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FACULDADE DE TECNOLOGIA DO NORDESTE

BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL

ALUNAS:

ANGELENA DA SILVA PINHEIRO

JÚLIA MIKAELE FÉLIX FERNANDES

LAÍRE DE SOUSA LUCIO NUNES

SERVIO SOCIAL – DAMAS – 8º SEMESTRE

TEXTO: O subjetivismo racionalista: a economia de Bentham, Say e Senior.


(Origens sociais das premissas da teoria da utilidade).

TRABALHO APRESENTADO A DISCIPLINA DE ECONOMIA.


PROFESSOR: FRANCISCO GOMES DE ANDRADE.

FORTALEZA – CEARÁ

2019
TEXTO: História do pensamento Econômico.

O objetivo do autor é abordar sobre os economistas que seguem a tradição


da teoria da utilidade em economia e que sempre aceitaram como certo o modo de
produção capitalista.
Deste modo, quando esses economistas avaliavam o mercado, não viam
necessidade alguma de avaliar todo o modo de produção capitalista, do qual ele era
apenas uma parte necessária. Aceitando o capitalismo como natural e eterno,
ficavam muitíssimo impressionados com a melhoria das condições das pessoas,
quando o mercado funcionasse bem, em comparação com sua situação, quando ele
funcionasse mal. Do mesmo modo, achavam que a situação das pessoas era melhor
com a existência de um mercado do que seria sem ele. O mercado era visto, então,
como uma instituição social universalmente benéfica.
Portanto, a acumulação de capital – ou industrialização – exige que se abra
mão de alguns bens de consumo que, de outra forma, seriam produzidos; esse é um
custo social universalmente necessário da industrialização. No capitalismo, no qual
uma pequena classe capitalista detém e controla os meios de produção, isso quer
dizer que os lucros têm de aumentar em relação aos salários (ou, expressando a
mesma coisa de modo diferente, os salários têm de baixar em relação aos lucros), a
fim de que os lucros sejam suficientes para financiar a industrialização. Se a
acumulação de capital não fosse financiada pelos lucros, a classe capitalista
perderia seu controle sobre os meios de produção e o sistema econômico deixaria
de ser um sistema capitalista. Portanto, a industrialização capitalista implica,
necessariamente, acumulação de capital financiada pelos lucros.
Assim, ele começou por afirmar que toda motivação humana, em todas as
épocas e lugares, pode ser reduzida a um único princípio: o desejo de maximizar a
utilidade. Utilidade quer dizer a propriedade de qualquer objeto que tenda a produzir
algum benefício, vantagem, prazer, bem ou felicidade (tudo isso, no caso, equivale à
mesma coisa) ou (o que de novo equivale à mesma coisa) a impedir danos, dor, mal
ou infelicidade à parte cujo interesse esteja sendo considerado Bentham não se
limitava a conceber os seres humanos como maximizadores calculistas do prazer,
vendo-os também como fundamentalmente individualistas.
“No curso geral da vida” – escreveu ele – “em todo coração humano o
interesse próprio predomina sobre todos os outros interesses em conjunto… A
preferência por si mesmo tem lugar em toda parte”. Ele acreditava que as pessoas
também fossem essencialmente preguiçosas.
Assim, durante toda a vida de Bentham, houve uma cisão ou um antagonismo
entre sua atitude inicial de laissez-faire1 e sua posterior atitude reformista. Essa
mesma cisão deveria refletir-se, mais tarde, na tradição neoclássica, que foi
construída com base na filosofia utilitarista de Bentham.
Rejeitando a noção de que o trabalho era a fonte do valor e insistindo em que
só a utilidade criava valor, Say não só se desviou visivelmente das ideias de Smith e
de Ricardo, como também inseriu a orientação da utilidade no contexto de uma
abordagem metodológica e de uma filosofia social, que mostram ser ele, juntamente
com Nassau Senior, os mais importantes precursores da tradição neoclássica que
veio a dominar a economia em fins do século XI X e no século XX.
Nos escritos de Smith e Ricardo, está claro que as rendas do trabalho são
fundamentalmente diferentes das rendas baseadas na propriedade dos meios de
produção. Reconhecendo a fonte dessa diferença, eles foram levados a concluir que
o conflito de classes caracterizava o capitalismo. Vimos, porém, que, quando eles
retornaram à abordagem da troca ou da utilidade da teoria econômica, foram
levados a concluir que o capitalismo de livre-mercado era, intrinsecamente, um
sistema de harmonia social.
As ideias de Say estavam baseadas na aceitação irrestrita das relações de
propriedade capitalista. Ele afirmou que a propriedade era “sagrada e indisputável” e
que a questão de “se o verdadeiro dono… ou a pessoa que tivesse a propriedade a
conseguira por ocupação anterior, pela violência ou pela fraude não fazia diferença
alguma, em termos de produção e distribuição de seu produto ou renda”.
Senior argumentava que a ira, a arrogância e o fanatismo dos pobres, se não
fossem contidos, acabariam levando a uma situação na qual a “renda, os dízimos,
os lucros e o capital seriam totalmente consumidos e a pobreza levaria ao que
poderia ser chamado de seus “efeitos naturais” – pois eram os efeitos que, se não
fossem contidos, seriam obrigatoriamente produzidos por ela –: a fome, a peste e a
guerra civil”.
1
Laissez-faire é expressão escrita em francês que simboliza o liberalismo econômico, na versão mais
pura de capitalismo de que o mercado deve funcionar livremente, sem interferência, taxas
nem subsídios, apenas com regulamentos suficientes para proteger os direitos de propriedade. Esta
filosofia tem início nos Estados Unidos e nos países da Europa durante o final do século XIX até o
início do século XX. (GASPARD, 2004)
Após ter proposto sua abordagem metodológica, Senior listou quatro
proposições gerais, que considerava verdades autoevidentes, com base na
experiência comum e na introspecção. Escreveu o seguinte: Já dissemos que os
fatos gerais em que se baseia a Economia Política compreendem umas poucas
proposições gerais, que são o resultado da observação ou da consciência.
As proposições a que aludimos são estas: 1. Todo homem deseja conseguir
mais riqueza com o mínimo sacrifício possível. 2. A população do mundo… é
limitada apenas pelo mau moral ou físico ou pelo medo de uma falta dos artigos que
os hábitos dos indivíduos de cada classe de seus habitantes os levam a querer. 3.
Os poderes do trabalho e dos outros instrumentos que produzem riqueza podem ser
indefinidamente aumentados se seus produtos forem usados como meios de
produzir mais. 4. Mantendo-se a capacidade agrícola, um trabalho adicional na terra
de determinado distrito produz, em geral, um retorno menos do que proporcional; em
outras palavras, embora a cada aumento de trabalho o retorno agregado aumente
este aumento não é proporcional ao aumento do trabalho.
Foi com base nestas quatro proposições supostamente despidas de valores,
que Senior achava óbvias e cientificamente válidas, que ele tentou construir a
ciência da Política Econômica. Examinaremos o tratamento que deu a cada uma das
quatro proposições, não só para entendermos o que ele via como implicações
dessas premissas, como também para ver até que ponto suas conclusões,
baseadas nesses princípios, estavam realmente livres de considerações morais.

