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– Objetivos e instrumentos de política econômica:

política fiscal, política monetária, política cambial.

• A presença do Estado no sistema econômico não se


origina apenas da constatação das deficiências
intrínsecas ou estruturais do mercado. A essa
motivação alinha-se a de impor ao setor privado e ao
setor público padrões de desempenho em acordo
com preferências politicamente definidas.

• Os objetivos de uma política econômica podem ser


ativos ou restritivos.
- ativos quando se referem a novos padrões a
serem impostos para o desempenho do
sistema;
- restritivos quando mantêm limites a fim de
não se romperem situações de equilíbrio.
O Estado pode adotar as seguintes políticas econômicas:
• Política fiscal: corresponde aos instrumentos do
governo para arrecadar tributos (política tributária) e
controlar despesas (política de gastos).

• Política monetária: atuação do governo sobre moeda e


títulos públicos. Instrumentos: emissões, reservas
compulsórias, compra e venda de títulos públicos,
redescontos e regulamentação sobre crédito e juros.

• Políticas cambial e comercial: refere-se à taxa de


câmbio e os instrumentos de incentivos às exportações
e/ou estímulos ou desestímulos às exportações,
respectivamente.

O Desenvolvimento e o Crescimento Econômico


O crescimento econômico corresponde ao acréscimo da
renda e do PIB, sem implicar uma mudança estrutural
profunda na sociedade, ora porque tal crescimento
possui um caráter transitório, ora porque uma
transformação de caráter estrutural já havia sido
verificada no país, razão pela qual ele se desenvolveu.

O desenvolvimento econômico tem sido definido como


um processo de crescimento constante e
autossustentado, que leva a renda per capita (divisão da
soma de todos os salários da população de um país pelo
respectivo número de habitantes) a se elevar
continuamente ao longo de determinado período.

Em outras palavras, trata-se de um processo contínuo


pelo qual a disponibilidade de bens e serviços aumenta
em proporção superior ao do crescimento demográfico.
Entretanto, não somente a renda per capita deve ser
usada como medidor do desenvolvimento econômico,
pois, com ele, ocorre uma série de outras mudanças na
estrutura da economia e da sociedade em questão,
dotadas também de caráter psicológico e cultural.

Critica-se também a adoção do critério de crescimento


do PIB ou da Renda Nacional como indicadores de um
efetivo desenvolvimento, ainda que reflitam
indiretamente mudanças na estrutura econômica do
país, uma vez que tal processo exige melhoras
qualitativas como a qualidade de vida da população.

Por exemplo, os países árabes exportadores de petróleo


possuem alta renda per capita, mas sua população
apresenta baixos níveis de qualidade de vida, uma vez que
a distribuição de renda é extremamente desigual.

Há inúmeros outros casos em que os critérios de aferição


do desenvolvimento econômico não encontram suporte
na realidade da maioria das pessoas de uma sociedade,
motivo pelo qual eles são considerados insuficientes.
Por esse motivo, tem ganhado destaque o conceito de
desenvolvimento humano.
Diferentemente da perspectiva do crescimento
econômico, que vê o bem-estar de uma sociedade apenas
pelos recursos ou pela renda que ela pode gerar, a
abordagem de desenvolvimento humano procura olhar
diretamente para as pessoas, suas oportunidades e
capacidades.
A renda é importante, mas como um dos meios do
desenvolvimento e não como seu fim.
É uma mudança de perspectiva: com o desenvolvimento
humano, o foco é transferido do crescimento econômico,
ou da renda, para o ser humano.

Indicador que mede o desenvolvimento humano dos


países membros da ONU

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um indicador


que mensura o grau de desenvolvimento humano dos
países a partir de aspectos como educação, renda e saúde.
Trata-se de uma ferramenta utilizada pelo Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para
avaliar todas as nações que são membros da ONU
(Organização das Nações Unidas).

O IDH tem uma importância significativa por permitir que


os países identifiquem os quesitos que apresentam algum
grau de deficiência e possam, assim, estabelecer
estratégias e planos para melhorá-los.

