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Alexia Bronze

O que é doença periodontal: O fator iniciador vai ser o biofilme, e para predispor o
biofilme há o cálculo, anatomia dentaria, relação
É um processo infeccioso inflamatório que acontece
anatômica, fatores iatrogênicos. E com isso, há o fator
primeiramente na gengiva onde o processo localizado
modificador que é o hospedeiro. Para esse processo
na gengiva é reversível, pode ser tratado. Porém, se
ocorrer é necessário tempo (cerca de 21 dias sem uma
houver a persistência ele sai do periodonto de proteção
adequada escovação).
e agride o periodonto de sustentação, que mesmo
tratando não será reversível. O biofilme e a resposta do hospedeiro atuam ambos na
doença periodontal. Se o biofilme está em excesso, ou
É necessário diagnosticar e tratar para não ter sequelas.
se a resposta imune do hospedeiro está falha – não for
Problemas sistêmicos podem levar a problemas suficiente (imunossupressão, psicológico, doença
periodontais e vise versa. autoimune) – ocorrerá a doença periodontal.

Histórico: Na microbiota do paciente pode haver espécies


beneficiárias e também microorganismos patogênicos,
Antigamente acreditava-se que o cálculo era o agente e geralmente estão em baixo número. Sedo assim,
etiológico da doença periodontal (teoria inespecífica da quando algo altera a simbiose existente, pode gerar
placa). Através de um experimento com estudantes que uma retenção de biofilme e aumentar patógenos
ficaram 21 dias sem escovar os dentes foi provado que existente e a resposta imuno inflamatória não consegue
o biofilme é o agente etiológico da doença periodontal, debelar a infecção, gerando uma disbiose. Pode haver
onde o biofilme precisa ser de origem sangramento e/ou exsudato e também perda de
periodontopatogênico. inserção, pois haverá agressão no osso.
A primeira medida para que tenha uma saúde Disbiose: sangramento e/ou exsudato e tem perda de
periodontal é ter boa higiene bucal, através do controle inserção por ter agressão ao periodonto de sustentação.
mecânico e químico.
Alteração sistêmica que exacerba a resposta
Teoria especifica da placa: inflamatória (diabetes mellitus), aumenta o risco de
- Para ter doença periodontal precisa ter o biofilme doença periodontal. Deve ser tratado em conjunto com
com características periodontopatogênicas este terá a alteração sistêmica
doença periodontal. Resposta inflamatória suprimida, entra em estado de
Faz evidenciação de placa, faz instrução de higiene disbiose com sangramento ou exsudato, perda de
oral e fazer raspagem, pois o cálculo predispõe a inserção e doença periodontal aumentando os
doença periodontal, por reter o biofilme. Em casos de hospedeiros e agravando o caso, entrando em um ciclo
prótese mal adaptada é preciso trocá-la ou adaptá-la. e por fim abalando a estrutura do dente.

A doença periodontal tem como fator etiológico Um biofilme disbiótico somado com hospedeiro
microrganismos que povoam o biofilme bacteriano. suscetível acarreta em doença periodontal. O paciente
também pode haver pré-disposição em ter doença
periodontal, podendo ser genético, o paciente devera
redobra os cuidados com a higienização dental.
Biofilme disbiótico, associado com hospedeiro
suscetível = doença periodontal
O paciente pode ter a suscetibilidade, mas sem o
biofilme disbiótico não haverá doença periodontal.
Fator Iniciador:

• Acumulo de biofilme;
• Patogenicidade dos microrganismos;
Película adquirida:
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Filme composto por uma variedade de glicoproteínas atraem. Então com o seu glicocálice bacteriano,
salivares (mucina e anticorpos). Entretanto, as conseguem se aderir a película adquirida. Depois,
bactérias promovem a adesão bacteriana. Em seguida outros receptores dessas primeiras bactérias, se aderem
terá a formação de biofilme. a outras bactérias e assim por diante (coadesão
bacteriana). Conforme o número de bactérias vai se
- Quando a gengiva inflama, leva o descolamento da
acumulando cada vez mais supragengivalmente, ele
gengiva e quando progride descola mais, e o problema
vai migrando em sentido subgengival, aderindo agora
sai de supra para sub gengival e quando chega no
bactérias anaeróbicas também (bactérias do complexo
periodonto de sustentação, haverá a perca de osso.
vermelho e outras) que são capazes de gerar problemas
Biofilme: no periodonto (periodontopatogênicas).

Acumulo de massa bacteriana que produz uma


variedade de irritantes locais (ácidos, endotoxinas e
antígenos); os quais...
Comunidade microbiana indefinida associada à
superfície do dente, ou qualquer outro material duro
não descamativo e aos tecidos moles.
Pacientes portadores de prótese total, e vai fazer
implante, as bactérias q ficam e formam a saburra e/ou
q estão nas criptas das tonsilas, pode causar danos ao
periodonto também, ou seja, é necessária uma boa
higienização bucal sempre!
Microrganismos altamente organizados embebidos em
matriz orgânica acelular, cujos constituintes tornam-se As mais perigosas são as do complexo vermelho. Com
fenotipicamente diferentes dos seus pares não a desorganização do biofilme através da higiene oral –
aderidos. Portanto, não podem ser tratados com não ocorre toda a sucessão (ficam somente as
antibióticos, pois os microrganismos estão embebidos pioneiras).
de matriz e o antibiótico atinge o biofilme em
pequenas quantidades, não tendo muito efeito. Ligações inespecíficas: interações fracas por carga.

