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Exame do Tórax – Sistema Respiratório-

Os pulmões e a cavidade torácica


● Superiores: condução do ar para vias aéreas inferiores; proteção contra corpos
estranhos, aquecimento, filtração e umidificação do ar inspirado.
● Inferiores: traqueia, brônquios e alvéolos, condução e trocas gasosas.
Sistema respiratório:
● Respiração:

✔ Externa: troca gasosa nos pulmões;


Ventilação: distribuição do gás para dentro e para fora das vias
pulmonares;
Perfusão: fluxo de sangue do lado direito do coração, pela circulação
pulmonar para o lado esquerdo do coração;
Difusão: Passagem do gás de um lado de maior concentração para o de
menor concentração.
✔ Interna: troca gasosa nos tecidos;
Funções
● Realizar trocas gasosas

● Função endócrina: pulmão produz a ECA sistema renina-angiotensina-


aldosterona (regula o sistema de PA) responsável pela inativação da bradicinina
(mediador inflamatório, vasodilatação, aumento permeabilidade do vaso),
fármacos inibidores da ECA (aumentam a bradicinina) que provoca processo
irritativo > tosse.
● Reserva sanguínea (hipovolemia)

● Imunológico (macrófagos)

● Filtração venosa/partículas estranhas – vias superiores, sistema muco-ciliar.


Tórax
● Formado de osso e cartilagem > protege os pulmões

● Coluna vertebral e 12 pares de costelas forma a caixa torácica posterior

● As costelas permitem a expansão e contração dos pulmões > sustentação e


proteção do tórax;
● O manúbrio, o corpo do esterno, o apêndice xifoide e as costelas formam a caixa
torácica anterior;
● A incisura supra-esternal, permite a palpação da traqueia e avaliação do pulso
aórtico.
Controle dos movimentos respiratórios
Bulbo: centro respiratório
● Fatores que estimulam o BULBO: Elevação da concentração de CO2 no
sangue; Diminuição da concentração de O2 no sangue; Excessoo de H+ no
sangue (acidez no sangue);
● Fatores que inibem o BULBO: Diminuição da concentração de CO2 no sangue;
Elevação da concentração de O2 no sangue; Déficit de H+ no sangue (sangue
alcalino)
● Estimulado: aumenta a frequência respiratória

● Inibido: diminui a frequência respiratória.

Anamnese do aparelho respiratório: Avaliar as condições do paciente; Avaliar


as condições do local do exame; Estabelecer relação com o paciente; Procurar fazer
perguntas abertas; Prestar atenção às respostas não verbais.
Anamnese x exame físico
Coletar informações sobre as condições atais do paciente e seus problemas
respiratórios progressivos
● Concentrar-se:

⮚ Manifestações clínicas da queixa: O que o trouxe aqui?; Quando


começou a sentir os primeiros sintomas?
⮚ História atual e patológica; Dados pessoais: idade, sexo, estado civil,
ocupação, etnia, religião; Dados sobre os sintomas: início, duração,
frequência, fatores agravantes, fatores aliviantes, localização; Queixas
mais comuns: dispneia, tosse, expectoração, sibilos e dor torácica;
Identificar problemas anteriores (asma, enfisema, infecção dos seios
nasais), doenças da infância, traumatismos; Hábitos como: fumo,
álcool, dieta.
⮚ História familiar: Doenças com: anemia falciforme, câncer, doenças
cardíacas, asma enfisema, HIV; Doenças infecciosas: tuberculose.
⮚ Dados psicossociais: Estilo de vida, condições de moradia, hábitos de
higiene, condições socioeconômicas, estado mental, exposição a fatores
irritantes.
⮚ Hábitos e costumes;

⮚ História ambiental ou ocupacional.


Estudo comparativo entre as regiões do tórax e as linhas
Como examinar?
● Inspeção: Estática; Dinâmica.

● Palpação

● Percussão

● Ausculta
Perguntas
● Quando e em que situações os sintomas ocorrem com maior frequência?

● O aparecimento dos sintomas é gradual ou súbito?

