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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Este modelo assume que os principais decisores da taxa de crescimento dos países
são os investidores.
Corrente neoclássica, O Modelo de Solow cria uma relação entre o PIB per
capita, também denominado como Produto, ou Y nas fórmulas, e o capital físico.
Existem duas versões principais deste modelo: sem progresso técnico e com
progresso técnico. Nesta corrente o crescimento é explicado por uma variável
exógena (o resíduo de Solow), e assume sempre que há um limite máximo ao
crescimento, denominado de "steady-state", onde o crescimento real do PIB é
igual ao crescimento da população (o que implica que o PIB per capita se
mantenha constante). No entanto, no modelo de Solow com progresso técnico
quando o PIB está no ponto de "steady state" está a crescer à taxa de
crescimento da população somada da taxa de progresso técnico. Já o PIB per
capita cresce à taxa de progresso técnico. O crescimento econômico, quando
medido apenas pelo PIB, pode ser muito desigual de um país para outro. Isso
porque taxas de crescimento iguais de PIB escondem grandes variações na
melhoria do bem estar das pessoas e do seu IDH (que é um método padronizado
de avaliação e medida do bem-estar de uma população). Para citar um exemplo,
Sri Lanka, Trindad e Uruguai, que tiveram o mesmo declínio na taxa de
mortalidade infantil, tiveram crescimentos - medidos pelo PIB - completamente
diferentes.
principais fontes de crescimento económico
Atualmente, as principais fontes de crescimento econômico são capital físico, capital
humano e tecnologia. Cada um pode ser definido da seguinte maneira:
Capital físico: são os ativos não humanos, feitos por humanos e que são utilizados na
produção, como por exemplo as ferramentas, máquinas e estruturas físicas usadas nas
empresas e instituições. Entram nessa lista as máquinas, os prédios da companhia,
infraestrutura, como transportes, energia, comunicações e tecnologia.
O crescimento econômico é possível ser calculado por meio do PIB, que é a soma de
todos os bens e serviços produzidos em um país durante certo período. É importante
ressaltar que entra na conta do PIB os bens e serviços finais, desta forma, a matéria-
prima utilizada na fabricação não entra no cálculo. Para deixar mais claro, o pão que
você come diariamente entra na conta, mas a farinha de trigo utilizada para fazer o pão,
não.
PIB= C+I+G+X-M
Sendo que:
C: consumo privado
G: gastos do governo
X: volume de exportações
M: volume de importações
Como ocorre
Uma analogia ajuda a entender o significado: quando uma semente se torna uma planta
adulta, está exercendo um potencial genético: em outras palavras, está desenvolvendo-
se. Quando qualificado pelo adjetivo "econômico", refere-se ao processo de produção
de riqueza material a partir do potencial dado pela disponibilidade de recursos humanos
e naturais e uso de tecnologia. No campo da economia, a palavra "desenvolvimento"
vem, normalmente, acompanhada da palavra "capitalista", para mostrar que o
desenvolvimento refere-se ao todo social. Esta noção está muito bem desenvolvida em
diversos capítulos do livro de COWEN, M. P. e SHENTON, R.W. (1996, Doctrines of
Development. London: Routledge). Especificamente sobre o desenvolvimento
capitalista há um verbete no Dicionário do Pensamento Marxista de Tom
BOTTOMORE (1988
Desenvolvimento sustentável
Após ampla controvérsia sobre o papel das finanças públicas no ultrapassar da profunda
crise com que há muito nos confrontamos, parece hoje generalizado o entendimento de
que, sem um crescimento do PIB mais robusto e sustentável do que o observado nos
últimos anos, dificilmente poderão ser ultrapassadas as presentes debilidades da
economia Angolana.
Com efeito, subjacente a esta colaboração estará sempre presente o nosso entendimento
de que a adequada reconfiguração da banca não é um fim em si mesmo, mas um
instrumento ao serviço do desenvolvimento sustentável e inclusivo do país.
