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Fotos de capa:
Claudio Gatti,
Correio
Dúvidas e comentários dos leitores 6 Jefferson Allan,
Zé Paiva e Divulgação
Grande Angular
Notícias e novidades 8
Foto do Mês
Um clique especial do fotojornalismo 14 Fotografia de arquitetura
Dicas sobre o setor de dois especialistas 50
Revele-se
Fotos dos leitores em destaque 16 MACROFOTOGRAFIA
As incríveis imagens
Portfólio do Leitor
O trabalho de Meysa Medeiros 22 de Jefferson Allan
56
Jefferson Allan
Foto para decoração de ambientes
Como é esse mercado e como entrar nele 26
Claudio Gatti
30 novas lentes
para seu kit
Confira lançamentos
Retratos inesperados
O estilo atrevido de Claudio Gatti 62
Sergio Ranalli
FilmMaker
Os segredos para fazer timelapse 86
Dois fotógrafos que o usam com criatividade
Fique por Dentro
Exposições, concursos e cursos 92
2IVMQZW v 3
CARTA AO LEITOR
E
Diretores:
Aydano Roriz [XMZWY]M^WKÉKIZWTMQ\WZ\MVPI\QLW]UIÒ\QUIXI[[IOMULMIVW
Luiz Siqueira
Tânia Roriz +PMOIUW[MU MXZMXIZM[M"M[\MXZWUM\M[MZ]UIVWLMU]Q
Editor e Diretor Responsável: Aydano Roriz
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Diretor Executivo: Luiz Siqueira KIMW[MO]VLWLMLMâVQÆÔM[Y]MXWLMUVW[TM^IZIKWUMÆIZI[IQZLW
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Roberto Araújo – MTb.10.766 – araujo@europanet.com.br \ÙVMTWVLMIY]MTIT]bQVPI\ÉV]MTÀVWâUVW[LÀ]UIVM[OILMM[XM
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REDAÇÃO UMV\M-[XMZWMVKWV\ZIZIT]bUI\ÈZQIXZQUIXIZIVÒ[LINW\WOZIâIM[QVITLM
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Editor-contribuinte: Mário Fittipaldi
Repórteres: Livia Capeli e Juliana Melguiso (estagiária) +WVNM[[WY]M[MUXZMILUQZMQY]MU[IJMNIbMZ]UZM\ZI\WKZQI\Q^W5Q
Editora de arte: Izabel Donaire
Revisão de texto: Denise Camargo VPIILUQZIÆÂW[MIUXTQIU]Q\WY]IVLWM[[M\QXWLMZM\ZI\WÈXZWL]bQLW
Colaborador especial: Diego Meneghetti XWZ]UNW\WRWZVITQ[\IY]I[M[MUXZMVIKWZZMZQI[MUW\MUXWVMKM[[ÀZQW
Colaboraram nesta edição: Carla Durante, Guilherme Mota e
Laurent Guerinaud XIZIKPMKIZ]UUWV\MLMLM\ITPM[-[MM[[MNW\WRWZVITQ[\I\MUIUQ[[ÂW
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4 v.W\WOZINM5MTPWZVo 256
CORREIO
dúvidas e comentários dos leitores
FotograFia De beleza
Sempre fiquei em dúvida so-
bre o que era exatamente fotografia
de beleza. Com a reportagem feita
por vocês na edição 255, tudo ficou
bem mais claro. Entendi o conceito
e a finalidade. Como tenho vontade
de me especializar em moda (ainda
estou estudando fotografia), a foto-
grafia de beleza também passou a
me interessar.
Francisco gomes Júnior,
rio de Janeiro (rJ)
Correção No gráFiCo
Na edição 253, no teste da Ca-
non EOS Rebel T6, na página 63, o
SENSIBILIDADE ISO 100 200 400 800 1.600 3.200 6.400
gráfico que se refere ao ruído digi-
Canon Rebel T6i Canon Rebel T6 tal veio com a palavra “Errado!” im-
ruíDo Digital A partir daqui, as pressa sobre uma das curvas. Creio
fotos precisam de que era um aviso para mudar o grá-
ACEITáVEL ATé redução de ruído
fico e isso não foi feito.
iSo 3.200 Felipe Murro Capeli, via e-mail
Uma família de
+DUROGR3DOR-U
mico-leão-dourado
registrada por
Haroldo Palo Jr.
8 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
cinco livros sobre paisagens e retra-
tos, com cerca de 600 de seus me-
lhores registros.
Em parceria com o ornitólogo Rolf
Grantsau, lançou O Guia das Aves do
Brasil, considerado o mais completo
do País. Em 2017, lançou o guia Bor-
boletas do Brasil, em três volumes,
que apresenta 4.586 espécies e sub-
espécies em cerca de 4 mil imagens.
'LYXOJD©¥R
Tinha ainda o livro Besouros do Brasil
em fase de finalização.
