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SISTEMA ESQUELÉTICO
Formado por 206 ossos, cartilagens e articulações. Têm as funções de sustentação do organismo,
proteção de órgãos nobres (coração, pulmão), formação de sistema de alavancas, armazenamento de
minerais (cálcio) e produção de células sanguíneas.Divide-se em esqueleto axial (cabeça, pescoço e
tronco) e apendicular (membros) que são unidos por meio das cinturas articulares (cíngulos).
CONSTITUIÇÃO ÓSSEA
Os ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unidos uns aos outros, por
intermédio das articulações constituem o esqueleto. É um tecido vivo, complexo e dinâmico (são
vascularizados e inervados). Participa de um contínuo processo de remodelamento dinâmico, produzindo
osso novo e degradando o velho.
Os ossos são formados por
substâncias responsáveis pela sua consistência e por
sua firmeza, que são:
Colágeno: Substância orgânica que
constitui uma rede no espaço intercelular. É uma
proteína que lhes concede elasticidade, flexibilidade e
resistência. Sua falta torna o osso quebradiço.
Sais Minerais: São as substâncias
inorgânicas responsáveis pela rigidez característica
dos ossos, destacando os sais de cálcio e de fósforo.
Os sais ligam-se ao colágeno, tornando o osso rígido.
Camadas do Tecido Ósseo
Periósteo: tecido conjuntivo que reveste a superfície externa do osso, exceto nas articulações;
formando uma membrana dura e resistente. Protege o osso, serve como ponto de fixação para os
músculos e contém vasos sanguíneos.
Tecido Compacto: células são bem unidas, proporcionando certa rigidez. Localizadas na camada
superficial do osso promove proteção, suporte e resiste às forças produzidas pelo peso e movimento. Nos
ossos longos encontram-se na diáfise.
Tecido Esponjoso: as células deixam espaços entre si, proporcionando um tecido menos rígido e
com aspecto poroso, ocupado pela medula óssea. Localizado na camada óssea profunda. Nos ossos
longos encontra-se nas epífises.
Medula Óssea: células que preenchem as cavidades do tecido esponjoso. Nos ossos longos está
contida em uma cavidade central denominada canal medular. Compreende 2 tipos:
Medula Óssea Vermelha: produzem as diferentes células sanguíneas e suas precursoras. Localiza-se
na epífise dos ossos longos. Medula Óssea Amarela: Composta de tecido adiposo é encontrada na diáfise
dos ossos longos.
CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS
Os ossos são classificados de acordo com a sua forma (espessura, largura e comprimento) em:
Ossos Longos: são aqueles em que o comprimento predomina sobre a largura e espessura. Os ossos
longos apresentam uma escavação central que é o canal medular, onde se encontra a medula óssea.
Os ossos longos são constituídos por um corpo ou diáfise e 2 extremidades ou epífises. Ex.: Fêmur.
Ossos Curtos: as 3 dimensões se equivalem, são ossos cúbicos. Ex.: carpos.
Ossos Chatos (planos): são ossos finos, onde o comprimento e a largura predominam sobre a
espessura. Ex: escápula.
Ossos Alongados: as costelas são ossos longos, porém achatados, e como não apresentam canal
central, pertencem a outro grupo.
Ossos Pneumáticos: são ossos ocos, com cavidades cheias de ar, apresentando pequeno peso em relação
ao seu volume. Ex.: Frontal.
Ossos Irregulares: são aqueles que apresentam uma caracterização muito específica. Ex.: vértebra e
maxilar.
Ossos Sesamóides: Estão presentes no interior de alguns tendões em que há considerável fricção,
tensão e estresse físico, como as palmas e plantas. Ex.: patela.
Articulações são as uniões funcionais entre dois ou mais ossos do esqueleto. Elas podem permitir amplo
movimento ou nenhum. São divididas nos seguintes grupos, de acordo com sua estrutura e mobilidade:
Articulações Fibrosas ou Sinartroses: São as articulações imóveis (fixas), unidas por tecido
conjuntivo fibroso. Dividem-se em:
Sutura articulação encontrada somente entre os ossos do crânio e da face.
Sindesmose articulação encontrada somente entre os ossos da tíbia e fíbula; e rádio e ulna,
Gonfose é uma articulação fibrosa especializada restrita à fixação dos dentes nas cavidades alveolares na
mandíbula e maxilas.
Articulações Cartilaginosas ou Anfiartroses: permitem movimentos limitados.
Divide-se em:
Sincondrose São articulações temporárias, com a cartilagem sendo substituída por osso com o passar do
tempo. Ex: entre as partes do esterno.
Sínfises As superfícies articulares são cobertas por cartilagem hialina. Entre os ossos há um disco
fibrocartilaginoso. Esses discos por serem compressíveis permitem que a sínfise absorva impactos. Ex:
intervertebrais; sacrais; púbica;
Articulações Sinoviais ou Diartroses: articulações que permitem amplos movimentos. As faces
articulares dos ossos não estão em continuidade. São constituídas por cápsula articular e ligamentos,
que envolvem a articulação, impedem o movimento em planos indesejáveis e limitam a amplitude dos
movimentos; por líquido sinovial, que lubrifica e facilita a movimentação; e por discos e meniscos, que
tornam as superfícies articulares congruentes e agem como amortecedores de impacto.
São dividas de acordo com o grau de movimentação permitida em:
Monoaxial movimentos apenas em torno de um eixo (1 grau de liberdade). Só permitem a flexão e
extensão ou a rotação. Ex: cotovelo, interfalangianas, radio-ulnar.
Biaxial movimentos em torno de dois eixos (2 graus de liberdade). Realizam extensão, flexão, adução e
abdução. Ex: punho e polegar.
Triaxial Realiza movimentos em torno de três eixos (3 graus de liberdade). As articulações que além de
flexão, extensão, abdução e adução, permitem também a rotação. Ex: Ombro e quadril.
SISTEMA MUSCULAR
São estruturas anatômicas que apresentam a capacidade de se contrair, e sob estímulos nervosos
são capazes de transmitir movimento. Este é efetuado por células especializadas denominadas fibras
musculares, capazes de transformar energia química em energia mecânica (movimento).
O músculo vivo é de cor vermelha. Essa coloração denota a existência de pigmentos e de grande
quantidade de sangue nas fibras musculares. Representam 40-50% do peso corporal total.
FUNÇÕES DOS MÚSCULOS:
AÇÃO MUSCULAR
Qualquer movimento realizado por um individuo envolve a ação de vários músculos. A esse trabalho conjunto
dá-se o nome de coordenação motora. Em uma atividade muscular sempre há a ação de 2 tipos de músculos
que são: Agonistas: São os músculos principais que ativam um movimento específico do corpo, eles se
contraem ativamente para produzir um movimento desejado. Antagonistas: Músculos que se opõem à ação
dos agonistas, quando o agonista se contrai, o antagonista relaxa progressivamente, produzindo um
movimento suave.
