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Habilidades Clínicas e Atitudes II- SAU614 kellen santos

Exame do tórax e pulmões


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6. Tórax cifótico: encurvamento
posterior da coluna torácica
Semiotécnica:
7. Tórax escoliótico: desvio lateral do
• Inspeção, palpação, percussão e segmento torácico da coluna
ausculta vertebral
• Paciente: sentado em banqueta 8. Tórax cifoescoliótico: alteração
• Examinador: em pé cifótica, com desvio lateral da coluna
vertebral(escoliose)
INSPEÇÃO
2.Abaulamentos e Depressões
Avaliar: estado da pele e estruturas da
parede torácica ➢ Indicam alguma lesão que aumentou
ou reduziu uma das estruturas da
Inspeção: estática e dinâmica
parede ou de órgãos intratorácicos
• Estática: forma do tórax, presença o
Ex.:
não de abaulamentos e depressões
• Dinâmica: tipo respiratório, ritmo, ➢ Aneurisma de aorta: abaulamento
frequência da respiração, amplitude redondo e pulsátil na parede
dos movimentos, presença ou não de anterossuperior
tiragem, expansibilidade dos pulmões ➢ Tumor do timo: abaulamento na
região do mediastino superior
1.Forma do tórax
➢ Derrame pleural: abaulamento da
* Apresenta variações de acordo com idade, base do hemitórax correspondente
sexo e biotipo ➢ Hipertrofia do ventrículo direito:
abaulamento do precórdio
* Adulto = diâmetro lateral é maior que o
➢ Casos de malformações e fraturas de
anteroposterior
costelas
Formas anormais do tórax
3. Tipo Respiratório
1. Tórax chato: tamanho
Observa-se a movimentação do tórax e do
anteroposterior reduzido
abdome
2. Tórax em tonel ou barril: diâmetro
anteroposterior é igual ao transversal Tipos de respiração:
3. Tórax infundibuliforme: depressão
▪ Costal superior
no nível do terço inferir do esterno
▪ Toracoabdominal
4. Tórax cariniforme: saliência em
forma de peito de pombo no nível do Costal superior: sexo feminino, ação dos
esterno músculos escaleno e
5. Tórax em sino ou piriforme: porção esternocleidomastóideo.
inferior alargada
Toracoabdominal: sexo masculino e crianças nos traumatismos cranioencefálicos,
de ambos os sexos. Na posição deitada em nas intoxicações por morfina ou
ambos os sexos. Diafragmática barbitúricos
variações da tensão de O2 e CO2 no
4. Ritmo respiratório
sangue, associadas a uma anormal
*Tipo respiratório é diferente de ritmo sensibilidade do centro bulbar que
respiratório comanda a respiração.

▪ Observar durante 2 minutos: sequência, ▪ Respiração de Biot: ocorrência de


forma e amplitude das incursões. períodos de apneia que interrompem a
▪ Normal: sucessão regular de movimentos ▪ sequência das incursões respiratórias.
respiratórios e profundidade igual Há variações na amplitude dos
movimentos torácicos
Respiração irregular:

▪ Respiração dispneica (dispneia): comum na meningite, em


movimentos respiratórios amplos e processos expansivos (neoplasias)
desconfortáveis para o paciente e hematoma extradural,
traduzindo sempre lesão no
Insuficiência cardíaca, enfisema centro respiratório, no estado
pulmonar, bronquite, pneumonias, comatoso e nas afecções em que
atelectasia, pneumotórax, derrame há grave comprometimento do
pleural e anemias graves encéfalo.
▪ Platipneia: dificuldade para respirar em Indica sempre mau prognóstico
posição ereta, que se alivia na posição
deitada ▪ Respiração de Kussmaul: Amplas e
rápidas inspirações interrompidas por
Pode ocorrer após pneumectomia curtos períodos de apneia após as quais
ocorrem expirações profundas e
▪ Ortopneia: é a dificuldade para respirar ruidosas sucedidas por pequenas pausas
mesmo na posição deitada de apneia
▪ Trepopneia: paciente se sente mais
confortável para respirar em decúbito Cetoacidose diabética, insuficiência
lateral. renal com uremia e outras acidoses
▪ Respiração suspirosa: vez por outra,
Pode ocorrer na insuficiência interrompendo a sequência regular das
cardíaca congestiva e no derrame incursões respiratórias surge uma
pleural inspiração mais profunda seguida de
▪ Respiração de CheyneStokes: incursões uma expiração mais demorada
respiratórias que vão se tornando
5. Amplitude da Respiração
profundas até atingirem uma amplitude
máxima; neste momento, os movimentos ▪ Observar aumento ou redução
começam a diminuir gradativamente, ▪ Respiração profunda ou superficial
podendo ocorrer apneia;
surge na insuficiência cardíaca grave,
nos acidentes vasculares cerebrais,
*Se houver ritmos respiratórios anormais • Pode ser localizada em uma área
(Ex.:cheyne-stokes) costumam se tornar restrita ou ser unilateral, visível em
mais amplos todo um hemitórax, ou bilateral, tudo
em função da altura da obstrução.