Doença: a gengiva quando inflama descola do dente, Ligações especificas: interações estáveis por “encaixe”
chegando perto do periodonto de sustentação tem adesinas. São bactérias que ficam em forma simbiótica
perda de osso. sem causar problemas e nem benefícios. Entretanto,
outras bactérias irão se ligar às bactérias primarias
Tipos de biofilme: ocorrendo coagregação de bactérias. Com o tempo
novas bactérias vão chegar até chegarem os
Supragengival:
colonizadores tardios que irão apresentar condições
• Microrganismos aeróbicos, Gram + periopatogênicas.
• Fácil remoção, fraca adesão ao dente
Ausência de higiene oral:
• Nutrição sacarolítica dos alimentos
• 1-24h = película adquirida => cocos, células
Subgengival:
epiteliais e leucócitos polimorfonucleares.
• Microrganismos anaeróbicos, gram – • 2-4 dias = proliferação de bactérias fusiformes
• Adesão acentuadas, pois tem o fluido e filamentosas
crevicular na região portanto as bactérias • 4-5 dias = espirilos e espiroquetas
precisam ser fortemente aderidas • Complexo vermelho são as causadoras de
• Nutrição proteica do sangue doença periodontal.

Formação do biofilme: Distribuição do biofilme:

Dente com carga negativa, bactérias com carga


negativa - não se aderem. Quando o dente é molhado
por saliva (forma-se a película adquirida), fica coberto
de cargas positivas, e se bactérias se aproximam e
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O tratamento periodontal busca manter o individuo em


estado de simbiose. Quando em disbiose fazemos o
tratamento e o organismos volta ao estado de simbiose,
ficando uma nova comunidade estável de biofilme
(clímax), com acompanhamentos o paciente mantém o
estado de comunidade clímax.
Os patógenos localizados em toda a boca e não só nos
sítios profundos

• Biofilme supra gengival


• Língua, mucosa bucal, palato duro, sítios
rasos.

O Biofilme tem diferentes tipos bacterianos supra e Processos destrutivos microbianos:


subgengivalmente, que se diferem em quantidade,
- A bactéria excreta toxina e leva a processo
concentração.
inflamatório, então muitas vezes raspa bolsa e lava
Geralmente supragengival a concentração é pequena, também, com seringa com soro ou clorexidina
quando entra (subgengival) a quantidade é maior. Para
• Enzimas proteolíticas proteases
a eliminação do quadro infeccioso, é necessário
acessar o fundo da bolsa, para acessar a atividade da • Produtos metabolitos:
doença periodontal, pois as bactérias mais agressivas 1. Amônia
estão lá no fundo. 2. Indol
3. Sulfato de hidrogênio
Para restabelecer os quadros de saúde é preciso 4. Ácido sulfúrico
diminuir as bactérias do complexo vermelho e • Toxinas:
aumentar as do complexo azul. Com raspagem 1. Leucotoxina
subgengival. 2. Endotoxina (LPS)
Mecanismo de ação:

Processo destrutivo microbiano + processo destrutivo Mas a maior lesão/agressão/destruição é gerada pela
do hospedeiro. resposta inflamatória do hospedeiro, pois tenta se
defender dos processos destruição das bactérias.
Microrganismos destroem liberando enzimas
proteolíticas, produtos metabólitos e toxinas. - Primeiro a resposta imune libera mais citocinas e
fatores pró-inflamatórios --- inflamação.
Em um quadro de saúde há mais bactérias boas do que
- Resposta inflamatória intensa -- destruição do tecido
patogênicas. Em estado de disbiose há mais bactérias
Periodontal.
patogênicas do que as boas, e por isso, haverá uma
proliferação de bactérias agressivas causando agressão
nos tecidos. Então, o tratamento periodontal vai
Toda e qualquer lesão do nosso corpo gera uma
proporcionar simbiose novamente para o paciente.
inflamação aguda. Por quê? Para eliminar o agente
O tratamento periodontal efetivo é chamado de traumático num primeiro momento e num segundo
momento para cicatrizar e reparar o local.
rebiose, na qual será a nova comunidade estável do
biofilme. Pacientes que não tratam periodicamente A inflamação aguda portanto, gera várias etapas nesse
pode acarretar em uma disbiose novamente, pois o mesmo intuito (3 etapas).
paciente possui a doença cronicamente.
* A degranulação de mastócitos e macrófagos que já
- Deve-se raspar apenas as bolsas periodontais? Eu estão no local da lesão, gera quimiotaxia para
tenho uma localização generalizada de biofilme, e por neutrófilos (libera IL 1, IL 6, TNF-alfa), quimiotaxia
isso eu começo a raspagem nas bolsas, e após a para eosinófilos, e liberação de histamina.
raspagem eu controlo o biofilme na boca inteira do
* A histamina promove vasoconstrição nos vasos
paciente e não só de sítios profundos, tratar a boca toda
sanguíneos dos grandes vasos e com isso aumenta a
podendo ser com profilaxia para o controle.
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pressão dentro desse vaso. Depois ocorre uma Fatores Predisponentes Locais
vasodilatação por meio de outros mediadores (como a
prostaglandina que também é liberada). Com isso o Os fatores predisponentes não causam a doença
plasma sanguíneo (parte líquida) sai do vaso e reduz a periodontal, mas sim o biofilme.
pressão do vaso que tinha sido gerada num primeiro
momento com a vasoconstrição. O sangue fica com • Cálculo
menos parte líquida e fica mais viscoso, diminuindo a
O cálculo dentário é a placa bacteriana calcificada. O
velocidade de circulação.
cálculo ele retém biofilme, por ser rugoso e retentivo,
* Com essa diminuição de velocidade as células de este por sua vez irá predispor a doença periodontal.
defesa (leucócitos) sofrem um processo de marginação
(chegam na margem do vaso), fazem rolamento, e se Até 1960 achava-se que o cálculo causava a doença
aderem (adesão por selectinas e integrinas). periodontal. Porém, a partir de 1965 comprovou-se a
teoria do biofilme dental.
* O vaso que estava com as paredes mais permeáveis
para saída do plasma, permite a saída dos leucócitos Com relação à prevalência do cálculo, Carranza
(diapedese). Assim que esse leucócito sai, ele será provou, em 1979, que em pacientes de 10 a 15 anos de
chamado de neutrófilo, basófilo ou eosinófilo idade 43% tinham cálculos. Além disso, a prevalencia
principalmente, sendo chamados de
é maior no sexo masculino. (Carranza 1979).
polimorfonucleares. Cada célula tem uma ação
diferente. Características do cálculo: Poroso, facilita adesão de
* Os neutrófilos são os mais importantes nessa bactérias, é formado por precipitação salivar devido
resposta à bactéria, pois fazem fagocitose e fazem alteração brusca do pH, forma camadas, influenciado
destruição dos microrganismos periodontopatogênicos. pela dieta e higiene