● Há quanto tempo ocorrem?

● O que os alivia?

● Sintomas comuns: dispneia, tosse, expectoração, hemoptise;


Dispneia:
● “falta de ar” “sufocação” “aperto no peito” “perda de fôlego” “respiração curta”

● Sinal: musculatura acessória, retração das fossas supraesternal e


supraclavicular, batimento das asas do nariz.
Quando surge?
Se movimenta
Repouso Descrever a evolução
da dispneia
Atividade física (leve,
moderada) Fatores de
exacerbação
Ao deitar
Duração dos episódios
Constante
Medidas de alívio
Outros sinais: dor,
tontura, tosse, sudorese.

Tosse: Resposta reflexa a estímulos irritantes da laringe, traqueia e brônquios


Decorrente de:
● Processos inflamatórios (hiperemia, edema e secreções)

● Mecânicos (corpo estranho, poeira)

● Químico (gases irritantes)

● Térmicos (ar quente ou frio demais)


Investigar: início, frequência, intensidade, relação com época do ano, tosse seca ou
produtiva
Expectoração: Escarro substância expelida pela tosse
Investigar: Coloração (claro, amarelo, verde, ferruginoso, róseo, sanguinolento);
Odor; Qualidade (aquoso, mucoide, viscoso); Quantidade (colher de chá, sopa,
xícara).
Investigar: início, frequência, intensidade, relação com a posição (deitado, decúbito
lateral, em pé)
Presença de Sangue!!!
Associado a produção de escarro (bronquite e pneumonia); Isolado (Embolia
Pulmonar); Verificar proveniente da região oral ou nasofaríngea (sinusite).
Hemoptise: Expetoração de sangue pela boca > ruptura de vasos brônquicos ou
capilares;
● Causas: bronquiectasias, neoplasias, tuberculose;

● Diferenciar: epistaxe e rinorragias (vias aéreas superiores) e hematêmese


(sangramento do estômago – borra de café não é arejado);
● Investigar: tosse forçada, frequência e quantidade, se relacionada a esforços ou
repouso;
● Em geral: sangue vermelho-vivo... vermelho escuro ou acastanhado.
Dor torácica
● Diferenciar se está associada a problemas pulmonares ou cardíacos;

● Manifesta-se por queimação constante e persistente (retroesternal) ou de forma


aguda (pontada que se acentua com o movimento de inspiração profunda = dor
pleurítica);
● Investigar: localização, duração, intensidade e tipo de dor;

● Questionar: outros sintomas, febre, tosse, expectoração, fadiga, tosse persistente,


pós-operatório
Rouquidão: Alteração da laringe e cordas vocais;
● Tumor pulmonar, CA laringe ou aneurisma de aorta.
Anamnese
● Queixão principal: dor torárica, tosse, dispneia, expectoração ou hemoptise;

● História da doença atual: padrão cronológico (anos, meses, dias [...])

● Sintomatologia pulmorar: Dor: diferenciar se é cardíaca ou pulmonar; Tosse:


caracterizar...; Dispneia: investigar origem; Expectoração: avaliar as
características; Hemoptise : sangramento proveniente do pulmão;
● História pregressa: doenças respiratórias pregressas, alergias, imunização,
internamentos ou cirurgias prévias
● História familiar: transmissão genética ou infecciosa – asma, fibrose cística,
enfisema, DPOC, CA de pulmão, infecções respiratórias, tuberculose
● História profissional: exposição a produtos químicos, poeiras, sílica, vapor