UM MESTRE Sebastião Salgado está ao lado de outros três fotógrafos na Academia francesa
“Mais do que um fotógrafo era um
professor de todos nós aqui em São
Carlos. Ele dedicou sua vida não só ao SALGADO ENTRA PARA A
registro da natureza mas denunciou
os abusos cometidos contra ela. Tor-
nou-se uma espécie de guru da foto-
Academia de Belas-Artes da França
PGRVPDLVUHQRPDGRVIRWµJUD- H[LVWHQWHVãDO«PGH6DOJDGRIRUDP
grafia, fazendo palestras, dando cur-
sos e respondendo às perguntas mais U IRV GR PXQGR 6HEDVWL¥R 6DO-
JDGR VH WRUQRX R SULPHLUR EUDVLOHL-
QRPHDGRVRVIUDQFHVHV-HDQ*DXP\
H<DQQ$UWKXV%HUWUDQGHRPDUUR-
básicas sobre enquadramento, iden-
tificação de espécies e tratamento de URDLQWHJUDUD$FDGHPLDGH%HODV TXLQR%UXQR%DUEH\2EUDVLOHLURIRL
imagens”, conta Ricardo Japur, fotó- $UWHV GD )UDQ©D FULDGD HP DSUHVHQWDGRSRU%HUWUDQGTXHIH]D
grafo e leitor de Fotografe. (OHWRPRXSRVVHGHXPDGDVFDGHL- DEHUWXUDGDSRVVHUHVXPLQGRDWUD-
Como um verdadeiro discípulo, Ri- UDVGHVWLQDGDV¢IRWRJUDILDGD$FDGH- MHWµULD GHOH $WXDOPHQWH 6HEDVWL¥R
cardo conta que, certa vez, atendendo PLDVXEVWLWXLQGRRIRWµJUDIRHWDP- 6DOJDGRVHGHGLFDWRWDOPHQWHDRWUD-
a um pedido dele, Haroldo surpreen- E«PVHXDPLJR/XFLHQ&OHUJXHTXH EDOKRFRPWULERVLQG¯JHQDVQD$PD-
deu a todos visitando uma exposição PRUUHXHP$£UHDGHIRWRJUD- ]¶QLD(OHGLVVHTXHSUHWHQGHVHGH-
fotográfica de novatos numa sorvete- ILDGD$FDGHPLD«XPDGDVPHQRUHV GLFDUDHVVHWHPDSRUPDLVGRLVDQRV
ria de São Carlos. Comentou cada foto FRPDSHQDVTXDWURGDVFDGHLUDV SDUDFRQFOXLURSURMHWR
com respeito, delicadeza e a paciência
de um monge. “Tive a honra de acom-
panhá-lo a uma expedição fotográfi-
ca ao Pantanal Matogrossense e vê-lo
LIVRO PARA MARCAR 60 ANOS DE
em campo. Incansável em seu objeti-
vo, ficava dias na mata atrás de um re-
FOTOJORNALISMO DE SÉRGIO JORGE
gistro. Era uma daquelas raras pesso-
as para quem o dinheiro e o prestígio
ocupam o último lugar na lista de prio-
O mestre Sérgio Jorge está che-
gando aos 64 anos de profis-
são. Para marcar a carreira des-
ridades”, atesta Ricardo. Haroldo Palo se grande fotojornalista, a Mogia-
Jr. deixou três filhos e a mulher, Isado- na Produções Culturais quer edi-
ra, grávida de seis meses. tar um livro, que será financiado
pela plataforma Catarse. O proje-
to visa reunir parte do imenso acer-
vo do fotógrafo, concentrando cer-
ca de 150 imagens, todas em P&B.
A campanha no Catarse ficará no
ar até dia 3 de fevereiro de 2018. As
colaborações começam em R$ 15 e
com R$ 110 o colaborador assegu-
ra um exemplar do livro autogra-
fado por Sérgio Jorge e frete grá-
tis. Para mais informações, acesse
www.catarse.me/sergiojorge.
da carrocinha na Freguesia
do Ó, periferia de São Paulo: foto
levou o Prêmio Esso de 1961
-DQHLURí 9
GRANDE ANGULAR
Fotos:7LP:DONHU
Calendário Pirelli 2018
foca na quebra de preconceitos
RQKHFLGRPXQGLDOPHQWHHFRP Uma releitura de
C ODUJDWUDGL©¥RR&DOHQG£ULR3L- Alice no País das
UHOOLYHPWHQWDQGRDFDGDDQRTXH- Maravilhas
EUDU DV EDUUHLUDV GR SUHFRQFHLWR com modelos
TXHHQYROYHPRPXQGRGDDUWH(P negros foi a ideia
DDSRVWD«HPFRQYLGDGRVQH- de Tim Walker
JURVSDUDDUHSUHVHQWD©¥RGHAlice
no País das MaravilhasFO£VVLFRGREULW¤QLFR/HZLV
&DUUROO3DUDID]HUDVIRWRVIRLHVFROKLGRXPFRQ-
WHUU¤QHRGH&DUUROORUHQRPDGR7LP:DONHUUHV-
SRQV£YHO SRU HQVDLRV SDUD UHYLVWDV FRPR Vogue
HW$LGHLD«PHVFODURJODPRXUHDLPDJLQD©¥R
HPLPDJHQVEHPFRORULGDV(QWUHRVPRGHORVHV-
W¥R 5X3DXO GUDJ TXHHQ H DWLYLVWD /*%7 1DRPL
&DPSEHOOPRGHOR/XSLWD1\RQJæRH:KRRSL*RO-
GEHUJDWUL]HVYHQFHGRUDVGR2VFDUHQWUHRXWURV
10 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
GRANDE ANGULAR
/HVWHU6FDORQ
O Parque Estadual do Jalapão, no Tocantins
(TO), sempre desempenhou um grande pa-
pel no cenário da natureza brasileira, principal-
competem com espécies nativas, além da polui-
ção da água nas proximidades do parque.
O livro, em formato 27 x 35 cm (panorâmi-
As paisagens, a
flora e a fauna
do Jalapão estão
mente por sua biodiversidade. O livro que leva o co), 288 páginas e capa dura, contempla parte da muito bem
nome do parque é a prova de que o ambiente e o fauna e da flora da região, contendo cerca de 300 representadas
ecossistema do lugar ainda são um dos mais be- imagens feitas por Scalon e 600 ilustrações rea- no livro que
los patrimônios naturais do País. Idealizado pe- lizadas por Sigrist. Além disso, foram registrados leva o nome
lo fotógrafo Lester Scalon e pelo artista plástico cantos de 100 aves da região que podem ser re- do parque no
Tomas Sigrist, Jalapão marca o momento que a produzidos por meio de um CD que faz parte do Tocantins
região vem enfrentando problemas graves, co- projeto e está anexado ao livro. Publicado pela Avis
mo a degradação ecológica induzida por desma- Brasilis, recebeu benefícios da Lei Rouanet e tem
tamentos, conversão de florestas em plantações preço sugerido de R$ 98. Pode ser adquirido pelo
agrícolas, introdução de espécies exóticas que site da editora, www.avisbrasilies.com.br.
