Você está na página 1de 33

Lesões Ulceradas e

Vesiculobolhosas
Parte II
• Etiologia das lesões vesiculobolhosas

• Tipos de lesões vesiculobolhosas


A gengivoestomatite herpética aguda é uma
infecção virótica primária, que surge após
deficiência do sistema imunológico por alteração
sistêmica. Caracteriza-se pelo aparecimento de
lesões bucais na gengiva, língua, mucosa labial e
jugal. As lesões desaparecem espontaneamente
entre 10 e 14 dias, sem deixar marcas. No entanto,
o surgimento de sintomas clínicos de dor é
atribuído ao aparecimento de:

a) placa ceratótica que extravasa líquido adstringente.


b) lesão papilar que se rompe expondo tecido
conjuntivo.
c) lesão eritematosa.
d) lesão vesiculobolhosa.
e) lesão vesicular que se rompe formando úlceras
Vesícula e bolha
são lesões de
crescimento
superficial,
contendo líquido no
seu interior, sendo
vesícula o termo
para referir a lesão
até 3 mm, e bolha a
lesão > 3 mm de
diâmetro
Algumas lesões podem
se iniciar como
vesículas ou bolhas,
que posteriormente se
rompem deixando um
leito erosivo ou
ulcerado.
Lesões Vesiculobolhosas

Lesões
Salivar Autoimune
Vesiculobolhosas

Viral
Lesões Ulceradas
Viral
Gengivoestomatite Herpética Aguda

• Padrão mais comum de infecção primaria


sintomática pelo HSV
• Até 5 anos - pico entre os 2 e 3 anos de idade
• Pacientes imunocomprometidos
• Linfadenopatia cervical anterior, calafrios, febre (39
a 40°c), náusea, anorexia, irritabilidade e lesões orais
dolorosas.
Lesões Ulceradas
Viral

Gengivoestomatite Herpética Aguda

• Vesículas puntiformes se rompem e formam


inúmeras lesões pequenas, avermelhadas,
aumentam de tamanho e desenvolvem áreas
centrais de ulceração
Lesões Ulceradas
Viral
Gengivoestomatite Herpética Aguda

• Lesões adjacentes podem


coalescer

• Gengiva aumentada, dolorosa,


extremamente eritematosa,
com aspecto de tecido
arrancado ao longo da gengiva
marginal livre
Lesões Ulceradas
Viral
Gengivoestomatite Herpética Aguda

Tratamento

• Orientação - restringir o contato com as lesões


ativas para prevenir a disseminação para outros
locais e pessoas.
• Aciclovir
• Anestésico tópico
Lesões Vesiculobolhosas
Viral

Herpes Recorrente

• Local da inoculação primaria e áreas adjacentes


supridas pelo gânglio envolvido.
• Lábio (herpes labial)
• Sintomas prodrômicos - 6 a 24 horas
✔Dor, ardência, prurido, formigamento

http://www.jaenoticia.com.br/
Lesões Vesiculobolhosas
Viral

Herpes Recorrente

• Grupamentos de vesículas
• Se rompem rapidamente e formam grupos de
maculas eritematosas e crostas
• Podem coalescer

Consolaro & Consolaro, 2009


Lesões Vesiculobolhosas
Viral

Herpes Recorrente

• Prurido e ardência
• Cicatrização entre 7 e 10 dias
• Sintomas mais intensos nas primeiras 8 horas
• 2 recidivas por ano

https://opas.org.br/herpes-labial-tratamento-o-que-e-sintomas-causa-e-mais/
Lesões Vesiculobolhosas
Viral

Herpes Recorrente

TRATAMENTO

• Aciclovir e Penciclovir tópico Google imagens

• Aciclovir, Valaciclovir ou Fanciclovir


sistêmico
• Imunocomprometidos – antiviral IV
• Gravemente
imunossuprimidos –
antiviral profilático

Google imagens
Lesões Vesiculobolhosas
Autoimune

Pênfigo Vulgar

• Doença mucocutânea crônica


• Etiologia desconhecida, mas sabe-se que há
produção de auto-anticorpos (IgG) reativos contra
proteínas dos desmossomos.
• 4ª e 5ª décadas de vida

Google imagens Almeida, 2016


Lesões Vesiculobolhosas
Autoimune

Pênfigo Vulgar

• Formação de bolhas que se rompem facilmente, deixando


áreas ulceradas e dolorosas.
• As lesões bucais precedem o surgimento das lesões
cutâneas em 60% dos casos.
• Dor
• Quase em qualquer lugar da mucosa
• Sinal de Nikolsky

