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Anamnese

1. Identificação: nome; idade; sexo; cor; estado civil; profissão; naturalidade; residência;
religião.

2. Queixa principal: motivo que trouxe o paciente ao médico nas palavras dele; evitar escrever
“rótulos diagnósticos’’”.

3. História da doença atual: começar com uma pergunta aberta e depois focar para obter:
início; duração; frequência; fatores precipitantes; sintomas associados; fatores de melhora e
piora; episódios prévios; progressão dos sintomas; situação no momento atual.

4. História médica passada: antecedentes fisiológicos: história obstétrica; gestação e


nascimento; desenvolvimento neuropsicomotor; imunizações; desenvolvimento sexual;
história menstrual; métodos contraceptivos; história sexual e hábitos fisiológicos. Investigar
doenças preexistentes do paciente, que existiam antes da doença atual que motivou a
consulta médica. Antecedentes patológicos: doenças comuns da infância e da vida adulta;
alergias; cirurgias prévias; traumatismos; transfusões sanguíneas; internações hospitalares
eletivas ou emergenciais.

5. Histórico familiar: doenças e mortalidade de pais, irmãos e tios. Se falecidos: qual a causa
da morte e a idade? Questionar: enxaqueca, diabetes, tuberculose, hipertensão, câncer,
doenças alérgicas, doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral, dislipidemias,
úlceras pépticas e varizes. Caráter hereditário ➡ Hemofilia, anemia falciforme, rins policísticos.
Doenças mentais; sintomas em familiares também presentes na queixa atual do paciente.

6. Histórico social: alimentação; habitação; ocupação atual e anterior; atividades físicas;


condições socioeconômicas; condições culturais; vida conjugal e familiar.

7. Medicações: nome, dose, frequência, duração, motivo, assiduidade à prescrição e


disponibilidade para obtê-la. 8. Tabaco/Álcool/Drogas: tipo, quantidade, frequência, duração,
reações e tratamento.

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9. Revisão dos Sistemas:

• Geral: febre; astenia; alterações do peso; sudorese; calafrios; cãibras.

• Pele: alterações na pele, cabelo, unhas, coceiras, dor, nódulos; rashes.

• Crânio/Face: dor; alterações dos movimentos; tumorações; pulsações anormais.

• Olhos: dor ocular e cefaleia; sensação de corpo estranho; queimação ou ardência;


lacrimejamento; sensação de olho seco; xantopsia, iantopsia, cloropsia; diminuição ou perda
da visão; diplopia; fotofobia; nistagmo; escotomas; secreção; alucinações visuais.

• Ouvidos: dor; otorragia; acuidade auditiva; zumbidos; vertigem.

• Nariz e Cavidades paranasais: dor; espirros; obstrução nasal; epistaxe; dispneia;


diminuição/aumento/alteração do olfato; cacosmia; parosmia; alterações da fonação.

• Boca, garganta e pescoço: sialose; halitose; dor; dor de garganta; disfagia; tosse; pigarro;
alterações da voz; sangramento; inchaço.

• Parede torácica: dor; alterações no formato do tórax; dispneia.

• Mamas: dor; nodulações; secreção mamilar.

• Traqueia, Brônquios, Pulmões e Pleuras: dor; tosse; expectoração; hemoptise; vômica;


dispneia; chieira; cornagem.

• Diafragma e Mediastino: dor; soluço; dispneia.

• Coração e grandes vasos: dor; palpitações; dispneia; tosse e expectoração; chieira;


hemoptise; desmaio; alterações do sono; cianose; edema; astenia.

• Gastrointestinal: apetite; dor abdominal; náusea; vômito; indigestão; disfagia; icterícia;


alterações nas fezes (frequência aumentada/diminuída, consistência, cheiro, coloração,
sangramento, muco).

• Genitália feminina: alterações menstruais (frequência, duração, dor, intensidade do


sangramento); prurido; fogacho; complicações em gestações anteriores; abortos; menarca;
data da última menstruação; método contraceptivo;

• Genitália masculina: dor no pênis; dor e massas testiculares; hérnias.

• Urinário: frequência; urgência urinária; poliúria; disúria; hematúria; noctúria; incontinência;


cálculos renais; infecções.

• Vascular: edema em pernas; claudicação; varizes; tromboses; embolias.

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• Musculoesquelético: fraqueza muscular; dor; inchaço nas articulações; limitação de
movimento; instabilidade; hiperemia; artrite; gota.

• Neurológico: perda de sensibilidade; choques; tremores; fraqueza; paralisia; desmaio;


convulsões.

• Hematológico: anemia; sangramentos; petéquias; púrpuras; transfusões.

• Endócrino: intolerância ao frio ou calor; sudorese; poliúria; polidipsia; polifagia.

