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INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Caraterize a Lei dos Rendimentos Decrescentes e apresente um exemplo


ilustrativo.
Pág. 54
A Lei dos Rendimentos Decrescentes foi apresentada no séc. XVIII pelo
economista Thomas Malthus.
A base desta lei assenta nos recursos de produção, ou seja, quando se regista
o aumento de um ou mais recursos variáveis e outro se mantêm fixo, geram
aumentos de produção sucessivamente menores.
Malthus defendia que o facto de a terra ser fixa, o que gerava a aplicação da
Lei dos Rendimentos Decrescentes na produção agrícola, iria ter como
consequência que a produção de alimentos, nomeadamente o cultivo de trigo,
não iria acompanhar o aumento da população, prevendo fome e miséria
planetárias. Assim, o crescimento da produção agrícola, muito inferior ao das
necessidades alimentares, seria o grande travão ao progresso, criando um
mundo com multidões crescentes de famintos.
Esta lei vem lembrar que os benefícios Smithiamos estão limitados pela
escassez de recursos e serve para temperar o entusiasmo proveniente do
sistema económico.

Distinga adequadamente as diferentes estruturas de mercado.


Pág. 155 a 182
As estruturas de mercado são: a concorrência perfeita, o Monopólio, a
concorrência Monopolista e o Oligopólio.
A Concorrência perfeita é um mercado composto por infinitos vendedores e
compradores que não têm importância suficiente para determinar o preço de
mercado. Além deste aspeto caracteriza-se pela existência de um produto
homogéneo, mobilidade de empresas e compradores, transparência de
mercado (informação perfeita), mobilidade de bens e pelo facto dos fatores de
produção serem atomizados;
• Monopólio caracteriza-se fundamentalmente pela existência de um único
produtor do bem ou serviço, inexistência de produtos substitutos próximos e
pela existência de barreiras à entrada de empresas concorrentes;
• Concorrência monopolística caracteriza-se por um elevado número de
empresas que produzem um bem ou serviço, livre entrada e saída de
empresas, cada empresa produz um produto diferenciado (mas com substitutos
próximos) o que lhe garante um certo poder sobre os preços;
• Oligopólio caracteriza-se pela existência de um número reduzido de
produtores e pela existência de barreiras à entrada de empresas concorrentes.
No quadro do modelo keynesiano, explique o funcionamento do
multiplicador. Apresente um exemplo ilustrativo.
Pág.324 a 327

O modelo de Keynes vem contradizer o que o equilíbrio geral defendia. Para


Keynes os agentes são irracionais e os mercados não equilibram, pelo menos
a curto prazo, é necessária uma intervenção externa ao mercado para que isso
aconteça.
O efeito multiplicador tornará um ciclo vicioso num ciclo virtuoso, segundo
Keynes, quando a procura desce, as empresas não vendem, despedem
trabalhadores, conduzindo à descida do rendimento e à redução do consumo.
Com o multiplicador de Keynes, através de despesa pública, a procura
aumenta e permite inverter este ciclo vicioso, presente em situações de
recessão, e convertê-lo num ciclo virtuoso. Não interessa onde gastar o
dinheiro, nem que seja para simplesmente abrir e tapar buracos, vai tornar o
ciclo virtuoso, pois com dinheiro a procura vai aumentar, logo as empresas têm
de produzir para dar resposta à procura, contratam trabalhadores, estes vão
ganhar dinheiro, o desemprego reduz, há mais poder de compra e a procura
aumenta ciclicamente.
Este mecanismo multiplicador supre a necessidade em que a economia se
encontra, falta de procura.

Caracterize a lei dos Custos Relativos Crescentes e apresente um


exemplo ilustrativo.
Pág. 52
A lei dos Custos Relativos Crescentes indica-nos que não é possível aumentar
a produção de um bem sem reduzir a produção de outro. Como exemplo disso
poderemos destacar a produção de pães e livros. Esgotando todos os recursos
com a produção de pão e livros encontraremos os máximos de produção que
serão representados através da fronteira de possibilidades de produção. Desta
forma, não será possível produzir mais livros se não se sacrificar a produção de
pão visto os recursos estarem a ser utilizados ao máximo. Graficamente
representa-se através de uma curva, de forma côncava, à medida que se
sacrifica pão para se obterem livros (descendo ao longo da curva), cada livro
custa sucessivamente mais pão. Aqui o pão representa o custo de
oportunidade que é aquilo que deixamos de obter para podermos ter mais
livros.

