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FACULDADE

CURSO DE

ALUNA:

MATRÍCULA:

RESUMO 02 – ARTIGO 3

MARACANAÚ – CEARÁ

2022
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DO BIOFILME DENTÁRIO: UMA REVISÃO DA
LITERATURA1

O trabalho de Menezes, et al. (2020) trata-se de uma revisão de literatura


realizada através da base de dado online: PubMed, Biblioteca Virtual de Saúde
(BVS) e Scientific Electronic Library Online (Scielo). Assim, o objetivo do trabalho foi
à realização de uma revisão crítica da literatura sobre a importância do controle do
biofilme dentário.
O autor através de sua pesquisa, constatou que o biofilme ou placa dentária é
formado por uma massa concentrada e sólida, rica em polissacarídeos não
calcificados e glicoproteínas salivares firmemente aglutinadas às faces dentárias ou
a possíveis superfícies que estejam presentes na cavidade oral, onde na grande
maioria essa placa desenvolve-se sobre a película adquirida, sendo esta o biofilme
que envolve toda a cavidade bucal.
Apresentou dados de uma Pesquisa Nacional de Saúde Bucal realizada em
2010, do qual informa a respeito das situações da saúde bucal da população
brasileira, o taxa com relação às pessoas com problemas no periodonto chega a
37% para a idade de 12 anos, 49,1% para faixa de 15 a 19 anos, 82,2% para adultos
de 35 a 44 anos e 98,2% nos idosos de 65 a 74 anos. Deste modo, é perceptível
que o controle da placa bacteriana é deficitário na população de modo geral.
A respeito do estudo das doenças, esse verificou que as doenças
periodontais são as que mais comprometem o sistema estomatognático, causando
lesões cariosas, apresentando como fator fundamental primário a placa dentária,
abrangido não somente como acumulado de bactérias, mas como um biofilme
bacteriano, desenvolvido especialmente por conta da elevada ingestão de açúcar
combinado com a má higienização bucal.
Dessa forma, compreende-se que a placa bacteriana se junta fixamente às
áreas dentárias, tendo amplas quantidades de microrganismos, por conta da
ausência de higiene bucal apropriada que colaboram para a concepção do biofilme
bacteriano patogênico, desestabilizando a questão da saúde-doença, aglomerando-
se em amplas extensões sobrepujando o limite de resistência do hospedeiro,
abrangendo composições dentárias e tecidos de suporte.
1
MENEZES, Maria Luíza Ferraz Vasconcelos de; et al. A importância do controle do biofilme
dentário: uma revisão da literatura. REAS/EJCH; Vol.Sup.n.55 | e3698 | DOI:
https://doi.org/10.25248/reas.e3698.2020.
Cabe ressaltar que a doença periodontal consiste em uma patologia
inflamatória multifatorial, que tem como fundamental razão a presença do biofilme
patogênico, agregado aos fatores relacionados ao hospedeiro, como condições
ambientais, fumo ou consumo de algumas drogas, natureza relevante para
prevalência e seriedade da doença. Essa doença inclusive se expande porque está
integrada ao incorreto controle do biofilme. Nutrimentos com a frequência de
elevados níveis de carboidratos fermentáveis bem como metabolizados por
microrganismos de biofilme geram ácidos orgânicos que induzem a baixa no PH da
placa bucal o que consegue originar a desmineralização e portanto a lesão cariosa,
isso ocorre já que a placa dental é um biossistema microbiano funcional e seguro e a
cárie dental significa uma patologia biofilme-sacarose condicionada, induzindo a um
dano mineral.
Com relação ao uso do fio dental, este parece ser mais adequado na higiene
das faces interproximais dos dentes, atuando como um acessório da escovação,
sendo relevante sua utilização correta e regularmente para o domínio do biofilme e
cuidado de lesão cariosa interdental e gengivite associada à placa. Para pessoas
com perda de inserção severa e moderada, a utilização da escova interdental é mais
apropriada para higienização das regiões interpróximais, sendo elas em diversos
calibres e ângulos, requerendo a remoção de resíduos especialmente em áreas
mais posteriores.
Por isso a escovação trabalha o biofilme, sobretudo as faces livres,
desordenando colônias bacterianas, e evitando o seu crescimento, visto que, com o
auxílio do fio dental usado de maneira apropriada seja capaz de higienizar as faces
interproximais. Já os enxaguantes bucais são conduções para agentes
antibacterianos interatuando com a placa oral, também desorganizando as bactérias,
do qual alguns têm a disposição de operar dentro de um período maior de tempo.
De modo a impulsionar as formas de limpeza bucal e contribuir com o
paciente no controle de higiene oral indicando, novas concepções de escovas de
dente são feitos e testados para distintos grupos etários, perfis de doença de cada
sujeito, pacientes em necessidades especiais, dentre outros, determinando maneiras
específicas de escovas e como resultado, práticas de escovações individuais.
Os autores também alertaram aos usuários de aparelhos ortodônticos, por
exemplo, é exigido um maior acompanhamento da higiene bucal sendo necessária a
utilização de métodos e ferramentas específicas, como escovas interdentais e a
utilização do fio dental. Essas escovas possibilitam uma melhor remoção da placa
dental, do qual escovas habituais não alcançam, e o fio dental possibilita a
higienização com maior facilidade, por ser parecido com uma agulha, auxilia a
passagem do fio dental pelos bráquetes ortodônticos.
Sobre os demais estudos transversais, foi analisado também os hábitos
alimentares e sua afinidade com a análise clínica das superfícies dentais, e os
outros 2 envolvem escolares considerando sua maneira de higiene oral, assim como
o estudo quase experimental.
Foi possível compreender que muitos trabalhos foram realizados em crianças/
escolares. Isso se justifica pelas lesões cariosas serem uma das doenças mais
prevalentes da infância, causando severas dores, alterações no sono e ansiedade, e
levando a grande procura de recursos de saúde.
A escovação diária através da utilização de escovas dentárias com
dentifrícios fluoretados é um método eficaz no controle do biofilme. Esse método é
um dos mais utilizados e serve como principal forma de controle do biofilme e
consequentemente da cárie e da doença periodontal, porque agem desorganizando
a placa bacteriana impedindo sua proliferação.
O fato é que ainda há pouco conhecimento dos pacientes sobre a importância
e a forma correta de higienização interdental, exigindo por parte dos cirurgiões-
dentistas reeducarem seus pacientes para motiva-los ao uso do fio. As pesquisas
realizadas foram para saber se a utilização do fio dental em anel entre jovens
estudantes de odontologia auxiliaram no controle do biofilme dental e gengivite e fpi
constatado que esse método foi consideravelmente melhor para o controle de placa
que o método tradicional.
Dessa forma, o controle do biofilme torna-se importante no cuidado das
doenças cárie e dos problemas periodontais, que estão em meio aos principais
problemas orais. É de suma importância conscientizar cada paciente e o cirurgião-
dentista de que os procedimentos preventivos são importantíssimos para
preservação da saúde bucal.

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