: célula secretória, mecanismo
de transporte e célula branca, cada uma caracterizada por sua
maior ou menor especificação. Geralmente cada hormônio é
sintetizado por um tipo específico de células.
Hormônio

 É uma substância secretada por células de uma parte do corpo


que passa a outra parte, onde atua pouca concentração
regulando o crescimento ou a atividade das células. No sistema
endócrino distinguimos 3 partes: célula secretória, mecanismo
de transporte e célula branca, cada uma caracterizada por sua
maior ou menor especificação. Geralmente cada hormônio é
sintetizado por um tipo específico de células.
Hormônio

 Quanto aos hormônios, destacamos:

• Glandulares
São elaborados pelas glândulas endócrinas e vertidos por estas
diretamente ao sangue, que as distribui a todos os órgãos,
onde logo exercem suas funções. Subdividem-se em dois
grupos, conforme realizam uma ação excitante ou moderadora
sobre a função dos órgãos sobre os quais influem.

• Hormônios esteroides
Aos que pertencem às cortico/suprarrenais e sexuais.
Hormônio

• Tissulares ou aglandulares
São formados em órgãos distintos e sem correlação nem
interdependência entre eles: sua ação é exclusivamente local e
a exercem no órgão em que se formam ou nos territórios
vizinhos. Sob o aspecto químico, os hormônios podem dividir-
se em duas grandes classes.

• Hipófise ou pituitária
É uma glândula do tamanho de um grão de ervilha, localizada
no encéfalo, presa numa região chamada hipotálamo. Essa
glândula é a mais importante do corpo, pois comanda o
funcionamento de outras glândulas, como tireoide,
suprarrenais e sexuais. Produz grande número de hormônios,
como os responsáveis pelo crescimento, metabolismo de
proteínas (hormônio somatotrófico), contração do útero
Hormônio

• Produz grande número de hormônios, como os responsáveis


pelo crescimento, metabolismo de proteínas (hormônio
somatotrófico), contração do útero (hormônio ocitocina),
controle da quantidade de água no organismo (hormônio
antidiurético - ADH), estímulo das glândulas tireoide
(hormônio tireotrófico - TSH) e supra-adrenais (hormônio
adrenocorticotrófico ou corticotrofina – ACTH).

• Os três tipos de hormônios gonadotróficos atuam no


desenvolvimento de glândulas e órgãos sexuais, interferindo
nos processos de menstruação, ovulação, gravidez e
lactação. São eles: o hormônio folículo estimulante (FSH),
que age sobre a maturação dos espermatozoides e folículos
ovarianos; o hormônio luteinizante (LH), que estimula os
testículos e ovários e provoca a ovulação e formação do
Hormônio

• São eles: o hormônio folículo estimulante (FSH), que age


sobre a maturação dos espermatozoides e folículos
ovarianos; o hormônio luteinizante (LH), que estimula os
testículos e ovários e provoca a ovulação e formação do
corpo amarelo; e a prolactina, que mantém o corpo amarelo
e sua produção de hormônios, atuando no desenvolvimento
das mamas e interferindo na produção de leite.
Hormônio

• Pineal
A pineal ou epífise localiza-se no diencéfalo, presa por uma
haste à parte posterior do teto do terceiro ventrículo. Contém
serotonina, precursora da melatonina. É um transdutor
neuroendócrino que converte impulsos nervosos em descargas
hormonais e participa do ritmo circadiano de 24 horas e de
outros ritmos biológicos, como os relacionados às estações do
ano. A pineal normal responde à luminosidade, sendo mais
ativa à noite, quando a produção de serotonina é maior que
durante o dia.
Hormônio

• Tireoide
Esta glândula - sob controle do hormônio hipofisário TSH
(hormônio tireotrófico) - localiza-se no pescoço (abaixo da
laringe e na frente da traqueia) e libera os hormônios tiroxina e
calcitocina, que intensificam a atividade de todas as células do
organismo. O primeiro atua no metabolismo (todas as reações
que ocorrem no interior do corpo); o segundo, na regulação de
cálcio no sangue.