12 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
FOTO DO MÊS
o melhor do fotojornalismo
dois Instantes
de São Paulo
RLV IRWµJUDIRV UHJLVWUDUDP DFRQWHFL-
UHDOL]DURUHJLVWUR
(P,WDTXHUDXPSRXFRDQWHVGHFRPH-
©DUDSDUWLGDGR&DPSHRQDWR3DXOLVWDDWRU-
Acima, flagrante durante festa de tropeiros em São Francisco Xavier (SP); FLGDGR&RULQWKLDQVDFHQGHXY£ULRVVLQDOL]D-
abaixo, registro na Arena Corinthians, em Itaquera, São Paulo (SP) GRUHVSURYRFDQGRXPDFRORVVDOQ«YRDQRHV-
W£GLR2IRWµJUDIR5LFDUGR1RJXHLUDDSURYHL-
5LFDUGR1RJXHLUD
WDQGRRPRPHQWRFRORFRXXPD&DQRQ(26
'0DUN,9DWU£VGRJROHIH]RVGLVSDURVUH-
PRWDPHQWHFRPXPFRQWUROHUHPRWR3RFNHW
:L]DUG1RJXHLUDDMXVWRXDDEHUWXUDHPI
DYHORFLGDGHGHV,62HXVRXD
OHQWHQDGLVW¤QFLDIRFDOGHPPGHL[DQGR
DF¤PHUDHPIRFRPDQXDO&RQVHJXLXXPD
LPDJHPHPTXHRVMRJDGRUHVDSDUHFHPPL-
Q¼VFXORVHQWUHRVJRPRVGDUHGH
14 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
REVELE-SE
fotos dos leitores em destaque
REFLEXO SINCRONIZADO
4XDVHVHPSUHDRSRUWXQLGDGHSDUDXPD GRVMRJDGRUHVQRHVSHOKRGæ£JXDTXHVHIRUPD-
ERDIRWRVHDSUHVHQWDSDUDTXHPVDEHHQ- YDQDDUHLDFULDYDXPHIHLWRLQWHUHVVDQWH&¤PH-
[HUJ£OD )RL R TXH DFRQWHFHX FRP R IRWµJUD- UDQDP¥RIRLVµHVSHUDURPRPHQWRFHUWRSDUD
IR0LVDHO*RGR\GH2OLQGD3((OHHVWDYDSDV FOLFDU$LPDJHPIHLWDHP3 %HQDFRQWUDOX]
VHDQGRSHODRUODGDVXDFLGDGHTXDQGRXPDSH- DFHQWXRXDVLOKXHWDGRVSHUVRQDJHQVHJDUDQWLX
ODGDQDSUDLDFKDPRXOKHDDWHQ©¥RRUHIOH[R PRYLPHQWR¢FHQD
16 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
:: Autor: José Orlando de Souza e Silva
:: Cidade: São Paulo (SP)
:: Câmera: Nikon D610
:: Objetiva: Nikkor 24-120 mm
:: Exposição: f/13, 1/400s e ISO 400
-DQHLURí 17
REVELE-SE
18 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
:: Autor: Henrique de Souza Carvalho
:: Cidade: Vila Velha (ES)
:: Câmera: Nikon D610
:: Objetiva: Nikkor 24-70 mm 2.8
:: Exposição: f/7.1, 1/50s e ISO 2.000
ILHA DA FANTASIA
2 IRWµJUDIR FDSL[DED +HQULTXH GH DWUDLQGRXPS¼EOLFRMRYHPHGHVFRODGR'H
6RX]D&DUYDOKRGH9LOD9HOKDSURGX- DFRUGRFRP+HQULTXHRORFDO«µWLPRSDUD
]LXXPHQVDLRVHQVXDOFRPDPRGHOR,VD- H[SHUL¬QFLDV IRWRJU£ILFDV 3DUD ID]HU HVWD
EHOOHHPXPhostel GRFHQWURKLVWµULFRGD IRWRHOHDSURYHLWRXXPGRVJUDILWHVTXHGH-
YL]LQKD9LWµULDDFDSLWDOGR(VWDGR,QVWDOD- FRUDRPXURGRMDUGLPSDUDèYHVWLUé,VDEHOOH
GRHPXPGRVVRODUHVPDLVDQWLJRVGDLOKD FRPDVDVGHSHQDVPXOWLFRORULGDVFULDQGR
DFRQVWUX©¥RGDWDGHRhostel SUR- XPDDWPRVIHUDIDQW£VWLFDHGHL[DQGRDPR-
FXUDYDORUL]DURWUDEDOKRGHDUWLVWDVORFDLV GHORSDUHFLGDFRPDIDGD6LQLQKR
-DQHLURí 19
REVELE-SE
O PECADO DA GULA
2 HVWXGDQWH GH IRWRJUDILD 6«UJLR 1DVFL- YLGDVHVFROKHXDJXODHSURGX]LXXPDV«ULHGH
PHQWR GH &DPSLQDV 63 « I¥ GH IRWRV LPDJHQVSDUDHVWXGDUDOX]3DUDHVWDLPDJHP
GHJDVWURQRPLD4XDQGRVHGHSDURXFRPRWH- 6«UJLRXVRXXPDODQWHUQDSDUDLOXPLQDURVWR-
PDGHVHXWUDEDOKRGHILQDOGHVHPHVWUHTXH PDWHVHDYHUGXUDHGHSRLVDFREULXFRPFHORID-
HUDUHSUHVHQWDUXPGRVVHWHSHFDGRVFDSLWDLV QHYHUPHOKRREWHQGRXPHIHLWRGUDP£WLFRHHV-
SRUPHLRGDW«FQLDGHlight paintingQ¥RWHYHG¼- TXHQWDQGRDLPDJHP
20 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
ESCULTURA ORGÂNICA
'HWDOKHV TXH PXLWDV YH]HV SDV- %UXQR&DYDVRWWL$OPHLGDQRHQWDQWRD :: Autor: Bruno Cavasotti Almeida
VDP GHVSHUFHELGRV SRGHP UHQ- IROKD DGTXLULX WRQV DFREUHDGRV DVVH- :: Cidade: Ponta Grossa (PR)
GHUERQVFOLTXHV$LPDJHPDFLPDSRU PHOKDQGRVHDXPDHVFXOWXUDRUJ¤QLFD :: Câmera: Canon EOS T5 Rebel
H[HPSOR«GHXPDVLPSOHVIROKDTXHR *UD©DV¢JUDQGHDEHUWXUDGRGLDIUDJPD :: Objetiva: Yongnuo EF 50 mm
RXWRQRGHVSHMRXVREUHXPDSR©DGæ£JXD HOHFRQVHJXLX£UHDVGHGHVIRTXHTXHYD- :: Exposição: f/1.8, 1/320s
IRUPDGD SHOD FKXYD GD QRLWH DQWHULRU ORUL]DUDP D WH[WXUD GD IROKD $ YLQKHWD e ISO 100
3HODV OHQWHV GR IRWµJUDIR SDUDQDHQVH JDUDQWLXRWRTXHvintage6LPSOHVDVVLP
Pintas, um retrato
sem preconceito
t
POR JULIANA MELGUISO
UD]HU RV PDLV GLYHUVRV WHPDV WU¬V MRYHQV TXH IL]HVVHP SDUWH GHVVD
