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UNIVERSIDADE PÚNGUÈ

Faculdade de Geociências e Ambiente

Variáveis no Processo de Planificação

Curso de Licenciatura em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Comunitário

António Júnior

Gabriel Gouveia Jr
Isaías Valzim Pascoal
João Chirindza

Lisandra Francisco

Madalena José Guente


Uiliamo Manjate

Universidade Púnguè

Extensão de Tete

2023
António Júnior

Gabriel Gouveia Jr
Isaías Valzim Pascoal
João Chirindza

Lisandra Francisco

Madalena José Guente


Uiliamo Manjate

Variáveis no Processo de Planificação

Trabalho de Investigação Científica, como critério avaliativo da


cadeira de Planificação Estratégica de Desenvolvimento PED,
para a obtenção de grau de Licenciatura na Universidade Púnguè,
departamento de Geociências e Ambiente, no curso de Gestão
Ambiental e Desenvolvimento Comunitário.

Sub orientação do Msc: Arlindo Pacote

Universidade Púnguè

Extensão de Tete

2023
Índice
CAPITULO I. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 4

1.Introdução ............................................................................................................................ 4

2. OBJECTTIVOS ...................................................................................................................... 5

2.1 Objectivos Gerias .............................................................................................................. 5

2.2 Objectivos Específicos ...................................................................................................... 5

2.3 Metodologia ...................................................................................................................... 5

CAPITULO II.CONTEXTUALIZAÇÃO .................................................................................. 6

2.1 Fundamentação da estratégia ............................................................................................ 6

2.2 Enquadramento da Estratégia no Sistema Nacional de Planificação ................................ 7

2.3 Desafios e Oportunidades para o desenvolvimento .......................................................... 7

2.3 Variáveis da Planificação Económica ............................................................................... 8

2.4 Necessidade e priorização na planificação estratégica ..................................................... 9

2.4.1 Fatores Críticos de Sucesso ........................................................................................... 9

3. Priorização no Desenvolvimento Comunitária ................................................................. 10

3.1 Primeira fase — Informação geral e dinamização da colectividade ............................... 10

5. CAPITULO III. CONCLUSȂO ....................................................................................... 16

5.1 Considerações Finais ...................................................................................................... 16

6.REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 17


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CAPITULO I. INTRODUÇÃO
1.Introdução
O presente trabalho tem como abordagens sobre a planificação estratégica de desenvolvimento,
A formulação da Estratégia Nacional de Desenvolvimento resulta da necessidade de assegurar
a implementação das estratégias de desenvolvimento preconizadas na Agenda 2025, como
instrumento vital para a concretização da visão nacional de desenvolvimento. Esta visão será
implementada através de um conjunto coordenado de actuações, num horizonte de 20 anos,
assegurando um desenvolvimento económico e social equilibrado em Moçambique. Estas
actuações, incluem políticas integradas, orientadas para a geração da riqueza e que garantam
uma redistribuição do rendimento baseado em princípios de equidade.

A Administração Estratégica não se refere apenas à tomada de decisões nas questões mais
importantes que a organização enfrenta, senão que deve assegurar-se da posta em prática das
estratégias (JOHNSON E SCHOLES, 1999). A administração estratégica está caracterizada por:
a) Incerteza do ambiente, do comportamento dos competidores e da preferência dos clientes; b)
Complexidade derivada das diferentes formas de perceber o ambiente e de interrelacionar-se
com este, e c) Conflitos organizacionais entre os que tomam as decisões e os afetados por elas.
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2. OBJECTTIVOS
2.1 Objectivos Gerias
 Analisar os Processos de Planificação
2.2 Objectivos Específicos
 Descrever as Variáveis da Planificação económica;
 Explicar as necessidades e Priorização na Planificação estratégica;
 Citar a Priorização no Desenvolvimento Comunitário

2.3 Metodologia
Localização
O presente trabalho de pesquisa, será desenvolvido na Universidade UniPungue Tete,
localizada na Província de Tete.
Matérias
Os computadores, alguns outros meios que por sua vez irão facilitar o desenvolvimento
do nosso trabalho, nesta ordem de processos, também serão úteis, manuais, revistas, e
PDF's.
Métodos

Para o presente trabalho de investigação científica privilegiou-se o uso de método de


pesquisa bibliográfica. Quanto aos procedimentos

 Revisão bibliográfica, na qual consistiu em consultas de obras já publicadas, segundo