• Paratireoide
Estas quatro glândulas localizam-se, duas a duas, ao lado das
tireoides. Secretam um hormônio denominado paratormônio,
que também regula a quantidade de cálcio e fosfato no sangue.
Hormônio

• Suprarrenais
Estas duas glândulas localizam-se sobre cada rim e possuem
duas partes: a externa, chamada de córtex e a interna, de
medula. O córtex da suprarrenal produz e libera vários
hormônios, dentre eles a aldosterona, que ajuda a manter
constante a quantidade de sódio e potássio no organismo.

Outro hormônio é o cistrol, cortisona ou hidrocortisona, que


estimula a utilização de gorduras e proteínas como fonte
energética, aumenta a taxa de glicose na corrente sanguínea e
também atua no processo de inflamações, sendo largamente
utilizada como medicação.
Hormônio

• Suprarrenais
Também produz o andrógeno, o hormônio responsável pelo
desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários
masculinos.

A medula da suprarrenal produz e libera a adrenalina e


noradrenalina, que é lançada na corrente sanguínea em
situações de fortes reações emocionais como medo, ansiedade,
sustos, perigos iminentes, etc.

A adrenalina estimula a ação cardíaca, aumenta o seu


batimento e dilata os brônquios; noradrenalina aumenta a
pressão arterial e diminui o calibre dos vasos.
Hormônio

• Pâncreas
Esta glândula localiza-se na cavidade abdominal e possui duas
funções: uma exócrina e outra endócrina. Na exócrina, produz
o suco pancreático que será liberado fora da corrente
sanguínea, mais precisamente no duodeno, auxiliando o
processo digestivo.

Na função endócrina, produz dois hormônios: a insulina, que


transporta a glicose através da membrana celular, diminuindo-a
da corrente sanguínea, e o glucagon, que contribui,
estimulando o fígado, para o aumento da glicose no sangue.
Hormônio

• Ovários
Os ovários são duas glândulas, uma de cada lado do corpo, que
integram o aparelho reprodutor feminino e localizam-se abaixo
da cavidade abdominal, em uma região denominada pelvis ou
cavidade pélvica. Ligam-se ao útero através de dois ligamentos
denominados ligamentos do ovário.

Os ovários são responsáveis pela produção e liberação de dois


hormônios, o estrogênio ou hormônio folicular e a
progesterona. O estrogênio controla o desenvolvimento das
características sexuais femininas, como aumento dos seios,
depósito de gordura nas coxas e nádegas, aparecimento de
pelos pubianos e estímulo ao impulso sexual.
Hormônio

• Ovários
A progesterona, responsável pela implantação do óvulo
fecundado na parede uterina e pelo desenvolvimento inicial do
embrião, estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias
e da placenta e inibe a secreção de um dos hormônios
gonadotróficos.

Além de produzir hormônios, os ovários são também


responsáveis pela produção das células sexuais femininas, os
ovócitos.
Hormônio

• Testículos
Em número de dois, localizam-se na pélvis e fazem parte do
aparelho reprodutor masculino. Protegidos por uma bolsa
denominada bolsa escrotal ou escroto, produzem o hormônio
denominado testosterona, que controla as características
sexuais masculinas como aparecimento de barba, pelos no
tórax, desenvolvimento da musculatura e impulso sexual.

Além da produção de hormônio, os são também responsáveis


pela produção das células sexuais masculinas, os
espermatozoides.
Hormônio

Glândulas Endócrinas
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Nervoso
 O sistema nervoso se distribui por todos tecidos do organismo
humano. E responsável pela regulação e integração da função
dos órgãos, pela captação de estímulos do meio-ambiente e é
sede de todas atividades mentais e comportamentais humanas.
Devido à sua função essencial à vida, a principal parte dele está
bem protegida dentro de estruturas ósseas.
Composição do Tecido Nervoso

 O tecido nervoso é constituído por células nucleadas especiais,


denominadas neurônios, com longos prolongamentos capazes
de captar estímulos exteriores como calor, frio, dor. Possuem
morfologia complexa, mas quase todos apresentam três
componentes. Os dendritos são prolongamentos numerosos,
cuja função é receber os estímulos do meio ambiente, de células
epiteliais sensoriais ou de outros neurônios.
Composição do Tecido Nervoso

 O corpo celular ou pericário é o centro do tráfico dos impulsos


nervosos da célula. O axônio é um prolongamento único,
especializado na condução de impulsos que transmitem
informações do neurônio para outras células nervosas,
musculares e glandulares.