• Psiquiátricos: alterações de humor; ansiedade; depressão; tensão; alterações na memória.

Exame Físico

1. ECTOSCOPIA

Estado geral e nutricional (bom/mau/regular). Orientação do paciente ao tempo e espaço.


Colaboração ao exame médico (ativo/irresponsivo, colaborativo/não-colaborativo). Padrão
respiratório (com/sem sinais de desconforto respiratório). Mucosas (palidez/corado;
hidratado/desidratado; cianótico/acianótico; ictérico/anictérico). Fácies atípica/típica.

2. SINAIS VITAIS

Pressão arterial; frequência cardíaca; frequência respiratória; temperatura axilar; peso; altura;
índice de massa corporal (IMC).

3.PELE MUCOSA E ANEXA

Coloração (cianose, icterícia); distribuição de pelos; unhas; turgor; textura; temperatura;


umidade da pele (ressecamento, oleosidade, sudorese).

4.CABEÇA

• Crânio: tamanho; presença de lesões e cistos; características dos cabelos; pontos dolorosos;
tumorações.

• Face: inspeção: alterações na coloração e tumores; palpação: avaliar dor e sensitividade


bilateral.

• Olhos: inspecionar os globos oculares, córnea, esclerótica; tamanho pupilas e sua reação a
luz; inspecionar e palpar as pálpebras; verificar a acuidade visual;

• Fossas nasais: inspecionar a forma, o tamanho e a presença de inflamações.

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• Ouvido: inspecionar externamente (alteração de pele, massas e secreção); palpar ouvido
externo e mastoide avaliando presença de dor; examinar canal auditivo e membrana timpânica
com otoscópio; avaliar audição com testes de Rinne e Weber (diapasão).

• Boca: inspecionar mucosa, dentes, úvula, amígdalas, língua (em cima, embaixo e lateral).
Obs.: inspecionar com luz, solicitando para abrir a boca, colocar a língua pra fora, falar “ahhh”
e elevar a língua.

5. PESCOÇO

• Inspeção: desvios de traqueia; contratura muscular.

• Palpação: glândula tireoide (consistência e nodulações); linfonodos.

6. CARDIOVASCULAR

• Manifestações comuns das doenças cardiovasculares: dispneia; fadiga; precordialgia;


palpitações; desmaio; edema; cianose. Importante avaliar: sinais vitais; nível de consciência;
perfusão periférica; coloração das extremidades; estase de jugular; edema; ascite.

• Inspeção/palpação: localizar Ictus cordis (normal: 5º Espaço intercostal esquerdo na linha


médio-clavicular. Cardiomegalias: deslocado para baixo e para esquerda próximo à linha
axilar). Buscar frêmitos, pulsações epigástrica, supraesternal e jugular. Palpar pulsos. Obs.:
pulso parvus tardus: baixa amplitude (estenose de valva aórtica); pulso em martelo d’água:
grande amplitude (insuficiência de valva aórtica).

• Ausculta

» Foco aórtico: 2º EIC direito na linha paraesternal direita.

» Foco pulmonar: 2º EIC esquerdo na linha paraesternal esquerda.

» Foco tricúspide: 4º ou 5º EIC esquerdo na linha paraesternal esquerda.

» Foco mitral: 5º EIC esquerdo na linha hemiclavicular esquerda.

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Bulhas cardíacas

B1:fechamento das valvas tricúspides e mitral (“TUM’’).

B2: fechamento das valvas pulmonar e aórtica (“TA’’).

B3: início da diástole; som auscultado imediatamente depois de B2.

B4: final da diástole; som de ‘’galope’’ auscultado imediatamente antes de B1.

Sopros

Sistólico: estenose aórtica ou insuficiência mitral/tricúspide.

Diastólico: insuficiência aórtica ou estenose mitral/tricúspide.

Radiação do sopro Axila:

insuficiência de valva mitral.

Carótida: estenose de valva aórtica.

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7. RESPIRATÓRIO

• Inspeção: comparar ambos os lados do tórax analisando a forma (tórax em tonel, funil, peito
de pombo (pectus carinatum) e cifoescoliose torácica), tiragem intercostal e respiração
paradoxal; determinar frequência e ritmo respiratório.

• Palpação: traqueia: massas e desvios; tórax: amplitude dos movimentos.

• Percussão: som claro pulmonar/maciço/timpânico.

• Ausculta: ruídos respiratórios: murmúrio vesicular (bem distribuído/reduzido em algum


segmento); ruídos adventícios: roncos, sibilos, cornagem, atrito pleural e sons crepitantes.

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8. ABDOMINAL

• Inspeção: forma (plano/globoso), cicatrizes, circulação colateral, estrias, varizes, pulsação,


abaulamentos e hematomas (Gray-Turner: flancos; Cullen: periumbilical).

