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Roteiro para estudo da primeira avaliação de Anatomia Humana

Profa. Me. Albênica Bontempo

INTRODUÇÃO A ANATOMIA HUMANA

A anatomia humana é uma disciplina fundamental no estudo do corpo humano, sendo a ciência que
investiga a estrutura, organização e funcionamento do organismo. Ela permite compreender a complexidade
do corpo humano por meio da análise das suas diferentes partes, desde células até sistemas completos. A
anatomia pode ser dividida em macroscópica, que estuda estruturas visíveis a olho nu, e microscópica, que
foca nas estruturas observáveis apenas através de microscópios, como células e tecidos.
O corpo humano é composto por vários sistemas, incluindo o esquelético, muscular, nervoso,
circulatório, respiratório, digestório, urinário, reprodutor, endócrino e tegumentar. Cada sistema possui
órgãos específicos e funções especializadas para manter o equilíbrio e o bom funcionamento do organismo.
Na anatomia, a nomenclatura é crucial para garantir uma comunicação precisa e universal. São
utilizadas terminologias padronizadas, incluindo termos em latim e grego, para descrever posições, direções,
planos e movimentos do corpo.
Os estudos anatômicos podem ser realizados através de diferentes abordagens, como dissecação de
cadáveres, imagens radiológicas, modelagem tridimensional, entre outras. A anatomia é essencial para
diversas áreas, incluindo medicina, enfermagem, fisioterapia, odontologia, educação física e outras
relacionadas à saúde.
As principais posições anatômicas são referências padrão utilizadas na anatomia para descrever a
localização e orientação de estruturas do corpo humano. Essas posições fornecem uma base comum para a
comunicação e a descrição precisa das características anatômicas. Observe as principais posições anatômicas:
➢ Posição Anatômica Padrão: O indivíduo está de pé, ereto e voltado para frente. Os membros
superiores estão estendidos ao longo do corpo. As palmas das mãos estão voltadas para frente
(anteriormente).
➢ Decúbito Dorsal (ou Posição Supina): O indivíduo está deitado de costas, com a face voltada para cima.
Os membros superiores podem estar ao longo do corpo ou levantados.
➢ Decúbito Ventral (ou Posição Prona): O indivíduo está deitado de barriga para baixo, com a face
voltada para baixo.
➢ Posição Sentada: O indivíduo está sentado em uma superfície, com as costas eretas e os membros
superiores ao longo do corpo ou em outra posição.
➢ Posição Ortostática: O indivíduo está de pé, ereto e em repouso, podendo ser uma variação da posição
anatômica padrão.
Os planos anatômicos são planos de referência utilizados para descrever e seccionar o corpo humano de
maneira padronizada, facilitando a comunicação e a compreensão das relações entre suas diferentes
estruturas. Cada plano possui uma orientação específica e corta o corpo em direções distintas. Os planos
anatômicos são:
➢ Plano Sagital: Divide o corpo em metades direita e esquerda.
➢ Plano Frontal (ou Plano Coronal): Divide o corpo em metades anterior (frente) e posterior (costas). É
perpendicular ao plano sagital.
➢ Plano Horizontal (ou Plano Transversal): Divide o corpo em metades superior (cranial) e inferior
(caudal). É perpendicular tanto ao plano sagital quanto ao plano frontal.

Além desses planos primários, existem variações ou combinações que também são frequentemente
utilizadas na descrição anatômica:
➢ Plano Obliquo: Passa através do corpo em um ângulo entre os planos sagital, frontal e transversal.
Por exemplo, o plano oblíquo pode ser inclinado para observar estruturas em uma determinada diagonal.
O corpo humano é dividido em várias partes e sistemas, proporcionando uma organização estrutural
e funcional complexa. Essas divisões são fundamentais para o estudo da anatomia e da fisiologia. As principais
divisões do corpo humano:
➢ Sistemas Orgânicos: O corpo humano é dividido em sistemas de órgãos, cada um com funções
específicas e interdependentes.
Exemplos incluem o sistema esquelético, muscular, circulatório, respiratório, digestivo, nervoso,
endócrino, urinário, reprodutor, entre outros.
➢ Cabeça, Pescoço e Tronco: A divisão inicial inclui a cabeça (crânio, face, cérebro), pescoço e tronco
(tórax, abdome, pelve). Cada uma dessas regiões tem órgãos e estruturas específicos com funções
importantes.
➢ Membros Superiores e Inferiores: Os membros superiores incluem os braços, antebraços, mãos e
dedos. Os membros inferiores compreendem as coxas, pernas, pés e dedos dos pés. Cada membro
possui ossos, músculos, articulações e outras estruturas relacionadas.
➢ Regiões Anatômicas: O corpo pode ser dividido em várias regiões anatômicas, como região anterior
(ventral), região posterior (dorsal), região lateral, região superior (cranial) e região inferior (caudal).
➢ Cavidades Corporais: O corpo humano possui cavidades que abrigam órgãos vitais. As principais
cavidades incluem a cavidade craniana (cabeça), cavidade torácica (tórax) e cavidade abdominal
(abdome).
➢ Divisões Celulares: Nível celular, o corpo é composto por células, a menor unidade funcional. As células
se organizam em tecidos, órgãos e sistemas, formando a complexa estrutura do corpo humano.

Os membros superiores e inferiores são divididos em regiões anatômicas que facilitam a descrição e o
estudo das diferentes partes de cada membro. Observe as principais regiões de cada membro:
➢ Membros Superiores:
• Ombro (Deltoidiana): A região onde o braço se une ao tronco, formando a articulação do ombro.
• Braço (Branquial): A parte do membro superior entre o ombro e o cotovelo.
• Cotovelo (Cubital): A articulação que conecta o braço ao antebraço.
• Antebraço (Antebrachium): A região entre o cotovelo e o punho.
• Punho (Carpal): A articulação que conecta o antebraço à mão.
• Mão (Manus): Inclui a palma da mão, dorso da mão, dedos e polegar.
➢ Membros Inferiores:
• Quadril (Coxal ou Inguinal): A região onde a perna se une ao tronco, formando a articulação do quadril.
• Coxa (Femoral): A parte da perna entre o quadril e o joelho.
• Joelho (Patelar): A articulação que conecta a coxa à perna.
• Perna (Crural): A região entre o joelho e o tornozelo.
• Tornozelo (Tarsal): A articulação que conecta a perna ao pé.
• Pé (Pes): Inclui o peito do pé, dorso do pé, dedos e calcanhar.
Essas regiões anatômicas ajudam a identificar e descrever diferentes partes dos membros superiores e
inferiores, facilitando o entendimento da anatomia e da fisiologia do corpo humano. É importante lembrar
que essas divisões são referenciais e podem variar de acordo com o contexto e o tipo de estudo realizado.

SISTEMA ESQUELÉTICO

O sistema esquelético é uma estrutura complexa de ossos, cartilagens e articulações que proporciona
suporte ao corpo, protege os órgãos internos e possibilita o movimento. Suas funções Principais são:
• Suporte Estrutural: O esqueleto fornece a estrutura básica para o corpo, dando forma e suporte aos
tecidos moles.
• Proteção de Órgãos Vitais: Os ossos protegem órgãos vitais, como o cérebro (protegido pelo crânio) e
os pulmões e coração (protegidos pela caixa torácica).
• Movimento: As articulações permitem o movimento, proporcionando pontos de fixação para os
músculos.
• Produção de Células Sanguíneas: O tecido ósseo contém a medula óssea, onde ocorre a produção de
células sanguíneas (hematopoiese).
• Armazenamento Mineral: Os ossos armazenam minerais como cálcio e fósforo, que são essenciais
para várias funções corporais.
Os ossos são compostos por células especializadas, como osteoblastos (formam osso), osteócitos
(células ósseas maduras) e osteoclastos (quebram o osso). A matriz óssea é composta principalmente de
colágeno e minerais (principalmente cálcio e fósforo).
➢ Tipos de Ossos:
• Ossos Longos: São mais longos do que largos, como os ossos dos membros superiores e inferiores.
• Ossos Curtos: Têm dimensões aproximadamente iguais em comprimento, largura e espessura, como
os ossos do carpo e tarso.
• Ossos Chatos: São finos e achatados, fornecem proteção e pontos de ancoragem para músculos, como
os ossos do crânio e costelas.
• Ossos Irregulares: Têm formas complexas e não se encaixam nas categorias anteriores, como as
vértebras e ossos faciais.
➢ Articulações: são os pontos onde os ossos se encontram e interagem. Podem ser móveis, semi-móveis
ou fixas, permitindo diferentes tipos de movimentos.
➢ Crescimento e Desenvolvimento: O crescimento ósseo ocorre por meio da formação de cartilagem
nas epífises dos ossos longos durante a infância e adolescência. Com o tempo, essa cartilagem é
substituída por osso.
A densidade óssea atinge seu pico na idade adulta e pode diminuir com o envelhecimento, levando a
condições como a osteoporose. O sistema esquelético é essencial para a integridade estrutural e funcional do
corpo humano, desempenhando papéis cruciais no movimento, suporte e proteção dos órgãos internos. Seu
equilíbrio e saúde são fundamentais para manter uma vida ativa e saudável.

