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Riscos infecciosos – odontologia hospitalar

Os pacientes internados nos hospitais são permanência em ambientes hospitalares, idade,


comprometidos sistemicamente, ou seja, eles não têm mudança alimentar e de hábitos de higiene
um sistema imunológico competente como de uma
COMENSALISMO: é uma relação ecológica em que
pessoa saudável.
apenas um organismo é beneficiado, mas o outro não
São pacientes imunocomprimidos, que estão tomando sofre nenhum malefício.
medicação forte e que também estão em um ambiente
insalubre, pois quanto mais tempo um paciente fica Todos os microrganismos vivem em harmonia, sem
internado maior é a chance de adquirir infecção trazer malefícios, na maior parte do tempo, para os
hospitalar. seres humanos porque existe uma relação de
comensalismo. Algumas bactérias trazem benefícios,
Microbiota oral mas a maioria tanto faz estar presente ou não

• Temos um ecossistema de microrganismos em nossa ➢ Micro-habitats da cavidade oral


boca (corpo também) formado por bactérias,
A boca é considerada um sitio complexo e diversificado
protozoários, fungos e etc. Esse ecossistema começa a
porque tem tecidos duros, tecidos moles que são
ser estabelecido logo após o nascimento, a partir do
descamativas, tem a presença da saliva. Por ter vários
momento em que o recém-nascido começa a entrar em
tipos de tecidos existem espécies de microrganismo
contato com as coisas.
que se adaptam melhores a alguns lugares do que
O que faz esse ecossistema se formar: outros, logo tem microrganismos que colonizam a
superfície do dente e outras diferente que colonizam a
- Fatores epigenéticos (genético) língua ou a bochecha.
- Temperatura, pH (mais ácido ou menos ácido) Tecidos duros
- Presença de oxigênio: algumas pessoas tem Nas superfícies dos tecidos duros, isto é, os dentes e as
mais oxigênio presente na boca do que outras. superfícies retentivas, como próteses, piercing,
Por exemplo, em doença periodontal a aparelhos, cálculos dentários e restaurações, há o
quantidade de oxigênio é diminuída nas bolsas favorecimento da colonização microbiana por não
periodontais, logo uma pessoa que não tem ocorrer descamação.
doença periodontal tem mais oxigênio na boca
do que uma pessoa que tem Os tecidos duros propiciam a colonização microbiana
porque é um tecido que não escama e fica ali só
- Nutrientes acumulando biofilme
- Sistema imune (O sistema imune do paciente Superfícies descamativas
hospitalar está fazendo uma modulação
diferente das bactérias do que um paciente Nas superfícies descamativas, como as mucosas,
com o sistema imune normal) ocorre o processo fisiológico de descamação celular
contínua, o que impede o acúmulo e a organização de
A tendência em condições de saúde é que exista microrganismos em biofilmes.
harmonia entre a microbiota residente da boca e o
hospedeiro. Por isso tem acumulo de biofilme no dente e na
gengiva não.
• A boca é complexa e diversificada, devido às
características anatômicas, fisiológicas e Saliva e fluido do sulco gengival
microbiológicas peculiares.
Saliva e fluido do sulco gengival influenciam a
• São mais de 350 espécies identificadas, em sua maior colonização de diferentes nichos na cavidade bucal,
parte comensais. servindo de nutrientes endógenos para
microrganismos e modulando seu crescimento.
• Vários fatores influenciam na composição desses
microrganismos na boca, como: Alterações na
imunidade, tabagismo, alcoolismo, antibioticoterapia,
Risco infeccioso associado diretamente à cavidade oral exposição a ingredientes de pasta de dentes e a
conservantes e uma predisposição genética.
➢ Cárie
A afta é uma ulcera. A ulcera acontece quando há uma
• Uma das doenças crônicas mais comuns e com perda do epitélio naquela região e expos o tecido
enorme carga na saúde global. conjuntivo tornando o local mais propício à
permeabilidade de patógenos. Além disso, por expor o
• Trata-se de uma patologia infecciosa polimicrobiana
conjuntivo, a afta é uma lesão muito dolorosa e pode
caracterizada pela desmineralização dos tecidos
dar em vários tamanhos.
dentais e disbiose da microbiota.
• Pessoas com uma erupção grave também podem ter
• Dentes gravemente cariados podem ter impacto na
febre, linfonodos inchados no pescoço e muito
saúde geral, como por exemplo: desconforto,
desconforto.
problemas com a nutrição, crescimento, peso e até
mesmo problemas no sono. ➢ Lesões por fatores irritantes (Como objetos ou
produtos químicos)
➢ Gengivite
O paciente pode ter alergia a clorexidina. Pode ocorrer
• Diversas bactérias causam gengivite e quando se
lesões dos tecidos na hora de entubar. Pode ocorrer
instalam no sulco gengival (na margem gengival e
traumas na hora do manejo do paciente. Todos essas
abaixo dela), essas bactérias produzem toxinas. A
lesões podem servir de porta de entrada para
gengiva reage a essas toxinas com inflamação e
patógeno.
inchaço, e é por isso que ela pode causar sangramento.

