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ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA

INTRODUÇÃO AO CONCEITO DE ANATOMIA E FISIOLOGIA


A Anatomia é um dos estudos mais antigos da história da humanidade. É uma palavra
grega, que significa cortar em partes, sem destruir os elementos.
A anatomia é a parte da biologia que estuda a forma e a estrutura dos seres vivos,
enquanto a Fisiologia visa conhecer o funcionamento do corpo humano. Dessa maneira, essas duas
ciências caminham juntas, para explicar o corpo humano.
O corpo humano tem como unidade anátomo-funcional a CÉLULA. Um agrupamento
de células da mesma natureza constitui o TECIDO. A reunião de vários tecidos constitui um ÓRGÃO.
Diversos órgãos reunidos formam um SISTEMA. A união de todos os sistemas forma o
ORGANISMO. CÉLULA  TECIDO ÓRGÃO  SISTEMA  ORGANISMO.
DIVISÃO DO CORPO HUMANO
Classicamente o corpo humano é dividido em cabeça, tronco
e membros. A cabeça se divide em face e crânio
O tronco em pescoço, tórax e abdome. Os membros em
superiores e inferiores.
O membro superior é dividido em ombro, braço, antebraço e
mão O membro inferior é dividido em quadril, coxa, perna e
pé.
O membro superior é dividido em ombro, braço, antebraço e
mão O membro inferior é dividido em quadril, coxa, perna e
pé.
Variação Anatômica: são variações existentes entre os
seres humanos, que não prejudicam suas funções.
Essas variações são consideradas fora do padrão
“normal” encontrado na maior parte dos organismos.
Os fatores que podem levar a uma variação
anatômica são: sexo, idade, raça, biótipo, evolução,
etc.

Nomenclatura anatômica: são termos utilizados para


designar e descrever padronizado o organismo ou suas partes. É uma linguagem específica,
internacional (base no latim), que denomina a estrutura de forma uniformizada.
Terminologia (Termos Anatômicos):
Anterior/ Ventral/ Frontal = à frente
Posterior/ Dorsal = parte de trás
Inferior/Caudal = embaixo
Superior/ Cranial = acima
Medial/ Interno = próximo do eixo sagital mediano
Lateral/ Externo = afastado do plano sagital mediano
Proximal e Distal = próximo ou afastado a raiz do membro.
Próximo ou afastado a origem do vaso.
Superficial/Profundo = mais perto ou afastado a superfície.
Homolateral/ Ipsilateral = mesmo lado
Contralateral = lado oposto.
Posição Anatômica (Posição de Estudo)
Posição de sentido com pés paralelos, membros inferiores paralelos e estendidos, membros
superiores unidos ao longo do corpo, palmas da mão voltadas para frente e olhar no infinito.
A posição anatômica é uma posição de referência, que dá significado aos termos utilizados na
descrição nas partes e regiões do corpo. As discussões sobre o corpo, o modo como se movimenta; sua
postura ou a relação entre uma e outra área assumem que o corpo como um todo está numa
posição específica chamada POSIÇÃO ANATÔMICA. Deste modo, os anatomistas, quando escrevem
seus textos, referem-se ao objeto de descrição considerando o indivíduo como se estivesse sempre na
posição padronizada.
Posição Supina ou Decúbito Dorsal: o corpo está deitado com a face voltada para cima.
Posição Prona ou Decúbito Ventral: o corpo está deitado com a face voltada
para baixo.
Decúbito Lateral: o corpo está deitado de lado.
 PLANOS SECCIONAIS ANATÔMICOS: cortam o corpo em determinadas direções.
Plano Sagital: corta o corpo no sentido ântero-posterior; divide o corpo em direita e
esquerda.
Plano Frontal/ Coronal: corta o corpo lateralmente, da direita para a esquerda
e vice-versa, determinando sempre uma estrutura anterior e posterior.
Plano Transversal: corta o corpo transversalmente determinando sempre uma

porção superior e inferior.

SISTEMA ESQUELÉTICO
Formado por 206 ossos, cartilagens e articulações. Têm as funções de sustentação do organismo,
proteção de órgãos nobres (coração, pulmão), formação de sistema de alavancas, armazenamento de
minerais (cálcio) e produção de células sanguíneas.Divide-se em esqueleto axial (cabeça, pescoço e
tronco) e apendicular (membros) que são unidos por meio das cinturas articulares (cíngulos).
CONSTITUIÇÃO ÓSSEA
Os ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unidos uns aos outros, por
intermédio das articulações constituem o esqueleto. É um tecido vivo, complexo e dinâmico (são
vascularizados e inervados). Participa de um contínuo processo de remodelamento dinâmico, produzindo
osso novo e degradando o velho.
Os ossos são formados por
substâncias responsáveis pela sua consistência e por
sua firmeza, que são:
Colágeno: Substância orgânica que
constitui uma rede no espaço intercelular. É uma
proteína que lhes concede elasticidade, flexibilidade e
resistência. Sua falta torna o osso quebradiço.
Sais Minerais: São as substâncias
inorgânicas responsáveis pela rigidez característica
dos ossos, destacando os sais de cálcio e de fósforo.
Os sais ligam-se ao colágeno, tornando o osso rígido.
Camadas do Tecido Ósseo
Periósteo: tecido conjuntivo que reveste a superfície externa do osso, exceto nas articulações;
formando uma membrana dura e resistente. Protege o osso, serve como ponto de fixação para os
músculos e contém vasos sanguíneos.
Tecido Compacto: células são bem unidas, proporcionando certa rigidez. Localizadas na camada
superficial do osso promove proteção, suporte e resiste às forças produzidas pelo peso e movimento. Nos
ossos longos encontram-se na diáfise.
Tecido Esponjoso: as células deixam espaços entre si, proporcionando um tecido menos rígido e
com aspecto poroso, ocupado pela medula óssea. Localizado na camada óssea profunda. Nos ossos
longos encontra-se nas epífises.
Medula Óssea: células que preenchem as cavidades do tecido esponjoso. Nos ossos longos está
contida em uma cavidade central denominada canal medular. Compreende 2 tipos:
Medula Óssea Vermelha: produzem as diferentes células sanguíneas e suas precursoras. Localiza-se
na epífise dos ossos longos. Medula Óssea Amarela: Composta de tecido adiposo é encontrada na diáfise
dos ossos longos.
CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS
Os ossos são classificados de acordo com a sua forma (espessura, largura e comprimento) em:
Ossos Longos: são aqueles em que o comprimento predomina sobre a largura e espessura. Os ossos
longos apresentam uma escavação central que é o canal medular, onde se encontra a medula óssea.
Os ossos longos são constituídos por um corpo ou diáfise e 2 extremidades ou epífises. Ex.: Fêmur.
Ossos Curtos: as 3 dimensões se equivalem, são ossos cúbicos. Ex.: carpos.
Ossos Chatos (planos): são ossos finos, onde o comprimento e a largura predominam sobre a
espessura. Ex: escápula.
Ossos Alongados: as costelas são ossos longos, porém achatados, e como não apresentam canal
central, pertencem a outro grupo.
Ossos Pneumáticos: são ossos ocos, com cavidades cheias de ar, apresentando pequeno peso em relação
ao seu volume. Ex.: Frontal.
Ossos Irregulares: são aqueles que apresentam uma caracterização muito específica. Ex.: vértebra e
maxilar.
Ossos Sesamóides: Estão presentes no interior de alguns tendões em que há considerável fricção,
tensão e estresse físico, como as palmas e plantas. Ex.: patela.

OSSOS DO CORPO HUMANO


Cabeça: divide-se em ossos do crânio e da face
• Frontal: Osso que forma a porção anterior do crânio, a testa.• Temporais: direito e esquerdo e
formam parte das porções laterais do crânio, margeando as orelhas. • Parietais: Direito e esquerdo e
formam a porção superior e parte das porções laterais do crânio.• Occipital: Osso que forma a porção
postero-inferior do crânio·.• Esfenóide: Osso interno, que forma a porção do assoalho do crânio. •
Etmóide: Osso que forma parte do interior da cavidade nasal.
Face
• Maxilares: Direito e esquerdo e localizam-se nas laterais do nariz e prendem os dentes superiores.•
Zigomáticos: Direito e esquerdo, localizados laterais aos maxilares, formando as proeminências da face. •
Nasais: direito e esquerdo e localizam-se superior ao nariz• Lacrimais: direito e esquerdo, localizados na
porção medial e inferior de cada órbita. • Palatinos: direito e esquerdo, formam o teto da boca.• Conchas
nasais inferiores: direita e esquerda e encontram-se dentro da cavidade nasal. • Vômer: osso único e
localiza-se na parte inferior da cavidade nasal.• Mandíbula: osso único e forma a parte inferior da boca,
prendendo os dentes inferiores.
Coluna Vertebral: Formada pela sobreposição de ossos denominados vértebras, que no seu
conjunto formam uma haste flexível capaz de dar sustentação, equilíbrio e mobilidade ao corpo. É
também responsável por alojar e proteger a medula espinhal, através do seu canal medular.
Entre as vértebras encontra-se o Disco Intervertebral, formado por tecido fibrocartilaginoso. Os
discos formam fortes articulações, permitem vários movimentos da coluna vertebral e absorvem os
impactos.
Formada por 33 vértebras sobrepostas que se dividem em: • Região Cervical, formada por 7 vértebras.
• Região Torácica, formada por 12 vértebras. • Região Lombar, formada por 5 vértebras.
• Região Sacral, formada pelo osso sacro (5 vértebras fundidas).
• Região Coccígea, formada pelo osso cóccix (4 vértebras fundidas).
Caixa torácica: é formada pelo osso esterno, pelas costelas e pela região torácica da coluna vertebral. É
responsável pela proteção do coração, grandes vasos e pulmões e pela mobilidade respiratória,
formando uma câmara expansível durante a inspiração e expiração.
Esterno: osso localizado na parte anterior e mediana do tórax. Articula-se com as 7 primeiras
costelas. Divide-se em: manúbrio, corpo e processo xifóide.
Costelas: são 12 pares ósseos que são presos nas vértebras torácicas (posteriormente) e no esterno
(anteriormente). São classificadas em:
• Costelas Verdadeiras: 1º ao 7º par. Unidos através de suas cartilagens diretamente com o esterno. •
Costelas Falsas: 8º ao 10º par. Ligadas ao esterno através da fixação com a cartilagem do 7º par.
• Costelas Flutuantes: 11º e 12º pares. Não têm contato com o esterno, são costelas livres.
Ossos dos Membros Superiores
 Cintura escapular (Ombro): formada pela clavícula e escapula
 • Clavícula: direita e esquerda, localizada na porção ântero-superior da caixa torácica. Tem
forma de “S”.
 • Escápula: direita e esquerda, localizada na porção postero-superior da caixa torácica.
Apresenta formato triangular. Articula-se com o úmero e a clavícula.
 • Úmero: é o maior e mais longo osso do braço. Une o ombro (escápula) ao
cotovelo (radio e ulna). • Rádio: direito e esquerdo, localizado na parte lateral do
antebraço.
 • Ulna: direita e esquerda, localizada na parte medial do antebraço.
 • Carpos: são os 8 ossos que formam o punho. São eles o escafóide, semilunar, piramidal,
pisiforme, trapézio, trapezóide, capitato e hamato.
 • Metacarpos: são os 5 ossos que formam a mão. Chamados de 1º metacarpo
(lateral), 2º mtc..até 5º metacarpo (medial)
 • falanges: são 14 ossos para cada membro superior e formam os dedos.
 Falange proximal, média e distal, exceto o 1º dedo tem que não tem a falange média.