● Hábitos de vida: história de fumo, bebidas alcóolicas e uso de drogas

● Medicamentos: Inibidores de ECA II > tosse; Betabloqueadores não seletivos >


broncoespasmo; AINE’S > pneumonia de hipersensibilidade
Outros sintomas: Febre, rouquidão; Sudorese norturna; Anorexia; Perda de peso;
Edema; Resfriados, secreção nasal; Epistaxe; Dor e edema seios da fase; Cefaleia
causada por sinutise
Exame físico
Itens necessários: Conforto ambiental: local aquecido (tremor não interferir); Fonte
de luz: situada nas costas do examinador; Posição do paciente: ortostática ou
sentado(Se não for possível: Semi-fowler ou decúbio dorsal: região anterior; Decúbito
lateral: região posterior); Braços semi-fletidos e apoiá-los na nuca: para examinar a
região axilar; Tórax despido; Estetoscópio, relógio e prontuário do paciente.
Tórax:
● O exame deve começar do ápice em direção às bases, de um hemitórax para o
outro;
● O paciente deve estar despido até a cintura;

● No exame do tórax posterior o paciente deve estar sentado com os braços


cruzados sobre região anterior;
● No exame do tórax anterior o paciente deve estar deitado em decúbito dorsal;

● Para descrever um achado no tórax é preciso definir sua localização em duas


dimensões: ao longo do eixo vertical e em torno da circunferência torácica.
Linhas anatômicas do tórax:
Tórax- Inspeção
● Estática: Observar- condições da pele (coloração, hidratação, cicatrizes,
lesões); simetria; formas e tipos de tórax.
⮚ Visão panorâmica: Tórax anterior: formato, postura, anormalidades,
retrações dos tecidos entre as costelas, simetria entre as respirações,
uso dos músculos acessórios; Tórax posterior: posição da coluna,
inclinação das costelas, escápulas; Forma, retrações (restrição de
hemitórax) e abaulamentos (aumento de volume em qualquer região
do tórax).
⮚ Comparar um hemitórax com outro.

⮚ Alterações cutâneas: pelos e distribuição; cicatrizes; cianose; palidez;


circulação colateral e doenças de pele.
⮚ Prossiga com a observação da caixa torácica... A forma do tórax
apresenta variações de acordo com a idade, sexo e biótipo... Alterações
do diâmetro anterior posterior indicam algumas deformidades
torácicas.
⮚ Formas do Tórax:

❖ Tórax chato: diâmetro ântero-posterior reduzido, mais


comum em lingilíneos, sem significado patológico.
❖ Tórax em Tonel ou Barril: aumento do diâmetro ântero-
posterior em consequência da insuflação excessiva dos pulmões.
Pacientes com enfisema ou idosos sem doenças pulmonar.
❖ Pectus Excavatum (Tórax em Funil/Sapateiro): o esterno
fica deprimido ao nível do terço inferior e os órgãos que situam
abaixo dele são comprimidos. Presente no raquitismo e
síndrome de Marfan.
❖ Tórax Cariniforme, quilha de navio ou peito de pombo
(pectus carinatum): o esterno projeta-se para frente
aumentando o diâmetro ântero-posterior. Pode ser congênito ou
adquirido. O raquitismo é a principal causa.
❖ Tórax em sino ou piriforme: a porção inferior torna-se
alargada com a boca de um sino, lembrando um cone de base
inferior. Aparece nas grandes hepatoesplenomegalias e na ascite
volumosa.
❖ Tórax Cifoescoliótico: decorre da combinação de uma
alteração cifótica, com descio lateral da coluna vertebral
(escoliose). Pode ser congênito. Pode produzir restrição grave de
expansão torácica, causando insuficiência respiratória.
● Dinâmica: Frequência respiratória; tipo respiratório; ritmo respiratório;
tiragem.
⮚ Amplitude da respiração: Respiração profunda (esforços e emoções);
Respiração superficial (sono tranquilo); Movimentos respiratórios mais
amplos (com os ritmos anormais de respiração).
⮚ Tiragem: Tiragem em todo tórax (asma brônquica, tumor ou corpo
estranho ao nível da laringe ou acima da bifurcação da traqueia,
enfisema pulmonar); Tiragem em hemitórax (oclusão de brônquio
principal correspondente).
⮚ Frequência respiratória: Anormalidades

❖ Movimentos irregulares do tórax;

❖ Uso dos músculos acessórios;

❖ Lábios afastados, asas nasais dilatadas;

❖ Taquipnéia- FR maior que 20/minuto (rápida e superficial-


febre);
❖ Bradipnéia- FR menor que 12/minuto (lenta e superficial-
sono);
❖ Hiperpnéia- respirações laboriosas, profundas com frequência
normal. Maior que 20/ (rápida e profunda- ansiedade, exercício
físico);
❖ Apnéia- ausência de respiração.

