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NEOPLASIAS MALIGNAS

NEOPLASIAS MALIGNAS

CÂNCER É O TERMO COMUM PARA TODOS


OS TUMORES MALIGNOS.
NEOPLASIAS MALIGNAS

APESAR DE AS ORIGENS ANTIGAS DESTE


TERMO SEREM RELATIVAMENTE INCERTAS,
PROVAVELMENTE DERIVA DO TERMO EM
LATIM PARA CANGUEJO, CÂNCER.
NEOPLASIAS MALIGNAS

PRESUMIVELMENTE PORQUE UM CÂNCER


“AGARRA-SE DE UMA MANEIRA OBSTINADA
A QUALQUER PARTE DE QUE SE APODERA,
COMO O CARANGUEJO”.
Sumário

 Carcinoma de células escamosas oral

 Carcinoma verrucoso

 Osteossarcoma

 Melanoma
CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS ORAL

 A cada ano, são diagnosticados, no Brasil, mais de


10 mil casos de câncer de boca, segundo dados do
Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Destes, 80% são detectados tardiamente, quando a
doença está em estágio bastante avançado. Isto faz com
que a metade destes pacientes tenha sobrevida média
de cinco anos.

Segundo o Ministério da Saúde, mais de três mil



pessoas morrem em decorrência do câncer de boca por
ano

 O câncer de boca é, respectivamente, o 4o e o 7o tipo de


cancer mais comum em homens e mulheres brasileiros.
ETIOLOGIA

Fatores externos
-Fumo
-Álcool (acetaldeído)
-Luz Solar
Fatores internos (hospedeiro)
-Desnutrição
-Anemia por deficiência de ferro
(Plummer-Vinson)
-Vírus Oncogênicos
-Oncogenes
-Imunossupressão
SINAIS E SINTOMAS

▪ Feridas na boca que não cicatrizam em 2 semanas


▪ Nódulos na mucosa jugal
▪ Placas brancas, avermelhadas ou ambas na gengiva,

língua, tonsilas ou assoalho bucal


▪ Feridas na garganta, dor à deglutição.
▪ Parestesia da língua
Sítios de ocorrência: Língua
Assoalho
Palato mole
Gengiva
Mucosa jugal
Palato duro
Características clínicas:
- Sexo masculino
- Tabagista
- Etilista
- Meia-idade > 40 anos (média 60 anos)
- Baixo Nível sócio-econômico
- Tempo de evolução: Poucos meses a 1 ano
ASPECTOS CLÍNICOS

- Lesão ulcerada
- Bordas endurecidas (roletes)
- Normalmente indolor ou pouco dolorosa
- Áreas leucoplásicas e eritroplásicas
- Destruição óssea
MECANISMO
FATOR(Agentes físicos, químicos e biológicos)

DNA

Mutações, fraturas cromossomiais, etc


METÁSTASES

Linfonodos cervicais, submentonianos, digástricos

Tamanho

Firme / endurecido

Móvel / fixo

Ipsilaterais, contralaterais e bilaterais

Metástases distantes- Pulmões (+comum), fígado, ossos


METÁSTASES
ESTADIAMENTO CLÍNICO

Classificação TNM
T - Extensão do tumor primário
N - Ausência ou presença e a extensão de metástase em linfonodos regionais
M - Ausência ou presença de metástase à distância

T - Tumor Primário
TX- O tumor primário não pode ser avaliado.
T0-Não há evidência de tumor primário.
Tis- Carcinoma in situ
T1- Tumor < 2cm em seu maior diâmetro
T2- Tumor 2-4cm em seu maior diâmetro
T3- Tumor > 4 cm em seu maior diâmetro
T4- Tumor > 4 cm em seu maior diâmetro e infiltrando estruturas anexas
ESTADIAMENTO