 A transmissão do impulso nervoso de um neurônio a outro


depende de estruturas altamente especializadas: as sinapses.
Composição do Tecido Nervoso

Estrutura de um Neorônio
Composição do Tecido Nervoso

 Os axônios estão envoltos em uma camada gelatinosa que


funciona como isolante e denomina-se bainha de mielina. O
conjunto de axônios corresponde às fibras nervosas, cuja união
forma os feixes ou tractos do sistema nervoso central e os
nervos do sistema nervoso periférico. A junção dos corpos
neuronais constitui uma substância cinzenta denominada córtex.
Composição do Tecido Nervoso

 O funcionamento do sistema nervoso depende do chamado arco


reflexo constituído pela ação das vias aferentes, centrípetas ou
sensitivas, responsáveis pela condução dos impulsos originados
nos receptores externos (provenientes do sistema sensorial) ou
internos existentes em diversos órgãos e sensíveis às
modificações químicas, à pressão ou tensão; pelos centros
nervosos que formam a resposta aos estímulos enviados pelas
vias sensitivas; pela via eferente, motora ou centrífuga que
conduz a resposta voluntária ou involuntária dos centros
nervosos para os tecidos muscular e glandular. .
Divisão Anatômica do Sistema
Nervoso
 Anatomicamente, o sistema nervoso divide-se em sistema
nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP). O SNC
é representado pelo encéfalo e medula espinhal,
respectivamente localizados no interior da caixa craniana e
coluna vertebral.

 No SNC, existem as chamadas substâncias cinzenta e branca. A


substância cinzenta é formada pelos corpos dos neurônios e a
branca, por seus prolongamentos. Com exceção do bulbo e da
medula, a substância cinzenta ocorre mais externamente e a
substância branca, mais internamente.
Divisão Anatômica do Sistema
Nervoso

Divisão do Sistema Nervoso Central


Divisão Anatômica do Sistema
Nervoso
 Os órgãos do SNC são protegidos por estruturas esqueléticas
(caixa craniana, protegendo o encéfalo; e coluna vertebral,
protegendo a medula - também denominada raque) e por
membranas denominadas meninges, situadas sob a proteção
esquelética: dura-máter (a externa), aracnoide (a do meio) e pia-
máter (a interna).

 Entre as meninges aracnoide e pia-máter há um espaço


preenchido por um líquido denominado líquido
cefalorraquidiano ou líquor.
Divisão Anatômica do Sistema
Nervoso

Órgãos do Sistema Nervoso Central


Encéfalo

 O encéfalo humano contém cerca de 35 bilhões de neurônios e


pesa aproximadamente 1,4 kg, é constituído pelo cérebro,
diencéfalo, cerebelo e tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e
medula oblonga) e sua parte central é constituída por uma
substância branca; a externa, por uma substância cinzenta.
Telencéfalo

 O telencéfalo ou cérebro é dividido em dois hemisférios


cerebrais bastante desenvolvidos. Nestes, situam-se as sedes da
memória e dos nervos sensitivos e motores.

 Entre os hemisférios, estão os ventrículos cerebrais (ventrículos


laterais e terceiro ventrículo); Existe ainda com um quarto
ventrículo, localizado mais abaixo, ao nível do tronco encefálico.
Estes são reservatórios do líquido cefalorraquidiano, (líquor),
participando na nutrição, proteção e excreção do sistema
nervoso. Sua superfície evidencia pregas (giros) e reentrâncias
(sulcos e fissuras) do córtex cerebral.
Telencéfalo

Hemisférios Cerebrais
Telencéfalo

 Os sulcos e fissuras dividem os hemisférios em lobos


responsáveis por funções específicas como sensitivas, auditivas,
visuais, movimentação voluntária, memória, concentração,
raciocínio, linguagem, comportamento, entre outras.