SDUDRVROKRVGRS¼EOLFR«XP WULERXUEDQDWHQWDQGRPRVWUDUDVGL-
GRV SDS«LV PDLV LPSRUWDQWHV IHUHQWHVKLVWµULDVGHYLGDSRUWU£VGRV
A jovem fotógrafa GDIRWRJUDILD)RLRTXHIH]DMR- èSLQWDVéTXHGHFHUWDIRUPDTXHEUDV-
YHP IRWRMRUQDOLVWD 0H\VD 0H- VHP R HVWHUHµWLSR QHJDWLYR DVVRFLD-
Meysa Medeiros GHLURVDRDSUHVHQWDUXPWHPD GR D HOHV $ PRWLYD©¥R SDUD R HQVDLR
faz ensaio RULJLQDOHWRWDOPHQWHUHOHYDQWHSDUDDFL- VXUJLXDSµVDRILFLQD )RWRJUDILDSHUL-
humanista GDGHGH1DWDO51XPHQVDLRIRWRJU£- IHULDHPHPµULDPLQLVWUDGDSRU'DQWH
ILFRFRPXPJUXSRWRWDOPHQWHPDUJLQD- *DVWDOGRQLIRWµJUDIRSURIHVVRUGHIR-
sobre jovens OL]DGRQDVRFLHGDGHPDLVFRQKHFLGRFR- WRJUDILDGD8QLYHUVLGDGH)HGHUDO)OX-
marginalizados PRèRVSLQWDVQDWDOHQVHVé PLQHQVH8))H GH8QLYHUVLGDGH)H-
'XUDQWHXPP¬V0H\VDVHGHGLFRX GHUDO GR 5LR GH -DQHLUR 8)5- DO«P
da periferia de DSHQDV¢FRPSRVL©¥RGDV«ULH&RPD GH FRRUGHQDGRU DFDG¬PLFR GD (VFROD
Natal (RN) F¤PHUD QD P¥R D IRWµJUDID EXVFRX GH )RWµJUDIRV 3RSXODUHV GD 0DU« DR
22 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
Fotos: Meysa Medeiros
este grupo de
jovens vive na
periferia de natal e
sofre preconceito
lado de José Roberto Ripper, um zoom 18-35 mm e a fixa 24 mm. “As tes na saturação, realce, contraste e
dos mais respeitados fotógrafos fotos passaram por leves tratamen- brilho”, conta a fotógrafa.
documentaristas brasileiros. tos no Lightroom, como pequenos Inspirada por Gastaldoni e
“Achei de extrema importância recortes no enquadramento e ajus- Ripper, e também pelos fotógra-
combater preconceitos culturais e
sociais na sociedade potiguar, e en-
tender o papel crucial da fotografia
na democratização da comunica-
ção e da cultura. Com isso, procu-
rei mostrar o outro lado de maneira
que dignificasse esses jovens”, conta
Meysa. Ela lembra que Ripper disse
em uma entrevista que “as histórias
das populações menos favorecidas
são contadas, mas a beleza delas é
editada”. Foi com esse mote que ela
quis seguir com o seu propósito.
Meysa conta que queria que suas
fotos transparecessem a maior natu-
ralidade possível, tanto na hora de fo-
tografar como na hora de editar. Para
fazer o trabalho, ela usou uma Canon
EOS 7D com duas objetivas Canon, a
Janeiro 2018 • 23
PORTFÓLIO DO LEITOR
IRV-R¥R0DFKDGR&HOVRGH2OLYHL-
UD-XFD0DUWLQVH(YDQGUR7HL[HLUD
0H\VDGL]TXHDLQGDVHWUDWDXPHV-
WHUHµWLSRFRPRDOJRSHMRUDWLYR&D-
EH¢IRWRJUDILDGHVPLVWLILFDUHVVHV
SUHFRQFHLWRVHPRVWUDUDUHDOLGDGH
è$FUHGLWR HP VHPSUH EXVFDU XPD
IRUPDGHWUD]HUEHOH]DHGLJQLGDGH
DRVIRWRJUDIDGRVPXLWDVYH]HVHV-
FRQGLGDVSRUSDGU·HVSUHHVWDEHOH-
FLGRV $ IRWRJUDILD SRGH VHU XVDGD
FRPRIRUPDGHLQFOXV¥RéDFUHGLWD
2HQVDLRIRLUHDOL]DGRFRPRSDU-
WH GR 7UDEDOKR GH &RQFOXV¥R GH
&XUVR77&GRFXUVRGH)RWRJUDILD
QD8QLYHUVLGDGH3RWLJXDU$HGL©¥R
ILQDOIRLUHVXPLGDDFLQFRLPDJHQV
Fotos: 0H\VD0HGHLURV
LPSUHVVDVHPWDPDQKR[FP
TXHIRUDPH[SRVWDVHPXPDGDVGL-
YHUVDVVDODVGD3LQDFRWHFDGR(VWD-
GRFRPRXWUDVREUDVGDH[SRVL©¥R
FROHWLYDGHVXDWXUPDGHIDFXOGDGH
Acima, um pinta e seu bigode fininho, outra característica da tribo; abaixo, 1DWXUDOGH1DWDO0H\VDM£WLQKD
Meysa na abertura da exposição na Pinacoteca do Estado em Natal DIRWRJUDILDFRPRSDUWHGHVXDYLGD
K£FHUFDGHVHLVDQRVPDVVHPSUH
SDUDOHODDRXWUDVDWLYLGDGHV1RLQ¯-
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5LR*UDQGHGR1RUWH
24 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
Dicas proFissionais
a fotografia autoral
agora ganhou mais
espaço em projetos
de decoração
cris Hapen
o uso Da FotograFia na
decoração de ambientes
Cada vez mais projetos de arquitetos e decoradores incluem a fotografia em vez
de quadros e gravuras. Esse é um nicho de mercado para vender projetos autorais
E
por Livia CapeLi
squeça pinturas e gravuras. mediada por galerias de arte e po- radores e procurar informações so-
Nas paredes de residências, de ser negociada por meio de si- bre o mercado de decoração.
