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ANATOMIA
HUMANA
ESCOLA QUARTEC CURSO ACUPUNTURA/ANATOMIA HUMANA
Prefácio
O aprendizado da anatomia envolve a interação do conteúdo ministrado durante as aulas teóricas com
a visualização e compreensão de peças anatômicas de diversas partes do corpo durante as aulas práticas.
Esta apostila que agora tem em mãos tem como finalidade orientar os alunos durante essas aulas
práticas, através de roteiros que especificam o que será visto em cada aula.
Esperamos que o presente material seja útil para seu completo aprendizado, e que a compreensão do
ser humano venha acrescer em qualidade seu futuro profissional.
Fundamentos de Anatomia
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Nomenclatura:
Posição Anatômica:
Para evitar o uso de termos diferentes nas descrições anatômicas, considerando-se que a posição do
indivíduo pode ser variável, optou-se por uma posição padrão, denominada posição de descrição anatômica
(posição anatômica). Deste modo, os anatomistas referem-se ao objeto de descrição considerando o
indivíduo como se estivesse sempre na posição padronizada.
Planos anatômicos:
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As descrições anatômicas são baseadas em planos imaginários, que passam através do corpo na
posição anatômica. São eles:
Plano Mediano: é um plano vertical que passa longitudinalmente através do corpo, o dividindo em
metades direita e esquerda.
Planos Sagitais: são planos verticais que passam através do corpo paralelos ao plano mediano.
Plano Frontal ou Coronal: são planos verticais que passam através do corpo em ângulos retos com o
plano mediano, dividindo o corpo em segmentos anterior e posterior.
Plano Transversal ou Horizontal: são planos que passam através do corpo em ângulos retos com os
planos coronais e mediano. Dividem o corpo em partes superior e inferior.
Vários adjetivos descrevem as relações das partes do corpo na posição anatômica, comparando as
posições relativas de cada estrutura entre si.
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Termos de Lateralidade:
Estruturas que ocorrem nos lados direito e esquerdo são chamadas de bilaterais (ex.: rins), enquanto
as que ocorrem em apenas um lado são unilaterais (ex.: fígado).
Ipsilateral significa estruturas que ocorrem do mesmo lado do corpo, enquanto contralateral
significa estruturas que ocorrem em lados opostos do corpo. Por exemplo, o polegar direito e o hálux
(“dedão do pé”) direito são ipsilaterais, enquanto a mão direita e a mão esquerda são contralaterais.
Termos de Movimento:
Vários termos descrevem os movimentos dos membros e de outras partes do corpo. São eles os
seguintes:
Rotação envolve virar ou girar uma parte do corpo em relação ao seu eixo longitudinal. Rotação
Medial (ou interna) trás a face anterior de um membro mais para perto do plano mediano, enquanto
Rotação Lateral (ou externa) leva a face anterior para longe do plano mediano.
Circundação é um movimento circular que combina flexão, extensão, abdução e adução, fazendo que a
extremidade distal das partes se mova em forma de círculo.
Oposição é o movimento através do qual a polpa do 1º dedo (polegar) é trazida até a polpa de algum
outro dedo.
Protrusão (ou protração) consiste em um movimento para frente (como é possível fazer com o ombro
ou com a mandíbula), e Retrusão (ou retração) é um movimento para trás.
Eversão é o movimento da sola do pé para longe do plano mediano, e inversão é o movimento da sola
do pé em direção ao plano mediano.
Pronação é o movimento do antebraço e mão, de forma que a palma da mão fique voltada
posteriormente. Já na Supinação a palma da mão fica voltada anteriormente.
Fundamentos de Osteologia
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Periósteo:
O osso se encontra sempre revestido por uma delicada membrana conjuntiva, com exceção das
superfícies articulares. Esta membrana é denominada periósteo.
Os ossos são altamente vascularizados. As artérias do periósteo penetram no osso, irrigando-o e
distribuindo-se na medula óssea. Por esta razão, desprovido do seu periósteo o osso deixa de ser nutrido e
morre.
Esqueleto Axial
O esqueleto axial é formado pelos ossos do crânio, pelos ossos da face e pelos ossos que constituem
a coluna vertebral.
CÓCCIX
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COSTELAS:
1. Costelas Verdadeiras
(1ª – 7ª)
2. Costelas Falsas
(8ª – 10ª)
3. Costelas Flutuantes
(11ª e 12ª)
4. Cabeça da Costela
5. Colo da Costela
6. Tubérculo da Costela
7. Ângulo da Costela
8. Corpo da Costela
9. Sulco da Costela
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ESTERNO:
1. Manúbrio
2. Incisura Jugular
3. Incisura Clavicular
4. Ângulo do Esterno
(Manubrioesternal)
5. Corpo do Esterno
6. Incisuras Costais
7. Processo Xifóide
Vista Anterior
MANDÍBULA:
1. Processo Condilar 6. Incisura da Mandíbula
2. Processo Coronóide 7. Corpo da Mandíbula
3. Ramo da Mandíbula 8. Processo Alveolar
4. Forame Mandibular 9. Protuberância Mental
5. Ângulo da Mandíbula 10. Forame Mental
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Esqueleto Apendicular
É constituído pelos ossos dos membros, incluindo os que formam os cíngulos dos membros superior
e inferior.
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Braço: úmero
Clavícula:
1. Extremidade Acromial
2. Extremidade Esternal
3. Sulco do M. Subclávio
4. Corpo da Clavícula
5. Tubérculo Conóide
Clavícula Direita
Escápula:
8. Espinha da Escápula
1. Ângulo Inferior 9. Acrômio
2. Ângulo Superior 10. Fossa Supra-espinal
3. Margem Lateral 11. Fossa Infra-espinal
4. Margem Medial 12. Fossa Subescapular
5. Margem Superior 13. Cavidade Glenoidal
6. Incisura da Escápula 14. Colo da Escápula
7. Processo Coracóide
Escápula Direita
Úmero:
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Úmero Direito
Ulna: Rádio:
1. Olecrano 8. Cabeça do Rádio
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Mão:
A) Carpo: B) Metacarpo:
1. Escafóide 10. Iº - Vº Metacarpais
2. Semilunar
3. Piramidal
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4. Pisiforme C) Falanges:
5. Trapézio 11. Proximal
6. Trapezóide 12. Média (exceto polegar)
7. Capitato 13. Distal
8. Hamato
9. Ossos Sesamóides
Mão Direita
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Osso do Quadril:
Ílio:
Ísquio:
Pube:
Acetábulo:
25. Acetábulo
26. Face Semilunar
27. Fossa do Acetábulo
Quadril Direito
Fêmur:
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Patela:
1. Base
2. Ápice
Patela Direita
Tíbia: Fíbula:
1. Côndilo Medial 6. Cabeça da Fíbula
2. Côndilo Lateral 7. Colo da Fíbula
3. Eminência Intercondilar 8. Maléolo Lateral
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4. Tuberosidade da Tíbia
5. Maléolo Medial
Pé:
A) Tarso:
1. Tálus
2. Calcâneo
3. Navicular
4. Cubóide
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5. Cuneiforme Medial
6. Cuneiforme Intermédio
7. Cuneiforme Lateral
8. Ossos Sesamóides
B) Metatarso:
9. Iº - Vº Metatarsianos
C) Falanges:
10. Proximais
11. Médias (exceto Hálux)
12. Distais
Pé Direito
Fundamentos de Artrologia
Articulações da Cabeça
ARTICULAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR
Extremidade acromial da clavícula e acrômio da escápula.
Articulação sinovial do tipo plano.
Ligamento acromioclavicular.
Ligamento coracoclavicular (lig. trapezóide e lig. conóide)
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ARTICULAÇÃO DO OMBRO:
Cabeça do úmero e cavidade glenoidal da escápula.
Articulação sinovial do tipo esferóide, multiaxial.
Lábio glenoidal (borda fibrosa que alarga e aprofunda a cavidade).
Cápsula articular (reforçada por um espessamento anterior).
Ligamentos glenoumerais superior, médio e inferior.
