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RESUMO
O presente artigo aborda, por meio de revisão bibliográfica, o conceito de
desenvolvimento com enfoque no desenvolvimento sustentável e sua mensuração por
meio de indicadores. O texto apresenta diversas concepções acerca do
desenvolvimento, destacando o desenvolvimento sustentável como uma alternativa a
urgência de promover o crescimento econômico pautado na preservação ambiental, na
promoção da democracia e da inclusão social. Em face, a essa nova contextualização
de desenvolvimento foram elaborados indicadores de sustentabilidade que buscam
mensurar os resultados auferidos de ações e políticas governamentais. Para esta
análise, foram utilizados três indicadores reconhecidos mundialmente representados
pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Índice de Progresso Genuíno (IPG) e
Pegada Ecológica. A argumentação apresentada no texto pretende destacar o papel do
desenvolvimento sustentável e dos indicadores de sustentabilidade na construção de
uma sociedade socialmente sustentável.
How does the accounting of the industrial districts of Santa Maria/RS perform
their functions in relation to the environment?
ABSTRACT
This article discusses, through literature review, the concept of development with a focus on
sustainable development and its measurement through indicators . The paper presents various
conceptions of development, emphasizing sustainable development as an alternative to the
urgency of promoting economic growth grounded in environmental conservation, the
promotion of democracy and social inclusion. In face of this new context of developing
sustainability indicators that seek to measure the income earned from government actions and
policies were drafted. For this analysis, three globally recognized indicators represented by
the Human Development Index (HDI), Genuine Progress Index (GPI) and Ecological Footprint
were used. The arguments presented in the text you want to highlight the role of sustainable
development and sustainability indicators in building a socially sustainable society.
*Autor para correspondência / Author for correspondence / Autor para la correspondência SENAC São Bernardo, Avenida
Senador Vergueiro 400, Centro CEP. 09750-000 - São Bernardo do Campo, SP – Brasil, Telefone: 55 011 43367900
Data do recebimento do artigo (received): 23/ago./2018 Desk Review
Data do aceite de publicação (accepted): 15/dez./2018 Double BlindReview
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Desenvolvimento sustentável: do conceito de desenvolvimento aos indicadores de sustentabilidade.
Márcia Cristina Gomes Molina.
RESUMEN
El presente artículo aborda, por medio de revisión bibliográfica, el concepto de desarrollo con
enfoque en el desarrollo sostenible y su medición a través de indicadores. El texto presenta
diversas concepciones acerca del desarrollo, destacando el desarrollo sostenible como una
alternativa a la urgencia de promover el crecimiento económico pautado en la preservación
ambiental, en la promoción de la democracia y la inclusión social. En vista, a esta nueva
contextualización de desarrollo se elaboraron indicadores de sostenibilidad que buscan medir
los resultados obtenidos de acciones y políticas gubernamentales. Para este análisis, se
utilizaron tres indicadores reconocidos mundialmente representados por el Índice de Desarrollo
Humano (IDH), Índice de Progreso Genuino (IPG) y Huella Ecológica. La argumentación
presentada en el texto pretende destacar el papel del desarrollo sostenible y de los indicadores
de sostenibilidad en la construcción de una sociedad socialmente sostenible.
1 INTRODUÇÃO
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A média dos três componentes é somada com o mesmo peso para determinar o
valor final, que é apresentado em um valor único e singular, entre 0 e 1, para todos os
países. No início, as metas máximas e mínimas eram determinadas pelos países com
maior e menor índice. Esta metodologia foi retificada nos anos seguintes, já que esse
processo relativizava os IDHs dos países a partir do índice de outros países. “Então, um
valor mínimo e máximo para os componentes foi definido. O valor anual do PIB é
marcado entre $100 e $40.000 per capita, a educação dos países é avaliada de 0 a 100
e a expectativa de vida, em 25 e 85 anos” (GUIMARÃES; FEICHAS, 2009, p. 311).
Desta maneira, o IDH é a ilustração do processo de desenvolvimento
reconfigurado no qual as pessoas são os principais atores, aos quais devem ser
concedidos o direito a equidade social, a participação cidadã e a qualidade de vida.
Veiga (2008, p. 34) complementa essa concepção com o entendimento de que:
“(...) o processo de desenvolvimento pode expandir as capacidades humanas,
expandindo as escolhas que as pessoas têm para viver vidas plenas e criativas. E as
pessoas são tanto beneficiárias desse desenvolvimento, como agentes do progresso e
da mudança que provocam”.
