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SEGURANÇA DO TRABALHO

Impactos das dimensões ambiental, social e


econômico-financeira nas organizações do trabalho e
na gestão do negócio
O mundo está passando por inúmeras e constantes transformações econômicas, sociais e
culturais, e o setor empresarial é um dos mais afetados por elas.

As mudanças que ocorrem no setor empresarial transformam os conceitos do enfoque


organizacional e também fazem com que as abordagens convencionais da administração sejam
trocadas por abordagens mais modernas para atender às necessidades de mudanças mais rápidas e
eficazes.

A administração tradicional era voltada à eficiência, uma vez que as metas das atividades eram estáveis, bem

conhecidas e duráveis. A administração atual precisa ser voltada para a eficácia, estar atenta às mudanças, satisfazer

as necessidades do mercado e principalmente aprender e corrigir os processos rápida e continuamente. (MATTOS,

2002)

No processo de mudanças, as dimensões ambiental e social vieram à tona, e as empresas


começaram a se conscientizar da sua responsabilidade social, por volta da década de 1960 nos
Estados Unidos. Essa conscientização empresarial foi motivada pela conscientização da sociedade
no sentido de que as empresas têm responsabilidade em garantir o direito dos consumidores e em
preservar a natureza (PALARES; NAGATA, 2010).

Já por meados de 1980, nasce o termo “desenvolvimento sustentável”, o qual, mais tarde, em
1987, seria estabelecido pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Além de
produzir um relatório dando diretrizes sobre o tema, o texto da Comissão Brundtland, como também
é conhecida, diz o seguinte:

Desenvolvimento sustentável é um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos

investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o

potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e aspirações futuras [...] é aquele que atende às

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necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias

necessidades.

Inicialmente, acreditava-se que o desenvolvimento sustentável tinha relação apenas com o


meio ambiente, considerando o ponto de vista econômico. Porém, com o passar do tempo, obteve-
se o entendimento de que o termo era formado por um tripé com dimensões ambiental, econômica e
social.

Com o passar dos anos e com o novo panorama econômico mundial formado, a ideia de
responsabilidade social foi se estruturando e passou a abranger não apenas os direitos dos
consumidores, mas também outros aspectos da sociedade. Sendo assim, a responsabilidade social
das empresas pode ser vista em duas dimensões: a interna e a externa.

Em se tratando da dimensão interna, as práticas socialmente responsáveis estão relacionadas


à gestão dos recursos humanos, à saúde e à segurança no trabalho, à adaptação à mudança e à
gestão do impacto ambiental e dos recursos naturais.

Por outro lado, na sua dimensão externa, a responsabilidade social das empresas está
relacionada à rede de relações com as comunidades locais, os clientes, os fornecedores, os
acionistas e os investidores, na observância dos direitos humanos consagrados universalmente e da
gestão global do meio ambiente.

Por isso, os esforços no sentido de materializar práticas que possam ser socialmente
responsáveis dirigem-se primeiramente aos principais agentes internos da empresa, ou seja, os
trabalhadores, que corporizam toda a atividade empresarial e garantem o relacionamento com o
meio exterior. Sendo assim, é possível identificar um conjunto de políticas de gestão de recursos
humanos potenciadoras do bem-estar e, consequentemente, do reforço da competitividade da
empresa e do desenvolvimento social. O conjunto de políticas de gestão de recursos humanos
abrange estes quatro aspectos:

Existência de práticas de recrutamento responsáveis, que não sejam discriminatórias e


que possam atender à igualdade de oportunidades e à diversidade

Inclusão de efetivos planos de formação e aprendizagem contínua ao longo da vida

Criação de condições que possibilitam um melhor equilíbrio entre a vida profissional e


a dimensão extraprofissional de cada trabalhador

Preocupação com a segurança dos postos de trabalho ou, pelo menos, com a
manutenção de altos níveis de empregabilidade

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Ligadas à gestão dos recursos, encontram-se as políticas relativas à saúde e à segurança no


trabalho. Por isso, as empresas socialmente responsáveis criam condições adequadas de modo a
ampliar aos fornecedores a aplicação de critérios e requisitos impostos internamente nesta matéria,
constituindo condições de saúde e segurança, que é um indicador a ser avaliado na hora de adquirir
bens e serviços. Esse tipo de ação acelera, mais evidentemente, as atitudes de responsabilidade,
sofisticação e qualidade.

Ainda com relação à dimensão interna, as políticas que estão relacionadas ao impacto
ambiental, assim como aos recursos naturais, foram as mais rapidamente adotadas em função de as
empresas concluírem facilmente que uma exploração menos intensiva dos recursos naturais é
susceptível a aumentar os resultados, particularmente quando inserida em um plano de ação que
valoriza processos de comunicação eficientes e de construção de uma imagem externa fortemente
associada aos valores que se deseja ver defendidos.