* A chamada quimiotaxia no tecido de origem da A maior formação de cálculo se dá em lingual de


agressão por mastócitos e macrófagos é que vai atrair anteriores inferiores e vestibular de molares superiores.
as células que acabaram de sair do vaso sanguíneo. Isso ocorre pois nesses locais encontram-se saídas de
glândula salivar maiores. Os íons cálcio e fósforo, que
Atuação além disso do sistema complemento, sistema calcificam o biofilme, vêm da saliva. A lingual de
cinina e sistema de coagulação apresentação antígeno
incisivos inferiores e vestibular de molares superiores
anticorpo, ativação de linfócitos, entre outros.
estão em íntimo contato com a saliva. Porém, isso não
Inflamação exacerbada— cada vez mais chegada de quer dizer que se pode encontrar cálculo em outros
células— cada vez mais liberação de IL-1, IL-6, TNF- dentes.
alfa— ativação de osteoclastos;
A matriz intermicrobiana e as próprias bactérias
Atuação com isso também de osteoclastos, que são fornecem a matriz para calcificação, que é
ativados nesse processo inflamatória e geram uma desencadeada pela precipitação dos sais minerais. A
reabsorção óssea- perda óssea. placa supragengival se torna mineralizada em virtude
da precipitação dos sais minerais existentes na saliva,
enquanto a placa subgengival se mineraliza em
FATORES PREDISPONENTES decorrência dos sais minerais no exsudato inflamatório
que passa através da bolsa periodontal. Portanto, é
Fatores Locais: dentro da cavidade bucal causando ou evidente que o cálculo subgengival representa um
predispondo a doença. O fator determinante da doença produto secundário da infecção, não a causa principal
é a presença de biofilme, nada mais causa doença da periodontite.
periodontal além de acúmulo de biofilme. - Fatores
Cálculo sub e supragengival:
Sistêmicos: o que predispõe a desenvolver a doença,
bem como a doença periodontal predispõe a doenças O cálculo supragengival tem características diferentes
sistêmicas. Ex: Paciente que tem diabetes predispõe a do cálculo subgengival. O supragengival possui
doença periodontal e a doença periodontal interfere no origem salivar, é branco amarelado e pode ser
metabolismo do glicogênio que não deixa abaixar a pigmentado por alimentos, bactérias cromogênicas,
taxa de glicose. tereré e outros.
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Já o cálculo subgengival, por outro lado, possui origem - Sulcos concavidades e fissuras acentuados
do fluido gengival, que carrega proteínas plasmáticas. (restaurações, coroas devem ser feitas)
Além disso, possui coloração mais escura, pois o
- Pérolas de esmalte - se está acima da gengiva
fluido gengival carrega hemoglobinas (hemossiderina) fazemos a regularização com broca e ponta
do sangue que escurece o cálculo. Ele é mais diamantada. Se está subgengival precisa de cirurgia,
mineralizado e mais aderido. Quando o cálculo remover e voltar com a gengiva para o lugar.
subgengival começa, ele está a nível de esmalte,
quando se perde inserção com a progressão da doença, - Fissura palato-gengival funciona como dificuldade
ocorre uma migração de osso e epitélio juncional para de atingir o fundo da fissura.
apical, isso expõe a raiz. Quando isso acontece o - Sulco palato-gengival - se a escova não entra, os
cemento é exposto e é solubilizado no meio bucal, o microrganismos penetram da coroa até o ápice, o
que acaba expondo, consequentemente, a dentina. biofilme vai acumular. Posso passar uma broca ou
Quando a dentina é exposta, os túbulos dentinários ponta diamantada para atenuar ele na coroa, ou fazer
funcionam como ferramentas para o imbricamento um selamento com o selante resinoso.
mecânico do cálculo.
- Posicionamento dentário - dentes mal posicionados
Tipos de aderência do cálculo o dente: e com apinhamento, por vezes nem o fio dental
consegue adentrar. As vezes precisamos de pequenas
Existe a aderência em cima de película (salivar ou movimentações ortodônticas para conseguir fazer a
adquirida, seja em dente ou em prótese) e aderência perio depois.
por retenção mecânica. - Freios e bridas mal inseridos - trauma gengival e
deslocamento da margem gengival retendo biofilme-
OBS: além de raspar é fundamental alisar a superfície
cirurgia de retiradas desses freios e bridas.
radicular para evitar acúmulo de mais biofilme.
- Sobremordida (overbite) - traumas dentários que
É muito mais fácil raspar e alisar cálculo podem favorecer perda óssea.
supragengival. Para a raspagem e alisamento de
cálculo subgengival, em sulcos mais profundos, é - Recessão gengival onde não há gengiva cobrindo o
dente - são locais que doem muito e não são
fundamental anestesiar para fazer raspagem. É preciso
corretamente higienizados, ocorre acúmulo de
motivar o paciente a controlar a placa.
biofilme> tem que fazer enxerto de gengiva.
O paciente que controla o biofilme controla a doença - Respiração bucal - ressecamento do biofilme,
periodontal. O dentista precisa saber motivar, adesão maior dele e mineralização dele > ocorre uma
modificando a forma da fala de acordo com a piora do quadro Periodontal - requer tratamento com o
capacidade de entendimento do paciente. médico junto (ação multidisciplinar).

