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Desemprego/Emprego/Trabalho
Para Ilona Kovács (2005), quer o trabalho, quer o emprego são dois conceitos que necessitam
de uma definição consensual, uma vez que há autores que referem que estes conceitos são
sinónimos, e outros que apresentam leituras diferentes. Assim, a autora refere que o trabalho
é um termo ambíguo e complexo, uma vez que significa uma atividade física e intelectual.
Contudo, apresenta-se como uma fonte de desenvolvimento e de satisfação; sendo um meio
de subsistência, é simultaneamente uma maneira de autorrealização, uma fonte de
rendimento, de estatuto, de poder e de identidade (Kóvacs, 2005).
Assim, podemos referir que o trabalho e o emprego são sinónimos, uma vez que na sociedade
industrial ambos se apresentam como uma atividade central que encaminha a vida das
pessoas e a vida social em geral. Numa economia de pleno emprego, o trabalho emerge como
sendo um meio de produção de riqueza e um meio de integração social. O trabalho é uma
categoria antropológica (Meda, 1999), uma vez que está presente em toda a parte e permite
a realização de si, sendo o cerne do laço social, onde o Homem é colocado em contato com o
exterior. Neste prisma, o trabalho apresenta-se como sendo o mais elevado grau da nossa
humanidade, uma vez que permite a construção dos indivíduos como seres sociais, a um nível
micro (Rodrigues et al, 1999) e a construção dos seus valores.
A nível macro, o trabalho não é mais que o desempenho de uma atividade que produz um
dispêndio de energia, com o objetivo da produção de bens e serviços de valor para outros.
Assim, segundo Meda, vários autores apontam o trabalho como sendo o “ (...) verdadeiro
lugar de socialização real e da formação da identidade individual e colectiva” (1999:27). A um
nível global o trabalho é definido como ”um conjunto de actividades humanas, retribuídas ou
não, de carácter produtivo ou criativo que, mediante o uso de técnicas, instrumentos,
31 materiais ou informações disponíveis, permite obter, produzir ou prestar certos bens,
produtos e serviços. Nesta actividade, a pessoa fornece energias, habilidades, conhecimentos
e outros recursos e obtém algum tipo de compensação material, psicológica e/ou social”
(Blanch, 1990, in Rodrigues et al, 1999: 74).
Para o ser humano, o trabalho é caraterizado como um verdadeiro sentido de vida, uma vez
que, na maioria das situações, o indivíduo passa a maior parte do seu tempo a trabalhar.
Assim, “o trabalho é rico de sentido individual e social. É o meio de produção de vida de cada
um, criando sentidos existenciais ou contribuindo na estruturação da personalidade e da
identidade” (Borges e Tamayo, 2001:13 in Pinheiro e Monteiro, 2007:36).
• Inflação
A inflação é o aumento persistente e generalizado no valor dos preços. Quando a inflação
chega a zero dizemos que houve uma estabilidade nos preços.
A inflação pode ser dividida em:
✓ Inflação de Demanda
É quando há excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. As chances de
a inflação da demanda acontecer aumentam quando a economia produz próximo do
emprego de recursos.
Para a inflação de demanda ser combatida, é necessário que a política econômica se baseie
em instrumentos que provoquem a redução da procura agregada.
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✓ Inflação de Custos
É associada à inflação de oferta. O nível da demanda permanece e os custos aumentam. Com
o aumento dos custos ocorre uma retração da produção fazendo com que os preços de
mercado também sofram aumento. As causas mais comuns da inflação de custos são: os
aumentos salariais fazem com que o custo unitário de um bem ou serviço aumente; o
aumento do custo de matéria-prima que provoca um super aumento nos custos da produção,
fazendo com que o custo final do bem ou serviço aumente; e, por fim, a estrutura de
mercado que algumas empresas aumentam seus lucros acima da elevação dos custos de
produção.
