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Escola Superior de Ciências Marinhas e Costeiras

Cadeira:

Detecção Remota e SIG (GIS)

Tema:

“Distribuição espacial e temporal da clorofila na foz do rio Licungo


(Zona Costeira da Maganja da Costa e Namacurra) no ano de 2015”

Mestrando:
Carlos Baptista Fernandes da Silva Filinho

Docente:
PhD. Helder Arlindo Machaieie

Quelimane, Outubri de 2022

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Índice
1. Introdução....................................................................................................................................2
2. Revisão Bibliográfica...................................................................................................................3
2.1 Processo de precipitação-escoamento........................................................................................3
2.2 Modelação do processo de precipitação-escoamento do rio......................................................4
2.3 Transporte de sedimento (nutrientes) pelo rio para a zona costeira...........................................4
2.4 Influência da precipitação e escoamento do rio na pesca da zona costeira...............................5
Metodologia.....................................................................................................................................8
Área de Estudo.................................................................................................................................8
Coleta de dados................................................................................................................................8
Produtos MODIS-Aqua...................................................................................................................8
Resultados e discussão.....................................................................................................................9
Conclusão.......................................................................................................................................10
Bibliografia....................................................................................................................................11

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1. Introdução

As zonas em que as águas doces e marinhas se misturam, geralmente se observam boa


produção pesqueira (Nehama & Reason, 2014). Para que esta produção se desenvolva, depende
do volume da água, partículas solidas e vegetais descarregado pelo rio e morfologia da foz do
rio, este ultimo sendo o factor que determina o tempo de mistura entre as águas do rio e a do mar
(Hoguane et a.l, 2012). Sendo que o fitoplâncton só pode se desenvolver quando a turbulência e
a turbidez diminuem, criando assim, condições para uma mistura eficiente da água doce e do
mar, bem como capacidade do fitoplâncton absorver os sais nutrientes trazidos pelos escoamento
e precipitação dos rios (Erhui Li et al., 2014).

Falar sobre a produção primaria da região

Com base no exposto, o objetivo deste trabalho é descrever os padrões de variabilidade


espacial e temporal de dois parâmetros na região da foz do Rio Licungo (Na zona costeira da
Maganja da Costa e Namacurra): clorofila-a e temperatura da superfície do mar. Para tanto, serão
utilizados os produtos do sensor MODIS/AQUA em uma série temporal de dados de 2015 e de
resolução espacial de 4 km.

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2. Objectivo

 Calcular a distribuição espacial e temporal da clorofila-a na foz do rio Licungo (Zona


costeira da Maganja da Costa e Namacurra) no ano de 2015

3. Metodologia

3.1 Área de Estudo

A foz do rio Licungo, localiza-se no Banco de Sofala, abrange a Zona costeira da Maganja da
Costa, a norte da foz e Namacura sul, entre as Latitudes X e Longitude Y, de acordo com a
Figura 1. O rio Licungo tem a sua nascente nos montes Namúli, perto de Guruè, a 2000 m de
altitude, e tem a sua foz no Oceano Índico a 50 km a Norte da Cidade de Quelimane (ARAN,
2022). Este rio é também alimentado por dois afluentes principais, o rio Lugela e o rio Luo,
ambos na margem direita, na margem esquerda rios Raraga e Melela, para além de outros
pequenos afluentes. 

 A bacia hidrográfica do rio Licungo tem um comprimento aproximado de 343 Km e o seu


perímetro é de cerca de 798 Km, um escoamento médio de 6 533,80 Mm3/ano e um consumo
para as diversas utilizações de 2 775,90 Mm 3/ano cerca de 42% do escoamento total da bacia o
que significa que a mesma possui quantidade suficiente de água, prevendo- se que até ao ano
2015, as necessidades de água para os diversos fins seja de 3 600,90 Mm 3/ano cerca de 55%
(Langa, 2002).

Ao longo da foz do rio Licungo, pratica-se a pesca do tipo artesanal, onde as principais espécies
capturas são o peixe pedra, pende, bagre e xaréu entre outras. Estas servem tanto para consumo
familiar como para venda e/ou trocas por produtos alimentares. Segundo IDPPE, 2009 citado por
PAAEZC, 2012, o volume global de capturas na ordem de 22.462 toneladas por ano.

Figura X. Foz do rio Licungo (Autor, 2022)

3.2 Coleta de dados e processamento de dados.

Os dados para a realização deste trabalho foram obtidos através do satélite Sentinel 3 da Agencia
Espacial Europeia (ESA), dados digitais do sensor Ocean and Land Colour Instrument (OLCI),
do projecto Copernicus.

Foram obtidas 4 imagens, no verão (Novembro, 2015), primavera (Março, 2015), inverno
(Junho, 2015) e outono (Setembro, 2015).

As imagens foram processadas com auxilio do software ArcMapa 10.1, para determinar
INDEX…..

3
4. Resultados e discussão

4
Conclusão

5
Bibliografia

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