A película salivar se forma sobre prótese, bem como o - Dente decíduo em esfoliação - presença de opérculo
cálculo. O cálculo subgengival é bem pior, isso pois gengival - predispõe trauma e acúmulo de biofilme
ele é mais difícil de cuidar e lidar, somente é também.
diagnosticado com a mudança da mucosa superficial - Fatores iatrogênicos - áreas de retenção causadas
ou por sondagem. por acidentes causados pelo cirurgião dentista com
restaurações defeituosas, próteses mal adaptadas,
• Anatomia Dentária raspagem incorreta, cirurgia mal executada.
- A furca das raízes são os principais pontos de - Fatores oclusais - injúria excessiva aos tecidos de
retenção de placa. O segundo pré superior possui uma sustentação, resultante de forças oclusais em excesso,
área de retenção na raiz e na coroa. Possui um no início achava-se que era um fator etiológico da DP
achatamento na raiz sentido mésio-distal que forma (doença periodontal), mas atualmente ele é visto como
dois condutos. um coadjuvante apenas, que ajuda na perda de tecidos
- Quanto mais retentiva mais acúmulo de biofilme. de sustentação dos dentes. Então ele não causa a DP,
mas pode potencializar!!!
- Presença de furca exposta
Trauma oclusal primário - após sondagem não há
sangramento ou exsudato. É um dente com
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mobilidade, mas não tem a doença periodontal, então - Sulco gengival clínico - na qual é correspondente a
as estruturas de sustentação são perdidas por perda de sondagem realizada. Em um quadro de normalidade, a
porção inorgânica do osso, e aumenta-se a distância do sondagem é de até 3mm, e em estado patológico a
ligamento periodontal e osso, possuindo assim medida é de mais de 3mm. Além do mais, quando é
mobilidade dentária. Ao retirar o trauma que leva a patológico.
essa perda óssea, ele vai novamente remineralizar e
- Sangramento a sondagem - após a inserção da
voltar ao normal.
sonda, aguardar de 30-60 segundo para verificar se há
Trauma oclusal secundário - oclusão ruim + biofilme sangramento
patogênico. Perda de porção inorgânica e ORGÂNICA
Nível clínico de inserção: (perda de inserção/perda do
(pois tem biofilme) do osso, portanto, mesmo após
nível de inserção). Distância entre a base da bolsa
controle de biofilme e finalização do trauma oclusal,
periodontal/sulco gengival até a junção cemento-
ele não poderá mais voltar ao normal
esmalte, medidas variadas por conta de outros fatores,
(IRREVERSÍVEL), gera também mobilidade dentária.
como hiperplasia ou recessão.
Na sondagem, será observado sangramento ou
exsudato. Leva a perda do dente dependendo do caso.
- Posicionamento dentário no arco - dente
vestibularizado tem gengiva fina e lingualizado a
gengiva é espessa.
- Fumantes - também entra como fator sistêmico.
- Dieta – também entra como fator sistêmico.
Nunca interrelacione quantidade com gravidade em
periodontia.

• Doenças:
Diabetes:

• Tipo 1: Descoberto na infância


Saúde X doença: determinada pela relação entre o
Crianças com diabetes não controladas acabavam potencial patogênico do biofilme e a qualidade da
sofrendo mais de gengivite do que crianças não resposta imunológica do hospedeiro.
diabéticas com semelhantes índices de placa.