Na dimensão externa, a responsabilidade social das empresas tem relação com a adequada
integração na comunidade em que estão inseridas. Sendo assim, atualmente muitas empresas
investem em projetos sociais, e isso tem se tornado uma tendência mundial. Muitas organizações já
têm uma atitude mais responsável e sensível aos problemas e às adversidades que a sociedade ao
redor vive.

Essa mudança de modelo empresarial representa uma transição de um desenho atrelado às ações empresariais

voltadas especificamente para os altos ganhos financeiros e materiais, que também considera os valores sociais e

espirituais que superam o ganho material. (PALARES; NAGATA, 2010)

Nos países desenvolvidos, os empresários se conscientizaram dos impactos que as suas


empresas causam, tentando, de alguma forma, repará-los. Às vezes, mesmo que a operação não
cause impactos, as empresas entendem que é importante, para o mundo e para a imagem dela,
investir em projetos sociais e/ou ambientais.

No Brasil, já existem empresas engajadas em realizar muitos projetos de conservação da


natureza e/ou sociais, mas ainda há uma longa distância para que o Brasil alcance os países
desenvolvidos.

Essas mudanças de visão de mundo também são sentidas nos âmbitos financeiro e econômico
das empresas, pois, cada vez mais, as organizações focam em qualidade, competitividade e
produtividade em vez de apenas focar em resultados e diminuição de custos.

O avanço tecnológico, o aumento do nível educacional e da competição de mercado e a


escassez de recursos naturais são fatores que contribuíram decisivamente para essa nova visão de
mundo no meio empresarial.

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Uma das formas de mensurar o desempenho das empresas com relação ao desenvolvimento
sustentável é utilizando indicadores. Atualmente, pode-se afirmar que os indicadores Ethos são a
ferramenta de gestão mais utilizada para tal finalidade. Eles foram criados pelo Instituto Ethos de
Empresas e Responsabilidade Social, que é uma organização sem fins lucrativos que objetiva
auxiliar e mobilizar as empresas a gerirem os próprios negócios de maneira responsável social e
ambientalmente.

Esses indicadores são capazes de avaliar a aderência dos negócios à responsabilidade social e
à sustentabilidade e auxiliam na criação de estratégias, políticas e processos.

Que tal conhecer um exemplo de aplicação do tripé da sustentabilidade em uma empresa que
preza o desenvolvimento sustentável?

As ações da cooperativa Sicredi Centro-Leste (RS) são exemplos de aplicação dos conceitos
de sustentabilidade considerando as dimensões ambiental, social e econômica.

A cooperativa inclui no planejamento estratégico aspectos sociais e questões ambientais, assim


como interesses de outros públicos que não os interesses de seus associados e seus clientes. Ela
ainda inclui outras ações. Veja:

Prevê estudos de impactos socioambientais.

Formula estratégias de sustentabilidade que têm como objetivos aumentar sua


eficiência no uso de recursos naturais e reduzir os impactos socioambientais
negativos.

Adota políticas que orientam o desenvolvimento profissional e oferece bolsas de


estudo, promovendo, assim, impacto positivo na vida do trabalhador.

Promove capacitação contínua em todos os níveis.

Implementa política de conduta ambiental que assegura requisitos relacionados ao


tema na sua operação.

Compromete-se com o controle e a prevenção da poluição.

Realiza investimentos em tecnologia focada na eficiência, por meio de adequações em


suas instalações, seus processos e seus produtos, buscando minimizar as fontes
poluidoras.

Estabelece metas e indicadores de redução de consumo de materiais que devam ser


atendidos por sua cadeia de suprimentos.

Estabelece parcerias com sua cadeia de valor para a mitigação de impactos negativos.

Monitora as externalidades relacionadas com o consumo de materiais e com a geração


de resíduos na cadeia de valor.

Inclui o valor das externalidades na tomada de decisão.

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A sustentabilidade está em processo de implantação na cooperativa, mas as ações citadas já


são bons exemplos de medidas positivas que impactarão tanto o público interno como externo,
gerando ganhos para todo o planeta.

O case completo pode ser lido no texto Ações de Sustentabilidade Empresarial Praticadas por
uma Cooperativa na Região Central do Rio Grande do Sul, disponível no site da Revista Espacios.

Todas essas necessidades e todas essas mudanças que foram ocorrendo ao longo dos anos,
como citado anteriormente, também alteraram a organização do trabalho, fazendo surgir novas
funções e novas formas de exercer antigas funções (algumas passaram a ser operadas por robôs e
outras deixaram de existir). A globalização aproximou os mercados e ampliou a oferta e a demanda
de trabalho.