ATENÇÃO:
Os ossos longos são caracterizados por sua forma alongada, em que o comprimento é maior que a
largura. Eles possuem uma estrutura complexa e são compostos por várias partes distintas que desempenham
funções específicas. Vamos explorar as principais partes de um osso longo:
• Diáfise: É a parte cilíndrica e alongada do osso, localizada entre as extremidades. Composta por tecido
ósseo compacto, conferindo resistência e suporte ao osso.
• Epífises: São as extremidades do osso, situadas em ambas as extremidades da diáfise. Compostas
principalmente por tecido esponjoso, que contém a medula óssea vermelha e contribui para a
absorção de impactos.
• Metáfise: É a região de transição entre a diáfise e as epífises. Importante para o crescimento do osso,
pois contém a placa epifisária (cartilagem de crescimento).
• Cartilagem Articular: Camada de cartilagem hialina que reveste as extremidades dos ossos nas
articulações, reduzindo o atrito e permitindo o movimento suave das articulações.
• Cavidade Medular: Espaço oco dentro da diáfise. Contém a medula óssea amarela, composta
principalmente por células adiposas e serve para armazenamento de gordura.
• Periósteo: Membrana fibrosa que reveste a superfície externa do osso. Fornecer nutrição, permitir o
crescimento ósseo e auxiliar na reparação de fraturas.
• Forame Nutricional: Abertura no osso que permite a passagem de vasos sanguíneos e nervos,
facilitando a nutrição do osso.
• Linha Epifisária (Placa Epifisária): Camada de cartilagem de crescimento presente na metáfise,
permitindo o crescimento em comprimento do osso durante a infância e adolescência.
Essas partes do osso longo colaboram para a sua estrutura, função e capacidade de crescimento durante
o período de desenvolvimento. A combinação dessas características torna os ossos longos adequados para
suportar peso, realizar movimentos e contribuir para a homeostase mineral do organismo.
O sistema esquelético é dividido em dois principais componentes estruturais: o esqueleto axial e o
esqueleto apendicular.
➢ Esqueleto Axial:
• Localização: É a porção central e principal do esqueleto, incluindo os ossos da cabeça, pescoço e
tronco.
• Função: Oferece suporte e proteção para os órgãos vitais do corpo.
• Participa na postura e na manutenção da posição ereta.
• É fundamental para funções vitais como respiração e circulação, pois abriga o crânio, a coluna
vertebral, as costelas e o esterno.
➢ Esqueleto Apendicular:
• Localização: É a porção mais periférica e ligada ao esqueleto axial, incluindo os membros superiores
(ombros, braços, mãos) e membros inferiores (quadris, pernas, pés).
• Função:
• Facilita o movimento e a locomoção do corpo.
• Participa em atividades físicas, manipulação de objetos e outras atividades do dia a dia.
• Ajuda na realização de tarefas complexas, como agarrar, manipular, caminhar, correr, entre outras.

OSSOS POR REGIÕES ANATÔMICAS:


➢ Crânio e Face: • Processo xifoide
Crânio:
• Frontal
• Parietal (direito e esquerdo) ➢ Membros Superiores:
• Temporal (direito e esquerdo) Ombro:
• Occipital • Clavícula (direita e esquerda)
• Esfenóide • Escápula (direita e esquerda)
• Etmóide Braço:
Face: • Úmero (direito e esquerdo)
• Maxila Antebraço:
• Mandíbula • Rádio (direito e esquerdo)
• Zigomático (direito e esquerdo) • Ulna (direita e esquerda)
• Nasal (direito e esquerdo) Mão:
• Lacrimal (direito e esquerdo) • Carpo (ossos do carpo)
• Palatino (direito e esquerdo) • Metacarpo (ossos metacárpicos)
• Conchas nasais (superior, média, inferior) • Falanges (ossos dos dedos)
• Vômer ➢ Membros Inferiores:
➢ Coluna Vertebral: Quadril:
Vértebras: • Ílio
• Cervicais (C1 a C7) • Ísquio
• Torácicas (T1 a T12) • Púbis
• Lombares (L1 a L5) Coxa:
• Sacro • Fêmur (direito e esquerdo)
• Cóccix Perna:
➢ Tórax: • Tíbia (direita e esquerda)
Costelas: • Fíbula (direita e esquerda)
• Costelas verdadeiras (1 a 7) Pé:
• Costelas falsas (8 a 12) • Tarsos (ossos do tarso)
• Costelas flutuantes (11 e 12) • Metatarsos (ossos metatarsais)
Esterno: • Falanges (ossos dos dedos)
• Manúbrio
• Corpo Notas Adicionais:
Sacrum e Cóccix: Considerados ossos fusionados. facilitando a memorização e compreensão da
Patela: Osso sesamoide localizado no joelho. anatomia óssea. É importante revisar e praticar
Este esquema pode ser útil para organizar e regularmente para reforçar o conhecimento.
aprender os ossos do corpo humano por regiões,

IMPORTANTE:
Os osteoblastos e osteoclastos são dois tipos distintos de células envolvidas no processo de
remodelação e manutenção do tecido ósseo.
➢ Osteoblastos:
Função: Os osteoblastos são células especializadas que têm como principal função a formação e síntese de
osso novo durante o processo de crescimento, reparação de fraturas ou remodelação óssea. Produzem a
matriz óssea, composta principalmente de colágeno e minerais, que se mineraliza para formar a estrutura
óssea.
Localização: Encontrados nas superfícies dos ossos, onde estão ativamente envolvidos na formação de tecido
ósseo.
Atividade: Sintetizam e secretam colágeno e outras proteínas da matriz óssea. Promovem a mineralização da
matriz, depositando minerais como cálcio e fósforo. Transformam-se em osteócitos quando estão
completamente inseridos na matriz óssea.
Função na Remodelação:
Desempenham um papel crucial na reconstrução e reparo ósseo, contribuindo para manter a integridade
estrutural do esqueleto.
➢ Osteoclastos:
Função:
Os osteoclastos são células multinucleadas que atuam na reabsorção do osso, desempenhando um papel vital
na remodelação óssea, no controle do cálcio e na homeostase mineral. Realizam a quebra e absorção da matriz
óssea existente.
Localização: Normalmente encontrados nas superfícies internas do osso, especialmente em áreas de
reabsorção.
Atividade: Secretam enzimas, como a fosfatase ácida, que dissolvem e quebram os minerais e a matriz óssea.
Participam na regulação do cálcio e fósforo no sangue, liberando esses minerais durante o processo de
reabsorção.
Função na Remodelação: Desempenham um papel fundamental na remodelação óssea, permitindo a
renovação e a adaptação do tecido ósseo às necessidades do organismo.
Em resumo, os osteoblastos são responsáveis pela formação e síntese de osso novo, enquanto os
osteoclastos são responsáveis pela reabsorção do osso existente, resultando em um equilíbrio entre a
formação e a degradação do tecido ósseo, crucial para a manutenção da saúde e integridade do sistema
esquelético.