Distinga deslocamentos ao longo da curva da procura de deslocamentos


da curva da procura. Apresente um exemplo ilustrativo, apoiado por uma
representação gráfica.
Pág.74
Para traçar a curva da procura, é necessário que todos os fatores(rendimento,
gostos, dimensão, preço e disponibilidade de outros bens, entre outros), para
além do preço, se mantenham constantes (hipótese coeteris paribus). Temos
um deslocamento ao longo da curva da procura(D1), quando o preço varia de
P1 para P2, isto é, o preço desce e a procura do bem varia de Q1 para Q2.
Quando qualquer um dos outros fatores sofre alteração, como por exemplo
gostos ou rendimentos verifica-se o deslocamento da curva da procura de D1
para D2. O consumidor com mais dinheiro ou gostando mais do bem, está
disposto a comprar mais quantidade (Q2), pelo mesmo preço(P1).

No contexto da política monetária, caraterize os instrumentos utilizados para


alterar a base monetária.
Pág. 197
Para além de ter o monopólio da emissão de moeda, o Estado é responsável
pelo controle do sistema, através do que é chamado a política monetária. Os
métodos de intervenção dessa política estão a cargo do Banco Central. O BC
pode lançar ou retirar a moeda controlando a base monetária através de títulos
(obrigações do Estado) efetuadas através do mercado aberto(open market).
Outro instrumento é a taxa de redesconto que consiste em induzir os bancos a
pedirem dinheiro para o emprestarem e aumentarem os seus lucros caso a
taxa seja baixa por determinação do BC, emitindo assim moeda. Influenciar as
reservas dos bancos é outra das formas usada pelo BC para poder fixar a taxa
de reserva legal. A taxa subindo os bancos têm de imobilizar mais dinheiro não
podendo emprestar, consequentemente reduz o montante de moeda do País.
O BC pode ainda por regulação direta mandar nos bancos, definindo assim
quanto poderão conceder de crédito.

Defina os vários tipos de desemprego.


Sempre que se fala em desemprego pressupõem-se que se trata de alguém
que quer trabalhar e não pode, pois não encontra emprego.
Existem três tipos de desemprego: o voluntário, friccional e involuntário. O
voluntário composto por pessoas que não querem trabalhar, não encontram
emprego cuja remuneração justifique que o façam. O subsídio de desemprego
contribui para isso pois permite que as pessoas estejam a ser remuneradas
sem trabalhar, podendo esperar por algo que lhes agrade. Este é um dos
motivos do aumento do desemprego voluntário. O desemprego friccional é
causado pelas dificuldades de equilíbrio do mercado. Existem pessoas que
querem trabalhar, existe emprego para elas no entanto ainda não o
encontraram por imperfeições no mecanismo de ajustamento do mercado de
trabalho. O desemprego involuntário corresponde à visão popular do
desemprego, as pessoas querem trabalhar mas não existem postos de
trabalho.
Caracterize e exemplifique uma situação que possa ser considerada
«ótimo de Pareto».
Pág. 161
Ótimo de Pareto é uma situação onde se consegue a melhoria de uma
determinada situação em detrimento de outra. Na prática melhorar a nossa
situação resulta com o piorar da situação de outro. Não é possível melhorar em
qualquer dimensão, sem piorar noutra.
Exemplo: Um jovem recebe de mesada 30€/mês e utiliza-o da seguinte forma:
15€ em gastos com lazer e outros 15€ em cultura. Se resolver gastar 20€ em
lazer, passa a só ter 10 para cultura. Melhorou o seu gasto em lazer em
detrimento do gasto com cultura.

Defina curva de indiferença e explique o seu formato.


Curva de indiferença é uma curva traçada num gráfico cujos dois eixos se
referem a quantidades consumidas de bens diferentes. Cada ponto nesta curva
(indicativo de diferentes combinações dos dois bens) traduz exatamente o
mesmo nível de satisfação para um determinado consumidor. A curva de
indiferença é decrescente e concava para a origem de modo a representar que
à medida que se vão tirando mais unidades de um bem Y, cada vez são
necessárias mais unidades do bem X para compensar a satisfação do
consumidor.

