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Processos Patológicos CAVIDADE ORAL

Sistema Gastrintestinal
Obstruções e Distúrbios Funcionais MUCOCELE
DEFINIÇÃO – Lesão Redonda, Oval ou irregular (pseudocisto). É uma bolha translúcida
preenchida por saliva, localizada na mucosa da cavidade oral, podendo medir de 2 a 4 cm de
diâmetro. A saliva no tecido conjuntivo estimula a formação de uma parede fina de tecido
de granulação. Em alguns casos a reação é granulomatosa. Clinicamente as mucoceles
causam salivação, deslocamento da língua e dificuldades na alimentação. Rânula é um termo
usado em algumas espécies, para referir-se especificamente à mucocele que se origina da
glândula salivar sublingual.

Processos Patológicos CAVIDADE ORAL


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Obstruções e Distúrbios Funcionais MUCOCELE
ETIOPATOGENIA – São causadas por traumatismos nas bochechas ou na superfície ventral
da língua (Rânula), como ocorre quando os animais mordem a si mesmos durante a
mastigação ou traumatizam a mucosa ao mastigarem alimentos demasiadamente duros e
ásperos, corpos estranhos ou ossos.

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Obstruções e Distúrbios Funcionais SIALOLITÍASE
DEFINIÇÃO – Cálculos formados por sais de cálcio muitas vezes obstruem as glândulas
salivares, causando dor, edema e, algumas vezes, infecção . Distúrbio raro de bovinos,
equinos, caninos, primatas não-humanos e seres humanos. O sialólito duro pode ser
observado como uma massa firme, palpável, na submucosa ao longo do curso do ducto
parotídeo ou no assoalho da boca. Os animais afetados salivam excessivamente, e cães
podem traumatizar a área, na tentativa de aliviar o desconforto resultante da distensão e
pressão dentro do ducto ocluído

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Obstruções e Distúrbios Funcionais SIALOLITÍASE
ETIOPATOGENIA – são concreções calcárias amarelas ou brancas que se formam nos ductos
das glândulas salivares parótida ou submandibular e que nas radiografias frequentemente
apresentam lamelas concêntricas. Possíveis causas: uso de alguns tipos de
medicamentos. Os anti-histamínicos, anti-hipertensivos e anticolinérgicos têm entre suas
reações a redução na produção da saliva. Uma menor quantidade dela e aumento da
viscosidade evidenciam a quantidade de minerais. Outra possível causa da sialolitíase é a
desidratação. Que causa uma alteração na composição da saliva, aumentando a
concentração de sais minerais, o que favorece a formação de cálculos.
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Estomatites Virais ESTOMATITES VESICULARES
DEFINIÇÃO – caracterizadas por vesículas e bolhas cheias de líquido, localizadas na mucosa
oral, ocorrem em doenças induzidas por vírus em grandes animais domésticos. Quatro
doenças distintas causam lesões vesiculares nos lábios, na mucosa bucal e na língua: FEBRE
AFTOSA, causada por um PICORNAVÍRUS, ESTOMATITE VESICULAR, causada
por um RABDOVÍRUS, DOENÇA VESICULAR DOS SUÍNOS, causada
por um PICORNAVÍRUS e EXANTEMA VESICULAR DOS SUÍNOS, causada por um
CALICIVÍRUS. Clinicamente, tais doenças são indistinguíveis umas das outras. Os vírus,
no entanto, possuem alguma especificidade por espécie. Sinais clínicos: incluem aftas,
vesículas, bolhas, lesões ulceradas (carne-viva), salivação, febre, anorexia e manqueira.

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Estomatites Virais - Estomatites Vesiculares FEBRE AFTOSA
DEFINIÇÃO – enfermidade infecciosa altamente contagiosa causada por um vírus do gênero
Aphtovirus pertencente à família Picornaviridae. Dentre os sete sorotipos do vírus (A, O, C,
Ásia-1, SAT-1, SAT-2 e SAT3), os três primeiros têm registro de ocorrência no Brasil. Todavia,
são descritos diversos subtipos com diferentes graus de virulência, especialmente entre os
sorotipos A e O.