 Ossos dos Membros Inferiores


 Cintura pélvica: formada pelos ossos do quadril, sacro e cóccix (da coluna)
 • quadril: são formados pela união de três ossos, o ílio, o ísquio e o púbis de cada lado.
 • fêmur: é o mais longo e pesado osso do corpo. É o osso da coxa. Une o
quadril ao joelho.
 • patela: faz parte da articulação do joelho.
 • tíbia: é o osso medial da perna. Articula-se com o fêmur e a fíbula.
 • fíbula: é o osso lateral da perna. Dos ossos da perna a fíbula é a mais fina, não tem função
de sustentação de peso. Articula-se com a tíbia e o tálus.
 • tarsos: são 7 ossos do pé, sendo o calcâneo, tálus, navicular, 1º / 2º / 3º
cuneiformes e cubóide.
 • metatarsos: são 5 ossos. Formam o “peito” do pé.
 • falanges: são 14 ossos para cada membro inferior e formam os dedos.
 Falange proximal, média e distal, exceto o 1º dedo tem que não tem a falange média.
 Também incluímos os ossos: hióide (pescoço), martelo/estribo/bigorna (ouvido).
SISTEMA ARTICULAR

Articulações são as uniões funcionais entre dois ou mais ossos do esqueleto. Elas podem permitir amplo
movimento ou nenhum. São divididas nos seguintes grupos, de acordo com sua estrutura e mobilidade:
 Articulações Fibrosas ou Sinartroses: São as articulações imóveis (fixas), unidas por tecido
conjuntivo fibroso. Dividem-se em:
 Sutura  articulação encontrada somente entre os ossos do crânio e da face.
 Sindesmose  articulação encontrada somente entre os ossos da tíbia e fíbula; e rádio e ulna,
 Gonfose  é uma articulação fibrosa especializada restrita à fixação dos dentes nas cavidades alveolares na
mandíbula e maxilas.
 Articulações Cartilaginosas ou Anfiartroses: permitem movimentos limitados.
Divide-se em:
 Sincondrose  São articulações temporárias, com a cartilagem sendo substituída por osso com o passar do
tempo. Ex: entre as partes do esterno.
 Sínfises As superfícies articulares são cobertas por cartilagem hialina. Entre os ossos há um disco
fibrocartilaginoso. Esses discos por serem compressíveis permitem que a sínfise absorva impactos. Ex:
intervertebrais; sacrais; púbica;
 Articulações Sinoviais ou Diartroses: articulações que permitem amplos movimentos. As faces
articulares dos ossos não estão em continuidade. São constituídas por cápsula articular e ligamentos,
que envolvem a articulação, impedem o movimento em planos indesejáveis e limitam a amplitude dos
movimentos; por líquido sinovial, que lubrifica e facilita a movimentação; e por discos e meniscos, que
tornam as superfícies articulares congruentes e agem como amortecedores de impacto.
São dividas de acordo com o grau de movimentação permitida em:
 Monoaxial  movimentos apenas em torno de um eixo (1 grau de liberdade). Só permitem a flexão e
extensão ou a rotação. Ex: cotovelo, interfalangianas, radio-ulnar.
 Biaxial  movimentos em torno de dois eixos (2 graus de liberdade). Realizam extensão, flexão, adução e
abdução. Ex: punho e polegar.
 Triaxial  Realiza movimentos em torno de três eixos (3 graus de liberdade). As articulações que além de
flexão, extensão, abdução e adução, permitem também a rotação. Ex: Ombro e quadril.

SISTEMA MUSCULAR
São estruturas anatômicas que apresentam a capacidade de se contrair, e sob estímulos nervosos
são capazes de transmitir movimento. Este é efetuado por células especializadas denominadas fibras
musculares, capazes de transformar energia química em energia mecânica (movimento).
O músculo vivo é de cor vermelha. Essa coloração denota a existência de pigmentos e de grande
quantidade de sangue nas fibras musculares. Representam 40-50% do peso corporal total.
FUNÇÕES DOS MÚSCULOS:

Produção dos movimentos corporais (Locomoção);


Estabilização das Posições Corporais;
Regulação do Volume dos Órgãos;
Movimento de Substâncias dentro do Corpo;
Produção de Calor para manutenção da temperatura corporal (Homeotermia).
TIPOS DE MÚSCULOS:
Músculo Voluntário ou Estriado Esquelético: Contraem-se por influência da vontade. Responsáveis pelos
movimentos do esqueleto.
Músculo Involuntário ou Liso: Não depende da nossa vontade para contrair-se. Formam os órgaos e vísceras
do corpo humano.
Músculo Estriado Cardíaco: músculo que forma o coração. Age sem o controle consciente do indivíduo.

 MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO


Componentes: móvel (inserção).
Ventre Muscular: é a porção contrátil do músculo, constituída por fibras APONEUROSE
musculares que se contraem. Constitui o corpo do músculo (porção
carnosa).
Tendão: é um elemento de tecido conjuntivo, ricos em fibras colágenas e que
serve para fixação do ventre, em ossos, no tecido subcutâneo e em
cápsulas articulares. Possuem aspecto morfológico de fitas ou de cilindros. Fáscia
Muscular: Membrana formada por tecido conjuntivo que envolve o músculo.
VENTRE
Aponeurose: Membrana que envolve grupos musculares.
Origem E Inserção:Inserção é o ponto de fixação do músculo Cada músculo
deve ter no mínimo duas inserções. Uma deve ser fixa (origem) e a outra T
TENDÃO

AÇÃO MUSCULAR
Qualquer movimento realizado por um individuo envolve a ação de vários músculos. A esse trabalho conjunto
dá-se o nome de coordenação motora. Em uma atividade muscular sempre há a ação de 2 tipos de músculos
que são: Agonistas: São os músculos principais que ativam um movimento específico do corpo, eles se
contraem ativamente para produzir um movimento desejado. Antagonistas: Músculos que se opõem à ação
dos agonistas, quando o agonista se contrai, o antagonista relaxa progressivamente, produzindo um
movimento suave.

PRINCIPAIS MÚSCULOS DO CORPO


CABEÇA - Os músculos da cabeça são divididos em 3 grupos:
Músculos do Crânio: São músculos que recobrem o crânio e formam o couro cabeludo. São eles: m.
Occipito-Frontal e m. Parietal.
Músculos da Mastigação: Masseter, Temporal, Pterigóideo Lateral e Pterigóideo Medial.
Músculos da Mímica ou Expressão Facial: São músculos superficiais, que se inserem na pele, responsáveis
pelas expressões faciais. São eles: Prócero, Orbicular do Olho, Orbicular da Boca, Corrugador do Supercílio,
Zigomático Maior, Zigomático Menor, Nasal, Bucinador, Risório. Elevador do Ângulo da Boca, Depressor do
Ângulo da Boca, Mentoniano.

PESCOÇO: Platisma, Esternocleidomastóideo e Escalenos.

TRONCO – Os músculos do tronco dividem-se em:

Músculos Superficiais do Dorso: Trapézio, Grande Dorsal, Paravertebrais. Músculos do Tórax: Peitoral, Serrátil
Anterior, Intercostais e Diafragma. Músculos do Abdome: Reto do Abdome e Oblíquo do Abdome.

MEMBROS SUPERIORES Músculos do Braço:


Vista Anterior: Deltóide e Bíceps Braquial.
Vista Posterior: Tríceps Braquial.

Músculos do Antebraço: Vista Anterior: Flexores de Punho e Dedos


Vista Posterior: Extensores de Punho e Dedos
Músculos da Mão: Lumbricais e Interósseos, tenares. hipotênares.

MEMBROS INFERIORES Músculos do Quadril: Vista Anterior: Iliopsoas.


Vista Posterior: Glúteos (Máximo médio e mínimo)
Músculos da Coxa: Vista Anterior: Quadríceps (Reto Femoral, Vasto Lateral, Vasto Intermédio e Vasto Medial).
Vista Posterior: Bíceps Femoral, Semitendinoso e Semimembranoso.
Vista Lateral: Tensor da Fáscia Lata e Sartório. o Vista Medial: Adutores (curto longo e magno).
Músculos da Perna:
Vista Anterior: Tibial Anterior, Extensor longo dos dedos e Fibular.
Vista Posterior: Gastrocnêmio, Sóleo.
Músculos do Pé: Intrínsecos do pé (flexores, extensores, abdutores e adutores dos dedos).

SISTEMA TEGUMENTAR

O sistema tegumentar (tegumento-cobertura) é constituído pela pele e seus órgãos acessórios, como os
pêlos, as unhas, as glândulas e os vários receptores especializados. A pele constitui um manto contínuo que
envolve todo o organismo, protegendo-o e adaptando-o ao maio ambiente.

Funções da pele
Regular a temperatura corporal. A pele auxilia na regulação térmica do organismo pela eliminação do
suor, fazendo a temperatura do corpo permanecer constante, independente das variações externas.
Remover água, sais e vários compostos orgânicos, através do suor.
Detectar estímulos relacionados à temperatura, ao tato, à pressão e à
dor. Proteger contra substâncias ou microrganismos nocivos ao corpo.
Estrutura da pele
Estruturalmente a pele é formada por duas camadas
principais:
1- Epiderme: É a camada externa da pele, formada por um epitélio constituído por camadas ou estratos.
2 – Derme: É a camada interna da pele, formada por tecido conjuntivo rico em fibras, onde se concentram os
vasos sanguíneos e as terminações nervosas responsáveis pela sensação de tato, pressão, dor e
temperatura.
3-HIPODERME
É camada de tecido conjuntivo frouxo, a tela subcutânea. É enriquecida por grande quantidade de
células gordurosas formando uma camada variável de tecido adiposo. Essa camada funciona como um
sistema de armazenamento e reserva de energia. Ela auxilia também na manutenção da temperatura
corporal.