 A região superficial do telencéfalo, que acomoda bilhões de


corpos celulares de neurônios (substância cinzenta), constitui o
córtex cerebral, formado a partir da fusão das partes superficiais
telencefálicas e diencefálicas. O córtex recobre um grande
centro medular branco, formado por fibras axonais (substância
branca).
Telencéfalo

Funções do Cérebro
Telencéfalo

 Em meio a este centro branco (nas profundezas do telencéfalo),


há agrupamentos de corpos celulares neuronais que formam os
núcleos (gânglios) da base ou núcleos (gânglios) basais -
caudado, putamen, globo pálido e núcleo subtalâmico,
envolvidos em conjunto, no controle do movimento.

 Parece que os gânglios da base participam também de um


grande número de circuitos paralelos, sendo apenas alguns
poucos de função motora. Outros circuitos estão envolvidos em
certos aspectos da memória e da função cognitiva.
Diencéfalo

 O diencéfalo circunda o terceiro ventrículo, forma a parte central


mais importante do encéfalo e contém o tálamo e hipotálamo.

 Todas as mensagens sensoriais, com exceção das provenientes


dos receptores do olfato, passam pelo tálamo antes de atingir o
córtex cerebral. Esta é uma região de substância cinzenta
localizada entre o tronco encefálico e o cérebro.
Diencéfalo

 O tálamo atua como estação retransmissora de impulsos


nervosos para o córtex cerebral. Ele é responsável pela
condução dos impulsos às regiões apropriadas do cérebro onde
eles devem ser processados.

 O tálamo também está relacionado com alterações no


comportamento emocional; que decorre, não só da própria
atividade, mas também de conexões com outras estruturas do
sistema límbico (que regula as emoções).
Diencéfalo

Diencéfalo
Diencéfalo

 O hipotálamo, também constituído por substância cinzenta, é o


principal centro integrador das atividades dos órgãos viscerais,
sendo um dos principais responsáveis pela homeostase corporal.
Ele faz ligação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino,
atuando na ativação de diversas glândulas endócrinas.

 É o hipotálamo que controla a temperatura corporal, regula o


apetite e o balanço de água no corpo, o sono e está envolvido na
emoção e no comportamento sexual. Tem amplas conexões com
as demais áreas do pros encéfalo e com o mesencéfalo.
Diencéfalo

 O hipotálamo, também constituído por substância cinzenta, é o


principal centro integrador das atividades dos órgãos viscerais,
sendo um dos principais responsáveis pela homeostase corporal.
Ele faz ligação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino,
atuando na ativação de diversas glândulas endócrinas.

 É o hipotálamo que controla a temperatura corporal, regula o


apetite e o balanço de água no corpo, o sono e está envolvido na
emoção e no comportamento sexual. Tem amplas conexões com
as demais áreas do pros encéfalo e com o mesencéfalo.
Cerebelo

 Situado atrás do cérebro está o cerebelo, que é primariamente


um centro para o controle dos movimentos iniciados pelo córtex
motor (possui extensivas conexões com o cérebro e a medula
espinhal). Como o cérebro, também está dividido em dois
hemisférios.

 Porém, ao contrário dos hemisférios cerebrais, o lado esquerdo


do cerebelo está relacionado com os movimentos do lado
esquerdo do corpo, enquanto o lado direito, com os
movimentos do lado direito do corpo. O cerebelo controla os
movimentos, a tonicidade muscular e participa da manutenção
do equilíbrio do corpo.
Cerebelo

Cerebelo
Tronco Encefálico

 O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo,


situando-se ventralmente ao cerebelo. Possui três funções
gerais:

• Recebe informações sensitivas de estruturas cranianas e


controla os músculos da cabeça.