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Estomatites Virais - Estomatites Vesiculares FEBRE AFTOSA
ETIOPATOGENIA – A principal rota de infecção em ruminantes é pela inalação de aerossóis,
com replicação viral na faringe e disseminação para outros tecidos e órgãos via circulação. A
excreção viral inicia cerca de 24 horas antes da manifestação de sinais clínicos e continua
por vários dias. Um período de incubação de três a oito dias, na maioria das espécies
(podendo ser de até 21 dias), é seguido pelos primeiros sinais da doença, manifestos na
forma de febre, anorexia, depressão e vesículas dolorosas no palato, lábios, gengiva,
narinas, espaços interdigitais e bandas coronárias das patas. Esse quadro acarreta
emagrecimento pela diminuição da ingestão de alimentos em função da dificuldade de
deglutição, bem como laminite e claudicação por causa das lesões localizadas nas patas. Por
volta de 120 horas após a infecção, as vesículas se rompem originando úlceras formadas
pelas extensas áreas de epitélio descamado, simultaneamente ao final da viremia e o início
da produção de anticorpos. A partir do décimo dia, observa-se cura das lesões, mas o vírus
pode permanecer na faringe por longos períodos, exceto em suínos.

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Estomatites Bacterianas GENGIVITE ULCERATIVA
DEFINIÇÃO – é uma doença causada por microrganismos fuso-espiroquetas que afeta seres
humanos, chimpanzés e algumas outras espécies de primatas não-humanos. A inflamação
aguda e a necrose, induzem dor nas gengivas, hálito fétido, hemorragias por trauma leve e
aumento da salivação. A doença é causada por dois anaeróbios, Borrelia vincenlii, uma
espiroqueta, e Fusobaclerium sp., um bacilo fusifonne gramnegativo. Esses organismos
induzem doença devido á existência de fatores como deficiências nutricionais, condições
debilitantes ou fatores psicogênicos.
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Estomatites Bacterianas GENGIVITE ULCERATIVA
ETIOPATOGENIA – A lesão é uma inflamação necrosante aguda da gengiva. Úlceras
escavadas, em forma de cratera, ocorrem na gengiva dental interna e na margem da gengiva.
Algumas vezes as Úlceras são cobertas por pseudomembrana cinza. Numerosas espiroquetas
e bactérias fusiformes podem ser demonstradas nas culturas bacterianas e nos esfregaços da
boca.

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Estomatites Bacterianas ACTINOMICOSE
DEFINIÇÃO – é uma osteomielite rara da mandíbula de bovinos. É uma doença crônica
progredindo à uma inflamação granulomatosa-supurada, encontrada em bovinos que
caracteriza movimentos rígidos de deglutição devido ao acometimento da estrutura óssea
maxilar e mandibular do animal.. Sinais clínicos incluem aumento progressivo de um dos
lados da mandíbula, anorexia e perda progressiva de peso.

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Estomatites Bacterianas ACTINOMICOSE
ETIOPATOGENIA –É causada por Actinomyces bovis, um organismo que se apresenta como
bastonetes ou filamentos grampositivos. Ocorre provavelmente em consequência de lesões da
mucosa oral causados por fragmentos pontiagudos de alimentos ou de material estranho,
penetra nos tecidos, causando osteomielite localizada preferentemente na mandíbula e
maxilar. Apresenta lesões traumáticas na cavidade oral (principalmente oriundos de
alimentos fibrosos, grosseiros e pontiagudos), corpos estranhos que promovam abrasões na
gengiva, nascimento dos dentes e periodontites ou ainda no alvéolo dental durante a
erupção dos dentes, são fatores que predispõem às infecções. Acomete o osso mandibular,
levando assim, a uma osteomielite piogranulomatosa, causando um aumento de volume
ósseo indolor. Após um período, essa tumefação óssea torna-se dolorosa e então se
desenvolve um trato fistuloso, desencadeando um exsudato purulento, podendo acometer
tecidos moles contíguos, mas não há acometimento dos linfonodos regionais