ÓRGÃOS ACESSÓRIOS OU ANEXOS DA PELE

PÊLOS
Cada pêlo é um fio de células fundidas, mortas, queratinizadas que consiste de uma haste (parte livre) e raiz.
A raiz é fixada na derme por um pequeno orifício, chamado folículo piloso. Associado aos pêlos, há um
feixe de músculo liso denominado músculo eretor do pelo. Esses músculos contraem-se sob condições
como medo e frio elevando os pêlos.

UNHAS
São formadas por conjuntos de células mortas e queratinizadas. Cada unha consiste de uma corpo,
uma margem livre e uma raiz. Funcionalmente as unhas auxiliam na preensão, manipulação de
pequenos objetos, fornecem proteção às extremidades dos dedos.

GLÂNDULAS SEBÁCEAS
São localizadas na derme e através de um ducto escretor liberam sua substância, a secreção sebácea, pelos
mesmos poros dos pêlos. Sua secreção auxilia a manutenção da hidratação da pele.

GLÂNDULAS SUDORÍPARAS
Secretam o suor e por um ducto liberam-no para a superfície. Essas glândulas auxiliam na manutenção da
temperatura corporal liberando maior ou menor quantidade de suor.

 SISTEMA CARDIOCIRCULATÓRIO
O sistema circulatório é um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por tubos,
que são chamados vasos, e por uma bomba percussora que tem como função impulsionar o sangue por
toda a rede vascular. A função básica do sistema cardiovascular é a de levar material nutritivo e oxigênio às
células e permitir que algumas atividades sejam executadas com grande eficiência, como:
 Transporte de gases
 Transporte de nutrientes
 Transporte de resíduos metabólicos
 Transporte de hormônios
 Intercâmbio de materiais
 Transporte de calor
 Distribuição de mecanismos de defesa
 Coagulação sanguínea

COMPONENTES: Sangue, Vasos sangüíneos (artérias, veias e capilares), Coração e Vasos linfáticos.
SANGUE
É um líquido viscoso, de coloração avermelhada, com cheiro peculiar e sabor salgado. Ele está contido num
sistema fechado de canais, impulsionados pelo coração. O sangue leva até as células os nutrientes de
que precisam para manutenção do seu processo vital. Estes elementos nutritivos são constituídos por
proteínas, lipídeos, glicídios, sais minerais, água e vitaminas. Além disso, transporta oxigênio para as células,
e retira elementos indesejáveis como gás carbônico, expelido pelos pulmões, e uréia, eliminado pelos rins.
A quantidade de sangue de um indivíduo varia de acordo com idade, sexo, musculatura, e outros fatores. O
volume total de sangue pode variar de 4 a 6 litros, em um adulto.
Componentes do Sangue
O sangue é composto por uma parte líquida, o plasma, constituído de água, substâncias nutritivas e
elementos residuais das reações celulares. E por uma parte organizada (sólida), que são os elementos
figurados; células sanguíneas (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas) suspensas sobre o
plasma sanguíneo. As células sanguíneas são produzidas na medula óssea dos ossos.
Plasma: líquido amarelo claro que representa 55% do volume total de sangue. Constituído por 90% de
água, onde se encontram dissolvidas proteínas, açúcares, gorduras e sais minerais; além de hormônios.
Enzimas e anticorpos. Através do plasma circulam os elementos necessários à vida das células.
Hemácias (Eritrócitos): são os glóbulos vermelhos do sangue. Sua função é transportar o oxigênio dos
pulmões para as células de todo o organismo e eliminar o gás carbônico das células, transportando-o para os
pulmões, por meio da hemoglobina, pigmento que dá a coloração vermelha ao sangue. As hemácias
são produzidas na medula óssea vermelha e destruídas, após 120 dias, pelo fígado e baço. No adulto
chegam a 5 milhões/cm³ de sangue.
Leucócitos: são glóbulos brancos. Possuem formas e funções diversas, sempre incumbidas da defesa do
organismo contra a presença de elementos estranhos a ele, como por exemplo, as bactérias. Subdividem-
se em: neutrófilos, basófilos, eosinófilos, monócitos e linfócitos. São produzidos na medula óssea e órgãos
linfóides e podem variar e 6 a 10 mil células/cm³ de sangue.
Plaquetas: são fragmentos de células da medula óssea, que participam do processo de coagulação
sanguínea. Sua função mais importante é a de auxiliar na interrupção dos sangramentos. Em condições
normais, seu valor varia de 150 a 400 mil/cm³ de sangue.
Nas hemácias do sangue existem certos componentes (aglutinógenos), geneticamente
determinados, convencionalmente chamados de A e B. Sua presença define o tipo sangüíneo de uma
pessoa. Quatro tipos de sangue podem ser identificados: tipo A – com hemácias que só contêm o
elemento A; tipo B - com hemácias que só contêm o elemento B; tipo AB - com hemácias que contêm os
dois elementos; e tipo O, com hemácias “vazias”, ou seja, sem aglutinógeno. Além destes componentes, há
o fator Rh. Mais de 85% da população possui o aglutinógeno Rh, sendo chamadas de Rh+. A presença
desses aglutinógenos específicos nas hemácias é um dos elementos responsáveis pelas reações
transfusionais resultantes de tipos sangüíneos incompatíveis. Daí a necessidade de se conhecer a tipagem
sangüínea do paciente quando da necessidade de realização de transfusão.
VASOS SANGUÍNEOS
Formam uma rede de tubos que transportam sangue do coração em direção aos tecidos do corpo e de volta ao
coração. Compreendem artérias, veias e capilares.
Artérias: são vasos cilíndricos, elásticos, onde o sangue circula. Têm a função de levar sangue oxigenado do
coração até as células. Possuem paredes mais espessas e mais fortes. Pela sua elasticidade, as artérias se
expandem quando o sangue é nelas bombeado e depois relaxam lentamente. As artérias, com exceção às
artérias pulmonares, carregam sangue com O2. A espessura da parede da arterial formada formada por 3
camadas (endotélio, tecido muscular liso e tecido conjuntivo), é característica especial e essencial, pois
recebem sangue diretamente do coração e estão submetidas a altas pressões atuantes sobre os vasos
sangüíneos. As artérias são calibrosas, elásticas e situam-se mais profundamente no corpo. Nomenclatura:
artéria de grande calibre de médio calibre de pequeno calibre arteríola capilar arterial.
Veias: são tubos que transportam o sangue da periferia para o coração, ou seja, sangue com CO2. Sua
parede muscular é mais fina que a da artéria e apresentam válvulas que impedem o refluxo do sangue. Como a
pressão sanguínea no interior das veias é muito baixa, o retorno do sangue ao coração deve-se, em grande
parte, às contrações dos músculos esqueléticos, que comprimem as veias, fazendo com que o sangue desloque-
se em seu interior, e devido às válvulas, onde o sangue só pode seguir rumo ao coração.
O diâmetro das veias aumenta gradativamente à medida que se
aproxima do coração.
Nomenclatura: capilar venoso  vênulas  veia pequeno calibre
 médio calibre  grande calibre.
Capilares são vasos com calibre extremamente finos e ligam
artérias e veias. Local onde nutrientes, gases, água e
solutos são difundidos entre o sangue e os tecidos.

CORAÇÃO
O coração é uma “bomba muscular” oca, com tamanho da mão fechada e peso médio de 300 g. localizado
no centro da cavidade torácica (Mediastino).
Possui quatro câmaras: Dois átrios, (câmaras superiores) que recebem sangue das veias e por isso têm a parede mais
delgada; e dois ventrículos (câmaras inferiores) responsáveis por ejetar o sangue do coração para as artérias e, para
vencer a resistência suas paredes são mais espessas.
O coração é composto de uma estrutura muscular espessa, denominada Miocárdio, que integra as paredes
das cavidades atriais e ventriculares. O miocárdio está envolto externamente pelo Pericárdio, cuja função é proteger
o miocárdio e permitir o suave deslizamento das paredes do órgão durante o seu funcionamento mecânico, pois
contém líquido lubrificante em seu interior. Internamente, o miocárdio é recoberto pelo Endocárdio, membrana de
proteção interna que fica em contato direto com o sangue, separando a musculatura, do interior das cavidades do
órgão.
O coração tem também um conjunto de valvas, com a função de direcionar o fluxo de sangue em um único
sentido no interior do coração. São elas:
Septo interatrial = separa os átrios.
Septo interventricular = separa os ventrículos.
Valva mitral = separa as duas cavidades do lado esquerdo (entre o átrio e o ventrículo)
Valva tricúspide = entre as cavidades do lado direito (o átrio e o ventrículo).
Valva aórtica = situa-se na saída do ventrículo esquerdo e separa a cavidade da aorta.
Valva pulmonar = entre a cavidade ventricular direita e a artéria pulmonar.

VASOS DO CORAÇÃO

Veias pulmonares: desembocam no átrio esquerdo e conduzem o sangue proveniente dos pulmões. Única veia
do corpo rica em O2.

Veias cavas: drenam para o átrio direito o sangue proveniente de todas as partes do organismo.
Artéria aorta: sai do ventrículo esquerdo e distribui sangue arterial para todo o organismo.
Artéria pulmonar: emerge do ventrículo direito e conduz sangue venoso em direção aos pulmões.
BATIMENTOS CARDÍACOS
Os estímulos para os batimentos cardíacos ocorrem de 2 maneiras:
Inervação extrínseca: nervos situados fora do coração, vindas do sistema nervoso autônomo (simpático e
parassimpático). Fisiologicamente o simpático acelera e o parassimpático retarda os batimentos cardíacos.
Inervação intrínseca: sistema só encontrado no coração e que se localiza no seu interior. Forma o sistema de
condução do coração, sendo a razão de seus batimentos contínuos. Constituído por impulsos elétricos,
intrínsecos e rítmicos, originados nas fibras musculares cardíacas especializadas, chamadas células auto-rítmicas
(marca passo cardíaco), por serem auto-excitáveis. São eles: nodo sinusal, nodo atrioventricular, feixe de Hiss e
as fibras de Purkinje.