• Ausculta: ruídos hidroaéreos (presente/ausente/aumentado); sopros em focos arteriais


(artéria aorta e renal).

• Percussão: timpânico/submaciço/maciço; delimitação da macicez hepática.

• Palpação: indolor/doloroso à palpação superficial e profunda; presença/ausência de


visceromegalias; presença/ausência de massas palpáveis; espaço de Traube livre (baço); ascite
(sinal do piparote positivo/negativo); fígado (tamanho, superfície (lisa/irregular), borda (fina/
cortante/romba) consistência (mole/endurecida). Obs.: inicie a palpação pelo ponto mais
distante da dor referida pelo paciente.

• Manobras e sinais

» Murphy: tosse ou inspiração profunda durante palpação do quadrante superior direito ➡


Dor e interrupção da inspiração (colecistite).

» Blumberg: palpação do quadrante inferior direito no ponto de McBurney ➡ Dor durante a


descompressão (apendicite).

» Rovsing: palpação do quadrante inferior esquerdo ➡ Dor referida em quadrante inferior


direito (apendicite).

» Obturador: rotação interna da perna direita com o joelho flexionado. ➡ Dor referida em
quadrante inferior direito (apendicite).

» Giordano: punho percussão lombar ➡ dor (pielonefrite).


9. GENITURINÁRIO

Genitália masculina

» Inspeção: rash, úlcera, cicatriz, nódulo, induração, descarga, massa escrotal, hérnias,
varicocele.

» Palpação: bolsa escrotal (avaliar os testículos, tumorações, herniações e dor) e pênis


(descarga uretral e avaliação de fimose).

• Genitália feminina

> Inspeção: genitália externa, mucosa vaginal e cervix, Inspecionar presença de inflamação,
descarga, sangra mento, vesículas, úlceras, secreções, nódulos e massas.

> Exame especular: colo uterino,

» Mamas: Inspeção de alterações de pele, simetria, ede mas, massas, descargas pilares. Palpar
gånglios supra e infraclaviculares.

10. RETO E ANUS

• Inspeção: Integridade da pele, edema, ulcerações, hemorroidas, abcessos, fissuras e


prolapsos.

• Palpação: analisar o tônus do esfíncter, consistência da próstata, massas, presença de sangue


nas fezes.

11. MÚSCULOESQUELÉTICO

• Inspeção: simetria da coluna, pélvis, MMSS, MMII (com parar os 2 lados). Exame da marcha.
Avallar articulações (cor, edema e mobilidade).

• Palpação: força muscular.

Buscar por: atrofia muscular, fraqueza, redução da am plitude de movimento das articulações,
Instabilidade, hiperemia, edema, desvio de coluna (cifose, lordose e escoliose) e alterações de
marcha.

12. VASCULAR

• Inspeção: edema (inchaço), empastamento (enrijecimento), varizes, turgência de jugular,


ausência de pelos, hipercromias, dermatite ocre, palidez, cianose.

• Ausculta: sopros carotideos e abdominal.

• Palpação: massa abdominal pulsátil (aneurisma de aor to) e pulsos (normal (+++/3);
diminuido (+/3); hiperpul sátil (++++/3). Pulso central: carotídeo; pulsos periféricos: MMSS:
axilar, braquial, radial e ulnar: MMII: femoral, popll teo, tibial posterior e pedioso.

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13. SISTEMA NEUROLÓGICO

Status mental Concentração: "soletre 'MUNDO' ao contrário"

Orientação: "qual seu nome? Que cidade estamos? Que dia é hoje?

Memória recente: "repita comigo: vaso, carro e tijolo". Prossiga com a consulta por 1 min e
averigue se o pacien te ainda lembra o nome dos 3 objetos.

Memória pregressa: "Qual o nome dos últimos 3 presidentes do Brasil?"

Julgamento: "se essa sala estivesse pegando fogo, o que você faria?”.

• Nervos cranianos

(olfato): identificar aroma em tubos de ensaio (café,cravo, etc.).

>II (visão): avaliar 4 campos visuais (sup. e inf. direito; sup.

e inf. esquerdo). III, IV, VI (movimento dos olhos): pedir para seguir seudedo com os olhos.
Começar do centro e mover para a direita em cima e em baixo, depois esquerda em cima e em
baixo (formando um "H").

»V (sensação facial e mastigação): tocar bilateralmente a testa, a maxila e mandíbula


perguntando para o paciente se sentem igualmente no lado esquerdo e direito.

» VII (expressão facial): pedir o paciente pra sorrir, elevar sobrancelhas e fechar os olhos.

>> VIII (audição): testar capacidade do paciente de ouvir você esfregando seus dedos perto do
ouvido dele; teste de Rinne e Weber (diapasão);

» IX, X (deglutição): pedir para engolir a saliva.