• Tipo 2: Adquirido na fase adulta


Prevalência da doença periodontal foi maior em
pacientes diabéticos do que os não diabéticos;
Periodontite pode ser um fator de risco para o diabetes Como vou tratar o paciente? vou analisar
tipo 2, bem como o diabetes é um fator de risco para a microbiologicamente e imunologicamente (como o
periodontite. organismo do paciente está reagindo) o quadro do
paciente. E por isso, nós vamos realizar a raspagem do
...
paciente, pois vamos desorganizar o biofilme do
- Hiperplasia gengival - da margem gengival até a paciente.
junção amelocementária (o tecido precisa estar
Classificação Atual Das Condições E Doenças
localizado coronalmente). - Recessão gengival- junção
Periodontais:
cemento esmalte até a margem gengival (raiz exposta)
Gengivite E Periodontite
- Profundidade de sondagem- a margem gengival até
o fundo do sulco ou da bolsa periodontal - Sulco
Gengivite é a perda do Periodontite é a perda
gengival histológico- correspondente ao epitélio
tecido de proteção, de tecidos de
sulcular. Se houver normalidade, a medida vai até o
relacionado com a sustentação, de osso,
epitélio juncional. É uma medida histológica
modificação do tecido cemento e ligamento
gengival, o quadro é periodontal.
reversível
Alexia Bronze

longo sendo este uma outra forma de reparo


periodontal. Portanto, se a PS for maior que 3mm
significa que este paciente já teve um quadro de
periodontite e está tratado (sem ss).

• Gengivite:
Lesão inflamatória que resulta de interações entre o
biofilme dentário e a resposta imuno-inflamatória do
hospedeiro, que permanece restrita à gengiva e não se
estende até o periodonto de sustentação, com potencial
de reversão se reestabelecida os hábitos de higiene
bucal.
- Associada somente ao biofilme dentário
SAÚDE
Gengivite em periodonto íntegro:
Vou levar em consideração o sangramento da
sondagem. Ausência de sinais de inflamação (eritema e PS<3mm. >10% dos sítios com SS, ausência de
edema), e sintomas relatados pelo paciente (dor) e SS< perda de inserção e de perda óssea radiográfica
10% dos sítios.

Saúde clínica em Sem perda de inserção, Gengivite em periodonto reduzido tratado


um periodonto ausência de eritema e periodontalmente:
íntegro edema; Ausência de
sintomas relatados pelo PS<3mm. >10% dos sítios com SS, histórico de
paciente; PS<10% dos tratamento de periodontia, portanto apresenta perda
sítios e sem perda óssea de inserção e de perda óssea.
radiográfica

Gengivite em periodonto reduzido:


Saúde clínica gengival em um periodonto reduzido
PS<3mm. >10% dos sítios com SS, perda de
inserção e possível perda óssea (recessão gengival
traumática ou aumento de coroa clínico)
Paciente com Paciente sem
periodontite estável periodontite

SS < 10% dos sítios; SS < 10% dos sítios;


ausência de eritema e ausência de eritema e
edema; ausência de edema; ausência de
sintomas relatados pelo sintomas relatados pelo
paciente; - Sem perda paciente; - Possível
óssea possível (estável) – redução altura óssea (RX);
RX; - Perda de inserção - Perda de inserção
possível; - Sem SS em possível por recessão ou
sítios com P.S > 4mm cirurgia de aumento de
coroa

Quando eu trato o paciente, a inserção conjuntiva não


volta (sempre) ao nível pra formar as distancias
biológicas. Portanto, a gengiva pode descer e formar
uma recessão, ou pode ser formado o epitélio juncional
Alexia Bronze

Naturalmente a crista óssea acompanha a JCE até a


JCE do dente vizinho. Para avaliar perda óssea
Associada a medicamento para aumento de tecido
devemos fazer Radiografia interproximal.
gengival:
Taxa da perda óssea TPO:
• Fenitoínas
• Bloqueadores de canal de cálcio Determinada pela distância entre a JCE e a crista óssea
• Ciclosporinas alveolar enquanto que o comprimento da raiz (área de
inserção periodontal) é medido da JCE ao ápice
- Não levam a uma hiperplasia verdadeira, isto é, não radicular. É porcentagem de osso que foi perdida ao
há um aumento da produção de células. Geralmente redor do dente.
eles trabalham excitando um grupo de fibroblastos do
tecido gengival, esses fibroblastos vão atuar levando a A perda de inserção está relacionada a perda óssea,
uma acompanha a outra, se perde gengiva também
uma maior produção de matriz de colágeno
perde osso, não acontece isoladamente.
(substancia entre as células). Essa substancia entre as
células que leva ao aumento gengival induzido.

