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CURSO

FOTOGRAFIA
DIGITAL
CARGA HORÁRIA: 40 HORAS
Conteúdo

01 Breve Histórico

02 O que é Fotografar?

03 A luz e as Cores

04 Equipamentos e Formatos (Convencionais x Digitais)

05 Como a Imagem é Registrada?

06 Os Dispositivos de Exposição

07 Como Fotografar?

08 A Composição da Imagem

09 Imprima e Impressione

10 Escolhendo um Equipamento

11 Cuidados Especiais

12 Bibliogra. a/Links Recomendados


BREVE HISTÓRICO

1727 – Alemanha – Johann Heinrich. Fenômeno da fotossensibilidade em sais de prata.

1826 – França - Joseph Nicéphore Nièpce. Inventa a Héliographie. Morreu antes de ver seu invento
mundialmente aclamado.

NIÈPCE (À ESQUERDA). PRIMEIRA FOTOGRAFIA,1827 (À DIREITA), REGISTRADA DA JANELA DE


NIÈPCE. 8 HORAS DE EXPOSIÇÃO.

1835 – William Henry Fox Talbot. Inventa a Calotipia ou Talbotipia (Desenho fotogênico). Fazia uso de
um tipo de negativo de papel = Reprodutibilidade.

1839 – França – Jean Jacques Mandé Daguerre inventa a Daguerreotypie:

- Placa de cobre revestida com prata polida;

- Imagem única e rara;

- Longas horas de exposição (ruim para retratos).

# 1
 

Niépce de Saint Victor (sobrinho de Niépce) - Daguerreótipos com tênue coloração.

1869 – Hauron e Cros – Imagens em cores na mesma época, sem que um tivesse conhecimento do
outro.

1907 – Autochrome Lumiére – Féculas de batata previamente tingidas (RGB) em placas de vidro.

1935 – Leopold Manner e Leopold Godowsky – Filme diapositivo (slide) – Kodachrome – Emulsões
de sais de prata em 3 camadas independentes (RGB).

1941 – Kodak - Negativo / Positivo em cores.

1947 – Ektacolor – Filme colorido que podia ser processado pelo próprio fotógrafo.

Década 80 – Popularização da revelação em cores (processo C41), com entrega em 24 hs.

Década 90 – Popularização da revelação em cores, processo C41, com entrega em 1 hora.

Início dos anos 2000 - Terceiro milênio – Lançamento da fotogra a digital (160 ANOS APÓS). Uma das
principais e mais profundas revoluções tecnológicas.

O que é Fotografar?
É registrar o cotidiano?

Enxergar detalhes?

Descobrir novos olhares?

Captar agrantes?

Provocar reações?

É luz e sombra?

Estado da arte?

É tudo isso!

É ter a oportunidade de guardar as boas lembranças

(No Japão, chega a favorecer a aprovação de pedido de casamento);

É memória (Filme Titanic / Rose);

É paixão. E prática. Muita prática.

Exercício prático 1: Pegar uma revista sobre fotogra a e criticar as obras. 

# 2
A Luz e as Cores
LUZ

(Aurélio) Radiação eletromagnética de comprimento de onda compreendido, aproximadamente, entre


4.000Å e 7.800Å, capaz de provocar sensação visual num observador normal.

VISÃO O que vemos, portanto, é a re exão destas ondas diante de uma superfície (Luminância). As
cores (Crominância) que enxergamos acontecem porque estas ondas vibram em freqüências
distintas, após incidirem em superfícies de materiais distintos.

FONTES DE LUZ

NATURAIS: 1) Sol Direta – Luz “dura”, com alto contraste. Boa para detalhar relevo e texturas.

Indireta – Luz difusa, com baixo contraste. Boa para fotografar pessoas (atenua as marcas de
expressão, imperfeições e rugosidades).

2) LUA – Muito tênue e demasiadamente fraca para registro.

ARTIFICIAIS: Incandescente, Fluorescente, Vapor de Mercúrio, Vapor de Sódio, Flash (Direta, difusa ou
rebatida) etc.

AS CORES

OLHO HUMANO:

A visão humana é capaz de distinguir cores a partir do infravermelho, até o ultravioleta (as cores
visíveis no arco-íris), a partir de três pigmentos visuais dispostos nas células cones, no fundo da
retina do globo ocular (Hearn e Baker).

CORES PRIMÁRIAS

(Cores puras): POSITIVAS: RGB = Red (vermelho), Green (verde) e Blue (azul). Grá cas usam o padrão
CYMK.

Cyan, Yellow, Magenta e K-Black.

CORES SECUNDÁRIAS ou PRIMÁRIAS NEGATIVAS:

CMY = Cyan (ciano), Magenta e Yellow (amarelo). Resultantes da mistura entre duas cores primárias.

CORES TERCIÁRIAS são formadas por uma primária e uma secundária


# 3
A TEMPERATURA DE COR

Cada fonte de luz possui uma freqüência de onda diferente, fazendo com que os objetos sejam vistos,
pelas suas respectivas re exões, com cores diferentes das originais.

No século 19, o escocês Lord Kelvin criou uma tabela capaz de medir os desvios de proporção da luz
branca, a partir de uma barra de ferro sendo aquecida. Da cor negra, abaixo dos 1000o Kelvin, a medida
em que ia aquecendo a barra de ferro, passava a emitir irradiação luminosa, com cores variáveis, do
vermelho (1200o K), ao azul (11000o K), conforme grá co abaixo.

Por padrão, imagens iluminadas com fonte luminosa natural, do sol ao meio dia e à sombra, por
exemplo, produz uma imagem tendendo à cor branca. Já ao crepúsculo, produz imagens
avermelhadas. De forma análoga, cada fonte luminosa produz um padrão cromático distinto. Um bom
fotógrafo sabe distinguir quais são essas tendências de aberrações, antes mesmo do registro.

Veja a tabela abaixo com alguns exemplos desses efeitos com as fontes luminosas mais comuns:.

# 4
De forma inteligente, o cérebro humano, ao receber os pulsos nervosos normais com a imagem,
automaticamente, ajusta o balanço de cor, fazendo com que as cores pareçam mais reais e
naturais,se baseando nas luminâncias mais altas, deixando-as brancas.

Por esse motivo, não percebemos esses efeitos.