>> XI (nervo acessório): colocar a mão no ombro do paciente exercendo força para baixo e
pedir para ele elevar os ombros.

>> XII (hipoglosso): pedir para colocar a lingua fora da boca. • Motricidade

» Movimentos passivos: feitos por você no paciente; movi mentos ativos: feitos pelo paciente.
Flexão e extensão dos MMSS (ombros, cotovelos, punhos) e MMII (joelho, calca nhar). Mão:
peça para afastar os dedos e fechar o polegar.

» Graduação da força: (0) ausência de contração; (1) con tração sem movimento; (2)
movimenta contra a gravi dade; (3) movimenta contra a resistência do examinador com 1
dedo; (4) movimenta contra a resistência do examinador com 2 dedos; (5) força muscular
intacta.

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Reflexos osteotendinosos

Testar: bicipital (C5-C6), braquiorradial (C5-C6-C7), tricipi tal (C7-C8), patelar (L3-L4), aquileu
(51-52) Classificação utilizada

0: abolido:

1: hipoativo;

2: normal.

3: hiper-reflexia;

4: hiperreflexia com clonus.

•Sensitividade

Dolorosa (alfinete), tátil (algodão), térmica (algodão mo Ihado no éter ou no álcool, tubo de
ensalo quente e frio).vibratória (diapasão) e proprioceptiva

• Cerebelo (equilibrio e coordenação) Avaliar a marcha; teste dedo-nariz (movimentos alterna


dos lentos/rápidos com olhos abertos/fechados);

• Coluna dorsal

Teste de Romberg (avaliar equilibrio do paciente em pé com pernas unidas, braços/mãos


juntos do corpo e olhos fechados).

• Propriocepção (posição articular)

Mostrar ao paciente a posição do dedo polegar do pé voltado para cima e para baixo; pedir
para fechar os olhos;movimentar o dedo para cima e para baixo aleatoriamente; perguntar
qual o posicionamento do dedo.

• Sinais de irritação meningea

> Rigidez de pescoço;

> Kernig: paciente em decúbito dorsal com quadril e joelho flexionado; realizar manobra de
extensão do joelho➡ dor referida em porção posterior da coxa.

» Brudzinski: paciente em decúbito dorsal; realizar flexãodo pescoço➡ flexão involuntária do


quadril e joelhos.

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Prontuário SOAP

(S) Subjetivo: queixos e outras informações fornecidas pelos pacientes, parentes ou


acompanhantes

(0) Objetivo: exame fisico e os achados de exames complementares

(A) Avaliação: conclusões sobre a situação do paciente, os pensamentos relativos ao


diagnóstico e a resposta do tratamento, tomando por base os achados subjetivos e objetivos

(P) Planos: exames a serem solicitados visando o diagnóstico, as razões para inclusão,
modificação de doses ou retirada de itens do terapéutica e as informações prestadas aos
pacien tes e familiares visando orientação e educação,Roteiro de prescrição médica Ordem
dos itens listados na prescrição médica hospitalar

1. Dieta

2 Hidratação (soro)

3. Medicações endovenosas

4. Medicações orals

5. Cuidados gerals

6. Observações específicas

Para lembrar: "como eu DEVO prescrever?"

(D) Dieta

(E) Endovenosos

(V) Via oral

(0) Outros cuidados e observações

Como prescrever medicamentos DD VI-Droga, Dose, Via de administração e Intervalo.

Ex.: Dipirona, 500mg, VO, 6/6h. FASTHUG-Paciente na UTI

(F) "Feeding" (alimentação);

(A) Analgesia;

(S) Sedação;

(T) Trombose (profilaxia de trombose venoso):

(H) "Head elevated" (manter repouso com decúbito elevado). (U) Ulcera (profilaxia de úlcera
de estresse):
(G) "Glucose control" (controlar hiper/hipoglicemia), 26
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Eletrocardiograma

1. Frequência (analisar DII longo)1500+ N° de milimetros entre dois QRS.

2. Ritmo

Onda P positiva precedendo QRS em D1, D2 e AVF?

»Sim Sinusal

3. Onda P (despolarização atrial) Analisar V1 e DII;

Largura <3 mm/ Altura <2,5 mm; Sobrecarga atrial esquerda - Indice de Morrist

» Fase negativa em Vi superior a 1 quadradinho de duração e amplitude.

4. Intervalo PR (início da onda P até início do QRS)

Normal: 0,12-0,20ms (3-5mm); BAV 1° grau: alargamento do PR ritmico >5mm;ciclo sem QRS;

BAV 2° grau mobitz 1: alargamento gradual de PR até ⚫BAV 2º grau - mobitz 2: ausência de
alargamento gradual com presença alguns ciclos sem QRS; BAV 3º grau ou total: dissociação
entre onda P e comple xo QRS (onda P entrando e saindo do QRS).