SISTEMA ARTICULAR

O sistema articular, também conhecido como sistema esquelético-articular, é responsável por conectar os
ossos do corpo humano e permitir os movimentos articulares, fornecendo suporte estrutural e facilitando a
locomoção. Suas funções principais são:
✓ Movimento: As articulações permitem uma ampla gama de movimentos, incluindo flexão, extensão,
rotação, abdução, adução e circundução, entre outros.
✓ Estabilidade: Contribuem para a estabilidade e equilíbrio do corpo, permitindo suportar o peso e
resistir a forças aplicadas.
✓ Proteção: Protegem órgãos vitais e estruturas sensíveis, como o cérebro, coração e pulmões, por meio
do envolvimento de ossos e cartilagens.
✓ Amortecimento: A cartilagem articular reduz o atrito entre os ossos e absorve impactos, facilitando os
movimentos suaves e sem dor.

Tipos de Articulações:
➢ Sinoviais: Permitem movimentos consideráveis e são as articulações mais comuns no corpo. Exemplos
incluem ombro, quadril, joelho e cotovelo.

➢ Fibrosas: São articulações imóveis ou com movimento limitado, unidas por tecido conjuntivo denso.
Exemplos incluem articulações suturais do crânio.
➢ Cartilaginosas: Permitem movimentos limitados e são unidas por cartilagem. Dividem-se em
cartilagem hialina e fibrocartilagem. Exemplos incluem articulações intervertebrais e púbicas.

Componentes das Articulações:


➢ Superfícies Articulares: São as extremidades ósseas que se encontram em uma articulação.
➢ Cápsula Articular: Envolve a articulação e contém a membrana sinovial, que produz o líquido sinovial,
facilitando o movimento e reduzindo o atrito.
➢ Ligamentos: Conectam os ossos e ajudam a estabilizar a articulação.
➢ Meniscos e Discos: Estruturas de fibrocartilagem que melhoram o ajuste e a estabilidade nas
articulações.

Classificação Funcional das Articulações:


➢ Articulações Sinártroses: Sem movimento.
➢ Articulações Anfiartroses: Movimento limitado.
➢ Articulações Diartroses: Movimento livre.

Adaptações ao Movimento:
➢ As articulações possuem formatos e estruturas específicas que se adaptam às necessidades de
movimento, como a articulação esférica do quadril e a dobradiça do cotovelo.

O sistema articular é essencial para a funcionalidade do corpo humano, proporcionando mobilidade e


sustentação. A compreensão de suas características e funcionamento é fundamental para profissionais de
saúde, como fisioterapeutas e ortopedistas, na avaliação, tratamento e prevenção de lesões e condições
articulares.

❖ Subtipos de cada uma dessas categorias de articulações de acordo com a sua mobilidade:

➢ Articulações Sinártroses (Sem movimento):


• Sinostose:
Fusão completa dos ossos, resultando em uma articulação imóvel.
Exemplo: Sutura craniana em adultos, onde os ossos do crânio estão fundidos.

➢ Articulações Anfiartroses (Movimento limitado):


• Sínfise: Os ossos estão conectados por fibrocartilagem, permitindo um movimento limitado.
Exemplo: Articulação púbica, que conecta os ossos do púbis.
• Anfiartrose Cartilaginosa: Os ossos estão unidos por cartilagem hialina ou fibrocartilagem, permitindo
certo grau de movimento.
Exemplo: Articulações entre as vértebras (discos intervertebrais), que permitem flexão e extensão limitadas.

➢ Articulações Diartroses (Movimento livre):


• Planar: Superfícies articulares planas, permitindo movimentos de deslizamento.
Exemplo: Articulação do pulso (carpo), que permite movimentos deslizantes.
• Dobradiça: Movimento uniaxial de flexão e extensão em um plano.
Exemplo: Articulação do cotovelo, onde o movimento é apenas de flexão e extensão.
• Pivô: Movimento uniaxial de rotação em torno de um eixo.
Exemplo: Articulação atlantoaxial entre a primeira e a segunda vértebras cervicais.
• Condilar (Elipsóide): Superfícies articulares ovais, permitindo flexão, extensão, abdução, adução e
circundução.
Exemplo: Articulação do punho (rádio e ossos do carpo), permitindo movimentos variados.
• Sela: Superfícies articulares em formato de sela, permitindo movimentos em dois eixos.
Exemplo: Articulação carpometacárpica do polegar.
• Esférica: Superfícies articulares esféricas, permitindo movimentos multidirecionais em todos os
planos.
Exemplo: Articulação do quadril e do ombro, proporcionando grande amplitude de movimento.
• Condrais (Cartilaginosas Sinoviais): União de ossos por cartilagem hialina ou fibrocartilagem,
permitindo movimentos limitados.
Exemplo: Articulação entre as vértebras (coluna vertebral), permitindo flexão, extensão e inclinação lateral.

Essas categorias de articulações representam diferentes níveis de mobilidade, sendo essenciais para a
funcionalidade e capacidade de movimento do corpo humano.

As articulações diartroses sinoviais são um tipo de articulação móvel e complexa, caracterizadas pela
presença de uma cavidade sinovial que contém líquido sinovial. Essas articulações possibilitam uma ampla
gama de movimentos entre os ossos que as compõem. Observe os sete subtipos das articulações diartroses
sinoviais:
➢ Articulação Planar:
Características: Superfícies articulares planas, permitindo movimentos deslizantes simples.
Exemplo: Articulação entre os ossos do carpo (articulações do pulso).
➢ Articulação Dobradiça (Gínglimo):
Características: Movimento uniaxial de flexão e extensão em um plano.
Exemplo: Articulação do cotovelo (entre úmero e ulna).
➢ Articulação Pivô (Trocoide):
Características: Movimento uniaxial de rotação em torno de um eixo.
Exemplo: Articulação entre o atlas e o áxis (na coluna cervical).
➢ Articulação Condilar (Elipsóide):
Características: Superfície articular oval (côncava e convexa), permitindo movimentos de flexão, extensão,
abdução e adução.
Exemplo: Articulação do punho entre o rádio e os ossos do carpo.
➢ Articulação Selar (Sela):
Características: Superfícies articulares em formato de sela, permitindo movimentos em dois eixos.
Exemplo: Articulação carpometacárpica do polegar.
➢ Articulação Esférica (Enartrose):
Características: Superfícies articulares esféricas, permitindo movimentos multidirecionais em todos os planos.
Exemplo: Articulação do quadril e do ombro.
➢ Articulação Condrais (Cartilaginosas Sinoviais):
Características: União de ossos por cartilagem hialina ou fibrocartilagem, permitindo movimentos limitados.
Exemplo: Articulação entre as vértebras (coluna vertebral).

Esses subtipos de articulações diartroses sinoviais variam em sua estrutura e função, determinando
os tipos de movimentos possíveis em cada articulação. Essa diversidade de articulações é crucial para a
mobilidade e funcionalidade do corpo humano, permitindo uma ampla gama de movimentos necessários para
as atividades diárias.
❖ Resumo das principais articulações do corpo, incluindo nome da articulação, localização,
classificação quanto ao tipo e movimentos realizados

➢ Glenoumeral: ➢ Tornozelo (Tibiofibular e Talocrural):


• Localização: Ombro. • Localização: Entre a tíbia, fíbula e tálus.
• Classificação: Sinovial esférica. • Classificação: Sinovial em dobradiça.
• Movimentos: Flexão, extensão, abdução, • Movimentos: Dorsiflexão e flexão plantar.
adução, rotação interna, rotação externa e
circundução. ➢ Cervical (Atlantooccipital e Atlantoaxial):
• Localização: Pescoço, entre o crânio e a
➢ Cotovelo (Rádio-Ulnar e Úmero-Radial): coluna cervical.
• Localização: Entre o úmero, rádio e ulna. • Classificação: Sinovial condilar
• Classificação: Sinovial gínglimo. (Atlantooccipital) e sinovial do tipo pivô
• Movimentos: Flexão e extensão. (Atlantoaxial).
• Movimentos: Flexão, extensão, rotação e
➢ Coxofemoral: inclinação lateral.
• Localização: Quadril.
• Classificação: Sinovial esférica. ➢ Lombar (Lombovertebral):
• Movimentos: Flexão, extensão, abdução, • Localização: Região lombar da coluna
adução, rotação interna e rotação externa. vertebral.
• Classificação: Sinovial plana.
➢ Joelho (Fêmoro-Tibial e Fêmoro-Patelar): • Movimentos: Flexão, extensão e rotação.
• Localização: Entre o fêmur, tíbia e patela.
• Classificação: Composta por três ➢ Carpometacárpica do Polegar (Trapézio-
articulações (2 sinoviais e 1 cartilaginosa). Metacárpica):
• Movimentos: Flexão e extensão. • Localização: Base do polegar.
• Classificação: Sinovial selar.
• Movimentos: Oposição e retração.