Quando sangra significa que houve rompimento de


alguma membrana de algum tecido epitelial, ou seja,
houve a abertura de passagem entre o meio exterior e
o meio interior onde pode ocorrer a infecção por algum
microrganismo patógeno

➢ Doença periodontal Avaliação loco-regional no paciente em ambiente


• A resposta imune de cada indivíduo tem um papel hospitalar
importante no início e progressão desta doença. O cirurgião dentista deve avaliar todas essas condições
• Em condições de saúde, o sulco gengival é colonizado em todos os pacientes:
principalmente por organismos Gram-positivos, mas Tudo que puder ser resolvido tem que ser resolvido ou
com alteração na microbiota ocorre colonização por encaminhar para algum resolver
bactérias Gram-negativas.
• Averiguar trismo, tumefação, fístulas, áreas de
• 3 espécies principais de bactérias envolvidas: coleção purulenta, comprometimento de vias aéreas,
Actinobacillus actinomycetemcomitans, espécie com disfagia.
capacidade de invadir células epiteliais bucais e células
endoteliais vasculares humanas, além de induzirem a • Todos esses sinais são potenciais para disseminação
célula a iniciar o processo de apoptose; de infecções por meio dos planos faciais da cabeça e
Porphyromonas gingivalis, espécie capaz de invadir pescoço.
células epiteliais e células endoteliais humanas e
Os planos faciais são os espaços que tem entre os
colaborar com o fenômeno de agregação plaquetária;
músculos. Nos planos faciais não tem muita resistência
Tannerella forsythensis, espécie com a propriedade de
então se a bactéria conseguir chegar no plano facial ela
invadir células epiteliais e induzir a morte celular por
consegue se disseminar para o corpo inteiro
apoptose.

➢ Estomatite aftosa (afta)

• A estomatite aftosa recorrente é muito comum. A


causa não é clara, mas provavelmente envolve
múltiplos fatores, incluindo distúrbios ou
funcionamento anormal do sistema imunológico,
Vias de propagação de infecções odontogênicas – Relação entre saúde oral e saúde sistêmica
“Por continuidade” Estudos indicam que a doença periodontal é possível
A infecção vai progredindo de vagar e causando a fonte de liberação sistêmica de patógenos bacterianos
degradação do osso, que por ser duro e resistente a e componentes pró-inflamatórios. Portanto, essa
progressão da doença é mais devagar. Com o tempo a patologia deve ser sempre levada em conta no manejo
infecção consegue romper a tabua óssea e vai para os da saúde geral.
tecidos moles a infecção é disseminada de forma mais Problemas bucais que alteram a modulação da
fácil. microbiota oral atuam como foco de disseminação de
microrganismos patogênicos com efeito metastático
sistêmico, especialmente em pessoas com a saúde
comprometida.

CARDIOPATIAS

Efetivamente, vários agentes patógenos periodontais


foram detectados em placas de ateroma (que causa o
entupimento de veias), como é o caso da
Porphyromonas gengivalis e o Actinobacillus
actinomycetemcomitans.

Quando a infecção rompe para fora é conhecida como Relata-se que várias espécies de Streptococcus orais,
fistula e é bom para o organismo. Mas quando rompe como S. sanguinis, S. salivarius e S. oralis são isolados
para dentro do organismo, nos espaços facias, é pior frequentemente de pacientes com endocardite.
pois da os abcessos e pode causar uma sepse no
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS
paciente
Estudos indicam que as periodontopatias também
influenciam no curso das infecções respiratórias,
destacando-se as pneumonias nosocomial (que são
ocasionada pela aspiração de alguma coisa, quando o
tubo de respiração leva algum microrganismo
patógeno para os pulmões)

A higiene bucal deficiente é comum em pacientes


internados em UTI, o que propicia a colonização do
biofilme bucal por microrganismos patogênicos,
Relação dos ápices radiculares com as inserções especialmente por patógenos respiratórios, alterando
musculares – dependendo de qual raiz está a infecção a microbiota oral para uma relação que penderá para a
pode evoluir para uma fistula ou um abscesso. origem de doenças bucais e, provavelmente, na
Depende de onde é o local mais perto para a infecção sequência, sistêmicas.
progredir
INFECÇÕES OPORTUNISTAS
Vias de propagação de infecções odontogênicas
• Na maxila, a maioria dos ápices radiculares se localiza
abaixo das inserções musculares. Portanto, a maioria
dos abscessos se apresenta como abscessos
vestibulares. Alguns dentes podem ocasionalmente
drenar para o palato.