O conceito “fronteira de possibilidades de produção” é bastante


conhecido na Teoria Económica. Defina o conceito referido anteriormente
e ilustre com um exemplo elucidativo. Fronteira de possibilidades de
produção é uma curva que mostra as combinações máximas possíveis de dois
bens que podem ser produzidos eficientemente, dado um certo montante de
recursos disponíveis. A curva da fronteira de possibilidades de produção é
concava.

Caraterize o chamado “Ciclo Vicioso da Pobreza” e assinale a principal


crítica apontada aos programas de combate à pobreza baseados na
distribuição de transferências diretas.
Pág. 231
A pobreza é um fenómeno que faz parte da realidade de muitos países,
nomeadamente, dos países designados por subdesenvolvidos. Estes países
sofrem de um síndrome designado na literatura económica por círculo vicioso
da pobreza. As várias causas de um certo tipo de pobreza tendem a agir e
reagir entre si, criando uma interação de motivações que constituem uma
verdadeira armadilha de pobreza. Os baixos rendimentos que usufruem é
dedicado quase na totalidade para o consumo não podendo existir poupança.
As forças que caraterizam o circulo vicioso atuam em três dimensões, a
económica, a política e a social.
A distribuição de transferências diretas foi o grande falhanço nas estratégias
contra a pobreza, uma vez que essa política se dirige mais para as
manifestações do que para as causas da situação.

No contexto da Teoria dos Jogos, caraterize o chamado “Equilíbrio de


Nash”.
Pág. 173
O equilíbrio de Nash ou equilíbrio não cooperativo enquadra-se na Teoria dos
Jogos, ocorre quando cada empresa, dada a estratégia da outra, não pode
fazer melhor. O equilibro de Nash corresponde a uma combinação de
estratégias em que a estratégia de cada jogador é a melhor possível para ele
próprio, tendo em consideração a estratégia escolhida pelo outro jogador.
Nesse contexto, o resultado do jogo agrada a ambos pelo que nenhum tem
incentivo para alterar a estratégia que seguiu.
Existe um equilíbrio cooperativo onde ambas as empresas obtêm melhores
resultados do que no equilíbrio de Nash, mas esse equilíbrio viola os princípios
da concorrência.

No contexto da Teoria dos Jogos, caraterize o chamado “Dilema do


Prisioneiro”.
Pág. 174
O dilema do prisioneiro é um famoso problema da teoria dos jogos, que retrata
uma situação em que dois criminosos são presos por cometerem um crime, a
polícia tem evidências para mantê-los presos por um ano, porém não para
condená-los, os presos são colocados em celas separadas, para que não haja
acordos prévios. O dilema do prisioneiro é um jogo não cooperativo, mas
poderia ser modelado como cooperativo se fosse permitido que os dois
criminosos não somente se comunicassem como também fizessem
compromissos obrigatórios. As decisões são simultâneas e um não sabe nada
sobre a decisão do outro. O dilema do prisioneiro mostra que, em cada
decisão, o prisioneiro pode satisfazer o seu próprio interesse, não confessar,
ou atender ao interesse do grupo, confessar. Para qualquer um dos
prisioneiros, o melhor resultado possível é não confessar e seu parceiro ficar
calado. E até mesmo se seu parceiro trair, o prisioneiro ainda lucra por não
cooperar também, já que ficando em silêncio terá três anos de cadeia,
enquanto, confessando, só terá dois. Em outras palavras, seja qual for à opção
do parceiro, o prisioneiro sai-se melhor traindo. O único problema é que ambos
chegarão a essa conclusão: a escolha racional é trair. Essa lógica vai, desta
forma, proporcionar a ambos dois anos de cadeia. Se os dois confessassem,
haveria um ganho maior para todos, mas a otimização dos resultados não é o
que acontece.

No âmbito da teoria do consumidor, identifique as condições necessárias


para ocorrer a situação de equilíbrio do consumidor (escolha ótima).
O problema do consumidor traduz-se na existência de recursos escassos, com
usos alternativos, os quais têm custos diferentes e proporcionam utilidades
diferentes. A regra de ouro da decisão do consumidor é a seguinte: a utilidade
marginal do último euro gasto em cada bem deve ser igual em todos os bens.
Por isso, determina o valor não é a utilidade total, mas a utilidade da última
unidade consumida. Esquematicamente, o equilíbrio do consumidor ocorre no
ponto de tangência entre a curva de indiferença que traduz maior utilidade e a
recta da restrição orçamental.