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Neoplasias PAPILOMAS ORAIS
DEFINIÇÃO – é uma doença viral infectocontagiosa, sendo caracterizada por massas
proliferativas neoplásicas benignas (PAPILOMAS), provocadas pela infecção de células
epiteliais por papilomavírus E QUE inicialmente apresentam-se com aspecto liso e aderidos
em regiões cutâneas e mucocutâneas, mas com a evolução rápida da doença tornam-se com
aparência rugosa e pedunculadas, PODENDO se desprenderem facilmente, o que ocasiona
sangramentos locais com consequente aparecimento de miíases no local, odor desagradável
e agravamento do quadro com contaminação bacteriana. Pode acometer animais de
qualquer raça, idade ou sexo.
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Neoplasias PAPILOMAS ORAIS
ETIOPATOGENIA – Os tumores têm origem infecciosa, são causados por um Papillomavirus.
É um vírus espécie-específico, com replicação viral que ocorre nas células basais do estrato
germinativo que estão em divisão contínua, causando acantomatose, hiperqueratose e
hiperproliferação espontânea de células tumorais benignas e ocorrem na mucosa bucal e
sobre a língua, palato, faringe e epiglote. O período de incubação é de 30 a 33 dias. A doença
clínica é suave, e os tumores persistem por 1,5 a 3 meses. Após esse período, ocorre a
remissão espontânea e, finalmente, imunidade completa.

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Neoplasias CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS
DEFINIÇÃO – é uma neoplasia de epitélio, maligno das células epiteliais as quais se
diferenciam em queratinócitos, de crescimento lento e não necessariamente metastático,
mas localmente invasivo, sendo comum em felinos, bovinos, caninos, equinos, são
relativamente comuns na mucosa oral de cães e gatos velhos, incomum em ovinos e raro em
caprinos e suínos. O epitélio neoplásico pode, ou não, cornificar, sendo que a pigmentação e
proliferação papilar não são características deste tipo de neoplasia.

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Neoplasias CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS
ETIOPATOGENIA – A etiologia da doença é multifatorial e não é totalmente conhecida,
porém alguns fatores exógenos como lesões não malignas prévias, ingestão de produtos
enlatados, exposição crônica à nicotina e luz ultravioleta podem estar relacionados ao seu
desenvolvimento. O carcinoma inicia na língua, na gengiva ou na tonsila.
Microscopicamente, massas irregulares e cordões de células epiteliais escamosas
estratificadas invadem a lâmina própria e a submucosa ou mesmo o tecido
muscular subjacente. A quantidade de queratina presente no tumor depende do grau de
diferenciação das células neoplásicas.

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Neoplasias MELANOMA ORAL
DEFINIÇÃO – Neoplasia maligna caracterizadas pela proliferação celular anômala e
descontrolada e que se origina da proliferação neoplásica dos melanócitos. Trata-se de um
tumor agressivo com alto potencial invasivo e metastático, que geralmente acomete
animais idosos.
Processos Patológicos CAVIDADE ORAL
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Neoplasias MELANOMA ORAL
ETIOPATOGENIA - são formados por melanócitos, células de origem neuroectodénnica,
normalmente localizadas na junção entre a camada basal do epitélio e a lâmina própria
subjacente. Inicia como uma mácula preta e se transforma numa massa firme de crescimento
rápido. Pode ter forma de cúpula ou apresentar superfície ulcerada, avermelhada e sangrante.
Microscopicamente, as neoplasias consistem de melanócitos epitelióides e fusiformes.
Algumas neoplasias consistem quase exclusivamente de células epitelióides, enquanto outras
são compostas de células fusiformes e lembram fibrossarcomas. maioria dos melanomas orais
é maligna e metastatiza, via linfáticos, para os linfonodos regionais ou, via hematógena, para
os pulmões

Processos Patológicos ESÔFAGO


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Obstruções e Distúrbios Funcionais MEGAESÔFAGO
DEFINIÇÃO – Distúrbio de motilidade esofágica acomete com maior frequência a espécie
canina. se refere à dilatação esofágica generalizada. Nesta condição, a motilidade esofágica
encontra-se diminuída ou ausente, a presença do megaesôfago é indicada por
regurgitação logo após uma refeição, distensão do estomago cervical, hálito fétido e perda de
peso. Pneumonia de aspiração pode ocorrer ocasionalmente, resultando na retenção e no
acúmulo de alimentos no esôfago.

