Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 ANAMNESE = significa trazer de volta à mente todos os fatos relacionados com a doença e o paciente.
‘’ARTE DE OUVIR O PACIENTE’’
• Identificação: Perfil sociodemográfico que possibilita a interpretação dos dados individuais e coletivos
Nome / nome social: Primeiro dado da identificação
Data de nascimento
Idade
Sexo / gênero
Cor / etnia / raça
Estado civil, vida conjugal e relacionamento familiar
Filhos
Profissão
Condições socioeconômicas
Escolaridade
Local e condições de trabalho: Faz-se necessário indagar sobre outras atividades já exercidas em épocas
anteriores. Por isso, nos prontuários, devem constar os itens profissão e local de trabalho na identificação, e
os itens ocupação atual e ocupações anteriores nos hábitos de vida
Naturalidade: Local onde o paciente nasceu
Procedência: refere-se à residência anterior do paciente
Viagens recentes
Residência (endereço) = procedência atual e condições de habitação
Nome da mãe
Nome do responsável, cuidador e/ou acompanhante.
Religião e condições culturais
Filiação a órgãos/instituições previdenciárias e planos de saúde
• Queixa Principal: o motivo que levou o paciente a procurar o médico = problema mais importante e duração.
Repetindo, se possível, as expressões / palavras usadas por ele
• História na Doença atual (HDA): é um registro cronológico e detalhado do motivo que levou o paciente a
procurar assistência médica, desde o seu início até a data atua
Dor:
Início
Localização
Tipo
Evolução
Frequência
Duração
Irradiação
Intensidade
Fator desencadeante
Atenuantes = fatores que melhoram a dor
Agravantes = fatores que pioram a dor
Outros fatores (manifestações) associados: sensação de sincope (desmaio), mal-estar geral, ‘’suor
frio’’, náuseas e episódios de vômitos, empachamento (sensação de não digestão do alimento),
regurgitação (‘’alimento voltando’’), etc.
Procura médica
Dor intermitente = ‘’tem hora que dói e tem hora que passa’’
Mari Bacelar
• História Patológica Pregressa: lista das doenças da infância; lista das doenças do adulto. Práticas de
manutenção de saúde como: imunização, exames de rastreamento (mamografia, preventivo, etc) e
segurança domiciliar
• Hábitos de vida:
Atividades físicas
Alimentação: óleo, sal e açúcar
Ingestão hídrica
Diurese
Evacuação
Sono
Lazer
Consumo de tabaco
Consumo de bebidas alcoólicas
Uso de anabolizantes e anfetaminas
Consumo de drogas ilícitas
Vida sexual
• História familiar: esboça ou fornece um diagrama de idade e do estado de saúde (quando vivos) dos pais e
irmãos do paciente. Se for casado, inclui-se o cônjuge e, se tiver filhos, estes são referidos.
Não se esquecer dos avós, tios e primos paternos e maternos do paciente. Se tiver algum doente na família,
esclarecer a natureza da enfermidade.
Em caso de falecimento, indagar a causa do óbito e a idade em que ocorreu.
Verificar a existência de enxaqueca, diabetes, tuberculose, hipertensão arterial, câncer, doenças alérgicas,
depressão, uso abusivo de drogas / álcool / tabaco (vícios em geral), doença arterial coronariana (infarto
agudo do miocárdio, angina de peito), acidente vascular cerebral, dislipidemias, insuficiências venosas
(varizes), úlcera péptica, colelitíase e varizes, que são as doenças com caráter familiar mais comuns.
Quando o paciente é portador de uma doença de caráter hereditário (hemofilia, anemia falciforme, rins
policísticos, erros metabólicos), torna-se imprescindível um levantamento genealógico mais rigoroso e,
nesse caso, recorre-se às técnicas de investigação genética.