⮚ Ritmo respiratório: Anormalidades

❖ Cheyne-Stokes: Consiste na alternância de períodos em que


ocorrem movimentos respiratórios e períodos de apneia, com
periodicidade de 15 a 30 segundos. Pode ser normal em crianças
e idosos durante o sono. Ocorrências: AVE, ICC e Hipertensão
intra-craniana e comprometimento do centro respiratório.
❖ Biot: Consiste em movimentos respiratórios irregulares em
frequência e amplitude, podendo haver períodos de apnéia.
Ocorrências: meningite e coma.
❖ Kussmaul: Consiste em movimentos respiratórios rápidos,
profundos, sem pausa, geralmente soa forçado parecendo
suspiro. Ocorrências: Cetoacidose diabética e insuficiência
renal.
❖ Suspirosa: Movimentos respiratórios interrompidos por
suspiros. Ocorrências: transtornos de ansiedade.
⮚ Depressão inspiratória: Ocorre durante a inspiração

❖ Espaços intercostais; Região supra-esternal; Região


supraclavicular
❖ Indica: obstrução brônquica regional, obstrução traqueal ou
brânquica bilateral, edema, inflamação e fibrose pulmonar.
Tórax- Palpação
● Estruturas da parede torácica: alterações na pele, tecido celular subcutâneo,
músculos, cartilagens e ossos.
● Expansibilidade ou movimentação do tórax: avaliar separadamente a
expansibilidade dos ápices e das bases.
⮚ Diminuição unilateral: derrame pleural, hepatoesplenomegalias;

⮚ Diminuição bilateral: gravidez, ascite, obesidade grave e derrame


pleural bilateral.
● Frêmito toracovocal: vibrações percebidas na parede torácica pela mão do
examinador quando o paciente emite algum som.
● Traquéia: Posição mediana dedos em paralelo acima da incisura supra-
esternal, até a borda superior da clavícula encontrando o musculo
esternocleidomastódeo.
⮚ Anormalidades: desvio da traquéia

❖ Colapso do tecido pulmonar;

❖ Aumento da tireoide;

❖ Derrame pleural;

● Tórax anterior: lesões superficiais e expansibilidade. Avaliar a pele e verificar a


simetria dos movimentos durante a inspiração. Anormalidades: Crepitações;
dor durante a palpação; irregularidades na pele; expansão assimétrica ou
diminuída.
● Tórax posterior: lesões superficiais e expansibilidade. Posição da coluna,
vertebras e escápulas. Identificação das bordas inferiores e mediais das
escápulas limite dos lobos dos pulmões. Anormalidades: Assimetria
unilateral (derrame pleural, pneumonia, dor pleural, obstrução brônquica);
Assimetria bilateral (enfisema pulmonar).
● Expansibilidade superior do Tórax:

● Expansibilidade inferior do Tórax:


● Frêmito Tóracovocal (Tátil) “33”:

⮚ Vibrações percebidas na parede torácica pela mão do examinador,


quando o paciente emite algum som.
⮚ Mais intenso na parte superior do tórax, perto dos brônquios, e
diminuem e desaparecem em direção à periferia.
⮚ Frêmito brôquico: é a percepção tátil da perturbação do livre transito do
ar nos brânquios, pode ser observado em qualquer região do tórax. É a
percepção tátil dos roncos e sibilos.
⮚ Frêmito Pleural: consiste numa vibração mais intensa no final da
inspiração e no inicio da expiração, é a percepção tátil do que se
ausculta no atrito pleural.
● Sequência da palpação do Frêmito Tóracovocal