Nem todo paciente que faz uso dessas medicações vai


desenvolver essa condição, devemos levar em
consideração a predisposição do paciente

PERIODONTITE
É uma evolução da gengivite
Doença inflamatória crônica multifatorial mediada
pelo hospedeiro e associada com Biofilme,
caracterizada pela destruição progressiva do aparato de
inserção dental (periodonto de sustentação)
Diagnóstico clínico:

• Perda de inserção interproximal presente em 2


ou mais dentes não adjacentes
Ou
- Da pra usar a régua de endo ou a sonda para medir
• Perda de inserção vestibular>/= 3mm com
essas características.
bolsa > 3mm em dois ou mais dentes.
Taxa de perda óssea radiográfica TPOR:
Levamos em consideração as distâncias biológicas do
periodonto para considerar saúde Determinada dividindo a TPO pela idade do paciente
no dente mais gravemente afetados de todo a dentição.
A crista óssea acompanha a JCE até a JCE do dente
vizinho, nesse espaço haverá a inserção conjuntiva - Se o paciente apresentar 30% de perda óssea aos 30
(coronalmente a crista óssea) anos de idade, a TPOR = 1.
• Distância de 1,5 até 2mm - Pacientes com periodontite necessitam de periapical
boca toda. Não é possível utilizar a panorâmica.
Perda de inserção NÃO pode ser:

• Não vamos considerar perda de inserção se


não for de origem periodontal
• Recessão gengiva de origem traumática
(escova os dentes forte)
• Carie se estendendo na região cervical do
dente
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• Presença de PI na face distal do 2° molar e Extensão e distribuição das doenças periodontais


associada com mais posicionamento ou
extração do 3° molar. ➢ Só determinamos o que é localizado ou
• Lesão de drenagem endodôntica através do generalizado pelo numero de sítios
periodonto marginal. ➢ Ter vários sítios não determina se a doença se
• Ocorrência de fratura longitudinal da raiz. encontra generalizada, mas a porcentagem sim,
Fatores de risco: podemos ter vários sítios e ainda ser localizada

• Fumo ➢ Vamos considerar o número de sítios, não sua


• Diabetes localização. Os sítios podem se encontrar adjacentes,
mas se o número de sítios afetados for maior que 30%
consideramos generalizado

➢ Localizada – menos de 30% dos sítios

➢ Generalizada – mais de 30% dos sítios

Periodontites

➢ Houve essa mudança e agora as periodontites a


abaixo são classificadas pelo estágio/grau

➢ Periodontite como manifestação de doenças


sistêmicas

• A periodontite agressiva localizada, afetando


pelo menos um 1° molar permanente e 1
incisivo ou 2° molar e até 2 dentes (caninos ou
pré molares) com perda de inserção menor ou
igual a 3mm passa a ser chamada, na nova
➢ A perda de inserção determina o estágio da doença classificação de padrão incisivo/molares.
em que o paciente se encontra Portanto essa é o único tipo de periodontite
que não é classificado de acordo com o
➢ Migração apical do epitélio juncional, demostra que estágio/grau
houve perda de inserção • O grau do paciente determina a propensão do
➢ Menores perdas de inserção estão associadas a paciente a ter uma perda óssea, isto é, quanto
maior o grau maior a tendência dessa doença
menores perdas ósseas
evoluir
➢ Além da classificação de estágio (leva em
consideração a severidade da doença), existe também a
classificação do grau (leva em consideração a taxa de
progressão de perda óssea)

➢ Quando dermos o diagnóstico devemos apresentar o


estágio e o grau

➢ Nem sempre a quantidade de biofilme determina o


grau de destruição periodontal

➢ O grau do paciente determina a propensão do


paciente a ter uma perda óssea, isto é, quanto maior o
grau maior a tendência dessa doença evoluir.
(TABELA DO GRAU EM BAIXO)
Alexia Bronze

Características das doenças periodontais e peri- eritematosa), ao sondar o epitélio do sulco se