• História pessoal e social: Avaliação do estado de saúde passado e presente do paciente, conhecendo fatores
pessoais e familiares que influenciam seu processo saúde-doença
Condições de moradia
Animais
Coleta de lixo
Relações familiares, pessoais e profissionais
Condições de trabalho
Renda familiar
Expectativas / sonhos
Antecedentes pessoais fisiológicos: gestação e nascimento, desenvolvimento psicomotor e neural,
desenvolvimento sexual, menarca, sexarca, abortos e partos, DUM, uso de anticontraceptivel, data do
último preventivo, menopausa, climatério, mamografia.
Antecedentes pessoais patológicos compreende os seguintes itens: doenças sofridas pelo paciente, alergia,
cirurgias, traumatismo, transfusões sanguíneas, história obstétrica, vacinas e medicamentos em uso.
Mari Bacelar
2 REVISÃO DE SISTEMAS = documenta a existência ou não de sintomas comuns relacionados com cada
um dos principais sistemas de órgãos
• Alteração na pele: Cor, textura, umidade, temperatura, sensibilidade, prurido, lesões
• Alterações dos fâneros: Queda de cabelos, pelos faciais em mulheres, alterações nas unhas.
• Cabeça:
Dor: Localizar o mais corretamente possível a sensação dolorosa. A partir daí, indagase sobre as outras
características semiológicas da dor.
Cefaleia.
Traumatismo cranioencefálico (TCE).
Tontura e sensação de ‘’vazio na cabeça’’.
• Olhos:
Visão.
Uso de óculos ou lente de contato.
Último exame ocular.
Borramento visual.
Flocos.
Luzes piscantes.
Glaucoma.
Catarata.
Dor ocular e cefaleia: Bem localizada pelo paciente ou de localização imprecisa no globo ocular.
Sensação de corpo estranho: Sensação desagradável quase sempre acompanhada de dor.
Prurido: Sensação de coceira
Queimação ou ardência: Acompanhando ou não a sensação dolorosa.
Lacrimejamento: Eliminação de lágrimas, independentemente do choro.
Sensação de olho seco: Sensação de secura, como se o olho não tivesse lágrimas.
Xantopsia: Visão amarelada
Iantopsia: Visão violeta
Cloropsia: Visão verde
Diminuição ou perda da visão: Uni ou bilateral, súbita ou gradual, relação com a intensidade da iluminação,
visão noturna, correção (parcial ou total) com óculos ou lentes de contato.
Diplopia: Visão dupla, constante ou intermitente.
Fotofobia: Hipersensibilidade à luz.
Nistagmo: Movimentos repetitivos rítmicos dos olhos, tipo de nistagmo
Escotomas: Manchas ou pontos escuros no campo visual, descritos como manchas, moscas que voam diante
dos olhos ou pontos luminosos
Secreção: Líquido purulento que recobre as estruturas externas do olho.
Vermelhidão = olhos vermelhos: Congestão de vasos na esclerótica.
Alucinações visuais: Sensação de luz, cores ou reproduções de objetos.
• Ouvidos/ orelhas:
Dor: Localizada ou irradiada de outra região.
Otorreia: Saída de líquido pelo ouvido.
Otorragia: Perda de sangue pelo canal auditivo, relação com traumatismo.
Distúrbios da acuidade auditiva: Perda parcial ou total da audição, uni ou bilateral; início súbito ou
progressivo.
Zumbidos / tinido: Sensação subjetiva de diferentes tipos de ruídos (campainha, grilos, apito, chiado,
cachoeira, jato de vapor, zunido).
Vertigem e tontura: Sensação de estar girando em torno dos objetos (vertigem subjetiva) ou os objetos
girando em torno de si (vertigem objetiva)
Audição, tinido, vertigem, otalgia, infecção e secreção.
Se houver redução da audição, uso ou não de prótese auditiva.
Mari Bacelar
• Nariz / cavidades nasais e seios da face:
Prurido: Pode resultar de doença local ou sistêmica.
Dor: Localizada no nariz ou na face. Verificar todas as características semiológicas da dor.
Espirros: Isolados ou em crises. Indagar em que condições ocorrem, procurando detectar substâncias ou
locais relacionados com os espirros.
Obstrução nasal: Rinorreia; aspecto do corrimento (aquoso, purulento, sanguinolento); cheiro.