(Gil, 1991).
 Analise Documental que também consistiu em consulta de materiais que não receberam
ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os
objetos da pesquisa, (Gil, 1991). Tais como: Jornais, revistas.
Pesquisa eletrônica – esta foi constituída por informações extraídas de endereços eletrônicos,
disponibilizados em home page e site, a partir de livros, folhetos, manuais, guias, artigos de
revistas, artigos de jornais, segundo o (silveira eGerhardt,2009).
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CAPITULO II.CONTEXTUALIZAÇÃO
2.1 Fundamentação da estratégia
A Estratégia Nacional de Desenvolvimento identifica como sendo o principal desafio da
economia: o aumento da competitividade da economia através da diversificação da economia;
aposta nos pólos de desenvolvimento; investimento do capital humano, em infra-estruturas e na
pesquisa e inovação. Coloca-se ainda como desafio, a necessidade de se assegurar uma maior
ligação entre os recursos minerais e outros sectores da economia. Para a materialização do
objectivo central a Estratégia Nacional de Desenvolvimento. (JOHNSON E SCHOLES, 1999).

A. Desenvolvimento do capital humano (formação orientada para o mercado; instituição e


expansão de um ensino profissionalizante e melhoria dos padrões de saúde e protecção
social):
B. Desenvolvimento de infra-estruturas de base produtiva (investimento e ordenamento de
infra-estruturas: parques industriais; ZEE, aquaparques; centrais térmicas; estradas,
portos e caminhos de ferro; definição de zonas habitacionais e reservas do Estado):
C. Investigação, inovação, e desenvolvimento tecnológico (criação de centros
especializados de pesquisa e desenvolvimento (P&D) nas seguintes áreas: agricultura,
pecuária e pesca; energia; recursos minerais; gestão de recursos hídricos e TICs:
D. Articulação, e coordenação institucional (aprimoramento das instituições publicas,
melhoria da coordenação e articulação intersectorial, reforma da legislação e criação de
instituições que sirva a estratégia de industrialização – ex. Banco de Desenvolvimento).

O processo de transformação estrutural da economia deverá incidir em áreas prioritárias de


desenvolvimento, que se orientam por estratégias específicas, nomeadamente para os sectores
agrário e pesqueiro, indústria transformadora, indústria extractiva e a indústria de turismo. Para
materializar os desafios inerentes as áreas prioritárias de desenvolvimento, a Estratégia
Nacional de Desenvolvimento identifica dois instrumentos principais:

(1) Desenvolvimento do sector privado, em que se coloca ênfase na mobilização de recursos


para investimento no desenvolvimento das pequenas e médias empresas;

(2) Mecanismos para o financiamento do investimento público. Para o desenvolvimento do


Sector Privado são considerados factores cruciais a criação de um ambiente de negócios
favorável ao sector privado nacional e a mobilização de recursos para investimento privado.
Nesse âmbito, a Estratégia Nacional de Desenvolvimento recomenda para a necessidade de
de se desenvolver instrumentos financeiros que melhorem as condições de financiamento e
facilitem o acesso ao financiamento do sector privado nacional.
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2.2 Enquadramento da Estratégia no Sistema Nacional de Planificação


A elaboração da Estratégia Nacional de Desenvolvimento surge da necessidade de se resolver
a problemática da proliferação de várias abordagens estratégicas e a limitação na articulação
entre os instrumentos de gestão económica e social. Para tal, espera-se que o País tenha (i) uma
visão global agregada, integrada, onde os sectores estabelecem entre si uma linguagem de
comunicação, articulação, interligação e de complementaridade; e (ii) Melhoria do alinhamento
entre os instrumentos de médio prazo, designadamente o Programa Quinquenal do Governo
(PQG), o Plano de Acção para Redução da Pobreza (PARP), o Programa Integrado de
Investimentos (PII), as estratégias sectoriais, territoriais, documentos que no actual cenário não
apresentam um alinhamento apropriado entre si, em termos de metas e prioridades, dificultando
a sua articulação na planificação anual.

JOHNSON E SCHOLES, 1999 A Estratégia Nacional de Desenvolvimento é um


instrumento de orientação estratégica do governo que visa orientar o
desenvolvimento económico e social do País a longo prazo, cabendo aos sectores
traduzir a as linhas prioritárias em acções específicas.

2.3 Desafios e Oportunidades para o desenvolvimento


A economia nacional apresenta um potencial considerável no sector primário, impulsionado
pela existência de recursos naturais. O principal desafio é o desenvolvimento de indústrias que
permitam uma exploração e transformação sustentável destes recursos.