• Na mandíbula os abscessos originados pelos incisivos,


Em pacientes com o sistema imunológico em
caninos e pré-molares em geral drenam através da
desiquilíbrio e desiquilíbrio da microbiota (endógena e
parede vestibular. Na região de molares, as infecções
exógena) pode ocorrer dois problemas: o primeiro é
perfuram cada vez mais a parede lingual, na medida em
que esse desiquilíbrio das bactérias pode causar um
que caminham em direção distal.
efeito local (onde elas estão). EX.: uma bactéria no
pulmão vai causar um efeito no pulmão. O segundo
problema é a resposta inflamatória, pois o sistema
imunológico quando tenta combater um desequilíbrio
local a resposta inflamatória é sistêmica e pode causar
efeitos em outro local.

• Importância de conhecer os patógenos mais


frequentemente associados a infecções oportunistas
bucais:

Desenvolver estratégias para prevenção, diagnóstico,


tratamento e cuidados odontológicos dos pacientes no
contexto da Odontologia Hospitalar.

Ex.: Hoje em dia morre menos pessoas por causa da


pneumonia nosocomial por causa da implantação da
higienização bucal dos pacientes hospitalizados.

• Importância de conhecer os patógenos mais


frequentemente associados a infecções oportunistas
bucais:

Candidíase pseudomebranosa – Várias placas brancas


sobrejacentes à alteração mucosa eritematosa no palato mole.

INFECÇÕES OPORTUNISTAS – FÚNGICAS A cavidade bucal, em condições normais, apresenta


mecanismos de proteção contra estes microrganismos,
• CANDIDÍASE OU CANDIDOSE BUCAL como a barreira epitelial, a imunidade celular, a
secreção de imunoglobulina A e algumas enzimas
salivares. No entanto, algumas situações podem levar
esse microrganismo, considerado comensal da
cavidade bucal, a causar infecções oportunistas que
podem ser desde alterações superficiais em mucosas
até infecções sistêmicas graves, com risco de óbito.

Trata-se da infecção oportunista mais frequente na


cavidade bucal, causada por fungos do gênero Candida,
sendo a espécie albicans a mais comum. Estes
microrganismos, parte da microbiota comensal,
colonizam de forma assintomática várias regiões do
organismo, como trato gastrointestinal, cavidade bucal Quiellite Angular. Lesão características aprecem como alterações
e sistema geniturinário de indivíduos saudáveis. Sua eritemarosas fissuradas na pele dos cantos da boca

proliferação é controlada pelo sistema imunológico do O diagnóstico de candidíase normalmente é realizado


hospedeiro e pela interação com outros pela avaliação de suas características clínicas e história
microrganismos da microbiota. médica dos pacientes e, quando necessária, realização
de citopatologia, onde podem ser visualizadas as
pseudo-hifas e hifas deste microrganismo.
Na cavidade bucal, podem aparecer ulcerações
dolorosas, mais frequentemente encontradas no
palato duro e na língua, que evoluem para lesões
necróticas de coloração amarelo-acinzentada que
podem causar até mesmo destruição óssea e muscular.
Lesões em áreas gengivais podem ter difícil diagnóstico
e ser confundidas com infecções bacterianas.
O tratamento para candidíase bucal deve levar em
consideração a necessidade de abordagem dos
possíveis fatores predisponentes associados, como
comprometimento sistêmico, uso de próteses
dentárias antigas e mal adaptadas, hipossalivação,
dentre outros. Para eliminação de sinais e sintomas
bucais da candidíase bucal, medicamentos antifúngicos
tópicos ou sistêmicos podem ser utilizados, de acordo
com sua extensão e sua gravidade5. Dentre os agentes
O diagnóstico da aspergilose na cavidade bucal requer
tópicos, o mais utilizado é a nistatina suspensão oral
exame histopatológico e cultura do tecido afetado,
1:100.000 UI/mL, para bochechos.
além de exames de imagem para avaliação e
A terapia fotodinâmica também apresenta bons delimitação da área necrótica associada à patologia.
resultados.
O tratamento da aspergilose invasiva se assemelha ao
• ASPERGILOSE da mucormicose, com indicação de uso de agentes
antifúngicos sistêmicos e abordagem cirúrgica em
casos de doença localizada, além de controle de
imunossupressão, quando possível. O tratamento deve
ser iniciado o quanto antes possível, uma vez que sua
eficácia está associada a seu início precoce. O
medicamento mais indicado para esta infecção é o
voriconazol.