Tórax- Percussão

● Consiste em produzir vibrações na parede torácica que transmitem aos órgãos


e tecidos subjacentes.1ªetapa:percute-se hemitorax e, após o direito, de cima
para baixo; 2ªetapa:percutir comparativa e simetricamente as várias regiões.
Técnica: digito-digital-dedo plexímetro médio ou indicador esquerdo e dedo
plexor médio direito.
● Capta sons até 5cm de profundidade;

● Localiza os limites pulmonares: Cheios de ar, líquido ou material sólido;


● Variações da parede que interferem: Obesidade, hipertrofia muscular,
edemadeparede.
● Pode-se percutir: diafragma e coluna vertebral (som claro atimpânico).
Dedo plexímetro médio ou indicador esquerdo;
Dedo plexor médio direito.

Finalidade: determinar se os tecidos subjacentes estão cheios de ar, liquido ou


material solido, além de estimar o tamanho de estruturas dentro do tórax.

● Normal:

⮚ Pulmão- som claro pulmonar

⮚ Área de projeção do coração- macidez cardíaca

⮚ Fígado- macidez hepática

⮚ Baço- submacidez esplênica

⮚ Fundo do estômago (área de traube)- timpanismo

● Alteração da Percussão do Tórax:

⮚ Hipersonoridade pulmonar (nota de percussão mais clara):


aumento de ar nos alvéolos pulmonares- enfisema pulmonar. Áreas ao
redor de uma condensação ou acima de um derrame pleural.
⮚ Submacidez e macidez (diminuição ou desaparecimento da
sonoridade): redução ou inexistência de ar dentro dos alvéolos.
Derrames ou espessamentos pleurais, condensação pulmonar
(pneumonias, TB, infarto pulmonar e neoplasias).
⮚ Som timpânico (ar aprisionado no espaço pleural- pneumotórax ou
numa grande cavidade intrapulmonar- caverna tuberculosa)
● Sons da Percussão
Tórax- Ausculta

● É o método semiológico básico no exame físico dos pulmões:

⮚ Permite a obtenção rápida e pouco dispendiosa de numerosas


informações sobre diferentes patologias broncopulmonares;
⮚ Avalia o fluxo aéreo pela arvore traqueobrônquica;

⮚ Avalia as condições dos pulmões e do espaço pleural;

⮚ SONS gerados pela respiração;

⮚ Ruídos adventícios

⮚ Sons da voz falada e sussurrada.

● Técnica: Ambiente silencioso e paciente bem posicionado, sem fletir a cabeça


nem tronco; Tórax despido e respirar pausada/profundamente; Boca
entreaberta/sem emitir ruído; Classificá-los: intensidade, localização, altura e
características.
● Utilizar estetoscópio: Faces posterior/anterior/lateral do tórax.
● Anormalidades:

⮚ Ruídos adventícios contínuos: Roncos; Sibilos; Estridores.

⮚ Ruídos adventícios descontínuos: Estertores finos; estertores


grosseiros.
⮚ Atrito pleural

⮚ Sons vocais: broncofonia; Egofonia; Pectorilóquia afônica.

● Sons normais:

⮚ Som traqueal: audível na região da traquéia, no pescoço e na região


esternal.
⮚ Respiração brônquica: Corresponde ao som traqueal na zona de
projeção de brônquios de maior calibre, na face anterior do tórax, nas
proximidades do esterno; Presente nas áreas de condensação pulmonar,
atelectasia ou nas regiões próximas de cavernas superficiais.
⮚ Respiração broncovesicular: somam características dos sons traqueal e
brônquicos; auscultada na região esternal superior, na interescá-pulo-
vertebral direta e ao nível da 3 e 4 vertenras dorsais; Sua presença em
outras regiões indica condensação pulmonar, atelectasia por
compressão ou presença de caverna.
● Murmúrio Vesicular: Presentes na maior parte do tórax; o componente
inspiratório é mais intenso, mais duradouro e de tonalidade mais alta que o
expiratório; É mais forte na parte ântero-superior, nas axilas e nas regiões
infra-escapulares.
⮚ Aumento da intensidade: paciente respirando com a boca aberta, após
esforço, nos portadores de afecções pulmonares unilaterais no lado não
afetado.
⮚ Diminuição da intensidade: pneumotórax, hidrotórax, espessamento
pleural, enfisema pulomonar, dor torácica, obstrução das vias aéreas
superiores, oclusão parcial/total de brônquios ou bronquíolos.
⮚ Prolongamento da fase expiratória: asma brônquica, enfisema e
bronquite espastiforme (dificuldade de saída de ar).
● Contínuos:

