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RESUMO
Para enfrentar as demandas dessa nova abordagem reflexiva sobre o meio ambiente, as
organizações precisam de novos métodos gerências que assegurem a percepção da
relevância de sua função social pela sociedade. A inclusão de práticas relacionadas à
responsabilidade social conduz a organização a uma nova abordagem da gestão no
que se refere ao alcance do sucesso comercial, mas honrando os valores éticos,
respeitando as pessoas, comunidades e meio ambiente natural (BUSINESS, 2006,
p.6).
Segundo Egri e Pinfield (1998, p.384), “As actividades organizacionais não são
independentes dos sistemas. Elas também absorvem recursos e suprimentos, que são
transformados, para gerarem produtos (outputs) para o ambiente social maior”. As
organizações vivem e operam no meio ambiente, do qual recebem insumos na entrada e
colocam seus produtos na saída, através de bens, serviços e informações.
Para Ashley (2003, p.29), os objectivos empresariais transcenderiam os aspectos
mensuráveis de emprego de factores de produção, passando por uma forma de
organização que conciliasse os interesses do indivíduo, da sociedade e da natureza,
transitando do paradigma antropocêntrico, no qual a empresa é o centro de tudo, para o
ecocêntrico; no qual, o meio ambiente é o mais importante, e a empresa, assim como
outros agentes, insere-se nele.
Propõe-se, então, neste estudo, um ensaio teórico que objectiva evidenciar a interface
da responsabilidade social na gestão de recursos naturais tomando como referencial o
modelo compacto de análise GREEN, adaptado por Vieira e Weber, (2002, 31)
considerando: que o funcionamento de um sistema de gestão, na sua efectividade e
eficiência, depende de como os atores sociais e organizacionais incorporam valores
morais e éticos; o papel relevante das organizações públicas, privadas e informais
como fonte aglutinadora de pessoas para solução de problemas; a inclusão de novos
métodos gerências em busca da melhoria da qualidade da gestão.
O modelo de gestão proposto leva em conta os usos dos recursos naturais, no contexto
das dinâmicas naturais e sociais, considerando que os mesmos se transformam com o
passar dos anos, dependendo tanto da evolução dos processos naturais, como também da
evolução da tecnologia.
Para Cruz (2006, p.13), “responsabilidade social é um conceito amplo, com muitos
significados e sinónimos: cidadania corporativa, desenvolvimento sustentável,
crescimento sustentável, sustentabilidade, capitalismo sustentável, filantropia
empresarial, marketing social, activismo social empresarial”.
Já para Melo Neto (1999, p.78), “responsabilidade social de uma empresa consiste na
sua decisão de participar mais directamente das acções comunitárias na região em que
está presente e minorar possíveis danos ambientais decorrentes do tipo de actividade
que exerce”.
Reconhecer os benefícios das práticas de responsabilidade social tem sido o enfoque das
abordagens de muitos autores, embora com visões diferentes.
PARTE II
RESUMO
Face a esta problemática, eis que surge a necessidade da gestão dos recursos naturais.
Para se obter resultados positivos, uma boa prática de gestão dos recursos naturais deve
levar em consideração alguns factores, como os interesses sociais, os objectivos que
direccionam o desenvolvimento socioeconómico e os instrumentos de gestão
disponíveis, de forma que haja uma interacção entre o modelo de desenvolvimento e a
actuação sobre o meio ambiente.
Neste contexto, surge a gestão ambiental empresarial, cujo objectivo maior deve ser a
busca constante da melhoria da qualidade ambiental dos processos, produtos, serviços e
ambiente de trabalho da organização.
Conforme Barbieri, (2007, p. 118), as três abordagens seguintes, também, podem ser
vistas como fases de um processo de implementação gradual de práticas de gestão
ambiental numa dada empresa.
O modelo de produção P+L vem sendo desenvolvido pelo Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela Organização das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Industrial (UNIDO) desde a década de 1980.
Analisando a expressão “produção mais limpa”, percebe-se que não existem processos
ou produtos completamente “limpos”. Contudo, a P+L presume uma melhoria contínua,
visando tornar o processo produtivo cada vez menos agressivo ao meio ambiente.
Portanto, o que existe são processos produtivos menos limpos ou mais limpos, uma vez
que se entende que não existe poluição zero.
TPC
De acordo com o CNTL, as barreiras podem ser encontradas nas seguintes áreas:
Além disso, resulta em uma melhor conservação dos recursos naturais e uma melhoria
das condições ambientais, tanto no presente como para as gerações futuras, devido à
minimização dos impactos causados pelos resíduos gerados e ao uso racional dos
insumos, bem como na melhoria das condições de trabalho e na qualidade do produto,
contribuindo directa e indirectamente para a segurança dos trabalhadores, dos
consumidores e da comunidade em geral.
ECODESIGN
Apesar do conceito de ecodesign ser também aplicado aos processos e serviços, é mais
comum sua aplicação ao produto, onde a empresa busca apresentar ao cliente além de
atributos ambientais, funcionalidade, qualidade, eficiência, estética e custo.
Conceito
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) define o ecodesign como todo o processo que
contempla os aspectos ambientais onde o objectivo principal é projectar ambientes,
desenvolver produtos e executar serviços que de alguma maneira irão reduzir o uso dos
recursos não renováveis ou ainda minimizar o impacto ambiental dos mesmos durante
seu ciclo de vida. Isto significa reduzir a geração de resíduo e economizar custos de
disposição final.
Análise Comparativa
a) Prevenção da poluição;
h) Maior competitividade;
Observa-se que ambas buscam a redução dos impactos ambientais negativos através da
maximização do uso dos recursos naturais disponíveis como a matéria-prima, a água e a
energia e, em contraponto, a minimização dos resíduos gerados.
Divergência
Contudo, a P+L diverge do ecodesign na forma de como eles chegam aos pontos em
comum.
A P+L focaliza o processo fabril, desta forma, qualquer acção que busque o uso
sustentável dos recursos naturais e a redução dos resíduos gerados, durante o processo
de fabricação, pode ser caracterizada como uma prática de P+L;