Por meio da contração e do relaxamento dos ventrículos, o coração ejeta um determinado volume de sangue para
as circulações arteriais - sistêmica e pulmonar - e promove o retorno para si do mesmo volume sangüíneo que
circula pelas circulações venosas. Por seu turno, a contração do miocárdio dos átrios complementa o enchimento
dos respectivos ventrículos, e o relaxamento dos átrios facilita o retorno de sangue das circulações venosas,
sistêmica e pulmonar. Os átrios e os ventrículos não se contraem e relaxam simultaneamente, mas o fazem em
momentos diferentes, ou seja, enquanto os átrios estão se contraindo, os ventrículos se encontram relaxados para a
recepção do sangue, e vice-versa.
A contração do coração, tendo-se como referência os ventrículos; chama-se sístole cardíaca ou batimento cardíaco,
e o relaxamento denomina-se diástole cardíaca.
A pressão arterial corresponde à pressão exercida pela passagem do sangue na parede dos vasos sanguíneos.

TIPOS DE CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA


Circulação Pulmonar: leva sangue venoso do coração para os pulmões, onde recebe o oxigênio e retorna ao lado
esquerdo do coração, para ser bombeado para circulação sistêmica.
Circulação Sistêmica: Distribuição de sangue pelo organismo. É a maior circulação, capaz de fornecer suprimento
de O2 e nutrientes para os tecidos e captar CO2 e outros resíduos das células.

PRINCIPAIS ARTERIAS E VEIAS DO CORPO

SISTEMA LINFÁTICO
O Sistema Linfático é responsável pelo retorno do liquido dos tecidos em excesso, de volta para a corrente
sanguínea. É uma via alternativa de drenagem, que auxilia na drenagem do sistema venoso e no sistema imune
através dos Linfonodos.
Os vasos linfáticos retiram o líquido extra das células e dos capilares, acumulados durante o processo de nutrição
celular. Por não ser um sistema fechado e não ter uma bomba central, a linfa depende exclusivamente da ação de
agentes externos para poder circular.

COMPONENTES
 Capilar
linfático  Vasos
linfáticos  Linfa
 Linfonodos

LINFA
O liquido aquoso derivado do plasma sanguíneo presente entre as células, ao entrar no capilar linfático recebe o
nome de Linfa. Apresenta coloração límpida e cristalina e tem em sua composição 96% de água, e 4% de elementos
como sódio, potássio, CO2, glicose, linfócitos, macrófagos, Lipídios, bactérias e fragmentos celulares.
O volume de linfa drenado por dia é de 2L; enquanto que o sanguíneo é de 7 mil
L/dia.
LINFONODOS
São pequenos órgãos perfurados por canais, presentes em diversos pontos da rede
linfática. Responsáveis pela filtração da linfa e eliminação de corpos estranhos (vírus
e bactérias) pela ativação e liberação linfócitos T (anticorpos). A linfa, em seu
caminho para o coração, circula pelo interior desses linfonodos para que partículas
sejam fagocitadas pelos linfócitos e macrófagos.

CAPILARES LINFÁTICOS
As células dos capilares estão unidas entre as células dos tecidos adjacentes. Esse
arranjo permite a formação de válvulas, que impedem o refluxo da linfa para os
espaços intersticiais. A elevação da pressão do líquido intersticial, com exceção da obstrução no sistema linfático,
faz com que aumente o fluxo de linfa.
Dessa forma, o sistema linfático é caracterizado como uma via unidirecional de drenagem. A linfa move-se
lentamente e sob baixa pressão devido à compressão pela contração dos músculos, pela contração rítmica da
parede dos vasos, pela respiração, atividade intestinal e outras compressões externas, como a massagem. Este
fluido é transportado para vasos linfáticos que seguem em direção ao linfonodo, acumulando-se nos ductos
linfáticos (Ducto Toraácico e Ducto Linfático Direito), até desaguar no sistema venoso (veia subclávia e jugular). A
linfa segue desta forma em direção ao abdome, onde será filtrada e eliminará as toxinas com a urina e fezes. Se
um vaso sofre uma obstrução, o líquido se acumula na zona afetada, produzindo-se um inchaço denominado
edema.

ÓRGÃOS LINFÓIDES

BAÇO
Possui grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, destroem
micróbios, restos de tecido, substâncias estranhas, células do sangue em circulação já
desgastadas como eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Dessa forma, o baço “limpa” o
sangue, funcionando como um filtro. Alem disso, participa da resposta imune,
reagindo a agentes infecciosos e funciona como reservatório de eritrócitos do
sangue.

TONSILAS PALTINAS
As tonsilas estão posicionadas estrategicamente de forma a participarem nas
respostas imunológicas contra substâncias estranhas que são ingeridas ou inaladas.
Contém LINFÓCITOS.
◦ Tonsilas Palatinas: Situadas no fundo da boca
◦ Tonsila Faríngea: Adenóide. Situada na parede posterior da parte nasal da faringe (osso esfenóide).
TIMO
É um órgão localizado atrás do esterno e entre os pulmões. Seu papel é auxiliar e distribuir os linfócitos a outros
órgãos linfáticos E produzir hormônios que promovam a proliferação e a maturação dos linfócitos. Após a
puberdade, o órgão atrofia, mas continua a exercer sua função protetora, com a produção complementar
de anticorpos, mesmo que nesse período seu desempenho já não seja vital.

DOENÇAS DOS LINFONODOS


Os linfonodos também têm importância clínica. Se eles ficarem inflamados ou inchados isso pode ser indicação de
várias condições, como infecção na garganta, ou até mesmo câncer.

 SISTEMA RESPIRATÓRIO
A respiração é uma característica fundamental para os seres vivos, consiste na absorção de oxigênio (O2) e
eliminação de dióxido de carbono (CO2) resultante das oxidações celulares. É um processo contínuo, já que todos
os
processos químicos do corpo dependem do oxigênio.
A função do sistema respiratório é proporcionar ao organismo uma troca de gases entre o ar atmosférico e o
sangue, garantindo assim uma concentração contínua de oxigênio no organismo; e como via de eliminação de gases
residuais resultantes das reações metabólicas. A respiração pode ser dividida em 2 tipos:
Ventilação: processo mecânico de mobilização do ar para dentro e para fora dos pulmões chamado de
Inspiração e Expiração.
Hematose: Processo químico de difusão do oxigênio e do dióxido de carbono entre os alvéolos e o sangue nos
pulmões.

COMPONENTES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO


Cavidade Nasal, Faringe, Laringe, Traquéia, Brônquios Principais, Brônquios Lobares, Brônquios Segmentares,
Pulmões, Bronquíolos e Alvéolos.

CAVIDADE NASAL
O nariz é uma saliência localizada na região central da face. Possui 2 aberturas - narinas direita e esquerda - que
comunicam a cavidade nasal com o meio externo. Esta cavidade possui as conchas e meatos nasais, a mucosa, os
pêlos e os capilares sanguíneos, todos com a função de filtrar, aquecer e umedecer o ar inspirado. As fossas nasais
são separadas internamente por uma parede cartilaginosa denominada Septo Nasal.

FARINGE
É um tubo muscular localizado entre a cavidade nasal e laringe. A faringe é comum ao sistema digestório e
respiratório. Sua parede é composta de músculos e revestida de túnica mucosa. Apresenta 3 porções anatômicas:
nasofaringe, orofaringe e laringofaringe.

LARINGE
Tubo localizado anteriormente no pescoço e formado por cartilagens (tireóide, cricóide, epiglótica e outra menores),
entre faringe e traquéia. A entrada da laringe chama-se glote, orifício cujas bordas apresentam 2 pregas vocais
(cordas vocais), que vibram com a passagem do ar e produzem o som (voz).
Acima da glote existe uma espécie de “lingüeta” de cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. A
epiglote se fixa no osso hióide e na cartilagem tireóide e funciona como uma "porta" para o pulmão, onde apenas o
ar ou substâncias gasosas entrem ou saiam dele. Quando engolimos sólido ou liquido, a epiglote se fecha e “tampa”
a laringe, para que o alimento siga pelo esôfago, evitando que cheguem aos pulmões. Por isso, sua abertura é
necessária para a passagem do ar.

TRAQUÉIA
É um tubo que faz continuação à laringe. Tem estrutura
cilíndrica, formada por uma série de anéis cartilaginosos
em forma de C. Mede cerca de 12 cm e faz o transporte
do ar da laringe para os brônquios e vice-versa. Ela
bifurca-se na região inferior (Carina da Traquéia), dando
origem aos brônquios principais direito e esquerdo.

BRÔNQUIOS E BRONQUÍLOS
Os brônquios surgem a partir da ramificação inferior
da traquéia e por isso possuem a mesma constituição.
O brônquio principal direito é mais curto e mais largo
que o esquerdo. Os brônquios de maneira geral
bifurcam-se e dão origem a uma seqüência de tubos, com
diâmetros decrescentes (ou seja, devido às bifurcações os diâmetros dos brônquios diminuem sucessivamente),
originando os bronquíolos, já dentro dos pulmões. Os bronquíolos são os últimos tubos da via respiratória.
Assim temos: brônquios principais, brônquios lobares, brônquios segmentares e bronquíolos.

ALVÉOLOS PULMONARES
Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias. Possuem a forma de
bols a e são representados por milhares em cada pulmão, sendo unidades
resp iratórias dos pulmões responsáveis pela hematose. As paredes dos
alvéolos são tão finas que o oxigênio pode passar para o sangue,
enquanto o gás carbônico passa do sangue para o interior dos alvéolos,
atra vés da membrana capilar alvéolo-pulmonar.

PULMÕES
Os pulmões direito e esquerdo estão localizados no interior da caixa torácica, protegidos pelas costelas.
São os órgãos nos quais ocorrem efetivamente as trocas gasosas, ou seja, a
re spiração. Os pulmões são subdivididos em lobos. O pulmão direito possui três
lo bos: lobo superior, lobo médio e lobo inferior, e duas fissuras, uma horizontal e
uma oblíqua que delimitam esses lobos. O pulmão esquerdo possui dois
lo bos: lobo superior e lobo inferior separados pela fissura oblíqua. O pulmão
é elástico, mas não se move por si só. Os movimentos de expansão e
compressão do pulmão para a entrada e saída do ar são devidos aos músculos
Intercostais e ao Diafragma.

PLEURA
Os pulmões são revestidos por um saco seroso chamado de pleura, que envolve e protege cada pulmão. A
pleura apresenta dois folhetos: um chamado de pleura visceral que faz contato direto com os pulmões e um
folheto chamado de pleura parietal que reveste a parede interna do tórax. Entre elas existe um liquido
pleural que proporciona o deslizamento dos folhetos na constante mudança de volume e movimento pulmonar.

DIAFRAGMA
A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, órgão músculo-membranoso que separa o tórax do abdôme.
Localizado logo acima do estômago, promove, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos
respiratórios.

MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS
A Inspiração, que promove a entrada de ar nos
pulmões, dá-se pela contração da musculatura do diafragma e
dos músculos intercostais. O diafragma abaixa e as costelas
elevam-se, promovendo o aumento da caixa torácica, com
conseqüente redução da pressão interna (em relação à externa),
forçando o ar a entrar nos pulmões.
A Expiração, que promove a saída de ar dos pulmões, dá-
se pelo relaxamento da musculatura do diafragma e dos
músculos intercostais. O diafragma eleva-se e as costelas
abaixam; o que diminui o volume da caixa torácica, com conseqüente aumento da pressão interna, forçando o ar a
sair dos pulmões.

SISTEMA DIGESTÓRIO
Tem como função modificar os alimentos ingeridos para serem aproveitados como energia. Para
manutenção do organismo é necessário que o mesmo receba suprimento nutritivo através dos alimentos ingeridos,
que precisam se tornar solúveis e sofrer modificações químicas para que sejam absorvidos.

O processo da digestão consiste na:


Ingestão: entrada do alimento no
tubo digestório, Deglutição: transporte do bolo
alimentar (engolir);

Digestão: quebra do alimento em moléculas menores,


pela ação de enzimas;

Absorção: Passagem dos componentes nutritivos para a


corrente sanguínea;

Eliminação: saída dos componentes não absorvidos na


forma de fezes.

COMPONENTES DO SISTEMA DIGESTÓRIO


Tubo Digestório: Cavidade oral (Boca), Faringe, Esôfago, Estômago, Intestino Delgado, Intestino
Grosso, Reto e Ânus.

Órgãos Anexos: Glândulas Salivares, Pâncreas, Fígado e Vesícula Biliar.


CAVIDADE ORAL
A boca é a primeira parte do tubo digestório. Formada por dentes, língua, palato e glândulas
salivares, que atuam em conjunto, triturando, umedecendo e misturando os alimentos para formar o bolo alimentar.

Dentes: Responsáveis pela mastigação mecânica, ou seja, a


trituração do alimento e transformação em partículas menores. Uma
pessoa adulta apresenta 32 dentes, dispostos em 2 arcadas, uma superior e
outra inferior.

Língua: Auxilia no processo da mastigação, empurrando o


alimento para os dentes, realiza o transporte do bolo alimentar para
a faringe (deglutição). Além disso, a língua é importante para a articulação
das palavras (dicção) e na gustação dos sabores (paladar).

Glândulas Salivares: Existem 3 pares principais de glândulas


salivares dispostos na cavidade da boca, a fim de facilitar o processo da
insalivação. São elas: Glândula Parótida, Glândula Submandibular e Glândula
Sublingual. Elas são responsáveis pela liberação da saliva: substância
composta de água, para umidificar os alimentos e facilitar a deglutição; e de
uma enzima denominada amilase salivar ou ptialina, cuja função é
começar a digerir amido e carboidratos.

FARINGE
É um tubo muscular associado aos sistemas respiratório e digestório. Localiza-
se posteriormente às cavidades nasal e bucal e divide-se em nasofaringe,
orofaringe e laringofaringe. É um canal comum para a passagem do
alimento ingerido (da boca até o esôfago) e do ar inspirado ( do nariz até a
laringe).

ESÔFAGO
Tubo muscular que se estende da faringe até o estômago, e leva o bolo alimentar, sendo
i mpulsionado pelos movimentos peristálticos e ação da gravidade. A
presença do alimento no esôfago estimula sua parede muscular a se
contrair e relaxar em um único sentido, impedindo o refluxo.

Para atingir o abdome (chegar ao estômago) o esôfago atravessa o


músculo diafragma, através do hiato esofágico. Por ser formado por
músculo, seu diâmetro aumenta quando passa o bolo alimentar e
volta ao normal quando este já passou.

ESTÔMAGO
É uma dilatação do tubo digestório, localizado abaixo do diafragma e sua maior parte à esquerda. Fica entre o
esôfago e intestino delgado. É um órgão muscular oco com tamanho variável, conforme a contração das fibras
musculares de suas paredes. Sua capacidade de armazenamento é de 1 a 2 litros, podendo ultrapassar esse valor,
dependendo dos hábitos alimentares.
O estômago apresenta 2 válvulas que impedem a saída prematura do bolo alimentar. São elas:
Cárdia (óstio cárdico): válvula superior de comunicação com o esôfago. Impede o refluxo do bolo alimentar para
o esôfago. Em crianças recém-nascidas, cuja cárdia ainda não está bem formada, o refluxo é freqüente.
Piloro (óstio pilórico): válvula que regula a saída do quimo para o intestino delgado.Essa válvula permite que o
quimo seja liberado aos poucos ao duodeno, para facilitar a absorção dos nutrientes digeridos.
O estômago divide-se nas seguintes partes:
Cárdia: junção com o esôfago
Fundo: Porção superior próxima ao diafragma.
Corpo: maior parte do órgão
Piloro: parte final que se une ao intestino delgado.

Este órgão serve como uma área de


armazenamento para os alimentos, contraindo ritmicamente
(peristaltismo) e misturando o alimento com enzimas, originando
o Quimo. Para isso, as células que revestem a parede
estomacal secretam três substâncias importantes: o muco, o
ácido clorídrico e as enzimas digestivas pepsina (quebra as
proteínas) e renina (digere leite). As substâncias secretadas pela
mucosa constituem o suco gástrico.
O muco reveste o estômago para protegê-lo
contra lesões causadas pelo ácido e pelas enzimas. Qualquer
rompimento dessa camada de muco (infecção por bactéria ou
pela aspirina) pode acarretar um dano que leva a uma úlcera
gástrica. O muco deve ser produzido antes do bolo alimentar chegar
ao estômago.
O ácido clorídrico provê o meio altamente ácido necessário para a ação da enzima digestiva
(pepsina). A alta acidez gástrica também atua como uma barreira contra infecções.
As enzimas digestivas produzidas pela mucosa gástrica são a Pepsina e a Renina. A pepsina é uma enzima
digestiva responsável pela degradação das proteínas, sendo a única capaz de digerir o colágeno (proteína da
carne). Já a renina é responsável pela coagulação e fermentação do leite.
A absorção de material no estômago é pequena, sendo provável que sua principal função seja a digestão,
principalmente de proteínas. Somente algumas substâncias (p.ex., álcool e aspirina) podem ser absorvidas
diretamente do estômago e apenas em pequenas quantidades. Depois de três a quatro horas no estômago (depende
do tipo de alimento), o bolo alimentar é transformado em uma mistura pastosa (quimo), que é liberada para o
duodeno.
INTESTINO DELGADO
Inicia-se após a parte pilórica do estômago, e varia entre 5 e 8 metros. É dividido em 3 porções: Duodeno,
Jejuno e Ílio. Este é um órgão indispensável à vida, pois é o local de maior digestão e absorção dos alimentos. É o
local da digestão final de certas substâncias, e de absorção de nutrientes, principalmente gorduras. O quimo
entra no duodeno pelo piloro, em quantidades que o intestino delgado consegue digerir.
Duodeno: porção inicial e fixa do intestino delgado, onde ocorre o final do processo digestório. Para isso,
desembocam nele o ducto colédoco, que traz a bile da vesícula biliar e o ducto pancreático, que traz o suco
pancreático, do pâncreas. Chegando ao duodeno, o quimo é neutralizado pela água, pelo bicarbonato de cálcio e
pelo muco, produzidos pela mucosa intestinal. Nesse momento, já neutralizado de sua acidez, o bolo alimentar
recebe o nome de Quilo, e só depois desse processo é que sofrerá a ação do suco entérico, liberado pelas
glândulas na mucosa intestinal, do suco pancreático, e da bile.
Jejuno e Íleo: constituem a porção móvel do intestino delgado, que se comunicam com o intestino grosso e
apresentam várias alças presas à parede posterior do abdome. Como é difícil diferenciar essas duas
porções, chamamos de alça jejuno-íleo.
Nessa parte do intestino delgado é que ocorre a maior parte
da absorção dos nutrientes digeridos, devido à grande área
superficial composta por pregas, vilosidades e
microvilosidades. A parede intestinal é ricamente suprida de
vasos sangüíneos, que transportam os nutrientes absorvidos
até o fígado. Essas duas porções do intestino também liberam
muco e água, para ajudar a dissolver os fragmentos digeridos.

INTESTINO GROSSO
É a porção final do tubo digestório, com forma de ferradura invertida e medindo cerca de 2 metros de comprimento.
É mais calibroso e mais curto que o intestino delgado e apresenta dilatações chamadas bosseladuras. O intestino
grosso é fixo na parede posterior do abdome; se inicia na válvula ileocecal e termina no esfíncter anal.
É subdividido em 4 partes:
apêndice Ceco: comunica-se com o íleo e apresenta o
vermiforme.
Cólon: constitui a parte mais longa do intestino grosso.
Composto pelos cólons ascendente, transverso, descendente e
sigmóide. As ondas peristálticas movem o material fecal pelos cólons,
enquanto a água é continuamente reabsorvida.
Reto: parte final do intestino, localizado na cavidade pélvica.
Comumente, encontra-se vazio, pois as fezes são armazenadas mais
acima, no cólon descendente. Finalmente, o cólon descendente torna-
se cheio e as fezes passam para o reto, causando a urgência para
evacuar. Comunica-se com o meio externo através de uma abertura
denominada ânus, um esfíncter que deve relaxar para que a
defecação possa ocorrer.
As principais funções do intestino grosso são a absorção de água; síntese de vitaminas pelas
bactérias intestinais, formação, acúmulo e eliminação de fezes (substancia composta pelo material que não foi
utilizado pelo organismo). As fezes que ficam no intestino grosso por um período maior perdem o excesso de água,
desenvolvendo a chamada constipação. Ao contrário, movimentos rápidos do intestino não permitem tempo
suficiente para que ocorra a reabsorção de água, causando diarréia.