Músculos Superficiais do Dorso: Trapézio, Grande Dorsal, Paravertebrais. Músculos do Tórax: Peitoral, Serrátil
Anterior, Intercostais e Diafragma. Músculos do Abdome: Reto do Abdome e Oblíquo do Abdome.
SISTEMA TEGUMENTAR
O sistema tegumentar (tegumento-cobertura) é constituído pela pele e seus órgãos acessórios, como os
pêlos, as unhas, as glândulas e os vários receptores especializados. A pele constitui um manto contínuo que
envolve todo o organismo, protegendo-o e adaptando-o ao maio ambiente.
Funções da pele
Regular a temperatura corporal. A pele auxilia na regulação térmica do organismo pela eliminação do
suor, fazendo a temperatura do corpo permanecer constante, independente das variações externas.
Remover água, sais e vários compostos orgânicos, através do suor.
Detectar estímulos relacionados à temperatura, ao tato, à pressão e à
dor. Proteger contra substâncias ou microrganismos nocivos ao corpo.
Estrutura da pele
Estruturalmente a pele é formada por duas camadas
principais:
1- Epiderme: É a camada externa da pele, formada por um epitélio constituído por camadas ou estratos.
2 – Derme: É a camada interna da pele, formada por tecido conjuntivo rico em fibras, onde se concentram os
vasos sanguíneos e as terminações nervosas responsáveis pela sensação de tato, pressão, dor e
temperatura.
3-HIPODERME
É camada de tecido conjuntivo frouxo, a tela subcutânea. É enriquecida por grande quantidade de
células gordurosas formando uma camada variável de tecido adiposo. Essa camada funciona como um
sistema de armazenamento e reserva de energia. Ela auxilia também na manutenção da temperatura
corporal.
PÊLOS
Cada pêlo é um fio de células fundidas, mortas, queratinizadas que consiste de uma haste (parte livre) e raiz.
A raiz é fixada na derme por um pequeno orifício, chamado folículo piloso. Associado aos pêlos, há um
feixe de músculo liso denominado músculo eretor do pelo. Esses músculos contraem-se sob condições
como medo e frio elevando os pêlos.
UNHAS
São formadas por conjuntos de células mortas e queratinizadas. Cada unha consiste de uma corpo,
uma margem livre e uma raiz. Funcionalmente as unhas auxiliam na preensão, manipulação de
pequenos objetos, fornecem proteção às extremidades dos dedos.
GLÂNDULAS SEBÁCEAS
São localizadas na derme e através de um ducto escretor liberam sua substância, a secreção sebácea, pelos
mesmos poros dos pêlos. Sua secreção auxilia a manutenção da hidratação da pele.
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS
Secretam o suor e por um ducto liberam-no para a superfície. Essas glândulas auxiliam na manutenção da
temperatura corporal liberando maior ou menor quantidade de suor.
SISTEMA CARDIOCIRCULATÓRIO
O sistema circulatório é um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por tubos,
que são chamados vasos, e por uma bomba percussora que tem como função impulsionar o sangue por
toda a rede vascular. A função básica do sistema cardiovascular é a de levar material nutritivo e oxigênio às
células e permitir que algumas atividades sejam executadas com grande eficiência, como:
Transporte de gases
Transporte de nutrientes
Transporte de resíduos metabólicos
Transporte de hormônios
Intercâmbio de materiais
Transporte de calor
Distribuição de mecanismos de defesa
Coagulação sanguínea
COMPONENTES: Sangue, Vasos sangüíneos (artérias, veias e capilares), Coração e Vasos linfáticos.
SANGUE
É um líquido viscoso, de coloração avermelhada, com cheiro peculiar e sabor salgado. Ele está contido num
sistema fechado de canais, impulsionados pelo coração. O sangue leva até as células os nutrientes de
que precisam para manutenção do seu processo vital. Estes elementos nutritivos são constituídos por
proteínas, lipídeos, glicídios, sais minerais, água e vitaminas. Além disso, transporta oxigênio para as células,
e retira elementos indesejáveis como gás carbônico, expelido pelos pulmões, e uréia, eliminado pelos rins.
A quantidade de sangue de um indivíduo varia de acordo com idade, sexo, musculatura, e outros fatores. O
volume total de sangue pode variar de 4 a 6 litros, em um adulto.
Componentes do Sangue
O sangue é composto por uma parte líquida, o plasma, constituído de água, substâncias nutritivas e
elementos residuais das reações celulares. E por uma parte organizada (sólida), que são os elementos
figurados; células sanguíneas (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas) suspensas sobre o
plasma sanguíneo. As células sanguíneas são produzidas na medula óssea dos ossos.
Plasma: líquido amarelo claro que representa 55% do volume total de sangue. Constituído por 90% de
água, onde se encontram dissolvidas proteínas, açúcares, gorduras e sais minerais; além de hormônios.
Enzimas e anticorpos. Através do plasma circulam os elementos necessários à vida das células.
Hemácias (Eritrócitos): são os glóbulos vermelhos do sangue. Sua função é transportar o oxigênio dos
pulmões para as células de todo o organismo e eliminar o gás carbônico das células, transportando-o para os
pulmões, por meio da hemoglobina, pigmento que dá a coloração vermelha ao sangue. As hemácias
são produzidas na medula óssea vermelha e destruídas, após 120 dias, pelo fígado e baço. No adulto
chegam a 5 milhões/cm³ de sangue.
Leucócitos: são glóbulos brancos. Possuem formas e funções diversas, sempre incumbidas da defesa do
organismo contra a presença de elementos estranhos a ele, como por exemplo, as bactérias. Subdividem-
se em: neutrófilos, basófilos, eosinófilos, monócitos e linfócitos. São produzidos na medula óssea e órgãos
linfóides e podem variar e 6 a 10 mil células/cm³ de sangue.
Plaquetas: são fragmentos de células da medula óssea, que participam do processo de coagulação
sanguínea. Sua função mais importante é a de auxiliar na interrupção dos sangramentos. Em condições
normais, seu valor varia de 150 a 400 mil/cm³ de sangue.
Nas hemácias do sangue existem certos componentes (aglutinógenos), geneticamente
determinados, convencionalmente chamados de A e B. Sua presença define o tipo sangüíneo de uma
pessoa. Quatro tipos de sangue podem ser identificados: tipo A – com hemácias que só contêm o
elemento A; tipo B - com hemácias que só contêm o elemento B; tipo AB - com hemácias que contêm os
dois elementos; e tipo O, com hemácias “vazias”, ou seja, sem aglutinógeno. Além destes componentes, há
o fator Rh. Mais de 85% da população possui o aglutinógeno Rh, sendo chamadas de Rh+. A presença
desses aglutinógenos específicos nas hemácias é um dos elementos responsáveis pelas reações
transfusionais resultantes de tipos sangüíneos incompatíveis. Daí a necessidade de se conhecer a tipagem
sangüínea do paciente quando da necessidade de realização de transfusão.