implantares torna mais ulcerado (sonda entra e toca o
conjuntivo nessas ulceras, por isso o
A doença periodontal é causada por uma disbiose do
sangramento nessa área do sulco gengival)
Biofilme associado a suscetibilidade do hospedeiro
- com o aumento da inflamação, o tecido
tendo o desenvolvimento da doença periodontal.
conjuntivo dessa região começa a sofrer
Gengivite: degradação, portanto, a estrutura gengival
começa fica abalada (selamento que a gengiva
Doença apenas no periodonto de proteção. O processo proporciona ao dente começa a ficar abalado e
inflamatório está iniciando, não causa dor e o paciente o processo vai progredindo
acaba negligenciando. Pode ser aguda ou crônica,
localizada ou generalizada (não necessariamente - Estágio III – lesão estabelecida
estando em todos os dentes) pode ser também marginal
• Vasos ingurgitados e congestos – vias
(com boa profilaxia e até um RAR a gengiva fica
congestionadas;
saudável), papilar ou difusa.
• Coloração azulada – pelas vias congestionadas
Pegando uma gengivite em caso agudo podemos tratar o suprimento de oxigênio é diminuído dando
o paciente e ele irá ficar no estado crônico da gengivite essa característica azulada ao tecido
podendo ser tratada. • Presença de sangue e/ou exsudado espontâneo
ou a sondagem
- Estágio I – Lesão inicial:
• Infiltrado inflamatório bem intenso
• Alterações vasculares - Corpo tenta reagir a • Predominância de plasmócitos – antes eram os
agressão do biofilme patogênico (marginação neutrófilos (diferenciação da resposta
e diapedese dos leucócitos, transformação em inflamatória)
neutrófilos e macrófagos, levando a fagocitose • Epitélio juncional começa a se projetar em
das bactérias e dos restos celulares resultantes direção apical, começa demostrar que vai
da agressão) descolar do dente na porção mais coronal do
• Subclínica – Não apresenta sinais clínicos de dente, existem grandes espaços entre as células
inflamação, como ss. O que não conseguimos do epitélio juncional permitindo a passagem de
ver clinicamente e sim através da evidenciação neutrófilos e fluído crevicular e destruição da
de placa, observando como o paciente escova lâmina basal do epitélio juncional (ele tem
os dentes, suas dificuldades e assim prevenir duas lâminas, uma que o liga ao conjuntivo e
que ele tenha um quadro de gengivite. outra que o liga ao dente), a que está ligada ao
dente começa a ser destruída na poção coronal
- Estágio II – Lesão precoce (gengiva literalmente está se descolando do
• O caso começa a evoluir, apresentando sinais dente)levando ao aumento do sulco
clínicos como eritema e sangramento. Na • Além disso, a degradação do colágeno começa
região do EJ tem muitos neutrófilos passando a acelerar demais, devido a liberação de uma
em direção ao sulco, onde vão tentar eliminar enzima chamada colagenase. Portanto, as
as bactérias presentes na região do sulco fibras que estruturam a gengiva começam a ser
gengival. rompidas, e a gengiva perde a sua capacidade
• Os colágenos começam a degradar – devido a de resiliência, daí a gengiva pode descolar
exacerbação da resposta inflamatória - levando ao aumento da profundidade do sulco
deixando a gengiva mais flácida e perde a • O colágeno se encontra desestruturado e o
capacidade de selamento. epitélio juncional começa a descolar do dente,
• Começa a ter cristas epiteliais no epitélio levando esse descolamento da gengiva
juncional e no epitélio do sulco – aumento do - Estágio I – Lesão avançada
imbricamento do epitélio com o conjuntivo
subjacente para tentar manter a estabilidade • Extensão para o osso alveolar, começa a
dessa estrutura. invadir o periodonto de sustentação (inserção)
• Histologicamente, temos isso: presença do entrando na fase de periodontite.
biofilme bacterianos sob a superfície do dente, • Descolamento do epitélio juncional na porção
- Gengiva inflamada, o que leva a um aumento coronal, reinserção na porção apical (epitélio
da vascularização (por isso a gengiva fica mais juncional migra apicalmente), e com isso o a
Alexia Bronze

extensão da agressão aumenta até o processo


alveolar, daí começa a destruição do
periodonto de inserção, e a partir do momento
que esse periodonto é abalado, saímos do
quadro de gengivite e entramos em
periodontite, então esse quadro será
irreversível

Alterações na coloração e no contorno gengivais


associados à gengivite induzida pela placa.
Periodontite:
É tratável, mas as sequelas causadas ao periodonto de
sustentação são irreversíveis.
Apesar de ocorrer após a gengivite, quando se tem
periodontite necrosante, não necessariamente o
paciente teve gengivite necrosante (é possível ter um
quadro agudo de periodontite sem ter tido um quadro
agudo de gengivite).
A característica da periodontite é a ocorrência do
Inflamação gengival como resultado da má oclusão descolamento do epitélio juncional e sua migração
apical, consequentemente, haverá a destruição do
periodonto de sustentação, o aumento da profundidade
do sulco e com isso o desenvolvimento da
periodontite, à medida que o biofilme continua
presente esse quadro vai evoluindo.
- Irreversível – é possível tratar, mas as sequelas de
destruição do periodonto de sustentação são
irreversíveis. Existe a possibilidade de enxerto, mas é
Resposta inflamatória aguda somente para algumas situações, em áreas dentadas ou
peri implantares não é possível regenerar altura óssea
➢ Essa resposta inflamatória é corpo tentando evitar (espessura até é possível, porém altura não)
com que haja uma bacteremia
➢ Migração apical do epitélio juncional, perda óssea e
➢ Existe o aumento dos processos pró inflamatórios, perda do ligamento periodontal (destruição do
principalmente interleucina 1 e 6, fator de necrose periodonto de sustentação)
tumoral, tais fatores ativam osteoclastos, levando a
➢ À medida que a doença evolui, existe o risco de
reabsorção da estrutura de sustentação do dente (osso
alveolar) perda do elemento dentário ou de um implante ósseo
integrado.
➢ Se o paciente tem periodontite ele precisa de no
- Aguda e crônica – periodontite aguda (periodontite
mínimo 21 dias sem fazer uma correta higienização na
necrosante) destruição significativa, porém a maior
área afetada
parte dos indivíduos vai apresentar a periodontite
➢ Para a gengivite ficar clinicamente visível devemos crônica. Tanto a gengivite quanto a periodontite
ter no mínimo de 4 a 7 dias sem fazer uma correta crônica não doem, por isso muitas vezes o paciente não
higienização na área afetada cuida, e só perceberá o problema quando já estiver em
proporções bem significativas.