Importa, assim, que os temas a abordar sejam relevantes e de actualidade e se insiram
no âmbito das seguintes problemáticas:
192. Programa de Apoio ao Crédito (PAC). Este programa vem dar corpo às linhas
mestras do PRODESI, sendo que se aplica aos projectos de investimento que
contribuam directa ou indiretamente para a produção interna de bens essenciais. O
programa visa viabilizar o acesso ao financiamento para os investimentos
MINFIN 55
Relatório de Fundamentação OGE 2021
198. O BDA concederá crédito para uma parcela dos juros negociados (podendo atingir
75% da taxa acordada) com os bancos comerciais, mas pago apenas depois de ter sido
regularizado o empréstimo feito ao banco comercial, em maturidades de longo prazo e a
taxa de juro bonificada. O BDA irá também pagar uma parcela dos prémios de seguros,
com a finalidade de reduzir o risco de crédito.
199. Neste processo, o Estado irá intervir por via do Banco de Desenvolvimento de
Angola (BDA) e do Fundo de Garantia de Crédito (FGC).
201. Aviso 10/2020 do BNA. Este instrumento aplica-se à concessão de crédito pelas
instituições financeiras bancárias, para a produção de bens essenciais que apresentam
défices de oferta de produção nacional, a matéria-prima e o investimento necessário à
sua produção, incluindo-se no investimento para aquisição de tecnologia, máquinas e
equipamentos, sendo que os termos do financiamento são:
206. O PROPRIV deve ser conduzido com base na Lei nº 10/19 de 14 de Maio, tendo
em vista a promoção da estabilidade macroeconómica, o aumento da produtividade da
economia nacional e o alcance de uma distribuição mais equitativa do rendimento
nacional.
211. A alienação desses activos no âmbito do programa será feita de três formas:
Privatizações em Bolsa de Valores, Privatizações por Concurso Público e Privatizações
por Concurso Limitado por Prévia Qualificação.
217. Perspectiva-se que o programa possa beneficiar de forma directa mais de 83 mil
jovens e de forma indirecta mais de 240 mil jovens.
PRIORIDADES DE DESENVOLVIMENTO
A necessidade de diversificação e de acumulação de capital
Para alcançarem o desenvolvimento sustentável, os países precisam de
transformar os recursos naturais em formas de capital mais duradouras. O
conceito de Mudança da Riqueza das Nações revela que, enquanto a liquidação de
capital natural pode aumentar o PIB à curto prazo, um país não pode desenvolver a sua
economia dependendo apenas de recursos não renováveis e ignorando a importância de
investir em capital produzido e em capital humano. Enquanto o capital natural é
responsável por 47 porcento da riqueza dos países de baixo rendimento, ele representa
menos de 3 porcento da riqueza dos países mais avançados. A importância do capital
natural baixa rapidamente à medida que um país se desenvolve porque as percentagens
de capital produzido e de capital intangível aumentam a um ritmo muito mais rápido do
que o capital natural. Muito embora a sua percentagem de riqueza nacional seja menor,
o valor do capital natural nos países de rendimento elevado é, de facto, superior à média
dos países de baixo rendimento, em termos absolutos.
Angola ainda está predominantemente centrada na exportação do capital natural,
sem criar formas de capital mais sustentáveis gerando, assim, vulnerabilidades. Em
2014, a economia de Angola dependia do capital natural, com uma percentagem de 38
porcento, por oposição a apenas 20 porcento de capital produzido e 41 porcento de
capital humano. Esta composição da riqueza é consistente com outros países de baixo
rendimento e países de rendimento médio baixo. Em 2015, o petróleo era responsável
por 95 porcento das exportações, acentuando a dependência do capital natural. A
dependência criou uma vulnerabilidade aos choques do preço do petróleo, deixando
Angola em crise em 2008 e em 2014.77
Mas ainda mais preocupante é que Angola continua a exaurir a sua riqueza. O
conceito de Mudança da Riqueza das Nações mostra que a taxa de poupanças líquidas
ajustadas (PLA) de Angola manteve-se fortemente negativa durante 25 anos, tendo à
certa altura desinvestido em média 68 porcento do RNB por ano. Considerando que as
suas limitadas reservas petrolíferas poderão estar esgotadas na próxima década, Angola
não pode continuar a consumir a sua riqueza natural desta forma. Noutros países, uma