espaços comerciais e empre- tes especializados no assunto. De- Para entender um pouco como
sariais agora é a vez da foto- pendendo do trabalho e do fotógra- funciona esse segmento e passar di-
grafia brilhar como obra de fo envolvido, uma foto para deco- cas importantes, Fotografe conver-
arte. Os registros de memó- ração pode chegar a até R$ 30 mil. sou sobre o assunto com três fotógra-
rias vão dando aos poucos lugar ao Em um segmento ainda pouco ex- fos que atuam na área: Fernanda Na-
conceito de fotografia com grafismo plorado no Brasil, esse nicho é uma man, de São Paulo; Zé Paiva, de San-
e natureza, assinados por fotógrafos boa oportunidade para o fotógrafo ta Catarina; e Cris Hapen, do Paraná.
renomados e novos talentos. se destacar no mercado voltado à Também não podia faltar a opinião de
A fotografia para decoração ga- arquitetura de interiores. Por outro um arquiteto especialista no tema, no
rante espaço dentro de projetos de lado, é necessário ter um bom rela- caso, Ricardo Caminada, da Díptico
arquitetos e decoradores, é inter- cionamento com arquitetos e deco- Design de Interiores. Acompanhe.
Imagem da fotógrafa e artista plástica Fernanda Naman, que tem reconhecimento internacional no segmento
O VALOR DA IMAGEM da obra que ele fez”, é o que acre- pressão, costuma negociar uma obra
“No Brasil, ainda estamos crian- dita o fotógrafo de natureza Zé Pai- por algo entre R$ 400 e R$ 1.500.
do a cultura desse tipo de fotografia. va, que usa o mercado de decoração Outra fotógrafa que vem crescen-
O público está aprendendo que foto- para vender imagens autorais. Paiva do nesse nicho de mercado é a para-
grafias autorais têm valor intrínse- entrou no nicho por acaso. Depois de naense Cris Hapen. Conhecida por
co e extrínseco, ou seja, tanto pela ter uma foto vendida em um leilão no fotografar crianças, famílias e ges-
impressão e pelo papel quanto pelo Festival de Fotografia Paraty em Foco tantes e ser autora do livro Fotogra-
currículo do fotógrafo, tal qual a pes- de 2012, não parou mais. Ele revela fia de Crianças, publicado pela Edito-
quisa, estudo e trabalho de obtenção que, dependendo do tamanho da im- ra Europa, Cris deixou de lado esse
-DQHLURî 27
',&$6352),66,21$,6
$UTXLYR3HVVRDO
Ao lado, imagem da série Paisagens
Silenciosas, de Fernanda Naman;
acima, a renomada fotógrafa
CANAL DE VENDA
A parceria com arquitetos e deco-
radores é um fator importante nes-
se meio, pois eles ajudam a interme-
segmento e decidiu se dedicar à fo- Bem mais experiente no merca- diar a venda. O arquiteto Ricardo Ca-
tografia para decoração. Em busca do de fotografia de decoração, a fo- minada diz que para se inserir nesse
de aperfeiçoamentro no tema, a fo- tógrafa e artista plástica paulista- mercado o fotógrafo deve colocar seu
tógrafa resolveu voltar à sala de aula na Fernanda Naman trilha esse ca- trabalho em evidência em todos os
e cursar Design de Interiores, o que minho há 8 anos. A célebre e talen- meios possíveis e tornar-se conhe-
tem contribuído para entender me- tosa profissional cresceu em meio às cido pelo maior número de pessoas.
lhor o mercado. Cris conta que chega tintas e telas do ateliê da avó. Quan- Uma boa maneira de criar uma
a negociar atualmente uma imagem do adulta, manteve a atividade, e foi rede de relacionamentos é expor
em valores de R$ 1.500 a R$ 6 mil – cursar Arquitetura para ter uma for- em grandes eventos ligados à deco-
o preço depende muito do tamanho e mação mais abrangente. ração, como faz Fernanda Naman,
do tipo de material de impressão. Para Fernanda, a formação espe- que, além de ser representada pe-
=«3DLYD
-R¥R3DXOR/XFHQD
28 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
&ULV+DSHQ
lo espaço Gabriel Wickbold, em São Acima, fotografia da série Orvalho,
Paulo (SP), expõe peças na Casa Cor produzida por Cris Hapen,
ao lado, a fotógrafa paranaense
Miami, nos Estados Unidos.
Outro canal de negociação são as
galerias e os escritórios de arte tan- atinge um público maior. Outra dica
to físicos quanto virtuais, que podem importante é frequentar o mercado
comprar ou até trabalhar a obra no de arte. Ir a leilões, exposições, parti-
sistema de consignação. A fotógrafa cipar de mostras coletivas e conviver
Cris Hapen tem investido nessa re- com outros profissionais do mercado
ceita e diz que esses espaços funcio- de arte ajuda a compartilhar experi-
nam como ótimas vitrines. O custo ências e se incluir no meio.
não é alto e no caso das galerias onli- $UTXLYR3HVVRDO
ne, praticamente zero. UMA BOA IMPRESSÃO
Uma boa dica é não restringir o A fotografia dirigida à decoração
negócio apenas às galerias na região precisa ser cuidadosamente pensa-
que o fotógrafo atua. Um bom contato da no resultado da impressão, pois fi-
com um marchand (profissional que cará exposta durante anos na pare- te utilizados por especialistas na área.
