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Índice

Conteúdo Página
CAPITULO I .................................................................................................................................. 3

1.1.Introdução ................................................................................................................................. 3

1.2.Problematização ........................................................................................................................ 4

1.3.Objectivos ................................................................................................................................. 4

1.4.Hipóteses ................................................................................................................................... 5

1.5.Justificativa ............................................................................................................................... 5

CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................ 6

2.1.Sustentabilidade ........................................................................................................................ 6

2.2.Mangal ...................................................................................................................................... 6

CAPITULO III: METODOLOGIA ................................................................................................ 9

3.1.Revisão bibliográfica ................................................................................................................ 9

3.2.Observação directa .................................................................................................................... 9

3.3.Inquéritos .................................................................................................................................. 9

3.4.Entrevistas ............................................................................................................................... 10

3.5.População e amostra ............................................................................................................... 10

3.6.Cronograma de actividades ..................................................................................................... 10

3.7.Proposta orçamental ................................................................................................................ 11

4.Bibliografia ................................................................................................................................ 12
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Tema: Análise da Sustentabilidade do Mangal no Âmbito da Construção de Infra-


estruturas na Zona Costeira: Caso Costa de Morrungulo

CAPITULO I

1.1.Introdução
De acordo com Saket (2004), as florestas do mangal a nível mundial cobrem cerca de 240.000
km² em Moçambique, o mangal ocupa uma vasta área da linha da costa, a qual se estende de sul
a norte em 2.770 km², caracterizada por uma grande diversidade de ambientes favoráveis ao
desenvolvimento do mangal.

Em quase todo o mundo, as florestas de mangais têm sido simplesmente explorados não tendo
em consideração a gestão sustentável deste ecossistema. Segundo Saket (1994), em Moçambique
a pressão sobre o mangal é relativamente alta, feitas pelas populações locais extraindo lenha,
material de construção, madeira, construção salinas, agricultura, etc

Ao longo da costa de Morrungulo o desenvolvimento de diferentes actividades socioeconómicos,


têm originado uma grande pressão sobre os mangais, e os impactos provenientes da acção do
homem na zona costeira resultante de um problema de destruição dos mangais, desflorestamento,
redução e a alteração da biodiversidade biológica

O trabalho encontra-se estruturado da seguinte forma: o presente capítulo onde faz parte a
introdução, problematização, objectivos e hipóteses, no segundo capítulo encontra-se a
fundamentação teórica onde faz-se a descrição de aspectos chaves ligados a pesquisa e no
terceiro capítulo encontra-se a metodologia onde faz-se a descrição metodológica da pesquisa
quanto ao tipo nas diferentes facetas, cronograma de actividades, proposta orçamental e
bibliografia.
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1.2.Problematização
De acordo com Saket (2004) citado por Langa (2007) de entre os ecossistemas tipicamente
costeiros, o mangal, os recifes de coral e os tapetes de ervas marinhas são dos mais importantes.
Estes ecossistemas são, no seu conjunto, responsáveis pela maior parte da produtividade marinha
e costeira, pela estabilidade da linha da costa e pela qualidade da água do mar.

Segundo Langa (2007), os mangais, desempenham a função da prevenção da erosão, na


atenuação das cheias e na reprodução das espécies marinhas, como é o caso do camarão, material
de construção, combustível lenhoso (exemplo: Avicena marina).

A contínua destruição do mangal e consequentemente a perda de grandes áreas de mangal,


devido ao aumento das actividades económicas, indica que vamos enfrentar problemas de
produtividade biológica do ecossistema e com a destruição do ecossistema mangal estamos
provavelmente a perder um dos mais valiosos recursos costeiros.

Entretanto na costa de Morrungulo observamos várias actividades que destroem o mangal, de


entre as quais temos as obras de construção das infra-estruturas turísticas que aumentam desta
forma o risco de erosão nesta área. Face ao cenário levanta-se a seguinte questão de partida:
Qual é a sustentabilidade do Mangal no Âmbito da Construção de Infra-estruturas na
Zona Costeira de Morrungulo?

1.3.Objectivos
Geral

 Analisar a sustentabilidade do ecossistema do mangal na costa de Morrungulo no âmbito


das construções das infra-estruturas.