Esclareça o tipo de informação que pode ser obtido a partir das curvas de
Engel e apresente a relação das mesmas com as curvas consumo-
rendimento.
Pág. 124
A curva de Engel relaciona diretamente o consumo ótimo de cada bem com o
nível de rendimento que o gera. Assim, se for anotado cada ponto da curva
consumo-rendimento e os correspondentes valores de consumo para cada um
dos dois bens, é possível construir as curvas de Engel para cada um dos bens,
A curva Consumo-Rendimento corresponde ao lugar geométrico dos pontos de
consumo ótimo de dois bens, para certos níveis de preços e vários valores de
rendimento.

Comente a seguinte afirmação: «O ponto de equilíbrio de mercado, apesar


de sinalizar uma situação de satisfação para os produtores e
consumidores, não representa qualquer compromisso em termos
valorativos ou morais».
Página 81
Pelo facto de os consumidores ou produtores estarem satisfeitos não quer dizer
que esse ponto seja bom, recomendável ou justo. Imaginemos uma catástrofe,
a procura ou a oferta vai sofrer alterações e os mercados tendem a equilibrar-
se e a encontrar um ponto de equilíbrio, no entanto existe fome e miséria. O
ponto de equilíbrio neste caso não implica satisfação social.

Apresente as principais responsabilidades económicas do Estado, nas


economias modernas.
Pág.315
As três principais responsabilidades do Estado consistem em promover a
eficiência, a equidade e a estabilidade. Existem muitas situações em que a
intervenção do Estado a favor da equidade e da estabilidade promove a
eficiência e o desenvolvimento. Em todos estes esforços, o Estado trabalha
com o mercado, não contra ele. A harmonia entre a ação do Estado e o
funcionamento da sociedade, no mercado, é um dos elementos mais
importantes de um sistema equilibrado.

No âmbito da Teoria do Consumidor, caraterize os chamados “Paradoxo


de Giffen” e “Efeito de King”.
Pág.128 a 130
Paradoxo de Giffen:
Há bens cujo consumo sobe quando o preço aumenta, o que constitui uma
violação da lei da procura negativamente inclinada, podendo atingir bens de
luxo ou produtos essenciais. A explicação resulta dos efeitos substituição
(consumidor desloca-se ao longo da curva de indiferença para um ponto em
que o consumo é menor) e rendimento (consumidor desloca-se para uma curva
de indiferença inferior). O efeito rendimento contraria o efeito substituição e, em
casos mais raros, até o pode dominar. Portanto, o efeito rendimento é não só
inverso do efeito substituição, mas de tal forma poderoso que o anula,
causando um aumento da quantidade procurada.
Efeito de King:
Em anos de boas colheitas, o rendimento dos agricultores sai prejudicado.
Esta situação deve ser analisada à luz do conceito de elasticidade, através da
sensibilidade da receita a variações do preço (elasticidade preço da
procura).Este efeito depende, em grande medida, da distinção entre bens de
necessidade e bens supérfluos; da existência de substitutos; do peso do bem
no orçamento do consumidor; e do tempo de receção.

Explique de forma sucinta, a situação de equilíbrio no caso de existirem


imperfeições de mercado do tipo monopólio.
Pág.166 a 169
O Mercado do tipo Monopólio é caracterizado pela existência de um único
produtor, que apenas domina o lado da oferta, não dispondo de capacidade do
lado da procura. A curva da oferta do monopolista corresponde à curva de
oferta do mercado. O ganho resultante da venda de uma unidade adicional não
é equivalente ao preço, pois ao variar a quantidade oferecida existe uma
alteração no preço. Esse ganho corresponde à receita marginal.
A condição de equilíbrio é custo marginal = receita marginal.
A situação de monopólio é ineficiente. Por definição, do lado do consumidor, o
preço iguala a utilidade marginal, e como o preço é maior do que a receita
marginal (a qual, em equilíbrio, é igual ao custo marginal), então, em equilíbrio,
a utilidade marginal que a sociedade obtém é superior ao respetivo custo
marginal.

Descreva a lei de Say e compare-a com a Lei de Walras.


