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São Paulo, SP
2023
INTRODUÇÂO
CONTEXTO HISTÓRICO
O Período no qual Adam Smith viveu foi de grandes mudanças na Europa como a
revolução industrial, que influenciou muito em seu pensamento e na publicação de
suas obras. Outro fator importante na formação acadêmica e intelectual foi seu
contato com os fisiocratas, entre eles François Quesnay e Jacques Turgot, assim
como pensadores do Iluminismo, como John Locke e François Voltaire.
Mudanças estruturais na Europa durante os séculos, tais quais o aumento
populacional, a expansão do mercado com as grandes navegações, o aumento
contínuo de poder dos capitalistas, os cercamentos na Inglaterra, o sistema de
produção doméstico entre outros foram responsáveis por uma continua mudança
das classes dominantes na direção do capitalismo, e na forma mais eficiente de
obter-se lucro. A Revolução Industrial levou a uma mudança na forma como as
pessoas trabalhavam e produziam bens. A produção em grande escala e a
especialização da mão de obra foram algumas das principais características desse
período.
Além disso na França, que havia cedido menos do que os outros países aos
interesses e políticas mercantilistas, e que tinha uma grande dependência na
agricultura, um grupo dos fisiocratas surgiu. Os fisiocratas afirmavam que eram
necessárias reformas para a sobrevivência do sistema tradicional, e defendiam que
a riqueza da França estava no trabalho agrícola.
CÍRCULO SOCIAL
Uma das primeiras influências de Smith foi seu professor Francis Hutcheson da
Universidade de Glasgow, que o ensinou temas que seriam abordados em “A
Teoria dos Sentimentos Morais’’ como ética e moral, porém diferente de
Hutcheson, Smith fundamenta sua explicação no conceito de empatia e simpatia.
Durante sua vida, seu contato com pensadores iluministas, como John Locke e seu
grande amigo David Hume, os quais influíram Smith com conceitos como
liberdade individual e propriedade privada. Esta é a influência de Locke. Já Hume
fará com que Smith em seu primeiro livro abrace a ideia de que a moral vem dos
sentimentos, não pela razão. Hume acreditava que o conhecimento humano vinha
das experiencias. E a experiencia pode ser enganosa. Ambos não usavam a razão
como foco principal de seus textos, nesse ponto, percebe-se a mesma ideologia
que eles compartilhavam.
Adam Smith também teve muito contato com os fisiocratas em sua viagem à
França em 1764, principalmente François Quesnay, ele dizia que o estado não
devia intervir na economia, o laissez faire, já que era impossível alterar a ordem
natural da sociedade com leis e regulamentos governamentais. Smith concordara
em partes, dizendo que o estado deve intervir de formar moderada na economia.
TEORIAS E IDEIAS
Mão invisível - OK
Garantia da propriedade privada
Empregados livres para negociar contratos de trabalho
Natureza econômica - OK
Divisão do trabalho - OK
Estado apenas para manter a segurança pública - OK
Teoria do valor – OK
Teoria dos preços - OK
Teoria do Valor
Divisão do trabalho
Smith acredita em uma forma mais eficiente de trabalho por meio de funções específicas para
cada funcionário. Em “A Riqueza das Nações”, explica de forma muita clara e prática com
uma fábrica de alfinetes:
” Um operário desenrola o arame, um outro o endireita, um terceiro o corta, um quarto faz
as pontas, um quinto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete; para fazer uma
cabeça de alfinete requerem-se 3 ou 4 operações diferentes; montar a cabeça já é uma atividade
diferente, e alvejar os alfinetes é outra; a própria embalagem dos alfinetes também constitui uma
atividade independente. Assim, a importante atividade de fabricar um alfinete está dividida em
aproximadamente 18 operações distintas (...)”
Ele mostra que se um empregado fizer todas as funções de uma fábrica, uma por
uma, ele certamente demoraria muito mais do que vários funcionários, um para
cada função.
Natureza Econômica
“Todo indivíduo necessariamente trabalha no sentido de fazer com que o rendimento anual da
sociedade seja o maior possível. Na verdade, ele geralmente não tem intenção de promover o
interesse público, nem sabe o quanto o promove. Ao preferir dar sustento mais à atividade
doméstica que à exterior, ele tem em vista apenas sua própria segurança; e, ao dirigir essa
atividade de maneira que sua produção seja de maior valor possível, ele tem em vista apenas seu
próprio lucro, e neste caso, como em muitos outros, ele é guiado por uma mão invisível a
promover um fim que não fazia parte de sua intenção. E o fato de este fim não fazer parte de sua
intenção nem sempre é o pior para a sociedade. Ao buscar seu próprio interesse, frequentemente
ele promove o da sociedade de maneira mais eficiente do que quando realmente tem a intenção de
promovê-lo.”