Origem do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi criado


pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq com a
colaboração do indiano Amartya Sen, em 1990. Ambos
buscavam uma medida que não focasse apenas no lado
econômico, mas também no fator humano. O objetivo da
criação do Índice de Desenvolvimento Humano foi o de
oferecer um contraponto a outro indicador muito
utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que
considera apenas a dimensão econômica do
desenvolvimento

A partir de então, o IDH passou a ser um dos principais


itens do Relatório para o Desenvolvimento Humano
(RDH), que é comissionado pelo PNUD. De acordo com o
órgão, as pessoas são a riqueza dos países e o
desenvolvimento humano tem como base a criação de um
ambiente onde possam desenvolver seu potencial.

Os países são avaliados a cada ano e por meio dos


resultados obtidos pelo IDH é possível identificar o nível
de desenvolvimento humano e socioeconômico de cada
nação. Além disso, é por meio desses dados que as
agências das Nações Unidas conseguem estabelecer
estratégias de ajuda humanitária para as localidades
necessitadas.

Critérios de avaliação

A avaliação dos países pelo Índice de Desenvolvimento


Humano (IDH) é feito a partir de três critérios: educação,
renda e saúde.

Educação

No critério educação é levado em consideração o tempo


médio de estudo de uma população. Portanto, quanto
maior for o tempo de permanência das crianças e
adolescentes na escola, maior as possibilidade de um país
ser desenvolvido.
Esse aspecto mostra também a importância ou não que os
governantes dão à educação e, consequentemente, ao
futuro de seu país por meio das políticas públicas de
incentivo ao estudo, como campanhas e ações para a
redução das taxas de repetência e evasão escolar.

Saúde

A saúde é outro critério avaliado no Índice de


Desenvolvimento Humano (IDH). Nesse sentido, é
analisada a taxa de expectativa de vida da população, que
é influenciada pelo facilidade ou não de acesso aos
recursos médicos, bem como tratamentos e outras
questões relacionadas ao bem-estar e qualidade de vida.

Se a taxa de expectativa de vida de um país é alta, isso


significa que as condições de vida de seus habitantes são
boas, que o fornecimento de medicamentos é adequado,
que são realizadas campanhas de vacinação, de pré-natal
e que a população é bem orientada em relação aos
cuidados com a saúde.
Renda

O IDH também analisa a distribuição de renda dos países


a partir do cálculo do valor médio de rendimento de um
país, com base na média do Produto Interno Bruto – soma
de bens e serviços produzidos em determinado período –
dividido pelo número de habitantes.

Dessa forma, nesse critério são avaliados o nível de


consumo, poder aquisitivo e taxa de desemprego.

Escala do IDH

A escala do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)


varia entre 0,000 – nenhum desenvolvimento humano –,
até 1 (taxa de desenvolvimento humano alta). Sendo
assim, as nações que possuem uma taxa superior a 0,800
possuem IDH alto, os que apresentam uma taxa entre
0,500 e 0,799 tem IDH mediano e de 0 a 0,499, IDH abaixo
da média.
Importância e críticas ao IDH

O IDH é considerado de extrema relevância por mensurar


o nível de desenvolvimento das nações em questões
básicas como educação, saúde e renda. Tornou-se
referência mundial, principalmente por nortear políticas
públicas que auxiliem a desenvolver os aspectos ainda
carentes de cada país.

Além disso, outro importante benefício do IDH foi a


possibilidade de criação do Índice de Desenvolvimento
Humano Municipal (IDH-M), que avalia as condições
internas de cada país, seus estados e cidades, sendo
também uma importante ferramenta para nortear os
governantes.

Entretanto, alguns especialistas possuem uma opinião


crítica em relação ao IDH, considerando-o limitado por
abordar os mesmos aspectos de maneira redundante e
excluir aspectos de ordem ambiental.

IDH dos países


Veja abaixo o quadro comparativo entre o Brasil e o top 3
do ranking de IDH.
IDH no Brasil

O Brasil faz parte do grupo considerado de “Alto


desenvolvimento humano”, ocupando o 79º lugar no IDH,
com 0,759. Entre os estados brasileiros, os que se
destacaram no PNUD (Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento) de 2010 foram Distrito Federal
(0,874), Santa Catarina (0,840) e São Paulo (0,833) da
região centro-oeste, região sul e região sudeste,
respectivamente, nas três primeiras colocações.

Com relação aos municípios, São Caetano do Sul/SP


(0,862), Águas de São Pedro/ SP (0,854) e Florianópolis/
SC (0,847) ocuparam os três primeiros lugares.

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