Corrimento nasal: Aspecto do corrimento (aquoso, purulento, sanguinolento)
Epistaxe: Hemorragia nasal.
Dispneia: Falta de ar.
Diminuição do olfato: Diminuição (hiposmia) ou perda total (anosmia).
Aumento do olfato: Transitório ou permanente.
Alterações do olfato: Percepção anormal de cheiros.
Cacosmia: Consiste em sentir mau cheiro, sem razão para tal.
Parosmia: Perversão do olfato.
Alterações da fonação: Voz anasalada (rinolalia)
Resfriados frequentes, congestão nasal (nariz entupido), secreção ou prurido nasal (nariz escorrendo),
febre do feno (rinite alérgica), epistaxe e problemas dos seios da face.
• Pescoço: Dor, tumorações, alterações dos movimentos, pulsações anormais, linfonodos aumentados
‘’Tem alguma íngua? ‘’
Mari Bacelar
CABEÇA
• Inspeção e palpação:
Inspeção do crânio: não coloca a mão do paciente
Só de observar já vai identificar algo anormal
Formato, simetria, tamanho, contorno, nódulos, depressões, deformidades, movimentos anormais
Crânio estenose = estreitamento / fechamento precoce de alguma sutura do crânio, principalmente de
crianças
‘’Galo na testa’’ é muito comum
Microcefalia = crânio menor que o normal
Macrocefalia = crânio maior que o normal hidrocefalia
Mari Bacelar
COURO CABELUDO
• Inspeção e palpação: afastando os cabelos, procurando áreas de alopecia (queda de cabelo), verificar a
existência de colônias (piolhos, lendias, etc), descamações, seborreia, abaulamentos, cicatrizes, nódulos,
tumoração, palpação da tireoide com deglutição (abordagem posterior), palpação de cadeia de linfonodos
Inspeção:
Ver distribuição, brilho, espessura, consistência, quantidade, coloração, implantação, perda de cabelo,
caspa, pediculose (piolhos)
Alopecia areata= Lucas BBB, falhas de cabelo no couro cabeludo
Mari Bacelar
FACE
• Inspeção e palpação:
Inspeção:
Expressões, simetria, edema, fisionomia, contorno, pele, distribuição dos pelos, massas visíveis, tumores,
coloração (pálida ou não), cianose (falta de oxigenação), icterícia (pele e escleras amareladas), manchas.
Boca caída: AVC, paralisia facial, lesões neurológicas
Mari Bacelar
Fácies renal: o elemento característico é o edema que predomina ao
redor dos olhos.
Completa o quadro a palidez cutânea.
É observada nas doenças renais, particularmente na síndrome nefrótica e
na glomerulonefrite aguda
Mari Bacelar
Fácies mixedematosa: é constituída por um rosto arredondado, nariz
e lábios grossos, pele seca, espessada e com acentuação de seus
sulcos.
As pálpebras tornam-se infiltradas e enrugadas.
Os supercílios são escassos e os cabelos secos e sem brilho. Além dessas
características morfológicas, destaca-se uma expressão fisionômica
indicativa de desânimo e apatia.
Esse tipo de fácies aparece no hipotireoidismo ou mixedema
Mari Bacelar
Fácies pseudobulbar: tem como principal característica súbitas
crises de choro ou riso, involuntárias, mas conscientes, que levam o
paciente a tentar contê-las, dando um aspecto espasmódico à
fácies.