5. QRS (despolarização ventricular)

• Eixo (aplicar rosa dos ventos)

>>1° passo: D1 no ECG é positivo ou negativo?

» 2° passo: AVF no ECG é positivo ou negativo? » 3° passo: qual a derivação (periféricas)


isodifásica.

• Onda Q patológica (zona eletricamente inativa) » Critério: largura > 1mm ou > 1/3 do QRS
'em 2 deriva ções contíguas.

• Bloqueio de ramo (QRS>120 ms ou 3mm) » BRdireito: avaliar morfologia específica (onda S


em pastada em D1, AVL, V5 e V6 e presença de RSR' em V1 com R'espessado):

>> BResquerdo: avaliar morfologia específica (ausência de onda Qe ondas R alargadas com
entalhes médio

-terminais D1, AVL, V5 e V6).

• Sobrecarga ventricular direita » Amplitude (altura) R de V1> 5mm (sem BRD).

• Sobrecarga ventricular esquerda

» Sokolow-lyon: SV1+ RV5 ou RV6 (normal: <35mm ou <40 em homens jovens); » Cornell: RaVL
+ SV3 (normal: <20 mulheres e <28 homens).
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6. Seguimento ST (comparar com nível do segmento PR) •Supra aclive >1 mm / Infra: declive >
1 mm, *em 2 derivações contíguas. Em Vie V2 aceita-se até 2mm.

7. Onda T (repolarização ventricular) • Avaliar inversão; confirmada se presente em 2 deriva


ções contíguas.

Obs.: derivações periféricas: D1, D2, D3, AVF, AVR e AVL Obs.: BRE: não laudar supraST,
infraST, inversão de T ou Solokow-lyon. BRD: não laudar sobrecarga de VD, InfraST e inversão
de onda T.
Gasometria

1. Alcalose ou acidose?

• Acidose: pH < 7,35

• Alcalose: pH > 7,45

2. Origem (respiratória vs. metabólica)

• Metabólica: distúrbio no bicarbonato (HCO,).

>> Acidose metabólica: HCO, < 22 mEq/L >> Alcalose metabólica: HCO, > 26 mEq/L

Pulo do gato: bicarbonato deixa o sangue alcalino.

• Respiratória: distúrbio na pressão parcial do CO, no san gue (PaCO2). Acidose respiratória:
PaCO2 > 45mmHg >> Alcalose respiratória: PaCO, < 35 mmHg

Pulo do gato: CO, dissolvido no sangue gera H+, que aci difica o sangue.

3. Analisar se está ocorrendo compensação pulmonar

Aplique a fórmula:

PaCo, esperada = (Bicarbonato x1.5) + 8±2

Obs.: compensação imediata (pulmão): alteração da fre quência respiratória para aumentar ou
reduzir a quantidade de CO, no sangue. Aumento da frequência respiratória alca liniza o
sangue, reduzindo o CO, dissolvido nele; compensa ção tardia (rim, após 48h): o rim controla a
quantidade de H+ e bicarbonato excretada na urina.

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Possiveis situações:

Compensado: POCO, esperada PaCO, do paciente.

Pulmão ventilando em concordância pra equilibrar o disturbio,A Distúrbio misto:

PaCO, esperada > PaCO, do paciente: Algo está cau sando hiperventilação pulmonar acidose
respira tória:

PaCO, esperada < PaCO, do paciente: Algo está cau sando hiperventilação pulmonar alcalose
respira tória

4. Identificar a causa do distúrbio gasométrico

Acidose metabólica Calcule o anion gap (diferença entre cations (sódio) e anions (bicarbonato
e cloro) presentes no sangue).

Ânion gap = Na - (CI + HCO₂)

»Anion gap normal (8-12): hiperalimentação; diarreia; acetazolamida; soro fisiológico 0,9%;
espironolactona; doença de Addison; acidose tubular renal.

» Ânion gap aumentado (>12): metanol; uremia; cetoa cidose diabética; etileno glicol;
salicilatos (fase tardia): acidose láctica.

Acidose respiratória (hipoventilação)

Obstrução de vias aéreas; doença pulmonar aguda ou crónica, opioides; sedativos; fraqueza da
musculatura res piratória.

Alcalose metabólica

Diuréticos de alça; vômitos; antiácidos; hiperaldosteronis mo.

Alcalose respiratória (hiperventilação) Histeria, hipoxemia; salicilato (fase inicial); tumores;


embo lia pulmonar
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"ABCDE" Radiografia de tórax

(A) Air ways (vias aéreas); traqueia (posição central? Devio?) e bronquios.

(B) Breathing (respiração): parênquima pulmonar (infiltrado, cavidade, massa pulmonar?