negocia obras de arte e representa o de sofrendo com as condições de ilu- O fotógrafo Zé Paiva utiliza em
artista comercialmente nas relações minação. Portanto, contar com uma Florianópolis (SC) os serviços do
com galerista, colecionadores e mu- boa empresa especializada em im- printer Guilherme Ternes, creden-
seus) e escritórios de arte em vários pressão com papéis nobres é essen- ciado pela Canson, e costuma im-
estados pode alavancar a divulgação cial nesse segmento. primir em papel Canson 100% algo-
do nome do fotógrafo. Uma dessas empresas especiali- dão, desde formatos 26 x 39 cm a 100
Mas o fotógrafo não pode depen- zadas é a do fotógrafo Clicio Barroso x150 cm. Ele normalmente entrega
der apenas desses meios para apre- (www.clicio.com.br), que atua em São as imagens sem moldura, apenas a
sentar trabalhos ao mundo da deco- Paulo, envia para todo o Brasil e ofe- print ou no máximo com paspatur.
ração. Ter um bom site com as obras rece impressão em papel 100% algo- “Todo o material, inclusive o pas-
e expor em redes sociais sobre sua dão, canvas e acetinado, além de me- patur, segue padrões museológicos
atividade denota profissionalismo e tacrilato – tipos atualmente bastan- com PH neutro para uma maior dura-
-DQHLURî 29
',&$6352),66,21$,6
$UTXLYR3HVVRDO
O arquiteto Ricardo Caminada, da
Díptico Design de Interiores: ele usa o
trabalho de fotógrafos nos projetos
)HUQDQGD1DPDQ
gens, porém as mais exclusivas não
passam de três impressões. Fer-
nanda também costuma trabalhar
Acima, obras de Fernanda Naman inseridas em um projeto de decoração; abaixo, com dípticos.
foto da série Poética do Mar, de Zé Paiva, que trabalha com edições limitadas
PEDRAS NO CAMINHO
Não é tão fácil ingressar no merca-
do de fotografia para decoração de am-
bientes quanto parece. É necessário
ter bom relacionamento com quem é
da área. Ocasionalmente, pode ocorrer
de o fotógrafo precisar pagar comissão
aos parceiros.
Além da rede de contatos, é cru-
cial pesquisar muito sobre o assun-
to. “A ideia de simplesmente fazer
uma foto autoral e querer vender a R$
5 mil não vai funcionar. É preciso sa-
ber se aquela imagem fica harmôni-
ca dentro de um ambiente e com qual
tipo de lugar ela combina. Além disso,
=«3DLYD
30 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
Simples, funcional e durável.
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EF-S 10-18mm
f/4.5-5.6 IS STM
Conheça a inovadora zoom grande-angular voltada para câmeras
APS-C que surpreende pela qualidade de imagem
A
EF-S 10-18mm f/4.5-5.6 IS uma lente compacta, leve, de bai- A lente tem corpo em poli-
STM é a mais moderna lente xo custo e com alta qualidade de carbonato e engenharia precisa,
zoom grande-angular para imagem. O custo-benefício desta sem folgas nos anéis de foco e
câmeras Canon de sensor APS-C, grande-angular é praticamente zoom, que apresentam rotações
como as da linha Rebel. Trata-se de imbatível em sua categoria. e funcionamento suaves. Se for
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Aline Fortuna
esta grande-angular que se equivale a
uma 16-29mm (no formato de 35 mm)
bem manuseada, a EF-S 10-18mm por 14 elementos divididos em 11 principal expande-se durante o
f/4.5-5.6 IS STM tem durabilidade grupos e sua qualidade de ima- ajuste da distância focal. O sistema
para fazer parte do seu kit fotográ- gem é comparável ao das melho- STM garante focagem precisa e si-
fico por muitos anos, mesmo em res grande-angulares da Canon, lenciosa, mantendo a função full
uso profissional. com excepcional nitidez do cen- time manual, ou seja, permitindo
O projeto ótico da lente é ino- tro às bordas das fotos. A distor-
vador graças ao uso de um cristal ção geométrica (efeito barril) foi
asférico PMo de grande diâmetro, muito bem controlada, mesmo Ficha Técnica
que permitiu a construção de um em posição angular máxima de
projeto compacto e superleve. A 10 mm. O uso de um elemento Distância Focal: 10-18 mm (equivalente a
16-29mm em formato 35mm)
lente tem apenas 240g, 31% mais UD (Ultra Low Dispersion) reduziu Abertura máxima: f/4-5.6
leve do que a EF-S 10-22mm f/3.5- a incidência de aberrações cro- Construção ótica: 14 elementos em 11 grupos
4.5 USM. Isso faz dela muito cômo- máticas e aumentou o contraste Diâmetro de filtro: 67mm
Distância mínima de foco: 0,22m
da no manuseio e no transporte. das imagens. Peso: 240g
Sua construção ótica é composta O zoom não é interno e o tubo
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A cena noturna foi captada com câmera Canon EOS 7D Mark II, abertura f/8, um segundo de velocidade e ISO 6.400
ao fotógrafo fazer ajustes mesmo do tripé e ainda permite ajustes de paisagens (com primeiro plano
com a chave da lente em modo ISO mais baixos. mais destacado), retratos (com a
AF. O elemento frontal, com diâ- A distância focal equivalente pessoa inserida no cenário), cenas
metro 67 mm, não rotaciona du- à de uma 16-29mm (no formato de casamentos, arquitetura e am-
rante o foco, o que viabiliza o uso 35 mm) é de grande versatilidade bientes internos em geral.