Doença causada por fungos da família Aspergillus, INFECÇÕES OPORTUNISTAS – VIRAIS


sendo considerada a segunda doença fúngica
Possuem aspectos semelhantes, sendo capazes de
oportunista mais comum após a candidíase. Alguns produzir alterações na cavidade bucal que vão desde
desses fungos podem causar um grande espectro de discreto eritema até ulcerações extensas, crescimentos
patologias, especialmente em pacientes com teciduais e, até mesmo, alterações neoplásicas
comprometimento sistêmico, variando de formas
malignas, ocorrendo com maior frequência,
alérgicas não invasivas até formas mais invasivas e intensidade e sequelas em pacientes com alterações de
graves. sistema imunológico. A principal característica destes
Estes fungos são encontrados em forma de esporos no microrganismos é a manifestação clínica de infecção
solo e no ar, estando livres na natureza, e, se aspirados, primária, seguida por período de latência no organismo
colonizam o trato respiratório, podendo causar de seu hospedeiro, com quadros de reativação
rinossinusites e infecções pulmonares. Os fungos sintomática ou assintomática. Podem ainda infectar
podem ainda invadir tecidos e se disseminar para pele, pacientes sem apresentar manifestações clínicas
órbitas, nariz e palato, através dos vasos sanguíneos, evidentes.
causando trombose, hemorragia e necrose tecidual,
• HERPES SIMPLES
como os microrganismos envolvidos na mucormicose.

Os pacientes com alterações imunológicas, em


tratamento oncológico, portadores de doenças onco-
hematológicas, dentre outros, são os que apresentam
o maior risco de contraírem as formas mais invasivas e
graves da doença.
O vírus herpes simples pode causar doenças tanto na parte das vezes em região perilabial ou em
cavidade bucal quanto na região genital. Existem dois semimucosa labial.
subtipos, o HSV-1, normalmente associado a lesões
OBS.: O VÍRUS FICA ALOJADO NO NERVO TRIGÊMEO E
bucais, e o HSV-2, a lesões genitais, apresentando
NÃO NOS GÂNGLIO
estruturas semelhantes, porém com algumas
diferenças antigênicas. Estes vírus são altamente O diagnóstico das manifestações bucais do vírus herpes
transmissíveis por contato direto com secreções orais simples se baseia, na maioria das vezes, na história e na
ou genitais de indivíduos com lesões ativas, assim apresentação clínicas. Se necessário, citologia
como aqueles assintomáticos e sem lesões detectáveis. esfoliativa, cultura, biópsia, sorologia e exames de PCR
As lesões clínicas produzidas por ambos são muito devem ser realizados para investigação ou confirmação
semelhantes. diagnóstica em casos atípicos.

Como abordagem terapêutica da manifestação


Na cavidade bucal, o herpes simples pode manifestar- primária, GEHP, utiliza-se medicação sintomática até
se como infecções clinicamente distintas: primária ou resolução do quadro clínico, que é autolimitado.
recorrente. A forma primária ou primoinfecção ocorre Quando a dor e a sensação de disfagia estão presentes,
mais na infância (entre 6 meses e 5 anos) e em jovens, dificultando nutrição e hidratação adequadas, pode-se
sendo, na maior parte das vezes, assintomática e sem indicar uso de analgésicos e soluções anestésicas para
sinais clínicos. Quando há manifestação clínica inicial, bochechos, com extrema cautela, orientando os
vesículas que se rompem com facilidade, lesões pacientes e seus responsáveis que esta medicação
ulceradas e áreas de eritema, erosões em gengivas, tópica não deve ser engolida, uma vez que a maioria
sialorreia translúcida, com dor e ardência associadas, dos pacientes é composta por crianças e pelo risco de
aparecem por toda a cavidade bucal, lábios e região ocorrência de convulsões e intoxicação.
perilabial, trazendo morbidade de moderada a forte
Para os casos de herpes simples recorrente,
intensidade, na chamada gengivoestomatite herpética
recomenda-se uso de antivirais tópicos ou sistêmicos,
primária.
de acordo com o grau de dor e desconforto do
paciente, além de sua condição sistêmica.

Utiliza-se aciclovir (creme ou comprimidos), penciclovir


(creme) ou valaciclovir (comprimidos) para redução no
tempo de cicatrização e na dor.

• VARICELA ZOSTER

O vírus, após esse primeiro contato com o organismo


do hospedeiro, migra para um gânglio sensitivo ou
autonômico (o vírus migra para o nervo trigêmeo),
onde permanece sob a forma latente até a sua
reativação secundária ou recorrente, normalmente
associada a situações de estresse como ansiedade,
febre, procedimentos odontológicos invasivos,
imunossupressão, fadiga, traumas, dentre outras. O vírus varicela-zóster (VZV), a exemplo do HSV, pode
Quando isso ocorre, ele migra do gânglio (nervo) até a causar infecção primária, chamada varicela ou
superfície epitelial, promovendo sinais prodrômicos catapora e, após período de latência, sofrer reativação
como sensação de queimação e ardência, com como herpes-zóster, com aparecimento de
subsequente aparecimento de vesículas, na maior manifestações mucocutâneas dolorosas. O VZV é
altamente infeccioso e transmitido por disseminação acetilsalicílico. Analgésicos e antipruriginosos, além de
aérea de partículas virais sob a forma de aerossóis, na cuidados com higiene das áreas acometidas, estão
maioria dos casos, ou por contato direto com secreções indicados. Antivirais (aciclovir, valaciclovir e fanciclovir)
de vesículas e membranas mucosas de pacientes podem ser prescritos e tendem a reduzir a duração e a
infectados. gravidade da alteração quando iniciados no início dos
sintomas, em pacientes com risco de desenvolver
sintomas mais graves da infecção. Pacientes
apresentando feridas na cavidade bucal devem ser
orientados quanto a cuidados locais para evitar trauma
e contaminação secundária das áreas afetadas, com
uso de antissépticos bucais. Em pacientes internados
ou com imunidade baixa, a medicação por vezes é
administrada por via endovenosa, com doses ajustadas
para a gravidade do quadro. Prevenção deve ser feita
com a imunização contra o vírus por vacinas