Trama vascular?); espaços pleu rais (derrame pleural? Pneumotórax?)..

(C) Coração: mediastino (ar ou líquido deslocando estruturas mediastinals? Sinal da silhueta?):
grandes vasos.

(D) Diafragma: músculo diafragma (elevação do diafragma? Pneumoperitonio? Lesões


esplênicas, pancreáticas, renais, hepáticas?); bolha gástrica. (E) Esqueleto: claviculas; escapula;
costelas; junção esterno manubrial e corpo do esterno.

(F) "Fat" (partes moles): enfisema subcutáneo: descontinui dade ou interrupção de planos
teciduals.

(G) Drenos e cateteres: dispositivos de monitoração.

Sumário de urina

Unidade Formadora de Colônias (UFC): > 105UFC/mm'➡

Infecção.

Nitrito

• Presente: bactérias produtoras de nitrato redutase: E coll,Klebsiella, Proteus, Enterobacter,


Citrobacter, Pseudomonas, Ausente: bactérias não produtoras de nitrato reductase:

Staphylococcus, Streptococcus, Haemophilus. Esterase Leucocitária: presença de leucocitos na


urina (plúria).

Proteinúria

1+(30 mg/dL); 2+ (100 mg/dL) • 3+ (300 mg/dL) 4+ (z 1g/dL).

Glicose

• Presente: paciente com glicemia > 180mg/dL;

• Ausente: glicemia < 180mg/dL.

Microscopia

• Leucocitos: normal < 2-5 células/hpf. Acima disso, pensar em: Infecção, inflamação ou
contaminação;

• Eritrocitos: normal <2 células/hpf. Hematuria microscópicase> 3 células/hpf em 2 ou 3


amostras urinárias.
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Exames laboratoriais

SANGUE:

Bilirrubina indireta: 0,2-0,9mg/dL •Proteinas totals: 6,5-8,1g/dL

Hemoglobina: 12-17g/dL

Hematocrito: 36-50%

Albumina: 3,5-5,0g/dL

VCM: 80-100 fL

•CK-MB: <25U/I

.HCM: 28-32 pg

•CK-MB massa: <3,6 ng/mL

CHCM: 32-35g/dL

•Troponina: <0,5ng/mL Mioglobina: <90mcg/L

•RDW: 10-14%

Plaquetometria: 150-400 x 10'/mm Vitamina B12: 174-878 pg/mL

Leucocitos totais: 5-11 x10/mm Vitamina A 360-1200 ug/L

Basófilos: 0-1%

•Ferro sérico: 40-160 ug/dL

Eosinofilos: 1-5%

•Ferritina: >Mulheres: 6-159 mg/mL >Homens: 28-397 mg/mL

•Mielócitos: 0%

Metamielócitos: 0%

•Saturação de Oxigênio: 95- 100%

Bastões: 0%

Acido fólico: 3-17 mg/mL

Segmentados: 45-70%

Glicemia: 70-100 mg/dL


•Linfocitos: 20-45%

•Triglicerideos: <150 mg/dL •Colesterol total; < 200 mg/dL

Monócitos: 4-10%

•Sódio: 135-145 mEq/L •Potássio: 3,5-4,5 mEq/L

•HDL:>35 mg/dL

•LDL: <130 mg/dL

Cálcio: 8,5-10 mg/dL

Cálcio lónico: 2,24-2,46 mmol/L

URINA:

Fósforo: 2,5-4,3 mg/dL Magnésio: 1,5-2,5 mg/dL

pH: 4,5-7,5

Glicose: nenhum

Cloro: 102-109 mmol/L

•Proteina: nenhum

Bicarbonato: 22-26 mEq/L

•Leucocitos: <10.000 células/mL •Hemácias: <10.000 células/mL

•PCO: 25-45mmHg

•PO, >60mmHg

•Densidade: 1,005 a 1,030 • Ácido úrico:

pH: 7,35-7.45

•Lactato: 0,5-1,6 mmol/L

»Mulheres: 3,5-7,2 mg/dL

Osmolaridade: 280-295mmol/L

»Homens: 2,6-6,0 mg/dL

•Creatinina: <1,5mg/dL Urela: 10-50mg/dL

Cristais: 1-2 por campo •UFC 100.000 colônias

Amilase: 28-100U/L
Lipase: <60U/L AST: 12-38U/

FUNÇÃO TIREOIDIANA: TSH: adulto: 0,5-5,0 mU/L

Tiroxina (T4): 0,7-2,0 ng/dL .T4 livre:

ALT: 7-41U/L

•Fosfatase Alcalina: 30-120U/L Gama-GT: 1-94U/L

Adulto: 5,4-11,5 mcg/dL Criança: 6,4-13,3 mcg/dL Trilodotironina (T3): 75-200ng/dL

Bilirrubinas totais: 0,3-1,3mg/dL

Bilirrubina direta: 0,1-0,4mg/dL

"Valores podem variar de acordo com o laboratório.

