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A evolução deste processo leva à perda dos dentes, pois o comprometimento e a destruição, pela
ação bacteriana, acúmulo de tártaro e inflamação destas estruturas colaboram para a formação de bolsas
periodontais que levam à mobilidade dentária.
É descrita como doença sujeito e sitoespecífica, que evolui continuamente com períodos de
exacerbação e de remissão resulta numa resposta inflamatória e imune do hospedeiro à presença de
bactérias e seus produtos.
Gengivite Inflamação de gengiva marginal, de caracter reversível. Acontece se houver acúmulo suficiente
de placa bacteriana dentária na margem dento-gengival. Aparece como uma vermelhidão da gengiva
marginal, edema e sangramento à sondagem. A inflamação ocorre como resposta ao acúmulo de biofilme e
os microrganismos mais comuns nesta patologia são: Estreptococos, Actinomices e Espiroquetas
Periodontite Inflamação irreversível dos tecidos de suporte dentário, detetada pela presença de
sangramento à sondagem e perda de inserção do osso, cemento e ligamento periodontal. Disto resulta a
formação de bolsas periodontais.
Fabiana Portela
Nem toda a gengivite evolui para periodontite, no entanto, toda a periodontite já foi precedida de
uma gengivite.
Classificação:
Estádio I Periodontite inicial
Estádio II Periodontite moderada
Estádio III Periodontite grave com potencial para adicional perda de dentes
Estádio IV Periodontite grave com perda extensiva de dentes e potencial para perda da dentição
Sinais clínicos Sangramento, halitose, hipersensibilidade, mobilidade dentária, migração dentária e perda
dentária.
Saúde periodontal imaculada pessoa que demonstra ausência, ou nível muito baixo, de indicadores
clínicos de inflamação (sem perda de inserção, sem vermelhidão, sem edema, sem sangramento à
sondagem).
Teoria da Infeção Focal Os focos ou lesões infeciosas, incluindo na cavidade bucal, de natureza
bacteriana, seriam capazes de se disseminarem, resultando em infeções sistémicas em tecidos contínuos ou
não.
Terapêuticas:
Controlo do biofilme oral e manutenção da higiene oral (destartarização, escovagem, elixir)
1- Escarificação (limpa os dentes para remover depósitos acima e abaixo da linha gengival).
2- Aplainamento da raiz (alisa as superfícies rugosas da raiz para que a gengiva possa cicatrizar).
Fabiana Portela
3- Irrigação oral (direciona líquido para baixo da linha gengival, para lavar e matar os germes e permitir
novo crescimento de tecido saudável).
Na evolução neoplásica, a célula sofre múltiplas lesões até tornar-se uma célula maligna. Quando
vemos displasia celular, normalmente, é sinal de possível desenvolvimento de cancro.
A carcinogénese é o processo de formação de uma neoplasia, leva cerca de 10 a 20 anos e existem 4 fases:
1- Iniciação: ocorre a primeira mutação, sem alteração no fenótipo
2- Promoção: a célula desenvolve-se de acordo com a mutação e há alteração fenotípica
3- Progressão: acontece proliferação das células mutadas e acumulação de mutações nas mesmas
4- Mestastização: a hipoxia produzida pelo tumor leva à angiogénese que permite a invasão de outros
tecidos através de metástases.
O cancro da cavidade oral é mais comum em homens de idade mais avançada. O consumo de tabaco e
álcool são fatores multiplicadores do risco. É mais comum em países subdesenvolvidos (higiene oral
precária) e em pessoas com imunodeficiências congénitas (como SIDA, pois a defesa contra o cancro é
menor).
O cancro oral tem maior incidência nos bordos e nos 2/3 anteriores da língua (50%), seguido do
pavimento da boca (20%). Os restantes 30% distribuem-se pela mucosa jugal, rebordo gengival, trígono
retromolar e palato duro.
O tumor maligno mais comum na cavidade oral é o carcinoma espinocelular (ou carcinoma
epidermoide), que tem origem no tecido epitelial (pele ou mucosa) – prevalência de 90 a 95%.
Comportamentos do indivíduo
Fatores de risco São fatores que predispõem ao desenvolvimento de tumores na cavidade oral: etilismo,
tabagismo, condições precárias de higiene, comportamentos sexuais e lesões traumáticas de repetição.
O cancro de lábio, apesar de ser da pele, é englobado nos cancros orais. O risco de cancro dos lábios
reduz-se protegendo-os do sol. Outras prevenções de cancro oral é reparar nos bordos ásperos de dentes
quebrados ou das obturações.