VASOS SANGUÍNEOS
Formam uma rede de tubos que transportam sangue do coração em direção aos tecidos do corpo e de volta ao
coração. Compreendem artérias, veias e capilares.
Artérias: são vasos cilíndricos, elásticos, onde o sangue circula. Têm a função de levar sangue oxigenado do
coração até as células. Possuem paredes mais espessas e mais fortes. Pela sua elasticidade, as artérias se
expandem quando o sangue é nelas bombeado e depois relaxam lentamente. As artérias, com exceção às
artérias pulmonares, carregam sangue com O2. A espessura da parede da arterial formada formada por 3
camadas (endotélio, tecido muscular liso e tecido conjuntivo), é característica especial e essencial, pois
recebem sangue diretamente do coração e estão submetidas a altas pressões atuantes sobre os vasos
sangüíneos. As artérias são calibrosas, elásticas e situam-se mais profundamente no corpo. Nomenclatura:
artéria de grande calibre de médio calibre de pequeno calibre arteríola capilar arterial.
Veias: são tubos que transportam o sangue da periferia para o coração, ou seja, sangue com CO2. Sua
parede muscular é mais fina que a da artéria e apresentam válvulas que impedem o refluxo do sangue. Como a
pressão sanguínea no interior das veias é muito baixa, o retorno do sangue ao coração deve-se, em grande
parte, às contrações dos músculos esqueléticos, que comprimem as veias, fazendo com que o sangue desloque-
se em seu interior, e devido às válvulas, onde o sangue só pode seguir rumo ao coração.
O diâmetro das veias aumenta gradativamente à medida que se
aproxima do coração.
Nomenclatura: capilar venoso vênulas veia pequeno calibre
médio calibre grande calibre.
Capilares são vasos com calibre extremamente finos e ligam
artérias e veias. Local onde nutrientes, gases, água e
solutos são difundidos entre o sangue e os tecidos.
CORAÇÃO
O coração é uma “bomba muscular” oca, com tamanho da mão fechada e peso médio de 300 g. localizado
no centro da cavidade torácica (Mediastino).
Possui quatro câmaras: Dois átrios, (câmaras superiores) que recebem sangue das veias e por isso têm a parede mais
delgada; e dois ventrículos (câmaras inferiores) responsáveis por ejetar o sangue do coração para as artérias e, para
vencer a resistência suas paredes são mais espessas.
O coração é composto de uma estrutura muscular espessa, denominada Miocárdio, que integra as paredes
das cavidades atriais e ventriculares. O miocárdio está envolto externamente pelo Pericárdio, cuja função é proteger
o miocárdio e permitir o suave deslizamento das paredes do órgão durante o seu funcionamento mecânico, pois
contém líquido lubrificante em seu interior. Internamente, o miocárdio é recoberto pelo Endocárdio, membrana de
proteção interna que fica em contato direto com o sangue, separando a musculatura, do interior das cavidades do
órgão.
O coração tem também um conjunto de valvas, com a função de direcionar o fluxo de sangue em um único
sentido no interior do coração. São elas:
Septo interatrial = separa os átrios.
Septo interventricular = separa os ventrículos.
Valva mitral = separa as duas cavidades do lado esquerdo (entre o átrio e o ventrículo)
Valva tricúspide = entre as cavidades do lado direito (o átrio e o ventrículo).
Valva aórtica = situa-se na saída do ventrículo esquerdo e separa a cavidade da aorta.
Valva pulmonar = entre a cavidade ventricular direita e a artéria pulmonar.
VASOS DO CORAÇÃO
Veias pulmonares: desembocam no átrio esquerdo e conduzem o sangue proveniente dos pulmões. Única veia
do corpo rica em O2.
Veias cavas: drenam para o átrio direito o sangue proveniente de todas as partes do organismo.
Artéria aorta: sai do ventrículo esquerdo e distribui sangue arterial para todo o organismo.
Artéria pulmonar: emerge do ventrículo direito e conduz sangue venoso em direção aos pulmões.
BATIMENTOS CARDÍACOS
Os estímulos para os batimentos cardíacos ocorrem de 2 maneiras:
Inervação extrínseca: nervos situados fora do coração, vindas do sistema nervoso autônomo (simpático e
parassimpático). Fisiologicamente o simpático acelera e o parassimpático retarda os batimentos cardíacos.
Inervação intrínseca: sistema só encontrado no coração e que se localiza no seu interior. Forma o sistema de
condução do coração, sendo a razão de seus batimentos contínuos. Constituído por impulsos elétricos,
intrínsecos e rítmicos, originados nas fibras musculares cardíacas especializadas, chamadas células auto-rítmicas
(marca passo cardíaco), por serem auto-excitáveis. São eles: nodo sinusal, nodo atrioventricular, feixe de Hiss e
as fibras de Purkinje.
Por meio da contração e do relaxamento dos ventrículos, o coração ejeta um determinado volume de sangue para
as circulações arteriais - sistêmica e pulmonar - e promove o retorno para si do mesmo volume sangüíneo que
circula pelas circulações venosas. Por seu turno, a contração do miocárdio dos átrios complementa o enchimento
dos respectivos ventrículos, e o relaxamento dos átrios facilita o retorno de sangue das circulações venosas,
sistêmica e pulmonar. Os átrios e os ventrículos não se contraem e relaxam simultaneamente, mas o fazem em
momentos diferentes, ou seja, enquanto os átrios estão se contraindo, os ventrículos se encontram relaxados para a
recepção do sangue, e vice-versa.
A contração do coração, tendo-se como referência os ventrículos; chama-se sístole cardíaca ou batimento cardíaco,
e o relaxamento denomina-se diástole cardíaca.
A pressão arterial corresponde à pressão exercida pela passagem do sangue na parede dos vasos sanguíneos.
SISTEMA LINFÁTICO
O Sistema Linfático é responsável pelo retorno do liquido dos tecidos em excesso, de volta para a corrente
sanguínea. É uma via alternativa de drenagem, que auxilia na drenagem do sistema venoso e no sistema imune
através dos Linfonodos.
Os vasos linfáticos retiram o líquido extra das células e dos capilares, acumulados durante o processo de nutrição
celular. Por não ser um sistema fechado e não ter uma bomba central, a linfa depende exclusivamente da ação de
agentes externos para poder circular.