Os lmes fotográ cos possuem ltros cromáticos para correção de temperatura de cor, bem como
fazem os equipamentos fotográ cos e lmadoras, que corrigem, manualmente ou automaticamente,
essas aberrações naturais, para que as cores pareçam mais reais. Quando esse ajuste é feito
manualmente, usa-se o termo “bater o branco” ou “White Balance setting”. 

Exercício prático 2: Ajuste a câmera para posição luz natural, com sol, e fotografe locais com
diferentes temperaturas de cor.

Equipamentos e Formatos (Convencionais x Digitais)

CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE EQUIPAMENTOS QUANTO AO USO:

AMADORES Dotada de recursos automáticos para facilitar a vida do fotógrafo, tais como foco,
velocidade, abertura e ajuste de ISO automáticos ou xos. São muito limitadas.

QUANTO AO USO:

PROFISSIONAIS

Uso de recursos manuais e automáticos, respectivamente, para oferecer controle total da exposição e
para facilitar a vida do fotógrafo, tais como ajustes de foco, velocidade, abertura e de ISO ou ASA
automáticos ou xos.

A maior característica de um equipamento pro ssional é a presença do SLR - Single Lens Re ex -


(monore ex), na qual a imagem enquadrada passa pela objetiva e chega, por meio de espelhos,
atévisor (ocular). Tal recurso favorece o enquadramento e a certeza do foco, evitando o erro de
paralaxe.

# 5
QUANTO A FORMA DE REGISTRO:

CONVENCIONAIS

São os equipamentos que fazem uso de películas fotográ cas negativas ou positivas (slides e
instantâneos), à base de haleto de prata. Os lmes deram à fotogra a a natureza intrínseca: a
reprodutibilidade.

Quanto maior a área do lme, maior a de nição da imagem.

FORMATOS DE FILMES:

Extintos:

110, 126 etc. Atuais: APS, 135 (mais usado) e 120 (6x6cm ou 6x7cm)

> NEGATIVOS OU POSITIVOS (SLIDES)

> PRETO&BRANCO OU EM CORES

> INSTANTÂNEO (Polaroid). 


# 6
 

QUANTO A FORMA DE REGISTRO: DIGITAIS

São os equipamentos que fazem uso de sensores eletrônicos (CCD ou CMOS) para registrar a
imagem e gravam em arquivos de formatos binários (JPG, TIF, RAW etc.).

Quanto maior o número de pixels (pontos de imagem) no chip, maior a de nição e qualidade da
imagem. 

Exercício prático 3: Qual formato é a sua câmera, quanto à forma de registro e quanto ao uso? Como
é feito o ajuste de temperatura de cor da sua câmera?

AS OBJETIVAS

Levam em conta o ângulo da abordagem fotográ ca e são classi cadas em função da distância, em
milímetros, entre o lme (ou sensor) e a primeira lente do conjunto óptico da objetiva. Com base em
câmeras de lmes 35mm, podem ser:

FISH EYE (Olho de peixe) – Abaixo de 20mm.

GRANDE ANGULAR – Entre 20 e 45mm.

NORMAL – 45 ~60 mm.

TELEOBJETIVA – Acima de 70 mm.

ZOOM – Distância focal variável.

MACRO – Capaz de focar objetos muito próximos (poucos centímetros).

PC – PERSPECTIVE CONTROL – Grande angular com capacidade de corrigir distorções.

# 7
CARACTERÍSTICAS FOCAIS:

OBJETIVA – GRANDE ANGULAR

São as objetivas com distância focal entre 20 e 45mm ( lme 135);

Oferecem campo de visão ampliado;

Grande profundidade de campo (área em foco); Altera a perspectiva gerando distorções na imagem.
Os assuntos mais próximos cam muito maiores do que os mais distantes

OBJETIVA - NORMAL 

São as objetivas com distância focal aproximada de 50mm ( lme 135);

Oferecem campo de visão análogo ao olho humano;

Profundidade de campo moderada (área em foco); Altera muito pouco a perspectiva.

OBJETIVA - TELEOBJETIVA

São as objetivas com distância focal acima de 55mm ( lme 135);

Oferecem campo de visão fechado;

Baixa profundidade de campo (área em foco); Altera bem menos a perspectiva.

# 8
OBJETIVA - ZOOM

São as objetivas com distância focal ou campo de visão VARIÁVEIS;

Profundidade de campo (área em foco) depende do ângulo usado e da abertura;

A distorção de perspectiva altera, também, em função do ângulo. 

Observação:

O Zoom digital é um recurso que deve ser usado de forma muito restrita, pelo fato de ser mais um
mero apelo de venda da indústria do que um útil recurso. O maior problema é que ele causa
deformações na imagem nal, ao ampliar os pixels e ao tentar criar novos pontos semelhantes. Seus
efeitos podem ser irreversíveis e nocivos à uma boa imagem. 

Exercício prático 4:

Faça 3 fotos com distâncias focais em grande angular, normal e tele e anotem os resultados.

ACESSÓRIOS ÚTEIS

FLASHES

# 9
Fornecem luz balanceada (temperatura de cor da luz do dia = cor branca), para situações de baixa
luminosidade. Podem gerar iluminação muito dura (luz “chapada”, com altos contrastes, deixando a
imagem muito plana).

Esses efeitos indesejados podem ser atenuados pelo uso de difusores ou de rebatedores, presentes
nos modelos pro ssionais. 

Alguns modelos fazem leitura do ambiente, de sorte a adequar a intensidade luminosa às condições
de iluminação do ambiente e ao valor do diafragma previamente escolhido. Outros ainda possuem a
capacidade de ajustar o foco, automaticamente, em função da distância focal do zoom e, ainda, de
trocar informações com as câmeras monore ex (sistema TTL – Through the lens), para garantir um
melhor ajuste automático.

RED EYE REDUCTION: Há um efeito desagradável que ocorre com as câmeras compactas, cujo ash
embutido, por necessidade de projeto de desenho, ca disposto muito próximo da lente, que deixa as
pessoas com os olhos vermelhos. Esse efeito ocorre porque o ângulo de re exão da luz está muito
fechado, fazendo com que a luz do ash ilumine, diretamente, o fundo do olho e retorne direto para a
lente. Como o globo ocular é irrigado por vasos sangüíneos, resulta na cor vermelha da pupila. Para
evitar esse efeito, algumas câmeras possuem um recurso chamado de Red Eye Reduction (redutor de
olhos vermelhos), que consiste na emissão de um foco de luz ou de pequenas rajadas de ashes, para
que, por esse estímulo, as pupilas se contraiam e atenuem esse efeito.