• Contém circuitos nervosos que transmitem informações da


medula espinhal até outras regiões encefálicas e, em direção
contrária, do encéfalo para a medula espinhal (lado
esquerdo do cérebro controla os movimentos do lado
direito do corpo; lado direito de cérebro controla os
movimentos do lado esquerdo do corpo);
Tronco Encefálico

• Regula a atenção, função esta que é mediada pela formação


reticular (agregação mais ou menos difusa de neurônios de
tamanhos e tipos diferentes, separados por uma rede de
fibras nervosas que ocupa a parte central do tronco
encefálico). Além destas 3 funções gerais, as várias divisões
do tronco encefálico desempenham funções motoras e
sensitivas específicas.
Tronco Encefálico

Tronco Encefálico
Medula Espinhal

 A medula espinhal encontra-se no interior do canal formado


pelas vértebras da coluna vertebral. Dela irradiam-se 33 pares
de nervos espinhais, à direita e à esquerda, que inervam o
pescoço, tronco e membros, ligando o encéfalo ao resto do
corpo e vice-versa. É também mediadora da atividade reflexa
(atos instantâneos, realizados independentemente da
consciência).

 Estende-se da base do crânio até o nível da segunda vértebra


lombar, pouco acima da cintura. A substância cinzenta da
medula espinhal tem o formato da letra H, cujas extremidades
são a raiz anterior, de onde saem as fibras motoras, e raiz
posterior, local de saída das fibras sensitivas.
Medula Espinhal

 Por sua vez, o SNP consiste nos nervos cranianos e espinhais.


Emergindo do tronco cerebral, há 12 pares de nervos cranianos
que exercem funções específicas e nem sempre estão sob
controle voluntário. Os nervos que possuem fibras de controle
involuntário são chamados de sensitivos; e os de controle
voluntário, motores.

 A partir dos órgãos dos sentidos e dos receptores (terminações


nervosas sensitivas), presentes em várias partes do corpo, o SNP
conduz impulsos nervosos para o SNC, e deste para os músculos
e glândulas. Os nervos espinhais são divididos e denominados
de acordo com sua localização na coluna vertebral: 8 cervicais,
12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e um coccígeo.
Medula Espinhal

 Os nervos espinhais são


divididos e denominados de
acordo com sua localização na
coluna vertebral: 8 cervicais,
12 torácicos, 5 lombares, 5
sacrais e um coccígeo.
Medula Espinhal
1° Olfativo ou olfatória conduz ao cérebro os impulsos que nos
(sensitivo) fazem perceber o olfato.
2° óptico (sensitivo) leva ao cérebro os estímulos que geram as
sensações visuais.
3° Motor ocular comum ou responsável pelo movimento dos olhos e
oculomotor (motor) contrição pupilar.
4° Troclear(motor) participa dos movimentos dos olhos.
5° Trigemeo (misto) atua sobre o músculo temporal e masseter,
percebendo as sensações da face e atuando
nas expressões.

6° Abducente (motor) responsável pelo desvio lateral dos olhos

Pares de nervos cranianos


Medula Espinhal
7° Facial (Misto) um dos seus ramos atua nos músculos
mímicos da face;o outro, inerva as
glandulas salivares e lacrimais e conduz a
sensação de paladar captada na língua.
8° Acustico (sensitivo) possui ramos que permitem a audição e
outros, o equilíbrio.
9° Glossofaríngeo (misto) sua porção motora leva estímulos da
faringe e a sensitiva permite que se
perceba o paladar.
10° Vago (misto) abdominais; responsável pela inervação de orgãos
toraxicos e controla as batidas do coração
11° Espinhal ou acessório inerva os músculos do pescoço e do tronco
(motor)
12° Hipoglosso (motor) ajuda nos movimentos da língua

Pares de nervos cranianos


Fisiologia do Sistema Nervoso

 Fisiologicamente, o sistema nervoso pode ser dividido em


sistema nervoso voluntário, que comanda a musculatura
estriada esquelética, e sistema nervoso autônomo (SNA) ou
involuntário, responsável pelo controle da musculatura lisa, do
músculo cardíaco, da secreção de todas as glândulas digestivas e
sudoríparas e de alguns órgãos endócrinos.