COMPONENTES
Capilar
linfático Vasos
linfáticos Linfa
Linfonodos
LINFA
O liquido aquoso derivado do plasma sanguíneo presente entre as células, ao entrar no capilar linfático recebe o
nome de Linfa. Apresenta coloração límpida e cristalina e tem em sua composição 96% de água, e 4% de elementos
como sódio, potássio, CO2, glicose, linfócitos, macrófagos, Lipídios, bactérias e fragmentos celulares.
O volume de linfa drenado por dia é de 2L; enquanto que o sanguíneo é de 7 mil
L/dia.
LINFONODOS
São pequenos órgãos perfurados por canais, presentes em diversos pontos da rede
linfática. Responsáveis pela filtração da linfa e eliminação de corpos estranhos (vírus
e bactérias) pela ativação e liberação linfócitos T (anticorpos). A linfa, em seu
caminho para o coração, circula pelo interior desses linfonodos para que partículas
sejam fagocitadas pelos linfócitos e macrófagos.
CAPILARES LINFÁTICOS
As células dos capilares estão unidas entre as células dos tecidos adjacentes. Esse
arranjo permite a formação de válvulas, que impedem o refluxo da linfa para os
espaços intersticiais. A elevação da pressão do líquido intersticial, com exceção da obstrução no sistema linfático,
faz com que aumente o fluxo de linfa.
Dessa forma, o sistema linfático é caracterizado como uma via unidirecional de drenagem. A linfa move-se
lentamente e sob baixa pressão devido à compressão pela contração dos músculos, pela contração rítmica da
parede dos vasos, pela respiração, atividade intestinal e outras compressões externas, como a massagem. Este
fluido é transportado para vasos linfáticos que seguem em direção ao linfonodo, acumulando-se nos ductos
linfáticos (Ducto Toraácico e Ducto Linfático Direito), até desaguar no sistema venoso (veia subclávia e jugular). A
linfa segue desta forma em direção ao abdome, onde será filtrada e eliminará as toxinas com a urina e fezes. Se
um vaso sofre uma obstrução, o líquido se acumula na zona afetada, produzindo-se um inchaço denominado
edema.
ÓRGÃOS LINFÓIDES
BAÇO
Possui grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, destroem
micróbios, restos de tecido, substâncias estranhas, células do sangue em circulação já
desgastadas como eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Dessa forma, o baço “limpa” o
sangue, funcionando como um filtro. Alem disso, participa da resposta imune,
reagindo a agentes infecciosos e funciona como reservatório de eritrócitos do
sangue.
TONSILAS PALTINAS
As tonsilas estão posicionadas estrategicamente de forma a participarem nas
respostas imunológicas contra substâncias estranhas que são ingeridas ou inaladas.
Contém LINFÓCITOS.
◦ Tonsilas Palatinas: Situadas no fundo da boca
◦ Tonsila Faríngea: Adenóide. Situada na parede posterior da parte nasal da faringe (osso esfenóide).
TIMO
É um órgão localizado atrás do esterno e entre os pulmões. Seu papel é auxiliar e distribuir os linfócitos a outros
órgãos linfáticos E produzir hormônios que promovam a proliferação e a maturação dos linfócitos. Após a
puberdade, o órgão atrofia, mas continua a exercer sua função protetora, com a produção complementar
de anticorpos, mesmo que nesse período seu desempenho já não seja vital.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
A respiração é uma característica fundamental para os seres vivos, consiste na absorção de oxigênio (O2) e
eliminação de dióxido de carbono (CO2) resultante das oxidações celulares. É um processo contínuo, já que todos
os
processos químicos do corpo dependem do oxigênio.
A função do sistema respiratório é proporcionar ao organismo uma troca de gases entre o ar atmosférico e o
sangue, garantindo assim uma concentração contínua de oxigênio no organismo; e como via de eliminação de gases
residuais resultantes das reações metabólicas. A respiração pode ser dividida em 2 tipos:
Ventilação: processo mecânico de mobilização do ar para dentro e para fora dos pulmões chamado de
Inspiração e Expiração.
Hematose: Processo químico de difusão do oxigênio e do dióxido de carbono entre os alvéolos e o sangue nos
pulmões.
CAVIDADE NASAL
O nariz é uma saliência localizada na região central da face. Possui 2 aberturas - narinas direita e esquerda - que
comunicam a cavidade nasal com o meio externo. Esta cavidade possui as conchas e meatos nasais, a mucosa, os
pêlos e os capilares sanguíneos, todos com a função de filtrar, aquecer e umedecer o ar inspirado. As fossas nasais
são separadas internamente por uma parede cartilaginosa denominada Septo Nasal.
FARINGE
É um tubo muscular localizado entre a cavidade nasal e laringe. A faringe é comum ao sistema digestório e
respiratório. Sua parede é composta de músculos e revestida de túnica mucosa. Apresenta 3 porções anatômicas:
nasofaringe, orofaringe e laringofaringe.
LARINGE
Tubo localizado anteriormente no pescoço e formado por cartilagens (tireóide, cricóide, epiglótica e outra menores),
entre faringe e traquéia. A entrada da laringe chama-se glote, orifício cujas bordas apresentam 2 pregas vocais
(cordas vocais), que vibram com a passagem do ar e produzem o som (voz).
Acima da glote existe uma espécie de “lingüeta” de cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. A
epiglote se fixa no osso hióide e na cartilagem tireóide e funciona como uma "porta" para o pulmão, onde apenas o
ar ou substâncias gasosas entrem ou saiam dele. Quando engolimos sólido ou liquido, a epiglote se fecha e “tampa”
a laringe, para que o alimento siga pelo esôfago, evitando que cheguem aos pulmões. Por isso, sua abertura é
necessária para a passagem do ar.
TRAQUÉIA
É um tubo que faz continuação à laringe. Tem estrutura
cilíndrica, formada por uma série de anéis cartilaginosos
em forma de C. Mede cerca de 12 cm e faz o transporte
do ar da laringe para os brônquios e vice-versa. Ela
bifurca-se na região inferior (Carina da Traquéia), dando
origem aos brônquios principais direito e esquerdo.
BRÔNQUIOS E BRONQUÍLOS
Os brônquios surgem a partir da ramificação inferior
da traquéia e por isso possuem a mesma constituição.
O brônquio principal direito é mais curto e mais largo
que o esquerdo. Os brônquios de maneira geral
bifurcam-se e dão origem a uma seqüência de tubos, com
diâmetros decrescentes (ou seja, devido às bifurcações os diâmetros dos brônquios diminuem sucessivamente),
originando os bronquíolos, já dentro dos pulmões. Os bronquíolos são os últimos tubos da via respiratória.
Assim temos: brônquios principais, brônquios lobares, brônquios segmentares e bronquíolos.
ALVÉOLOS PULMONARES
Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias. Possuem a forma de
bols a e são representados por milhares em cada pulmão, sendo unidades
resp iratórias dos pulmões responsáveis pela hematose. As paredes dos
alvéolos são tão finas que o oxigênio pode passar para o sangue,
enquanto o gás carbônico passa do sangue para o interior dos alvéolos,
atra vés da membrana capilar alvéolo-pulmonar.