Os traumas também são fatores de risco. Uso de piercings é um comportamento de risco por parte
do indivíduo.
Fabiana Portela
Papilomavírus associado a cancro oral O papilomavírus humano (HPV) tem como principais sítios de
infeção a pele e as mucosas. A associação do HPV a lesões benignas e malignas do epitélio oral tem vindo a
aumentar.
As lesões pré-cancerosas são lesões mais propensas a cancerizar do que o tecido equivalente normal
(displasia). Entende-se por estado pré-canceroso um processo generalizado que se associa a um risco
significativamente maior de apresentar cancro.
Lesões potencialmente malignas Leucoplasia, eritroplasia (a eritroplasia apresenta maior risco para o
desenvolvimento de cancro que a leucoplasia).
Condições pré-malignas: líquen plano, lúpus eritematoso discoide, anemias ferropénicas, fibrose submucosa
oral, sífilis terciária,
Uma leucoplasia é uma placa branca que não desaparece com a raspagem e que não é compatível
com outra entidade patológica. É considerada uma lesão pré-maligna. Correspondem a carcinomas
epidermeóides. A mucosa jugal e as comissuras labiais são as mais afetadas.
A eritroleucoplasia caracteriza-se por eritroplasias colonizadas por cândida albicans (lesões brancas
e vermelhas ao mesmo tempo).
Fibrose submucosa oral: Crescimento tumoral submucoso, de dentro para fora, provoca rigidez da mucosa
oral, língua parece que vai explodir. Nas fases iniciais ocorre sensação de ardência na boca, formação de
vesículas, ulcerações ou estomatites recidivantes. Em fases tardias torna-se pálida e opaca, surgem bandas
fibrosas envolvendo a mucosa jugal, palato mole, lábios, língua e ocasionalmente a faringe.
Líquen Plano Oral: É uma afeção da pele e mucosas, aparecem pápulas filiformes radiadas de cor branca e
acinzentada. Pode aparecer mais disperso, linear ou em forma de placas.
Lúpus eritematoso: Situação inflamatória que provoca lesões orais, circulares, esbranquiçadas e “rash”
eritematoso da pele exposta ao sol. As lesões orais localizam-se sobretudo nos lábios e no palato sendo
indolores.
Tumores da língua
A eritroplasia é uma lesão precursora deste tipo de cancro. As lesões da língua anterior têm prognóstico
mais favorável do que o carcinoma de base da língua. É mais frequente o cancro aparecer nos bordos da
língua. Estão associados a restos de dentes, restaurações fraturadas que provocam traumatismos contínuos.
Têm um grau de invasão muito grande.
Tumores do palato
Fabiana Portela
Cancro do palato mole pode ser um carcinoma de células escamosas, tem aspeto de úlcera muitas vezes.
Pode dever-se a maus ajustes da prótese.
Tumores na gengiva
Se a tumefação da gengiva não se deverem a abcessos periodontais ou odontogénicos, pode tratar-se de um
tumor provocado por irritação.
Tumores nos lábios
O lábio inferior pode sofrer lesões pelo sol mais frequentemente (causando úlceras e alteração da cor)
podendo evoluir para cancro. Muitas vezes o cancro do lábio é duro à palpação e está aderente ao tecido
subjacente. Existem 2 origens para o cancro dos lábios:
1- Exposição solar – mais no lábio inferior, ocupa todo o lábio
2- Utilização de cachimbo – cancro mais contido na zona de colocação do cachimbo
Diagnóstico Quanto mais cedo for o diagnóstico, maior é o prognóstico (hipóteses de cura). Antigamente
utiliza-se para um diagnóstico precoce o azul de toluidina, no entanto tem especificidade e sensibilidade
reduzidas (aparecem zonas marcadas que não são tecido tumoral e outras zonas que são efetivamente
tecido tumoral, não ficam marcadas).
Atualmente utilizam-se outros métodos de diagnóstico precoce, como a ViziLite, Velscope etc.
Tratamento oncológico O tratamento pode ser realizado por via terapêutica cirúrgica, via
radioterapêutica e via químioterapêutica, podendo ser associados ou não. Quando o cancro já se propagou
aos gânglios linfáticos, o prognóstico é bastante mais reservado. A radioterapia destrói as células salivares
causando xerostomia.