 Em sua maioria, as funções do SNA são articuladas em


coordenação com o SNC, em especial o hipotálamo. Do ponto de
vista anatômico e funcional, o SNA divide-se em sistema
simpático e parassimpático, que trabalham de modo antagônico,
porém em equilíbrio.
Fisiologia do Sistema Nervoso

 O sistema simpático estimula atividades realizadas durante


situações de emergência e estresse, nas quais os batimentos
cardíacos se aceleram e a pressão arterial se eleva. O sistema
parassimpático estimula as atividades que conservam e
restauram os recursos corpóreos (por exemplo, diminuição dos
batimentos cardíacos).

 Cada parte do SNA possui duas cadeias de neurônios. O corpo


celular do primeiro neurônio situa-se na coluna referente visceral
do encéfalo e da medula espinhal; o do segundo neurônio, num
gânglio autônomo, externamente ao SNC. O axônio do primeiro
neurônio é chamado fibra pré-sináptica ou pré-ganglionar; o do
segundo, fibra pós-sináptica ou pós-ganglionar.
Fisiologia do Sistema Nervoso

 Os gânglios localizam-se ao longo da coluna vertebral, na


cavidade abdominal, nas proximidades ou interior dos órgãos por
eles inervados Para chegarem à musculatura, as fibras pós-
ganglionares utilizam uma artéria, um nervo independente ou
ligado aos nervos espinhais.

 No sistema simpático, os corpos celulares dos neurônios


préganglionares localizam-se na substância cinzenta (corno
lateral) da medula espinhal, começando no primeiro segmento
torácico e terminando no segundo ou terceiro segmento lombar.
Os corpos celulares dos neurônios pós-ganglionares situam-se
nos gânglios para-vertebrais e prévertebrais.
Fisiologia do Sistema Nervoso

 Por liberarem adrenalina ou noradrenalina, as terminações pós-


ganglionares simpáticas são conhecidas como adrenérgicas. No
sistema parassimpático, os corpos celulares dos neurônios pré-
ganglionares situam-se nos núcleos dos pares III, VII, IX e X de
nervos cranianos no tronco encefálico e no segundo, terceiro e
quarto segmentos sacrais da medula espinhal.

 As fibras pré-ganglionares fazem sinapse com o corpo celular de


um neurônio pós-ganglionar parassimpático, próximo ou na
parede do órgão-alvo. Por liberarem acetilcolina, a maioria das
terminações pós-ganglionares parassimpáticas são denominadas
colinérgicas.
Fisiologia do Sistema Nervoso

 A atividade motora somática depende do padrão e da frequência


de descarga dos neurônios motores espinhais e cranianos. Estes
neurônios, que constituem as vias finais comuns para os
músculos esqueléticos, são bombardeados por impulsos
provenientes de um conjunto de vias e visam função regular a
postura do corpo e possibilitar os movimentos coordenados.

 Estes impulsos servem a três funções distintas: a primeira, é a do


sistema piramidal e das regiões do cérebro correlacionadas com a
gênese e o padrão dos movimentos; a segunda é das múltiplas
vias agrupadas como sistema extrapiramidal ou córtico-estrio-
reticular; a terceira é a do cerebelo, com suas conexões aferentes
e eferentes.
Fisiologia do Sistema Nervoso

 No sistema piramidal os impulsos se originam no córtex cerebral


e estão relacionados com a iniciação de movimentos voluntários
delicados e de habilidade, como o início da marcha. Os
mecanismos extrapiramidais são integrados em diversos níveis
em todo o trajeto, desde a medula espinhal até o córtex
cerebral.