A diversificação da economia nacional constitui a base para um crescimento mais estável,


abrangente e sustentável. O País precisa ampliar e diversificar a indústria para além dos recursos
minerais através da criação de parques industriais nas zonas com potencial de exploração
agrícola, pesqueira e florestal, bem como, aproveitar o potencial faunístico, energético e
turístico.

A diversificação da indústria nacional deverá obedecer aos estágios de desenvolvimento. A


longo prazo prevê-se uma menor concentração em produtos primários, e aumento na produção
de produtos industrializados como máquinas, veículos, produtos electrónicos e tecnológicos.

A industrialização através da criação de pólos de desenvolvimento para a criação de zonas de


concentração industrial ou parques industriais constitui o modelo através do qual será possível
fornecer de forma regular e com qualidade infra-estruturas e serviços públicos que reduzirão os
custos operacionais e de capital, bem como, incentivarão investimentos privados em diversos
ramos de actividade.
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Contudo, para atingir este objectivo será necessário melhorar o ambiente de negócios através
do desenvolvimento de infra-estruturas, acesso a financiamento, aumento da eficiência da
administração pública, e estabilidade macroeconómica do País.

A competitividade da economia nacional também exige habilidades capazes de criar e sustentar


um desempenho económico sustentável em relação aos principais concorrentes, o que, em parte,
depende da capacidade das empresas nacionais em atingir altos níveis de produtividade e
qualidade dos produtos.

2.3 Variáveis da Planificação Económica


O planeamento territorial diz respeito as acções levadas a cabo pelo Governo com vista a
melhorar o uso e aproveitamento da terra através da consolidação do processo de zoneamento
como factor determinante na identificação de áreas especificas para a implantação de centros
urbanos, industriais, pólos de desenvolvimento, reservas naturais e outras infra-estruturas. Um
deficiente sistema de planificação territorial pode comprometer o desenvolvimento de infra-
estruturas criando sobreposições e zonas de conflito entre os vários projectos e,
consequentemente, retrair os investimentos.

Contrariamente, infra-estruturas correctamente planificadas constituem um elemento


primordial para dinamizar o desenvolvimento nacional, na medida em que permitem fornecer
serviços de qualidade e reduzir os custos de produção.

CUERVO,1995 no que concerne ao planeamento, ordenamento territorial e


expansão de infra-estruturas produtivas de forma integrada, são definidas as
seguintes prioridades:

 Elaboração do plano director de desenvolvimento territorial;

 Levantamento de informações técnicas de detalhe para o ajustamento do plano espacial de


acordo com as prioridades;

 Ajustamento do plano especial; e

 Delimitação territorial de acordo com as especificações técnicas do plano territorial para infra-
estruturas de zonas urbanas, rurais, em função das necessidades e perspectivas de
desenvolvimento, incluindo reservas para o futuro.

A economia moçambicana, em geral e a economia rural em particular, é fortemente


dependendente da exploração e utilização dos recursos naturais. Até ao momento, a terra, base
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para a agricultura, as florestas, os recursos hídricos e os recursos pesqueiros, contribuem


directamente com mais de 33% da riqueza nacional. As dinâmicas actuais na área de recursos
minerais e hidrocarbonetos abrem pespectivas promissoras para aumentar a contribuição directa
deste sector na economia.

2.4 Necessidade e priorização na planificação estratégica


Uma das grandes dificuldades das empresas é a conceituação da função do planejamento estra
tégico, em especial sua real amplitude e abrangência. Drucker (1977), em seu livro Introdução
a Administração, guarda em um de seus capítulos um espaço para o tema em questão e, antes
mesmo de definir o que é planeamento estratégico, ele define o que não é planeamento
estratégico. Segundo ele: • Planeamento estratégico não é uma caixa de mágicas nem um
amontoado de técnicas – quantificar não é planejar; • Não é previsão – ele se faz necessário por
não se ter a capacidade de prever; • Não opera com decisões futuras. Ele opera com o que há
de futuro nas decisões presentes; • Ele não é uma tentativa de eliminar o risco. É fundamental
que os riscos assumidos sejam os riscos certos. Há muitas conceituações para planeamento
estratégico.
Segundo Kotler (1992, p.63), “planejamento estratégico é definido como o processo gerencial
de desenvolver e manter uma adequação razoável entre os objetivos e recursos da empresa e a
s mudanças e oportunidades de mercado”. O objetivo do planejamento estratégico é orientar e
reorientar os negócios e produtos da empresa de modo que gere lucros e crescimento satisfató
rios. Já Drucker (1977) define Planeamento Estratégico como um processo contínuo,
sistemático, organizado e capaz de prever o futuro, de maneira a tomar decisões que minimizem
riscos.