O auto-exame tem como objetivo identificar lesões precursoras de cancro. Deve ser realizado em local bem
iluminado e diante de um espelho. Devem ser observados sinais de mudança na cor da pele ou das mucosas,
feridas ou úlceras, endurecimentos, edemas, áreas dormentes e fraturas dentárias.
Fabiana Portela
8- Abrir bem a boca e observar o céu e o fundo da boca, dizendo AAAA e observando o fundo da
garganta. Palpar o céu da boca.
9- Observar todos os lados da língua, colocar para fora e apalpar
10- Apalpar todo o contorno inferior do queixo com um dos polegares
Papel do Médico Dentista na prevenção do cancro oral: Aconselhar os pacientes para que deixem de fumar,
recomendar a redução do consumo de álcool, procurar que os pacientes tenham higiene oral.
Hipersensibilidade dentária
A hipersensibilidade é uma dor aguda de curta duração, como resposta a exposição dentinária a estímulos
externos (frio, calor, ácidos, escovagem, ar, pressão). É importante um correto diagnóstico diferencial pois a
causa da dor pode ser outra patologia, temos de descartar qualquer outro motivo.
A hipersensibilidade é maior em mulheres, mais comum na face vestibular e cervical dos dentes, mais
comum nos caninos e pré-molares. Mais prevalente em jovens adultos e declina com a idade (com o avanço
da idade a transmissão de estímulos diminui).
Tipos de lesões:
Fabiana Portela
Formato misto
A hipersensibilidade dentinária ocorre por exposição dos túbulos dentinários. A teoria hidrodinâmica de
Brânnstron explica a HD, relacionando a dor à movimentação de fluidos no interior dos túbulos, para fora e
para dentro, estimulando, por diferenças de pressão, as terminações nervosas.
Técnica táctil pode ser por pressão ou com recurso a uma sonda exploradora. Quanto maior a
pressão táctil suportada, menor será o grau de HD. Registos >50g são classificados como inexistência
de HD.
Avaliação térmica dentária testes térmicos de resposta pulpar (ao frio e ao calor).
Opções terapêuticas:
Prevenir a HD instruções e cuidados de higiene oral, cuidados na composição da dieta.
Controlo da HD tratamentos em consultório (despolarização nervosa ou obliteração tubular – efeito
GLUMA) e cuidados domiciliários.
O laser cirúrgico de CO2 tem sido muito usado na dentina para tratar a HD.
Os agentes dessensibilizantes podem atuar por bloqueio do fluxo de fluído nos túbulos ou por bloqueio da
transmissão neural dos nervos pulpares. Os agentes podem ser químicos ou físicos.
O formaldeído foi o 1º agente dessensibilizante utilizado, mas tem uma reduzida eficácia, a sua ação só é
sentida após um uso contínuo de 5-6 meses.
Distúrbios do hálito
Fabiana Portela
A halitose é o termo médico utilizado para designar o distúrbio caracterizado pela presença de um hálito
desagradável. O hálito humano resulta da troca gasosa de ar proveniente do interior do organismo com o
ambiente. Cerca de 90% dos casos de halitose deve-se à presença de língua saburrosa.
O olfato e o paladar estão relacionados. As papilas gustativas da língua identificam os sabores ao passo que
os nervos localizados no nariz identificam os odores. Os distúrbios mais frequentes do olfato e paladar são a
perda parcial do olfato (hiposmia) e a perda total do olfato (anosmia). Uma redução da capacidade de sentir
sabores (hipogeusia) ou a perda do paladar (ageusia) normalmente resulta de doenças que afetam a língua,
geralmente causando grande secura na boca.
O protoloco para investigação da halitose tem como intenção avaliar as principais causas do hálito com
relação à sua frequência e importância.
Em 90% dos casos a causa da halitose é devida à degradação microbiana de restos de comida, descamação
de células epiteliais, saliva e sangue. A halitose reflete as interações orais complexas entre os vários agentes
envolvidos, principalmente anaeróbios proteolíticos e bactérias gram-negativas.
Causas da halitose: Bucais, respiratórias, gástricas. As causas podem ser de origem fisiológica (hálito matinal,
jejum prolongado), origem local (deficiente higiene oral, retenção de alimentos, xerostomia) ou de origem
sistémica (diabetes, problemas renais, hepáticos e gástricos).
Fatores associados: Medicamentos, stress, respiração bucal, causas sistémicas levam à redução do fluxo
salivar xerostomia saburra lingual doenças periodontais, amigdalite crónica, doenças digestivas,
doenças pulmonares.