da lente com filtro polarizador. nas mãos de um fotógrafo criativo Com a distância focal em 10 mm
O estabilizador de imagem de e pode ser usada em uma enor- é possível fotografar uma sala inteira
última geração garante o registro me variedade de cenas, como ou fazer belas panorâmicas de na-
de cenas com menor risco de ima-
Flávio Demarchi
gens tremidas. A estabilização é de
até 4 f/stops. O recurso compensa a
menor luminosidade da lente e faz
dela bastante eficaz em ambientes
de pouca luz. Em muitas situações,
o sistema IS pode dispensar o uso
Pontos Fortes
A versatilidade do zoom ultra grande
angular, equivalente ao de uma 16-29 mm
O corpo compacto e alta qualidade de imagem
O Estabilizador de imagem com
performance de até 4 f-stops
O Elevado Costa e Silva, em São Paulo-SP: cãmera EOS 7D Mark II, f/14, 1/200s e ISO 200
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Robson Acir Kawiski
A lente ultra grande angular é ideal para fotografar paisagens naturais e urbanas, arquiteturas e ambientes internos
Fotos: &ODXGLR*DWWL
Cleodorvino Bellini, então presidente da Fiat do Brasil, convencido pelo fotógrafo a lavar as rodas de um carro da marca
Retratos inesperados
3(/22/+$5$75(9,'2'(&/$8',2*$77,
O
325SÉRGIO BRANCO
Presidentes de “boneco” do executivo, com os de, isso não dá” acabam se destacan-
multinacionais, braços cruzados atrás de uma do na área. É o caso de Claudio Gatti,
mesa ou em pé, com a mão no um mestre na arte de driblar assesso-
CEOs e alto queixo, é o retrato clássico e in- res e convencer presidentes de multi-
executivos topam sosso feito por muitos fotojorna- nacionais, CEOs e alto executivos a fa-
posar das formas listas que cobrem a área corpo- zer exatamente o que ele planejou, qua-
rativa, habitada por homens de negócios se sempre algo criativo e inusitado.
mais inusitadas sempre sem tempo a perder e assesso- Há três retratos feitos por Gatti que
para um fotógrafo res ávidos por apressar quem for esca- chamam muito a atenção: de Ivan Zurita,
lado para fotografá-los. Os que conse- na época o badalado presidente da Nes-
criativo e cheio de guem romper com a mesmice e passar tlé, derramando leite de caixinha no pró-
lábia. Confira pela barreira da turma do “isso não po- prio rosto; de Cleodorvino Bellini, ex-pre-
36 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
Ivan Zurita, então
presidente da
Nestlé, joga leite
sobre o próprio
rosto a pedido de
Claudio Gatti
-DQHLURî 37
9,'$'()27*5$)2
38 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
Uma bandeira da Inglaterra foi
pintada no rosto do bilionário
Carlos Wizard Martins,
fundador das escolas de inglês
Wizard e hoje multiempresário,
dono de vários negócios, entre
eles a rede Mundo Verde, a
maior de produtos naturais
da América Latina
-DQHLURî 39
9,'$'()27*5$)2
Fotos: &ODXGLR*DWWL
Acima, o chef Sergio Arno, dono de
uma rede de restaurantes de comida
italiana, posa sobre a mesa cercado
de massas (Gatti afirma que foi ele
quem pediu para sujar o rosto com
massa de tomate); ao lado, Mark
Pitt, então presidente da fabricante
de tintas Sherwin Williams no Brasil
– o fotógrafo o convenceu a pintar a
cara para mostrar as propriedades
da tinta, que fora lançada como não
prejudicial à saúde humana quando
em contato com a pele
40 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
Gatti geralmente tem pouco tempo para mais a zoom 70-200 mm f/2.8. Como ilu- Como retratar um
montar sua luz (quando é necessário), falar minação, tem à disposição dois flashes a executivo de uma
da sua ideia, convencer o retratado e clicar. bateria Broncolor com hazies de tamanho empresa de sementes:
ao descobrir que as
“Dá uma média de 20 minutos, no máximo, médio. Quase nunca usa rebatedor, pois amostras para estudos
para cada produção dessas”, calcula. Tem não tem assistente. eram coloridas, Gatti
trabalho que não passa de três ou quatro Nas pautas que faz para a revista Di- montou o cenário com
cliques. Foto garantida, pronto, acabou. nheiro Rural, ele geralmente viaja para o peneiras e cestos e fez
Na bolsa de equipamentos, leva uma interior, e isso lhe dá mais tempo nas pro- Nelson Tagili, diretor
Canon EOS 5D Mark II com um jogo de len- duções. Então, pode conversar mais com da Sakata Sementes,
tes fixas profissionais da Canon (50 mm o personagem, tentar uma relação mais brincar alegremente
com elas
f/1.4, 85 mm f/1.2 e 100 mm macro f/2.8), próxima e partir para a realização da ideia.
Laboratório e casamento
Caçula de uma família de 12 centro da capital paulista, então a meca casamento, ele resolveu fazer a troca
irmãos, em que o pai era pedreiro da venda de equipamentos fotográficos no para ajudá-la. Resultado: na pressa, o
na extinta Rede Ferroviária Federal, Brasil. Saiu de lá com um kit para começar filme não ficou bem encaixado e apesar
Claudio Gatti teve uma infância humilde a vida profissional. dos cliques ele não rodou. A fotógrafa
em Mogi das Cruzes (SP). Foi lá que Em busca de trabalho, acabou virando percebeu a mancada, recolocou o filme
ele descobriu a mágica da fotografia assistente da fotógrafa Nellie Solitrenick, rapidamente, mas perdeu algumas
aos 16 anos, quando conseguiu um uma das primeiras fotojornalistas a cenas. “Cometi um erro que quase
emprego na Universidade Braz Cubas, deixar o ambiente de redação (passou me custou o emprego. Mas isso me
no setor de audiovisual. Chegou a ser pelas revistas Veja e Caras e pelo jornal O levou a ser muito mais atento com meu
instrutor de laboratório no curso de Globo) para se dedicar à fotografia social, trabalho”, afirma o fotógrafo.
Comunicação Social. levando para a área de casamentos uma Tempos depois, Gatti fez o
Como funcionário, tinha bolsa de linguagem de reportagem de revista. Foi caminho inverso de Nellie e foi para o
estudos integral. Mas o único curso um ótimo período de aprendizado para fotojornalismo. Foi frila das revistas
disponível no período da manhã era o de Gatti, quando ainda se fotografava com Caras, Quem e IstoÉ Gente. Uma vez
Engenharia Mecânica. Começou, mas cromo, ou seja, a margem para erro na com um pé na Editora Três, acabou
não terminou. Migrou para o curso de exposição era muito pequena. contratado como editor de fotografia da
Matemática, pois era bom em cálculo, Uma bronca de 40 minutos da chefe revista IstoÉ Dinheiro. Deixou a empresa
e abandonou no último ano – ouviu o foi outra lição: fazer tudo com a máxima depois de dois anos, se tornou frila fixo
chamado da fotografia. Pediu demissão atenção. Explica-se: Nellie pedia para na Veja. Passados três anos acabou
depois de 10 anos na universidade, que Gatti jamais trocasse o filme da retornando como repórter fotográfico
pegou o dinheiro da rescisão e correu câmera dela. Ela faria isso, sempre. Mas, da IstoÉ Dinheiro e da Dinheiro Rural (do
para a Rua Conselheiro Crispiniano, no um dia, na correria de uma cobertura de segmento de agronegócios).