PLA positiva tem-se revelado um forte fator de previsão de resultados de
desenvolvimento positivos. A contabilização da riqueza realça a necessidade de
diversificação económica e de acumulação de capital sustentável, através de estruturas
de governação adequadas que produzam políticas macroeconómicas robustas bem como
um ambiente estável para investimento e negócios, promovendo ao mesmo tempo a
criação de capital humano
A diversificação económica será crucial para reduzir a dependência de recursos e
fomentar o crescimento. A dependência de recursos pode ser colmatada através de
políticas monetárias e orçamentais adequadas, investimentos em capital humano e
infraestruturas, bem como por um clima de negócios favorável.78 Conforme tem
acontecido noutros países, a exploração de energias não renováveis em Angola assumiu
a forma de operações de mineração com uso intensivo de capital, que não geram muitos
empregos nem apoiam a subsistência da população em geral. Angola tem potencialidade
para desenvolver indústrias não petrolíferas, incluindo agroindústria, pescas e indústria
transformadora. Para 77 Em 2008, por exemplo, o preço do petróleo caiu 69 porcento
em seis meses de Julho a Dezembro de 2008, criando um défice orçamental de 7
porcento do PIB, ou seja, em virtude de uma redução das receitas governamentais de
quase dois terços, o crescimento do PIB baixou de 11,2 porcento em 2008 para 3,4 para
em 2009 e provocou um défice da conta corrente de 11,7 porcento, enquanto a taxa de
câmbio nominal desvalorizava 18 porcento. A queda do preço do petróleo em 2014
provocou a mesma vulnerabilidade, mas ao longo de um período prolongado de preços
do petróleo em baixa. 78 Alsharif, Bhattacharyya e Intartaglia 2016; Van Eeghen et al.
2014.
se poder aproveitar estas áreas de potencial expansão económica, as políticas
governamentais terão de criar incentivos para o crescimento da indústria, tais como um
melhor clima de negócios, aumento da competitividade, acesso a financiamento e uma
carga fiscal razoável com custos de conformidade modestos. Será preciso promover a
concorrência no mercado, e o estado deveria repensar o seu papel de regulador e de
impulsionador da atividade privada. Embora as experiências de crescimento sejam
heterogéneas, há elementos comuns de políticas bem-sucedidas que incluem o
aproveitamento dos recursos de um país e a expansão da sua capacidade subjacente,
bem como a resolução das deficiências do mercado e o aumento da integração
comercial. Uma política monetária restritiva e disciplina orçamental são fundamentais
para assegurar uma estabilidade de preços de longo prazo e diversificar a dependência
económica. O crescimento económico sustentável de longo prazo exige uma
diversificação económica com um aumento dos investimentos em capital humano e
infraestruturas.
A diversificação económica também tem de evitar riscos de dependência indireta
do carbono. Embora se preveja que as reservas de petróleo em Angola durem mais
outra década, o preço volátil do petróleo destaca a vulnerabilidade de Angola aos
choques dos preços externos. Para além do aumento da oferta que faz baixar o preço
internacional do petróleo, espera-se que ganhe dinamismo a transição mundial do
carbono, substituindo os combustíveis fósseis por energia renovável, com um impacto
potencialmente elevado e sustentado no preço do petróleo. Embora as reservas de
petróleo sejam uma vantagem comparativa para Angola, o risco de uma transição do
carbono serve de aviso ao país de que deve promover uma diversificação económica
independente das receitas petrolíferas. Além de mais, a diversificação tem de evitar o
aumento do risco de carbono proveniente de indústrias associadas à combustíveis
fósseis, competências e infraestruturas. Os países ricos em carbono devem também
procurar diversificar os seus portefólios para alternativas à ativos cujos valores possam
estar positivamente correlacionados com as suas reservas de combustíveis fósseis ou de
outros ativos públicos associados aos preços de combustíveis fósseis, tais como
empresas nacionais de recursos. Face ao risco de carbono, a diversificação é um
imperativo ainda maior para os países ricos em emissões de carbono com vista a
assegurar que a perda de receitas tributárias, de empregos e de outros benefícios da
extração de recursos se torne um fator relativamente menor para as suas economias.