Específicos

 Identificar as causas da destruição contínua dos mangais na costa de Morrungulo


 Verificar a relação existente entre as actividades humanas e os mangais;
 Verificar o nível de conservação dos mangais no âmbito da construção de infra-estruturas
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1.4.Hipóteses
H1: A falta de consciência e incentivos da sociedade sobre o valor, para encorajar a comunidade,
para a protecção e conservação do ecossistema mangal contribuem para a sua destruição

H2: As crescentes actividades de construção das infra-estruturas representam o principal factor


causador da degradação do mangal na área do estudo

H3: A conservação e a preservação dos mangais na costa de Morrungulo constitui um exercício


complexo, devidas as necessidades crescentes na procura de terras para a construção de infra-
estruturas

1.5.Justificativa
Segundo Saket (2004), o mangal desempenha um papel importantíssimo na economia dos países
tropicais, proporcionando bens e serviços para o ambiente, nomeadamente a protecção e
estabilização da linha costeira, berçário para variedade de moluscos tais como o camarão,
caranguejo e muitos invertebrados de grande valor económico, e para a população é fonte de
produtos importantes como a madeira, a lenha, o carvão vegetal, remédios, produtos químicos,
enriquecimento de nutrientes para as águas marinhas adjacentes, local para aquacultura, entre
outros.

O estudo em questão prioriza a área da praia da Costa de Morrungulo tendo em conta a


vulnerabilidade que tem apresentado, reflexos negativos, derivada da construção das infra-
estruturas, destruindo o ecossistema mangal.

Por tanto, o estudo pretende fornecer um quadro teórico sobre a sustentabilidade do mangal, com
informação recente ou actualizada que poderá ser utilizada nos planos de sustentabilidade
ambiental, no campo da educação ambiental, bem como em projectos de desenvolvimento
implantados na zona costeira.
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CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1.Sustentabilidade
Segundo Mota (2001), sustentabilidade relaciona-se à quantidade do consumo que pode
continuar indefinidamente sem degradar os stokde capital total, que é representada pela soma de
capital material (manufacturado, feito pelo homem), capital humano e capital natural. Porém, de
todas as partes do capital total somente uma não pode ser reproduzida pelas gerações futuras. Isto
é o capital natural, o património natural da humanidade.

Mendes (2003) citado por Micoa (2007), assume uma postura de defesa do meio ambiente e de
continuidade das gerações, afirmando que é preciso se desenvolver em harmonia levando em
consideração as limitações ecológicas do planeta, sem destruir o ambiente, para que as gerações
futuras tenham chance de existir e viver bem, de acordo com suas necessidades, como a melhoria
da qualidade de vida e das condições de sobrevivência.

Philippi (2001) citado por Micoa (2007), refere que o desenvolvimento sustentável para os
ambientalistas requer uma determinação das novas prioridades definidas pela sociedade, através
de uma nova ética de comportamento humano e de uma recuperação do primado dos interesses
sociais, colectivos, englobando um conjunto de mudanças na estrutura de produção e consumo,
invertendo o quadro de degradação ambiental e a miséria social à partir de suas causas o que não
vem ocorrendo actualmente.

Ambos autores, procuram nas suas definições, fazer entender o conceito de desenvolvimento
sustentável, onde deve-se usufruir dos recursos sem comprometer as gerações futuras de
satisfazerem as suas necessidades.

O que significa que deve-se procurar dar prioridade em relação as áreas onde deve ser aplicada o
desenvolvimento sustentável, procurando criar uma nova ética em relação ao comportamento
humano

2.2.Mangal
De acordo com (Semesi e Howell, 1992, Nonn, 1974 Couto,1993). citado por Baia (2004) o
mangal é uma comunidade vegetal que coloniza as lagoas costeiras, os estuários e as depressões
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dos deltas. São comunidades adaptadas as condições elevadas salinidade e por isso podem
substituir submersas em águas marinhas. As árvores de mangal são apenas um dos componentes
do complexo ecossistémico do mangal que inclui: corpos associados a água e solos bem como
uma variedade de outras plantas, animais e microorganismo.