Essas articulações são fundamentais para a mobilidade e funcionalidade do corpo humano. Cada uma
delas possui características específicas que permitem diferentes tipos de movimentos, contribuindo para a
realização de atividades cotidianas e a eficiência do sistema locomotor.

SISTEMA MUSCULAR

O sistema muscular é uma parte fundamental do corpo humano, sendo responsável pela
movimentação, postura, produção de calor e suporte para outros sistemas orgânicos. As principais
características e funções desse sistema são:
❖ Composição e Estrutura:
O sistema muscular é composto por músculos estriado esqueléticos, estriado cardíaco e lisos, cada um com
características estruturais e funcionais distintas.
➢ Os músculos esqueléticos são os que controlam o movimento voluntário, ligando-se aos ossos através
dos tendões. Funções Principais:
• Movimentação: Os músculos esqueléticos permitem a locomoção, a manipulação de objetos e a
expressão facial.
• Postura e Sustentação: Os músculos ajudam a manter a postura corporal e a sustentação dos órgãos
internos.
• Termorregulação: A contração muscular produz calor, contribuindo para a regulação da temperatura
corporal.
➢ Auxílio nos Processos Orgânicos: Músculos lisos são essenciais para funções vitais, como a circulação
sanguínea e a digestão.
➢ Contração Cardíaca: O músculo cardíaco (miocárdio) é vital para a contração do coração e o
bombeamento de sangue.

❖ Tipos de Músculos:
✓ Músculos Estriado Esqueléticos: Controlados voluntariamente, permitem a movimentação do
esqueleto e outras atividades motoras conscientes.
✓ Músculos Estriado Cardíacos: Presentes no coração, realizam contrações rítmicas e involuntárias para
bombear o sangue pelo corpo.
✓ Músculos Lisos: Presentes em órgãos internos (como intestinos, vasos sanguíneos e pulmões),
realizam contrações involuntárias.

❖ Unidade Funcional: A unidade funcional do músculo é a fibra muscular, composta por miofibrilas, que
são arranjos altamente organizados de proteínas contráteis (actina e miosina).
❖ Contração Muscular: A contração ocorre quando as miofibrilas deslizam umas sobre as outras,
encurtando o comprimento da fibra muscular e gerando força.
❖ Regulação da Contração: A contração muscular é regulada por sinais elétricos do sistema nervoso e
por hormônios que controlam a concentração de cálcio nas células musculares.
❖ Treinamento e Benefícios: O treinamento muscular promove o fortalecimento, resistência e
flexibilidade, contribuindo para a saúde geral e a prevenção de lesões.

O sistema muscular desempenha um papel crucial na funcionalidade diária, desde a simples


movimentação até funções vitais. Manter uma saúde muscular adequada é fundamental para a qualidade de
vida e a capacidade de realizar atividades cotidianas de forma eficaz e sem limitações. Um músculo esquelético
é uma estrutura complexa composta por várias partes, cada uma com sua função específica no processo de
contração e movimento. As principais partes de um músculo esquelético são:
➢ Fibras Musculares: São as células individuais do músculo, também chamadas de fibras musculares ou
miócitos. São alongadas e multinucleadas, resultado da fusão de células precursoras durante o
desenvolvimento.
➢ Fáscia: É uma camada de tecido conectivo que envolve o músculo, fornecendo suporte estrutural e
separando-o de outros tecidos e músculos adjacentes.
➢ Tendão: São estruturas fibrosas que conectam o músculo ao osso, permitindo a transmissão da força
gerada pela contração muscular para gerar movimento.
➢ Epimísio: É a camada mais externa de tecido conectivo que envolve todo o músculo, fornecendo
proteção e suporte estrutural.
➢ Perimísio: Camada de tecido conectivo que envolve fascículos, que são grupos de fibras musculares.
➢ Endomísio: É a camada mais interna de tecido conectivo que envolve cada fibra muscular
individualmente, fornecendo suporte nutricional para as células musculares.
➢ Fascículo: São feixes de fibras musculares agrupadas e envolvidas pelo perimísio. É a unidade
intermediária de organização do músculo.
➢ Sarcômero: É a unidade contrátil básica do músculo esquelético, composta por segmentos repetitivos
ao longo da fibra muscular. Cada sarcômero contém filamentos de actina (fino) e miosina (grosso),
que se deslizam durante a contração muscular.
➢ Miofibrilas: São estruturas cilíndricas dentro das fibras musculares compostas por arranjos de
sarcômeros.
➢ Actina e Miosina: São as proteínas contráteis fundamentais presentes nas miofibrilas. A actina é fina
e interage com a miosina durante a contração muscular.
➢ Retículo Sarcoplasmático: É uma estrutura semelhante ao retículo endoplasmático liso, localizada ao
redor das miofibrilas, que regula a concentra