Para tentar entender melhor, esta unidade abordará um pouco mais as mudanças nas
organizações do trabalho e como os aspectos ambiental, social e econômico-financeiro alteraram a
organização do trabalho e a gestão de negócio.

Mudanças nas organizações do trabalho


As mudanças na sociedade e no mundo corporativo afetaram diretamente o mundo do trabalho.
A forma, as expectativas, as competências, a concepção e a definição de trabalho estão sendo
alteradas no mundo, e isso impacta diretamente a forma como os profissionais e as empresas se
organizam no mercado de trabalho.

A evolução do perfil profissional global vem acontecendo desde sempre, no entanto, ao longo dos últimos 50

anos, as mudanças no mercado de trabalho e no perfil dos trabalhadores mudaram de forma realmente drástica,

transformando por completo as relações entre empregado e empregador, assim como os moldes de trabalho adotados

pelas empresas de todo o mundo. (FURTADO, 2013)

Ferrari (2010) afirma que “os fatores que contribuíram para esta nova realidade são as
inovações tecnológicas, a globalização econômica, o papel dos Estados, o individualismo e o
aumento da participação da mulher no mercado de trabalho”.

Como é possível observar, são os fatores predominantemente sociais e econômicos que


mudaram o mercado de trabalho.

As inovações tecnológicas fizeram com que diversos postos de trabalho fossem substituídos
por máquinas automatizadas, causando a diminuição da oferta de empregos para executar tarefas
simples e rotineiras, ou seja, cargos que exigiam baixa qualificação.

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Sendo assim, a competitividade no mercado de trabalho aumentou, e hoje, para uma pessoa
estar apta a oportunidades de emprego melhores, ela deve buscar qualificação profissional em
cursos que agreguem conhecimento e outras características que as empresas atualmente valorizam,
como proatividade, criatividade, experiências, contribuindo com novas técnicas e melhorias na
gestão.

Laranjeira (2000) afirma que a substituição de pessoas por máquinas em alguns postos de
trabalho pode ser vista como uma mudança benéfica para a sociedade, e não apenas como causa
de desemprego. Observe a citação a seguir.

As novas tecnologias podem ser exploradas em suas dimensões positivas, como na eliminação das funções

rotineiras, repetitivas e degradantes, fonte de doenças e de insatisfação, tanto na esfera do trabalho fabril quanto na

esfera dos serviços; ou como na realização de um trabalho polivalente, multifuncional, favorecendo a utilização do

pensamento abstrato, permitindo uma maior interação do trabalhador com a máquina, já que o trabalho informático

supõe essa interação. Sobretudo, haveria a possibilidade de reduzir ainda mais o tempo de trabalho necessário ao

ganho para sobrevivência. (LARANJEIRA, 2000, p. 14 e 15)

As inovações tecnológicas mudaram a nossa realidade social e também o mercado de trabalho.


Então, resta-nos aproveitar os benefícios que elas podem trazer, como o fim de funções que
coloquem em risco a vida dos trabalhadores.

Outro fator que aumentou a competição no mercado de trabalho foi a inserção da mulher nesse
setor. Isso aconteceu devido à mudança ocorrida na sociedade: antes, a mulher deveria apenas
trabalhar em casa e cuidar dos filhos; hoje, depois de muitas lutas, a mulher está conquistando um
lugar no mercado de trabalho.

Paralelamente, a nossa sociedade tornou-se menos preconceituosa, o que proporcionou a


atuação da mulher em diversos cargos que antes eram ocupados apenas por homens.

Hoje, a maioria das empresas já concorda que deve oferecer oportunidades iguais para
homens e mulheres. Uma pesquisa realizada pela Escola de Administração de Empresas de São
Paulo e por um time de consultores da empresa PwC constatou que 49% das empresas
entrevistadas reconhecem a necessidade de mudar as estratégias de equiparação de oportunidades
para homens e mulheres, incluindo remuneração.

A globalização também foi outro fator que transformou a organização do trabalho pela mudança
na gestão das empresas. A globalização aproximou distâncias e ocasionou transformações em
diversos âmbitos.

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O mundo globalizado atual organiza-se a partir de grandes transformações em todos os setores, de forma rápida

e descontínua, promovendo interferências diretas nas organizações sociais, estabelecendo novos modos de vida e

diferentes formas de pensar e agir. (BINOTTO; NAKAYAMA, 2000, p. 3)

Essas mudanças no mundo oportunizaram condições para que as empresas passem a ser
enxutas, flexíveis, com menos trabalhadores, desmembradas em várias unidades pelo mundo e
conectadas por redes de computadores.