A acumulação de capital será fundamental para se estabelecer uma trajetória de
crescimento sustentável que inclua os pobres. Um maior investimento em capital
produzido, incluindo energia, transportes e infraestruturas das águas, irá contribuir para
aumentar a produtividade e promover tanto o comércio interno como externo à longo
prazo. A acumulação de capital produzido iria criar um ciclo virtuoso no qual o
crescimento do sector privado leva a um maior investimento. Mais investimentos em
capital humano, designadamente ensino público, cuidados de saúde, saneamento e
serviços de proteção social mais eficazes serão igualmente essenciais para aumentar a
participação da força de trabalho e dinamizar a produtividade. A falta de investimento
nestas áreas foi uma das principais fontes de exclusão dos pobres dos benefícios do
crescimento, e a criação de capital humano iria ajudar a reduzir o fosso entre urbano e
rural. O investimento no capital humano pode ser um trampolim para a diversificação da
riqueza nacional e da economia, reduzindo a dependência de capital natural de muitos
países e os ciclos de alta e baixa impulsionados pelas matérias-primas, comuns a tantos
países de baixo e médio rendimento. A acumulação de capital humano tem sido um
fator primordial no crescimento económico, no desenvolvimento sustentável e na
redução da pobreza.79 Fornecer uma medida explícita do capital humano contribui
consideravelmente para tornar a contabilização da riqueza mais útil para efeitos de
monitorização do progresso e da análise das políticas.
Estando o novo governo centrado nas reformas, existe uma oportunidade para se
iniciar um novo contrato social. A estrutura política caracterizava-se por assimetrias
de poder, estando este concentrado na presidência e num pequeno círculo de elites bem
relacionadas, deixando a população sem representação significativa. O novo presidente
eleito declarou a sua intenção de combater a corrupção e de promulgar reformas. Já deu
sinais inequívocos ao substituir pessoas em posições-chave, incluindo o
Governador do Banco Central, o presidente da empresa estatal de petróleo e o
administrador do fundo soberano de Angola, e ao lançar reformas que visam promover
maior transparência, concorrência e investimento privado. No contexto de preços do
petróleo reduzidos e de uma produção petrolífera que está a chegar ao seu fim, tais
reformas são a única opção para oferecer aos jovens um futuro melhor evitando, ao
mesmo tempo, mudanças políticas turbulentas.
Os impulsionadores estruturais subjacentes de Angola em matéria de FCV podem
ser mais bem resolvidos com uma abordagem que considere a realidade política,
económica e social em paralelo. A nova liderança de Angola, sob o comando do
Presidente João Lourenço, já mandou sinais inequívocos de que irá mudar de rumo de
forma significativa. A substituição do sistema atual por um que permita uma
concorrência política aumentada deverá conduzir a um aumento da voz, da
responsabilização, da participação dos cidadãos e a um sector privado mais sólido. Para
responder aos riscos presentes de FCV, o governo vai precisar de concretizar as tão
necessárias reformas, incluindo a descentralização, melhores serviços para os pobres,
medidas contra a corrupção e uma sociedade civil mais robusta.
4.3 Impostos
Diversos instrumentos são utilizados pela política económica, dentre eles, a política
monetária, por onde se busca o controle da inflação. Para isso, algumas ferramentas são
úteis, como a taxa Selic e o controle da emissão de papel-moeda.
Enfim, o objetivo principal da política económica é contribuir com a economia nacional.
Para isso, as metas a curto e longo prazo são estabelecidas de acordo com o governo
vigente.
A política económica é uma série de ações planejadas e realizadas pelo governo, com o
intuito de atingir determinada meta relacionada à situação econômica nacional. Em
outras palavras, a política econômica é a forma com a qual o governo opta por dirigir
economicamente a nação.
1- O orçamento do governo
2- A oferta de moeda no mercado e as taxas de juros,( muito
importante por causa dos investimentos)
3- A tributação
4- O mercado de trabalho
Todas essas temáticas que são tratadas no âmbito da política econômica afeta a vida da
população no geral e caso o governo realize alguma ação mal sucedida, as
consequências podem ser graves, como por exemplo, o aumento do desemprego.
Portanto, é importante que a população em geral acompanhe as ações do governo.
Sendo que, se você é investidor, é preciso acompanhar o mercado com atenção
redobrada, já que as medidas tomadas pelo governo podem impactar diretamente suas
aplicações.
Objetivos da política económica
Sendo assim, durante cada mandato, são estabelecidas as metas a serem alcançadas nos
cinco anos seguintes. Um partido pode ter como prioridade, por exemplo, a diminuição
da inflação e então adotar medidas de contenção. Em contrapartida, o próximo mandato
pode ser destinado à geração de empregos.