CARTÕES DE MEMÓRIA (CHIP)

Responsáveis pelo armazenamento da imagem nas câmeras digitais. É como se fosse a gasolina de
um automóvel, portanto, é indispensável.

Quanto maior a sua capacidade de armazenamento, maior quantidade de fotos podemos armazenar
neles.

Quadro comparativo: Megabytes X Megapixels. 

# 10
OUTROS ACESSÓRIOS: Oferecem recursos adicionais às fotogra as e proteção ao equipamento: tripé,
bolsas de proteção, pilhas recarregáveis, ltros (UV, Polarizador, Close-Up etc.)

FILTRO: POLARIZADOR Capaz de polarizar a re exão da luz, eliminando re exos indesejáveis.

LENTE: CLOSE UP

Lente de aproximação, que amplia a imagem.

Exercício Prático 5: Quantos Megabytes tem o seu cartão de memória e quantos Megapixels tem seu
sensor de imagem? Qual é o zoom óptico e digital de sua câmera.

Como a imagem é registrada?


A palavra fotogra a deriva do grego Photo (luz), acrescido de Graphos (escrita ou desenho).

Atualmente, fotogra as podem ser registradas por meio de lmes ou papéis fotossensíveis
(equipamentos convencionais) ou por sensores de imagem (equipamentos digitais).

CONVENCIONAL: O Filme Fotográ co

# 11
O lme negativo fotográ co em cores é composto, basicamente, por uma base plástica transparente e
de três películas sensíveis à cada uma das cores primárias, compostas de emulsões à base de sais de
prata (virgem), como elemento fotossensível, e de gelatina, como veículo.

Cada uma dessas películas possui camadas com corantes com as cores primárias negativas, que
atuam como ltros. Só passam pelos ltros as informações de cores diferentes da cor do mesmo.
Portanto, cada uma das camadas só registra nuances cromáticas de cores semelhantes à mesma.

DIGITAL : O Sensor 

Nas câmeras digitais, no lugar do lme fotográ co, há um ou mais sensores de captação de imagens
do tipo CCD (Charged Couped Device) ou CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor). No
caso do CCD, cada célula forma um ponto (pixel) sensibilizado analogicamente, cujo valor é
mensurado e convertido para sinal digital. A imagem nal é composta, portanto, pelo conjunto desses
valores e de outros atributos extras necessários à formação do arquivo.

Já o CMOS é composto por vários transistores para cada pixel que ampli cam e movem a carga por
os condutores. Como o sinal já é digital, dispensa a conversão e, com efeito, permite captações
mais rápidas (refresh time). Assim como ocorre com os lmes fotográ cos, também, há ltros de
cores para captação das cores (em RGB, RGBK etc.).

DIGITAL : Pixel (Picture Element) 

É a menor parte de uma imagem. É um microponto, ou um ponto discreto de uma imagem

# 12
DIGITAL : Codi cação Analógico > Digital

Como apresentado antes, no caso da captação por CCD há a necessidade de digitalização da imagem.
Cada pixel é formado, basicamente, pelos valores analógicos de cada uma das cores (normalmente
pelo RGB). Esses valores são digitalizados, de sorte a amostrar milhões de possibilidades de cores,
são agrupados e, por m, recebem os cabeçalhos e rabichos de fechamento dos arquivos digitais,
formando o arquivo nal, sem compressão.

DIGITAL : Compressão JPEG

Arquivos de imagem, ou tipo raster, demandam grandes quantidades de memória para amostragem e
formação do conjunto de pixels. Para diminuir o tamanho da informação, em bytes, usa-se algoritmos
de compressão, sendo o JPEG um dos mais usados, por causa da qualidade nal dos arquivos e do
alto poder de compressão. Vide no diagrama abaixo, o esquema de compressão e descompressão
JPEG. 

DIGITAL : Anti Aliasing

 
Como o formato original do pixel é quadrado, as imagens digitais formadas tendem a “serrilhar” os
detalhes nos. A solução para disfarçar esse efeito indesejado foi em inserir pixels com valores
intermediários nos contornos dos detalhes, formando uma escala em degradê
# 13
CONVENCIONAL x DIGITAL 

Fotógrafos mais conservadores ainda defendem a qualidade da fotogra a convencional como


superior, tal como ocorre, ainda, com outros pro ssionais ao preferirem a fotogra a em preto&branco.
Na verdade, se levarmos em conta uma mesma resolução e óptica, a fotogra a digital (1:4000 = 12
pontos de f) possui uma faixa dinâmica bem maior do que a convencional (1:32 = 5 pontos f),
conforme se pode observar na tabela ao lado, segundo a PMA (Photo Marketing Association).

Essa vantagem para o digital permite captações com detalhamento mais no, com sombras bem mais
suaves e menos contrastadas, capazes de amostrar detalhes antes ocultados pela fotogra a em
cores tradicional.

Exercício prático 6: Fazer 3 fotogra as com uma mesma câmera digital e de um mesmo assunto e
ângulo, explorando 3 níveis de compressão distintos. Compararem os resultados obtidos.

Os Dispositivos de Exposição 

O FOCO MANUAL:

Pode ser feito com o auxílio de Telêmetro de Imagem Partida ou de Microprismas, que é um recurso
óptico presente em algumas câmeras pro ssionais e pouco usado, hoje em dia, por ter
sido substituído por sistemas eletrônicos de focalização automática mais e cientes.

AUTOMÁTICO:

Atualmente, são várias as tecnologias de medição de distância, para ajuste de foco, tais como por
emissão de raios infravermelhos, ultra-sônicos etc. São recursos bem desenvolvidos e con áveis.
Algumas câmeras contam com algoritmos inteligentes, capazes de prever onde (a distância focal) um
dado objeto em movimento estará no momento do registro. 

# 14
A EXPOSIÇÃO

É o ato de expor o sensor ou o lme fotográ co a uma quantidade exata de luz, de forma a excitá-lo
plenamente e sem excesso, para que uma imagem seja bem registrada, de acordo com a leitura de
fotometria (vide parágrafo abaixo).

Caso falte luz (subexposição), as áreas mais escuras da imagem vão se esmaecendo,
proporcionalmente à falta de luz, chegando a não ser sequer registradas. Do contrário, caso haja
excesso, as partes mais claras são sacri cadas, até que cause um quadro completamente branco.