Considerações:
Durante toda nossa vida realizamos escolhas, adotamos decisões sobre
determinados assuntos. e as mensagens são inteiradas em consenso com as que
são benéficas, que convêm para determinada ocorrência durante um momento
específico, e é por isso que descrevemos que há uma afinidade entre estes
conceitos. Analisando a utilidade como característica de qualquer objeto que tende a
determinar algum amparo, proveito, gozo, bem ou felicidade ou a prevenir estragos,
aflição, mal ou infelicidade, considera-se importante observar que nem todas as
nossas aspirações podem ser consentidas, os desejos são intermináveis e os
recursos que temos são números insuficientes, tal insuficiência força-nos a fazer
uma escolha a partir da escolha de opções e de ensejos plausíveis.
A utilidade significa um contentamento ou prazer que os consumidores
extraem do consumo de certo bem, apesar de que seja complicado de quantificar e
avaliar, é apropriado de realizar face às escolhas de aquisição de ações como as
alternativas de compra de ações e de pagar os seus lucros e os preços dos bens e,
deste modo, esclarecer como através da curva da procura, tal é provável porque,
apesar de não poder quantificar um proveito, é classificar os bens para a ordem
de preferência, a utilidade é de pagar a todos os consumistas, e esta pode
ser avaliada de duas formas: a utilidade total e a utilidade marginal.

REFERÊNCIAS

GASPARD, Toufick (2004). Uma economia política do Líbano 1948 – 2002: os


limites do laissez-faire. Boston: Brill.

HUNT, E. K. História do pensamento Econômico. Rio de Janeiro: Editora


CAMPOS. 1987.

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