A lei de Say postula que a oferta cria a sua própria procura, não havendo
preocupação com o mercado agregado. Os desequilíbrios situam-se ao nível
individual.
A lei de Walras afirma que, numa economia, a soma de todas as ofertas é
sempre igual, em valor, à soma de todas as procuras, incluindo a moeda.
Portanto, quando há desequilíbrio no mercado da moeda, existe um
desequilibro de sinal contrário no mercado de bens agregados.

No quadro da teoria keynesiana, descreva o resultado de um aumento dos


gastos públicos, numa economia fechada ao exterior. No caso de uma
economia aberta ao exterior, qual seria a diferença.
A situação reflete a influência do chamado «multiplicador» e decorre do efeito
virtuoso do aumento dos gastos públicos sobre o produto, em que esse
aumento dos gastos conduz a um aumento de rendimento equivalente e
desencadeia maiores aumentos futuros, devidos ao consumo. O impacto no
produto é equivalente à variação dos gastos sobre o complementar da
propensão marginal a consumir. Segundo Keynes, quando a procura desce, as
empresas não vendem, despedem trabalhadores, conduzindo à descida do
rendimento e à redução do consumo. O aumento da procura, neste caso
através de despesa pública, permite inverter este ciclo vicioso, presente em
situações de recessão, e convertê-lo num ciclo virtuoso. No caso de economias
abertas, o efeito do multiplicador é condicionado pelas importações, uma vez
que uma parcela desse efeito passa a ser dirigida para o exterior.
No contexto da política comercial, caraterize os principais instrumentos
de proteção do mercado nacional face à concorrência externa.
O protecionismo contraria o comércio livre e elimina os ganhos com ele
obtidos. Ganham os produtores, mas não se corrigem as ineficiências, e os
consumidores acabam por pagar mais. No entanto, é praticado e defendido. Os
principais instrumentos da política comercial são os seguintes: Tarifas:
impostos sobre o preço do bem, na tentativa de tornar o bem mais caro do que
os produzidos internamente; Quotas: imposição de limites à quantidade
importada, em que a obtenção de receita para o estado decorre da eventual
venda de licenças de importação; Outros meios, como leis de proteção ao
consumidor, que são, na realidade, proibições de importação.
Caraterize a situação de equilíbrio de mercado, no caso de concorrência
monopolística. Apresente um exemplo ilustrativo de um mercado que se
possa considerar de concorrência monopolística.
Pág. 178
Mercado em que existem muitos produtores, mas cada um deles produz e
vende um produto ligeiramente diferente do produzido e vendido por qualquer
um dos outros produtores. Cada empresa é um monopólio, mas como os
produtos satisfazem necessidades quase iguais, existe uma intensa
concorrência entre os produtores. Num curto prazo, a empresa comporta-se
como um monopolista, sendo a única empresa a produzir o seu tipo de produto.
No entanto, existem outras empresas que, produzindo produtos diferentes,
exercem, no entanto, pressão sobre o mercado deste bem. Essa pressão
manifesta-se enquanto existir lucro na empresa, ou seja, enquanto houver
incentivo para entrarem novas variantes ou marcas no mercado. O equilíbrio de
longo prazo regista-se quando o lucro for nulo, ou seja, quando a curva do
custo médio for tangente à curva da procura. Neste ponto, o custo médio iguala
o preço monopolista, esgotando o lucro normal da situação de monopólio.
− Exemplos: Combustíveis, medicamentos e habitações.