Ligamentos acessório: lig. coracoumeral e lig. coracoacromial.
Manguito rotador (estabilização): m. supraespinhal, m. infraespinhal, m. redondo menor e m.
subescapular.
Movimentos: abdução, adução, flexão, extensão, rotações interna e externa e circundação.
Obs: o tendão da cabeça longa do m. bíceps braquial passa dentro da articulação.
ARTICULAÇÃO DO COTOVELO:
Úmero, ulna e rádio.
Articulação sinovial em dobradiça (gínglimo).
Compreende três articulações envolvidas por uma única cápsula articular:
1. Articulação umeroulnar: tróclea do úmero e incisura troclear da ulna.
a. dobradiça (gínglimo).
b. ligamento colateral da ulna.
c. movimentos de extensão e flexão.
2. Articulação umerorradial: capítulo do úmero e cabeça do rádio.
a. ligamento colateral do rádio.
3. Articulação radioulnar proximal: cabeça do rádio e incisura radial da ulna.
a. articulação do tipo trocóide (em pivô).
b. ligamento anular do rádio.
c. movimentos de pronação e supinação;
ARTICULAÇÕES INTERCARPAIS
Interligam os ossos carpais nas fileiras proximal e distal.
Articulações sinoviais planas.
Permitem pouco movimento de deslizamento.
ARTICULAÇÃO CARPOMETACÁRPICA
Destaca-se a articulação do polegar (articulação sinovial em sela), que permite vários movimentos
(flexão, extensão, abdução, adução e circundação).
Demais articulações carpometacárpicas são sinoviais do tipo plana.
ARTICULAÇÕES METACARPOFALÂNGICAS
Ossos metacarpais e bases das falanges proximais.
Articulações sinoviais do tipo elipsóide (condilar).
Movimentos: flexão, extensão, abdução, adução e circundação (2º ao 5º dedos) e flexão, extensão, e
limitadas adução e abdução no polegar.
ARTICULAÇÕES INTERFALÂNGICAS
Articulações sinoviais em dobradiça.
Movimentos: flexão e extensão.
ARTICULAÇÃO DO QUADRIL
Cabeça do fêmur e acetábulo.
Articulação sinovial do tipo esferóide.
Lábio do acetábulo (aumenta a profundidade do acetábulo)
Ligamentos intracapsulares:
a. ligamento da cabeça do fêmur.
b. ligamento transverso do acetábulo.
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ARTICULAÇÃO DO JOELHO:
Fêmur, patela e tíbia. A fíbula não está envolvida na articulação do joelho.
Articulação sinovial em dobradiça (gínglimo).
Cápsula articular fibrosa, e suas expansões:
a. tendão do quadríceps.
b. patela.
c. ligamento patelar (tendão patelar).
Estruturas extracapsulares:
a. ligamento colateral tibial.
b. ligamento colateral fibular.
Estruturas intracapsulares (intrarticulares):
a. ligamentos cruzados anterior e posterior.
b. ligamentos transversos (porções anteriores dos meniscos lateral e medial).
c. meniscos medial e lateral.
Movimentos: flexão, extensão e discreta rotações medial e lateral quando a coxa está fletida.
ARTICULAÇÕES TIBIOFIBULARES
Tíbia e fíbula.
Articulações tibiofibulares proximal e distal.
Fundamentos de Miologia
O tecido muscular é caracterizado pela propriedade de contração e distensão de suas células, o que
determina a movimentação dos membros e das vísceras. Há, basicamente, três tipos de tecido muscular:
liso, estriado esquelético e estriado cardíaco.
A célula muscular está normalmente sob o controle do sistema nervoso. Cada músculo possui o seu
nervo motor, o qual se divide em muitos ramos para poder controlar todas as células do músculo. As
divisões mais delicadas, microscópicas, destes ramos terminam, em cada célula muscular, num mecanismo
especializado conhecido como placa motora. Quando o impulso nervoso passa através do nervo, a placa
motora transmite o impulso à célula muscular determinando a sua contração. Se o impulso para a contração
resulta de um ato de vontade diz-se que o músculo é voluntário; se o impulso parte de uma porção do
sistema nervoso sobre o qual o indivíduo não tem controle consciente, diz-se que o músculo é involuntário.
Os músculos voluntários distinguem-se histologicamente dos involuntários por apresentar estriações
transversais. Por esta razão são estriados, enquanto os involuntários são lisos. O músculo cardíaco, por sua
vez, assemelha-se ao músculo estriado, histologicamente, mas atua como músculo involuntário, além de se
diferenciar dos dois por uma série de características que lhe são próprias. Também é possível distinguir os
músculos estriados dos lisos pela topografia: os primeiros são esqueléticos, isto é, estão fixados, pelo menos por uma
das extremidades, ao esqueleto; os últimos são viscerais, isto é, são encontrados na parede das vísceras de diversos
sistemas do organismo. Entretanto, músculos estriados são também encontrados em algumas vísceras, e músculos
lisos podem estar, excepcionalmente, submetidos ao controle da vontade.
Músculo Esquelético:
Tem contração voluntária, sendo inervado pelo sistema
nervoso central. As contrações (fortes e rápidas) do músculo
esquelético permitem os movimentos dos diversos ossos e
cartilagens do esqueleto.
Músculo Cardíaco:
Forma a parede do coração (miocárdio). Sua contração não
está sobre o controle voluntário, mas sim pela parte
autônoma do sistema nervoso.
Músculo Liso:
Não possui estriações. É encontrado nas paredes das
vísceras ocas e vasos sanguíneos, na íris e na pele (músculo
eretor dos pelos), entre outros. Tem contração involuntária,
sendo inervado pela parte autônoma do sistema nervoso.
Músculos Esqueléticos
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A maioria dos músculos esqueléticos está fixada, direta ou indiretamente, nos ossos, através de
tendões, cartilagens, ligamentos, aponeuroses (tendões mais largos) ou por alguma combinação dessas
estruturas. Alguns músculos esqueléticos estão fixados a órgãos (o bulbo do olho, por exemplo), à pele
(como os músculos da face) e à túnica mucosa (músculos intrínsecos da língua).
Quando um músculo se contrai e diminui, uma de suas fixações normalmente permanece fixa e a
outra se move. As fixações dos músculos são geralmente descritas como origem (extremidade proximal, que
geralmente fica fixa) e inserção (extremidade distal, que geralmente é móvel). Entretanto, alguns músculos
podem agir em ambas as direções em circunstâncias diferentes.
Os músculos esqueléticos são chamados de músculos voluntários porque seu movimento depende da
vontade da pessoa, apesar de algumas de suas ações serem automáticas. A denominação de estriado é
decorrente do aspecto listrado de suas fibras ao microscópio.
Um músculo esquelético típico possui uma porção média e extremidades. A porção média é carnosa,
vermelha in vivo e recebe o nome de ventre muscular. Nele predominam as fibras musculares, sendo,
portanto a parte ativa do músculo, isto é, a parte contrátil. Já as extremidades podem se apresentar cilíndricas
ou então com forma de fita, sendo chamadas de tendões; ou terem aspecto laminar, recebendo a
denominação de aponeuroses.
Tanto tendões quanto aponeuroses são esbranquiçados e brilhantes, muito resistentes e praticamente
inextensíveis, constituídos por tecido conjuntivo denso, rico em fibras colágenas. De um modo geral, os
músculos se prendem a duas áreas do corpo, em geral no esqueleto, por seus tendões e aponeuroses,
enquanto o ventre muscular não se prende, para que possa contrair-se livremente.
Estes conceitos, que são genéricos, admitem algumas exceções, tais como: os tendões ou
aponeuroses nem sempre se prendem ao esqueleto, podendo fazê-lo em outros elementos (cartilagem,
cápsulas articulares, septos intermusculares, derme, tendão de outro músculo etc.) e, em um grande número
de músculos, as fibras dos tendões têm dimensões tão reduzidas que se tem a impressão de que o ventre
muscular se prende diretamente no osso.
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Fáscia Muscular:
A fáscia muscular é uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo. A espessura da
fáscia muscular varia de músculo para músculo, dependendo de sua função. Às vezes a fáscia muscular é
muito espessada e pode contribuir para prender o músculo ao esqueleto.