FOTOMETRIA:

É o ato de medir a quantidade de luz, de sorte a informar quais os números de diafragma e de


velocidade do obturador são indicados para o registro da imagem. A fotometria é realizada pelo
FOTÔMETRO (interno), ao se pressionar levemente (na maioria das câmeras) o botão do obturador
(disparo). Os resultados da medição dependerão da sensibilidade de ISO ajustada.

Há equipamentos que permitem a con guração do sistema de fotometria em: EVALUATIVE = É o


modo mais inteligente presente em câmeras avançadas, que avalia vários pontos no quadro, para
analisar o objeto principal, a iluminação de frente e de fundo, brilho etc., para, então, de nir quais
regulagens de diafragma e velocidade deve-se usar, em função do programa de nido pelo fotógrafo (P,
Green Zone, Av, Tv etc.); 

SPOT (pontual) = Analisa apenas um ponto central do quadro, ignorando as demais áreas;  PARTIAL =
É como o SPOT, só que mede uma área maior ao centro (+- 9% da área); CENTER-WEIGHTED
AVERAGE = Calcula a média de iluminação do quadro, mas prioriza a luz presente no centro (média
ponderada)

FOTÔMETRO EXTERNO: Essa medição pode ser, também, realizada por equipamentos pro ssionais
dedicados, que só são úteis para fotogra a pro ssional. A precisão da leitura de um fotômetro resulta
na qualidade do registro.

CONTROLES BÁSICOS DA EXPOSIÇÃO

As máquinas fotográ cas mais avançadas contam com, pelo menos, três recursos essenciais a uma
boa fotogra a (diafragma ou íris, cortina do obturador, ajuste de sensibilidade), como forma de ajuste
da exposição do lme ou do sensor à luz. Por razões econômicas ou de desenho, alguns
equipamentos são construídos com um ou mais desses ajustes com valores medianos xos. Ou seja,
ao invés de contarem com conjuntos eletromecânicos de alta precisão, substituem por circuitos
eletrônicos que simulam os seus funcionamentos (p.ex. aparelhos celulares), de forma limitada, ou
mesmo não oferecem qualquer ajuste (p.ex. câmeras descartáveis, populares ou falsi cadas), tendo
suas funções básicas xadas em valores medianos. Nesses casos, a qualidade nal da exposição
àluz ca limitada às condições às quais esses equipamentos foram pré-programados, não havendo
como o fotógrafo interagir com a exposição

DISPOSITIVOS MANUAIS DE EXPOSIÇÃO

# 15
CORTINA DO OBTURADOR

É um dispositivo mecânico, controlado eletronicamente nos equipamentos mais avançados, disposto


entre a objetiva e o sensor ou lme fotográ co, que é responsável por obstruir o sensor ou lme
quando não estiver em registro da imagem e por abrir a cortina durante o período de tempo de nido
pelo fotógrafo ou pelos cálculos automáticos, de sorte a expor o sensor ou lme à luz necessária ao
registro da imagem.

AJUSTE DE VELOCIDADE DO OBTURADOR

Regula a tempo, em frações de segundos, em que a película ou o sensor será exposto à luz. Quanto
maior o número de Velocidade, mais rápida será a exposição. Escala geral: 2”, 1”, 2, 4, 8, 15, 30, 60, 125,
250, 500, 1000, 2000.

Velocidades altas, “congelam” a cena. Velocidades baixas, borram os pontos com movimento. (Usar
tripé)

# 16
FOTOS EM LONGA EXPOSIÇÃO: São fotos registradas a velocidades extremamente baixas, capturadas
com tripé e propulsor ou com Timer, para cenas com pouca iluminação (paisagens noturnas) ou
quando se pretende enfatizar o movimento.

DIAFRAGMA ou IRIS Regula a entrada de luz pela objetiva, de forma análoga ao íris do olho humano.
Nas máquinas fotográ cas, quanto maior o número de f, mais fechado está o diafragma. Escala geral:
1.8, 2.8, 4, 5.6, 8, 11, 16, 22. 

Nota: Relação óptica do diafragma: Quanto mais aberto, menor profundidade de campo, ou seja, a
região em foco limita-se ao plano de foco, borrando os elementos anteriores e posteriores deste
plano focal. O foco, nesta situação de lente muito aberta, ca muito crítico. À medida em que se fecha
o íris ou diafragma, a profundidade de campo em foco aumenta proporcionalmente. Vale ressaltar que
a arte fotográ ca depende, em muito, desse conceito. Uma boa composição fotográ ca pode ser
conseguida na delimitação das áreas em foco, como meio de guiar o olhar do expectador para o
assunto que o fotógrafo deseja que seja percebido. 

SENSIBILIDADE

Calibra a leitura do fotômetro (dispositivo que mensura a quantidade de luz do ambiente), em função
da sensibilidade à luz desejada. Em câmeras convencionais que usam lmes fotográ cos, a
sensibilidade é de nida em ASA ou ISO e depende da quantidade de prata que foi aplicada neles
durante a fabricação. Já no caso de equipamentos digitais, trata-se de um ajuste eletrônico que regula
o quanto sensível à luz cará o sensor. Quanto maior a sensibilidade à luz (porque mais sais de prata
há nos lmes ou mais forçados serão os circuitos eletrônicos), menos luz precisará para o registro da
imagem e, em compensação, mais “granulada” cará a imagem  (porque sais de prata não são
translúcidos e o excesso de sensibilidade, ajustado eletronicamente, gera ruídos). Escala geral: ..., 25,
50, 100, 200, 400, 800, 1600...

Nota: Algumas câmeras convencionais recentes, que fazem uso de lmes fotográ cos, eram dotadas
com um sistema de leitura de ASA (ou ISO) automático, chamado de sistema DX. As bobinas dos
lmes fotográ cos 135 possuíam um tipo de código de barras, com informações da quantidade de
chapas e da sensibilidade do lme.

# 17
Notem que, nas ilustrações anteriores, por questões econômicas e/ou de desenho, cada câmera
possui uma localização própria dessas funções, bem como de quais recursos estão disponíveis.

COMPENSAÇÃO

Ajustes nos para compensar aberrações de leitura do sistema de fotometria, principalmente usado
para situações de forte contra-luz ou de objetos muito brancos com fundos escuros. Pode ser
ajustado em passos (pontos) inteiros ou frações de exposição. Varia, em geral, de -2.0 a +2.0 pontos
de exposição. Médio: 0.