O ecossistema dos mangais contribui para protecção das áreas costeiras contra a erosão e
intrusão salina. Os mangais são elementos estabilizadores e protectores da linha da costa e
contribuem para a formação dos solos: com a deposição e captura de sedimentos aluviais na
franja dos mangais, criam-se condições ecológicas que permitem o avanço de solos do continente
em direcção ao mar.

Segundo Baia, (1998), citado por Luís (2011), as florestas de mangal encontram-se em áreas
relativamente protegidas, entre o continente e o mar, onde a energia das ondas do mar é reduzida.
Os mangais desenvolvem-se melhor em áreas expostas a um abastecimento contínuo em água
doce, como as regiões de elevada pluviosidade, infiltração de água doce e nos deltas dos rios.

O mangal crescem na área entre os níveis da maré média alta e zoneamento das espécies, esta
relacionado com a duração da inundação pela maré, uma vez que a capacidade de resposta aos
níveis de salinidade vária de espécie para espécie.

Para UNESCO (1994), a maioria das árvores do mangal possui folhas finas com adaptação
epidérmicas que reduzem a perca de água. Semesi e Howell (1992), citado por Baia (2004) refere
que as suas árvores podem ser usadas para extracção da tatina (corante), como plantas
medicinais, assim como para produção de mel.

Segundo Kathiresan (2000), grande parte do serviço ecológico desempenhado pelo mangal está
ligada a protecção da costa em relação a radiação UV-B, efeito de estufa e fúria dos ciclones,
inundações, elevação do nível do mar, acção das ondas e erosão costeira. Os pântanos do mangal
funcionam, portanto como armadilhas de sedimentos. O sistema radicular das plantas mantém o
substrato firme contribuindo por isso para uma estabilidade duradoura da costa. O ecossistema
providencia por outro lado alimentação e constitui viveiro de peixes e mariscos e muitas vezes
encoraja e atrai outros tipos de animais.
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Segundo MICOA (2006), Citado por Luís (2011), o mangal fornece muitos serviços e produtos
as comunidades costeiras. No entanto para Langa (2007), no litoral moçambicano são registadas
cerca de 10 espécies de mangal. As espécies mais comuns são a Rizophora mucronata, Bruguiera
gymnorrhiza, Avicennia marina, Ceriops tagal, Sonneratia alba e a Xilocarpus granatul.

MICOA (2009), citado por Luís (2011) refere que Moçambique, com cerca de 400 000 ha de
mangal tem a maior floresta de mangal na África Oriental. Ao sul do rio Save mangais ocorrem
extensivamente no estuário Morrumbene, baia de Inhambane, Baía de Maputo e Inhaca. As
maiores florestas de mangal ocorrem no centro do país, principalmente devido as descargas de
água doce considerável de cerca de 18 rios incluindo os deltas do Zambeze, Pungue, Save e
Buzi. Saket e Matusse (1994) referem a não existência dum consenso quanto a área total do
mangal em Moçambique

O ecossistema do mangal é, ou pode ser destruído para seu uso para agricultura, piscicultura e
fabrico de sal e por outras formas de uso que não permitem sua regeneração.

Particularmente na costa de Morrungulo, parte da área do mangal, foi convertida entregue a


turistas, facto muito preocupante, pois, se o ritmo da construção de infra-estruturas nas áreas do
mangal continuam sendo o mesmo, existe um risco do desaparecimento do mesmo nos próximos
anos.
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CAPITULO III: METODOLOGIA


Para a realização do estudo vai seguir-se os seguintes procedimentos metodológicos: revisão da
literatura, observação directa, inquéritos e entrevistas.

3.1.Revisão bibliográfica
A grande prioridade sera a recolha, leitura, análise dos documentos, artigos, relevantes que
abordam temática relacionada ao estudo, que permitirao a elaboração coerente e consolidação do
quadro teórico e conceptual.

3.2.Observação directa
Este método consistira em deslocar se ao local da área de estudo para uma observação in-loco da
área ocupada pela floresta de mangal na área de estudo, identificar as causas da destruição do
mangal, verificar suas características, obter como colectar informações importantes sobre a
situação dos mangais ao longo dos tempos junto com a comunidade local existentes através do
inquérito.