Drucker (1977) define Planejamento Estratégico como um processo contínuo, sistemático,


organizado e capaz de prever o futuro, de maneira a tomar decisões que minimizem riscos.

2.4.1 Fatores Críticos de Sucesso


São pré-condições internas, de diferentes naturezas, relacionadas tanto a seus ativos tangíveis
quanto aos intangíveis e essenciais para que a organização pública ou empresa privada atinja
seus Objetivos. Normalmente, estão relacionados à: Produtos e Serviços; Finanças; Material;
Tecnologia; Pessoal (Capital Humano); Informações Estratégicas (Capital da Informação); e
Organização (Capital Organizacional). (CUERVO,1995)
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3. Priorização no Desenvolvimento Comunitária


3.1 Primeira fase — Informação geral e dinamização da colectividade
O desenvolvimento comunitário pode ser desencadeado por diferentes entidades: uma pessoa
qualquer da região, um líder formal, um órgão da administração, uma associação de carácter
social, cultural ou humanitário, uma equipa de técnicos, um centro de investigação.

Seja como for, há sempre um momento de arranque dependente da iniciativa de alguém ou de


alguma entidade. O primeiro passo a dar na colectividade que se pretende desenvolver consiste
em transmitir-lhe a ideia do desenvolvimento comunitário — a necessidade de participação de
todos em ordem à consecução do melhor nível de vida.

Por outras palavras, é necessário informar a colectividade sobre as possibilidades que o


desenvolvimento comunitário lhe poderá trazer. O tipo de informação a transmitir varia muito
com a situação concreta em que se encontra a colectividade e bem assim com a relação que a
entidade responsável pelo arranque tem com essa colectividade.

Se estamos em face de uma população que já possui um desejo latente de progredir, a


informação incidirá sobretudo nas alternativas possíveis para um desenvolvimento.

No que diz respeito ao agente responsável pelo arranque do processo de desenvolvimento, a


informação destinar-se-á principalmente a tornar claros os intuitos que o animam a assumir tal
responsabilidade e as condições em que dará a sua colaboração. Sobretudo quando se trata de
agentes desconhecidos da colectividade esta informação é extremamente importante e pode
levar muito tempo.

A população tem os seus esquemas apriorísticos segundo os quais estabelece os seus juízos quer
sobre o projecto quer sobre os agentes que o animam. Só excepcionalmente os seus primeiros
juízos são correctos; daí a importância de que a informação inicial vá ao encontro desses
esquemas, procurando criar uma noção de base certa — este é o primeiro objectivo dia
informação — criar uma atitude certa em relação ao projecto, em relação às pessoas que o
desencadeiam, e aos móbeis por que o fazem, É O que poderemos chamar uma fase de prè-
informação que deve atingir toda a população da colectividade: — homens e mulheres, rapazes,
e raparigas, sector industria; agrícola, comercial e serviços, as autoridades formais e informais,
religiosas e civis, o pessoal -dia administração.
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O segundo objectivo da informação é provocar uma reacção favorável ao desenvolvimento por


parte da população'. Importa levar a população a querer progredir, a acreditar na possibilidade
de progresso, a comprometer-se no seu próprio processo de desenvolvimento. A prè-informação
opera portanto desde logo uma dinamização da colectividade e cria o clima psicológico
necessário para o êxito de qualquer política concreta posterior.

3.1.1Segunda fase: Prospeção das necessidades e recursos potenciais

Todo o esforço ordenado ao desenvolvimento tem de basear-se numa gama de conhecimentos,,


tão completa e exacta quanto possível, acerca da situação em coisa no duplo aspecto:
necessidades e recursos existentes e potenciais.

Segundo O CUERVO,1995 o desenvolvimento comunitário não dispensa este


conhecimento, podendo dizer-se que uma das fases do processo é justamente a
investigação feita com vista à recolha de dados inerentes à situação que se vai fazer
evoluir. Esta investigação deve ser feita simultaneamente pelos técnicos que intervêm
no plano e pela própria população.

A prospecção das necessidades feita pela população tem como fim primário não tanto a recolha
dos dados (que técnicas adequadas permitiriam conhecer eventualmente com maior rigor), mas
sobretudo a tomada de consciência da situação presente de uma dada colectividade e a sua
dinamização em ordem a tomar parte activa no processo de desenvolvimento.