 Controlam o tônus muscular, os movimentos involuntários, as


respostas reflexas, a harmonia e a coordenação do movimento.
O cerebelo está relacionado com a coordenação, ajuste e
uniformidade de movimentos. Recebe impulsos aferentes do
córtex motor, dos proprioceptores e dos receptores tácteis
cutâneos, auditivos e visuais.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Sensorial
 O ambiente que nos circunda repassa uma diversidade de
estímulos que são captados pelo organismo – o chamado
sentido ou sensação. Alguns órgãos, constituídos por células
sensíveis, através de receptores sensoriais são especializados em
perceber esses estímulos externos, repassando a informação à
respectiva área cerebral.

 Seu conjunto recebe a denominação de órgãos dos sentidos. São


constituídos pelos olhos, que permitem a visão; língua, que
sente o paladar; nariz, que possibilita o olfato; orelha, que
conduz a audição e pele, que percebe o estímulo pelo tato.
Olhos

 Os olhos são acondicionados dentro de duas cavidades ósseas


da face: as órbitas oculares. Possuem dois globos oculares que,
por sua vez, são constituídos por três distintas membranas
denominadas esclerótica, coroide e retina. Na parte anterior do
globo ocular, a membrana esclerótica, que o reveste
externamente, forma uma camada transparente chamada
córnea.

 Na coroide, localizam-se os vasos sanguíneos. A retina, sua


membrana mais interna e sensível, é formada por um
prolongamento do nervo óptico.
Olhos

 No interior do globo ocular existe uma substância que ocupa sua


maior parte, chamada humor vítreo, de consistência gelatinosa
e transparente, situada atrás do cristalino – o qual atua como
uma lente, regulando a imagem com nitidez. O cristalino
modifica-se pela ação dos músculos ciliares, comandados pelo
sistema nervoso autônomo.

 Entre o cristalino e a córnea há uma substância líquida e


transparente denominada humor aquoso. Na parte anterior do
olho, a coroide forma um disco cuja cor é variável para cada
pessoa, denominada íris. Em seu centro existe um orifício cujo
tamanho altera-se de acordo com a quantidade de luz que sobre
ele incide, a pupila, também conhecida como “menina dos
olhos”.
Olhos

Estruturas do Olho
Olhos

 O astigmatismo, a hipermetropia e a miopia são as alterações da


visão mais frequentemente encontradas. O astigmatismo é uma
deformação da córnea que ocasiona um desvio da imagem,
fazendo-se necessário o uso de lentes cilíndricas para sua
correção.

 Na hipermetropia, a imagem se forma atrás da retina,


necessitando a utilização de lentes convergentes para que volte
a localizar- se sobre a retina. A miopia é a formação da imagem à
frente da retina, para cuja correção necessita-se o uso de lentes
divergentes, que favorecerão o afastamento da imagem para
que esta coincida sobre a própria retina.
Olhos

 Na parte anterior dos olhos encontram-se as pálpebras


superiores, as inferiores e os cílios, que também atuam como
protetores da visão, impedindo a entrada de corpos estranhos.

 No canto interno da pálpebra são encontrados dois pequenos


orifícios denominados ponto lacrimal superior e inferior. É por
eles que escoam as lágrimas, seja por reação física ou
emocional. A sobrancelha também é considerada fator de
proteção, por dificultar a passagem do suor da testa para os
olhos.
Língua

 A língua, que também participa na emissão do som, é formada


por uma massa de tecido muscular estriado, recoberta por uma
mucosa. Possui forma achatada e ligeiramente cônica. É
composta por duas partes: a superior ou dorsal, onde se
localizam as papilas linguais ou gustativas, cujas terminações
nervosas transmitem a sensação do gosto – processo em que a
saliva representa importante função, haja vista que sua
viscosidade favorece a captação dos estímulos; e a inferior ou
ventral, que pode ser vista quando se eleva a ponta da língua em
direção ao palato (céu da boca).
Língua

Língua
Nariz

 O nariz, órgão do olfato, é formado por duas cavidades, as fossas


nasais, medialmente separadas pelo septo. As fossas nasais
possuem orifícios anteriores, que fazem contato com o meio
externo, denominados narinas, e orifícios posteriores que, por
sua vez, fazem contato com a faringe, chamados de coanas.