Os músculos esqueléticos, de acordo com sua função, podem ser classificados em três principais grupos:
músculos agonistas (ou primeiros), músculos antagonistas e músculos sinergistas. Observe cada um deles:
Músculos Agonistas (ou Primeiros):
✓ São os músculos que realizam o movimento principal em resposta a um estímulo nervoso.
✓ Eles contraem-se para gerar o movimento desejado em uma determinada direção.
✓ Exemplo: O bíceps braquial é o músculo agonista durante a flexão do antebraço.
Músculos Antagonistas:
✓ São músculos que têm a ação oposta ao movimento gerado pelo músculo agonista.
✓ Eles relaxam enquanto o músculo agonista se contrai e vice-versa, permitindo um movimento
controlado.
✓ Exemplo: O tríceps braquial é o músculo antagonista ao bíceps braquial na flexão do antebraço.
Músculos Sinergistas:
✓ São músculos que auxiliam o músculo agonista no movimento, fornecendo suporte e estabilidade
durante a contração.
✓ Eles ajudam a direcionar o movimento de forma eficaz e suave.
✓ Exemplo: Durante a flexão do antebraço, músculos como o braquial e o braquiorradial podem atuar
como sinergistas para o bíceps braquial.
Essa classificação funcional dos músculos esqueléticos é crucial para entender como ocorre a coordenação
entre os músculos para produzir movimentos suaves e precisos. A ação coordenada entre agonistas,
antagonistas e sinergistas é essencial para o equilíbrio e eficácia dos movimentos corporais no sistema
musculoesquelético.
Os músculos esqueléticos podem ser classificados de acordo com seu formato em diferentes categorias
com base em suas características morfológicas e estruturais. As principais categorias de acordo com o formato
dos músculos:
➢ Músculos Fusiformes: São músculos com um corpo alongado e afilado nas extremidades. Eles
possuem fibras musculares paralelas ao longo do comprimento, o que proporciona uma grande
amplitude de movimento. Exemplo: Bíceps braquial.
➢ Músculos Penniformes: São músculos em que as fibras musculares se inserem em ângulo em relação
ao eixo principal do músculo. Existem duas subcategorias:
• Pennado Unipenado: As fibras se inserem de um lado do tendão central.
• Pennado Bipenado: As fibras se inserem de ambos os lados do tendão central.
Exemplo: Músculo reto femoral (unipenado) e músculo deltoides (bipenado).
➢ Músculos Radiados (Músculos Circulares): São músculos que envolvem um orifício ou têm uma
disposição circular de fibras. Eles se contraem concêntricamente para reduzir o diâmetro do orifício
ou apertar uma abertura. Exemplo: Esfíncteres, como o músculo orbicular do olho.
➢ Músculos Convergentes: São músculos em que as fibras musculares se originam de uma área ampla
e convergem para um único ponto de inserção. Isso proporciona força concentrada em um ponto
específico. Exemplo: Músculo peitoral maior.
➢ Músculos Multífidos: São músculos que possuem várias origens e se dividem em várias inserções. Eles
possuem uma estrutura complexa que permite uma ampla gama de movimentos e estabilidade.
Exemplo: Músculos espinhais profundos.
➢ Músculos Esféricos: São músculos com uma forma esférica ou globosa. Eles geralmente envolvem
articulações e permitem movimentos em várias direções. Exemplo: Músculo deltoides.
Essas categorizações baseadas no formato dos músculos auxiliam na compreensão de suas características
e funções específicas, bem como na análise de como suas estruturas estão relacionadas com suas capacidades
de movimento e força.
❖ Classificação os músculos de acordo com sua ação principal:
➢ Flexores: Os músculos flexores são responsáveis por flexionar ou dobrar uma articulação, reduzindo o
ângulo entre os ossos adjacentes. Exemplo: Músculo bíceps braquial, que flexiona o antebraço no
cotovelo.
➢ Extensores: Os músculos extensores são responsáveis por estender ou endireitar uma articulação,
aumentando o ângulo entre os ossos adjacentes. Exemplo: Músculo quadríceps femoral, que estende
a perna no joelho.
➢ Abdutores: Os músculos abdutores afastam uma parte do corpo da linha média, movendo-a para
longe do plano médio do corpo. Exemplo: Músculo deltoide, que abduz o braço no ombro.
➢ Adutores: Os músculos adutores aproximam uma parte do corpo em direção à linha média, movendo-
a para perto do plano médio do corpo. Exemplo: Músculos adutores da coxa, que aproximam a perna
da outra na articulação do quadril.
➢ Pronadores: Os músculos pronadores são responsáveis por realizar a pronação, que é o movimento
de girar a palma da mão para baixo ou voltada para trás. Exemplo: Músculo pronador quadrado, que
pronuncia o antebraço.
➢ Supinadores: Os músculos supinadores são responsáveis por realizar a supinação, que é o movimento
de girar a palma da mão para cima ou voltada para frente. Exemplo: Músculo supinador longo, que
supina o antebraço.
➢ Rotadores Internos (Endorrotadores): São músculos que realizam a rotação interna de uma parte do
corpo, trazendo-a para dentro. Exemplo: Músculos subescapular, que realizam a rotação interna do
ombro.
➢ Rotadores Externos (Exorrotadores): São músculos que realizam a rotação externa de uma parte do
corpo, movendo-a para fora. Exemplo: Músculo infraespinal, que realiza a rotação externa do ombro.
➢ Elevadores: Os músculos elevadores são responsáveis por elevar uma parte do corpo. Exemplo:
Músculo elevador da escápula, que eleva a escápula.
➢ Depressores: Os músculos depressores são responsáveis por abaixar uma parte do corpo. Exemplo:
Músculo depressor do ângulo da boca, que abaixa o ângulo da boca.
Essas ações musculares específicas são fundamentais para compreender a complexidade e a
diversidade das funções dos músculos no corpo humano. Cada ação muscular desempenha um papel
importante nos movimentos e na funcionalidade cotidiana, permitindo uma grande variedade de movimentos
e atividades. Os principais grupos musculares no corpo humano são divididos em várias regiões anatômicas,
cada uma com seus músculos específicos. Os principais grupos musculares e alguns dos músculos importantes
que fazem parte de cada um deles:
➢ Músculos do Tronco:
• Músculos do Abdômen: Retos do Abdômen: Reto abdominal. Oblíquos Externos e Internos do
Abdômen: Oblíquos externos e internos do abdômen. Transverso do Abdômen: Transverso
abdominal.
• Músculos da Região Lombar: Eretores da Espinha: Músculos longuíssimo, iliocostal e espinhal.
• Músculos da Região Torácica: Peitorais: Músculos peitoral maior e menor.

➢ Músculos dos Membros Superiores:


• Músculos do Ombro: Deltoide. Supraespinal. Infraespinal. Músculos redondo menor e redondo maior.

➢ Músculos do Braço:
Bíceps: Bíceps braquial.
Tríceps: Tríceps braquial.
➢ Músculos do Antebraço:
Flexores: Flexores do punho, como o flexor carpi ulnaris e flexor carpi radialis.
Extensores: Extensor carpi radialis longus e extensor carpi ulnaris.
➢ Músculos da Mão:
Músculos Tenares e Hipotenares: Músculos da palma da mão.

➢ Músculos dos Membros Inferiores:


• Músculos da Coxa:
✓ Quadríceps: Músculos vasto lateral, vasto medial, vasto intermédio e reto femoral.
✓ Isquiotibiais: Músculos bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso.
✓ Adutores: Músculos adutores da coxa.

• Músculos da Perna:
✓ Gastrocnêmio e Sóleo: Gastrocnêmio e sóleo.
✓ Tibiais: Músculo tibial anterior e tibial posterior.
• Músculos do Pé: Músculos Intrínsecos do Pé: Músculos responsáveis pelos movimentos do pé, como
os músculos plantares.
Esses são alguns dos principais grupos musculares e seus músculos representativos. Vale ressaltar que o
corpo humano possui uma complexa rede de músculos interconectados, permitindo uma ampla gama de
movimentos e funções essenciais para a locomoção e a realização de atividades diárias. A anatomia muscular
é vasta e compreender a localização e função de cada músculo.

SISTEMA ENDÓCRINO

O sistema endócrino é um sistema complexo do corpo humano responsável pela produção, regulação
e liberação de hormônios, que são substâncias químicas mensageiras. Esses hormônios são secretados pelas
glândulas endócrinas e têm um papel fundamental na regulação de várias funções corporais, incluindo o
metabolismo, crescimento, desenvolvimento, reprodução, regulação do açúcar no sangue, equilíbrio de
eletrólitos e resposta ao estresse, entre outros. Principais Glândulas do Sistema Endócrino e Seus Hormônios:
➢ Hipotálamo: Produz hormônios que controlam a liberação de hormônios da hipófise. Exemplos de
hormônios: Hormônio liberador de gonadotropina (GnRH), hormônio liberador de corticotropina
(CRH).

➢ Hipófise: É dividida em duas partes: adeno-hipófise (anterior) e neuro-hipófise (posterior). Adeno-


hipófise produz e libera diversos hormônios, incluindo:
✓ Hormônio do crescimento (GH).
✓ Prolactina (PRL).
✓ Hormônios tireoidianos (TSH, ACTH).
✓ Hormônios gonadotrópicos (FSH, LH).
Neuro-hipófise armazena e libera hormônios produzidos no hipotálamo:
✓ Hormônio antidiurético (ADH).
✓ Ocitocina.

➢ Tireoide: A tireoide é uma glândula em forma de borboleta localizada no pescoço, e ela produz dois
hormônios principais: Tiroxina (T4) e Triiodotironina (T3): São os principais hormônios tireoidianos que
regulam o metabolismo, o crescimento e o desenvolvimento no corpo. Eles afetam a taxa de
metabolismo basal, a temperatura corporal, a frequência cardíaca e a função cerebral.

➢ Paratireoide: As paratireoides são pequenas glândulas localizadas no pescoço, próximas à tireoide.