PULMÕES
Os pulmões direito e esquerdo estão localizados no interior da caixa torácica, protegidos pelas costelas.
São os órgãos nos quais ocorrem efetivamente as trocas gasosas, ou seja, a
re spiração. Os pulmões são subdivididos em lobos. O pulmão direito possui três
lo bos: lobo superior, lobo médio e lobo inferior, e duas fissuras, uma horizontal e
uma oblíqua que delimitam esses lobos. O pulmão esquerdo possui dois
lo bos: lobo superior e lobo inferior separados pela fissura oblíqua. O pulmão
é elástico, mas não se move por si só. Os movimentos de expansão e
compressão do pulmão para a entrada e saída do ar são devidos aos músculos
Intercostais e ao Diafragma.
PLEURA
Os pulmões são revestidos por um saco seroso chamado de pleura, que envolve e protege cada pulmão. A
pleura apresenta dois folhetos: um chamado de pleura visceral que faz contato direto com os pulmões e um
folheto chamado de pleura parietal que reveste a parede interna do tórax. Entre elas existe um liquido
pleural que proporciona o deslizamento dos folhetos na constante mudança de volume e movimento pulmonar.
DIAFRAGMA
A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, órgão músculo-membranoso que separa o tórax do abdôme.
Localizado logo acima do estômago, promove, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos
respiratórios.
MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS
A Inspiração, que promove a entrada de ar nos
pulmões, dá-se pela contração da musculatura do diafragma e
dos músculos intercostais. O diafragma abaixa e as costelas
elevam-se, promovendo o aumento da caixa torácica, com
conseqüente redução da pressão interna (em relação à externa),
forçando o ar a entrar nos pulmões.
A Expiração, que promove a saída de ar dos pulmões, dá-
se pelo relaxamento da musculatura do diafragma e dos
músculos intercostais. O diafragma eleva-se e as costelas
abaixam; o que diminui o volume da caixa torácica, com conseqüente aumento da pressão interna, forçando o ar a
sair dos pulmões.
SISTEMA DIGESTÓRIO
Tem como função modificar os alimentos ingeridos para serem aproveitados como energia. Para
manutenção do organismo é necessário que o mesmo receba suprimento nutritivo através dos alimentos ingeridos,
que precisam se tornar solúveis e sofrer modificações químicas para que sejam absorvidos.
FARINGE
É um tubo muscular associado aos sistemas respiratório e digestório. Localiza-
se posteriormente às cavidades nasal e bucal e divide-se em nasofaringe,
orofaringe e laringofaringe. É um canal comum para a passagem do
alimento ingerido (da boca até o esôfago) e do ar inspirado ( do nariz até a
laringe).
ESÔFAGO
Tubo muscular que se estende da faringe até o estômago, e leva o bolo alimentar, sendo
i mpulsionado pelos movimentos peristálticos e ação da gravidade. A
presença do alimento no esôfago estimula sua parede muscular a se
contrair e relaxar em um único sentido, impedindo o refluxo.
ESTÔMAGO
É uma dilatação do tubo digestório, localizado abaixo do diafragma e sua maior parte à esquerda. Fica entre o
esôfago e intestino delgado. É um órgão muscular oco com tamanho variável, conforme a contração das fibras
musculares de suas paredes. Sua capacidade de armazenamento é de 1 a 2 litros, podendo ultrapassar esse valor,
dependendo dos hábitos alimentares.
O estômago apresenta 2 válvulas que impedem a saída prematura do bolo alimentar. São elas:
Cárdia (óstio cárdico): válvula superior de comunicação com o esôfago. Impede o refluxo do bolo alimentar para
o esôfago. Em crianças recém-nascidas, cuja cárdia ainda não está bem formada, o refluxo é freqüente.
Piloro (óstio pilórico): válvula que regula a saída do quimo para o intestino delgado.Essa válvula permite que o
quimo seja liberado aos poucos ao duodeno, para facilitar a absorção dos nutrientes digeridos.
O estômago divide-se nas seguintes partes:
Cárdia: junção com o esôfago
Fundo: Porção superior próxima ao diafragma.
Corpo: maior parte do órgão
Piloro: parte final que se une ao intestino delgado.
INTESTINO GROSSO
É a porção final do tubo digestório, com forma de ferradura invertida e medindo cerca de 2 metros de comprimento.
É mais calibroso e mais curto que o intestino delgado e apresenta dilatações chamadas bosseladuras. O intestino
grosso é fixo na parede posterior do abdome; se inicia na válvula ileocecal e termina no esfíncter anal.
É subdividido em 4 partes:
apêndice Ceco: comunica-se com o íleo e apresenta o
vermiforme.
Cólon: constitui a parte mais longa do intestino grosso.
Composto pelos cólons ascendente, transverso, descendente e
sigmóide. As ondas peristálticas movem o material fecal pelos cólons,
enquanto a água é continuamente reabsorvida.
Reto: parte final do intestino, localizado na cavidade pélvica.
Comumente, encontra-se vazio, pois as fezes são armazenadas mais
acima, no cólon descendente. Finalmente, o cólon descendente torna-
se cheio e as fezes passam para o reto, causando a urgência para
evacuar. Comunica-se com o meio externo através de uma abertura
denominada ânus, um esfíncter que deve relaxar para que a
defecação possa ocorrer.
As principais funções do intestino grosso são a absorção de água; síntese de vitaminas pelas
bactérias intestinais, formação, acúmulo e eliminação de fezes (substancia composta pelo material que não foi
utilizado pelo organismo). As fezes que ficam no intestino grosso por um período maior perdem o excesso de água,
desenvolvendo a chamada constipação. Ao contrário, movimentos rápidos do intestino não permitem tempo
suficiente para que ocorra a reabsorção de água, causando diarréia.
FÍGADO
Órgão é um órgão vital localizado abaixo do diafragma, à direita da cavidade abdominal. É a maior
glândula do corpo e a mais volumosa víscera abdominal, pesando 1,5kg. Desempenha importante papel nas
atividades vitais do organismo, e apenas algumas delas relacionadas à
digestão.
A função digestiva do fígado é produzir a bile, uma secreção verde amarelada,
a rmazenada na vesícula biliar, e liberada quando gorduras entram no
d uodeno. A bile emulsifica a gordura e a distribui para a parte distal do
i ntestino para sua digestão e absorção.
Este órgão também é capaz de armazenar ferro, vitaminas e glicose;
participa do metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas, inativa produtos tóxicos, como o álcool e
medicamentos e metaboliza e elimina resíduos gerados no próprio corpo.
Os nutrientes absorvidos pelas paredes intestinais caem nos capilares, e penetram no fígado através da veia porta.