Aparece geralmente na paralisia pseudobulbar
Mari Bacelar
• Pele:
Coloração, pigmentação, textura, espessura, distribuição de pelos, lesões na pele, acne, rosáceas, lesões
compatíveis com câncer de pele, psoríases (lesões descamativas), descamações, vermelhidão, tiques
• Posição e movimentos:
Verificar torcicolo: região fica avermelhada
Movimentos anormais no pescoço, contrações, tensões musculares
OLHOS
• Inspeção: tamanho, simetria, distância entre os olhos
Hipertelorismo: má formação do crânio que ocorre na gestação e promove afastamento dos olhos
Microftalmia: olho pequeno e diminuição da capacidade visual por má formação devido a medicamentos
Mari Bacelar
• Ducto nasolacrimal: aumento de volume, secreção, dor a palpação, obstruções (principalmente em
recém-nascidos), coloração
• Esclera: ‘’branco do olho’’, pedir para o paciente olhar para vários lados e ângulos para analisar a cor
Amareladas: icterícia
Hiperemia: vermelhidão
Hipocoloração: branco / rosa pálido
Hipercoloração: esclera entrando na córnea
Pterígio: pele que cresce da parte interna do olho em direção a córnea
Edema: inchaço
Nódulo: caroço na região da esclera
Mari Bacelar
• Córnea: coloração, tamanho, alterações em geral
Colocar lanterna, ambiente pouco iluminado
Megalocórnea: córnea aumentada / alargada compromete a visão, causando altos graus de miopia e
astigmatismo
Microcórnea: diminuição do tamanho da córnea
Leucoma: aspecto mais branco em toda a extensão da córnea
Catarata: no alo da córnea (em volta)
• Pupilas: dilatação, reflexos como contração quando joga luz, simetria, tamanho, formato
Isocóricas: pupilas normais e de mesmo tamanho
Midriáticas: pupilas dilatadas lesão neurológica
Mióticas: pupilas contraídas, de diâmetro diminuído
Anisocóricas: pupilas de tamanhos diferentes diâmetro desigual
Mari Bacelar
• Diminuição e perda da visão:
TESTES:
Mari Bacelar
Verificação do reflexo de acomodação visual/ convergência:
Toca o nariz do paciente com o dedo, fazendo o olho acompanhar
Normal = o olho deve convergir
Mari Bacelar
OFTALMOSCOPIA:
Avaliar o fundo de olho
O certo é fazer com pupila dilatada
Quando não dilata é mais difícil de ver em olhos de coloração mais escuras
Paciente sentado e medico na mesma altura
OLHO DO MESMO LADO = Com o meu olho direito e oftamoscópio na mão direita, eu olho o olho direito do
paciente e vice-versa
Observar: reflexo vermelho, mácula (vasos da retina) disco óptico, nervo óptico
Teste do olhinho = teste do reflexo vermelho: para descartar catarata congênita do recém-
nascido
OUVIDOS / ORELHAS
• Inspeção:
Inspeção das orelhas externa e média:
Forma, tamanho e cor do pavilhão auricular, com o objetivo de detectar malformações, como agenesia de
pavilhão auricular; microtia do pavilhão auricular; aplasia ou hipoplasia do meato acústico externo; orelhas
proeminentes; fístulas ou cistos préauriculares.
Meato acústico externo: pesquisar edema, secreções, descamações, sangue ou cerume, corpo estranho,
escoriações ou alterações na estrutura (estreitamento, abaulamento, deformidades).
O cabo do martelo, disposto em sentido vertical, e sua porção inferior fica ligeiramente inclinada para trás,
terminando no umbus ou umbigo, parte mais côncava da membrana timpânica.
Inspeção do pavilhão auricular: cor, formato, lesões, tamanho e se há secreções, corpos estranhos,
tumorações.
Palpação do pavilhão auricular: processo inflamatório, sensibilidade, dor.
• Palpação:
Palpação da orelha externa: palpação do pavilhão auricular e da região retroauricular é útil para avaliação de
tumorações, identificação de linfonodos, cistos, abscessos ou hematomas.
Indispensável para identificar áreas de flutuação quando houver suspeita de abscesso.
Observar também a presença de orifícios (fístulas), malformações dos arcos branquiais, como o coloboma
auricular
Palpação do tragus para ver se tem dor.
• Antes de iniciar os testes auditivos pergunte ao paciente: Percebeu perda auditiva ou maior
dificuldade para ouvir? Qual lado escuta melhor?
• Ausculta:
Importante ser feita nas regiões retroauricular, periauricular e cervical em pacientes com zumbido pulsátil
para investigar a possibilidade de aneurisma, fístula ou malformações arteriovenosas
Mari Bacelar
TESTES:
Voz sussurrada: fico atrás do paciente (para não ter leitura labial) a uma distância de 1 braço, avaliando
uma orelha de cada vez.