A prospecção feita pela população tem ainda duas outras vantagens: primeiro, permite
identificar as necessidades sentidas, isto é, aquelas que a população reconhece como tais;
segundo, proporciona a transmissão de um conjunto de conhecimentos muito apreciáveis. A
identificação dia necessidades sentidas é muito importante, quer do ponto de vista de uma
actuação imediata quer como base de reflexão das medidas adequadas para fazer evoluir essas
mesmas necessidades.

Quanto à informação que é possível transmitir ao mesmo tempo que se processa a auto-
prospecção de necessidades e recursos feita pela colectividade, importa esclarecer que aquela
tem de ser feita com a colaboração de técnicos competentes. Isto dá margem a muitas
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explicações necessárias, à apresentação de múltiplas hipóteses possíveis, etc, o que tudo


concorre para dar à colectividade novas alternativas, factor indispensável do seu processo de
desenvolvimento.

Outra característica deste tipo de prospecção é que ela deve conduzir ao esboço de soluções.
Não é demais frisar que o auto- -inquérito da colectividade não é um sucedâneo económico da
análise científica; trata-se de um esforço colectivo de conhecimento de situações e pesquisa dos
caminhos mais acertados para lhes fazer face. Nesta ordem de ideias, o inquérito deverá conter,
a propósito de cada questão, uma tríplice interrogação: o que há? o que deveria ser? como é
possível melhorar a situação existente? Para concluir, resta mencionar as vantagens deste
método, aliás visíveis:

 Consciencializa a colectividlade;
 Empenha os interessados na solução das siuas dificuldades;
 Cria elementos de solidariedade na colectividade e processa pressões estimulantes de
uns sobre os outros;
 Reduz eventuais tensões na colectividade pondo em condições de colaborar pessoas
pertencentes a diferentes grupos.

Apesar de todas estas vantagens, o Auto inquérito não pensa a análise científica, a qual é da
competência dos técnicos. Esta análise processa-se em duas etapas:

 .Primeira etapa: investigação prévia com vista à descoberta da tipologia própria da


região onde vai actuar.

Trata-se da identificação de aspectos gerais tais como: situação geográfica, tipo de população,
género de ocupação, grau de religiosidade, etc. Como diz o Prof. Ponsioen, «trata-se de fazer
viver dentro de si a fisionomia da região através dos seus traços mais característicos».

 Segunda etapa: diagnóstico da situação em ordem à elaboração do plano geral de


actuação.

Nesta, têm de intervir todos os factores que podem constituir elementos a favor ou em desfavor
do desenvolvimento. É uma análise que tem por base os trabalhos já existentes sobre a região,
a informação estatística geral, a observação directa e indirecta dos técnicos sobre a região
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3.1.2 Terceira fase: Descoberta e formação dos líderes locais

Toda a comunidade repousa sobre um conjunto de relações que por sua vez se processam
segundo uma base mais ou menos definida: a sua organização. Esta serve de meio de definição
da gama de relações que se estabelecem entre os indivíduos e os grupos bem como de princípio
de identificação de funções dos diferentes elementos na colectividade. Quando se fala em
organização, tem-se logo em mente os serviços existentes e a hierarquia com que dentro deles
se estabelecem os diferentes quadros, os órgãos que detêm a autoridade civil, religiosa ou
política dentro da colectividade, as instituições que detêm funções bem delimitadas na
colectividade. Estes quadros porém identificam apenas um tipo de organização, a organização
visível ou formal, facilmente detectável e susceptível de representação num organigrama mais
ou menos complexo. Paralelamente a este tipo de organização, desenvolve-se, porém, em toda
a colectividade, tem um conjunto de forças nela actuantes que são, por seu turno, um novo
sistema de definição de funções e de comportamentos adentro do todo social. A este tipo de
organização é corrente designar por organização informal. Nas situações concretas, são
possíveis casos em que a organização formal e informal são mais ou menos coincidentes; uma
coincidência absoluta é improvável.

3.1.3 Quarta Fase։ Elaboração de Um Plano

O desenvolvimento comunitário pode iniciar-se sem que se aguarde a elaboração de um plano


geral de desenvolvimento da colectividade; todavia, este é necessário a dada altura como
instrumento capaz de dar maior eficácia à acção que se empreende.

O que normalmente sucede é, pois, o seguinte: começa-se com dois ou três projectos de
utilidade indiscutível, de fácil consecução e de resultados visíveis a curto prazo. Estes projectos,
além de trazerem um acréscimo de rendimento muito necessário, proporcionarão outras
vantagens, tais como dar à população confiança em si própria, fazê-la acreditar nos seus
recursos proporcionar- Ihe experiência de cooperação, suscitar maior dinamismo.