Em seu interior, esse sangue é processado, as bactérias e partículas estranhas são removidas e muitos
nutrientes absorvidos do intestino são metabolizados para que possam ser utilizados pelo organismo. Esse
processamento ocorre em uma alta velocidade e o sangue retorna carregado de nutrientes para a circulação geral
(veia cava).
VESÍCULA BILIAR
É um órgão muscular em forma de pêra, localizado na face visceral (inferior) do fígado. É
um saco membranoso que acumula a bile no intervalo das digestões, com capacidade para até 50 ml. Quando
estimulada, contrai-se e manda a bile através do ducto colédoco até o duodeno. Os ácidos biliares combinados
com os ácidos graxos e colesterol permitem a passagem das moléculas de lipídio pela parede intestinal, para ser
transportada pelos vasos linfáticos, despejadas na circulação sangüínea, até chegar ao fígado para a
metabolização e depois armazenadas em diferentes partes do corpo.
PÂNCREAS
Situa-se posteriormente ao estômago e se fixa a parede posterior do abdome. Suas células se
dividem em 2 grupos: as que produzem os hormônios glucagon e insulina diretamente na corrente
sanguínea (ilhotas de Langherans) e as secretam o suco pancreático, que entra no duodeno através dos ductos
pancreáticos (ácinos). O suco pancreático é essencial e importantíssimo para o processo da digestão; sendo
composto pelos seguintes elementos:
Bicarbonato de sódio - exerce uma importante função de
neutralizar a acidez do quimo proveniente do estômago, pois a mucosa
do intestino delgado não é tão protegida contra o pH ácido quanto a
mucosa do estômago.
Tripsina e Quimiotripsina - enzima que atua na digestão de
proteínas.
Amilase Pancreática - enzima responsável pela digestão de
carboidratos.
Lipase - enzima que atua na digestão de gorduras
.
SISTEMA URINÁRIO
O corpo apresenta diversos mecanismos de eliminação dos dedritos do organismo, usando como via
de excreção os pulmões, o intestino, a pele e o sistema urinário.
O sistema urinário é responsável pela produção e eliminação da urina,
mantendo assim a homeostase (manutenção do volume de líquido) do
corpo.
Este sistema é formado pelos rins
(direito e esquerdo), com função de
produzir a urina, ureteres (direito e
esquerdo), com função de
transportar a urina, bexiga onde a
urina fica armazenada e uretra, que
transporta a urina até o exterior do
corpo. Este sistema pode ser
dividido em:
Órgãos Secretores: produzem a urina. São os Rins.
Órgãos Excretores: encarregados de processar a drenagem da urina
para fora do corpo. Formado pelos ureteres, bexiga e uretra. Essas estruturas
não modificam a urina ao longo do caminho, ao contrário, elas armazenam e
conduzem a urina do rim para o meio externo.
RINS
São um par de órgãos com forma de “feijão”, de coloração vermelho-pardo, localizados ao lado da coluna
vertebral na porção póstero-superior da cavidade abdominal, e pesam cerca de 200g. O rim direito esta localizado
um pouco abaixo em relação ao esquerdo, por causa do fígado, sendo o esquerdo um pouco maior. Possuem uma
face convexa (lateral) e outra côncava (medial). Na face medial encontra-se o hilo renal (abertura em forma
de fenda), onde entram e saem vasos, nervos e o ureter. Na extremidade superior de cada rim há uma glândula
supra-renal.
No seu interior encontram-se os néfrons, unidades microscópicas que filtram o sangue e produzem a urina. A
artéria renal entra com o sangue nos rins e este é filtrado, separando impurezas para serem eliminadas e as
substâncias reaproveitáveis voltam para a corrente sanguínea, saindo pela veia renal e dando sequência a circulação.
Estrutura do Rim
Os rins são formados por 3 camadas:
Cápsula fibrosa: camada mais externa, formada por tecido conjuntivo e tecido adiposo, que envolve o rim.
Córtex renal: área avermelhada, de textura lisa, onde ocorrem as etapas iniciais de formação e modificação da urina.
Camada medular: É a mais
interna, formada pela
composição de 8 a 18 cones
denominados pirâmides
renais. Juntos, córtex e
pirâmides renais da medula
renal constituem a parte
funcional, ou parênquima
do rim. No parênquima
estão as unidades
funcionais dos rins,
cerca de 1 milhão de estruturas microscópicas chamadas
NÉFRONS, responsáveis pela formação da urina. Estruturas Externas do
Rim:
Seio renal: margem medial do rim;
Hilo renal: fenda do seio renal. Entrada para o rim. Local onde vasos entram e deixam o seio renal.
Pelve renal: primeira porção do ureter, região mais alargada com forma de funil.
NÉFRONS
O néfron é a unidade morfofuncional ou a unidade produtora de urina do rim. Cada rim contém cerca de 1
milhão de néfrons. A forma do néfron é
peculiar, inconfundível, e admiravelmente
adequada para sua função de produzir urina. O
néfron é formado por dois componentes
principais:
1. Corpúsculo Renal: formado por uma rede de
capilares sangüíneos enovelados dentro de uma
cápsula glomerular, situados no córtex renal. É o
local onde ocorre a filtração do plasma sanguíneo.
2. Túbulos Renais: São uma série de tubos longos
que se originam na cápsula glomerular, localizados
na medula renal, responsáveis pela reabsorção dos
nutrientes e água de volta aos capilares
sanguineos.
FORMAÇÃO DA URINA
O sangue penetra nos rins pela artéria renal, que
se ramifica sucessivamente até que os capilares
possam circular pelos néfrons. Esse sangue, a uma
alta pressão, deixa passar água e substâncias dissolvidas através de suas paredes, que são captadas pelos
Corpúsculos Renais, ocorrendo a filtração glomerular. O filtrado é formado por água, sais, glicose, vitaminas, ácidos
graxos, aminoácidos, uréia e ácido úrico. Parte dessas substâncias será reabsorvida ao passarem pelos túbulos
renais, ao que chamamos de reabsorção tubular; restando apenas as impurezas. A urina formada goteja através das
papilas renais caindo nos cálices e na pelve renal.
Aproximadamente 2.000 litros de sangue passam diariamente pelos rins, mas apenas 200 litros são filtrados,
sendo que 198 litros são reabsorvidos e os 2 litros restantes formam a urina.
Componentes da urina: água (95%), cloreto de sódio (1%), uréia e ácido úrico, (excretas do metabolismo de
proteínas) bicarbonato, urobilinogênio (pigmento amarelado) etc. Obs. A glicose, as proteínas e o sangue
são elementos anormais à urina.