Processos Patológicos ESÔFAGO


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Obstruções e Distúrbios Funcionais MEGAESÔFAGO
ETIOPATOGENIA – Megaesôfago tem sido atribuído à imaturidade no desenvolvimento
da inervação pelo vago. Apresentando forma congênita, idiopática, adquirida ou subjacente
à uma condição existente. Macroscopicamente, o esôfago está acentuadamente dilatado,
flácido com o diâmetro duas a três vezes maior que o normal. As causas podem variar de
estenose secundária à inflamação da musculatura esofágica, até a permanência do quarto
arco aórtico

Processos Patológicos ESÔFAGO


Sistema Gastrintestinal
Injurias e Inflamações ESOFAGITE DE REFLUXO
DEFINIÇÃO – grave. Trata-se de inflamação, irritação e inchaço que ocorre no tecido
esofágico. Essa condição pode ser causada por refluxo gastroesofágico e faz com que os
ácidos do estômago “subam” e entrem em contato com o tecido esofágico, irritando-o e
causando lesões de longa duração.

Processos Patológicos ESÔFAGO


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Injurias e Inflamações ESOFAGITE DE REFLUXO
ETIOPATOGENIA –No animal normal, o refluxo de ácido e pepsina é impedido por uma cárdia
funcionando adequadamente. No entanto, quando a cárdia está hipotônica, ou, por qualquer
outra razão, falha em realizar adequadamente sua função, como ocorre durante anestesia, há
refluxo de ácido e pepsina para a parte distal do esôfago, causando esofagite erosiva
acentuada. As lesões da esofagite de refluxo podem ser ulceração focal ou erosão com
necrose das camadas epiteliais superficiais ou, alternativamente, podem ser inflamatórias e
hiperplásicas. Irritação crônica do esôfago distal por ácido produz
acantose - uma hiperplasia das células proliferativas do epitélio escamoso estratificado da
mucosa.

Processos Patológicos ESÔFAGO


Sistema Gastrintestinal
Injurias e Inflamações ESOFAGITE TRAUMÁTICA
DEFINIÇÃO – Trata-se de lesão ocorre no tecido esofágico por corpos estranhos,
perfurocortantes, cápsulas e pílulas medicamentosas muito grandes que se alojam-no
esôfago, que podem produzir lacerações ou alojar-se no lúmen esofágico. Cavalos e bovinos
têm esofagite traumática secundária à obstrução.

Processos Patológicos ESÔFAGO


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Injurias e Inflamações ESOFAGITE TRAUMÁTICA
ETIOPATOGENIA – Ocorre especialmente em filhotes de cães e em cães jovens que têm
propensão para mastigar e engolir objetos estranhos. Cavalos e bovinos têm esofagite
traumática secundária à obstrução. Em cavalos, ocorre obstrução quando a motilidade
esofágica é prejudicada por ingestão de alimentos secos ou após retenção de cápsulas ou
pílulas medicamentosas grandes administradas inadequadamente. Em bovinos uma
obstrução esofágica completa interfere com a eructação de gases do rúmen, levando a
timpanismo potencialmente fatal. As lesões na esofagite traumática variam com a causa
e a duração. Pequenos corpos estranhos engolidos por cães produzem lacerações, focos de
necrose de coagulação, ulceração e resposta granulocítica. É previsível que na obstrução
esofágica difusa dos equinos ocorra necrose por pressão nas áreas mais compactadas.