ÓRGÃOS ANEXOS DO SISTEMA DIGESTÓRIO

FÍGADO
Órgão é um órgão vital localizado abaixo do diafragma, à direita da cavidade abdominal. É a maior
glândula do corpo e a mais volumosa víscera abdominal, pesando 1,5kg. Desempenha importante papel nas
atividades vitais do organismo, e apenas algumas delas relacionadas à
digestão.
A função digestiva do fígado é produzir a bile, uma secreção verde amarelada,
a rmazenada na vesícula biliar, e liberada quando gorduras entram no
d uodeno. A bile emulsifica a gordura e a distribui para a parte distal do
i ntestino para sua digestão e absorção.
Este órgão também é capaz de armazenar ferro, vitaminas e glicose;
participa do metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas, inativa produtos tóxicos, como o álcool e
medicamentos e metaboliza e elimina resíduos gerados no próprio corpo.
Os nutrientes absorvidos pelas paredes intestinais caem nos capilares, e penetram no fígado através da veia porta.
Em seu interior, esse sangue é processado, as bactérias e partículas estranhas são removidas e muitos
nutrientes absorvidos do intestino são metabolizados para que possam ser utilizados pelo organismo. Esse
processamento ocorre em uma alta velocidade e o sangue retorna carregado de nutrientes para a circulação geral
(veia cava).
VESÍCULA BILIAR
É um órgão muscular em forma de pêra, localizado na face visceral (inferior) do fígado. É
um saco membranoso que acumula a bile no intervalo das digestões, com capacidade para até 50 ml. Quando
estimulada, contrai-se e manda a bile através do ducto colédoco até o duodeno. Os ácidos biliares combinados
com os ácidos graxos e colesterol permitem a passagem das moléculas de lipídio pela parede intestinal, para ser
transportada pelos vasos linfáticos, despejadas na circulação sangüínea, até chegar ao fígado para a
metabolização e depois armazenadas em diferentes partes do corpo.

PÂNCREAS
Situa-se posteriormente ao estômago e se fixa a parede posterior do abdome. Suas células se
dividem em 2 grupos: as que produzem os hormônios glucagon e insulina diretamente na corrente
sanguínea (ilhotas de Langherans) e as secretam o suco pancreático, que entra no duodeno através dos ductos
pancreáticos (ácinos). O suco pancreático é essencial e importantíssimo para o processo da digestão; sendo
composto pelos seguintes elementos:
Bicarbonato de sódio - exerce uma importante função de
neutralizar a acidez do quimo proveniente do estômago, pois a mucosa
do intestino delgado não é tão protegida contra o pH ácido quanto a
mucosa do estômago.
Tripsina e Quimiotripsina - enzima que atua na digestão de
proteínas.
 Amilase Pancreática - enzima responsável pela digestão de
carboidratos.
 Lipase - enzima que atua na digestão de gorduras
.

 SISTEMA URINÁRIO
O corpo apresenta diversos mecanismos de eliminação dos dedritos do organismo, usando como via
de excreção os pulmões, o intestino, a pele e o sistema urinário.
O sistema urinário é responsável pela produção e eliminação da urina,
mantendo assim a homeostase (manutenção do volume de líquido) do
corpo.
Este sistema é formado pelos rins
(direito e esquerdo), com função de
produzir a urina, ureteres (direito e
esquerdo), com função de
transportar a urina, bexiga onde a
urina fica armazenada e uretra, que
transporta a urina até o exterior do
corpo. Este sistema pode ser
dividido em:
Órgãos Secretores: produzem a urina. São os Rins.
Órgãos Excretores: encarregados de processar a drenagem da urina
para fora do corpo. Formado pelos ureteres, bexiga e uretra. Essas estruturas
não modificam a urina ao longo do caminho, ao contrário, elas armazenam e
conduzem a urina do rim para o meio externo.
RINS
São um par de órgãos com forma de “feijão”, de coloração vermelho-pardo, localizados ao lado da coluna
vertebral na porção póstero-superior da cavidade abdominal, e pesam cerca de 200g. O rim direito esta localizado
um pouco abaixo em relação ao esquerdo, por causa do fígado, sendo o esquerdo um pouco maior. Possuem uma
face convexa (lateral) e outra côncava (medial). Na face medial encontra-se o hilo renal (abertura em forma
de fenda), onde entram e saem vasos, nervos e o ureter. Na extremidade superior de cada rim há uma glândula
supra-renal.
No seu interior encontram-se os néfrons, unidades microscópicas que filtram o sangue e produzem a urina. A
artéria renal entra com o sangue nos rins e este é filtrado, separando impurezas para serem eliminadas e as
substâncias reaproveitáveis voltam para a corrente sanguínea, saindo pela veia renal e dando sequência a circulação.
Estrutura do Rim
Os rins são formados por 3 camadas:
Cápsula fibrosa: camada mais externa, formada por tecido conjuntivo e tecido adiposo, que envolve o rim.
Córtex renal: área avermelhada, de textura lisa, onde ocorrem as etapas iniciais de formação e modificação da urina.
Camada medular: É a mais
interna, formada pela
composição de 8 a 18 cones
denominados pirâmides
renais. Juntos, córtex e
pirâmides renais da medula
renal constituem a parte
funcional, ou parênquima
do rim. No parênquima
estão as unidades
funcionais dos rins,
cerca de 1 milhão de estruturas microscópicas chamadas
NÉFRONS, responsáveis pela formação da urina. Estruturas Externas do
Rim:
Seio renal: margem medial do rim;
Hilo renal: fenda do seio renal. Entrada para o rim. Local onde vasos entram e deixam o seio renal.
Pelve renal: primeira porção do ureter, região mais alargada com forma de funil.
NÉFRONS
O néfron é a unidade morfofuncional ou a unidade produtora de urina do rim. Cada rim contém cerca de 1
milhão de néfrons. A forma do néfron é
peculiar, inconfundível, e admiravelmente
adequada para sua função de produzir urina. O
néfron é formado por dois componentes
principais:
1. Corpúsculo Renal: formado por uma rede de
capilares sangüíneos enovelados dentro de uma
cápsula glomerular, situados no córtex renal. É o
local onde ocorre a filtração do plasma sanguíneo.
2. Túbulos Renais: São uma série de tubos longos
que se originam na cápsula glomerular, localizados
na medula renal, responsáveis pela reabsorção dos
nutrientes e água de volta aos capilares
sanguineos.

FORMAÇÃO DA URINA
O sangue penetra nos rins pela artéria renal, que
se ramifica sucessivamente até que os capilares
possam circular pelos néfrons. Esse sangue, a uma
alta pressão, deixa passar água e substâncias dissolvidas através de suas paredes, que são captadas pelos
Corpúsculos Renais, ocorrendo a filtração glomerular. O filtrado é formado por água, sais, glicose, vitaminas, ácidos
graxos, aminoácidos, uréia e ácido úrico. Parte dessas substâncias será reabsorvida ao passarem pelos túbulos
renais, ao que chamamos de reabsorção tubular; restando apenas as impurezas. A urina formada goteja através das
papilas renais caindo nos cálices e na pelve renal.
Aproximadamente 2.000 litros de sangue passam diariamente pelos rins, mas apenas 200 litros são filtrados,
sendo que 198 litros são reabsorvidos e os 2 litros restantes formam a urina.
Componentes da urina: água (95%), cloreto de sódio (1%), uréia e ácido úrico, (excretas do metabolismo de
proteínas) bicarbonato, urobilinogênio (pigmento amarelado) etc. Obs. A glicose, as proteínas e o sangue
são elementos anormais à urina.
Os fatores que alteram a formação da urina são:
Alteração do volume sanguíneo, já que a urina é derivada do sangue;
Alteração da Pressão Arterial, pois interfere não só na pulsação do sangue pelos capilares, como também na
diferença de pressão entre capilar e néfron;

Concentração de substâncias no sangue, pois aumentam ou diminuem a reabsorção tubular. Ex.:


alta concentração de glicose no sangue.
Ação Hormonal. É o controle do Sistema Nervoso sobre o processo de formação da urina. São eles: Anti-
Diurético (ADH) e Aldosterona.
VIAS URINÁRIAS
GLÂNDULAS SUPRA-RENAIS
Localizadas entre a face supero - medial do rim e o diafragma.
Cada glândula supra-renal, envolvida por uma cápsula fibrosa e um coxim de gordura, possui duas partes: o córtex e
a medula supra-renal, ambas produzindo diferentes hormônios.
Secreta hormônios essenciais à vida. A medula supra-renal secreta: epinefrina (adrenalina) e norepinefrina. Já o
córtex supra-renal secreta os hormônios esteróides e aldosterona.
URETERES
São tubos (direito e esquerdo) formados por musculatura lisa, localizados entre rim e bexiga, onde fazem a
transferência da urina, através de movimentos peristálticos e ação da gravidade. Apresentam um tamanho entre 28
a 34 cm, sendo o direito mais curto.
Neles existem pontos de constrição, onde o seu diâmetro diminui, na junção uretero-pélvica (onde a pelve renal
se afunila), na borda da pelve (onde os vasos ilíacos cruzam por cima dos ureteres) e na junção uretero-vesical
(junção do ureter com a bexiga). Em virtude desse seu trajeto, distinguem-se duas partes do ureter: abdominal e
pélvica.
BEXIGA
É uma bolsa muscular localizada na porção inferior da cavidade abdominal, tendo em seu interior pregas
vesicais, para sua distensão durante o enchimento. Funciona como um reservatório de urina que chega através dos
óstios uretéricos e o seu esvaziamento ocorre como uma reação reflexa ao seu enchimento, através do óstio da
uretra. Possui capacidade de armazenamento aproximada em 300 ml, variando de individuo para individuo.
A bexiga apresenta 2 esfíncteres que controlam a saída da urina. Quando a bexiga está enchendo, o
músculo esfíncter interno se contrai involuntariamente (controlado pelo SNA), prevenindo o esvaziamento.
Quando ela está cheia, o esfíncter externo, que é controlado voluntariamente, permite a resistência à necessidade
de urinar.
A capacidade da bexiga urinária é menor nas mulheres porque o útero ocupa o espaço imediatamente acima
da bexiga.
URETRA
Tubo muscular localizado abaixo da bexiga que conduz a urina para o meio externo, sendo revestida por
mucosa que contém grande quantidade de glândulas secretoras de muco. A uretra se abre para o exterior através do
óstio externo da uretra. A uretra é diferente entre os dois sexos, tendo tamanho aproximado de 4 cm nas
mulheres e de 17cm nos homens.
A uretra feminina é menor e tem a função somente do transporte da urina. Está localizada dorsalmente à
sínfise púbica, incluída na parede anterior da vagina, com direção oblíqua para baixo e para frente. Tem 4 cm de
comprimento e seu óstio externo localiza-se anteriormente à vagina e entre os lábios menores. A uretra masculina
apresenta três porções: a prostática, a membranosa e a esponjosa. Inicia-se na bexiga urinária, passa através da
próstata e se estende até a extremidade do pênis. É mais longa que na mulher (20 cm) e serve também como
canal de ejaculação (ducto ejaculatório). Faz parte dos sistemas urinário e reprodutor.