As glicoproteínas da saliva e as células da boca que se descamam são ricas em aminoácidos que contém
enxofre (o maior responsável pelo odor desagradável). Indivíduos com prisão de ventre também podem
manifestar halitose (chamado de hálito fecal).
Exame da colher O doente deve raspar o dorso da língua com a colher e depois verificar alguma alteração
do odor oral.
Mãos em concha o doente coloca as mãos em concha, exala ar na sua direção, aguarda cerca de 5seg e
verifica se há alteração do odor oral.
Teste do pulso o doente lambe o pulso perpendicularmente, espera 5 seg e inala o cheiro a cerca de 3cm
de distância do pulso.
Fabiana Portela
Método organolético é o Gold standard para o diagnóstico de halitose. É uma medida subjetiva, baseia-se
em cheirar o ar exalado da boca e do nariz separadamente e comparar os dois, deve ser interpretada por
outra pessoa, a 10cm.
Cromatografia Gasosa (OralChroma) é uma medida objetiva, mede os níveis moleculares dos 3 principais
VSC de uma amostra de ar da boca (sulfureto de hidrogénio, metil mercaptano e dimetil sulfureto). Não é o
mais adequado na prática clínica pois é complexo.
Monitorização de Sulfuretos medição objetiva, deteta VSC (compostos voláteis de enxofre) com um
monitor apropriado. Contudo é incapaz de diferenciar compostos de enxofre isolados. Procedimento
simples, mas não consegue detetar halitoses com origem em componentes não-sulfureto.
Prevenção e Terapia:
O tratamento é focado na educação do paciente em relação à causa e prevenção da halitose e visa reduzir a
carga bacteriana. A limpeza de dentes e língua e o uso de bochechos são considerados tratamento mais
eficazes.
Lesão é considerada uma lesão qualquer uma das 3 opções: Redução da quantidade ou do nível da
atividade desportiva, Necessidade de avaliação médica ou Tratamento e efeitos sociais e económicos
desfavoráveis.
Problemas associados a patologia oral atletas com dores articulares são abordados como sendo
problema muscular e raramente admite-se poder estar associado a uma causal. Atletas com problemas orais
podem necessitar do dobro do tempo de recuperação de uma lesão, devido aos mecanismos de regeneração
estarem limitados na respetiva capacidade funcional. No caso de dor dentária afeta a concentração do atleta
e promove uma respiração bucal (que dificulta a prática desportiva).
Alimentos energéticos bebidas energéticas causam erosão dentária e hipersensibilidade, alguns tipos de
barras energéticas promovem lesões de cárie devido aos açucares fermentáveis.
Fabiana Portela
Como o atleta deve proceder consultar regularmente MD, manter as bebidas frias, recorrer a palhinhas,
restringir a ingestão desses alimentos, diluir as bebidas em água, mascar 5 min pastilha elástica fluoretada
sem açúcar após ingestão, bochechar com água após beber.
Postura corporal e oclusão Se indivíduo tem as costas caídas para a frente, o maxilar inferior estará para
retraído, para trás. Se o individuo tem as costas demasiado para trás, o maxilar inferior estará protraído,
para a frente.
As cargas excessivas de aperto dos dentes gera complicações prejudiciais para o atleta e podem-se
repercutir no desempenho ex: bruxismo.
Doping: O doping, ou dopagem, refere-se ao uso de qualquer substância proibida pela regulamentação
desportiva, com a finalidade de promover o aumento ilícito do rendimento do atleta, por meios artificias.
Também é considerado doping substâncias ou intervenções que mascarem outras substâncias dopantes.
Deve-se evitar o doping involuntário, avaliando toda a composição da medicação junto de médicos e
farmacêuticos, pois algumas das substâncias ilícitas no desporto podem ser utilizadas no dia-a-dia em doses
vendidas livremente. Algumas substâncias são encontradas em bebidas energéticas, suplementos,
complexos vitamínicos e manipulados.
Traumas Fraturas maxilares e zigomáticas são as mais frequentes em desportos como rugby, pugilismo,
artes marciais.
Dispositivos de proteção:
Protetores bucais tem como função prevenir trauma em tecidos duros, moles, prevenir concussão
cerebral e prevenção de traumas psicossociais. São aplicações resilientes que se adaptam às arcadas
dentárias, revestindo-as e conferem proteção aos tecidos moles e duros.
INDICAÇÕES: a indicação deve ser estabelecida em função dos fatores de risco de acidente (depende do
desporto e do biótipo do indivíduo).