Os fatores que alteram a formação da urina são:
Alteração do volume sanguíneo, já que a urina é derivada do sangue;
Alteração da Pressão Arterial, pois interfere não só na pulsação do sangue pelos capilares, como também na
diferença de pressão entre capilar e néfron;
URETRA
Inicia-se na bexiga e atravessa a próstata, assoalho da pelve e o pênis. Possui um tamanho aproximado de 18 cm
e é um canal para a passagem da urina e do sêmen para o meio externo.
Divide-se em 3 partes:
1) parte prostática: onde atravessa a próstata;
2) parte membranosa: onde passa pelo assoalho da pelve;
3) parte esponjosa: onde atravessa o corpo esponjoso do pênis.
GLÂNDULAS BULBOURETRAIS
São 2 glândulas de forma arredondada, pequenas e situadas próximas à uretra. Seus ductos
desembocam na uretra esponjosa e sua secreção também auxilia na condução dos espermatozóides e na limpeza
da via condutora (uretra). Durante a excitação sexual, sua secreção protege os espermatozóides.
PÊNIS
Órgão masculino da cópula, com formato cilíndrico e composto de tecido erétil. Divide –se em raiz, que se prende
à região anterior do períneo; e corpo, que constitui a extremidade livre e
arredondada .
Internamente é composta por 3 cilindros de tecido erétil: dois corpos
cavernosos, que se fixam ao osso do quadril; e um corpo esponjoso, que
apresenta uma dilatação anterior denominada glande. O interior destes
três elementos apresenta um aspecto esponjoso pela existência de
inúmeras e finas trabéculas que se entrecruzam e se enchem de sangue
durante a relação sexual, produzindo a ereção.
A glande do pênis é revestida por uma prega de pele fina e deslizante,
conhecida por prepúcio. Dentro do prepúcio existem glândulas sebáceas
que produzem uma secreção denominada esmegma. Nos casos em que o
prepúcio é muito fechado e não permite a exteriorização da glande
(Fimose), pode ocorrer o acúmulo do esmegma, provocando irritação e inflamação no local.
A função do pênis é, com o auxílio dos corpos cavernosos e esponjoso, estruturas vasculares que
provocam sua ereção, lançar o esperma nointerior do sistema genital feminino.
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
O sistema feminino tem sua anatomia mais simples que a masculina, porém sua fisiologia é mais complexa, uma vez
que os processos de ovulação, fecundação, gestação e parto, ocorrem todos dentro deste sistema. É constituído por
estruturas/órgãos externos e internos, sendo: ovários, trompas, útero e vagina, como internos e monte pubiano,
lábios maiores, lábios menores, clitóris, bulbo do vestíbulo e glândulas vestibulares, como externos.
OVÁRIOS
São dois órgãos arredondados, com 3 cm de comprimento, formato de amêndoa e situados na cavidade pélvica
(um de cada lado). Suas funções são: produção e amadurecimento de gametas femininos (óvulos); e
produção dos hormônios Estrógeno e Progesterona, que controlam o desenvolvimento das características
sexuais e atuam no útero para o desenvolvimento do embrião, quando se tem a fecundação.
A atividade dos ovários é controlada pela hipófise, que secreta hormônios estimulantes (FSH e LH). Na
infância, os ovários apresentam coloração rósea, que se modifica para branca, com cicatrizes, após a puberdade.
Cada cicatriz corresponde a um óvulo que foi liberado em cada ciclo menstrual.
TUBAS UTERINAS
São dois tubos que conectam os ovários ao útero. São formados por uma parede músculos e por pequenos
cílios vibráteis para a movimentação dos óvulos. Possuem 3 porções:
1) Istmo: próximo ao útero;
2) Ampola: meio das trompas, mais dilatada;
3) Infundíbulo: próximo aos ovários que contém as fímbrias (franjas).
Atuam transportando os óvulos para a cavidade do útero e funcionam como local de fecundação, pois
os espermatozóides precisam chegar até as tubas para encontrar o óvulo.
ÚTERO
É um órgão muscular ímpar, com formato de “pêra invertida”, localizado na parte medial da cavidade
pélvica. Sua parede apresenta 3 porções: o Endométrio, camada interna composta por uma mucosa altamente
vascularizada, responsável por receber o óvulo fecundado (quando não ocorre ele se descama e provoca a
menstruação); o Miométrio, camada muscular espessa responsável pelo crescimento uterino durante a gestação e
por sua contração (no parto); e pelo Perimétrio, que forma a camada externa e serosa, responsável pela proteção do
útero. Internamente, o útero divide-se em 3 partes:
1) Fundo: porção superior;
2) Corpo: porção medial, comunica-se com as tubas uterinas;
3) Colo: porção inferior que se afunila e tem sua extremidade voltada para a vagina. Esta
região secreta o muco cervical, substância que aparece na vulva durante o período fértil, e tem a função de
colaborar com a fecundação, nutrindo, selecionando e encaminhando os espermatozóides até a tuba uterina. O
útero é responsável por alojar o embrião, caso haja uma fecundação, ou por descamação de sua parede interna,
para expulsar o óvulo não fecundado, através da menstruação.
VAGINA
É o órgão da cópula feminina, formado por músculo e forma de tubo com cerca de 7cm de comprimento.
Comunica-se superiormente com o útero e inferiormente com o vestíbulo da vagina (abertura externa). É um
órgão com grande elasticidade e sua parede interna é revestida por uma mucosa específica.Tem como função
receber o pênis no ato sexual, dar passagem ao feto, no parto (canal do parto) e liberar a menstruação, caso
o óvulo não seja fecundado. A vagina possui uma região denominada lago seminal, capaz de armazenar
temporariamente os espermatozóides.
GLÂNDULAS VESTIBULARES (Glândula de Bartholin): próximas ao vestíbulo da vagina, elas abrem seus
ductos nos lábios menores e produzem muco, visando facilitar a relação sexual. Apresentam tamanho de uma
ervilha.
Na mulher, desde o nascimento, o ovário traz cerca de 400.000 folículos, dos quais cerca de 300
irão amadurecer e formar óvulos. Este processo ocorre desde a Menarca (primeira menstruação, que ocorre em
torno de 11 a 13 anos) até a Menopausa (última menstruação). A partir da menarca, a cada 28 dias,
geralmente, um folículo (óvulo imaturo) migra para a superfície do ovário, onde, pela ação dos hormônios
femininos, será liberado no processo denominado Ovulação, que dura aproximadamente 14 dias (período que o
óvulo demora para percorrer toda a tuba uterina).
Durante a ovulação, ocorrem diversas alterações, para facilitar a fecundação, como o espessamento do
endométrio, com proliferação dos vasos sanguíneos (para a nidação), produção do muco cervical, entre outros.
Não sendo fecundado, o óvulo é reabsorvido pelo organismo e o endométrio descama e expele
determinada quantidade de sangue pela vagina – a chamada menstruação.