• CITOMEGALOVÍRUS

O curso da varicela normalmente é sintomático,


inicialmente com febre, mal-estar, mialgia, náuseas e
vômitos. Posteriormente, febre e erupções
exantemáticas pruriginosas surgem na face e no
tronco, seguindo para as extremidades. Estas lesões
evoluem rapidamente de máculas para pápulas,
vesículas e crostas. Em pacientes imunocompetentes,
as lesões seguem curso benigno e desaparecem em
O citomegalovírus (CMV) comporta-se como os outros
cerca de 6 dias. Já nos imunossuprimidos, novas lesões
herpesvírus humanos, apresentando histórico de
podem aparecer quando as mais antigas já estão em
primoinfecção, com ou sem manifestações clínicas,
processo de cicatrização, apresentando sintomatologia
seguida por períodos de latência e reativação.
mais acentuada. Na cavidade bucal, vesículas opacas
Apresenta ampla distribuição entre a população, mas
seguidas por ulcerações rasas aparecem em palato,
sendo mais preocupante e capaz de causar danos
lábios e mucosa jugal. Como complicações da varicela
preferencialmente a pacientes com imunidade
pode haver infecção bacteriana secundária,
comprometida ou imatura, em especial nos
pneumonia, alterações neurológicas e síndrome de
transplantados, grandes queimados ou recém-
Reye.
nascidos. A transmissão ocorre por meio de contato
Os diagnósticos da varicela e do quadro de herpes com fluidos biológicos, dentre eles: saliva, sêmen,
zóster podem ser realizados por suas manifestações secreção vaginal, urina e leite materno, bem como por
clínicas características. Em casos atípicos, como os que via transplacentária, transfusão sanguínea ou
se desenvolvem em pacientes imunossuprimidos, em transplante de órgãos.
casos de zoster sine herpete (quadro de dor sem
A infecção por CMV pode causar doença grave com
erupção cutânea), ou em que seja necessária
morbidade e mortalidade significativas em indivíduos
confirmação diagnóstica, alguns exames podem ser
imunocomprometidos. Uma vez que o CMV está
utilizados, como exame citopatológico, com esfregaço
associado à infecção oculta e duradoura, torna-se um
de material colhido do líquido vesicular demonstrando
desafio adicional distinguir as formas de doença ativa e
acantólise e células de Tzanck (não inteiramente
de infecção latente. A gravidade da infecção clínica
conclusivo por apresentar resultados semelhantes aos
correlaciona--se com a intensidade da
da infecção por HSV), cultura, PCR ou avaliação de
imunossupressão celular e com o status sorológico
anticorpos.
para CMV do indivíduo infectado. Clinicamente, a
Em pacientes imunocompetentes, utiliza-se doença pode se manifestar como ampla variedade de
tratamento sintomático contra a varicela, com sinais e sintomas, como febre, rejeição aguda ou
restrições ao uso de medicamentos à base de ácido crônica a transplantes, anemia hemolítica, pneumonia
intersticial, hepatite, retinite, encefalite, meningite, • TOXOPLASMOSE
esofagite e colite, o que pode dificultar sua detecção e
diagnóstico precisos.