Para que os músculos possam exercer eficientemente um trabalho de tração ao se contrair, é
necessário que eles estejam dentro de uma bainha elástica de contenção, papel executado pela fáscia
muscular (sem ela, portanto, o músculo não conseguiria gerar força de contração). Outra função
desempenhada pelas fáscias é permitir o fácil deslizamento dos músculos entre si.
Em algumas regiões do corpo as fáscias musculares vão além de serem somente envoltórios
musculares. Assim, nos membros, além de cada músculo ser envolvido por sua fáscia, todo o conjunto
muscular também é envolto por uma fáscia mais espessa, da qual partem prolongamentos que vão se fixar
nos ossos, separando grupos musculares. Estes prolongamentos são chamados de septos intermusculares. A
fáscia muscular que envolve os músculos da parede abdominal apresenta setores ocupados por músculos e
setores desocupados.
Movimento Muscular:
A unidade estrutural de um músculo é uma fibra muscular. Uma unidade motora é a unidade
funcional que consiste em um neurônio motor e fibras musculares que ele controla.
A quantidade de fibras motoras em uma unidade motora é muito variável, variando de acordo com o
tamanho e com a função do músculo. Grandes unidades motoras, nas quais um neurônio supre várias
centenas de fibras musculares, estão nos grandes músculos do tronco e da coxa. Nos pequenos músculos do
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bulbo do olho e da mão, em que movimentos precisos são necessários, as unidades motoras incluem apenas
umas poucas fibras musculares.
Os movimentos resultam da ativação de um número crescente de fibras motoras. Durante os
movimentos, a ação de cada músculo pode ser classificada desta forma:
Agonistas: são os músculos principais que ativam um movimento específico no corpo. Eles se contraem
ativamente para produzir o movimento desejado.
Antagonistas: são músculos que se opõe à ação dos agonistas.
Sinergistas: impedem algum movimento indesejado que poderia ser produzido pelo agonista, além de
auxiliar o movimento.
Fixadores: fixam um segmento do corpo para permitir um apoio básico nos movimentos executados por
outros músculos.
O mesmo músculo pode atuar como um agonista, antagonista, sinergista ou fixador, sob condições
diferentes. Abaixo, segue um exemplo dessas funções musculares.
O músculo braquial quando se contrai é o agente ativo na flexão do antebraço, sendo, portanto um
agonista. O músculo tríceps braquial, que se opõe a este movimento, retardando-o, para que ele não ocorra
bruscamente, atua como um antagonista. Na flexão dos dedos, os músculos flexores dos dedos são os
agonistas. Como os tendões de inserção destes músculos cruzam a articulação do punho, a tendência natural
é provocar também a flexão da mão. Isto não ocorre porque outros músculos, como os extensores do carpo,
se contraem e desta forma estabilizam a articulação do punho, impedindo o movimento indesejado e atuando
assim como sinergistas.
Músculo Função
M. Frontal Eleva os supercílios e a pele da testa.
M. Orbicular da boca Esfíncter da abertura oral, comprime e protrai os lábios.
M. Mentual Eleva e protrai o lábio inferior.
M. Bucinador Comprime a bochecha contra os dentes molares (ajuda a
mastigação), expele ar da cavidade oral (instrumentos de
sopro) e puxa a boca para o lado (acionado unilateralmente).
M. Orbicular do Olho Fecha as pálpebras.
M. Nasal Parte transversa (compressor da narina) e parte alar (dilatador
da narina).
M. Zigomático maior Puxa o ângulo da boca supero-lateralmente (sorriso).
M. Zigomático menor Ajuda a elevar o lábio superior e aprofundar o sulco
nasolabial.
M. Risório Puxa o canto da boca lateralmente.
M. Prócero Puxa a parte medial da sobrancelha para baixo.
MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO:
Músculo Função
M. Temporal Eleva e retrai a mandíbula.
M. Masseter Eleva e protrai a mandíbula.
M. Pterigóideo Lateral Conjuntamente protraem a mandíbula e abaixam o mento.
Agindo alternadamente produzem movimento da mandíbula
de lado a lado.
M. Pterigóideo Medial Conjuntamente ajudam a elevar a mandíbula.
Agindo alternadamente produzem movimento de moagem.
MÚSCULOS DO PESCOÇO:
Músculo Função
M. Platisma Puxa o canto da boca para baixo, puxa a pele do pescoço
superiormente.
M. Esternocleidomas- Bilateralmente, flete o pescoço. Unilateralmente, flete e gira
tóideo (ECM) lateralmente a cabeça e o pescoço.
M. Esplênio da Cabeça Flete lateralmente e gira a cabeça e o pescoço para o mesmo
lado. Bilateralmente, estendem a cabeça e o pescoço.
M. Levantador da Eleva e aduz a escápula.
Escápula
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TÓRAX ANTERIOR:
Músculo Função
M. Peitoral Maior Adução e rotação medial do braço.
M. Peitoral Menor Abaixa o ombro, estabiliza a escápula.
M. Subclávio Fixa e abaixa a clavícula.
M. Serrátil Anterior Protrai a escápula e a mantém contra a parede torácica.
M. Intercostal Externo Eleva as costelas (inspiração).
M. Intercostal Interno Abaixa as costelas (expiração).
M. Intercostal Íntimo Acredita-se que sua ação é a mesma dos mm. intercostais
internos, apesar de indeterminada (ref. Moore).
M. Transverso do Tórax Abaixa as costelas.
TÓRAX POSTERIOR:
Músculo Função
M. Trapézio Superior: eleva o ombro (escápula).
Média: aduz as escápulas.
Inferior: deprimem (abaixam) a escápula.
M. Grande Dorsal (ou Extensão, adução e rotação medial do braço.
Latíssimo do Dorso)
M. Rombóide Menor
Adução, elevação e retração da escápula.
M. Rombóide Maior
M. Serrátil Posterior Eleva as costelas (auxílio na inspiração).
Superior
M. Serrátil Posterior Abaixa as costelas (auxílio na expiração).
Inferior
M. Iliocostal
São as partes do M. Eretor da Espinha, cuja função é
M. Longuíssimo do Tórax
estender a coluna vertebral.
M. Espinhal
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MÚSCULOS DO ABDÔMEN:
Músculo Função
M. Oblíquo Externo do
Abdômen
Comprime e suporta as vísceras, flete e gira o tronco.
M. Oblíquo Interno do
Abdômen
M. Transverso do Comprime e suporta as vísceras abdominais.
Abdômen
M. Reto Abdominal Comprime as vísceras e flete o tronco.
M. Cremaster Traciona os testículos para cima.
M. Quadrado Lombar Estende e flete lateralmente a coluna vertebral.
OMBRO:
Músculo Função
M. Deltóide Parte Anterior (Clavicular): flexão e rotação medial
Parte Média (Acromial): abdução do braço
Parte Posterior (Espinhal): extensão e rotação lateral
M. Supra-espinal Auxilia o m. deltóide na abdução do braço
M. Infra-espinal
Rotação lateral do braço
M. Redondo Menor
M. Redondo Maior
Adução e rotação medial do braço
M. Subescapular
BRAÇO (ANTERIOR):
Músculo Função
M. Bíceps Braquial
Supinação e flexão (quando supinado) do antebraço
(Cabeças Longa e Curta)
M. Braquial Flexão do antebraço
M. Coracobraquial Adução e auxílio na flexão do braço
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BRAÇO (POSTERIOR):
Músculo Função
M. Tríceps Braquial (Cabeças
Extensão do antebraço
Longa, Lateral e Medial)
M. Ancôneo Auxilia o tríceps na extensão do antebraço
Tabaqueira Anatômica: formada pelos tendões dos mm. abdutor longo do polegar, extensor curto do polegar
e extensor longo do polegar. É visível quando o polegar é completamente estendido.