Google imagens Nevile, 2009


Nevile, 2009
Lesões Vesiculobolhosas
Autoimune

Pênfigo Vulgar

Diagnóstico
• Exame clínico inicial e exame histopatológico
• Imunofluorescência direta - presença dos
auto-anticorpos

Nevile, 2009
Lesões Vesiculobolhosas
Autoimune

Pênfigo Vulgar

• Corticoides tópicos e/ou sistêmicos


• Imunomoduladores
Lesões Vesiculobolhosas
Autoimune

Penfigoide Benigno das Membranas Mucosas

• Auto-anticorpos ligados aos tecidos são dirigidos


contra um ou mais componentes da membrana
basal.
• 5ª e 6ª décadas de vida
• Mulheres (2:1)
• Vesículas ou bolhas subepiteliais (demoram mais a
romper)

Nevile, 2009
Lesões Vesiculobolhosas
Autoimune

Penfigoide Benigno das Membranas Mucosas

• Localização difusa
• Comum na gengiva (gengivite descamativa)
• Envolvimento ocular – 25%
• Mucosa vaginal
Lesões Vesiculobolhosas
Autoimune

Penfigoide Benigno das Membranas Mucosas

• Biópsia
✔Separação entre o epitélio de superfície e o
tecido conjuntivo subjacente na região da
membrana basal

• Imunofluorescência direta

Nevile, 2009
Lesões Vesiculobolhosas
Autoimune

Penfigoide Benigno das Membranas Mucosas

TRATAMENTO

• Tratamento individualizado
✔ distribuição das lesões, da atividade da
doença e da resposta terapêutica
• Potentes corticosteroides tópicos
• Corticosteroides sistêmicos associados a
imunomoduladores
Lesões Vesiculobolhosas
Salivar

Mucocele https://emedicine.medscape.com/article/1076717-clinical

• Rompimento do ducto excretor de uma glândula


salivar menor - extravasamento de mucina que fica
acumulada no interior do tecido conjuntivo
• Sexo feminino
• Crianças entre 8 e 14 anos de idade
• Aumento de volume de coloração azulada ou
translúcida, assintomático
• Mais frequente na mucosa labial inferior
Lesões Vesiculobolhosas
Salivar

Mucocele

TRATAMENTO

• Remoção da lesão e das glândulas salivares


menores circunvizinhas

https://www.dermatologyadvisor.com/
Lesões Vesiculobolhosas
Salivar

Rânula

• Rompimento do ducto excretor usualmente da


glândula sublingual
• Assoalho bucal
• Aumento de volume flutuante
• Coloração azulada ou translúcida
• Assintomática
• Lateralmente à linha média
• Elevação da língua

http://dentopolis.blogspot.com/2015/08/o-
que-e-ranula-ou-mucocele-sublingual.html
Lesões Vesiculobolhosas
Salivar

Rânula

TRATAMENTO

• Remoção da glândula sublingual e/ou


marsupialização

http://estomatologia-artigos.blogspot.com/2006/03/rnula-relato-de-caso.html
Reforçando...

Adaptado de Telessaúde Rio G. do Sul


Reforçando...

Adaptado de Telessaúde Rio G. do Sul


Afaste/desligue o
celular Afaste
Feche abas
interferências!
desnecessárias
A gengivoestomatite herpética aguda é uma
infecção virótica primária, que surge após
deficiência do sistema imunológico por alteração
sistêmica. Caracteriza-se pelo aparecimento de
lesões bucais na gengiva, língua, mucosa labial e
jugal. As lesões desaparecem espontaneamente
entre 10 e 14 dias, sem deixar marcas. No entanto,
o surgimento de sintomas clínicos de dor é
atribuído ao aparecimento de:

a) placa ceratótica que extravasa líquido adstringente.


b) lesão papilar que se rompe expondo tecido
conjuntivo.
c) lesão eritematosa.
d) lesão vesiculobolhosa.
e) lesão vesicular que se rompe formando úlceras
Referências Bibliográficas
1. NEVILLE, BW et al. Patologia Oral e Maxilofacial. Trad.3a
Ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
2. ALMEIDA, OP. Patologia oral. Odontologia Essencial: parte
clínica. Série ABENO. São Paulo: Artes Médicas, 2016.
3. REGEZI, j.; SCIUBBA, J.; JORDAN, R. Patologia Oral:
Correlações Clinicopatológicas. 6ª edição. Elsevier, 2012.
4. CONSOLARO, A; CONSOLARO, MFMO. Diagnóstico e
tratamento do herpes simples recorrente peribucal e
intrabucal na prática ortodôntica. Rev. Dent. Press Ortodon.
Ortop. Facial vol.14 no.3 Maringá Jan./June 2009

Você também pode gostar