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Técnica

1 Posicionar o torniquete 8-10cm do local de punção. Pedir para paciente abrir e fechar a mão.

2. Selecionar e friccionar o local com antisséptico (Clorexidi na 2% ou Álcool 70%). 3. Estabilizar


a veia com a mão não dominante realizando uma tração da pele distalmente ao sítio escolhido.
4. Manusear o cateter com a mão dominante e bisel voltado para cima; avançar por 1 ou 2
mm. Angulação: 10-30° - velas superficiais; 30-45°- veias profundas.

5. Estabilizar a agulha e avançar o cateter.

6. Retirar o torniquete.

7. Comprimir o cateter sobre a pele e remover a agulha. Acoplar seringa para fazer a coleta
caso queira amostra sanguínea.

8. Acoplar equipo e observar perviedade através do gotejamento.

9. Fixar cateter e anotar data e horário. Retirada: desacoplar o equipo, remover fita adesiva de
fixa ção, retirar o cateter. Pressionar o local por 5 minutos. Posicio nar algodão ou gaze no
local e pedir para o paciente segurar por mais 10 minutos, prevenindo formação de
hematoma.

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Técnica

1. Posicione o paciente: trendelenburg; coxim no ombro; ca beça lateralizada.

2. Localize a região da punção: Veia Jugular Interna: ápice do triângulo das inserções do
músculo esternocleidomas tóideo; vela subclávia: ponto médio do terço médio da clavicula.

3. Realize degermação da área; posicione os campos cirúrgicos; troque de luvas e coloque o


avental cirúrgico.

4. Bloqueio anestésico na pele e subcutâneo do local da punção.

5. Direção da pupção: veia jugular interna: inclinação de 30° em direção ao mamilo do lado
puncionado; veia subclavia: pressionar com polegar o local da punção e direcioná-la para o
manubrio esternal com indicador.

6. Efetuar aspiração contínua e leve até observar refluxo de sangue vermelho-escuro (venoso).

7. Desconectar a seringa ocluindo orificio externo da agulha com o polegar, evitando embolia
gasosa.

8. Insira o fio guia pelo orifício da agulha.

9. Remova a agulha enquanto você segura o fio-guia no lugar.

10. Incisão com bisturi ao lado do fio guia (1 mm).

11. Aplique o dilatador, pelo fio-guia.

12. Insira o cateter.

13. Remova o fio-guia e acople o equipo.

14. Teste a perviedade do cateter.

15. Fixe o cateter na pele com 2 pontos de sutura simples. 16. Curativo oclusivo com gaze e
esparadrapo.

17. Afastar possibilidade de pneumotórax: ausculte o pulmão e solicite radiografia de tórax.

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Drenagem torácica

Indicações

• Pneumotorax.

• Hemotórax

Derrame pleural.

Técnica

1. Posicionar o paciente; decúbito dorsal, com o braço (p silateral ao hemitórax que será
drenado) em abdução e cotovelo em flexão sob a cabeça.

2. Sitio de incisão: 5° EIC entre a linha axilar anterior e média,

3. Degermação e antissepsia do paciente.

4. Preparar o tubo com a fixação de uma pinça Rochester na porção inicial do dreno e a outra 4
cm distantes à última fenestração.

5. Anestesiar, com agulha a 90°, o periósteo das duas cos telas imediatamente acima e abaixo
do 5º EIC, além de planos musculares, subcutaneo e pele.

6. Realizar incisão de 2-3 cm paralela ao espaço intercostal imediatamente acima da costela.

7. Divulsionar os tecidos, com uma pinça hemostática média curva, até alcançar a pleura
parietal.

8. Perfurar a pleura com a pinça e realizar exploração digital.

9. Inserir o tubo com auxilio das pinças Rochester através da incisão na direção apico-superior
(hemotórax) ou apico -anterior (pneumotorax).

10. Observar retorno de sangue ou condensação do dreno; conectar o tubo ao sistema de


drenagem fechado; retirar a pinça que está a 4 cm da última fenestração.

11. Fixação do dreno: ponto em U-horizontal + nó do cirurgião + três bailarinas + três seminós.

12. Cobrir o local com curativo oclusivo e solicitar radiografia de tórax.

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IOT Assistida por drogas

Indicações

Permeabilidade da via aérea: rebaixamento do nivel de consciència-Glasgow <9, anestesia;


edema de glote, trauma de face; corpo estranho, risco aumentado de as piração Suporte
ventilatório: insuficiência respiratória, edema agudo de pulmão, DPOC exacerbada; crise as
matica grave, SARA, pneumonia grave.