Na cavidade bucal, o vírus pode permanecer em


período de latência nas células das glândulas salivares,
causando, por vezes, sialodenite aguda e xerostomia.
Apesar do envolvimento do trato gastrintestinal ser
descrito por alguns autores, o surgimento de lesões em
cavidade bucal é raro. Quando elas se desenvolvem,
apresentam-se como úlceras crônicas largas, de longa
duração, com ou sem sintomas, sendo mais evidentes
em palato, mucosa jugal, língua e gengivas. Sua base Infecção causada por protozoário Toxoplasma gondii é
pode ser recoberta por pseudomembrana amarelada e especialmente preocupante em pacientes
suas margens, elevadas e evertidas, com ou sem imunossuprimidos ou para o feto em desenvolvimento,
endurecimento. Relatos de alterações gengivais pela possibilidade de ser grave e trazer sequelas
existem, mas são extremamente raras. importantes, ou ser até mesmo fatal, nestes casos. Este
microrganismo é um parasita distribuído em todo o
O diagnóstico das manifestações bucais causadas pelo mundo e especialmente no Brasil, com prevalência
CMV é difícil e intrigante e, algumas vezes, somente o variando de acordo com condições climáticas e hábitos
tratamento baseado em prova terapêutica consegue higiênicos, alimentares e culturais da população. Como
confirmá-lo. Podem-se utilizar culturas de células ou hospedeiros do parasita, há outros mamíferos, em
sorologia, com IgG e IgM anti-CMV, mas como não são especial os gatos, onde o T. gondii encontra condições
exames direcionados ao antígeno, pode não haver adequadas para sua multiplicação, com posterior
adequada diferenciação entre infecção crônica, liberação de seus oocistos via fezes, podendo ser
reativação viral ou reinfecção por cepa diferente. ingeridos por outros animais ou pelo homem. A
Outros exames que podem ser utilizados são pesquisa contaminação do homem, desta forma, pode ser feita
de carga viral. pela contaminação da água ou do solo pelos oocistos,
A doença ativa causada por CMV usualmente é tratada pela ingestão de carnes mal cozidas ou cruas e por via
com agentes antivirais como ganciclovir ou foscarnet transplacentária (toxoplasmose congênita).
por tempo suficiente para a resolução dos sintomas ou Na região de cabeça e pescoço, na toxoplasmose
negativação de detecção de carga viral. Estes adquirida, pode haver linfonodo-megalia associada à
medicamentos possuem elevada toxicidade podendo presença do protozoário em cadeias periorais, como
causar mielossupressão, insuficiências renal e mucosa jugal ou região submentoniana, sendo possível
hepática, convulsões, além de distúrbios eletrolíticos, solicitação de avaliação do paciente por parte da
que devem ser avaliados e controlados pela equipe equipe de odontologia para exclusão de causas
médica do paciente. Para pacientes odontogênicas desta reação linfonodal.
imunocompetentes, as lesões causadas por CMV são
autolimitadas, e seu tratamento ainda não está bem Achados clínicos, exames sorológios e titulação de
estabelecido – costuma ser sintomático, a não ser em anticorpos séricos para o protozoário auxiliam no
casos de acometimento oftalmológico ou de vários diagnóstico. A biópsia de um dos linfonodos
órgãos, quando o uso de antivirais está indicado. Em aumentados pode ser útil em alguns poucos casos.
pacientes imunossuprimidos, além da possibilidade de
O tratamento para pacientes hígidos é apenas
tempo de tratamento mais prolongado, manutenção
acompanhamento, mas para as gestantes e os
continuada e monitoramento viral de rotina são
pacientes imunocomprometidos deve haver maior
recomendados. As lesões da cavidade bucal sofrem
preocupação, com indicação inicial de cuidados com
remissão com início do tratamento sistêmico. Em casos
situações de risco, como ingestão de carne crua ou
de pacientes candidatos a transplantes de órgãos, é
contato com fezes de gato, e uso de sulfadiazina e
necessária a terapia preventiva e acompanhamento
pirimetamina como prevenção da possível transmissão
rigoroso dos pacientes.
materno-fetal, acompanhados de ácido folínico.
Exames de imagem para avaliação odontológica com
objetivo de descartar possível associações das
alterações com origem bucal podem ser solicitados.
INFECÇÕES OPORTUNISTAS – BACTÉRIAS

• SÍFILIS

A sífilis pode ser identificada por meio de avaliação


direta de esfregaço de lesões suspeitas por
Doença infecciosa de distribuição mundial causada microscopia de campo escuro e impregnação argêntica
pela bactéria do tipo espiroqueta Treponema pallidum, – no entanto, outras espiroquetas de cavidade bucal
sendo o homem seu único hospedeiro. A transmissão podem levar a resultados falsos positivos. Para
da sífilis pode ocorrer de modo vertical (sífilis diagnóstico preciso, são utilizados exames sorológicos
congênita) ou via contato sexual (sífilis adquirida), treponêmicos (específicos para o antígeno – FTA-ABS,
embora a transmissão indireta, apesar de muito rara, PCR, RT-PCR) e não treponêmicos (medem os
também possa acontecer por meio de objetos anticorpos formados contra o material lipoide liberado
contaminados, como agulhas de tatuagem ou por células danificadas na infecção – VDRL e RPR) de
transfusão de sangue. No Brasil, nos últimos anos, foi acordo com suas sensibilidade e especificidade em
observado um aumento constante no número de casos cada estágio das lesões de sífilis. Testes não
de sífilis em gestantes, congênita e adquirida. Com treponêmicos são utilizados para triagem inicial e,
relação à sífilis adquirida, o sítio extragenital mais quando os resultados são positivos, os treponêmicos
comumente afetado é a cavidade bucal. O T. pallidum são indicados para confirmação diagnóstica – isso com
tem o ser humano como único vetor conhecido da cuidado pelo risco dos testes não específicos não
doença, que pode estar ou não associada a outras conseguirem identificar corretamente os poucos
doenças sexualmente transmissíveis, como em microrganismos circulantes em algumas fases da
pacientes HIV positivos. doença.