WHITE BALANCE: Balanço de Branco. É o ajuste necessário para que a câmera digital ltre as
aberrações cromáticas das fontes de luz predominantes da cena, de sorte a deixar a imagem com
cores mais naturais. Pode ser feito manualmente (posição set, para “bater o branco”), por ajustes pré-
ajustados (lâmpadas uorescentes, halógenas, sol, tempo nublado etc.) ou automaticamente.

Exercício prático 7: Anote quais recursos (ajustes) têm em sua máquina fotográ ca, manuais e
automáticos.

Como Fotografar? 
A questão que mais confunde os fotógrafos iniciantes é que, para expor o lme ou sensor, os três
dispositivos básicos utilizados na exposição (diafragma ou íris, velocidade do obturador e ajuste de
sensibilidade) são GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS.

Desta forma, para melhor explicar, apresentamos uma analogia desenvolvida pelo autor, como um
interessante recurso didático: A Caixa D’Água.

ANALOGIA: A CAIXA D’ÁGUA

# 18
Tal como ocorre com a exposição de uma imagem durante um registro fotográ co, uma caixa d’água
conta com elementos semelhantes para que que 100% cheia. Ou seja, o tempo gasto para que uma
caixa se encha plenamente, sem jogar água fora, depende do tamanho do recipiente e de quanto
aberta está a torneira. Certo?

Desta forma, para encher uma caixa com capacidade de 1 litro de água, por exemplo, contando uma
torneira aberta pela metade, leva-se, hipoteticamente, 3 segundos, para que se encha sem transbordar.
Caso aumentemos a abertura da torneira para ¾ de vazão, para encher o mesmo recipiente, o tempo
reduzirá em 1 segundo. No mesmo raciocínio, caso fechemos um pouco a abertura da torneira para ¼,
o tempo gasto subirá em 1 segundo, conforme se pode notar na ilustração ao lado.

Portanto, a cada passo que damos na abertura ou fechamento da torneira, diminui ou aumenta em um
segundo, respectivamente, o tempo adequado para enchê-la. Seguindo o mesmo raciocínio, caso o
volume da caixa seja aumentado, ou levará mais tempo para enchê-la com a mesma vazão ou teremos
que compensar com uma maior abertura da torneira. Não é? 

Finalmente, pode-se concluir que, com a máquina fotográ ca, o registro da imagem ocorre da mesma
forma. Assim como há a abertura da torneira, a máquina fotográ ca conta com a abertura 28 da lente,
realizado pelo ÍRIS ou DIAFRAGMA. O tempo em que o sensor ou película fotográ ca cará exposto é
de nido pelo ajuste de VELOCIDADE DO OBTURADOR. Já o volume da caixa d’água foi usado para
exempli car como funciona o ajuste de SENSIBILIDADE, conforme pode-se ver nas ilustrações a
seguir.

De forma análoga ao enchimento da caixa d’água, o ato de fotografar, também, segue os mesmos
efeitos causados por GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS. A cada passo de velocidade de
obturação que é acrescido, ou seja, que aumenta-se a velocidade de abertura da cortina, faz-se
necessário que compense com um passo de abertura do diafragma ou que aumente em um passo a
sensibilidade

COMO TIRAR UMA FOTOGRAFIA NO MODO MANUAL, SEM FLASH? (Recomendado para câmeras que
possuam posição Manual (M))

1.Ajuste a máquina fotográ ca para exposição manual (M).

2. Ajuste a sensibilidade da câmera (valores menores garantem melhores resoluções e os maiores


são mais indicados para ambientes mais escuros ou que não se podem usar ashes).

3. Escolha se prefere priorizar o valor do diafragma ou da velocidade do obturador e xe o valor


desejado. Velocidades muito baixas fazem fotos tremidas.

# 19
4. Ajuste o balanço de branco, de acordo com a iluminação predominante (só câmeras digitais).

5. Faça o enquadramento da composição.

6. Ajuste o foco.

7. Faça a fotometria, apertando levemente o obturador. (Como cada máquina possui uma forma de
apresentar a leitura, é indicado ler o manual. Em geral, fotometrias com iluminação de ciente fazem
com que o Led verde que piscando e que apareça uma marca na escala de compensação indicando a
super ou subexposição. Quando a luz está correta, o Led ca aceso, sem piscar, e a marca de
compensação situa-se ao centro.)

8. Ajuste o valor do diafragma (se preferiu xar a velocidade) ou a velocidade (se xou o diafragma)
até que o Led verde pare de piscar e permaneça aceso. Caso em todos os ajustes o LED permaneça
piscando, poderá ser necessário abaixar ou aumentar o valor xado, por ter sido xado além do valor
possível.

9. Recomponha o enquadramento.

10. Dispare a foto.

COMO TIRAR UMA FOTOGRAFIA MANUAL, COM FLASH MANUAL? (Recomendado para câmeras que
possuam posição Manual (M) e que tenham sapatas para ashes externos.)

1. Ajuste a máquina fotográ ca para exposição manual (M).

2. Ajuste a sensibilidade de ASA do ash e o coloque na posição manual (M).

3. Ajuste o balanço de branco para a posição ash (só as câmeras digitais).

4. Saiba qual é a velocidade máxima de sincronismo entre a máquina e o ash e a ajuste com valor
menor ou igual ao limite de velocidade. Velocidades ajustadas acima do limite fazem com que apenas
parte da imagem saia iluminada e muito baixas fazem fotos tremidas.

5. Ajuste o foco e leia qual é a distância aferida.

6. Leia a tabela do ash e ajuste o número de diafragma correspondente para a distância do objeto em
foco e em função da sensibilidade do lme ou do sensor.

7. Recomponha o enquadramento.

8. Dispare a foto.

COMO TIRAR UMA FOTOGRAFIA MANUAL, COM FLASH AUTOMÁTICO? (Recomendado para câmeras
que possuam posição Manual (M), com ash externo automático.)