REGIÃO GLÚTEA:
Músculo Função
M. Glúteo Máximo Extensão e rotação lateral da coxa
M. Glúteo Médio
Abdução e rotação medial da coxa
M. Glúteo Mínimo
M. Piriforme
M. Obturador Interno
M. Gêmeo Superior Rotação lateral da coxa e ajudam a estabilizar a cabeça
M. Gêmeo Inferior do fêmur no acetábulo
M. Quadrado Femoral
M. Obturador Externo
M. Ilíaco
Estende a fáscia lata, fazendo abdução, flexão e rotação
M. Tensor da Fáscia Lata
medial da coxa
Flexão, abdução e rotação lateral da coxa e flexão da
M. Sartório
perna.
M. Pectíneo Adução e flexão da coxa
COXA (ANTERIOR) e REGIÃO ILÍACA (Cont.):
Quadríceps Femoral:
M. Reto Femoral Extensão da perna e flexão da coxa
M. Vasto Lateral
M. Vasto Medial Extensão da perna
M. Vasto Intermédio
COXA (MEDIAL):
Músculo Função
M. Adutor Longo
Adução da coxa
M. Adutor Curto
Adução da coxa. Também participa da flexão (parte
M. Adutor Magno
adutora) e da extensão (parte do jarrete) da coxa.
M. Grácil Adução da coxa e flexão da perna
PERNA (ANTERIOR):
Músculo Função
M. Tibial Anterior Flexão dorsal e inversão do pé
Extensão dos quatro dedos laterais e flexão dorsal do
M. Extensor Longo dos Dedos
pé
M. Extensor Longo do Hálux Extensão do hálux e flexão dorsal do pé
M. Fibular Terceiro Flexão dorsal e auxílio na eversão do pé
PERNA (LATERAL):
Músculo Função
M. Fibular Longo
Eversão e fraca flexão plantar do pé
M. Fibular Curto
Sistema Circulatório
O sistema circulatório é dividido em sistema circulatório sangüíneo, com as funções de levar
oxigênio e nutrientes aos tecidos e deles trazer seus produtos, que serão redistribuídos a outros órgãos e
tecidos, tendo seus resíduos eliminados pelo sistema urinário; e em sistema circulatório linfático, que
transporta para a circulação sangüínea o excesso de líquido intersticial, bem como substâncias de grande
tamanho, incapazes de passar diretamente dos tecidos para os vasos. Além disso, ajuda na defesa do
organismo contra o ataque de microrganismos.
Em síntese o sistema circulatório pode ser dividido em: sistema sangüíneo, composto por artérias,
veias, capilares e coração, e cujo fluido circulante é o sangue, e em sistema linfático, formado por vasos
linfáticos, linfonodos, tonsilas e órgãos hematopoiéticos, e cujo fluido é a linfa.
No sistema linfático circula a linfa, composto claro e aquoso com a constituição semelhante à do
plasma sanguíneo. Tal sistema é formado por:
Plexos linfáticos, que são redes de capilares extremamente pequenos que se originam entre as células
nos tecidos;
Vasos linfáticos, que se originam dos plexos linfáticos, e em cujos trajetos estão localizados os
linfonodos;
Órgãos linfáticos: linfonodos, baço, timo, tonsilas (antigamente conhecidas como amígdalas),
nódulos e tecido linfático difuso, encontrado principalmente nas paredes do canal alimentar.
Linfócitos circulantes.
A linfa coletada nos tecidos geralmente segue o trajeto vasos linfáticos superficiais vasos
linfáticos profundos. Após atravessar um ou mais linfonodos, a linfa vai passando para vasos linfáticos cada
vez maiores, até desembocar em um dos dois grandes ductos linfáticos do corpo: o ducto linfático direito
(que drena a área do membro superior direito e a metade direita da cabeça, do pescoço e do tórax), ou o
ducto torácico (que drena a linfa de todo o restante do corpo). Tais ductos desembocam nas veias
braquiocefálicas, na altura da junção destas veias com as veias jugulares internas, tanto no lado direito, com
o ducto linfático direito, quanto no lado esquerdo, com o ducto torácico.
As funções do sistema linfático são:
Drenagem de líquido excedente dos tecidos e transporte da linfa para o sistema venoso;
Formação de um mecanismo de defesa, que ‘filtra’ a linfa por meio dos linfonodos, auxiliando as
células imunologicamente competentes, como os próprios linfócitos;
Absorção da gordura dos alimentos. Vasos linfáticos conhecidos como lácteos retiram a gordura da
luz intestinal e a transportam através do ducto torácico para o sistema venoso.
Para que haja a completa compreensão por parte do aluno das funções do sistema linfático, cabe aqui
nos remetermos ao sistema cardiovascular. O corpo, composto em grande parte de fluidos, necessita que
haja uma constante circulação. A bomba principal que mantém este sistema funcionando é o coração. Do
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coração, os fluidos vão para o sistema vascular e daí para os diversos tecidos do corpo. Gera-se assim a
necessidade de que se retorne tais fluidos para o sistema vascular e para o coração, fechando desta forma a
circulação. As veias são o sistema de retorno do sangue para o coração, e são auxiliadas nesta função pelos
vasos linfáticos, que drenam diversos compartimentos, aumentando assim a quantidade de fluido que retorna
ao coração. Este aumento é da ordem de 2 litros a cada 24 horas. O sistema vascular linfático não apresenta
impulsão pelo coração, necessitando da ação massageadora dos músculos próximos para a condução da
linfa.
Tais aspectos nos permitem entender o porquê de encontrarmos edema (inchaço) nos tecidos quando
há obstrução dos vasos linfáticos que o drenam, pois há acúmulo de fluido. Essa situação é encontrada, por
exemplo, em caso de infecção pelo verme Wuchereria bancroft, conhecido popularmente como o agente
causador da elefantíase. Além disso, os vasos linfáticos oferecem uma variedade de vias para que células
cancerosas se desloquem de um local para outro (metástases). O encontro de linfonodos aumentados é um
indicativo de vários tipos de infecção.
O sistema circulatório sangüíneo é formado por um circuito fechado de tubos (artérias, capilares e
veias), dentro dos quais circula o sangue, e por um órgão central, o coração, que atua como uma bomba.
O sangue, sob alta pressão, deixa o coração e é distribuído para o corpo por um sistema ramificado
de artérias de parede espessa. Os vasos de distribuição final, as arteríolas, entregam sangue oxigenado para
os capilares, que formam o leito capilar, onde ocorre a troca de oxigênio, nutrientes, resíduos e outras
substâncias com o líquido extracelular.
O sangue proveniente do leito capilar penetra nas vênulas de parede fina, que drenam para pequenas
veias que se abrem nas grandes veias. As maiores veias (veias cavas superior e inferior) retornam sangue
pouco oxigenado para o coração.
Todas as vísceras e estruturas torácicas, exceto os pulmões, estão localizadas no mediastino, que é o
compartimento central da cavidade torácica, sendo coberto pela pleura mediastinal.
O mediastino é dividido em partes superior e inferior, sendo a última subdividida em partes anterior,
média e posterior. O mediastino médio contém o coração e os grandes vasos.
Um saco fibrosseroso, chamado de pericárdio, envolve o coração e as raízes dos seus grandes vasos.
O coração é uma bomba com a função de impelir o sangue para todas as partes do corpo. Ele é
formado por quatro câmaras: dois átrios (direito e esquerdo) e dois ventrículos (direito e esquerdo).
A parede de cada câmara é formada por três lâminas:
Endocárdio: lâmina interna, fina, formada pelo endotélio e por tecido conectivo;
Miocárdio: camada média, composta de músculo cardíaco;
Epicárdio: lâmina externa, fina, formada pelo pericárdio.
A vascularização do coração não é feita diretamente pelos grandes vasos. O suprimento arterial do
coração é feito pelas artérias coronárias direita e esquerda (ramos da parte ascendente da aorta), bem como
seus ramos, e a drenagem venosa fica a cargo do seio coronário.
Caminho do Sangue:
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O sangue pouco oxigenado (venoso) chega ao átrio direito através das veias cavas superior e inferior,
passa pela valva tricúspide e chega no ventrículo direito, que bombeia o sangue para os pulmões, através do
tronco pulmonar (artérias pulmonares) para oxigenação.