Para Barbieri (2009), o IDH possibilita a análise de tendências de longo prazo no
desenvolvimento humano, porém alerta para o fato do IDH não apresentar nenhuma
medida que esteja relacionada à instância da utilização da natureza. O autor ainda
enfatiza que, “(...) a necessidade de buscar novos indicadores que reflitam melhor as
exigências de um desenvolvimento sustentável é um aspecto sempre lembrado na
Agenda 21” (BARBIERI, 2009, p. 30).
Outra crítica que se faz, segundo Guimarães e Feichas (2009), é que o IDH não
mensura a qualidade de ensino e a distribuição de renda, sendo esses fatores de
extrema importância para o desenvolvimento, entretanto, é imprescindível reconhecer
que a criação do IDH culminou na incorporação das variáveis ambientais, econômicas
e sociais, antes descartadas na medição do desenvolvimento.
Posteriormente em 1995, foi elaborado o Índice de Progresso Genuíno (IPG) com
a finalidade de mensurar o crescimento econômico de um país abarcando inclusive, o
aspecto social e ambiental, enfatizando o bem estar das pessoas.
Este indicador se apropria da mesma metodologia do PIB, porém subtraem custos
oriundos de crimes, poluição, degradação do meio ambiente, entre outros e acrescenta
a base de cálculo o trabalho voluntário e doméstico.
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Segundo Guimarães e Feichas (2009), o IPG foi originado em 1989 como Índice de
Bem Estar Econômico Sustentável (IBES) com o objetivo de avaliar a sustentabilidade
pelo ponto de vida do bem estar de uma população em um determinado tempo.
O IBES foi considerado um dos melhores índices de sustentabilidade por seu
caráter globalizado possibilitando a análise de diversas variáveis conjuntamente,
conforme elucidado por Guimarães e Feichas (2009).
O uso do IBES revela uma disparidade entre ele e o PIB. A diferença entre os dois
é que, de maneira geral, até a década de 1970 ou 1980 dependendo do país, o IBES
apresentava uma tendência a aumentar. Depois desse período, este índice começou a
cair, o que evidencia a degradação do meio ambiente e bem-estar da população
(QUIROGA, 2001). Por seu turno, o PIB, ao medir exclusivamente a produção da riqueza
que circula no mercado, apresentou somente uma tendência ascendente, mascarando
desta forma, períodos de crescimento da riqueza, mas de diminuição de bem estar ou
maior degradação ambiental.
Ao ser reformulado o Índice de Bem Estar Econômico Sustentável (IBES),
atualmente denominado Índice de Progresso Genuíno (IPG), utiliza diversas variáveis
para identificar o desenvolvimento de um país, sendo estas representadas por: índice
de criminalidade, trabalho voluntário e doméstico, distribuição de renda, esgotamento
de recursos, poluição, danos ambientais, perda de tempo de lazer, despesas
preventivas, vida útil de produtos duráveis e infraestrutura e dependência de ativos
estrangeiros.
Para exemplificar o cálculo do IPG, pode-se pensar na utilização do petróleo para
produção de energia, diante do PIB há um crescimento econômico, entretanto, para a
medição IPG há uma queda, visto que não o petróleo não é renovável e polui o meio
ambiente, que consequentemente prejudica o bem estar das pessoas.
De acordo com Guimarães e Feichas (2009), diante da amplitude de variáveis
utilizadas para medir a sustentabilidade proporcionada pelo IPG, este acaba sendo um
índice mais preciso e completo em comparação ao IDH.
Outro indicador de desenvolvimento sustentável bastante expressivo é a Pegada
Ecológica (Ecological Footprint) que mensura o grau de pressão sobre os recursos da
biosfera pela ação das pessoas. Este indicador foi criado por Mathis Wackernagel e
William Rees, da University of British Columbia, em 1993 e atualmente é mensurado
pela Global Footprint Network em parceria com a WWF International (VEIGA, 2010).
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potencial educativo. Seu índice explicita a relação da sociedade com o meio ambiente,
como também indica a intensidade do efeito de suas escolhas sobre os sistemas
ambientais.
Em síntese, observa-se que os indicadores de sustentabilidade constituem
significativos instrumentos de avaliação para a promoção de mudanças
comportamentais e fornecem informações relevantes para o processo decisório. Ao
apresentar diversas dimensões em seus parâmetros de medição, esses indicadores são
considerados ferramentas de extrema importância na mensuração do desenvolvimento
sustentável e na implementação de políticas e ações governamentais que visem
construir uma sociedade socialmente sustentável.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 23.ed. São Paulo: Perspectiva, 2010.
SEN, Amarthya. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras,
2000.
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