1. Ajuste a máquina fotográ ca para exposição manual (M).

2. Ajuste a sensibilidade de ASA do ash e o coloque na posição  AUTO (M).

3. Ajuste o balanço de branco para a posição ash (só as câmeras digitais).

4. Saiba qual é a velocidade máxima de sincronismo entre a máquina e o ash e a ajuste com valor
menor ou igual ao limite de velocidade. Velocidades ajustadas acima do limite fazem com que apenas
parte da imagem saia iluminada e muito baixas fazem fotos tremidas

# 20
5. Ajuste o diafragma da câmera, de acordo com o valor recomendado na tabela do ash (posição:
automático).

6. Ajuste o foco e con ra se a distância encontrada está dentro do limite da escala automática do
ash.

7. Recomponha o enquadramento.

8. Dispare a foto.

COMO TIRAR UMA FOTOGRAFIA NO MODO AUTOMÁTICO? (Recomendado para câmeras que
possuam, pelo menos, uma das posições automáticas descritas.)

1. Escolha qual programa prefere e que esteja disponível:

a. Green Zone (Quadro verde) – Modo automático pleno. Basta apontar e disparar a foto. A câmera,
automaticamente, ajusta o foco, a sensibilidade, o balanço de branco, aciona o ash se necessário
(com Red Eye Reduction) e salva na melhor resolução possível.

b. Program (P): Modo semi-automático. A câmera toma as principais decisões (de velocidade e de
abertura de diafragma), mas o fotógrafo pode interagir e alterar alguns ajustes (formato de arquivo a
ser salvo, ISO, balanço de branco, acionamento do ash etc.)

c. Shutter-Priority (Tv): Prioridade de velocidade do obturador. O fotógrafo xa a velocidade e a câmera


encontra qual o diafragma necessário. Todos os demais ajustes podem ser de nidos manualmente.

d. Aperture-Priority (Av): Prioridade de abertura de diafragma. O fotógrafo xa a abertura e a câmera


encontra qual a velocidade necessária. Todos os demais ajustes podem ser de nidos manualmente.

e. Automatic Deph-of- eld (A-Dep): O fotógrafo informa (primeiro toque leve no obturador) qual é o
primeiro plano focal e o último (segundo toque leve no obturador), que a câmera calcula os ajustes de
diafragma e velocidade necessários. Todos os demais ajustes podem ser, também, de nidos pelo
fotógrafo.

f. Portrait: A câmera toma as decisões essenciais para se tirar uma boa fotogra a de retrato e não
permite ajustes manuais de outras funções. Procura por diafragmas mais abertos para desfocar o
fundo.

g. Landscape: A câmera toma as decisões essenciais para se tirar uma boa fotogra a de paisagem e
não permite ajustes manuais de outras funções. Procura usar diafragmas mais altos, para manter em
foco o máximo de assunto possível. 
# 21
h. Close-up: A câmera toma as decisões essenciais para se tirar uma boa fotogra a de retrato e não
permite ajustes manuais de outras funções. Procura por objetos a curta distância.

i. Sports: A câmera toma as decisões essenciais para se tirar uma boa fotogra a de ação e não
permite ajustes manuais de outras funções. Procura usar as mais altas velocidades de obturador
possíveis, para congelar a cena.

j. Night Portrait: A câmera toma as decisões essenciais para se tirar uma boa fotogra a de retrato à
noite e não permite ajustes manuais de outras funções. Ela procura abaixar a velocidade de
sincronismo e diminuir o diafragma (abrir) para explorar ao máximo a iluminação local, permitindo que
o fundo apareça. É preciso tomar cuidado para não tremer a foto, como fazer uso de tripé.

k. Flash off: Modo para desabilitar o ash para locais onde não possa ou deva ser usado. A câmera
toma todas as demais decisões. É preciso tomar cuidado para não tremer a foto, como fazer uso de
tripé.

2. Aperte, levemente, o obturador e veri que se o Led indicador de condição de foco e de exposição
sinaliza como situação positiva (aceso, sem piscar), caso contrário, veri que o problema no manual
da câmera e trate-o.

3. Ajuste os itens restantes, caso necessário (ISO, resolução da foto, balanço de branco etc.).

4. Recomponha a foto.

5. Dispare

COMPENSAÇÃO OU BACK LIGHT 

Praticamente, todos os recursos automáticos falham, por mais precisos que sejam os sensores de
distância e de fotometria. Isso ocorre porque, na verdade, a câmera, por mais que seu programa se
esforce, não sabe, exatamente, qual é o objetivo do fotógrafo.

# 22
Em composições com predominância de cores escuras, caso o fotógrafo queira registrar um pequeno
objeto claro, haverá a tendência de “estourar” a luz no objeto, porque o sistema automático da câmera
tentará clarear o restante da composição (que preenche a maioria do quadro). De forma análoga,
objetos dispostos diante de uma forte contraluz, a câmera tenderá cortar o excesso de claridade do
fundo, deixando o objeto principal ainda mais escuro, conforme se pode notar na foto à esquerda.

Para corrigir essas aberrações de interpretação em situações críticas, algumas câmeras contam com
recursos especiais, como Anel de Compensação (presente em equipamentos mais avançados, que,
geralmente, permite correções de +2 a –2 pontos de correção) ou com a função Back Light (que,
geralmente, aumenta em 2 pontos a exposição para situações de contra-luz), conforme se pode ver o
resultado na foto à direita.

DICA 1: FOTOGRAFIA COM FLASH 

Nem sempre o ash precisa ser a luz principal e única de uma cena. Mesmo numa praia ensolarada, o
uso do ash pode ser muito útil para correção de sombras muito duras. A luz do ash, portanto, pode
e deve ser usada como luz de enchimento ou de correção de sombras, para conseguirmos detalhar
relevos e texturas ocultas pela sombra.

Explore a iluminação ambiente interna, à noite, abaixando a velocidade até que consiga segurar a
câmera sem tremer e explore diafragmas e rajadas de ash mais brandas, para registrar toda a cena,
evitando que o fundo que escuro demais.

# 23
DICA 2: MULTIEXPOSIÇÃO

Para quem não quer usar um editor de fotos, como o Adobe Photoshop, há algumas câmeras
pro ssionais convencionais ( lmes) que contam com recurso de multiexposição. Consiste em um
recurso que, ao sensibilizar a película, a câmera não avança o lme para a próxima chapa, até que o
programa termine, permitindo que, uma mesma chapa seja sensibilizada mais de uma vez. Para tal
recurso, demanda-se muita habilidade do fotógrafo e de conhecimento técnico, para que partes da
composição não saiam “veladas”.