Elas produzem um hormônio crucial para o equilíbrio de cálcio no organismo: Paratormônio (PTH): O
PTH aumenta os níveis de cálcio no sangue, principalmente através da liberação de cálcio dos ossos e
da reabsorção de cálcio pelos rins, além de estimular a produção de vitamina D.
➢ Suprarrenais (glândulas adrenais): As glândulas suprarrenais estão localizadas sobre os rins e
produzem vários hormônios importantes para a resposta ao estresse e outras funções do corpo.
✓ Cortisol: Um hormônio que ajuda a regular o metabolismo, a resposta imunológica e a resposta
ao estresse.
✓ Aldosterona: Regula o equilíbrio de água e eletrólitos, especialmente o sódio e o potássio.
✓ Adrenalina e noradrenalina: Hormônios que desencadeiam a resposta de "luta ou fuga",
aumentando a frequência cardíaca, a pressão sanguínea e a disponibilidade de energia.
➢ Gônadas (ovários e testículos): As gônadas são as glândulas sexuais, e em homens e mulheres,
produzem hormônios relacionados ao desenvolvimento sexual e à reprodução.
✓ Estrogênio: Principal hormônio feminino, responsável pelo desenvolvimento das características
sexuais secundárias, regulação do ciclo menstrual e manutenção do sistema reprodutor.
✓ Progesterona: Hormônio que desempenha um papel essencial na preparação do útero para a gravidez
e na manutenção da gestação.
✓ Testosterona: Hormônio principal masculino, que é vital para o desenvolvimento das características
sexuais secundárias, a produção de esperma e a função sexual.
➢ Pâncreas: O pâncreas é uma glândula localizada na parte superior do abdômen, atrás do estômago,
e desempenha um papel crucial tanto no sistema endócrino quanto no sistema digestivo. Ele produz
dois tipos principais de células com funções hormonais distintas:

Células Beta:

Insulina: A insulina é um hormônio essencial para a regulação dos níveis de glicose (açúcar) no sangue. Ela
permite que as células do corpo absorvam a glicose da corrente sanguínea, reduzindo assim os níveis de glicose
no sangue. A insulina é fundamental para o metabolismo dos carboidratos.

Células Alfa:

Glucagon: O glucagon é outro hormônio crucial para o controle dos níveis de glicose no sangue. Ele tem o
efeito oposto à insulina, elevando os níveis de glicose no sangue. O glucagon estimula a conversão de
glicogênio (a forma armazenada de glicose) no fígado em glicose, aumentando a glicemia.

Esses hormônios (insulina e glucagon) trabalham juntos para regular cuidadosamente os níveis de glicose no
sangue, garantindo que o corpo tenha energia suficiente para suas atividades diárias e funções metabólicas.
A disfunção no sistema de regulação da glicose, como na diabetes, pode ocorrer quando o pâncreas não
produz insulina suficiente (diabetes tipo 1) ou quando as células não respondem adequadamente à insulina
produzida (diabetes tipo 2). O controle adequado da glicose é fundamental para a saúde metabólica e pode
ser alcançado por meio de medicação, dieta e estilo de vida saudável.

FEEDBACK HORMONAL
O mecanismo de feedback hormonal é um processo vital pelo qual o sistema endócrino regula e
mantém a homeostase, ajustando a produção e liberação de hormônios em resposta às necessidades do
organismo. Esse mecanismo funciona de forma semelhante a um termostato que controla a temperatura de
uma sala, garantindo que as condições internas do corpo permaneçam dentro de limites adequados.
Existem dois tipos principais de feedback hormonal: o feedback negativo e o feedback positivo.
➢ Feedback Negativo:
É o tipo mais comum de feedback no sistema endócrino.
Funciona para estabilizar e regular os níveis hormonais, mantendo o equilíbrio do corpo.
Quando um órgão detecta que os níveis de um determinado hormônio estão elevados, ele envia sinais
inibitórios para a glândula endócrina correspondente, reduzindo a produção desse hormônio.
Por outro lado, se os níveis hormonais estão baixos, isso desencadeia a produção e liberação do hormônio.
➢ Feedback Positivo:
É menos comum e geralmente é parte de processos regulatórios mais complexos ou situações específicas.
Nesse tipo de feedback, o aumento na concentração de um hormônio desencadeia um aumento adicional na
produção desse hormônio.
Um exemplo é a liberação de ocitocina durante o trabalho de parto: a ocitocina aumenta as contrações
uterinas, levando a mais ocitocina sendo liberada, intensificando as contrações até o parto.

Exemplo do Mecanismo de Feedback Negativo:


Regulação da Glicose no Sangue:
Quando os níveis de glicose no sangue aumentam após uma refeição, as células beta do pâncreas liberam
insulina.
A insulina estimula as células a absorver glicose, diminuindo assim a concentração de glicose no sangue.
Quando os níveis de glicose no sangue diminuem, as células alfa do pâncreas liberam glucagon.
O glucagon sinaliza para o fígado liberar glicose no sangue, aumentando a concentração de glicose.
Esse ciclo de retroalimentação negativa regula continuamente os níveis de glicose no sangue, mantendo-os
em uma faixa adequada.
Esses mecanismos são essenciais para manter a homeostase, garantindo que os níveis de hormônios
permaneçam dentro de limites normais e apropriados para as funções corporais, permitindo uma resposta
eficaz às mudanças nas condições internas e externas do organismo.

SISTEMA NERVOSO

O sistema nervoso é um complexo sistema que controla e coordena as funções do corpo e permite a
comunicação entre diferentes partes do organismo. É dividido em duas partes principais: sistema nervoso
central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP).
➢ Sistema Nervoso Central (SNC): O SNC é composto pelo cérebro e pela medula espinhal, situados
dentro do crânio e da coluna vertebral, respectivamente.
• Cérebro: É dividido em dois hemisférios, o hemisfério esquerdo e o hemisfério direito, cada um
controlando o lado oposto do corpo. Os hemisférios cerebrais estão subdivididos em lobos, incluindo
o lobo frontal (funções executivas e controle motor), lobo parietal (sensação e percepção), lobo
temporal (audição e memória) e lobo occipital (visão).
• Medula Espinhal: É uma estrutura alongada que transmite sinais nervosos entre o cérebro e o resto
do corpo. Também controla reflexos involuntários.
➢ Sistema Nervoso Periférico (SNP): O SNP inclui todos os nervos que se estendem a partir do SNC até
o corpo.
• Nervos: São feixes de fibras nervosas (axônios) que transmitem sinais entre o SNC e outras partes do
corpo.
• Gânglios Nervosos: São agrupamentos de corpos celulares de neurônios fora do SNC, envolvidos no
processamento local de informações.

❖ Tipos de Neurônios:
✓ Neurônios Sensoriais (Aferentes): Transmitem impulsos dos órgãos sensoriais para o SNC.
✓ Neurônios Motores (Eferentes): Transmitem impulsos do SNC para os músculos e glândulas,
controlando movimentos e funções corporais.
✓ Interneurônios (Associativos): Conectam neurônios sensoriais e motores, processando e integrando
informações.

Bainha de Mielina: É uma camada de lipídios e proteínas que envolve e isola os axônios, acelerando a
condução dos impulsos nervosos. A bainha de mielina é produzida por células da glia, como os
oligodendrócitos no SNC e as células de Schwann no SNP.

Substância Branca e Cinzenta:


• Substância Branca: Compreende áreas do SNC com predominância de axônios mielinizados. Forma
tratos e fascículos que facilitam a comunicação entre diferentes regiões do cérebro e da medula
espinhal.
• Substância Cinzenta: Consiste em corpos celulares de neurônios, dendritos e axônios não mielinizados.
É essencial para o processamento de informações e tomada de decisões.