Existem também empresas que desenvolvem produtos e transferem a produção para outras
empresas, ou seja, terceirizam a própria produção. É o caso da Apple, que desenvolve produtos
eletrônicos fabricados por outra empresa, a Foxconn, que tem sede em Taiwan e algumas filiais pelo
mundo.

A nova forma de gerir os negócios afetou e ampliou o mercado de trabalho. Hoje, tem-se um
mercado de trabalho mundial em que os trabalhadores não competem somente com outros
trabalhadores de sua cidade ou seu estado, mas também com outros trabalhadores do mundo
inteiro. Isso está fazendo com que o nível de exigência na contratação de empregados seja elevado.

O que pode ser visto no mercado de trabalho é o modelo de avaliação na contratação de funcionários, como

valorização do conhecimento, da criatividade, desempenho, conhecer a empresa no geral, como funcionam os outros

departamentos, rotatividade de cargos, a transparência das informações sobre o que está ocorrendo internamente e

externamente no trabalho, qualidade de atendimento, satisfação do cliente, logística e cada vez mais a interferência da

tecnologia para melhorar os processos produtivos, influenciando o trabalhador a buscar maiores conhecimentos,

capacitações e dessa forma poder interagir de forma construtiva para o campo que atua, contribuindo para o seu

desenvolvimento pessoal, de sua equipe e empresa. (FERRARI, 2010)

Todas essas transformações no mundo aumentaram a competitividade no trabalho –não


somente a competitividade entre trabalhadores, mas também entre trabalhadores e empresas. Ao
mesmo tempo que uma empresa encontra oferta de mão de obra em diversos países, os
trabalhadores também encontram demanda de trabalho em várias cidades, estados e países.

Isso possibilitou que as pessoas procurassem empregos em mais empresas com boas
condições de trabalho e oportunidades de crescimento, e as empresas, para manter a mão de obra
qualificada, estão oferecendo melhores empregos e salários, que proporcionam maior qualidade de
vida ao trabalhador.

Antigamente, os trabalhadores consideravam apenas a remuneração na hora de procurar um


emprego, mas, atualmente, a força de trabalho, principalmente jovem, considera vários aspectos na
hora de buscar um emprego, tais como reputação, oportunidades de crescimento e

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responsabilidades social e ambiental que a empresa oferece.

A mesma pesquisa realizada pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo e por
um time de consultores da empresa PwC constatou que 45% das empresas entrevistadas já
reconhecem a necessidade de adotar estratégias que contemplem o cuidado com a saúde dos seus
trabalhadores.

É notório que a interação entre empresa e trabalhador tem sido alterada ao longo dos anos,
deixando de ser um relacionamento distante entre patrão e empregado e passando a ser uma
relação mais próxima. O empregado passa a ter mais oportunidades de expor as suas ideias com os
líderes e propor soluções diante das necessidades.

Além disso, a valorização dos trabalhadores é uma postura empresarial de reconhecimento dos
valores extrínsecos de cada trabalhador. A valorização ocorre, dentre outros, por meio do respeito às
normas trabalhistas, tais como manter todos os funcionários registrados; efetuar o pagamento dos
salários e do décimo terceiro em dia; recolher devidamente o Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS); e conceder benefícios sociais (auxílio-refeição, plano de saúde etc.).

A empresa, ao agir dessa forma, faz com que o colaborador se sinta valorizado e trabalhe
comprometido com os objetivos da organização, e não apenas trabalhe de qualquer forma para
receber a sua remuneração no fim do mês. Por outro lado, a empresa também deixa de pensar
somente nos seus lucros e passa a se preocupar com o bem-estar dos funcionários.

A nova realidade instalada no mercado de trabalho, em âmbito mundial, está fazendo com que
trabalhadores procurem, cada vez mais, capacitações e adaptações às inovações, para evitar a
perda de funções e posições e, assim, conquistar benefícios com a mudança na organização do
trabalho.

Igualmente, as empresas também precisam oferecer melhores condições para captar talentos,
modificando posturas, pensamentos e visões com relação aos colaboradores.

As modificações em questão permitem que o trabalhador observe o mercado de trabalho de


uma maneira diferente, isto é, de uma forma mais coletiva, um mercado em que ele é capaz de
aperfeiçoar o seu ambiente de trabalho e a si mesmo, sugerindo ideias e inovações, incluindo todos
os colaboradores da empresa onde ele está inserido e reavaliando os objetivos individuais e
coletivos.

Mudanças na gestão dos negócios


As mesmas transformações sociais, culturais e econômicas citadas como fatores de mudança
no mercado de trabalho alteraram a forma de gerir as empresas.

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Binotto e Kakayama (2000) afirmam que, a partir dos anos 1950, surgiram organizações
internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID). Então, o surgimento de complexos regionais, a crescente no número de
empresas multinacionais e a interconexão dos mercados financeiros aumentaram a globalização.