A realização destes projectos dá margem, por seu turno, a que se processem simultaneamente
os inquéritos e estudos indispensáveis à elaboração de planos mais vastos sem que a população
se canse de esperar fenómeno típico das populações menos evoluídas.
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Esta é a lição de muitos projectos de desenvolvimento comunitário, designadamente da


Sardenha, onde os técnicos começaram justamente com dois projectos limitados tratamento das
oliveiras e criação de pintos de raça — antes de se lançarem num plano de desenvolvimento
global. A própria evolução dos projectos limitados, se for bem conduzida, abrirá caminho a que
a população sinta a necessidade de uma coordenação eficaz dos vários esforços e bem assim de
um plano de acção de conjunto que vá resolver as suas dificuldades de base.

Quando se fala em plano em termos de desenvolvimento comunitário, tem-se presente um


determinado conceito de plano, que importa agora precisar, enumerando as suas principais
características.

 Visa a satisfação das necessidades reais de uma dada colectividade (não importa a sua
extensão: aldeia ou município; região geográfica, país ou até região internacional)։
 Elabora-se a partir do reconhecimento feito pela população das suas necessidades e recursos
potenciais;
 Tem o acordo final da população, directa ou indirectamente manifestado a partir dos
seus representantes mais autênticos.

Cabe aos técnicos um papel muito importante na estruturação do plano mas também aqui eles
não devem sobrepor-se à população. A função dos técnicos é apresentar as diferentes
prioridades e fundamentá-las tendo presente um quadro de necessidades e recursos. Todo o
plano, com efeito, se reduz a estabelecer um conjunto de escolhas daquilo que se não fará no
momento.
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3.1.4 Quinta fase: A avaliação dos resultados

A avaliação dos resultados situa-se logicamente no termo de qualquer projecto, muito embora
se possa igualmente fazer a avaliação no fim das diferentes (fases. No desenvolvimento
comunitário, a avaliação deve incidir não só sobre os resultados materiais obtidos como também
sobre as transformações de mentalidade operadas.

Importa igualmente precisar que a avaliação deve fazer o confronto entre os resultados obtidos
e os resultados previstos e quanto aos efeitos não previstos, fazer a análise dos resultados
benéficos e das disfunções, procurando, em cada caso, conhecer as possíveis causas.

A avaliação bem conduzida permite, com efeito, introduzir, a tempo, as correcções necessárias
(por ex., se se desenham disfunções, há que corrigi-las); estabelece bases mais sólidas para a
elaboração de planos futuros (a notar o erro de uma acção planeada sobre a hipótese dos
resultados esperados por uma acção anterior não correctamente avaliada); assegura a relação
entre o ritmo gerai do desenvolvimento e o plano traçado (não basta que se consigam resultados
benéficos de uma dada acção, mas há que assegurar que tais resultados sejam aqueles que se
projectavam; de contrário, como se poderá saber se se controla ou não o processo de
desenvolvimento.
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5. CAPITULO III. CONCLUSȂO


5.1 Considerações Finais
Como considerações finais pode se concluir que, a Estratégia Nacional de Desenvolvimento
vem conferir maior ênfase a abordagem integrada de actuação do Governo, que consiste na
criação de zonas económicas vi especiais em função das potencialidades de cada região e de
parques industriais ao longo dos corredores de desenvolvimento. A Estratégia Nacional de
Desenvolvimento identifica como sendo o principal desafio da economia: o aumento da
competitividade da economia através da diversificação da economia; aposta nos pólos de
desenvolvimento; investimento do capital humano, em infra-estruturas e na pesquisa e inovação.
Coloca-se ainda como desafio, a necessidade de se assegurar uma maior ligação entre os
recursos minerais e outros sectores da economia.
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6.REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CUERVO, G.A. La dirección estratégica de la empresa. Em: Dirección de empresa de los


noventa,Civitas, Madri, 1995.

MOREIRA, P.S.; FERNANDES, E. Planejamento Estratégico em Uma Empresa Pública. In:


XVII Congresso Latino-Americano de Estratégia – SLADE, Itapema- SC 2004. Anais.

TENÓRIO, F. G. Gestão de ONGs: principais funções gerenciais. Rio de Janeiro: Fundação


Getúlio Vargas, 1997.

https://core.ac.uk/download/pdf/30363738.pdf

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