N - Linfonodos Regionais
NX- Os linfonodos regionais não podem ser avaliados.
N0- Ausência de metástase em linfonodos regionais.
N1- Um Linfonodo ipsilateral <3cm
N2- Um linfonodo ipsilateral 3-6cm (N2a)
Múltiplos linfonodos < 6cm (N2b)
N3- Múltiplos Linfonodos ipsilaterais, 1 deles > 6 cm (N3a)
Linfonodos bilaterais (N3b)
Linfonodos contralaterais (N3c)

M - Metástase à Distância
MX- A presença de metástase à distância não pode ser avaliada.
M0- Ausência de metástase à distância
M1- Metástase à distância
ESTADIAMENTO
Estádio 0 Tis N0 M0
Estádio I T1 N0 M0
Estádio II T2 N0 M0
Estádio III T3 N0 M0
T1 N1 M0
T2 N1 M0
T3 N1 M0
Estádio IV A T4 N0 M0
T4 N1 M0
Qualquer T N2 M0
Estádio IV B Qualquer T N3 M0
Estádio IV C Qualquer T Qualquer N M1
TESTE DO AZUL DE TOLUIDINA
TESTE DO AZUL DE TOLUIDINA
HISTOPATOLOGIA
 Ilhotas ou cordões de células epiteliais de natureza

maligna invadindo o conjuntivo subjacente.

Aumento na razão núcleo/citoplasma

Pleomorfismo celular e nuclear

Hipercromasia nuclear

Pérolas de ceratina (bem diferenciados)

Presença de resposta inflamatória crônica

Angiogênese
Diferenciação e anaplasia

Tumor semelhante ao tecido de origem Bem diferenciado (baixo


grau)

Tumor pleomórfico, sem semelhanças Pobremente diferenciado,


anaplásico (alto grau)

Apresentações intermediárias Moderadamente diferenciado


DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

 Ulcerações aftosas

 Ulcerações traumáticas
 Paracoccidioidomicose
 Sífilis
ULCERAÇÃO TRAUMÁTICA
SÍFILIS
Paracoccidioidomicose
Paracoccidioidomicose
TRATAMENTO

 Suspensão do uso do tabaco e álcool

 Excisão cirúrgica da lesão

 “Esvaziamento cervical”

 Radio e/ou Quimio

Recorrências:

Metástases não identificadas

Ação continuada dos agentes etiológicos


CARCINOMA VERRUCOSO
Variação exofítica, multilobular do CCE

 Baixo grau de malignidade


 Normalmente bem-diferenciado
 Crescimento lento
 Metástases raras (crescimento radial)
 Ocorre em outros sítios anatômicos
ETIOLOGIA
Na região ANOGENITAL e região PALMOPLANTAR
HPV-16/18
Cavidade oral
▪ Tabaco sem fumaça (fumo de rolo)
▪ Inalação de tabaco (rapé)
▪ HPV?
▪ LVP
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Homens brancos
Entre 55-65 anos
Indolor
Placa branca espessa, difusa, bem demarcada e
indolor.
Padrão de crescimento lento, exofítico e papilar
(couve-flor)
Ulceração pode estar presente
Pode causar destruição local pela invasão da
estrutura óssea adjacente
Sítios de ocorrência

Vestíbulo mandibular
Mucosa Jugal
Palato
 Locais onde o fumo é posicionado
HISTOPATOLOGIA

▪ Superfície Verruciforme
▪ Hiperceratose
▪ Acantose
▪ Fendas e criptas preenchidas por ceratina
▪ Baixo grau de atipias nas células epiteliais
▪ Infiltrado inflamatório crônico no conjuntivo subjacente

Diagnóstico definitivo:
Biópsia incisional/Excisional
TRATAMENTO

Suspensão do uso do tabaco

Excisão cirúrgica da lesão sem esvaziamento cervical

Radioterapia ?
OSTEOSSARCOMA
 Tumor ósseo primário mais comum
 Ocorre com maior frequência nos ossos longos (fêmur, tíbia)
 Nos ossos faciais, ocorre em idades mais avançadas.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
▪ Predileção por homens
▪ 3a e 4a décadas de vida
▪ Maxila (rebordo alveolar) = Mandíbula (corpo)
▪ Aumento de volume
▪ Crescimento lento
▪ Dor
▪ Mobilidade dos dentes associados à lesão
▪ Parestesia
▪ Obstrução nasal
▪ Epistaxe
Características radiográficas