 Na parte superior das fossas nasais há um revestimento mucoso


formado por células olfativas localizadas nas terminações do
nervo olfativo (nervo sensitivo), o que nos faz perceber o olfato.
Nariz

Nariz
Nariz

 O sentido do olfato é estimulado através de substâncias


químicas espalhadas no ar, motivo pelo qual é considerado um
sentido “químico”. No interior das fossas nasais encontram-se os
pelos, cuja função é “filtrar” o ar respirado - estes pelos,
juntamente com o muco (secreção da mucosa nasal), retêm na
parede interna do nariz os poluentes, além de diversos
microrganismos trazidos pelo ar.
Orelha

 A orelha, composta por três seguimentos - a orelha externa, a


média e a interna - é o órgão responsável pela audição. A orelha
externa ou pavilhão auditivo possui uma saliência com o
formato oval, flexível devido ao tecido cartilaginoso que a
constitui. Seu canal auditivo externo encaminha o som para seu
interior, agindo como um receptor sonoro.

 Neste canal são encontrados pelos e glândulas (que produzem


uma espécie de cera), cuja função é proteger a parte interna
contra a poeira, microrganismos e outros corpos provenientes
do meio externo.
Orelha

 O tímpano, localizado ao final do canal auditivo externo e no


início da orelha média, é uma fina membrana que vibra de
acordo com as ondas sonoras. Além dele, a orelha média é
composta por três ossículos respectivamente denominados, pela
ordem de localização, martelo, bigorna e estribo – os quais se
articulam recebendo a vibração da membrana timpânica.

 É na orelha média que se inicia um canal flexível que se estende


até a faringe, denominado trompa de Eustáquio, cuja função é
manter o equilíbrio da pressão atmosférica dentro da orelha
média - também conhecida como caixa do tímpano.
Orelha

 Na orelha interna ou labirinto encontra-se o vestíbulo, uma


escavação no osso temporal cuja cavidade superior comunica-se
com os canais semicirculares e recebe a denominação de
utrículo. A cavidade inferior é chamada de sáculo, que se
estende até a cóclea ou caracol - nomes que facilmente nos
levam a imaginar sua forma: um longo tubo enrolado.

 Este tubo contém em sua parte interna o órgão de Corti,


composto por células auditivas com ramificações do nervo
auditivo, sendo o principal responsável pela captação de
estímulos sonoros.
Orelha

Estrutura do Ouvido
Orelha

 Quando há qualquer tipo de som, suas ondas penetram através


do conduto auditivo externo e ao chegarem na membrana
timpânica a fazem vibrar. Os ossículos martelo, bigorna e estribo
recebem esta vibração e a encaminham ao ouvido interno.

 Desta forma, as vibrações chegam à cóclea ou caracol, onde os


estímulos sonoros são captados e identificados devido a
presença de terminações do nervo auditivo.
Orelha

 Na orelha interna, os canais semicirculares são responsáveis


pelo equilíbrio de nosso corpo. A ocorrência de determinada
inflamação ou problemas circulatórios pode gerar uma
disfunção no labirinto, o que acarreta a perda do equilíbrio –
mais frequentemente encontrada em pacientes com problemas
hormonais, hipertensos, estressados e diabéticos.
Pele

 O sentido do tato é transmitido pela pele, que reveste todo o


corpo e possui em sua camada mais profunda as terminações
nervosas – responsáveis por levar a mensagem da sensação ao
cérebro. Com um toque de mão podemos perceber diferenças
como liso e áspero, pequeno e grande, fino e grosso, mole e
duro - além de conseguirmos identificar objetos sem a
necessária utilização da visão.

 A pele apresenta vários tipos de receptores sensoriais, formados


por fibras nervosas cujo agrupamento compõe os corpúsculos
sensoriais, especializados em captar determinados tipos de
sensação – por exemplo, pressão, temperatura, dor. Na extensão
da pele percebemos sensações como frio, calor, dor, coceira,
pressão, ardência, etc.

Você também pode gostar