⮚ Roncos: sons graves, predominantemente na expiração, fugazes,


mutáveis, surgindo e desaparecendo em curto período de tempo- asma
brônquica, bronquites, bronquiectasias, obstruções localizadas.
⮚ Sibilos: sons agudos, que aparecem na inspiração e expiração:
geralmente múltiplos e disseminados por todo o tórax- asma e
bronquite.
⮚ Estridor: obstrução da laringe ou traquéia- difteria, laringite aguda,
câncer da laringe e estenose da traqueía.
● Descontínuos:

⮚ Crepitações finas: no final da inspiração- frequência alta e curta


duração, não se modificam com a tosse- pneumonia, congestão
pulmonar na ICC esquerda e doenças intersticas pulmonares.
⮚ Crepitações grossas: frequência menor e maior duração que as finas:
sofrem alterações com a tosse- audíveis no fim da inspiração e em toda
a expiração- bronquite crônica e bronquiectasia.
● De origem pleural:

⮚ Atrito pleural: som de duração maior e fr.equência baixa, um ruído


irregular, descontinuo, mais intenso na inspiração e nas regiões axilares
inferiores- pleurite seca.
Patologias

Atelectasia: colapso dos alvéolos


● Elemento principal o desaparecimento de ar dos alvéolos sem que o espaço
alveolar seja ocupado por células ou exsudato.
● Causas comuns: neoplasias e presença de corpos estranhos que ocluem a luz
de brônquios.
● Manifestações clinicas: dispneia, sensação de desconforto e tosse seca.

● Presença de tiragem intercostal, à ausculta percebe-se respiração


broncovesicular.
Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar causada por um agente
microbriano.
● Adquirida na comunidade ou hospitalar.

● Afeta a ventilação e a difusão.

● Ocorre reação inflamatória nos alvéolos, interferindo na difusão de o2 e CO2.


Derrame Pleural: Coleção de liquido no espaço pleural, secundário a outras
doenças.
● Expansibilidade torácica diminuída e MV abolido na área do derrame.

● Dor, tosse seca e dispneia cuja intensidade depende do volume do líquido


acumulado.
● À percussão percebe-se macidez.
DPOC: Caracterizada pela limitação do fluxo de ar
● Pode incluir doenças que causam obstrução do fluxo aéreo (enfisema,
bronquite crônica).
● Resposta inflamatória anormal dos pulmões a partículas ou gases nocivos.

● Ocorre estreitamento nas pequenas vias aéreas periféricas.

● Principal fator de risco é o cigarro.

● Tosse, produção de escarro e dispneia aos esforços.


Enfisema Pulmonar: Destruição das paredes dos alvéolos hiperestendidos
● Gera um prejuízo nas trocas gasosas- hipoxemia

● Estágios mais avançados: a eliminação de CO 2 fica prejudicada, aumentando a


concentração deste no sangue, levando a uma acidose respiratória.
● A manifestação clinica mais importante é a dispneia, que vai se agravando com
a evolução da doença.
● Tórax em tonel, murmúrio vesicular diminuído.
Bronquite
● Aguda geralmente é causada por vírus que compromete as vias aéreas desde a
faringe, manifestando-se por sintomas gerais (febre, cefaleia), desconforto
retroesternal, rouquidão, tosse seca, expectoração mucosa.
● A ausculta: estertores grossos em ambos os pulmões. Podem-se ouvir roncos e
sibilos inconstantes.
● A bronquite crônica- excessiva secreção de muco na arvore brônquica. A
manifestação clinica principal é a tosse.

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