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO


É constituído por estruturas/órgãos externos e internos, sendo: testículos, escrotos e pênis, como
externos e epidídimos, canais deferentes, canal ejaculatório, uretra, vesículas seminais, próstata e glândulas
bulbo uretrais, como internos.
As funções deste sistema são as de produzir os gametas masculinos (espermatozóides), para a fecundação e,
assim, manter a reprodução da espécie.
TESTÍCULOS
São duas gônadas em forma de bolsa (saco), localizadas na parte externa da pelve. São
ovóides, com aproximadamente 5 cm de comprimento. Produzem os espermatozóides e os hormônios
(Testosterona) responsáveis por características sexuais masculinas. São as únicas glândulas localizadas do lado de
fora do corpo. Cada testículo é composto pelos ductos seminíferos, que são um emaranhado de tubos (cerca de
1.000) e pela túnica albugínea, que é cápsula fibrosa de tecido conjuntivo que recobre os tubos.
ESCROTO
Bolsa fibromuscular localizada fora do corpo e que aloja os testículos e contém a primeira porção dos
ductos deferentes. É dividido em 2 lojas por um septo. Sua função é manter uma temperatura ideal para a
produção do espermatozóide ( até 35°C).
EPIDÍDIMO
São dois tubos, que partem dos testículos com cerca de 10m cada um. É uma estrutura de forma tubular e
contorcida, dividida em cabeça (próximo ao testículo), corpo (meio) e cauda (parte distal que origina o ducto
deferente). Nele os espermatozóides ficam armazenados até completarem seu processo de amadurecimento.
DUCTO DEFERENTE
São tubos que se continuam ao epidídimo e penetram na cavidade pélvica, conectando os órgãos
internos e externos. São os maiores ductos espermáticos do sistema masculino, sendo o local de
passagem dos espermatozóides até o ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas seminais.
VESÍCULAS SEMINAIS
São 2 bolsas membranosas localizadas abaixo da bexiga e acima da próstata. Elas secretam um líquido que
formará 60% do volume total do sêmen. Este líquido viscoso e alcalino, ativa e facilita a passagem dos
espermatozóides pelas vias condutoras, neutralizando a acidez da uretra
DUCTO EJACULATÓRIO
É um fino tubo formado pela junção do ducto deferente com o ducto da vesícula seminal até desembocar na
parte prostática da uretra. Tem a função de levar o sêmen da vesícula seminal até a uretra.
PRÓSTATA
Órgão ímpar, com formato e tamanho de uma castanha, situado abaixo da bexiga e atravessado pela uretra. Contém
glândulas que secretam líquido acrescentado ao líquido seminal, que será lançado na parte prostática da uretra,
através dos ductos prostáticos, com a finalidade de auxiliar as vias condutoras para a passagem dos
espermatozóides, diminuindo a viscosidade e facilitando a ejaculação. Esse líquido tem aspecto leitoso, sendo o
responsável pelo odor característico do sêmen.

URETRA
Inicia-se na bexiga e atravessa a próstata, assoalho da pelve e o pênis. Possui um tamanho aproximado de 18 cm
e é um canal para a passagem da urina e do sêmen para o meio externo.
Divide-se em 3 partes:
1) parte prostática: onde atravessa a próstata;
2) parte membranosa: onde passa pelo assoalho da pelve;
3) parte esponjosa: onde atravessa o corpo esponjoso do pênis.
GLÂNDULAS BULBOURETRAIS
São 2 glândulas de forma arredondada, pequenas e situadas próximas à uretra. Seus ductos
desembocam na uretra esponjosa e sua secreção também auxilia na condução dos espermatozóides e na limpeza
da via condutora (uretra). Durante a excitação sexual, sua secreção protege os espermatozóides.
PÊNIS
Órgão masculino da cópula, com formato cilíndrico e composto de tecido erétil. Divide –se em raiz, que se prende
à região anterior do períneo; e corpo, que constitui a extremidade livre e
arredondada .
Internamente é composta por 3 cilindros de tecido erétil: dois corpos
cavernosos, que se fixam ao osso do quadril; e um corpo esponjoso, que
apresenta uma dilatação anterior denominada glande. O interior destes
três elementos apresenta um aspecto esponjoso pela existência de
inúmeras e finas trabéculas que se entrecruzam e se enchem de sangue
durante a relação sexual, produzindo a ereção.
A glande do pênis é revestida por uma prega de pele fina e deslizante,
conhecida por prepúcio. Dentro do prepúcio existem glândulas sebáceas
que produzem uma secreção denominada esmegma. Nos casos em que o
prepúcio é muito fechado e não permite a exteriorização da glande
(Fimose), pode ocorrer o acúmulo do esmegma, provocando irritação e inflamação no local.
A função do pênis é, com o auxílio dos corpos cavernosos e esponjoso, estruturas vasculares que
provocam sua ereção, lançar o esperma nointerior do sistema genital feminino.
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
O sistema feminino tem sua anatomia mais simples que a masculina, porém sua fisiologia é mais complexa, uma vez
que os processos de ovulação, fecundação, gestação e parto, ocorrem todos dentro deste sistema. É constituído por
estruturas/órgãos externos e internos, sendo: ovários, trompas, útero e vagina, como internos e monte pubiano,
lábios maiores, lábios menores, clitóris, bulbo do vestíbulo e glândulas vestibulares, como externos.
OVÁRIOS
São dois órgãos arredondados, com 3 cm de comprimento, formato de amêndoa e situados na cavidade pélvica
(um de cada lado). Suas funções são: produção e amadurecimento de gametas femininos (óvulos); e
produção dos hormônios Estrógeno e Progesterona, que controlam o desenvolvimento das características
sexuais e atuam no útero para o desenvolvimento do embrião, quando se tem a fecundação.
A atividade dos ovários é controlada pela hipófise, que secreta hormônios estimulantes (FSH e LH). Na
infância, os ovários apresentam coloração rósea, que se modifica para branca, com cicatrizes, após a puberdade.
Cada cicatriz corresponde a um óvulo que foi liberado em cada ciclo menstrual.
TUBAS UTERINAS
São dois tubos que conectam os ovários ao útero. São formados por uma parede músculos e por pequenos
cílios vibráteis para a movimentação dos óvulos. Possuem 3 porções:
1) Istmo: próximo ao útero;
2) Ampola: meio das trompas, mais dilatada;
3) Infundíbulo: próximo aos ovários que contém as fímbrias (franjas).
Atuam transportando os óvulos para a cavidade do útero e funcionam como local de fecundação, pois
os espermatozóides precisam chegar até as tubas para encontrar o óvulo.

ÚTERO
É um órgão muscular ímpar, com formato de “pêra invertida”, localizado na parte medial da cavidade
pélvica. Sua parede apresenta 3 porções: o Endométrio, camada interna composta por uma mucosa altamente
vascularizada, responsável por receber o óvulo fecundado (quando não ocorre ele se descama e provoca a
menstruação); o Miométrio, camada muscular espessa responsável pelo crescimento uterino durante a gestação e
por sua contração (no parto); e pelo Perimétrio, que forma a camada externa e serosa, responsável pela proteção do
útero. Internamente, o útero divide-se em 3 partes:
1) Fundo: porção superior;
2) Corpo: porção medial, comunica-se com as tubas uterinas;
3) Colo: porção inferior que se afunila e tem sua extremidade voltada para a vagina. Esta
região secreta o muco cervical, substância que aparece na vulva durante o período fértil, e tem a função de
colaborar com a fecundação, nutrindo, selecionando e encaminhando os espermatozóides até a tuba uterina. O
útero é responsável por alojar o embrião, caso haja uma fecundação, ou por descamação de sua parede interna,
para expulsar o óvulo não fecundado, através da menstruação.
VAGINA
É o órgão da cópula feminina, formado por músculo e forma de tubo com cerca de 7cm de comprimento.
Comunica-se superiormente com o útero e inferiormente com o vestíbulo da vagina (abertura externa). É um
órgão com grande elasticidade e sua parede interna é revestida por uma mucosa específica.Tem como função
receber o pênis no ato sexual, dar passagem ao feto, no parto (canal do parto) e liberar a menstruação, caso
o óvulo não seja fecundado. A vagina possui uma região denominada lago seminal, capaz de armazenar
temporariamente os espermatozóides.

VULVA – ÓRGÃOS EXTERNOS


As estruturas externas são responsáveis por proteger a vagina e a uretra.
MONTE PUBIANO: elevação mediana, anterior a sínfise púbica e
constituída por tecido adiposo.
LÁBIOS MAIORES: São
2 pregas cutâneas alongadas
que delimitam uma fenda.
LÁBIOS MENORES: São pequenas pregas
cutâneas, medialmente aos lábios maiores e entre eles há o vestíbulo da
vagina, onde tem o óstio externo da uretra, da vagina e os orifícios dos
ductos das glândulas vestibulares.

CLITÓRIS E BULBO DO VESTÍBULO: São as estruturas eréteis


do sistema feminino, localizadas no ponto de encontro dos
pequenos lábios. Inundam-se de sangue durante a relação sexual,
aumentando o contato do pênis com o vestíbulo da vagina.

GLÂNDULAS VESTIBULARES (Glândula de Bartholin): próximas ao vestíbulo da vagina, elas abrem seus
ductos nos lábios menores e produzem muco, visando facilitar a relação sexual. Apresentam tamanho de uma
ervilha.

FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL

Na mulher, desde o nascimento, o ovário traz cerca de 400.000 folículos, dos quais cerca de 300
irão amadurecer e formar óvulos. Este processo ocorre desde a Menarca (primeira menstruação, que ocorre em
torno de 11 a 13 anos) até a Menopausa (última menstruação). A partir da menarca, a cada 28 dias,
geralmente, um folículo (óvulo imaturo) migra para a superfície do ovário, onde, pela ação dos hormônios
femininos, será liberado no processo denominado Ovulação, que dura aproximadamente 14 dias (período que o
óvulo demora para percorrer toda a tuba uterina).

Durante a ovulação, ocorrem diversas alterações, para facilitar a fecundação, como o espessamento do
endométrio, com proliferação dos vasos sanguíneos (para a nidação), produção do muco cervical, entre outros.

Não sendo fecundado, o óvulo é reabsorvido pelo organismo e o endométrio descama e expele
determinada quantidade de sangue pela vagina – a chamada menstruação.

Ao ocorrer a fecundação - encontro do


óvul o com o espermatozóide - o óvulo

mig ra para o útero (percurso que leva

cerca de 5 a 7 dias), onde escava o

end ométrio e nele se fixa,

fen ômeno denominado nidação.

SISTEMA ENDÓCRINO
Constituído por um conjunto de glândulas
endócrinas, também chamadas de glândulas de secreção interna, ou
glândulas sem ductos, são as responsáveis por produzir e secretar
hormônios diretamente na corrente sanguínea. Essas glândulas têm
uma função essencial para a vida. Esse conjunto de órgãos produz
secreções denominadas Hormônios, substâncias que são
transportadas pela circulação a outras células do organismo, regulando
suas necessidades e suas funções. Os órgãos que têm sua função
controlada e/ou regulada pelos hormônios são denominados órgãos-
alvo.

