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9 - Conceitue disbiose.
Disbiose é o estado alterado da ecologia microbiana na cavidade oral ou trato
gastrointestinal. Condição na qual a estrutura populacional normal do microbioma é
perturbada saindo de seu equilíbrio, seja por fatores ambientais, comportamentais
ou genéticos.
Num microbioma disbiótico, pode-se observar uma alteração na composição e
função da comunidade microbiana residente, normalmente associada ao
supercrescimento de microrganismos com maior potencial patogênico. O
microbioma oral, em particular, constitui um exemplo clássico de microbiota
anfibiôntica. É um dos mais dinâmicos e diversificados microbiomas do organismo
humano devido à grande variedade de nichos ecológicos e superfícies distintas de
colonização presentes na cavidade bucal. A disbiose do microbioma oral pode levar
a doenças orais bastante prevalentes, como a cárie e as doenças periodontais.
.
10-Explique o modelo de disbiose proposto na figura 5.
Na saúde, a maioria das bactérias têm uma relação simbiótica com o hospedeiro
(microorganismos representados em verde), bactérias potencialmente cariogênicas
ou periodontopáticas (em vermelho) foram detectadas em locais saudáveis em
níveis baixos, os quais seriam irrelevantes para a clínica. Já na doença, há um
aumento ou diminuição das bactérias cariogênicas ou periodontopáticas, podendo
haver uma alteração de comportamento da microbiota promovendo um aumento da
biomassa (na gengivite). Para que isso ocorresse, seriam necessárias mudanças
nas condições ambientais locais (fumo, diabetes, antibióticos, diferenças genéticas -
grande pressão ecológica), o que alteraria a competitividade das bactérias dentro do
biofilme e selecionaria as espécies mais adaptadas ao novo ambiente. Os fatores
que conduzem essa seleção precisam ser reconhecidos e tratados para uma
prevenção adequada e consistente da doença.
11 - Sobre a Hipótese Ecológica da Placa responda:
a) A diferença entre ela e a Hipótese da Placa Específica e a da Placa
Inespecífica.
a hipótese ecológica da placa diz que a doença periodontal surge devido à interação
dos fatores ambientais (extrínsecos), microbioma oral e hospedeiro (intrínsecos),
aliado à seleção de bactérias patogênicas. Logo, essa hipótese possui uma linha de
raciocínio multifatorial
A hipótese da placa inespecífica prega que a origem da doença periodontal é a
presença placa subgengival independente das espécies de bactérias que estão no
local, seu tratamento é a raspagem sub-gengival e controle do acúmulo da placa
bacteriana
A hipótese da placa específica acredita que independente da quantidade de placa
subgengival, alguns periodontopatógenos específicos que levarão a formação da
Doença Periodontal, o que fortalece essa hipótese é que na periodontite agressiva a
quantidade de placa subgengival é pequena, porém a progressão é rápida devido á
presença de sua bactéria específica.
No modelo atual (D) que considera a disbiose oral como o fator determinante,
tornando o objetivo do tratamento o restabelecimento da simbiose, aumentando a
presença de bactérias boas através da ingestão de prebióticos e probióticos. Além
disso, recomenda-se a retirada dos fatores de riscos modificáveis como uso de
cigarro e álcool que potencializam a suscetibilidade do indivíduo para a progressão
da periodontite. Outra coisa que pode mudar é na resolução, que na periodontite
está ocorrendo uma inflamação crônica que não vai ser resolvida, mas eu posso
usar resolvinas e lipoxinas. Então nesses casos, os alvos seriam a retirada dos
fatores de risco, o restabelecimento da simbiose e a modificação da resolução.
No modelo atual (D) que considera a disbiose oral como o fator determinante,
tornando o objetivo do tratamento o reestabelecimento da simbiose, aumentando a
presença de bactérias boas através da ingestão de prebióticos (substrato para o
bom funcionamento das bactérias benéficas da microbiota) e probióticos (bactérias
boas). Além disso, recomenda-se a retirada dos fatores de riscos modificáveis como
uso de cigarro e álcool que potencializam a suscetibilidade do indivíduo para a
progressao da periodontite. Outra coisa que pode mudar é na resolução, que na
periodontite está ocorrendo uma inflamação crônica que não vai ser resolvida, mas
pode-se usar resolvinas e lipoxinas. Então nesses casos, os alvos seriam a retirada
dos fatores de risco, o reestabelecimento da simbiose e a modificação da resolução.