Processos Patológicos ESÔFAGO


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Esofagites Parasitárias ESPIROCERCOSE
DEFINIÇÃO – doença parasitária, crônica, que acomete canídeos, principalmente o cão
doméstico, e excepcionalmente felídeos. É causada pelo nematódeo Spirocerca lupi,
apresentam corpo cilíndrico e robusto, de coloração avermelhada e extremos afilados. As
lesões características da infecção são os nódulos parasitários na região caudal do esôfago.
nódulos esofágicos decorrentes da espirocercose podem sofrer transformação neoplásica. O
parasita enterra-se na mucosa do esôfago distal, produzindo um granuloma cístico que se
comunica com o lúmen esofágico por uma fistula

Processos Patológicos ESÔFAGO


Sistema Gastrintestinal
Esofagites Micótica CANDIDÍASE
DEFINIÇÃO – é uma infecção do epitélio escamoso estratificado do esôfago, cavidade oral e
englúvio. É causada por Candida albicam', um habitante normal do tubo gastrointestinal
superior. C. albicans torna-se patogênica quando há baixa da resistência do hospedeiro por
infecção sistêmica, leucopenia, neoplasia grave, imunossupressão ou quimioterapia. As
lesões da candidíase são placas brancas ovais, elevadas na superfície epitelial. As lesões
podem coalescer, formando pseudomembranas sobre áreas ulceradas vermelhas e "em carne
viva". Em casos graves de candidíase, a superfície é incrustada por material caseoso.
Processos Patológicos ESÔFAGO
Sistema Gastrintestinal
Neoplasias CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS
DEFINIÇÃO – Neoplasias do esôfago são raras em animais, mas têm sido descritas em gatos e
equinos e ocorrem em bovinos no Brasil e na Grã-Bretanha, onde a ingestão de samambaia
(Pteridium aquilinum) tem sido incriminada. Carcinomas de células escamosas
frequentemente não são detectados cedo porque a massa neoplásica cresce para o interior do
lúmen. A superfície tem aspecto de couve-flor e pode estar ulcerada. Com o tempo, a massa
obstrui o esôfago e produz uma constrição. Disseminação para tecidos contíguo ocorre
rapidamente e as neoplasias metastatizam para os linfonodos regionais, fígado e pulmões.

Processos Patológicos ESTÔMAGO


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Obstruções e Distúrbios Funcionais DILATAÇÃO GÁSTRICA AGUDA
DEFINIÇÃO – Dilatação gástrica aguda ocorre em todas as espécies animais, mas é mais
frequente em bovinos, equinos, cães e primatas não-humanos. O estômago grande e
compartimentalizado de ruminantes é especializado na digestão e fermentação.
Esse último processo cria a possibilidade de timpanismo (timpanismo ruminal). Dois tipos de
dilatação gástrica aguda são reconhecidos: timpanismo obstrutivo e timpanismo simples ou
espumoso. Dilatação gástrica aguda constitui uma causa importante de morte em cães de
raças de grande porte e ocorre após o consumo de uma refeição grande, sugerindo que a
dieta ou o empanzinamento são partes da etiologia. Cães alimentados com ração comercial
seca uma vez por dia desenvolvem estômagos grandes que contêm um maior resíduo
alimentar, horas após a alimentação. Rações comerciais para cães, secas e que contenham
ingredientes prontamente digeríveis e fermentáveis, têm sido incriminadas como causa da
dilatação gástrica aguda de cães.

Processos Patológicos ESTÔMAGO


Sistema Gastrintestinal
Obstruções e Distúrbios Funcionais TIMPANISMO OBSTRUTIVO
DEFINIÇÃO – ocorre quando grandes quantidades de frutas e vegetais causam
obstrução do esôfago.