As meninges são membranas que revestem e protegem o cérebro e a medula espinhal, constituindo
uma estrutura crucial do sistema nervoso central (SNC). Elas consistem em três camadas de tecido conectivo
que envolvem e sustentam o encéfalo e a medula espinhal, fornecendo proteção, nutrição e suporte físico. As
três camadas das meninges, da mais externa para a mais interna, são:
➢ Dura-máter:
Localização: É a camada mais externa e resistente, próxima ao crânio e à coluna vertebral.
Composição: É composta por tecido conjuntivo denso e resistente, formando uma estrutura forte e fibrosa.
Funções:
Protege o SNC contra traumas físicos.
Mantém a forma do cérebro e da medula espinhal.
Contém vasos sanguíneos que fornecem nutrientes às outras camadas meníngeas.
➢ Aranioide:
Localização: Está localizada entre a dura-máter e a pia-máter.
Composição: É uma camada intermediária, fina e delicada, composta por tecido conjuntivo frouxo e células
achatadas.
Funções:
Protege o SNC e contém o líquido cefalorraquidiano (LCR), que atua como um amortecedor para o cérebro e
a medula espinhal.
Permite a circulação do LCR.
➢ Pia-máter:
Localização: É a camada mais interna e delicada, aderindo diretamente à superfície do cérebro e da medula
espinhal.
Composição: Composta por tecido conjuntivo muito fino, vascularizado e rico em fibras colágenas e elásticas.
Funções:
Fornece suporte vascular ao encéfalo e à medula espinhal, permitindo a circulação sanguínea e a nutrição
adequada.
Contém vasos sanguíneos que irrigam o SNC.

Em conjunto, as meninges desempenham várias funções vitais para a proteção e o funcionamento


adequado do SNC. Elas protegem contra traumas físicos, ajudam a manter a homeostase ao redor do cérebro
e da medula espinhal e facilitam a circulação do líquido cefalorraquidiano, proporcionando um ambiente ideal
para o funcionamento neurológico.
O sistema nervoso, com sua organização complexa, desempenha um papel fundamental no controle
das funções corporais, na percepção do ambiente e na coordenação dos movimentos. A compreensão da
estrutura e função do sistema nervoso é crucial para entender os processos fisiológicos e neurológicos, bem
como para o diagnóstico e tratamento de condições neurológicas.
As estruturas do Sistema Nervoso Central (SNC) desempenham funções cruciais no processamento de
informações, controle de funções corporais e coordenação de atividades mentais e físicas. Funções das
principais estruturas do SNC:

Cérebro:
▪ Hemisférios Cerebrais:
Função Geral: Os hemisférios cerebrais (esquerdo e direito) controlam o lado oposto do corpo e estão
envolvidos em diversas funções complexas, incluindo raciocínio, tomada de decisões, linguagem, aprendizado,
memória e percepção.
▪ Lobos Cerebrais: Cada lobo cerebral tem funções específicas:
✓ Lobo Frontal: Controle motor voluntário, tomada de decisões, planejamento e execução de ações.
✓ Lobo Parietal: Integração sensorial, processamento de informações sensoriais e percepção espacial.
✓ Lobo Temporal: Processamento auditivo, memória e emoção.
✓ Lobo Occipital: Processamento visual.
✓ Lobo da ínsula: região cerebral menos explorada, desempenha papéis cruciais na integração sensorial,
sensoriomotora e percepção emocional. Ela integra informações sensoriais variadas, coordenando
movimentos associados a essas sensações e processando emoções, incluindo a empatia e a
compreensão emocional. Além disso, regula funções autonômicas como frequência cardíaca e pressão
arterial, e está envolvida na percepção da dor, prazer e necessidades básicas, como fome e sede.
Também desempenha um papel relevante na linguagem e comunicação, contribuindo para a
articulação e compreensão da fala.

▪ Cerebelo: Coordenação e controle do movimento, equilíbrio e postura. Ajuda a refinar a precisão dos
movimentos.
▪ Tronco Cerebral: Bulbo, Ponte e Mesencéfalo: Controlam funções vitais automáticas, como
respiração, frequência cardíaca, pressão arterial, reflexos e digestão.
▪ Núcleos Cranianos: Origem de vários nervos cranianos que controlam funções sensoriais e motoras
da cabeça e pescoço.
▪ Tálamo: Serve como estação de retransmissão para sinais sensoriais, exceto olfato, dirigindo-os para
a área cerebral apropriada para processamento.
▪ Hipotálamo: Regula funções autônomas, como temperatura corporal, sede, fome, ritmos circadianos
e sistema endócrino (glândula pituitária).
▪ Corpo Caloso: É uma massa de fibras nervosas que conecta os hemisférios cerebrais, permitindo a
comunicação e coordenação entre eles.
▪ Hipocampo: Importante para a formação e consolidação de memórias, especialmente memórias de
longo prazo.
Essas estruturas trabalham em conjunto para coordenar atividades físicas, processar informações
sensoriais, integrar funções cognitivas e garantir o funcionamento adequado do organismo. O SNC é essencial
para a nossa percepção do mundo, tomada de decisões, aprendizado e regulação de funções vitais, tornando-
se uma parte crucial da nossa biologia e funcionamento diário.
O Sistema Nervoso Periférico (SNP) é a parte do sistema nervoso que se estende fora do Sistema
Nervoso Central (SNC) e está envolvido na comunicação entre o SNC e o restante do corpo. Ele é responsável
por transmitir informações sensoriais dos órgãos sensoriais ao SNC e enviar impulsos motores dos neurônios
do SNC para os músculos e glândulas. Suas principais divisões e funções:
➢ Nervos Periféricos: São feixes de fibras nervosas (axônios) que transmitem informações entre o SNC e
o resto do corpo. Podem ser motores, sensoriais ou mistos.
➢ Nervos Cranianos: São 12 pares de nervos que se originam no cérebro (tronco encefálico) e estão
envolvidos em funções sensoriais e motoras da cabeça e pescoço.
➢ Nervos Espinhais: São 31 pares de nervos que se originam na medula espinhal e estão envolvidos nas
funções sensoriais e motoras do tronco, membros e tronco.

Sistema Nervoso Autônomo (SNA):


• Divisões: O SNA é dividido em sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático.
• Função Geral: Regula funções corporais involuntárias, como frequência cardíaca, pressão arterial,
digestão e respiração.
• Sistema Simpático: Prepara o corpo para situações de estresse, aumentando a frequência cardíaca,
dilatando as pupilas, etc.
• Sistema Parassimpático: Promove o relaxamento e a restauração do equilíbrio após o estresse,
diminuindo a frequência cardíaca, estimulando a digestão, etc.

➢ Gânglios Nervosos: São agrupamentos de corpos celulares de neurônios localizados fora do SNC.
Participam do processamento de informações e da regulação autônoma.
➢ Receptores Sensoriais: São estruturas especializadas que detectam estímulos do ambiente interno e
externo. Incluem receptores para tato, dor, temperatura, visão, audição, gustação e olfação.
➢ Junção Neuromuscular: É a junção entre um neurônio motor e uma célula muscular. É onde os
impulsos nervosos são transmitidos para provocar a contração muscular.
O SNP é essencial para a comunicação entre o corpo e o cérebro, permitindo a resposta adequada a
estímulos e o controle das funções corporais. As várias divisões do SNP garantem que o corpo funcione de
maneira coordenada e eficiente, respondendo às mudanças no ambiente e mantendo a homeostase.
diferenciar nervos sensoriais, motores, mistos e gânglios no contexto do Sistema Nervoso Periférico (SNP):
➢ Nervos Sensoriais (Aferentes): Transmitem informações dos órgãos sensoriais (pele, olhos, ouvidos,
etc.) para o Sistema Nervoso Central (SNC), levando dados sensoriais ao cérebro e à medula espinhal
para processamento. Exemplo: O nervo óptico transmite informações visuais do olho para o cérebro.
➢ Nervos Motores (Eferentes): Transmitem impulsos nervosos do SNC para os músculos e glândulas,
levando comandos para controlar os movimentos e funções corporais. Exemplo: O nervo facial
transmite impulsos para os músculos faciais, permitindo expressões faciais.
➢ Nervos Mistos: São nervos que contêm fibras tanto sensoriais (aferentes) quanto motoras (eferentes)
em um único feixe. Exemplo: O nervo ciático é um nervo misto que contém fibras sensoriais para a
sensação na perna e fibras motoras para os músculos da perna.
➢ Gânglios Nervosos: São agrupamentos de corpos celulares de neurônios localizados fora do SNC.
Participam do processamento de informações e da regulação autônoma. Podem ser encontrados ao
longo dos nervos periféricos ou perto da coluna vertebral. Exemplo: Gânglios sensitivos dorsais
contêm corpos celulares de neurônios sensoriais (aferentes).
Em resumo, nervos sensoriais transmitem informações sensoriais dos órgãos sensoriais para o SNC, nervos
motores transmitem comandos do SNC para os músculos e glândulas, nervos mistos contêm fibras sensoriais
e motoras e gânglios nervosos são agrupamentos de corpos celulares de neurônios que participam do
processamento e regulação de informações no SNP.