A economia mundial está cada dia mais interdependente, deixando de focar em si mesma e
passando a abrir os horizontes, comercializando com o mundo inteiro. Todas as partes da economia
mundial são dependentes e afetam umas às outras.

Hoje, quase já não existem no mundo mais pontos isolados, principalmente quando se trata dos
grandes mercados consumidores. O mundo está interligado, e a tecnologia da comunicação, junto
com a modernização dos transportes, rompeu as barreiras do tempo e do espaço. As grandes
corporações no mundo apenas escolhem onde, como e quando os seus produtos ou os seus
serviços serão fabricados independentemente de distâncias e tempo.

[...] a marcha tecnológica empreendida pelo homem na era nuclear que redimensionou o progresso criou novas

denominações para batizar seus poderosos inventos capazes de expandir seus domínios e fazer do globo terrestre um

megamercado. Países se estilhaçam, os blocos regionais de comércio crescem, a economia global torna-se cada vez

mais interconectada. Os desafios estão lançados pelos dilemas e pelos horizontes que se abrem com a globalização.

(BINOTTO; NAKAYAMA, 2000, p. 3)

Pode-se perceber no dia a dia que o mundo passa por constantes mudanças, e as
organizações cada vez mais precisam mudar também. É necessário haver mudanças de
relacionamento e quebra de paradigmas; as empresas precisam sair da zona de conforto, testar
coisas novas, se modernizar e buscar novas formas de gerenciar o seu negócio com maior
eficiência.

É preciso enfrentar a concorrência pensando em investir na experiência do cliente, por meio da


satisfação e do atendimento às necessidades, atualizando-se sempre, para fidelizar o cliente e
passar confiança nos produtos e nos serviços oferecidos.

A conscientização das pessoas com relação à sustentabilidade, pelo aumento da informação, é


outro fato que tem mudado a gestão das empresas.

O mundo vive novos padrões e modos de viver e perceber a vida, e a sustentabilidade é um


dos novos paradigmas propostos que modificam nossa forma de pensar. A sustentabilidade propõe
que as pessoas e as organizações vivam em um mundo mais participativo e ético.

No entanto, o que significa sustentabilidade de fato?

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Sustentabilidade vem do latim sustentare, que significa sustentar, suportar, conservar em bom estado, manter,

resistir. Dessa forma, sustentável é tudo aquilo que é capaz de ser suportado, mantido, indo mais além, Lange Busch e

Delgado-Ceballos (2012) dizem que sustentabilidade pode ser definida como uma abordagem de negócio que

considera de forma equilibrada e holística os aspectos econômicos, sociais e ambientais, gerando em longo prazo

benefícios a gerações futuras e partes interessadas (stakeholders). (PAZ; KIPPER, 2016, p. 86)

Como visto na citação, a sustentabilidade abrange aspectos sociais, econômicos e ambientais,


pensando em como as ações do presente podem impactar o futuro.

Diante da importância que a sustentabilidade vem demonstrando na sociedade, as


organizações estão passando a refletir mais sobre o assunto e a aderir novos modelos de gestão.

Adotar modelos de gestão mais sustentáveis faz com que as empresas adotem
comportamentos menos imediatistas e operem com mais planejamento de curto, médio ou longo
prazo.

A sustentabilidade dentro das empresas é implementada por meio da realização de programas


sociais e de ações visando à redução dos impactos ambientais, sem perder de vista que a
organização precisa continuar sendo economicamente viável, ou seja, lucrativa.

Entre os três pilares da sustentabilidade, o aspecto ambiental é o mais abordado atualmente e


o que mais tem gerado ações das empresas, tanto pelo entendimento dos malefícios que a
degradação do meio ambiente causa quanto pela cobrança do poder público. No Brasil, por exemplo,
já existem hoje leis com regras ambientais que devem ser seguidas pelas empresas.

Atitudes sustentáveis de todos os âmbitos mudaram a forma de gestão dos negócios, mas a
área ambiental realmente assumiu mais importância e efetividade nessas mudanças.

No Brasil, atualmente há uma legislação ambiental ampla e completa que obriga os gestores de
empresas a inserirem a preservação ambiental na sua gestão. Essa legislação começou a ser
montada na década de 1980, com a promulgação da Lei n.º 6.938, que instituiu a Política Nacional
do Meio Ambiente (PNMA).

A PNMA tornou obrigatório o licenciamento ambiental para atividades potencialmente


poluidoras. Souza (2013) descreve que o licenciamento ambiental é o “procedimento administrativo
pelo qual o órgão ambiental competente autoriza a localização, a instalação, a ampliação e a
operação de empreendimentos efetiva ou potencialmente poluidores e que se utilizam de recursos
ambientais nas suas atividades”.