Os principais fatores de risco individuais estão relacionados com má-posição dentária, protrusão dentária
dos incisivos sup, hábitos de interposição lingual ou labial entre os dentes, portadores de aparelhos
ortodônticos e próteses dentárias, patologia periodontal, indivíduos com displasias de esmalte e dentina.
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1- Deve evitar o deslocamento posterior e superior da mandibula durante o impacto, ou seja, fixar a
mandibula na posição neutra. Isto só pode ser realizado por um dispositivo de duplo arco.
2- O dispositivo deve apresentar rigidez e resistência à deformação durante o impacto da mandíbula e
durante a sua oclusão em força.
3- O dispositivo deve encaixar corretamente e ser confortável.
4- O dispositivo deve estar adequado para a respiração, com uma abertura central para ventilação.
Fatores especiais mal oclusão tipo I e II, mal oclusão tipo III, portadores de aparelho ortodôntico fixo,
doentes portadores de malformações orais, portadores de prótese parcial ou total removível.
Contra-indicações dos protetores bucais indivíduos com gengivite aguda, marginal suportativa e
ulcerativa necrosante.
Classificações:
A OMS classifica quanto à idade cronológica: A FDI classifica quanto à capacidade de autonomia:
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45-59 meia-idade ou 1º envelhecimento Totalmente independentes
60-69 senescência gradual Parcialmente dependentes
70-90 velhice gradual Totalmente dependentes
>90 longevo
O envelhecimento pode ser individual (se vive mais ou menos tempo, esperança média de vida) ou
demográfico (proporção de pessoas idosas na população total).
A população não fica mais velha pelo facto de os indivíduos viverem em média mais tempo, fica mais velha
pelo facto dos indivíduos mais velhos serem proporcionalmente mais que a quantidade de indivíduos mais
jovens.
Transição demográfica:
Fase I
Fase II
Fase III
Fase IV
O índice sintético de fecundidade revela quantos filhos (filhos ou filhas) existes, em média, por mulher em
idade fértil. O número ideal é 2,14. 2, um pelo pai e um pela mãe; 14 porque há uma taxa de bebés que
morre nos 1ºs meses de vida.
A taxa bruta é quantas filhas tem, em média cada mulher em idade fértil.
É normal alterações faciais com a idade (como rugas, pele mais flácida, gordura bull dog), perda dentária
(consequentemente perda da dimensão vertical, perda de osso alveolar).
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Identificação de riscos em idosos – alterações das estruturas bucais:
a) Epitélio oral diminuição da densidade e intensidade das projeções papilares, diminuição da
inserção epitelial, aumento da densidade do colagénio, alterações na elasticidade e flexibilidade.
b) Alterações glandulares mais evidentes na glândula submandibular e sublingual, diminuição do
número de unidades secretores (fluxo salivar pode manter-se normal), xerostomia
c) Composição da saliva diminuição de proteínas e de IgA, mucinas e Na2+.
d) Alterações da estrutura dentária aumento da mortalidade dentária, defeitos no esmalte,
aumento de lesões de cárie radicular, menor destreza para higiene oral, menor vascularização pulpar
e efeitos patológicos com ação cumulativa.
e) Alterações sensoriais diminuição do sabor dos alimentos, dificuldades em mastigar e deglutir,
menor sensibilidade térmica.
Patologias mais frequentes em idosos: Doença cárie dentária (lesões coronárias e lesões radiculares),
doença periodontal, mortalidade dentária, protodontogénica (estomatite, hiperplasias e ulcerações),
xerostomia 1ª e 2ª, pré-cancro e cancro.
A doença Periodontal é, de facto, a patologia mais frequente nos idosos. O tabaco é o principal responsável
de causa de doença periodontal, depois vem a relação com patologias sistémicas e por último os indivíduos
com peri-implantite.
A xerostomia é a segunda patologia mais frequente nos idosos. O risco é maior nas mulheres, tem impactos
na mastigação, deglutição e comunicação, e pode ser induzida por fármacos que controlam doenças
mentais, hipertensão e problemas urinários - como antidepressivos, beta bloqueantes e antihistamínicos.
Por último, temos as lesões potencialmente malignas e cancro oral – é mais elevado em comunidades
menos desenvolvidas. Ex: Líquen plano, leucoplasias.
O tabaco e as bebidas alcoólicas são os principais fatores de risco.
O consumo de frutas e vegetais é o principal fator protetor
Fabiana Portela