A orelha que não está sendo testada deve ser tampada pressionando o tragus e sussurrar na outra
orelha uma combinação de números ou letras.
1) TESTE DE WEBER:
O diapasão é colocado na linha média do crânio do paciente, na testa, glabela ou incisivos centrais
superiores ou inferiores.
O paciente deve informar se escutou o som na linha média, na orelha direita ou na esquerda
Teste normal o paciente não tem laterização.
Teste positivo: perda condutiva (orelha externa e média, ouve
melhor na orelha afetada) e perda neurosensorial (orelha
interna, ouve melhor na orelha normal)
A: Ilustração de perda condutiva em orelha esquerda, ou seja,
paciente com queixa de hipoacusia em orelha esquerda e Weber
lateralizando para a esquerda.
B: Teste sem lateralização.
C: Ilustração de perda neurossensorial em orelha esquerda, ou seja,
queixa de hipoacusia em orelha esquerda e teste de Weber
lateralizando para orelha direita.
Weber indiferente: vibração percebida igualmente em ambos os
ouvidos
Weber lateralizado:
Surdez unilateral por lesão de orelha interna (neurossensorial)
vibração sonora é melhor percebida pelo ouvido normal
Surdez unilateral por lesão de orelha media ou do ouvido externo
(surdez de transmissão) vibração mais audível pelo ouvido surdo
2) TESTE DE RINNE:
Permite comparar a audição por vias óssea e aérea.
O diapasão é colocado na apófise da mastoide do paciente até o
desaparecimento da percepção sonora
Em seguida é colocado na região anterior ao trago, sem tocá-lo
Em indivíduos com audição normal a via respiratória é mais sensível
à percepção sonora do que a via óssea, ou seja, a percepção do som ainda ocorre quando o diapasão estiver
localizado à frente do trago (Rinne positivo).
A: Rinne positivo, ou seja, condução aérea (respiratória) melhor que a condução óssea.
B: Rinne positivo na perda neurossensorial, a condução óssea e a condução aérea são igualmente
diminuídas.
C: Rinne negativo na perda condutiva, condução óssea melhor que a aérea.
Mari Bacelar
Avaliação de perda auditiva pelo Teste de Rinne:
Perdas neurossensoriais: teste de Rinne positivo significa que há rebaixamento tanto na via respiratória
quanto na via óssea.
Perda condutiva: teste de Rinne negativo, ou seja, a percepção na via óssea é melhor que na via respiratória.
Paciente escuta melhor o som do diapasão quando estiver apoiado na mastoide.
SIMPLIFICADO: Pés com afastamento de 30 graus, abrir os braços, fechar os olhos e ficar na posição durante 1
minuto. Se cair para frente e para trás indica alguma alteração do sistema nervoso central e se cair para os lados
indica lesão vestibular
Dinâmicos:
Marcha: nas lesões unilaterais do sistema vestibular periférico, a marcha é insegura, e o paciente
apresenta desvio ou queda para o lado comprometido.
De modo característico, observa-se piora da qualidade da marcha com os olhos fechados,
ocorrendo melhora, quando o paciente abre os olhos e tem o auxílio da fixação visual.
Teste de Fukuda: solicita-se que o paciente execute 60 passos, elevando os joelhos como se
estivesse marchando sem sair do lugar, com os olhos fechados e os braços estendidos
anteriormente na altura dos ombros.
Quando o paciente tem alguma alteração o paciente tende a ir para o lado lesado
Consideram-se normais os desvios laterais de até 30° e deslocamentos anteriores de um
metro.
O ideal é realizar o teste em uma sala com marcação circular no chão, representada por
três círculos concêntricos com 50 cm de diâmetro cada e 12 divisões radiais de 30°
A alteração mais frequente no teste é o desvio lateral progressivo ao longo do teste, em
geral para o lado do déficit vestibular.