CONCENTRAÇAO DE FUNÇOES
1- Política monetária
Política expansionista
Quando a inflação está baixa, o governo toma medidas para estimular o consumo.
Sendo assim, ele injeta dinheiro na economia e a taxa Selic fica baixa. Essa injeção de
dinheiro pode ser por meio da impressão de dinheiro ou através da compra de títulos
públicos.
Com mais dinheiro circulando no mercado e o fácil acesso ao crédito por parte das
pessoas e empresas, a população passa a consumir mais, o que resulta no aumento da
demanda frente à oferta. O resultado é o aumento dos preços, ou seja, da inflação. A
desvantagem da inflação é que ela corrói o poder de compra da população.
Em outras palavras, as pessoas precisam de cada vez mais dinheiro para comprar os
mesmos produtos de antes. Nesse sentido, os investidores também são prejudicados, já
que a inflação come parte da rentabilidade das aplicações.
Por isso, ao investir é essencial que você acompanhe a política econômica nacional e
procure por aplicações que proporcionem retorno acima da inflação. Ou seja, prefira os
ativos que tragam ganho real e não apenas nominal.
Política contracionista
Desse modo, as pessoas passam a consumir menos e a lei da oferta e demanda entra em
ação. Ou seja, com a redução da demanda a tendência é que os preços sejam reduzidos.
A primeira vista isso parece uma coisa boa, mas é preciso considerar que para as
empresas manterem seus funcionários elas precisam ter lucros.
Portanto, se a redução dos preços continuar por muito tempo, as empresas podem
precisar reduzir a quantidade de funcionários, o que pode levar ao aumento do
desemprego. Com o desemprego o consumo é reduzido ainda mais. Por isso, o ideal é
encontrar o equilíbrio.
2- Política fiscal
A política fiscal é considerada como o instrumento mais importante da política
econômica, já que ela consiste no planejamento orçamentário do Estado. Em resumo, o
orçamento é a diferença entre as receitas e despesas do estado em determinado período.
Quando as receitas são superiores aos gastos, temos uma situação de superávit. Por
outro lado, quando os gastos são maiores do que as receitas, temos o déficit. Sendo que,
a receita é arrecadada por meio de impostos e as despesas são as mais diversas como
pagamento de funcionários, pagamento dos juros da dívida pública e construção de
escolas.
3- Política cambial
A política cambial é muito importante, pois ela pode gerar vários impactos em fatores
macroeconómicos, como por exemplo, as exportações e importações.
Além disso, caros leitores, existem cinco regras orçamentais clássicas, embora nem
todas sejam actualmente seguidas com frequência:
1. Regra da anualidade: qualquer Orçamento tem um ano de vigência e, como tal, uma
execução orçamental anual.
5. Regra do equilíbrio orçamental: o OGE deve ser elaborado de forma a que as receitas
previstas cubram na realidade as despesas previstas.
Hoje e pela particularidade de Portugal estar numa fase política complexa de que a
Proposta de OE ou OGE foi votado hoje negativamente pelos deputados da Assembleia
da República, o Chefe do Governo coloca a hipótese de haver como alternativa a esta
rejeição do OE/OGE, a existência e aplicação do OE por Duodécimos. E o que é um OE
por Duodécimos?
“O membro do Governo responsável pela área das finanças pode autorizar a antecipação
de duodécimos através da antecipação temporária de fundos disponíveis”, precisa o
executivo no decreto-lei que aprova o regime transitório de execução orçamental, hoje
publicado.
Por fim, escrevo que pelo seu papel fundamental de qualquer OE/OGE, a sua aprovação
ou rejeição deste diploma legal, tem a «força» de manter ou «derrubar» Governos. A
rejeição nos Parlamentos pode ser o início de outras soluções que não passam
necessariamente por eleições antecipadas. A negociação é sempre um caminho a seguir
para encontrar «pontes» e as melhores soluções para o colectivo, que é superior à soma
das unidades.
No nosso caso de Angola, aguardemos que seja apresentado a Proposta de OGE - versão
2022, previsivelmente, no dia 29 de Outubro de 2021.
Referências Bibliográficas
BIDERMAN, Ciro; ARVATE, Paulo (org.). Economia do Setor Público no
Brasil. Rio de Janeiro, Elsevier.