O medicamento mais utilizado para o tratamento da


sífilis é a penicilina benzatina, com ajustes de doses e
posologia variando de acordo com os pacientes e as
fases da doença. Outras drogas têm sido usadas, como
azitromicina, eritromicina e tetraciclina, mas as suas
atividades antimicrobianas não são superiores à
penicilina, devendo ser mantidas como drogas de
segunda linha. Abordagem cirúrgica pode ser indicada,
mas há risco de dificuldade de cicatrização após
procedimentos invasivos em áreas de lesões sifilíticas
prévias, com isquemia e necrose, ameaçando o
adequado reparo tecidual.
• TUBERCULOSE proliferar e rompem os macrófagos, causando infecção
pulmonar aguda, com subsequente destruição maciça
do tecido pulmonar, provável disseminação da bactéria
para outras partes do corpo e levando o indivíduo à
morte. O paciente nesta fase apresenta febre, mal-
estar, perda de peso, suor noturno e tosse produtiva,
com hemoptise e dor torácica.

Trata-se de doença bacteriana infecciosa crônica


causada por Mycobacterium tuberculosis,
anteriormente conhecido como bacilo de Koch, de
distribuição mundial e considerada problema
importante de saúde pública. Esta doença possui
algumas características importantes, dentre elas,
longos períodos de latência entre a infecção inicial e a O diagnóstico de tuberculose pode ser feito por meio
apresentação clínica da doença, preferência por de alguns testes e exames, desde o teste cutâneo da
infectar os pulmões, podendo também infectar outros tuberculina (PPD), que pode indicar somente exposição
órgãos (tuberculose extrapulmonar) e resposta ao microrganismo, aos exames de cultura e direto do
granulomatosa associada à intensa inflamação e lesão tecido infectado ou baciloscopia do escarro, com
tecidual. utilização de colorações especiais. Reação em cadeia
de polimerase pode ser utilizada para identificação do
DNA do M. tuberculosis. Radiografia de tórax pode ser
solicitada. Por meio dela, diferentes achados
radiológicos apontam para suspeita de doença em
atividade ou doença no passado, além de mostrarem
tipo e extensão do comprometimento pulmonar.

O tratamento da tuberculose tem como objetivo a cura


Uma grande quantidade de pessoas está infectada por e a rápida redução da transmissão da doença,
este bacilo sem, no entanto, desenvolver doença ativa. utilizando medicamentos capazes de reduzir
São considerados fatores de risco para essa infecção a rapidamente a população microbiana, para
aglomeração de pessoas em regiões sem saneamento interromper sua transmissão, de prevenir a seleção de
básico, falta de adesão ao tratamento e cepas naturalmente resistentes e de destruir todas as
desenvolvimento de cepas resistentes, coinfecção com bactérias presentes nas lesões, com objetivo de
HIV, pacientes imunossuprimidos, dentre outros. A prevenir a recidiva de doença. O tratamento
principal fonte de infecção é o indivíduo com a forma atualmente é realizado em duas fases: intensiva e de
pulmonar da doença, que elimina bacilos para o meio manutenção, utilizando o esquema RHZE – rifampicina,
exterior por meio de gotículas respiratórias. isoniazida, pirazinamida e etambutol.

A TB diferencia-se em dois tipos de infecção: primária • IMPETIGO


e secundária. A infecção primária normalmente é
assintomática e ocorre quando um indivíduo inala
gotículas contaminadas. Algumas dessas gotículas
atingem os alvéolos ou bronquíolos e são englobadas
por macrófagos. Como resultado disto, há a formação
de nódulo fibrocalcificado localizado. Dentro dele, o
bacilo pode ficar viável por tempo indeterminado. O
sistema imunológico frequentemente destrói as
micobactérias ou as isola no local da infecção. A O impetigo é considerado a infecção bacteriana
infecção secundária ocorre pela reativação destes superficial de pele mais comum em crianças, podendo
microrganismos, como em situações de baixa ser causada pelo Staphylococcus aureus ou
imunológica, quando as bactérias conseguem estreptococos do grupo A, como o Streptococcus
pyogenes. As infecções podem ser restritas a um único contra estafilococos e estreptococos. A segunda
patógeno ou ser mistas, com coinfecção por mais de escolha fica para a associação de neomicina e
um microrganismo em áreas previamente lesadas por bacitracina. Se necessário, em casos extensos ou com
abrasões ou cortes, ou até mesmo por dermatites pré- complicações locais e sistêmicas, o uso de antibióticos
existentes. Geralmente ocorre em crianças submetidas por via oral será indicado, inicialmente com
a aglomerações – como em creches ou escolas, ao eritromicina, cefalexina ou claritromicina.
compartilhamento de objetos e brinquedos e a
• SIALADENITE BACTERIANA
condições de nutrição deficiente e de má higiene,
principalmente das mãos.