✓ Índices de Inflação
A inflação possui vários índices entre eles o IGP (Índice Geral de Preços), IPA (Índice de Preços
no Atacado), INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), IPCA (Índice de Preços ao
Consumidor Amplo), INCC (Índice Nacional do Custo da Construção), CUB (Custo Unitário
Básico).
• Deflação
Deflação é o termo utilizado para definir um cenário econômico de queda generalizada dos
preços. Ao contrário dos períodos de alta inflação, por exemplo, em que os consumidores vão
ao supermercado e se deparam com produtos cada dia mais caros, na deflação uma grande
gama se torna continuamente mais barata.
A deflação é uma conjuntura que decorre de desequilíbrios nas relações de consumo - ou
seja, a oferta de bens e serviços no mercado se torna maior do que o número de clientes
demandando por ele. À primeira vista, isso é ótimo, não? Apostamos que você adoraria ir às
compras hoje e encontrar os seus itens avaliados com preços menores. Contudo, na prática,
deflação não costuma ser comemorada.
A verdade é que períodos deflacionários atuam como resultado de situações críticas na
economia, em especial de sérias recessões. Afinal, alguns dos motivos para que a demanda
caia de forma generalizada são o desemprego e a retração de investimentos empresariais -
uma queda forçada no consumo pela queda da renda.
33 Como te contamos na seção anterior, a deflação não é lá tão positiva quanto imagina-se. Pelo
contrário, os elementos negativos atrelados à ela estão presentes em suas causas e em seus
efeitos. No que tange às causas, há um conjunto de fatos econômicos que levam os preços a
caírem. Para entendê-los, vamos visualizar como as relações de consumo acontecem de
forma comum.
E a sua “exclusividade” não diz respeito apenas à capacidade produtiva daquele produtor,
mas também de quantos outros o oferecem no mercado formando a concorrência.
Se o número de pessoas procurando pelo produto é maior do que a quantidade ofertada, os
produtores têm mais liberdade para se impor na precificação. Contudo, quando a procura cai,
eles são obrigados a diminuir o valor cobrado como uma tentativa de atrair o cliente e evitar a
acumulação de estoque.
Quando essa diminuição de preços atinge vários itens e por um período prolongado, a
deflação aparece. Mas você já parou para pensar no porquê das pessoas e das companhias
deixarem de comprar? Isso acontece, em geral, por uma diminuição na sua própria renda,
seja no salário, seja no faturamento. Elas se tornam mais controladas e mais conservadoras
com o próprio dinheiro, visto que têm menos dele em sua posse.
Ainda assim, com a deflação instaurada, novos desafios surgem - são os tais “efeitos
deflacionários”. Sabendo que os preços estão caindo, os consumidores se sentem compelidos
a deixar de comprar agora e esperar que eles caiam ainda mais no futuro. Essa tática derruba
os preços continuamente e incentiva a acentuação da desaceleração econômica, em um ciclo
deflacionário.
A Organização Mundial de Turismo – OMT (apud OLIVEIRA, 2005, p. 36) definiu turismo como
“o fenômeno que ocorre quando um ou mais indivíduos se trasladam a um ou mais locais
diferentes de sua residência habitual por um período maior que 24 horas e menor que 180
dias, sem participar dos mercados de trabalho e capital dos locais visitados”.
Por ser o turismo uma atividade própria de sociedades de consumo, atividade que combina
ações públicas e privadas, ele exige grandes investimentos financeiros e tecnológicos no
fornecimento de bens e serviços aos turistas. Além disso, visa alcançar resultados que
permitam o desenvolvimento econômico, político, social e cultural da sociedade envolvida.
Esses aspectos são contemplados no conceito que segue:
Dá-se o nome de turismo à atividade humana que é capaz de produzir resultados de caráter
econômico financeiro, político, social e cultural produzidos numa localidade, decorrentes do
relacionamento entre os visitantes com os locais visitados durante a presença temporária de
pessoas que se deslocam de seu local habitual de residência para outros, de forma
espontânea e sem fins lucrativos (OLIVEIRA, 2005, p. 36).