NERVOS CRANIANOS E OS NERVOS RAQUIDIANOS

A divisão entre os nervos cranianos e os nervos raquidianos está relacionada à sua origem e localização
no corpo. Vamos detalhar essa distinção:
❖ Nervos Cranianos:
✓ Origem: Os nervos cranianos se originam no encéfalo, principalmente no tronco encefálico
(mesencéfalo, ponte e bulbo).
✓ Localização: Eles emergem do crânio, passando por forames cranianos e, em sua maioria, estão
envolvidos nas funções sensoriais e motoras da cabeça e pescoço.
✓ Funções: Os nervos cranianos estão envolvidos em diversas funções, incluindo olfação, visão, audição,
equilíbrio, gustação, movimentos faciais, sensações do rosto e pescoço, controle de músculos da
mastigação, deglutição, entre outros.
❖ Nervos Raquidianos (ou Espinhais):
✓ Origem: Os nervos raquidianos se originam na medula espinhal, que é uma extensão do tronco
encefálico.
✓ Localização: Eles emergem da coluna vertebral através dos forames intervertebrais e estão envolvidos
nas funções sensoriais e motoras do tronco, membros e tronco inferior.
✓ Funções: Os nervos raquidianos controlam e transmitem sinais para diversas partes do corpo,
incluindo músculos esqueléticos (movimentos voluntários) e órgãos viscerais (atividades
involuntárias), bem como a sensação de toque, dor, temperatura e outros estímulos sensoriais.

Ambos os tipos de nervos (cranianos e raquidianos) são fundamentais para o funcionamento adequado
do Sistema Nervoso Periférico (SNP). Os nervos cranianos estão mais focados nas funções relacionadas à
cabeça e pescoço, enquanto os nervos raquidianos estão envolvidos nas funções sensoriais e motoras do resto
do corpo. Ambos desempenham papéis essenciais na transmissão de informações e na coordenação das
atividades corporais. Parte superior do formulário
Existem 12 pares de nervos cranianos, cada um com um número, nome, função principal e classificação
(misto, sensorial ou motor). Observe essas informações:
1. Nervo Olfatório (I) Ação: Olfato (sensorial).
2. Nervo Óptico (II) Ação: Visão (sensorial).
3. Nervo Oculomotor (III) Ação: Movimento dos músculos do olho (motor). Função Adicional: Controla a
pupila e o músculo ciliar para a acomodação.
4. Nervo Troclear (IV) Ação: Movimento dos músculos do olho (motor).
5. Nervo Trigêmeo (V) Ação: Sensações da face (sensorial). Função Adicional: Movimento dos músculos
da mastigação (motor).
6. Nervo Abducente (VI) Ação: Movimento dos músculos do olho (motor).
7. Nervo Facial (VII) Ação: Controle dos músculos faciais (motor). Função Adicional: Gustação (sensorial)
da parte anterior da língua.
8. Nervo Vestibulococlear (VIII) Ação: Equilíbrio e audição (sensorial).
9. Nervo Glossofaríngeo (IX) Ação: Gustação (sensorial) da parte posterior da língua, controle da faringe
(motor).
10. Nervo Vago (X) Ação: Controle autônomo de muitos órgãos (sensorial e motor). Função Adicional:
Gustação (sensorial) na faringe e laringe.
11. Nervo Acessório (XI) Ação: Movimento dos músculos do pescoço e ombro (motor).
12. Nervo Hipoglosso (XII) Ação: Movimento da língua (motor).
Esses nervos cranianos têm funções distintas, sendo alguns sensoriais, alguns motores e outros mistos,
desempenhando um papel fundamental nas funções sensoriais e motoras associadas à cabeça e ao pescoço,
além de estar envolvidos em outras funções essenciais para o organismo.
Os nervos raquidianos, também conhecidos como nervos espinhais, são 31 pares de nervos que
emergem da medula espinhal e se estendem para várias partes do corpo. Eles são agrupados em cinco regiões
da coluna vertebral (cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea) e têm funções sensoriais e motoras. Observe
as funções gerais desses nervos com base em sua região de origem:
➢ Nervos Cervicais (C1-C8): Inervam a região do pescoço, ombros, parte superior do tronco, braços e
mãos.
➢ Controlam movimentos dos músculos do pescoço e fornecem sensação para a cabeça, pescoço e parte
dos ombros.
➢ Nervos Torácicos (T1-T12): Inervam a região do tronco (costas e tórax).
➢ Controlam músculos intercostais (entre as costelas) e fornecem sensação para a região torácica.
➢ Nervos Lombares (L1-L5): Inervam a região inferior das costas, parte das nádegas, órgãos genitais e
parte superior das pernas. Controlam músculos da região lombar e das pernas e fornecem sensação
para a região lombar e parte das pernas.
➢ Nervos Sacrais (S1-S5): Inervam a região inferior das costas, as nádegas, a parte posterior das coxas e
a região posterior das pernas. Controlam músculos das nádegas e parte das pernas e fornecem
sensação para as regiões sacral e parte das pernas.
➢ Nervos Coccígeos (C1): Inervam uma pequena área da parte inferior das costas e do cóccix.

Esses nervos raquidianos são essenciais para a comunicação entre o Sistema Nervoso Central (SNC) e o
resto do corpo, transmitindo informações sensoriais para o SNC e recebendo comandos motores do SNC para
controlar os músculos e outras funções corporais. Eles são vitais para o controle dos movimentos, a sensação
e a resposta a estímulos em várias regiões do corpo.

ARCO REFLEXO

O arco reflexo é uma via neural que coordena uma resposta involuntária e rápida a um estímulo
específico, sem a necessidade de envolvimento consciente do cérebro. Esse processo é fundamental para a
nossa sobrevivência, pois permite reações rápidas e automáticas a situações de perigo ou outras mudanças
no ambiente. O arco reflexo geralmente segue cinco etapas básicas:
• Receptor: É o ponto inicial do arco reflexo, onde o estímulo é detectado. Geralmente, são terminações
nervosas especializadas, como os receptores sensoriais na pele, músculos ou órgãos internos.
• Estímulo: É um evento ou mudança no ambiente que ativa os receptores, iniciando o arco reflexo.
Pode ser uma dor, pressão, calor, frio ou outro estímulo.
• Neurônio aferente (ou sensorial): Após detectar o estímulo, o neurônio aferente (sensorial) transporta
o sinal nervoso até a medula espinhal ou o cérebro para processamento. Esses neurônios são parte
do Sistema Nervoso Periférico (SNP).
• Centro de Integração: É uma ou mais regiões no sistema nervoso, como a medula espinhal ou o tronco
cerebral, onde o sinal sensorial é processado e uma resposta é determinada.
• Neurônio eferente (ou motor): O neurônio eferente (motor) é ativado pelo centro de integração e
transmite o sinal para os órgãos efetores, como músculos ou glândulas, para executar uma resposta.
• Órgão Efetor: É o músculo ou glândula que responde ao sinal do neurônio eferente, gerando a resposta
motora. Por exemplo, contrair um músculo para afastar a mão de uma superfície quente.
• Resposta: É a ação ou reação física resultante da ativação do órgão efetor. Essa resposta ocorre
rapidamente e sem a necessidade de processamento consciente no cérebro.
O arco reflexo é um mecanismo de defesa e regulação automático que nos permite reagir a estímulos
prejudiciais de forma rápida e eficaz, antes mesmo de percebermos conscientemente a situação. Esse
processo é crucial para nossa segurança e coordenação motora cotidiana.

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