Smith com esta frase quis dizer que a economia se move pelo interesse privado dos
indivíduos. Nenhum trabalhador acorda as 6 horas da manhã porque adora o que o faz ou pelo
bem social, mas sim por uma questão de sobrevivência. No fim ele de fato ajuda a sociedade
mesmo não sendo essa sua intenção.
Governo Limitado
‘’Com plena segurança achamos que a liberdade de comércio, sem que seja necessária nenhuma atenção especial
por parte do Governo, sempre nos garantirá o vinho de que temos necessidade; com a mesma segurança
podemos estar certos de que o livre comércio sempre nos assegurará o ouro e prata que tivermos condições de
comprar ou empregar, seja para fazer circular as nossas mercadorias, seja para outras finalidades.’’
Dizia Adam sobre a pouca intervenção do estado na economia. O governo não deve dar
nenhuma atenção especial a demanda necessária de certas mercadorias, graças ao livre
comércio, se houver como comprar os produtos não importa como irão usá-los, mas que irão.
PRINCIPAIS OBRAS
Devido ao sucesso de suas obras Smith ficou extremamente conhecido, e com sua fama,
futuramente haveria críticas a suas obras. Hoje em dia há economistas que defendem suas
ideias assim como há quem discorde e aponte contradições em suas obras.
‘’Smith é conhecido como o ‘pai do capitalismo’, porém há algumas afirmações em suas
obras que quase soam como Marx’’. É o que disse a professora de estudos sociais da
faculdade de Harvard. Glory Liu.
"Há trechos de A Riqueza das Nações em que Adam Smith fala sobre sociedades nas quais a divisão do trabalho
cresceu e se tornou altamente especializada, a ponto de os trabalhadores fazerem a mesma coisa repetidamente -
ele diz que isso tende a degradar a mente e o corpo (...) Que você perde sua humanidade no excesso de trabalho."
Sua avaliação era de que, se "removidos os obstáculos do caminho" para que todos
conseguissem barganhar como quisessem, essas pessoas afetadas pelo sistema "estariam
muito melhor", observa o pesquisador.
"Adam Smith é um personagem complexo, e acho que alguns poderiam dizer que 'ele realmente era um
socialista', à medida em que falava com frequência sobre os trabalhadores pobres e sobre como o sistema os
tratava mal. Estava preocupado com eles. Mas, ao mesmo tempo, ele acreditava que a melhor maneira de os
ajudar, de melhorar suas condições, era por meio do livre mercado. Smith não deveria ser visto como alguém que
acreditava no livre mercado porque ajudava os ricos, ele acreditava no livre mercado porque ajudava os pobres."
Estas, se não contradições, mas, falta de esclarecimento nesses certos pontos de seus textos
desenvolvem-se em críticas plausíveis a debates.
Ele também é ponderado na contradição que “A Riqueza das Nações” refuta os preceitos de
seu livro posterior “A Teoria dos Sentimentos Morais”. Ao ganhar maturidade percebeu a não
necessidade de escrever aquilo que concordara, mas sim, aquilo que via. Sendo o intervalo de
publicação entre os 2 livros são 17 anos, Smith um filósofo iluminista com conceitos de
moralidade bem alta, soube apenas dividir sua ideologia do que escrevia em seu último
trabalho. Ficando a par de críticas.
A liberdade de negociação entre patrão e empregado também é outro ponto polêmico, já que,
na prática, o lado do empregado tem uma relevância muito inferior do que a proposta de quem
está contratando a mão-de-obra. Se um servente de pedreiro, por exemplo, propõe certo valor
ao dia de trabalho, é provável que o contratante faça uma proposta de pagamento inferior e
que, caso o servente não aceite, o contratante pode encontrar outra pessoa que se submeta a
trabalhar o mesmo tempo por um pagamento inferior.
LEGADO
O legado que ele deixara para o mundo num todo seria enorme. Suas teorias contribuíram
para áreas como: Crescimento econômico, ética, educação, divisão do trabalho, livre
concorrência, evolução social e muitas outras.
Influenciou diversos economistas, por exemplo: David Ricardo, John Maynard Keynes,
Friedrich Hayek, Thomas Malthus, Milton Friedman e mais uma geração de economistas
modernos.
Há raciocínios que dizem que sua teoria sobre economia causa impacto em todos os modelos
econômicos existentes.
CONCLUSÃO
Adam Smith, um autor completo, complexo e genial. Seus 2 livros são didáticos ala sua
maneira e fazem você compreender o sistema capitalista e mercantil de uma forma
completamente realista. Hoje em dia entender esse pensamento liberal é de extrema
importância para se argumentar de forma decente e embasada com pessoas que entendem e
pessoas que acham que entendem esta belíssima obra.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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