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Junto com o licenciamento, outras normas jurídicas, como a forma de utilização dos recursos
hídricos, foram implementadas ao longo dos anos para garantir mais controle e preservação do meio
ambiente.

Diante desse cenário, as empresas também tiveram que se atualizar, conhecer a legislação
ambiental e considerar esses aspectos na hora do planejamento – desde o planejamento inicial na
instalação de um empreendimento até as operações rotineiras de um empreendimento, como o
descarte correto do lixo.

Para atender à legislação, as organizações estão implementando um sistema de gestão


ambiental. O sistema propõe reavaliações na relação do processo produtivo com o meio ambiente à
sua volta.

Um sistema de gestão ambiental corresponde a um conjunto inter-relacionado de políticas, práticas e

procedimentos organizacionais, técnicos e administrativos de uma empresa que objetiva obter melhor desempenho

ambiental, bem como controle e redução dos seus impactos ambientais. Desempenho ambiental consiste em

resultados mensuráveis da gestão de aspectos ambientais das atividades, produtos e serviços de uma organização.

(SOUZA; CAMPARE, 2014)

De forma prática, um sistema de gestão ambiental detecta as atividades em que a operação da


empresa poderia utilizar menos energia, matérias-primas, água etc., identifica as atividades
poluidoras e depois sistematiza e organiza o monitoramento do gerenciamento ambiental.

Se o sistema for bem executado, ele promoverá o equilíbrio entre a proteção ao meio ambiente
e as necessidades financeiras da empresa. Ao utilizar menos recursos na produção, a empresa
também reduzirá custos de produção.

Por isso, implementar um modelo de gestão que contemple aspectos ambientais não
necessariamente envolve apenas gastos e problemas financeiros. É possível, por meio de um bom
plano de ação, resolver esses problemas, fazendo com que a empresa lucre ainda mais.

Segundo Pifer (2017), atualmente o maior problema dos negócios em implementar um sistema
de gestão ambiental é o engajamento dos colaboradores nessa mudança. Por isso, cabe aos
gestores de negócios proporem campanhas de motivação e treinamento para engajar os
funcionários no processo de mudança para uma gestão que respeite a natureza.

O foco dado ao prisma ambiental não deve ser entendido como um esquecimento do prisma
social, pois, como todos os prismas da sustentabilidade estão ligados, quando uma empresa age de
maneira ecologicamente correta, ela está agindo, igualmente, de maneira socialmente responsável,

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atendendo aos interesses da população à sua volta, que é afetada direta e indiretamente pela
operação dessa empresa.

Veja o exemplo de uma empresa que está alinhada com as mudanças necessárias e considera
o desenvolvimento sustentável um valor para a organização, o que reflete em alguns ganhos para o
negócio.

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Quer conhecer outro exemplo de uma empresa que assumiu o compromisso com o
desenvolvimento sustentável?

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Quer conhecer outros exemplos de empresas engajadas no desenvolvimento sustentável?


Pesquise cases relacionados ao tema em sites de busca e em artigos acadêmicos e veja o que está
acontecendo no mundo empresarial.

Infelizmente, muitas empresas, com pensamentos retrógados, ainda acham que agir de
maneira ecologicamente correta só gera custos para elas, afetando diretamente os lucros. Contudo,
isso é uma inverdade, pois a sustentabilidade pode ser uma grande aliada das finanças das
empresas, sendo até mesmo um diferencial competitivo.

A busca por uma operação industrial mais sustentável pode ser a base para inovações nas
organizações, o que proporciona eficiência e incrementos de desempenho.

Um estudo realizado por Lameira et al. (2012) com 205 empresas brasileiras mostra que as
organizações que têm ações e atitudes sustentáveis correm menos riscos e apresentam melhor
desempenho financeiro, ou seja, a sustentabilidade está ligada a uma boa gestão, podendo-se ainda
afirmar que a sustentabilidade agrega valor para as empresas.

Como já mencionado, aumentar o nível de satisfação do cliente é um aspecto importantíssimo e


que deve ser levado em consideração pelos gestores das empresas nos dias de hoje. É um fator que
pode garantir o sucesso ou o fracasso da empresa.

Porém, para garantir a continuidade das operações, uma empresa deve agir de forma
responsável com a população à sua volta. A organização empresarial deve contribuir para o
desenvolvimento socioambiental da comunidade com quem interage.