Nistagmo
Pode ser espontâneo ou de posição:
1) Nistagmo espontâneo:
Movimento ocular observado no paciente sentado, com os olhos na posição primária do olhar (olhar
frontal), sem fixação ocular.
Nas labirintopatias periféricas o nistagmo espontâneo está presente apenas na fase aguda e
coincide com o relato de vertigem.
Na fase aguda, o nistagmo tem o componente rápido no sentido oposto ao da lesão e diminui
progressivamente até desaparecer
Mari Bacelar
2) Nistagmo de posição:
A manobra de DixHallpike é a mais utilizada para investigação do nistagmo de posição.
Testa-se o canal semicircular posterior, o mais acometido nos casos de desprendimento de otólitos
Semiotécnica:
Paciente inicialmente sentado com as pernas estendidas sobre a maca
Com o paciente sentado, vira-se sua cabeça passivamente em um ângulo de 45° com o
plano sagital para o lado testado
Faz-se movimento rápido e contínuo, deitando o paciente e finalizando a manobra com
a cabeça do paciente ultrapassando a borda da maca e pendurada para trás em torno
de 15°
A: Fácies de respirador bucal sem vedamento labial, hipodesenvolvimento de lábio superior e eversão do lábio
inferior.
Mari Bacelar
Palpação: ver se tem diferenças de tamanhos, inchaço, assimetrias, abaulamentos, pontos dolorosos de
sensibilidade, desnivelamento.
• Palpação dos seios paranasais: importante para detecção de sinusite porque os sinos ficam
infeccionados, o paciente sente dor a palpação devido a inflamação da região.
• Palpação de baixo para cima: seios frontais, maxilares e paranasais
Observar:
1) Inferiormente: o assoalho da cavidade nasal e se há secreções ou
lesões
2) Lateralmente:
Cabeça da concha inferior coloração da mucosa, hipertrofia, degenerações polipoides
Cabeça da concha média e meato médio local em que ocorre drenagem das secreções
provenientes dos seios frontal, maxilar e etmoidal anterior
3) Medialmente: septo nasal deformidades, perfurações, ulcerações, feridas e abaulamentos. Para ver se o
septo nasal está integro colocar a lanterna em uma narina e se tiver luz do outro lado (na outra narina) tem
perfuração nesse septo.
Rinoscopia posterior:
Com a língua relaxada, apoiada no assoalho da boca e assim mantida com
auxílio de abaixador de língua, introduz-se o espelho de laringe pequeno,
previamente aquecido, em direção à parede posterior da orofaringe até
ultrapassar os limites do palato mole
Avaliar as paredes da rinofaringe, as cóanas, a cauda da concha inferior, a
porção posterior do septo nasal, o tamanho das tonsilas faríngeas e as
tubas auditivas bilateralmente (exame de difícil realização em crianças e
pacientes não colaborativos, agitados).
BOCA
B: Palato ogival
Oroscopia: Durante a oroscopia no paciente com obstrução nasal, observar o
palato e avaliar características da mordida. Comum palato atrésico (ogival).
Tirar a prótese dentaria caso houver
Abaixadores de língua, geralmente causam reflexo de vomito, não precisa colocar a língua para fora, põe
com a língua dentro da boca e relaxada e põe no terço médio da língua para fora. Pedir para o paciente falar
‘’ahhhhh’’ ‘’ehhhhhh’’
Avaliar as tonsilas (amigdalas)
Mari Bacelar
• Sinais e sintomas:
Dor de garganta: dor espontânea ou à deglutição é encontrada em quase todas as enfermidades da
faringe, inflamatórias ou neoplásicas. Com frequência, acompanha-se de dor reflexa nos ouvidos. Pode
ocorrer também na neuralgia do glossofaríngeo, associada à dor periauricular.
Dispneia: é sintoma pouco comum nas doenças da faringe. Ocorre na hiperplasia exagerada das
amígdalas palatinas, que podem chegar ao ponto de desencadear, da mesma maneira que a hipertrofia
das vegetações adenoides, a síndrome de apneia do sono.