Na pesquisa, será relevante verificar áreas onde foram destruídas algumas espécies de mangal,
para a construção de infra-estruturas ao longo dos anos 2015 a 2019.

3.3.Inquéritos
O inquérito efectuado, vai visar essencialmente em colher informações inerentes às causas de
exploração do mangal da área de estudo e a relação entre as actividades humanas e os mangais.

Os inquéritos irão basera-se se num guião de inquérito, onde tera perguntas fechadas, onde
podem responder com um “sim ou não” e colocar um (x) na alternativa que achar correcta, onde
vai proseguir-se por um explicação detalhada, de como devem ser respondidas as questões..
(Luis 2004).

.O guião de inquérito sera composto por perguntas de múltipla escolha que abordam temas
relacionados com a conservação e preservação do ecossistema mangal.
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3.4.Entrevistas
A entrevista tera como objectivo, recolher dados inerentes a área de estudo, para por um lado
complementar a informação retirada em alguns documentos, por outro lado responder aos
objectivos da presente investigação.

3.5.População e amostra
A definição do tamanho da amostra, vai basear-se na metodologia apresentada por Case (1990)
adaptado por Matacala e Macucule (1998), a amostragem tera como base para o presente estudo
um universo de 20 agregados familiares, a nível da comunidade. A amostra dos inqueridos será
fixado em 10٪ o que corresponde a 20 moradores, sendo 5٪ dos residentes e outros 5٪
autoridades responsaves pela cnservacao marinha. Os inquéritos serão feitos através da
amostragem aleatória simples.

3.6.Cronograma de actividades

Etapas Ano Meses Actividades

Planeam 2018 Outubro a  Identificação do problema;


ento e Dezembro  Formulação dos objectivos;
elaboraç  Formulação de hipóteses;
ão do
projecto
Trabalho 2019 Junho a Analise da sustentabilidade do ecossistema do
de Outubro mangal na costa de Morrungulo no âmbito das
campo construções das infra-estruturas.

Análise e 2019 Novembro a  Suporte bibliográfico dos resultados


interpret Dezembro  Redacção da monografia s
ação de  Revisão da monografia;
dados  Entrega da monografia no Departamento de
Ciências Naturais e Matemática
Fonte: Autora, 2019.
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3.7.Proposta orçamental

No Descrição da despesa Valor unitário Total Observação

1 Transporte 100.00 Mt 5.000.00 Mt

4 Despesas do campo 5000.00 Mt

5 Digitação e impressões 3000.00 Mt

6 Diversos 2000.00 Mt

Total 700.00 Mt 15,000.00 Mt

Fonte: Autora, 2019.


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4.Bibliografia
Araujo, M. G. M. (1997). Geografia dos Povoamento: Assentamento Humanos Rurais e
Urbanos. Livraria Universitaria. Maputo: UEM

Baia, A.H.M. (2004). A exploração dos ecossistemas dos mangais enquanto a apropriação do
espaço na cidade de Angoche

Chonguica. E. (1996). Desenvolvimento Sustentável: que perpectivas? Maputo MICOA.

Honguane A. M (2007)Diagnostico da Zona Costeira de Moçambique. Revista de Gestão


Costeira Integrada

Langa, J. V. Q. (2007). Problema na zona costeira de Moçambique com ênfase para acosta de
Maputo. Revista de Gestão Costeira Integrada

Litulo, C., Abreu, D. Bento. C. & Ewen. J. (2008), Mangais Raízes das marés, Museu de Historia
Natural, Micoa, WWF, União Internacional de Conservação da Natureza

MICOA. (2006). Pobreza e o meio ambiente, Ministério para Coordenação da Acção Ambiental,
Moçambique

MICOA. (2007). Relatório Nacional Sobre Ambiente Marinho e Costeiro

MICOA. (1996). Programa Nacional de Gestão Ambiental (PNGA). Maputo.

Mota, J.A. (2001). O valor da Natureza: economia e política dos recursos naturais. Rio deJaneiro.
Garamond.

Mojane, M, (1996) Analise da situacao Amiental em Mocambique-Workshopsobre Eudacao


Ambiental-Maputo

Philippi, L. S. A. (2001). Construção do Desenvolvimento Sustentável In: EDUCACAO


AMBIENTAL

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