No contexto do modelo de equilíbrio geral, que implica algumas ligações


entre variáveis económicas, descreva os três principais tipos de choque
considerados.
No contexto do modelo de equilíbrio geral, os três principais tipos de choque
considerados são os seguintes: sobre o aparelho produtivo é o que gera um
tipo de evolução económica mais parecido com as flutuações cíclicas, de
expansão e recessão. Os seus efeitos implicam movimentos no produto,
semelhantes aos verificados no consumo e no emprego. O efeito no salário é
duvidoso e os movimentos na taxa de juro só se verificam em choques
temporários, e são contrários aos do produto. O impacto no nível geral de
preços é também contra cíclico. Sobre a quantidade de moeda, as alterações
na quantidade de moeda apenas têm impactos proporcionais no nível de
preços, não afetando as variáveis reais. A moeda é considerada neutra. Sobre
as despesas públicas cria um efeito de variação semelhante sobre o produto,
mas inverso sobre o consumo e sobre os salários reais. O efeito na taxa de juro
só se verifica se o choque for temporário, e existe efeito duvidoso sobre os
preços, exceto no caso de financiamento monetário, onde os preços aumentam
com a moeda.
No contexto do debate sobre o papel do Estado, descreva as principais
propostas ao nível do funcionamento dos mercados, da gestão da
conjuntura e do desenvolvimento económico.
Pág. 337
Principais responsabilidades económicas do estado: definir o quadro legal de
funcionamento da economia, intervir na afetação de bens e recursos, tomar um
papel ativo na redistribuição da riqueza, influenciar a conjuntura económica,
influenciar as decisões de investimento. No funcionamento dos mercados: os
defensores do mercado livre são contra o Estado, que se limita a ser polícia
dos contratos. Os defensores do socialismo extremo e do comunismo dão ao
Estado o papel de dirigir toda a economia. Na gestão da conjuntura: os
neoclássicos extremos defendem que a economia deve ser deixada a si
própria. Os keynesianos extremos pretendem que o Estado esteja atento à
economia, intervindo sempre que necessário. No desenvolvimento económico:
planeamento estatal dos projetos de desenvolvimento vs liberdade de
investimento e orientação de mercado.

O facto de os agentes económicos suportarem impostos pode conduzir a


distorções face ao equilíbrio de mercado. Avalie o efeito dos impostos
sobre o equilíbrio de mercado e apresente um exemplo que o ilustre.
Pág. 93
O Estado intervém na economia com a sua política mas essa política exige que
o Estado gaste recursos. O Estado não produz recursos, são as empresas, os
trabalhadores, as máquinas que o fazem. Uma das formas do Estado obter os
recursos necessários é através dos Impostos. Os impostos são uma subtração
de recursos da Economia, com o fim de permitir ao Estado cumprir as suas
funções. Os impostos já contribuem para a equidade e estabilidade da
economia. No entanto, os impostos sobre os preços perturbam os mercados,
levando a uma produção e consumo diferentes dos de equilíbrio. As grandes
empresas p.ex. pagando mais impostos, reduzem, por vezes, o trabalho e o
investimento pois ninguém quer continuar a produzir tanto se o Estado é quem
leva os seus resultados. Existe nos impostos um conflito eficiência-equidade,
para que tal não acontecesse teríamos que pagar impostos por algo que não
influencie as decisões económicas, nomeadamente a nossa altura, cor de
olhos, cor de cabelo, o que seria extremamente injusto.

Indique o que entende por Nacionalidade Limitada e que implicação tem


esse conceito nas atividades das empresas.
A nacionalidade limitada refere-se ao comportamento adotado por algumas
empresas para irem de encontro apenas á satisfação de metas simples.
Mantêm linhas de conduta já obsoletas, para não destabilizar o sistema, ou até
regras simplistas e expeditas para a tomada de decisões, sem qualquer relação
aparente com a otimização. O Mark-up é um exemplo disso mesmo, consiste
em calcular o custo médio do produto e somar-lhe uma certa taxa de lucro para
venda do bem. Esta estratégia pode resultar num real otimização pois, o que
perde por estar fora do ótimo, ganha em simplicidade e rapidez de decisão. As
empresas vão experimentando várias taxas no sentido de obterem maior lucro,
tendendo no final para um ponto ótimo.
A Moeda fiduciária apareceu depois da moeda contada, explique o que
entende por cada uma das designações, justificando sucintamente o seu
aparecimento.
A moeda é todo o meio utilizado para facilitar as trocas. Das trocas diretas
passou-se a utilizar os metais preciosos, cujo peso dificultava as trocas. De
forma a evitar as pesagens, surgiu a “moeda contada” que consiste em
bolinhas ou discos de ouro com um peso pré-determinado, bastando contar as
unidades de forma a saber o peso. Mais tarde passou a ser a “moeda
cunhada”, surge a profissão de cambista e o recibo que comprovava os
montantes depositados. O recibo não era ouro mas valia como tal e quando
passou a circular surgiu a moeda de papel. Depósitos, empréstimos e juros
criaram um sistema do qual se começou a desconfiar pois se todos quisessem
levantar o seu ouro surgiria a bancarrota do negócio bancário. Esta
desconfiança levou os Governos a intervir e os Estados tomando o Monopólio
da moeda. A moeda de papel passou a papel-moeda e a chamar-se moeda
fiduciária. Se um Estado escreve num papel que vale 20€, somos obrigados a
aceitar pois a moeda tornou-se independente do ouro.