Os volumosos cistos da face faríngea da epiglote e as neoplasias malignas avançadas da orofaringe,
principalmente da hipofaringe, também podem provocar dispneia.
Disfagia: é a dificuldade de deglutir, decorrente de processos inflamatórios, neoplásicos e paralíticos do
véu palatino e dos músculos constritores da faringe. Pode ocorrer em certos estados emocionais.
Tosse: a hiperplasia amigdaliana pode desencadear tosse reflexa. As secreções oriundas das tonsilas
palatinas e aspiradas durante o sono são causas importantes de traqueítes e traqueobronquites
“descendentes”, manifestadas por crises de tosse.
Halitose: determinadas tonsilas palatinas podem transformar-se em depósito de detritos alimentares e
produtos de descamação do próprio epitélio das tonsilas, dando origem às “massas caseosas” que são
pequenas formações esbranquiçadas ou branco-amareladas. Devido a um processo fermentativo,
tornam-se fétidas, sendo uma das causas de intenso mau hálito, que pode constituir fator social de
indicação de tonsilectomia.
• Inspeção: coloração dos lábios, mucosa oral, simetria, língua, palato, gengivas, dentes, assoalho da
boca, úvula (campainha), tonsilas
• Avaliar a região bucomaxilofacial
• Intrabucal:
Avaliar os palatos mole e duro.
Observar os dentes.
No assoalho da boca: língua e tonsilas
Língua: coloração e se há lesões, fazer a lateralizarão da língua
Tonsilas:
Classificação de Brodsky: verificar o tamanho e a posição das tonsilas (amigdalas)
Mari Bacelar
• Palpação: avaliar os músculos da mastigação, lateralização da língua, alterações, nódulos, palpar a
região das glândulas parótidas.
PESCOÇO
• Inspeção: Pele, cicatriz, nódulos, sinais flogísticos (inflamatórios), edema, calor, rubor, dor, lesões
Movimentos anormais
Forma e volume
Mari Bacelar
PULSO CAROTÍDEO
• Examine o pulso carotídeo: paciente deitado (decúbito dorsal), cabeceira em mais ou menos 30 graus
até 45.
• Localiza a tireoide e a cartilagem, deslizar/ escorregar os dedos lateralmente para perto do másculo
esternocleidomastoideo
• Auscultar para ver se há algum sopro, que pode estar relacionado a placas de ateromas que obstruem
o vaso. turbilhonamento sanguíneo
• É importante que o paciente prenda a respiração para não confundir com os barulhos da respiração e o
médico prende a respiração para lembrar de fazer o paciente respirar depois (kkkk)
• Palpação: bilateral, palpar um lado de cada vez
• O pulso carotídeo direito é palpado com a polpa do indicador e médio esquerdo, que afasta a borda
anterior do músculo esternocleidomastóideo, ao mesmo tempo que procura as pulsações, perceptíveis
um pouco mais profundamente. As polpas dos dedos médio e indicador fixam--se sobre as últimas
vértebras cervicais
• Verificar a presença de frêmitos e ruídos da artéria carótida
Mari Bacelar
LINFONODOS
• Inspeção: observa essa região do pescoço e dos linfonodos, se há tumerações, edemas, colorações
anormais, manchas.
• Palpação: exame do sistema linfático. Usar a polpa digital para palpar e sempre bilateralmente
1) Cadeias pré auriculares que ficam na frente da orelha
2) Auriculares posteriores que ficam sobre o processo mastoide atrás da orelha
3) Occipitais ficam na região da base do crânio
4) Submandibulares que ficam abaixo da mandíbula
5) Tosilares na região do ângulo da mandíbula
6) Submentais abaixo do queixo (mento)
7) Cervicais superficiais são superficiais ao musculo esternocleidomastóideo
8) Cervicais posteriores ao longa da borda anterior do músculo trapézio
9) Cervical profunda são mais profundos em relação ao esternocleidomastóideo cadeia muito difícil de
palpar daí faz um ‘’gancho’’ em torno do musculo para tentar palpar
10) Supraclaviculares que ficam no ângulo superior da clavícula
Mari Bacelar
Mari Bacelar