Inflamação das glândulas salivares causada por


O impetigo é dividido em dois tipos clínicos: o bolhoso bactérias após obstrução ductal ou diminuição do fluxo
e o não bolhoso ou crostoso. Pequenas vesículas se salivar, com subsequente edema de uma ou mais
formam e posteriormente formam bolhas flácidas, de glândulas salivares. Afeta mais comumente as
conteúdo inicialmente límpido, passando a turvo e glândulas parótidas e submandibulares e pode ser
purulento, posteriormente. Com o rompimento desta classificada como sialadenite supurativa aguda ou
bolha, há exposição de base eritematosa, brilhante e crônica.
úmida, recoberta por crosta amarelada. A face é o local A alteração da taxa do fluxo salivar pode ocorrer por
mais afetado. O impetigo não bolhoso (crostoso) desidratação, desnutrição, imunossupressão ou por
representa a maioria dos casos de impetigo, ocorrendo uso de alguns medicamentos. A diminuição do débito
preferencialmente em adultos e crianças maiores de 2 salivar pode facilitar a colonização bacteriana
anos de idade. O impetigo crostoso ocorre sobre pele retrógrada ascendente do parênquima da glândula
normal ou pode surgir sobre dermatose prévia, picadas salivar através do sistema ductal. A obstrução
de inseto, pediculose e escabiose. A lesão inicial é uma mecânica decorrente de sialolitíase ou anomalias
vesícula, sobre uma base eritematosa, que se rompe ductais (p. ex., sialectasia e estenoses) também pode
com facilidade, formando ulceração superficial reduzir o débito salivar, predispondo, assim, o
recoberta por secreção seropurulenta e crostas indivíduo a sialadenite bacteriana ascendente. A
melicéricas. síndrome de Sjögren também pode estar associada à
sialadenite pela redução quantitativa e qualitativa da
saliva.

As intervenções cirúrgicas em pessoas debilitadas,


principalmente em região abdominal, é um dos fatores
predisponentes mais comuns para o desenvolvimento
de sialadenite aguda em um ambiente hospitalar,
normalmente como consequência de longos períodos
O diagnóstico do impetigo é usualmente clínico e de suspensão de ingesta alimentar e hídrica e do uso
epidemiológico. Pode-se realizar cultura e exame de atropina durante o procedimento de anestesia geral
direto com coloração de Gram por meio de exsudato foi reportada após trauma de mastigação em mucosa
ou esfregaço das feridas com swab estéril. jugal

Deve-se realizar limpeza das áreas acometidas, 2 a 3


vezes/dia, com água e sabão antisséptico ou com
permanganato de potássio. Uso de pomadas
antibióticas com mupirocina é o tratamento antibiótico
de escolha, por ser capaz de promover erradicação
bacteriana, apresentar eficácia semelhante à de um
antibiótico VO, como a eritromicina, e por sua ação
Exames de imagem como radiografias, ultrassom,
sialografia e tomografia computadorizada podem ser
necessários para averiguar se há presença de sialolitos,
sialectasias ou suspeita de neoplasias associadas.
Pode-se colher material de exsudato das glândulas
comprometidas para cultura para se direcionar a
escolha da terapia antibiótica. Em casos de
tumefações, quando houver dúvida de sua etiologia ou
quanto à sua possível origem neoplásica, punção
aspirativa por agulha fina deve ser realizada. O
diagnóstico diferencial deve ser feito com caxumba,
sarcoidose, tuberculose ganglionar, abscessos
dentários, neoplasias, dentre outras alterações.

Em pacientes com sialolitíase, pode haver a


necessidade de intervenção cirúrgica para remover o
cálculo do sistema ductal. Em caso de falha do controle
de sialadenite crônica, a remoção da glândula afetada
pode ser indicada. A maior parte dos casos de
sialadenites bacterianas responde bem ao tratamento.
No entanto, cuidados adicionais devem ser levados em
consideração ao se tratar de pacientes com condições
médicas debilitantes ou complicadas. Abscessos
podem se disseminar e provocar situações graves, por
exemplo, angina de Ludwig e sepse.

Considerações finais
As infecções odontogênicas são diariamente tratadas
na clínica odontológica; no entanto, alguns
profissionais ainda não estão familiarizados com
grande variedade de infecções de origens não
odontogênicas que podem acometer a cavidade bucal.
Em ambiente hospitalar, o cirurgião-dentista
integrante de equipe interdisciplinar é
frequentemente solicitado a avaliar esse tipo de
alteração.

Um número crescente de pessoas apresenta


comprometimento sistêmico ou está em tratamento
com medicamentos que podem aumentar o risco de
desenvolvimento de infecções na cavidade bucal e, por
isso, a colaboração profissional entre dentistas,
médicos e outros profissionais da saúde tem sido
valorizada.

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