Materiais: Laringoscópio testado + lamina, canula de intuba ção adequada (7.5-8 para
mulheres, 8-9 para homens); mate rial de aspiração, seringa de 20ml. para insuflar o cuff, fonte
de oxigênio + AMBU/Ventilação mecânica, material de fixa ção da cânula; estetoscópio para
checar a posição do tubo; drogas a serem usadas no procedimento.

Técnica dos "7Ps"

1. Preparação

Separar e testar os materiais que serão utilizados incluindo. meio alternativo em caso de falha
do procedimento; monitori zação cardíaca e oximetria de pulso; acesso venoso calibroso.

2. Pré-oxigenação

Oxigênio a 100% por 3-5 minutos através de máscara

3. Pré-tratamento Lidocaina (1,5 mg/kg) ou Fentanil (1-3 mcg/kg). facial.

4. Paralisia com indução

Agentes indutores: Etomidato, Quetamina, Midazolam ou Propofol.

Bloqueadores neuromusculares: Succinilcolina ou Rocurônio.

5. Proteção e posicionamento Hiperextensão da cabeça (se não houver risco); colocação do


coxim na região occipital; realizar a pressão cricoide.

6. Posicionamento do tubo Introduzir a lâmina do laringoscópio no lado direito da boca do


paciente, deslocando a língua para a esquerda até que ela se insira na valécula. Exposição da
glote e vi sualização das cordas vocais e passagem do tubo endo traqueal. Conectar e insuflar
dispositivo bolsa-máscara -balão para observar se há expansão torácica simétrica. Auscultar o
epigástrio, hemitórax esquerdo e direito. Cap nografia e posterior radiografia de tórax deve ser
usados para confirmar o procedimento;

7. Pós-intubação

Fixação do tubo traqueal. Além disso, realizar oxigenação e manter monitorização.

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Cricotireoidostomia por punção

Indicações

•Incapacidade de manter via aérea através de méto dos menos invasivos

•Via aérea obstruida por sangramento ou vômitos

•Trauma maxilofacial severo.

•Edema em vias aéreas superiores.

• Corpo estranho em laringe. Método emergencial.

Técnica

1. Paciente em decúbito dorsal com exposição do pescoço e extensão cervical (se não for
politraumatizado).

2. Realizar a pré-oxigenação do paciente.

3. Degermação, antissepsia do paciente e colocação dos campos cirúrgicos

4. Imobilizar a cartilagem tireoide com 1º e 3º dedos da mão. não dominante deixando o 2º


dedo livre para localizar a membrana cricotireoidea:

5. Com a mão dominante, inserir o jelco conectado à seringa, diretamente sobre a membrana
crícotireóidea, em ângulo de 45° caudalmente, aplicando pressão negativa na seringa (pu
xando o embolo), aspirando à medida que a agulha avança Bolhas de ar, no soro, confirmam o
espaço intratraqueal.

6. Avançar o cateter e retirar a agulha.

7. Conectar a um equipamento de ventilação positiva com oxigênio: pode-se ocluir o orificio do


tubo de oxigênio.com o polegar por 1 segundo e liberando-o por 4 seg.

8. Avaliar a ventilação por movimentos torácicos, ausculta pul monar e oximetria de pulso,
Colocar capnógrafo, se possivel

9. Iniciar o estabelecimento de uma via aérea definitiva.

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Cricotireoidostomia cirúrgica

Indicações

•Incapacidade de manter via aérea através de méto dos menos invasivos

•Via aérea obstruida por sangramento out vomitos.

•Trauma maxilofacial severo

• Edema em vias aéreas superiores.

• Corpo estranho em laringe

Técnica

1 Palpar a chanfradura da tireoide, o espaço cricotireóideo e o manubrio esternal para


orientação

2 Montar o equipamento necessária.

3. Preparar a área a ser operada e aplicar anestesia local se o doente estiver consciente.

4. Estabilizar a cartilagem tireoide com a mão esquerda e manter a estabilização até que a
traquela seja entubada

5. Fazer a incisão transversal na pele sobre a membrana cricotireóidea e proceder a uma


incisão transversal cuidadosamente

6. Inserir uma pinça hemostática ou um afastador traqueal dentro da incisão e gira-lo 90 graus
para abrir a via aérea,

7. Inserir um tubo endotraqueal ou um tubo de traqueosto mia de tamanho apropriado, com


balão, através da in cisão da membrana cricotireoidea, direcionando o tubo distalmente para
dentro da traquela,

8. Insuflar o balão e ventilar o paciente;

9. Observar as insuflações pulmonares e auscultar o tórax para verificar a ventilação; 10. Fixar
o tubo endotraqueal

10. Fixar o tubo endotranqueal

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