Agora oxigenado, o sangue arterial retorna do pulmão pelas veias pulmonares até o átrio esquerdo,
passa pela valva bicúspide e chega ao ventrículo esquerdo, o qual bombeia o sangue através da artéria aorta
para todo o corpo.
Novamente o sangue retorna ao coração pelas veias cavas, fechando o circuito. O trajeto coração –
pulmão – coração é chamado de Circulação Pulmonar, enquanto a Circulação Sistêmica consiste no sangue
passando pelo coração – corpo – coração.
A contração dos ventrículos (que impulsionam o sangue) é chamada de sístole, enquanto seu
relaxamento, entre as contrações, é a diástole.
Vascularização:
Vasos: artérias e veias
Artérias: vasos eferentes (“que saem”) do coração
Veias: vasos aferentes (“que chegam”) do coração
Ramos: divisões das artérias
Tributárias: veias que se unem
Sistema Cardiovascular
Coração:
Ventrículo Direito:
Cone Arterial (Infundíbulo) Músculos Papilares
Trabéculas Cárneas Septo Interventricular
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Ventrículo Esquerdo:
Forma o ápice do coração
Paredes duas vezes mais espessas que as do ventrículo direito Trabéculas
Cárneas (mais finas e mais numerosas que do VD) Músculos Papilares
(maiores que do VD)
Vasos da Base:
Artéria Aorta (partes ascendente, arco e torácica)
Veias Cavas (superior e inferior)
Tronco Pulmonar (origina as artérias pulmonares direita e esquerda)
Veias Pulmonares (superior direita, inferior direita, superior esquerda e inferior esquerda)
Principais Vasos:
ARTÉRIAS:
Tórax Principais Ramos
Arco da Aorta Tronco BraquiocefálicoA. Carótida Comum Direita
A. Subclávia Direita
A. Carótida Comum Esquerda
A. Subclávia Esquerda
A. Aorta Ascendente Aa. Coronárias Direita e Esquerda
A. Aorta Torácica Aa. Intercostais Posteriores
Aa. Frênicas Superiores
Abdômen Principais Ramos
A. Aorta Abdominal Tronco Celíaco
A. Mesentérica Superior
A. Mesentérica Inferior
A. Frênicas Inferiores
A. Gonadais (testiculares ou ováricas)
Aa. Ilíacas Comuns Esquerda e Direita
Tronco Celíaco A. Gástrica Esquerda
A. Hepática Comum
A. Esplênica
Pelve / Membro Inf. Principais Ramos
As. Ilíacas Comuns D e E Aa. Ilíacas Externa e Interna
A. Ilíaca Externa A. Femoral (continua como A. Poplítea)
A. Poplítea A. Tibial Anterior e A. Tibial Posterior
A. Tibial Posterior A. Fibular
Ombro / Membro Sup. Principais Ramos
A. Subclávia A. Axilar
A. Axilar A. Braquial
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VEIAS:
Profundas Principais Tributárias
V. Cava Superior Vv. Braquiocefálicas Direita e Esquerda
V. Braquiocefálica V. Jugular Interna
V. Subclávia
V. Cava Inferior Vv. Ilíacas Comuns Direita e Esquerda
Superficiais Localização
V. Safena Magna
Membro Inferior
V. Safena Parva
V. Cefálica
Membro Superior
V. Basílica
Sistema Respiratório
Conduzir o ar atmosférico até um local onde ele
possa ser captado, retirar os gases indesejáveis do sangue e
expeli-los, realizar a fonação e manter o equilíbrio ácido-base
pela eliminação de gás carbônico. Estas são as funções mais
importantes deste sistema altamente especializado, composto
de ductos, superfícies de trocas de compostos e várias outras
estruturas. Como é facilmente perceptível, a maior parte do
trato respiratório conduz ar, retirando-o da atmosfera,
aquecendo-o com o calor dos vasos sanguíneos subjacentes,
adicionando água e retirando corpos estranhos, preparando-o
assim para ser utilizado pelo organismo no interior dos
pulmões.
A entrada do ar é preferencialmente pela cavidade nasal, mas pode também ocorrer pela boca. O
local onde entra é conhecido como vestíbulo, um termo que genericamente significa entrada (como o
vestíbulo para se entrar em um prédio, vestibular para entrar na faculdade, etc), atinge depois a cavidade
nasal, amplo espaço onde irá circular, sendo aquecido, hidratado e filtrado pelo muco e por pelos aí
existentes. Nesta cavidade existem terminações nervosas localizadas em seu teto que são responsáveis pela
sensação olfativa. Existem ainda diversas comunicações com áreas escavadas internamente em ossos
adjacentes, os seios paranasais. Estas escavações são necessárias para dar o timbre na voz, para tornar o
crânio mais leve e para fazer o ar circular em um trajeto maior, uma vez que todas essas reentrâncias nos
ossos comunicam-se direta ou indiretamente à cavidade nasal, aumentando deste modo a filtração e o
aquecimento. Sé há um processo inflamatório, por exemplo, que obstrua tais comunicações, poderá haver
um aumento da pressão no interior destes seios, causando uma dor considerável, a sinusite. No interior da
cavidade nasal ainda há uma comunicação com o ducto lacrimonasal, que recebe secreção da glândula
lacrimal, nos olhos. Já reparou que assoamos o nariz depois de chorarmos? Isso é devido ao fato das
lágrimas que não escorrem pela face se acumularem nessa região.
Ao seguir seu trajeto, o ar atravessa as coanas, abertura que comunica a cavidade nasal com a
faringe. Esta estrutura anatômica é subdividida em três: a nasofaringe, a orofaringe e a laringofaringe. As
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duas últimas porções são compartilhadas tanto pelo sistema respiratório quanto pelo sistema digestório.
Existem duas formações de tecido linfóide encontradas nesta área: a tonsila faríngea e a tonsila palatina,
vistas na nasofaringe e na laringofaringe, respectivamente.
Após atravessar as três porções da faringe, o ar adentra na laringe, local onde predominam
cartilagens e tecido fibroso, destacando-se as cartilagens tireóide, cricóide e epiglote, facilmente visíveis em
sala. O interior deste conjunto abriga uma especialização do da laringe, as pregas vocais, aparelho
fibromuscular responsável pela fonação.
Seguindo adiante se adentra na traquéia, também formada basicamente por cartilagens e tecido
fibroso, sendo basicamente um ducto sem maiores particularidades anatômicas, e sim microscópicas. Na
altura da 4ª vértebra torácica ela se divide nos brônquios principais direito e esquerdo, que penetram nos
pulmões. A ramificação a partir daí torna-se constante, originando assim a árvore bronquial, com os
brônquios principais dando origem aos brônquios lobares, que originam os brônquios segmentares, que se
dividem em bronquíolos terminais, que fornecem os bronquíolos respiratórios, subdividindo-se em ductos
alveolares que desembocam em sacos alveolares, revestidos de alvéolos. Ufa...
“O alvéolo é a unidade estrutural básica de troca gasosa no pulmão” (Cormack, 1993). Isso significa
que todas as funções do sistema respiratório já citadas, excluindo a fonação, são realizadas neste pequeno
espaço côncavo, onde os capilares sanguíneos quase não encontram resistência para executar as trocas
gasosas. Três quintos do volume pulmonar são sangue e vasos sanguíneos.
Os pulmões direito e esquerdo têm diversas características que os diferenciam, a começar pelo
número de lobos: 3 no direito, 2 no esquerdo. O volume dos dois também não é igual, assim como a
orientação dos brônquios principais que neles penetram. Veja mais abaixo, no guia da aula prática, para
maiores detalhes. As diversas marcas encontradas nos pulmões post mortem também ajudam a diferenciá-
los. Mas porquê tais marcas são encontradas apenas em peças anatômicas e não in vivo? Por ser um órgão
que está constantemente aumentando e diminuindo de tamanho, o pulmão precisa ser flexível e adaptar-se a
todo espaço possível, não tendo, portanto, uma forma definida, característica provocada pela forma de
conservação.