LEMBRETE:

PARA DIMINUIR A PROFUNDIDADE DE CAMPO:

Use a objetiva com distância focal acima de 70mm e/ou Abra o DIAFRAGMA até conseguir a
profundidade desejada, compensando com o aumento da VELOCIDADE. PARA CONGELAR A CENA:
Aumente a VELOCIDADE, compensando com a abertura do DIAFRAGMA.

PARA DIMINUIR DISTORÇÕES NA IMAGEM: Use objetiva com distância focal acima de 70mm. PARA
CAPTURAR CENAS SEM TREMIDOS: Use sempre um tripé em baixas exposições ou quando estiver
usando uma teleobjetiva ou com zoom muito puxado.

Exercício prático 8: Explore todas as funções automáticas e manuais presentes na sua câmera,
registrando fotos de teste, e eleja as que mais gostou e justi que a resposta.

A Composição da Imagem
MARCA DE PARALAXE - EQUIPAMENTOS AMADORES 

Como nas câmeras compactas a imagem formada na ocular não passa pela objetiva, podem ocorrer
cortes na composição. A esse erro, chama-se erro de paralaxe. Para evitar esses cortes, essas
câmeras contam com marcas de segurança para delimitação do quadro, chamadas de Marcas de
Paralaxe.

REGRA DOS TERÇOS 

A regra dos terços é uma técnica bastante popular e útil para facilitar o enquadramento. Consiste na
divisão imaginária da composição em três partes iguais horizontais e verticais, devendo o fotógrafo
tentar colocar o objetivo principal da foto no quadro central.

# 24
DINÂMICA DA DIREÇÃO

Trata-se de uma técnica própria do autor, que consiste na descentralização do objetivo principal da
fotogra a, de sorte a deixar uma margem maior a favor de um olhar ou de algum objeto em
movimento 

Note que, nas fotos à esquerda, a composição incomoda, ca estranha. No caso da serpente, o
observador não consegue enxergar o que ela olha. No caso do ousado piloto, a ausência de espaço
no sentido do movimento corrompe a imaginação, tanto da altura, quanto para aonde ele vai. Uma
ligeira descentralização, vide imagens à direita, corrige bem a composição.

ÂNGULOS DE ABORDAGEM 

Durante a composição, tenha em mente que, ângulos de abordagem superiores ao assunto principal,
inferiorizam o assunto. Ao nível do olhar, estabelece-se um padrão de igualdade e respeito mútuo.
Ângulos inferiores ao assunto, crescem a importância do assunto, deixando-os imponentes,
superiores ou realçados.

# 25
ENQUADRAMENTO 

A seguir, serão expostos alguns enquadramentos muito populares para as técnicas de cinema e de
produção de vídeo: Geral, Médio, Americano, Portrait, Close e Big Close. O corte do enquadramento
leva em consideração o elemento humano. No Plano Geral, interessa é captar o máximo possível da
cena. No Plano Médio, limita-se à altura da pessoa. No Americano, da cintura ao nal da cabeça. No
Portrait ou retrato, enquadra-se a partir do peito. No Plano de Close, limita-se o quadro na cabeça e no
Big Close, praticamente, só a expressão

ELEMENTOS DA COMPOSIÇÃO

1. FORMA

Para realçar o objetivo principal da composição, busque criar contrastes entre o objetivo principal e o
fundo, de sorte a valorizar a forma. A clareza da intenção do autor conduz o olhar de quem for ver a
obra.
# 26
2. LINHA 

Há situações que pode-se descentralizar o assunto principal e, mesmo assim, chamar a atenção para
o objetivo da foto. Alinhamentos, retas e curvas conduzem o olhar para o ponto central do assunto.

3. TEXTURA

Enquanto que, no primeiro elemento, o destaque é feito pela forma, em outras situações pode-se não
conseguir essa composição, como o caso de objetos de mesmas cores, como a natureza morta ao
lado. Uma solução de realce pode se dar na diferença de texturas. Diferenças de texturas, em geral,
aguçam a curiosidade e ornamentam o quadro.

4. DIMENSÃO E ESPAÇO

# 27
Se você olhar bem a foto à esquerda, tampando a foto da direita, por se tratar de um objeto
desconhecido, percebe-se que não seria possível ao observador inferir quanto à sua real dimensão.
Objetos desconhecidos ou fractais (cachoeiras, árvores, insetos desconhecidos, trincas emparedes
etc.) precisam de alguma referência conhecida no enquadramento, para que se tenha  noção de
proporcionalidade e dimensão.

Imprima e Impressione 
IMPRIMIR OU VISUALIZAR?

Graças à evolução tecnológica, os microcomputadores têm se tornado, a cada dia, mais presentes
entre nós e, desde que a fotogra a chegou às telas dos micros, a qualidade, o armazenamento e a
facilidade de retoques deram novo salto para seu crescimento e popularização. Entretanto, a
fotogra a tem, como uma de suas qualidades intrínsecas, a portabilidade. É de fácil transporte e, a
qualquer momento, em qualquer lugar e sem depender de nenhuma tecnologia especial ou de energia,
podemos vê-la naturalmente.

Desde que, é claro, esteja impressa no papel. Fotos em telas de computador tendem a car
esquecidas, além de vulneráveis aos ataques comuns dos hackers e vírus e, então, perder o o da
história. Imprimir as fotos é necessário.

JATO DE TINTA DOMÉSTICA

As impressoras a Jato de Tinta domésticas, geralmente, não têm boa qualidade de imagem e têm
estabilidade fraca. A qualidade delas tem melhorado, à medida em que são utilizados mais cartuchos
com cores intermediárias (acima de 6 cartuchos de cores). Outras desvantagens são que os
cartuchos são muito caros e a estabilidade da imagem, na maioria, dura pouco mais de 2 anos. Não
são indicadas para impressão de fotos. São indicadas apenas para impressões de documentos.

JATO DE TINTA DE FINALIZAÇÃO

As impressões de nalização apresentam boa estabilidade de imagem (resistência +-5 anos em uso
externo) e menor custo, por serem impressas em materiais plásticos (lonas Night&day e Vinil).
Entretanto, a resolução e a delidade de cores são bem inferiores às de Jato de Tinta Fotográ cas,
pelo fato de usarem tintas pigmentadas e por usarem materiais mais rústicos. Por isso que são
indicadas para peças publicitárias que precisam de maior resistência em uso externo e menor custo.
Não são indicadas para substituir as impressões fotográ cas.

