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Tumores Malignos

da Cavidade Oral
Parte 01

• Tumores Malignos

Parte 02

• Carcinoma Espinocelular

Parte 03

• Carcinoma Verrucoso

Parte 04

• Carcinomas de Glândulas Salivares


O exame atento da cavidade bucal e a identificação
de aspectos clínicos suspeitos podem garantir o
diagnóstico precoce do carcinoma oral e um melhor
prognóstico para o paciente. Sobre os sinais
clássicos que sugerem uma condição maligna e
podem ser identificados ao exame clínico
odontológico, podemos citar, exceto:

a) Úlceras persistentes, sem causa aparente.


b) Tecidos com espessamento, endurecimento e
alteração de cor
c) Formação de pseudomembrana esbranquiçada
sobre a mucosa.
d) Fixação do tecido afetado às estruturas
adjacentes.
Tumores Malignos da Cavidade Oral

Entre as neoplasias malignas da cavidade oral, o


CEC representa a entidade mais prevalente

Estima-se que apenas 2 a 3% de todos os TOs


sejam malignos

Inúmeros tumores malignos originados das mais


diversas estruturas presentes na cavidade oral e
ossos gnáticos podem ser identificados
(CEC)

ALMEIDA, 2016
Carcinoma de
Células Fibrossarcoma
Escamosas Ameloblástico
Intraósseo

Carcinoma
Carcinoma Adenoide Cístico
Odontogênico de
Células Claras
Odontossarcoma
Carcinoma
Mucoepidermoide
Carcinoma Verrucoso

Carcinoma
Odontogênico de
Células Fantasmas
Carcinoma Espinocelular (CEC)

Corresponde a cerca de 95% das neoplasias


malignas orais.

ETIOLOGIA
Homens >40
• Radiação solar – CEC de lábio anos
• Tabaco + álcool – CEC da cavidade
oral Adultos
jovens de
• A infecção por HPV - associada ambos os
aos CEC tonsila, base da língua e sexos
orofaringe

Dieta pobre em proteínas, vitaminas e minerais e rica em


gordura pode estar associada ao risco de desenvolvimento de
CEC oral.
Carcinoma Espinocelular (CEC)

Apresentação clínica variada:

• Exofítica
• Endofítica
• Leucoplásica
• Eritroplásica
• Eritroleucoplásica

NEVILLE, 2009
Carcinoma Espinocelular (CEC)
Manifestações iniciais:
• Assintomáticas
• Áreas avermelhadas
• Úlceras indolores e que não cicatrizam
• Áreas com placas brancas entremeadas por partes
vermelhas (eritroleucoplasias)

Em muitos casos, a leucoplasia e a eritroplasia


podem preceder o câncer bucal

ALMEIDA, 2016
Carcinoma Espinocelular (CEC)
Lesões avançadas:

• Dor
• Mobilidade dos dentes
• Sangramentos
• Trismo
• Mau odor
• Linfodenopatia cervical
• Úlceras infiltrativas
• Endurecimento da região
• Bordas elevadas

Os pacientes apresentam perda de peso importante


Carcinoma Espinocelular (CEC)
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO

Tumores iniciais:
• Cirurgia deve ser o tratamento de escolha para estes
tumores por apresentar menor morbidade do que a
radioterapia
• O tratamento consiste em ressecção ampla com
margens cirúrgicas adequadas.

Tumores avançados:
• Associação de cirurgia e radioterapia (pós-cirurgia) e
ainda indicar, ou não, a quimioterapia

Mucosite, xerostomia, osteorradionecrose e cáries de


irradiação.
Carcinoma Verrucoso
O carcinoma verrucoso é uma variante menos
agressiva do CEC oral.
Representa menos de 1% a 10% de todos os
carcinomas de celulas escamosas orais,
dependendo da popularidade local do uso do
tabaco sem fumaca.

NEVILLE, 2009
Carcinoma Verrucoso
• + Comum em idosos
• Lesões espessas (hiperqueratóticas)
• Difusa
• Indolor
• Crescimento exofítico (projecoes papilares ou
verruciforme na superfície)
• Coloração branco-acinzentada - áreas avermelhadas

ALMEIDA, 2016
Carcinoma Verrucoso
Os sítios mais comuns de envolvimento da mucosa
oral:

• Fundo de vestibulo inferior


• Gengiva
• Mucosa jugal
• Lingua
• Palato duro

NEVILLE, 2009

Está frequentemente relacionado ao local de colocação


crônica do tabaco.
Carcinoma Verrucoso
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO

• Excisão cirúrgica
• Cirurgia menos extensa que a do CEC
• Prognóstico é bom se tratado adequadamente
• 90% dos pacientes encontram-se livres da doença
após 5 anos
• Tumores não tratados podem evoluir e desenvolver
áreas de CEC convencional - crescimento infiltrativo
e agressivo
Tumores Malignos das Glândulas Salivares

• Carcinoma Mucoepidermoide

• Carcinoma Adenoide Cístico

• Adenocarcinoma de Células Acinares


Carcinoma Mucoepidermóide
• Uma das neoplasias malignas de glândula salivar
mais comum.
• 10% de todos os tumores das glândulas salivares
maiores e 15% a 23% dos tumores das glândulas
menores
• 2ª até a 7ª décadas de vida
• +Comum na parótida
• Dor ou paralisia do nervo facial

NEVILLE, 2009
Carcinoma Mucoepidermóide
Glândulas salivares menores:

• Aumentos de volume assintomáticos


• Algumas vezes são flutuantes
• Coloração azulada ou vermelha
• Podem ser confundidos clinicamente com uma
mucocele

NEVILLE, 2009
Carcinoma Mucoepidermóide

TRATAMENTO E PROGNÓSTICO

• Determinado pela localização, grau histopatológico


e estágio clínico do tumor.

• Os de glândula submandibular estão associados a


piores prognósticos do que os da glândula parótida.

• Os carcinomas mucoepidermóides das glândulas


salivares menores geralmente apresentam um bom
prognóstico.
Carcinoma Adenóide Cístico

• Tumor maligno mais frequente das glândulas


salivares menores

• Ocorre principalmente no palato (50%)


Carcinoma Adenóide Cístico

• Massa nodular consistente à palpação


• Superfície lisa ou ulcerada
• Pode provocar reabsorção do osso palatino ou
do rebordo alveolar
• Sintomatologia dolorosa, fixação aos planos
profundos e paralisia do facial, no caso da
parótida
• 4ª e 6ª décadas de vida
Carcinoma Adenóide Cístico
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO

• Remoção cirúrgica
• A sobrevida após 5 anos - 75%, caindo para
aproximadamente 15% após 20 anos.
• Recorrências locais, metástases regionais e à
distância, em especial para os pulmões e
ossos - 40% dos casos.
Adenocarcinoma de Células Acinares

O adenocarcinoma de célula acinares é uma


neoplasia maligna de baixo grau de glândulas
salivares com células que exibem diferenciação
acinar serosa.

85% dos adenocarcinomas de


células acinares ocorrem na
glândula parótida
9% desenvolvem- se nas glândulas salivares
menores, sendo a mucosa jugal, os lábios e o
palato as localizações mais comuns.
Adenocarcinoma de Células Acinares

• 2ª à 7ª décadas
• 60% em mulheres
• Aumento de volume de
crescimento lento
• Assintomático - dor e
sensibilidade
• Paralisia do nervo facial é um
sinal infrequente, mas
prognóstico, de tumores de
parótida.
Adenocarcinoma de Células Acinares
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO

• Tumores na parótida
✔Lobo superficial da glândula parótida são mais
bem tratados pela lobotomia;
✔Lobo profundo - parotidectomia
Pode ser necessário que o nervo facial seja
sacrificado caso esteja envolvido pelo tumor.

• Tumores submandibulares - remoção total da


glândula
• Tumores de glândula salivar menor - excisão
cirúrgica com margem de segurança.

Um dos melhores prognósticos dos tumores


malignos de glândula salivar.
Tumores Malignos da Cavidade Oral

Avaliação multidisciplinar:

• Cirurgião-dentista
• Cirurgião de cabeça e pescoço
• Radioterapeuta
• Oncologista clínico
• Cirurgião plástico
• Patologista
• Nutricionista, fonoaudiólogo e
psiquiatra/psicólogo.
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O exame atento da cavidade bucal e a identificação
de aspectos clínicos suspeitos podem garantir o
diagnóstico precoce do carcinoma oral e um melhor
prognóstico para o paciente. Sobre os sinais
clássicos que sugerem uma condição maligna e
podem ser identificados ao exame clínico
odontológico, podemos citar, exceto:

a) Úlceras persistentes, sem causa aparente.


b) Tecidos com espessamento, endurecimento e
alteração de cor
c) Formação de pseudomembrana esbranquiçada
sobre a mucosa.
d) Fixação do tecido afetado às estruturas
adjacentes.
Referências Bibliográficas
ALMEIDA, OP. Patologia oral. Odontologia Essencial:
parte clínica. Série ABENO. São Paulo: Artes Médicas,
2016.
NEVILLE, BW et al. Patologia Oral e Maxilofacial.
Trad.3a Ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

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