- Localizada ou generalizada – o problema pode estar


localizado restrito até a uma face do dente somente, ou
Alexia Bronze

então a boca inteira pode apresentar uma alteração Lesão grau 2 – sonda penetra mais de 1mm.
periodontal Raspagem depois colocamos enxerto (regeneração
tecidual guiada – RTG). Radiograficamente vemos um
➢ O tratamento é a retirada dos microrganismos das esfumaçamento na região da furca, porém ainda existe
superfícies sub e supra gengival. No caso da supra osso no fundo, o ideal para diagnosticar é a tomografia
gengival, o indivíduo em casa mante a higienização,
porem quando o biofilme já está aderido e Lesão grau 3 – sonda transpassa de um lado ao outro.
mineralizado, isto é, quando já virou cálculo, precisada Prognostico bem desfavorável, onde na maioria das
intervenção do dentista. Vamos deixar as superfícies vezes será indicada a extração. Radiograficamente
corono radiculares biocompatíveis novamente, através vemos um esfumaçamento na região da furca e perda
de ultrassons e dos raspadores. óssea

Após a eliminação do processo inflamatório- Nos dentes superiores as furcas proximais serão
infeccioso, haverá a homeostasia dessas estruturas e a checadas pela palatina
gengiva volta a selar (colar) o dente. O osso perdido
Nessas lesões mensuramos tanto no sentido horizontal
não volta, ou seja, haverá sequelas dessa condição
quanto no vertical, introduzindo a sonda até a crista
Pode estar na fase aguda ou crônica, a maioria das óssea (com o paciente anestesiado), daí teremos a
tratadas é na fase crônica. Pode ser localizada ou extensão da perda vertical
generalizada.
Introduzimos a sonda de onde começa a furca até a
• Sinais semelhantes a gengivite, sinais de um crista óssea, daí medimos
processo inflamatório. Mas tem perda de Sub classe A – quando esse defeito é menor ou igual a
inserção devido ao abalo no periodonto de 3mm. Regeneração favorável
sustentação, com a migração do EJ, as fibras
gengivais rompem e a gengiva acompanha, Sub classe B - quando esse defeito vai tem de 4 a
causando recessão gengival, levando à 6mm. Ainda é favorável de se regenerar (RTG)
exposição da raiz, causando sensibilidade
Sub classe C - quando esse defeito for maior que
dentária devido à exposição da raiz. Quando
6mm. Geralmente terá indicação de exodontia, pois a
removemos o cálculo e o biofilme nós
perda foi muito extensa.
expomos os túbulos dentinários causando
sensibilidade dentinária.
• Migração dentária patológica, ficam
projetados para a região anterior (leque)
• Separação das papilas
• Exsudato purulento
• Halitose
• Perda de inserção > mobilidade
• Lesão de furca: nesse caso existe uma perda
óssea. Dependendo de sua extensão teremos o Peri-implantares
prognostico do dente. Radiograficamente
teremos o esfumaçamento da área de furca, As enfermidades peri-implantares são induzidas pelo
porém a imagem é sugestiva, o diagnostico Biofilme, da mesma forma que nos dentes. Eles
deve ser clínico. A tomografia ajuda a regridem também após controle adequado do Biofilme.
mensurar as dimensões dessa lesão. Vamos
medir horizontalmente, isto é, quanto a sonda
entra no sentido horizontal. Vamos utilizar a
sonda de Nabers, quanto mais profundo a
sonda entrar, mais extensa é a lesão e,
portanto, pior é o prognóstico.
Lesão grau 1 – sentimos a embocadura da furca e a
sonda penetra menos de 1mm. Podemos fazer
raspagem e plastía dentária nessa área.
Radiograficamente não apresenta alterações Mucosite:
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• Ação do Biofilme ou o componente protético • O diagnóstico da peri-implantite requer a


não ficou bem encaixado. detecção de sangramento à sondagem e perda
• Processo inflamatório e infeccioso óssea nas radiografias
• É semelhante a gengivite e é evolutiva. • A estrutura do implante tem um tratamento de
superfície para aumentar a ancoragem do
Diagnóstico: fibras do implante são paralelas ao longo implante no osso criando porosidades
eixo do implante. Com PS, SS, Exsudato, mobilidade e manométricas no titânio, entretanto essa
imagem rradiográfica. superfície abriga bactérias que não podem ser
removidas com curetas.
• Como não tem ligamento periodontal no
implante, a Peri implantite vai evoluir mais
rápido.
• Mucosite demora mais tempo para
desenvolver, mas evolui mais rápido uma vez
já instalada.

Sinais da mucosite com rubor, eritema e sangramento a


sondagem.

A mucosite peri-implante e gengivite compartilham


muitas características. A resposta do hospedeiro à
ameaça bacteriana nos dentes e implantes inclui o
desenvolvimento de sinais clínicos de inflamação e o
estabelecimento de lesões inflamatórias no tecido
conjuntivo da mucosa/gengiva. Como a mucosite peri-
implante representa o evidente precursor da peri-
implantite, como a gengivite é para a periodontite, o
tratamento da mucosite parece ser um pré-requisito
importante para a prevenção da peri-implantite (Lang
et al., 2011).

Peri-Implantite
Carga oclusal:
• Evolução da mucosite.
• Infecção bacteriana ou carga oclusal • Transferência das forças implanto-suportadas
• Infecção bacteriana é uma evolução da ao osso, pois o planejamento do dentista foi
mucosite e terá perda de inserção e recessão inadequado, posição e número de implantes,
gengival, exsudato purulento, halitose e desenho da prótese, trauma oclusal, levando a
mobilidade. perda óssea em torno do implante, devido as
cargas oclusais que geram força na cervical do
dente fazendo com que o osso remodele.
Alexia Bronze

• Desadaptação dos componentes protéticos.

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