É importante mencionamos a estrutura externa que envolve o pulmão, fornecendo um meio quase
sem atrito necessário à sua expansão: a pleura, fina camada de serosa semelhante ao pericárdio e ao
peritônio. O órgão não entra assim em contato nem com o gradil costal nem com o diafragma.
A respiração é um fenômeno baseado no princípio de que volume e pressão são grandezas
inversamente proporcionais, isto é, enquanto uma aumenta outra diminui. O trabalho de contração dos
músculos da caixa torácica, notadamente os mm. Intercostais externos, aliado à contração do m. Diafragma,
proporcionam um aumento de volume do tórax, gerando assim uma pressão intrapulmonar menor que a
pressão atmosférica, fazendo deste modo o ar entrar, como que para equilibrar essa diferença. A isso se
denomina inspiração. A expiração é normalmente um processo passivo, usando apenas a energia
armazenada pelas fibras elásticas na dilatação do pulmão para expulsar o ar, mas há diversos casos em que
os mm. Intercostais internos auxiliam neste trabalho, tornando-o mais rápido e vigoroso.
Pleuras:
Visceral e Parietal
Cavidade Pleural
Pulmões:
Um ápice
Três faces (costal, mediastinal e diafragmática)
Três margens (anterior, inferior e posterior)
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Hilo: área na face medial na qual as estruturas que formam a raiz do pulmão (brônquios, vasos e nervos)
entram e saem do pulmão
Pulmão Direito:
Três Lobos: superior, médio e inferior
Duas Fissuras: oblíqua e horizontal
Maior e mais pesado que o pulmão E
Porém mais curto e mais largo (cúpula D do m. diafragma é mais alta)
Hilo: Brônquio D
A. Pulmonar D
Vv. Pulmonares
Impressão Cardíaca
Pulmão Esquerdo:
Dois Lobos: superior e inferior
Fissura Oblíqua
Incisura Cardíaca na margem anterior
Língula
Hilo: A. Pulmonar E
Brônquio E
Vv. Pulmonares E
Impressão Cardíaca – maior que no pulmão D
Nariz:
Dividido em cavidades direita e esquerda pelo septo nasal (lâmina perpendicular do etmóide, vômer
e cartilagem do septo nasal)
Nariz Externo:
Esqueleto principalmente cartilagíneo
Raiz, Ápice, Asas e Vestíbulo do Nariz; Narinas
Cavidade Nasal:
Conchas Nasais superior, média e inferior
Meatos Nasais superior, médio e inferior
Faringe:
A faringe é dividida em três partes: nasal, oral e laríngea. A primeira tem função respiratória, e as
demais estão relacionadas com o sistema digestório (serão estudadas em outras aulas).
Nasofaringe:
Coanas – Abertura dupla entre cavidade do nariz e parte nasal da faringe
Tonsila Faríngea
Laringe:
Conecta a parte oral da faringe com a traquéia
Responsável pelo mecanismo da fonação
Cartilagens: tireóidea, cricóidea e epiglótica
Pregas: vestibulares e vocais
Glote: aparelho vocal da laringe – consiste nas pregas vocais mais rima do glote
Traquéia:
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Brônquios:
Brônquio Principal D: mais largo, menor e mais vertical
Brônquio Principal E: mais curto, maior e mais horizontal
Os brônquios principais entram nos hilos pulmonares e ramificam-se de maneira constante formando
a árvore bronquial.
Árvore Bronquial:
Brônquio Principal Brônquios Secundários (lobares) Brônquios Terciários (Segmentares)
Bronquíolos Terminais Bronquíolos Respiratórios Ductos Alveolares Sacos Alveolares (revestidos
por alvéolos)
Alvéolos: Unidade pulmonar básica de troca gasosa
Sistema Digestório
Este sistema é constituído pelo tubo digestivo e seus órgãos acessórios. Tal tubo tem início na
cavidade bucal, continua sendo formado por uma série de vísceras ocas, predominantemente abdominais, e
termina no canal anal. Sua principal função é preparar os alimentos ingeridos para sua absorção pelas células
de revestimento interno do tubo e pelos capilares sanguíneos e linfáticos, sendo auxiliado nesta tarefa pelos
órgãos acessórios.
Na boca, dentes e língua trituram os alimentos com a ajuda das secreções provenientes das glândulas
salivares. Esta secreção é rica em ptialina, uma enzima responsável por começar o processo de digestão
química, quebrando cadeias de carboidratos em grupos menores com no mínimo dois grupos açúcares. Tal
enzima encontra sua atividade máxima em um meio com um ph próximo à neutralidade, situação atingida
graças aos demais componentes das secreções das glândulas salivares.
Em seguida o bolo alimentar é engolido por um complexo mecanismo, incluindo fechamento da
árvore respiratória por parte da cartilagem epiglote, elevação do palato mole e da úvula, alargamento da
orofaringe, etc. O alimento atravessa a orofaringe, a laringofaringe e o esôfago, chegando finalmente ao
estômago. Tais órgãos não participam da digestão, sendo portanto apenas meios de transporte. Em situações
normais, o tempo de contato do bolo alimentar com estas estruturas é de cerca de 4 segundos.
Chegando ao estômago as estruturas ingeridas entram em contato com um ph próximo de 2 e com
mais uma poderosa enzima, a pepsina. Este ambiente é favorável para a quebra de elementos protéicos
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provindos da alimentação em estruturas menores, os aminoácidos. Se você inserir seu dedo dentro de um
estômago no momento da digestão para testar sua acidez, ele será “digerido” em meros 12 minutos! O
estômago se defende da sua própria criação revestindo-se internamente de uma camada mucosa. A ulcera
gástrica é um exemplo de mal funcionamento desta proteção.
Este conjunto (secreções salivares e estomacais, ph ácido e alimento) é agora conhecido como
quimo, que após o devido processamento passa então ao duodeno, a primeira porção do intestino delgado.
Vale lembrar que o tempo de esvaziamento do estômago no intestino difere segundo os componentes da
alimentação. Carboidratos, por exemplo, são mais fáceis de digerir do que carne, portanto passam primeiro à
próxima etapa. Além disso, alimentos ácidos auxiliam o trabalho do estômago. Portanto, após ir numa
churrascaria, é uma boa pedida tomar uma Coca ou um café ou comer um abacaxi...
No duodeno há uma inversão de pH, que passa de ácido para básico devido principalmente à
secreção pancreática. Esta secreção, conhecida como suco pancreático, desemboca no duodeno juntamente
com a bile, uma secreção hepática. Nesta etapa ocorre a emulsão das gorduras, processo indispensável para a
correta absorção destes componentes. Por emulsão entende-se a divisão de gotículas de gordura em frações
menores, mas não alterando sua essência. Não é, portanto, uma digestão.
Seguindo seu caminho, o quilo (novo nome do conjunto alimentos+secreções) adentra agora no
jejuno, primeira porção das alças intestinais. O jejuno dá continuidade ao íleo, que é a terceira e final porção
do intestino delgado. A transição jejuno/íleo não é visível macroscopicamente, mas o é histologicamente.
Nas alças intestinais ocorre a absorção dos nutrientes já previamente digeridos. O restante dá continuidade
no trato gastro-intestinal chegando finalmente ao intestino grosso.
A parte final do tubo digestório é subdividida em várias outras: Ceco (com apêndice vermiforme),
colo ascendente, colo transverso, colo descendente, colo sigmóide, reto e canal anal. Somente água, sais
minerais e certas vitaminas são absorvidas no intestino grosso.
Por ser formado por vísceras ocas, as dores provenientes do sistema digestório são relatadas sendo do
tipo em cólica, característica deste tipo de órgão.
É importante que os alunos compreendam que existem ainda mais subdivisões e inúmeros detalhes
não mencionados das estruturas aqui descritas, sendo, portanto, válido reiterar o caráter auxiliar e não
substitutivo desta apostila com relação à aula prática, momento em que todas as estruturas serão
devidamente apresentadas e descritas pelos monitores.