5. Frequência Respiratória Tiragem em um hemitórax indica


oclusão de um brônquio principal
▪ Varia em função da idade
– direito ou esquerdo – por
▪ Taquipneia: frequência acima do valor
exsudato espesso (tampão
normal
mucoso), neoplasia ou corpo
▪ Bradipneia: frequência inferior aos
estranho.
valores normais
Bilateral: quando o obstáculo está
▪ Apneia parada respiratória
acima da bifurcação traqueal,
▪ Eupneia frequência normal sem
como ocorre na angina diftérica
dificuldade respiratória
(crupe), na laringite estridulosa

Taquipneia surge em condições Inspeção do pescoço


fisiológicas (esforço físico, emoções) e
❖ Observar se a respiração é auxiliada
em condições patológicas (febre, lesões
pela ação dos músculos acessórios,
pleuropulmonares as mais variadas)
sinal precoce de obstrução das vias
Bradipneia fisiológica surge durante o
respiratórias.
sono e em atletas, lesões cerebrais com
❖ À inspeção, este fato é evidenciado
hipertensão intracraniana e
pela retração das fossas
intoxicação exógena (barbitúricos e
supraclaviculares e dos espaços
opiáceos, por exemplo) com depressão
intercostais
do centro respiratório
PALPAÇÃO
Valores normais da frequência respiratória
Avaliar: estrutura da parede torácica,
❖ Recém-nascidos = 40 a 45 irpm
expansibilidade ou mobilidade e frêmito
❖ Pré-escolares = 20 a 35 irpm
❖ Escolares = 18 a 35 irpm
❖ Adultos = 16 a 20 irpm
1.ESTRUTURA DA PAREDE TORÁCICA
*irpm: incursões respiratórias por minuto.
❖ Pele, tecido celular subcutâneo,
músculos, cartilagens e ossos

6. Tiragem 2.Expansibilidade ou mobilidade

• Quando há obstáculo em uma via ❖ Avaliar separadamente a


respiratória, dificultando ou expansibilidade dos ápices e das
impedindo a penetração do ar, a parte bases
correspondente do pulmão não se
Expansibilidade dos ápices
expande. A pressão atmosférica, ao
atuar sobre a área correspondente da ➢ Examinador: posicionado atrás do
parede torácica, provoca uma leve paciente
depressão dos espaços intercostais; ➢ Ambas as mãos nos ápices
pulmonares com os polegares se
tocando em um ângulo reto, no nível PERCUSSÃO
da vertebra proeminente
➢ Solicita-se que o paciente respire
➢ Paciente sentado ou deitado
fundo e o examinador observa a
movimentação das mãos ➢ Ao percutir as faces laterais o paciente
deve colocar as mãos na cabeça
**Diminuição ou ausência da mobilidade
ocorre nas pneumonias, pneumotórax e nas ➢ Usar percussão digitodigital
pleurites ➢ Deve-se iniciar pela face anterior, indo
de cima pra baixo e golpeando, ora de
Expansibilidade das bases
um lado, ora de outro, em pontos
simétricos, e seguida percutir as
➢ Examinador: posicionado atrás do laterais
paciente
➢ Conclui-se o exame com a percussão
➢ Polegares devem estar próximos na
da face posterior
altura das apófises espinhosas da 9º a
10º vertebra torácica, a palma da mão Na área de projeção do coração, do fígado e
e a face ventral dos dedos devem do baço obtém-se, à percussão, som maciço
abarcar o máximo da área ou submaciço
correspondente as bases pulmonares
➢ A amplitude da movimentação dos • O hemitórax direito até a altura do
examinadores indica o grau de 4ºEID nota-se som submaciço. A
expansibilidade dos lobos inferiores partir do 5º ou 6º EID o som torna-
do pulmão
se maciço
A diminuição da expansibilidade pode ser: • Na área de projeção de fundo do
❖ Unilateral estômago – espaço de Traube –,
❖ Bilateral obtém-se o som timpânico
• Nas demais regiões, encontra-se
3. Frêmito toracovocal sonoridade pulmonar ou som claro

Vibrações percebidas na parede torácica pulmonar, também denominado som


pela mão do examinador quando o paciente claro a timpânico
emite algum som
Alterações na percussão do tórax
Semiotécnica
▪ Hipersonoridade pulmonar
❖ Examinador posiciona a mão no
tórax enquanto o paciente pronuncia ▪ Submacicez
“trinta e três”
▪ Macicez
❖ Percorrer toda a extensão da parede
torácica (face anterior, faces laterais ▪ Som timpânico
e face posterior), completando o
exame com o estudo comparado das AUSCULTA
regiões homólogas. 1º- Não realizar ausculta do tórax em cima
❖ Verificar a intensidade do frêmito de roupa
toracovocal
2º - Paciente deve estar sentado com tórax ▪ Pneumotórax
descoberto ▪ Enfisema pulmonar

3 º- Solicitar que paciente respire Ressonância vocal aumentada (broncofonia,


profundamente com os lábios entreabertos pectoriloquia fônica e afônica)

▪ Pneumonia
▪ Infarto pulmonar
Sons normais Egofonia Parte superior dos
▪ Neoplasia pulmonar
derrames pleurais e áreas de condesação
(pneumonia, infarto

pulmonar) ou cavidades (caverna pulmonar,


bronquiectasia, abscesso pulmonar

▪ Som traqueal e respiração brônquica


▪ Murmúrio vesicular
▪ Respiração brônquico vesicular

Sons anormais

Sons Anormais Descontínuos: sons


representados pelos estertores

▪ Estertores finos
▪ Estertores grossos

Sons ou ruídos anormais contínuos: roncos,


sibilos e sons agudos

▪ Estridor

Som anormal de origem pleural

▪ Atrito pleural

Ausculta da voz

Ressonância vocal normal

▪ Presente em todo o tórax, exceto nas


áreas de projeção do coração e do
fígado
▪ Mais intensa nas regiões
interescapulovertebrais e esternal
superior
▪ Mais forte em homens do que em
mulheres e crianças
▪ Ressonância vocal diminuída
Espessamento pleural
▪ Derrame pleural
▪ Atelectasia por oclusão brônquica

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