Funções: Controlar a velocidade das reações químicas das células; regular o crescimento e
desenvolvimento do indivíduo, bem como de seus órgãos; e manter a inter-relação de todas as glândulas do corpo e
suas secreções.

GLÂNDULAS DO SISTEMA ENDÓCRINO:


- Hipófise,
- Tiróide,
- Paratireóides,
- Supra-renais,
- Pâncreas,
- Ovários
- Testículos.

 SISTEMA DE NERVOS

O sistema nervoso controla as funções orgânicas e a integração ao meio ambiente. Ou seja, ele não só controla e
coordena as funções de todos os sistemas do organismo como também, ao receber estímulos externos, é capaz de
interpretá-los e desencadear respostas adequadas a eles.
O Sistema Nervoso (SN) apresenta três funções básicas:
Função Sensitiva: os nervos sensitivos captam informações do meio interno e externo do corpo e as conduzem
ao SNC;
Função Integradora: a informação sensitiva trazida ao SNC é processada ou interpretada;
Função Motora: os nervos motores conduzem a informação do SNC em direção aos músculos e às glândulas do
corpo, levando as informações do SNC.

DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO


Sistema nervoso central (SNC): é a porção de processamento e integração das informações e dos estímulos, que
desencadeia respostas. Formado pelo encéfalo (no crânio) e pela medula espinhal (na coluna vertebral).
Sistema nervoso periférico (SNP): Liga os nervos espinhais ao encéfalo, constituído por vias que conduzem os
estímulos ao sistema nervoso central ou até os órgãos efetuadores. Formado pelos nervos cranianos e espinhais,
pelos gânglios e pelas terminações nervosas

TECIDO NERVOSO
O tecido nervoso compreende os neurônios e as Células da Glia.
Neurônio: é a unidade estrutural e funcional do sistema nervoso que é especializada para a comunicação rápida.
Tem a função básica de receber, processar e enviar informações.

Células da Glia (Neuroglia): células que ocupam os espaços entre os neurônios e tem como função sustentação,
revestimento ou isolamento e modulação da atividade neural.

SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)


O SNC recebe, analisa e integra informações. É o local onde ocorre a tomada de decisões e o envio de ordens. Está
localizado na caixa craniana e divide-se em encéfalo e medula. O encéfalo apresenta três partes: cérebro, cerebelo e
tronco encefálico. O tronco encefálico também tem três divisões: mesencéfalo, ponte e bulbo.
No SNC, existem as chamadas substâncias cinzenta e branca. A substância cinzenta é formada pelos corpos dos
neurônios e a branca, por seus prolongamentos.

MEDULA ESPINHAL
A medula espinhal é uma massa cilindróide de tecido nervoso, situada dentro do canal vertebral. No homem adulto
ela mede aproximadamente 45 cm sendo um pouco menor na mulher. A medula espinal é formada por trinta e um
segmentos, cada um dos quais dá origem a um par de nervos espinais. Ela atua como um caminho pelo qual passam
impulsos que vão ou vem do encéfalo para várias partes do corpo.
ENCÉFALO
É composto por: cérebro, tronco encefálico e cerebelo.
O cérebro responde pelas funções nervosas mais elevadas, contendo centros para interpretação de estímulos bem
como centros que iniciam movimentos musculares. Ele armazena informações e é responsável também por
processos psíquicos altamente elaborados, determinando a
int eligência e a personalidade. Está dividido em 2 hemisférios (direito
e esquerdo) e cada hemisfério é dividido em 4 lobos: o frontal, o
parietal, o occipital e o temporal.
O tronco encefálico, que se divide em mesencéfalo, ponte e bulbo,
conecta a medula espinal com as estruturas encefálicas localizadas
superiormente. Além de ser a origem dos nervos
cranianos, é sede de várias funções ligadas ao controle das atividades
in voluntárias, como a função respiratória; e das emoções.
O cerebelo atua na manutenção do equilíbrio corporal e como coordenador dos movimentos da musculatura
esquelética, recebendo informações de diversas partes do corpo.

SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)


O sistema nervoso periférico é composto por terminações nervosas, gânglios e nervos. Estes são cordões
esbranquiçados formados por fibras nervosas unidas por tecido conjuntivo e que têm por função levar (ou trazer)
impulsos ao (do) SNC. As fibras aferentes ou sensitivas levam impulsos ao SNC, enquanto as fibras eferentes ou
motoras trazem os impulsos do SNC.
Os nervos são divididos em dois grupos: Nervos Cranianos e Nervos Espinais.
Os nervos espinais são formados pela fusão de duas raízes, com fibras motoras (eferentes) e fibras sensitivas
(aferentes). Existem 31 pares de nervos que mantêm contato com a medula, assim distribuídos:
- 8 pares CERVICAIS,
- 12 pares TORÁCICOS,
- 5 pares LOMBARES,
- 5 pares SACRAIS;
- 1 par COCCÍGEOS.

Os nervos cranianos são doze pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo. Os dois primeiros têm conexão
com o cérebro e os demais com o tronco encefálico. Os nervos cranianos são mais complexos que os espinais e
dividem-se em:
I - OLFATÓRIO I VII – FACIAL
II – ÓPTICO VIII – VESTÍBULOCOCLEAR
III – OCULOMOTOR IX – GLOSSOFARÍNGEO
IV – TROCLEAR X – VAGO
XI – ACESSÓRIO XII – HIPOGLOSSO

SISTEMA SENSORIAL
O ser humano apresenta 5 órgãos que permitem o contato e interação com o meio ambiente.
São órgãos fundamentai do corpo. São eles:
Língua – para a gustação (Paladar)
Fossas nasais – para o olfato;
Pele – para o tato
Ouvidos – para a audição;
Olhos – para a visão.
Os órgãos dos sentidos recebem os estímulos e os transmitem ao cérebro, através de nervos sensoriais.
O cérebro então entende a mensagem produzindo a sensação.
TATO
O órgão do tato é a pele. Ela apresenta muitos receptores sensoriais, para os diferentes estímulos.
Os receptores sensoriais são formados por fibras nervosas, que se organizam formando diferentes
corpúsculos sensoriais, que permitem identificar o formato, peso e características dos objetos; ou
ainda perceber os diferentes estímulos da pele. São eles:
Corpúsculos de Meissner – tato/ Corpúsculos de Krause – frio/ Corpúsculos de Ruffini – calor/
Corpúsculo de Paccini – pressão.
PALADAR
Distinguimos os sabores pelo sentido da gustação, chamado também de paladar. O órgão da
gustação é a língua. A língua apresenta 2 superfície
 Dorsal: com numerosas rugosidades chamadas de papilas linguais;
 Ventral: apresenta-se relativamente lisa.
Nas papilas linguais existem os corpúsculos gustativos, especializados em sentir o gosto. As
papilas percebem 4 tipos básicos de gosto, mas cada sabor é sentido com maior intensidade em
determinada região da língua:

 O doce é o salgado são percebidos com maior intensidade na ponta;


 O azedo é percebido nas bordas;
 O amargo é sentido na base.
OLFATO
As fossas nasais são responsáveis pelo olfato. O homem tem o olfato pouco desenvolvido, apesar
disto somos capazes de distinguir certos alimentos e bebidas pelo cheiro. Na parte superior das
fossas nasais, a mucosa que constituem as terminações do nervo
olfativo.

O ar transporta, até as fossas nasais, substâncias diversas que


sensibilizam as células olfativas. Então a mensagem é conduzida
pelo nervo olfativo até o cérebro, onde é interpretada.
AUDIÇÃO
A audição é a capacidade de ouvir sons. Os órgãos da audição
são os ouvidos. Sons muitos agudos ou muito grave não são
percebidos pelo ouvido humano. Os nossos ouvidos ficam encaixados nos ossos temporais e tem
a função da audição e manutenção do equilíbrio. Cada ouvido possui três partes:
 Ouvido externo: formado por 2 partes:
Pavilhão da orelha: Formado por cartilagem e pele, com a função de captar os sons, direcionando-os
para o interior do conduto auditivo.
Meato acústico externo: canal que conduz o
som para o interior do ouvido. Existem pêlos
e glândulas que produzem o cerúmem (cera
amarelada), para proteção do ouvido contra a
entrada de corpos estranhos.
Ouvido médio (caixa do tímpano):
situado dentro do osso temporal. Nele se encontra o tímpano, fina membrana que forma uma cavidade
com o ar oriundo da nasofaringe. No ouvido médio existem ainda 3 pequenos ossos: bigorna, martelo e
estribo. Eles recebem a vibração da membrana do tímpano. Do ouvido médio sai um canal, a tuba auditiva,
que vai até a faringe. Sua função é manter a pressão da caixa do tímpano igual à pressão
atmosférica.
 Ouvido interno (labirinto): divide-se em 3 partes:
o Vestíbulo: cavidade separada pelo ouvido médio e janela oval;
o Canais semicirculares: 3 tubos em forma de semicírculos;
o Cóclea: canal de 2,5 cm, com forma de espiral.

VISÃO
Os olhos são os órgãos responsáveis pela visão. Temos 2 globos oculares, cada um com uma parede
formada por três membranas:
Esclerótica: membrana mais externa, de cor branca e opaca. Na parte da frente, apresenta uma saliência e é
transparente, recebendo o nome de córnea.

Coróide: localizada sobre a esclerótica, rica em vasos sangüíneos. O sangue circula nessa membrana e
nutre as células do olho. Na parte da frente, a coróide apresenta uma região circular, a íris. No centro da
íris há um orifício, a pupila, que se adapta à luz incidente.
Retina: Camada mais interna e sensível do globo ocular.

O nosso campo
de visão é
relativamente
limitado, embora
tridimensional e
com
profundidade.
Quando
olhamos um
objeto, a luz
que ele emite
penetra em nosso olho, atravessando todos os meios
transparentes até chegar à retina, onde a imagem é percebida.
Então a imagem é conduzida pelo nervo
óptico até o cérebro, onde é interpretada. Aquilo que enxergamos, constitui uma resposta do cérebro ao
estímulo recebido pela retina.
Defeitos da visão
 Miopia (olho longo): As imagens se formam antes da retina. Usam-se então lentes
divergentes, que afastam as imagens fazendo-as coincidir com a retina.
 Hipermetropia (olho curto): As imagens se formam após a retina.
 Astigmatismo (deformação da córnea): Ocorre o desvio da imagem. Nesse caso, a correção
é feita com o auxílio de lentes cilíndricas.
.

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