# 28
JATO DE TINTA

FOTOGRÁFICA

As impressoras a Jato de Tinta Fotográ cas usam tintas especiais à base de corantes, que oferecem
excelente qualidade e excelente estabilidade. Imprimem em papel ou em materiais plásticos. Podem,
também, usar tintas à base de Pigmentos.

As tecnologias mais recentes oferecem resistência à água e durabilidade de até 100 anos (uso
interno), desde que se utilizem insumos originais (pouco mais caros).

Podem imprimir fotos para uso externo.

IMPRESSORAS DE SUBLIMAÇÃO (DYE SUBLIMATION)

As impressoras de Sublimação Térmica imprimem fotos com qualidade fotográ ca, de excelente
resistência e durabilidade. São bastante rápidas de impressão (menos de 1 minuto) e estão presentes
nas maiorias dos quiosques. São limitadas a larguras mais convencionais (até 15x21cm.). Alguns
quiosques oferecem recursos de retoques e recortes básicos com interface fácil para usuários
comuns.

Os insumos são mais caros do que a fotogra a convencional (química). Por isso, devem ser mais
usadas quando não houver tempo para espera (impressão em 1 hora).
# 29
PAPEL FOTOGRÁFICO (Processo C41 - Haleto de Prata) 

As impressões realizadas em Minilabs, em papel fotográ co, têm qualidade consagrada. Apresentam
excelente relação CustoXBenefício. Os custos de impressão são mais baixos, têm excelente
durabilidade (>60 anos), resolução extra e são resistentes à água.

TABELA BÁSICA DE IMPRESSÃO 

Exercício prático 10: Qual é o máximo de ampliação suportada, com qualidade fotográ ca, possível de
fazer com sua máquina e com qual nível de compressão de imagem?

Escolhendo um Equipamento 
VAI COMPRAR UMA NOVA CÂMERA?

Dê uma olhada nas dicas abaixo e tire suas próprias conclusões. Cuidado com vendedores
preocupados só com a comissão e que não entendem do assunto.

Lamentavelmente, pouquíssimos pro ssionais de venda dominam o assunto.

# 30
1)Qual será o uso? Se for para uso amador, qual é o seu nível de exigência? Quais recursos mínimos
deseja que ela tenha? Se for para uso pro ssional, dê preferência para câmeras do formato SLR, com
ajustes manuais e automáticos.

2)Custo X Benefício Quanto pretende investir e o que espera do equipamento?

3) Critérios Essenciais: • Ter Zoom Óptico (zoom digital é embromação!); • Resolução igual ou acima
de 4.0 MP. Em geral, uma câmera com até uns 6 MP atende perfeitamente à maioria das demandas.
Raramente um usuário amador precisará de imprimir fotos acima de 30x40 centímetros. Portanto,
resoluções acima de 6, podem ser um exagero. Certamente, a indústria fotográ ca conhece bem o
per l do seu consumidor e, mês após mês, vem lançando câmeras com resoluções exageradas, na
tentativa de abocanhar o consumidor desavisado, que compra câmeras com 12 ou mais MP e se
esquece de um bom Zoom ÓPTICO, de recursos essenciais etc.; •

Ter boa qualidade e precisão eletrônica (Fabricante de 1a. linha).

Cuidados Especiais
FOTOGRAFIAS

1) Dê preferência para impressões em papel fotográ co (química ou sublimação ou jato de tinta


fotográ ca em papel próprio/original).

2) Se car em exposição, coloque-a em moldura com vidro para reduzir a incidência dos raios UV e
para protegê-la de pragas domésticas e ataques de fungos e microorganismos.

3) Evite, ao máximo, a exposição à luz direta do sol.

4) Não as deixem expostas a umidade e ao excesso de calor.

EQUIPAMENTOS

1) Mantenha-os devidamente guardados em bolsas próprias ou Cases;

2) Não os deixem expostos à umidade ou ao excesso de calor (porta-luvas e porta-malas de veículos);

3) Evite locais com alta incidência de poeira, ácidos ou sal;

4) Quando for guardá-los por muito tempo, retire as pilhas e guarde-as em local separado;

5) Evite tocar nas objetivas e lentes.

REGRAS X ARTE

A fotogra a se tornou um dos mais importantes recursos que convivem com o nosso dia-a-dia. Por
meio dela, nós preservamos a nossa história, convivemos com a arte e registramos o cotidiano.
Enxergamos e aprendemos com as últimas descobertas da ciência.

Com ela, somos, também, estimulados ao consumo. A fotogra a já faz parte do acervo cultural
humano e é capaz de abranger, desde o real, ao imaginário. É, sobretudo, arte.

# 31
Esperamos que, com este curso, o aluno consiga transcender as técnicas e regras aqui abordadas.
Que não que totalmente preso a elas, mas que se solte e, por meio delas, consiga aplicá-las em
maior número, com maior domínio possível, de sorte a alcançar novos patamares, ainda não
atingidos.

Imprima o seu estilo pessoal e nos mostre como você enxerga a vida. Boas Fotos!

Bibliogra a/Links Recomendados


- Curso de Fotogra a Digital, de Fernando Martins.

- BUSSELLE, Michael. Tudo sobre fotogra a. São Paulo: Pioneira, 1982.

- GURAN, Milton. Linguagem fotográ ca e informação. Rio de Janeiro: Gama Filho, 1999.

- HEDGECOE, John. Guia Completo de Fotogra a. São Paulo, Martins Fontes, 1996.·

- LANGFORD, M. J. Fotogra a básica. São Paulo: Martins Fontes, 1990.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

- HUMBERTO, Luís. Fotogra a – universos e arrabaldes. Brasília: FUNARTE, 1983.

- LIMA, Ivan. A fotogra a é sua linguagem. Rio de Janeiro: Espaço e tempo, 1988.

- MACHADO, Arlindo. A imagem espetacular: introdução à fotogra a. Rio de Janeiro: Vozes, 1984.

- SONTAG, Susan. Ensaios sobre a Fotogra a. Rio de Janeiro, Arbor, 1981.

- ITTEN, Johannes. The Elements of Color. Estados Unidos, John Wiley & Sons, 2001.

- MANGUEL, Alberto. Lendo Imagens. São Paulo, Companhia das Letras, 2001.

- VARIS, Lee. Digital Photography for Graphic Designers. Estados Unidos, Rockport Publishers, 2001.

# 32
OBRIGADO!
Boas fotos!

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