Região Oral:
Lábio Superior
Filtro do Lábio
Lábio Inferior
Bochechas
Gengivas
Dentes (Incisivos, Caninos, Pré-molares e Molares)
Palato Duro (2/3 anteriores – ossos maxila e palatino)
Palato Mole (1/3 posterior)
Úvula
Arcos palatoglosso e palatofaríngeo
Tonsilas Palatinas (“amígdalas”)
Faringe: partes oral e laríngea da faringe estão relacionadas com o sistema digestório.
- Nasofaringe – da cavidade nasal até o palato mole, posterior ao nariz
- Orofaringe – do palato mole até o ápice da epiglote, posterior à boca
- Laringofaringe – ápice da epiglote até a cartilagem cricóide, posterior à laringe
Esôfago:
Tubo muscular contínuo com parte laríngea da faringe
Músculo estriado (voluntário) no terço superior e músculo liso (involuntário) no
terço inferior. O terço médio é formado por ambos os tipos de músculo.
Inicia-se após a cartilagem cricóide
Partes cervical, torácica e abdominal
Hiato esofágico (no músculo diafragma)
Peritônio: lâminas parietal e visceral
Mesentério do intestino delgado e Mesocolo (intestino grosso)
Omento menor e Omento maior
Estômago: atua como misturador e reservatório de alimento. Sua principal função é a
digestão enzimática.
Óstios cárdico (orifício de entrada) e pilórico (orifício de saída)
Curvaturas menor e maior
Interior do estômago: pregas gástricas; canal gástrico
Partes do Estômago:
- Cárdia
- Fundo
- Corpo
- Piloro: dividido em antro pilórico e canal pilórico
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Intestino Grosso:
Calibre (diâmetro interno) maior que do intestino delgado
Sáculos (ou haustros)
Tênias do colo: três faixas espessadas de músculo
Apêndices epiplóicos ou omentais
Ceco: Óstio ileal
Papila ileal
Apêndice Vermiforme
Colo: Ascendente, Transverso, Descendente, e Sigmóide
Flexura direita do colo (flexura hepática)
Flexura esquerda do colo (flexura esplênica)
Reto: Ampola do reto
Canal Anal: termina no ânus
Situa-se na fossa da vesícula biliar (junção lobos direito e esquerdo do fígado) Partes: fundo, corpo
e colo
Ducto cístico (biliar)
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Vias Bilíferas:
Ducto Hepático D Ducto Hepático E
Ducto Cístico
Ducto Colédoco
Apesar de NÃO fazer parte do sistema digestório, o baço, outra víscera abdominal, será estudado
nesta aula.
Como descrito anteriormente, no capítulo de sistema circulatório, o baço é um órgão linfático.
Sistema Urinário
A urina foi a forma encontrada pelo organismo para eliminar certos produtos do metabolismo e
elementos químicos não essenciais (qualitativa ou quantitativamente) dissolvidos em água. O trato urinário é
composto pelos dois rins (estando o direito em um nível um pouco mais abaixo do esquerdo devido à
presença do fígado), os ureteres, a bexiga e a uretra, sendo esta última estrutura, no homem, dividida em
três partes: prostática, membranácea e esponjosa.
O rim é considerado o órgão base de todo o sistema, pois processa o plasma sanguíneo, usando a
troca de substâncias entre seus túbulos, seu tecido intersticial e o plasma para obter um equilíbrio ácido-base
constante e preservar o volume hídrico corpóreo. Os rins, então, não são meros instrumentos de excreção,
mas órgãos essenciais envolvidos na conservação de produtos metabólicos, trabalhando para manter o
equilíbrio elétrico, químico e de concentração e a integridade dos compartimentos hídricos do corpo, além
de ser um importante mantenedor da pressão arterial. Sua unidade funcional é o néfron, com cerca de um
milhão em cada rim. Para se ter uma idéia do trabalho deste órgão, todos os dias são filtrados mais de 180
litros de urina, porém apenas cerca de 1 litro é excretada. Isso é devido a um intenso processo de
recuperação de elementos importantes, sejam eles proteínas, açucares, sais essenciais para a manutenção do
equilíbrio osmótico, etc, resultando em uma ‘reciclagem’ de mais de 99% da urina filtrada, que retorna ao
sangue.
Uma característica anatômica com imensa aplicação prática é o que ocorre no percurso dos ureteres
até a bexiga. Este órgão fibromuscular tem três constrições em seu trajeto: em sua origem, quando a pelve
renal se estreita para formar o ureter; quando passa por sobre os vasos ilíacos; e quando penetra na bexiga
urinária. Nesses locais estreitos existe a possibilidade de que uma pedra em desenvolvimento obstrua o
canal.
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A pelve renal é a expansão achatada, infundibiliforme, da extremidade superior do ureter. Ela recebe dois
ou três cálices maiores, cada um dos quais se divide em dois ou três cálices menores. Cada cálice menor
inicia-se na papila renal (ápice da pirâmide renal)
Ureteres: ductos musculares que conduzem a urina dos rins para a bexiga urinária
- Possui três constrições (locais potenciais para obstrução por cálculos renais):
1) na junção com a pelve renal
2) no cruzamento com a abertura superior da pelve
3) na passagem através da parede da bexiga urinária
Bexiga Urinária:
- Partes: ápice, corpo, fundo, colo
- Trígono Vesical: óstio dos ureteres
óstio interno da uretra
- Músculo Detrusor da Bexiga
Uretra Feminina:
- Aproximadamente 4 cm de comprimento
- Óstio Interno (bexiga urinária)
- Óstio Externo (vestíbulo da vagina)
- Independente do aparelho genital
Uretra Masculina:
- De 18 a 20 cm de comprimento
- Óstio Interno (bexiga urinária)
- Óstio Externo (glande do pênis)
- Também fornece saída para o sêmen (esperma e secreções glandulares)
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É constituído dos órgãos primários, os testículos, suspensos dentro de um saco de pele, o escroto,
uma série de ductos, algumas glândulas como a próstata, vesícula seminal, etc, e estruturas adjacentes. Para
uma eficaz maturação dos espermatozóides, é necessário que o testículo esteja submetido a uma temperatura
de cerca de 35ºC, ligeiramente inferior à do restante do corpo. Esta situação fisiológica nos demonstra uma
das funções do escroto, que é a de fornecer um receptáculo aos testículos fora da cavidade abdominal
(portanto submetido a temperaturas normalmente mais baixas), além de ser um sistema de regulagem de
temperatura. Em dias mais frios, há uma aproximação do escroto com o abdômen, no intuito de fornecer a
temperatura ideal para a maturação dos espermatozóides, ocorrendo o inverso em dias quentes, quando o
escroto relaxa suas estruturas musculares e torna-se flácido, como que fugindo do calor excessivo.
Uma maneira inteligente de compreendermos este sistema é acompanharmos o trajeto de um
espermatozóide, desde seu aparecimento até o momento em que é ejaculado. Após a modificação das células
germinativas em espermatozóides, ocorrida dentro do testículo, ocorre uma migração destas células em
direção ao epidídimo. Passam então, através do ducto deferente, pela parede abdominal, atingem a cavidade
pélvica1 e entram na uretra prostática através do ducto ejaculatório. Durante o trajeto, às células vai sendo
acrescida a secreção das glândulas prostática e seminal, formando-se assim o sêmen. Juntamente com a
ereção ocorre uma lubrificação da mucosa da glande pelas glândulas bulbo-uretrais, pequenas estruturas que
lançam suas secreções a meio caminho da uretra prostática e o meio externo. Vale mencionar ainda que a
uretra masculina é dividida em três porções: a porção prostática, a porção membranácea (que atravessa uma
camada fibro-muscular) e a porção esponjosa (que se comunica com o meio externo); sendo que o mesmo
não ocorre com a uretra feminina
Escroto: saco fibromuscular cutâneo para os testículos e estruturas associadas
Rafe do escroto
Glândulas Seminais: situam-se entre a bexiga urinária e o reto. Secretam líquido alcalino espesso que se
mistura com os espermatozóides nos ductos ejaculatórios e na uretra.