SISTEMA ENDÓCRINO
Constituído por um conjunto de glândulas
endócrinas, também chamadas de glândulas de secreção interna, ou
glândulas sem ductos, são as responsáveis por produzir e secretar
hormônios diretamente na corrente sanguínea. Essas glândulas têm
uma função essencial para a vida. Esse conjunto de órgãos produz
secreções denominadas Hormônios, substâncias que são
transportadas pela circulação a outras células do organismo, regulando
suas necessidades e suas funções. Os órgãos que têm sua função
controlada e/ou regulada pelos hormônios são denominados órgãos-
alvo.
Funções: Controlar a velocidade das reações químicas das células; regular o crescimento e
desenvolvimento do indivíduo, bem como de seus órgãos; e manter a inter-relação de todas as glândulas do corpo e
suas secreções.
SISTEMA DE NERVOS
O sistema nervoso controla as funções orgânicas e a integração ao meio ambiente. Ou seja, ele não só controla e
coordena as funções de todos os sistemas do organismo como também, ao receber estímulos externos, é capaz de
interpretá-los e desencadear respostas adequadas a eles.
O Sistema Nervoso (SN) apresenta três funções básicas:
Função Sensitiva: os nervos sensitivos captam informações do meio interno e externo do corpo e as conduzem
ao SNC;
Função Integradora: a informação sensitiva trazida ao SNC é processada ou interpretada;
Função Motora: os nervos motores conduzem a informação do SNC em direção aos músculos e às glândulas do
corpo, levando as informações do SNC.
TECIDO NERVOSO
O tecido nervoso compreende os neurônios e as Células da Glia.
Neurônio: é a unidade estrutural e funcional do sistema nervoso que é especializada para a comunicação rápida.
Tem a função básica de receber, processar e enviar informações.
Células da Glia (Neuroglia): células que ocupam os espaços entre os neurônios e tem como função sustentação,
revestimento ou isolamento e modulação da atividade neural.
MEDULA ESPINHAL
A medula espinhal é uma massa cilindróide de tecido nervoso, situada dentro do canal vertebral. No homem adulto
ela mede aproximadamente 45 cm sendo um pouco menor na mulher. A medula espinal é formada por trinta e um
segmentos, cada um dos quais dá origem a um par de nervos espinais. Ela atua como um caminho pelo qual passam
impulsos que vão ou vem do encéfalo para várias partes do corpo.
ENCÉFALO
É composto por: cérebro, tronco encefálico e cerebelo.
O cérebro responde pelas funções nervosas mais elevadas, contendo centros para interpretação de estímulos bem
como centros que iniciam movimentos musculares. Ele armazena informações e é responsável também por
processos psíquicos altamente elaborados, determinando a
int eligência e a personalidade. Está dividido em 2 hemisférios (direito
e esquerdo) e cada hemisfério é dividido em 4 lobos: o frontal, o
parietal, o occipital e o temporal.
O tronco encefálico, que se divide em mesencéfalo, ponte e bulbo,
conecta a medula espinal com as estruturas encefálicas localizadas
superiormente. Além de ser a origem dos nervos
cranianos, é sede de várias funções ligadas ao controle das atividades
in voluntárias, como a função respiratória; e das emoções.
O cerebelo atua na manutenção do equilíbrio corporal e como coordenador dos movimentos da musculatura
esquelética, recebendo informações de diversas partes do corpo.
Os nervos cranianos são doze pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo. Os dois primeiros têm conexão
com o cérebro e os demais com o tronco encefálico. Os nervos cranianos são mais complexos que os espinais e
dividem-se em:
I - OLFATÓRIO I VII – FACIAL
II – ÓPTICO VIII – VESTÍBULOCOCLEAR
III – OCULOMOTOR IX – GLOSSOFARÍNGEO
IV – TROCLEAR X – VAGO
XI – ACESSÓRIO XII – HIPOGLOSSO
SISTEMA SENSORIAL
O ser humano apresenta 5 órgãos que permitem o contato e interação com o meio ambiente.
São órgãos fundamentai do corpo. São eles:
Língua – para a gustação (Paladar)
Fossas nasais – para o olfato;
Pele – para o tato
Ouvidos – para a audição;
Olhos – para a visão.
Os órgãos dos sentidos recebem os estímulos e os transmitem ao cérebro, através de nervos sensoriais.
O cérebro então entende a mensagem produzindo a sensação.
TATO
O órgão do tato é a pele. Ela apresenta muitos receptores sensoriais, para os diferentes estímulos.
Os receptores sensoriais são formados por fibras nervosas, que se organizam formando diferentes
corpúsculos sensoriais, que permitem identificar o formato, peso e características dos objetos; ou
ainda perceber os diferentes estímulos da pele. São eles:
Corpúsculos de Meissner – tato/ Corpúsculos de Krause – frio/ Corpúsculos de Ruffini – calor/
Corpúsculo de Paccini – pressão.
PALADAR
Distinguimos os sabores pelo sentido da gustação, chamado também de paladar. O órgão da
gustação é a língua. A língua apresenta 2 superfície
Dorsal: com numerosas rugosidades chamadas de papilas linguais;
Ventral: apresenta-se relativamente lisa.
Nas papilas linguais existem os corpúsculos gustativos, especializados em sentir o gosto. As
papilas percebem 4 tipos básicos de gosto, mas cada sabor é sentido com maior intensidade em
determinada região da língua:
VISÃO
Os olhos são os órgãos responsáveis pela visão. Temos 2 globos oculares, cada um com uma parede
formada por três membranas:
Esclerótica: membrana mais externa, de cor branca e opaca. Na parte da frente, apresenta uma saliência e é
transparente, recebendo o nome de córnea.
Coróide: localizada sobre a esclerótica, rica em vasos sangüíneos. O sangue circula nessa membrana e
nutre as células do olho. Na parte da frente, a coróide apresenta uma região circular, a íris. No centro da
íris há um orifício, a pupila, que se adapta à luz incidente.
Retina: Camada mais interna e sensível do globo ocular.
O nosso campo
de visão é
relativamente
limitado, embora
tridimensional e
com
profundidade.
Quando
olhamos um
objeto, a luz
que ele emite
penetra em nosso olho, atravessando todos os meios
transparentes até chegar à retina, onde a imagem é percebida.
Então a imagem é conduzida pelo nervo
óptico até o cérebro, onde é interpretada. Aquilo que enxergamos, constitui uma resposta do cérebro ao
estímulo recebido pela retina.
Defeitos da visão
Miopia (olho longo): As imagens se formam antes da retina. Usam-se então lentes
divergentes, que afastam as imagens fazendo-as coincidir com a retina.
Hipermetropia (olho curto): As imagens se formam após a retina.
Astigmatismo (deformação da córnea): Ocorre o desvio da imagem. Nesse caso, a correção
é feita com o auxílio de lentes cilíndricas.
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