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INTRODUÇÃO
Esse trabalho tem como a exteriorização e análise das ideias dos pensadores
econômicos liberais da economia clássica e das teorias intervencionistas dos
contribuidores heterodoxos, que passam do período da revolução industrial até as eras
da depressão de 1929. Devido a cronologia e o objeto de estudo, deve-se ao fato de,
tanto os teóricos liberais, como os intervencionistas, serem contemporâneos de suas
contribuidores.
Na teoria escrita por Adam Smith Riqueza das Nações de 1776, deixa
transparecer a mão invisível ao afirmar (Smith, 1996) que não é da afeição do
açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que confiamos nosso jantar, mas é por meio da
consideração que eles têm pelo seu próprio negócio, ou seja, o interesse dos capitalistas
que regulam a economia e cobre as necessidade de cada agente econômico e da
sociedade deixando claro a não intervenção do Estado, na concepção Karl Marx,
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Aluno cursando o 5º período de Ciências Econômicas da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR).
conteúdo, assim como sua forma e meio de realização, é dado pelas
condições sociais independentes de todos.” (Marx, 1973, p. 156).
A lei da Say traz uma lógica de igualdade da demanda e da oferta, sendo que a
demanda efetiva, oferta e demanda agregada, e fatores de produção estão integradas pari
passu, de forma que também à moeda dentro desta lógica de engrenagem para ele seria
neutra.
“Nos lugares que produzem muito, cria-se a única substância com a qual se
pode comprar: refiro-me ao valor. O dinheiro representa apenas um ofício
passageiro nessa troca dupla; e, terminadas as trocas, verifica-se sempre:
produtos foram pagos com produtos. (...) Os produtos criados fazem nascer
demandas diversas”. (Say, 1803, p. 139 e 142).
Sendo essa a maior expressão da lei de Say onde que a oferta de produtos faz
criar suas demandas; em Adam Smith se encontra o fator da moeda, de forma que “A
grande roda da circulação é totalmente diferente dos bens que por meio dela circulam. A
renda da sociedade consiste integralmente nesses bens, e não na roda que os faz
circular” (Smith, 1996, II, 2: 298). Demostra de maneira fecunda que os bens que detêm
o valor, ou em outras palavras, são eles que criam a riqueza da sociedade e não a moeda
circulante. Ainda segundo Adam Smith,
“A riqueza não consiste no dinheiro, nem em ouro e prata, mas naquilo que o
dinheiro compra (...). Sem dúvida o dinheiro sempre constitui uma parte do
capital nacional; mas já se demonstrou que ele costuma representar apenas
uma parte pequena, e sempre a parte menos rentável do capital” (Smith,
1996, IV, 1: 422).
A riqueza assim determinada segundo Smith (1996) nas relações que os bens
nem sempre atraiam o dinheiro em passo acelerado enquanto o dinheiro alicia os bens,
no longo prazo eles o atraem mais essencialmente do que ele os alicia. Os bens podem
convir a muitos outros desígnios além de comprar dinheiro, mas o dinheiro não convém
a outro propósito além de adquirir bens. O dinheiro, então, essencialmente corre atrás
dos bens, mas os bens nem sempre ou essencialmente correm atrás do dinheiro. A teoria
de Smith aponta a grandeza da riqueza dos bens em consonância com o grande aparato
de circulação moeda. David Ricardo apresenta suas perspectivas a respeito da moeda e
circulação dando um exemplo:
“Se fossem dadas 10 mil libras a um indivíduo que já possuísse 100 mil
anuais, ele não as guardaria num cofre; aumentaria seus gastos em 10 mil
libras, empregaria essa soma produtivamente ou a emprestaria a outra pessoa
para o mesmo fim. Em qualquer dos casos, a demanda aumentaria, embora
por razões diferentes”. (Ricardo, 1996, p.210)