Oliveira (apud PAZ; KEPPER, 2016) enumera cinco ações que devem ser utilizadas pela
gestão empresarial para implantar a sustentabilidade nas organizações. São elas:

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1. Incentivar a iniciativa voluntária dos profissionais da organização

2. Incluir profissionais motivados para a sustentabilidade no planejamento estratégico

3. Desenvolver e implantar indicadores estratégicos, táticos e operacionais nos âmbitos


social, econômico e ambiental

4. Implementar processos internos de participação dos diversos níveis hierárquicos na


formulação das metas e dos objetivos estratégicos vinculados à sustentabilidade
organizacional

5. Estabelecer um vínculo entre o plano de desenvolvimento de carreira e o engajamento


dos profissionais à sustentabilidade organizacional

Pode-se perceber que várias dessas ações estão exclusivamente voltadas ao engajamento dos
colaboradores, e isso faz todo o sentido, pois, como visto, a falta de comprometimento dos
empregados é o principal problema encontrado pelos gestores das empresas na implementação de
uma gestão ambientalmente correta.

Adotar as ações citadas não garante o sucesso da implementação da sustentabilidade em uma


empresa, mas pode orientar os gestores que queiram tornar as suas empresas realmente
sustentáveis.

Cabe citar ainda que, muito embora as questões ambientais e de responsabilidade social levem
a uma gestão mais sustentável, não há que se falar em boa gestão empresarial sem processo
produtivo seguro, bem como não há como apontar determinado empreendimento como sustentável
(ambientalmente correto, economicamente viável e socialmente justo) se este não volta os olhos aos
seus empregados.

Sendo assim, é possível perceber a gestão participativa nas empresas. Nela, discute-se
abertamente com todos os trabalhadores sobre a empresa, tendo como principais conceitos o
envolvimento, a proatividade, a liderança participativa, a sinergia entre holding e negócios, a
colaboração, o compartilhamento, a satisfação, o bem-estar e a segurança no trabalho. A ideia é
permitir a contribuição de todos na criação de um modelo de gestão capaz de preparar as pessoas
para desempenhar os seus papéis em um cenário cada vez mais complexo, no qual as novas
tecnologias surgem e se aprimoram com uma velocidade sempre maior.

Nesse cenário, acredita-se também que a qualificação profissional e o bem-estar dos


empregados refletem em melhores resultados de crescimento do negócio, o que faz com que as
empresas entendam que as formas modernas de gestão contribuem significativamente para a
manutenção da sua competitividade.

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Considerações finais
Ao longo do texto, pôde-se perceber que as dimensões ambiental, social e econômico-
financeira realmente mudaram – e continuam mudando – a organização do trabalho e a forma de
administrar os negócios. Essas dimensões, além de terem sido alteradas pelas mudanças que
ocorreram no mundo, modificaram o trabalho e a gestão de maneiras diferentes. As dimensões
ambiental e social merecem destaque, devido à importância que elas apresentam.

Com relação à dimensão ambiental, os efeitos negativos que o nosso planeta já sente pela
poluição ao meio ambiente fizeram grandes organizações mundiais mostrarem ao mundo que era
necessário repensar o nosso jeito de viver e, consequentemente, de operacionalizar a produção de
produtos e serviços. Dessa forma, muitas empresas tiveram que mudar o jeito de gerir o seu
negócio.

A dimensão social envolve tanto os aspectos voltados à responsabilidade social quanto os


aspectos voltados à sociedade, que mudou em meio às quebras de paradigmas que aconteceram,
como a inserção da mulher no mercado de trabalho, os avanços tecnológicos, a maior preocupação
da empresa em propiciar um ambiente de trabalho com maior qualidade e segurança aos
trabalhadores etc.

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Case 1

O Boticário, indústria e comércio de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos,


assume o compromisso de promover um desenvolvimento sustentável, pois acredita que as políticas
públicas no Brasil não cumprem com tal papel. Assim, torna-se responsabilidade das empresas
privadas tratar o tema. Por estar inserido em um contexto empresarial, O Boticário entende que a
participação das organizações na busca pela preservação da vida é indispensável e que o
desenvolvimento socioeconômico está alinhado com a preservação do meio ambiente.

Ainda que pareçam iguais, há diferença entre responsabilidade social e investimento social
privado. No caso da empresa O Boticário, a responsabilidade social foi inserida na gestão da
empresa para só então iniciarem os investimentos sociais. Uma das vertentes nesse sentido é a
Fundação Grupo Boticário de Preservação à Natureza, a qual é responsável por projetos de
preservação ambiental em diversas regiões.

A empresa alega que tem diversos produtos à disposição dos consumidores, mas que tem a
pretensão de projetar a imagem dela com algum valor agregado adicional, seja no atendimento ao
cliente, seja nos programas com a comunidade. Também ressalta que a responsabilidade social
pode ser um diferencial que traz vantagem competitiva e potencializa os negócios (embora nem
todos os consumidores tenham total consciência dessa importância, levando-os a colocar na
balança esse tipo de ação no momento da compra).