Ductos Ejaculatórios: união do ducto de uma glândula seminal com o ducto deferente
Glândulas Bulbouretrais: situadas póstero-laterais à parte membranácea da uretra, mas seus ductos abrem-se
na parte esponjosa. Sua secreção é semelhante ao muco, e entra na uretra durante a excitação sexual
É formado pelas partes internas e externas. O principal órgão é o ovário, que além de produzir as
células germinativas femininas ainda secreta diversos hormônios, notadamente o estrogênio e a
progesterona. O estrogênio é o principal hormônio feminino, que dentre outras funções é responsável pelo
desenvolvimento das glândulas e ductos do trato genital na puberdade e pelo aparecimento dos caracteres
sexuais secundários. Não só a primeira menstruação tem um nome especial (menarca), mas também o tem o
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aparecimento do broto mamário e dos pelos pubianos, conhecidos como telarca e pubarca, respectivamente.
Assim como ocorre com os testículos, os ovários se originam na parede abdominal posterior, adjacente ao
rim, e durante o desenvolvimento desce em direção à pelve. Ao contrário, porém, do seu correspondente
masculino, os ovários são retidos no meio do caminho por ligamentos e fica retido na pelve.
O útero é o órgão preferencial para implantação e amadurecimento do embrião. O endométrio é sua
camada mais interna, local de fixação do embrião, e o miométrio é a camada muscular responsável por
quase todo o volume do útero. Suas contrações “expulsam” o feto, além de serem responsáveis pelas cólicas.
As tubas uterinas, por sua vez, conectam os ovários ao útero, servindo como veículo de transporte
para os óvulos. Há casos em que há um retardo no transporte do zigoto para a cavidade uterina, ocorrendo o
infortúnio da gravidez se desenvolver fora da cavidade uterina, portanto um local inapropriado. Tal condição
é conhecida como ‘gravidez ectópica’, e é de grande risco para a vida tanto da mãe quanto do bebê. A
vagina, por sua vez, é um canal com revestimento fibromuscular que recebe o sêmen do pênis e o transporta
ao útero, além de atuar como canal de parto.
Vulva ou Pudendo:
- lábios maiores
- rima do pudendo: abertura entre os lábios maiores
- comissura anterior dos lábios
- comissura posterior dos lábios
- lábios menores
- frênulo dos lábios menores
- prepúcio: formado pela parte mais anterior dos lábios menores (passa anteriormente ao clitóris)
- frênulo: formado por uma parte mais posterior dos lábios menores (passa posteriormente
ao clitóris)
Tubas Uterinas:
- Divididas em quatro partes, de lateral para medial:
- Infundíbulo (fímbrias)
- Ampola (local onde geralmente ocorre a fecundação)
- Istmo
- Parte Uterina (segmento curto que atravessa a parede do útero)
Ligamentos:
- ligamento suspensor do ovário
- ligamento útero-ovárico
- ligamento redondo do útero
- ligamento lago do útero
Sistema Endócrino
Pâncreas: além das funções exócrinas já estudadas na aula de sistema digestório (produção do suco
pancreático), o pâncreas também tem funções endócrinas.
Principais Hormônios insulina e glucagon, produzidos nas ilhotas pancreáticas (de Langerhans)
Sistema Nervoso
O sistema nervoso é responsável pelo
controle e pela coordenação das funções de todos
os sistemas do organismo, sendo capaz também de
interpretar estímulos aplicados à superfície
corpórea e desencadear, eventualmente, respostas
adequadas a esses estímulos.
Muitas funções do sistema nervoso
dependem da nossa vontade (atos voluntários), e
muitas outras ocorrem sem que tenhamos
consciência (atos involuntários).
Para propósitos descritivos, o sistema nervoso pode ser divido com base em dois critérios diferentes:
O neurônio é a unidade estrutural e funcional do sistema nervoso, e é composto por um corpo celular,
dendritos e um axônio.
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- Divisão Simpática sistema catabólico (consome energia), que permite ao corpo lidar com
estresses, como preparar o corpo para “fugir ou lutar”. Promove aumento dos batimentos cardíacos
(taquicardia), dilatação brônquica (broncodilatação), fracionamento do glicogênio em glicose,
midríase, entre outros. Haverá aumento do fluxo sanguíneo para coração, cérebro e musculatura
esquelética, e redução para pele (palidez) e demais vísceras (levando, entre outros, à redução do
peristaltismo intestinal).
Meninges:
O encéfalo e a medula espinhal estão protegidos, sendo cobertos na sua face externa por lâminas
(membranas) de tecido conjuntivo, chamadas de meninges.
A que está em contato íntimo com o sistema nervoso é a pia-máter, a camada mais fina, que é
separada da aracnóide pelo líquido cerebrospinal (liquor). A camada mais externa e mais espessa é a dura-
máter.
O liquor tem também a função de proteger o SNC, agindo como um amortecedor de choques.
substância branca encontram-se núcleos de substância cinzenta (núcleos centrais do cerebelo e núcleos da
base no cérebro).
O tronco encefálico é semelhante à medula espinhal, sendo diferenciado dela devido a massas
isoladas de substancia cinzenta no interior da substância branca (núcleos dos nervos cranianos).
Cerebelo:
- Lobos Anterior, Posterior e Flóculo-Nodular
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- Vermis
Tronco Cerebral:
- Bulbo
- Ponte
- Mesencéfalo
Nervos: cordões esbranquiçados constituídos por fibras nervosas, unidos por uma bainha de tecido
conjuntivo. Podem ser classificadas em fibras aferentes (levam a informação para o SNC) e
eferentes (levam o estímulo do SNC para os órgãos efetores).
Nervos Cranianos: São 12 pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo. A maioria origina-se do
encéfalo e deixam o crânio pelos forames localizados na sua base. A seguir, estão listados os nervos
cranianos e seu local de saída do crânio:
Nervos Espinhais:
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Originam-se da medula espinhal por meio de radículas que se unem para formar duas raízes
nervosas. A raiz anterior contém fibras motoras, e a posterior fibras sensitivas.
Eles correspondem aos segmentos da medula espinhal onde são originados, podendo ser
denominados cervicais, torácicos, lombares, sacrais e coccígeos.
Após a fusão das raízes, o nervo espinhal divide-se em dois ramos. O ramo dorsal inerva a pele e os
músculos do dorso e para as articulações da coluna vertebral, enquanto os anteriores enviam fibras nervosas
para a grande área restante, que inclui as regiões anterior e lateral do tronco e os membros superiores e
inferiores, através da formação de plexos nervosos (cervical, braquial, lombo-sacro e coccígeo).
Gânglios: como já citado, um gânglio é o acúmulo de corpos de neurônio em uma região fora do Sistema
Nervoso Central.
Terminações Nervosas:
Nas extremidades, existem terminações de fibras nervosas tanto motoras quanto sensitivas.
As terminações das fibras motoras ocorrem através da placa motora existente nos músculos,
enquanto as sensitivas são estruturas especializadas em receber estímulos físicos ou químicos na superfície
ou no interior do corpo (Ex.: cones e bastonetes no olho, papilas gustatórias na língua, etc.)
Tato: Pele local de terminações nervosas de nervos superficiais, que são geralmente sensitivos.
Visão: Olhos
- Órbita: formada pelos ossos frontal, esfenóide, etmóide, lacrimal, maxila, zigomático e palatino
- pálpebras
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- aparelho lacrimal (gls. lacrimais, ductos lacrimais, saco lacrimal, duto lacrimonasal)
- esclera
- córnea
- humor aquoso
- íris
- pupila
- cristalino (lente)
- corpo vítreo (contém humor vítreo)
- câmara anterior
- câmara posterior
- retina captação dos estímulos visuais (cones e bastonetes)
- disco óptico nervo óptico
- Músculos da Órbita: levantador da pálpebra superior, quatro retos (superior, inferior, medial e lateral) e
dois oblíquos (superior e inferior)
Orelha Externa: hélice, ramo da hélice, escafa, anti-hélice, concha, trago, antítrago, lóbulo, meato acústico
externo
Coleta o som e o conduz para a membrana timpânica (que separa as orelhas externa e
média)