FUNÇÕES DA MOEDA
A primeira função da moeda é ser intermediária geral das trocas, aquilo que
ditou o seu aparecimento foi o propósito de ser contrapartida corrente das
trocas económicas. A segunda função é a unidade de conta pois tornou-se o
padrão comum de medida de valor, é o numerário da economia. E a terceira
função a reserva do valor pois as trocas não são sempre feitas
instantaneamente tendo a moeda de guardar valor em si para o transferir para
o futuro.
Afirmações verdadeiras:

A investigação sobre o que é hoje conhecido por “sistema económico” foi


iniciada por Adam Smith.

A teoria das Vantagens Comparativas é da autoria de Adam Smith.

A tese de que a existência de comércio depende das diferenças entre os


custos absolutos foi introduzida por Adam Smith.

De acordo com a teoria das Vantagens Comparativas, todos ganham com o


comércio.

Os bens que podem ser usufruídos sem que o mercado cobre o seu custo são
chamados: Bens Públicos.

A constatação de que, em anos de boas colheitas, a receita dos agricultores é


afetada, é conhecida na Teoria Económica por: Efeito King.

Os bens em que um aumento do preço faça descer a receita têm procura:


Elástica.

O agregado “M1”, utilizado no domínio da política monetária, é composto por:


circulação monetária + depósitos à ordem.

No mercado de fatores, a regra ótima de distribuição consiste em: igualar o


preço à produtividade marginal.

O equilíbrio geral Walrasiano consiste em determinar simultaneamente: o vetor


de preços que equilibra todos os mercados.

A harmonia do sistema económico moderno reside apenas na eficiência com


que funciona.

Em Economia, cada caso é um caso e não existem receitas de uso geral.

O grau de subjetividade incluído nos julgamentos está mais presente nas


restantes Ciências Sociais do que na Economia.

A escassez e a escolha são importantes para a existência de problemas


económicos.

De acordo com a Lei de Engel, a generalidade dos bens alimentares são bens
normais.
Como intermediário geral das trocas, a moeda é melhor do que os outros
ativos.

No modelo Keynesiano, os preços são considerados variáveis.

A aplicação de uma tarifa corresponde à aplicação de um imposto sobre o


preço internacional.

A representação gráfica da lei dos custos relativos crescentes tem uma forma
côncava.

É legítimo que o que dá valor às coisas é a utilidade média.

A chamada regra de ouro da decisão do consumidor é identificada com a


segunda Lei de Gossen.

Os bens cujo consumo sobe quando o preço regista um aumento são


designados por Bens de Giffens.

A situação do mercado em que algumas (poucas) empresas dominam o


mercado e combinam entre si estratégias, preços e quantidades é designada
por oligopólio coligado.

Em economias que sofreram fortes e longos processos de inflação, o fenómeno


de manutenção da inflação, mesmo quando se reduz ou elimina o fluxo de
nova moeda na economia é designado por inflação inercial.

Num regime de taxa de câmbio fixa, a balança de operações não monetárias


pode registar défice ou superátive.

Um dos princípios básicos da economia reside na troca.

A necessidade de escolhas e decisões é essencial para a existência de um


problema económico.

Pelo facto de num mercado as transações se desenrolarem ao longo de um


período de tempo, pode-se afirmar que existe uma falha de mercado.

A noção de consumo tem inerente uma componente material.

Uma das consequências do recurso à emissão de moeda para financiamento


do défice orçamental consiste na inflação.

Quando a Economia e o Estado têm os mesmos bens e serviços para adquirir


e mais dinheiro para gastar, verifica-se: Inflação.

Em termos gerais, pode reconhecer-se proximidade entre a lei de Gossen e a


lei dos rendimentos decrescentes.
No curto prazo, todos os custos são fixos.

No longo prazo, a curva de oferta das empresas tem uma configuração


horizontal e os lucros são nulos.

Num mercado oligopolista, existem poucas empresas a concorrerem no mesmo


mercado.

A procura da moeda depende das caraterísticas do intermediário das trocas e


da reserva de valor.