Processos Patológicos ESTÔMAGO


Sistema Gastrintestinal
Obstruções e Distúrbios Funcionais TIMPANISMO SIMPLES OU ESPUMOSO
DEFINIÇÃO – ocorre após o consumo de alimentos ricos em carboidratos facilmente
digeríveis. Ocorre erutação insuficiente por falta de material rugoso que estimule a cárdia,
devido à submersão da cárdia sob ingesta líquida e por oclusão da cárdia por espuma. é
caracterizado por aprisionamento de gás em meio à ingesta. Não se consegue aliviar
a distensão por intubação. O aprisionamento de gás ocorre pelo aumento da tensão superficial
e formação de espuma estável. Quantidades diminuídas de saliva e pH abaixo de 6,0
favorecem a estabilidade da espuma.
Processos Patológicos ESTÔMAGO
Sistema Gastrintestinal
Injúrias e Inflamações Gastrite Erosiva Aguda ou Hemorrágica
DEFINIÇÃO – é caracterizada por desconforto epigástrico, anorexia, náusea
e vômito. Em casos graves, o vômito contém material semelhante a borra de café ou sangue
vermelho-vivo. Os casos mais graves são caracterizados por episódios repetidos
de vômito com estômago vazio ou após consumo de água e alimento. As lesões da gastrite
erosiva aguda ou hemorrágica podem ser localizadas ou difusas e consistem de hemorragias
múltiplas da mucosa, graus variáveis de edema da mucosa erosões lineares ou estreladas da
superfície, acompanhadas por extravasamento de sangue e plasma de vasos lesados para a
lâmina própria. As glândulas gástricas subjacentes podem estar separadas por edema e, em
casos mais graves, por edema e células inflamatórias

Processos Patológicos ESTÔMAGO


Sistema Gastrintestinal
Injúrias e Inflamações Gastrite Traumática
DEFINIÇÃO – ocorre em qualquer espécie animal, mas é vista com maior incidência em cães e
bovinos. Em cães, a gastrite traumática é causada por ossos, alfinetes de segurança,
brinquedos, bolas de plástico, meias, pedras e artigos de couro ingeridos pelo animal.
Bovinos comumente ingerem arame, pregos, clipes de cercas elétricas e parafusos juntos com
sua alimentação fibrosa. As lesões produzidas por corpos estranhos incluem lacerações e
contusões da mucosa gástrica, hemorragias e ulceração. Com a penetração, desenvolve-se
uma resposta inflamatória localizada.

Processos Patológicos ESTÔMAGO


Sistema Gastrintestinal
Injúrias e Inflamações Gastrite Eosinofílica
DEFINIÇÃO – são reconhecidas duas formas de gastrite eosinofilica: uma focal causada por
resposta eosinofilica a larvas de nematódeo aprisionadas na mucosa e uma forma difusa que
se acredita ser de origem alérgica e que afeta uma grande porção do estômago. No cão, a
gastrite eosinofilica focal ocorre em resposta à migração de larvas de Toxocara canis. Os
filhotes adquirem as larvas de T canis pelo leite da cadela ou pela ingestão de alimentos
contaminados por ovos ou larvas.

Processos Patológicos INTESTINO DELGADO


Sistema Gastrintestinal
Obstruções e Distúrbios Funcionais Corpos Estranhos
DEFINIÇÃO – ocorrem em todas as espécies animais, mas com maior frequência em cães e
gatos. Embora muitos desses objetos parem no estômago, alguns vão além do piloro, entram
no intestino delgado e produzem obstrução. Corpos estranhos podem induzir sinais clínicos
passageiros como vômitos e diarreia e ser então eliminados nas fezes sem maiores
consequências ou podem ficar aprisionados no intestino delgado, particularmente na válvula
ileocólica, onde produzem obstrução completa ou parcial. O corpo estranho pode ser
suficientemente grande para ser detido no intestino delgado e produzir isquemia por
compressão de vasos sanguíneos. Corpos estranhos podem precipitar peristaltismo
exagerado e, assim, levar à intussuscepção. Podem produzir dilatação e uma síndrome de alça
estagnante com crescimento excessivo de bactérias e, subsequentemente, danos às vilosidades
da superfície proximal à obstrução.

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