Refletem o grau de calcificação da lesão


Nos estágios iniciais:
▪Alargamento uniforme do espaço do ligamento
periodontal dos dentes associados a lesão
▪ Reabsorção resultando em “afunilamento” da raiz
Nos estágios avançados:
▪ Radiolúcida com bordas irregulares e mal-definidas
▪ Esclerose óssea
▪ Aspecto de “Raios de Sol”
HISTOPATOLOGIA

▪ Pleomorfismo celular e nuclear

▪ Produção de matriz osteóide

▪Os osteossarcomas maxilares tendem a ser

osteoblásticos e os da mandíbula, líticos.

▪ Os osteossarcomas maxilares tendem a ser mais bem

diferenciados que os demais.


TRATAMENTO

Ressecção cirúrgica
Radio e/ou quimioterapia
 Podem ocorrer metástases (pulmões e cérebro)
 Recidivas (ressecção incompleta)
MELANOMA
Forma de câncer de pele potencialmente
mortal que surge em células pigmentadas ou
nos melanócitos da pele
Etiologia
Danos causados pela radiação UV
Fatores de risco das lesões cutâneas
História familiar
Pele clara
História de queimaduras de Sol
Presença de Nevus
Aspectos clínicos
Pigmentações azuis, castanhas, negras ou vermelhas
Bordas irregulares e assimétricas
Características clínicas

Adultos brancos

Idade média de 50 anos

Ocorre na forma de 4 subtipos:

▪ melanoma lentiginoso maligno

▪ melanoma superficial disseminante

▪ melanoma nodular

▪ melanoma lentiginoso das extremidades (acral)


Características clínicas
Assimetria
Bordas irregulares
Coloração variada de marrom a negro
Diâmetro > 6mm
Padrões de crescimento:
Radial- Inicial

Lentiginoso acral

Lentiginoso maligno

Superficial disseminante

Vertical

Melanoma nodular

 Fase de crescimento radial rápida ou


Melanoma Lentiginoso das extremidades

Forma mais comum de melanoma oral


Afeta indivíduos de cor
Os pacientes afetados encontram-se na 6a/ 7a décadas de vida
Sítios de ocorrência:
- Palato duro
- Gengiva maxilar
- Mucosa alveolar
Inicialmente mácula marrom a negra, com bordas irregulares
 O espessamento de determinadas áreas precede a ulceração.
Melanoma Nodular
Inicia-se quase que imediatamente na fase de crescimento vertical
Elevação nodular invasiva
Francamente pigmentada
Melanoma superficial disseminante
Forma cutânea mais comum
Sítios de ocorrência:
Região dorsal dos homens e pernas das mulheres
Apresenta-se como mácula de coloração variada
O aparecimento de nódulos e o endurecimento superficial
indicam a invasão do conjuntivo
Melanoma Lentiginoso Maligno
▪ Atinge pacientes idosos

▪ Ocorre predominantemente na pele exposta ao Sol


▪ Mais comum na porção média da face
▪ Apresenta-se como mácula extensa que expande lentamente

com bordas irregulares e cores variadas


▪ Crescimento radial por até 20 anos
HISTOPATOLOGIA

Melanócitos atípicos na junção do epitélio com o conjuntivo

Pleomorfismo e hipercromatismo nuclear

Expansão celular ao longo da camada basal- crescimento radial

Expansão Pagetóide-melanócitos atípicos infiltrando o epitélio

Melanomas lentiginosos das extremidades- processos dendríticos


TRATAMENTO

▪ Excisão cirúrgica

▪ Excisão de linfonodos infiltrados


▪ Radioterapia

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