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Contudo, embora a empresa considere que a responsabilidade social pode trazer vantagem
competitiva e uma imagem positiva, afirma que não atua nesse sentido para atingir resultados, e sim
porque acredita que é uma questão ética e que faz parte da filosofia do grupo.

Os próprios funcionários consideram que a vantagem competitiva gerada pelo compromisso


com a responsabilidade social é apenas uma consequência do bom desempenho da empresa para
com a sociedade, considerando que a empresa trata bem seus funcionários, preserva o meio
ambiente, tem credibilidade e por isso é reconhecida. Essa atuação leva os consumidores (embora
nem todos, como dito anteriormente) a preferirem seus produtos aos do concorrente que não realiza
nenhuma ação, sendo este também um fator positivo, pois motiva os concorrentes a aderirem a
práticas de responsabilidade social.

Também é interessante ressaltar que as questões sociais e ambientais sempre foram


motivadas pelo presidente da organização, ou seja, as iniciativas partiram da alta direção, o que é
fundamental para a concretização e a permanência do compromisso firmado.

O case completo pode ser conferido no artigo Desenvolvimento Sustentável e


Responsabilidade Social: um Estudo de Caso no Grupo Boticário, disponível no Departamento de
Ciências da Administração (CAD).

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Case 2
A Duratex é uma empresa fabricante de produtos de madeira, louças e metais sanitários. Uma
das iniciativas da empresa foi a criação do comitê de sustentabilidade ambiental, social e cultural da
Duratex. Por meio dele, a Duratex presta assessoria a órgãos de administração da sociedade quanto
a aspectos sustentáveis, propondo políticas de operação, gestão e responsabilidade socioambiental
e cultural.

A organização considera a gestão ambiental parte do programa de qualidade e, assim,


proporciona melhorias nas condições de produção e alto grau de sustentabilidade ambiental por
meio de investimentos na área.

Imagine o desafio que uma empresa enfrenta quando sua matéria-prima principal é proveniente
da natureza. A preocupação com a preservação é praticamente natural, pois a produção depende da
continuidade das florestas.

A organização desenvolve programas sociais com enfoque tanto no público interno quanto
externo. Os programas internos têm como objetivo principal o aculturamento dos funcionários em
práticas como coleta seletiva e reciclagem do lixo, assim como o incentivo à prática de voluntariado
ou outras ações sociais. Já os programas externos visam a estabelecer elos de comunicação com a
sociedade e com stakeholders e estão focados principalmente em práticas de inclusão social e apoio
a projetos culturais, esportivos e sociais.

Observe algumas das ações realizadas visando à sustentabilidade com relação ao processo de
madeiras:

O uso de adubos e agrotóxicos é determinado por controles restritos.

As análises do solo e das necessidades do eucalipto definem o melhor adubo a ser


utilizado. Inclusive, o adubo é aplicado na muda em vez de ser aspergido, o que gera
ganhos ambientais e na racionalização do produto.

As florestas são monitoradas constantemente por técnicos em nutrição e proteção


florestal, o que possibilita um diagnóstico assertivo e, consequentemente, a adoção de
medidas eficientes.

O manejo integrado de pragas visa a garantir a produtividade das florestas e vai desde
o melhoramento genético, que privilegia as árvores mais resistentes, até a
preservação da mata nativa, que abriga os inimigos naturais das pragas.

Com relação ao processo de produção de louças e metais, algumas das ações são estas:

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Alguns resíduos industriais são reprocessados e reutilizados no próprio processo,


gerando ganhos de processo e, consequentemente, reduzindo o consumo de matéria-
prima.

Os resíduos metálicos são refundidos; e os de madeira, utilizados como biomassa


para geração de calor nas plantas. Outros resíduos, como o hidróxido de níquel, são
vendidos e aproveitados em indústrias químicas, e o lodo galvânico é utilizado na
indústria de fertilizantes.

Ademais, dentro do segmento de atuação, uma das principais atuações da Duratex refere-se a
criar e desenvolver produtos que auxiliam os consumidores a reduzirem o consumo de recursos
naturais, como água, na venda de torneiras e válvulas de mictório que possibilitam reduzir o
consumo do recurso. Embora ainda haja muito a ser feito, todas essas iniciativas certamente
contribuirão para um futuro melhor para as próximas gerações.

O case completo pode ser conferido no artigo Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
como Fator de Competitividade para as Organizações: um Estudo de Caso Duratex, disponível na
Revista de Administração e Inovação (RAI) da FEA – USP.

Conclui-se então que a responsabilidade social empresarial deve tomar como base o
compromisso com o seu público interno e com a comunidade em que está inserida e que as
vantagens competitivas são apenas consequência de uma atuação positiva.

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