A inclinação negativa da curva que representa a fronteira de possibilidades de


produção pode ser explicada pelo seguinte princípio: Racionalidade.

O lugar geométrico dos pontos de consumo ótimo de dois bens, para certos
níveis de preços e valores do rendimento, é representada pela curva consumo-
rendimento.

A curva dos custos médios tem normalmente uma configuração em forma de


“U”.

Como se designa a inclinação de uma isoquanta: Taxa marginal de substituição


técnica.

Qual dos seguintes motivos não constitui um argumento económico válido para
a justificação do protecionismo comercial: acumulação de reservas e poupança
de divisas.

Em situação de liberdade de circulação de fatores, com taxa de câmbio flexível,


as contas externas encontram-se em situação de: Equilíbrio.

A chamada “falácia da composição” é detetável em situações de conflito entre


estabilidade e desenvolvimento.

Uma fonte de erro em economia resulta da chamada “falácia da composição”.


Como é que a mesma se pode expressar: O que se passa numa parte não é
necessariamente válido no todo.

O efeito de king está ligado ao efeito do aumento da produção sobre a receita


total.

A noção de “economias de escala” diz apenas respeito aos benefícios


adicionais de produção causados por um aumento da escala de produção.

Em concorrência monopolista existem poucos produtores.

Em concorrência perfeita, a curva do custo marginal é a curva da oferta.

Em concorrência perfeita, o limiar de rentabilidade ocorre quando o ponto da


oferta intersecta a curva dos custos médios.
Os benefícios da união monetária são de eficiência de mercado.

De acordo com a “Lei de Say”, nunca pode verificar-se excesso de oferta


global.

Tendo em conta a forma como é calculado o Índice de Preços no Consumidor,


a taxa de crescimento médio é sempre semelhante à taxa de crescimento
homólogo.

A igualdade entre a Taxa Marginal de Substituição e o quociente dos preços


identifica o equilíbrio do consumidor.

Os bens que tenham a elasticidade procura-preço cruzada positiva são


designados: Bens substitutos.

Em monopólio, e em equilíbrio, a receita marginal: é igual ao preço, é igual aos


custos marginais.

O rácio de produtividades marginais dos fatores produtivos é designado por:


taxa marginal de transformação.

Robert Lucas propôs a integração do comportamento racional dos agentes


económicos com o fenómeno dos ciclos económicos.

A identificação dos efeitos substituição e rendimento é originalmente devida a


Hicks.

Um cartel ou um trust é uma situação de imperfeição na concorrência também


conhecida por oligopólio coligado.

Uma das regras do GATT estipula que as tarifas devem sempre ser preferidas
às barreiras quantitativas, ou seja, fala-se da regra da transparência.

O argumento de proteção dos produtores nacionais da concorrência externa é


considerado um motivo económico inválido.

O resultado da venda da produção de uma máquina designa-se por lucros.

Terra, trabalho e capital são normalmente identificados com Recursos


Primários.

Uma das formas de financiamento do défice do Estado é através da dívida


pública.

Edgeworth foi o autor que introduziu as curvas da indiferença na Ciência


Económica.

O custo da última unidade produzida é designado por custo marginal.


Concorrência monopolística – Situação do mercado em que existem muitos
produtores, mas cada um deles produz ou vende um produto ligeiramente
diferente do produzido por qualquer dos outros.

Os bens que podem ser usufruídos sem que o mercado cobre o seu custo são
chamados bens públicos.

Os bens em que um aumento do preço faça descer a receita têm procura


elástica.

Quando o custo médio é decrescente o custo marginal encontra-se abaixo do


custo médio.

Segundo a lei da utilidade marginal decrescente à medida que um individuo


consome mais unidades de um determinado bem por unidade de tempo, a
utilidade de cada unidade consumida diminui.

Um bem superior é um bem para o qual a elasticidade rendimento da procura


apresenta um valor maior que um.

Aquilo que um produto vale, no momento da venda, a mais do que valiam as


suas partes componentes que a empresa comprou já produzidas, designa-se
por valor acrescentado.

O aumento da quantidade de moeda em circulação é considerado uma política


expansionista.

A redução da quantidade de moeda em circulação é considerada uma política


contracionista.

A tese de que a existência de comércio depende das diferenças entre os


custos relativos foi introduzida por David Ricardo.

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