-DQHLURî 41
9,'$'()27*5$)2
42 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
)272-251$/,602
'DQLHO&DVWHOODQR
Homem ajeita o topo da lona do circo: típica imagem de cotidiano em que o drone oferece um ponto de vista privilegiado
2(148$'5$0(172&2080$
visão de pássaro
Aos poucos, fotojornalistas vão adotando o drone como mais um equipamento capaz
de oferecer um ângulo privilegiado para fazer reportagens e trabalhos pessoais
F
325JOSÉ DE ALMEIDA
otografar com câmera de destacando nesse tipo de foto aé- tagram tem percebido que as fotos
drone é uma realidade, e rea, caso dos paranaenses Sérgio feitas por eles com drones são de
muitos segmentos da fo- Ranalli, editor de fotografia da Fo- altíssimo nível.
tografia já incorporaram o lha de Londrina, e Daniel Castella- Ranalli já praticava fotogra-
aparelho ao equipamento do no, ex-repórter fotográfico da Gaze- fia aérea tradicional. Como é es-
cotidiano. No fotojornalis- ta do Povo, de Curitiba, que hoje se pecializado em imagens do cam-
mo, essa aceitação tem sido mais dedica a frilas e trabalhos pesso- po e de agronegócios, esse pon-
lenta, mas já há profissionais se ais. Quem os acompanha pelo Ins- to de vista é muito usado para en-
44 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
Fotos:6«UJLR5DQDOOL
quadrar plantações e outras cenas ru- ção e segurança de voo, principalmen- No alto, o colorido e
rais. Por isso, para ele, a busca por um te. Porém, não chegou a fazer um cur- a geometria do barco
drone foi um caminho natural. so formal de pilotagem de drone. “Co- de pesca e da canoa:
acima, criança no
O primeiro contato prático foi quan- mo boa parte da fotografia que faço é caminhão de uvas, foto
do comprou o aparelho, um DJI Phan- no campo, foi uma ótima oportunidade ganhadora do Prêmio
tom 4 Pro, há pouco mais de um ano. de aprender e treinar sem colocar em Massey Ferguson de
Antes de fechar negócio, ele pesquisou risco pessoas, edificações, e por aí vai”, Jornalismo de 2017
bastante e leu muito sobre a utiliza- explica Ranalli.
-DQHLURî 45
)272-251$/,602
Cotidiano na cidade: recorte no teto do prédio lembra o videogame Pac-Man; homem na limpeza de um lago em Curitiba (PR)
PRECONCEITO ção de aeronaves, além das possibi- acima de 400 pés (limite dos drones) e
Ele confessa que antes de adqui- lidades de ângulo e altitude que só o em percursos longos”, adverte Ranalli.
rir o drone tinha um certo preconceito. drone proporciona”, avalia o fotógrafo. Atualmente ele usa o drone tanto
Achava um pouco estranha a ideia de Mas também há desvantagens: a para reportagens quanto para traba-
fotografar por meio de um radiocon- principal é a autonomia de voo, já que lhos pessoais – nestes, com mais in-
trole e uma tela de smartphone. Mas as baterias não têm carga para mais tensidade. Quanto à questão técnica de
diz que foi uma boa surpresa quando que meia hora de operação. Ele acredi- fotografar, ele compara o uso do drone
passou a usar o aparelho. “Hoje você ta que esse é um ponto a ser melhora- com a fotografia aérea convencional:
tem uma ótima relação de custo-be- do no futuro e que já há pesquisas pa- “Na convencional, gosto mais da agili-
nefício, com câmeras de boa qualida- ra que isso ocorra. “Vale ressaltar tam- dade e da rapidez de ação. Gosto muito
de óptica e de sensor. A maior vanta- bém que a fotografia com drone não de fotografar com tele, o que não con-
gem é poder fazer fotografia aérea substitui a aérea convencional em to- sigo fazer com meu drone. Outra dife-
sem os gastos exorbitantes de loca- das as situações, como em altitudes rença é que na convencional sua pre-
ocupação é exclusi-
Fotos:'DQLHO&DVWHOODQR
Na pelada no
campinho de terra, as
sombras é que fazem
o movimento do jogo
46 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
6«UJLR5DQDOOL
Sergio Ranalli,
fotógrafo
especializado
em agricultura
e agronegócios,
tem usado o drone
para mostrar o
cotidiano no campo
de uma forma
diferente, como
o trator arando
a terra (acima)
e o agricultor
colhendo pés de
alface (ao lado)
6«UJLR5DQDOOL
CÂMERA NA MÃO respeitar os parâmetros, os limites do Ele observa que, quando um fotó-
Para ele, o aprendizado de opera- drone e a legislação. grafo sem experiência em fotografia
ção foi muito tranquilo. “Depois que vo- Ranalli diz que, quando já exis- aérea começa a trabalhar com drone,
cê tem o domínio do aparelho, é como te uma experiência anterior com fo- existe a tendência de querer utiliza--lo
estar com a câmera nas mãos. As pos- tografia aérea, isso facilita na hora de para a produção de quase todas as ima-
sibilidades de movimento do conjunto identificar o que realmente vale ser gens. “O ineditismo de alguns ângulos é
drone-gimball faz você conseguir en- fotografado de cima, pois é possível encantador. Ele faz imagens que até en-
quadrar da maneira como enquadra- imaginar como é a cena do alto. “Nem tão não existiam. Depois, com o tempo,
ria se estivesse com a câmera naquela tudo fica legal com drone. Outro fator aprende-se que nem tudo é para ser re-
altura”, explica o fotógrafo. Mas Ranalli a ser levado em conta para usar ou gistrado do alto”, comenta.
adverte que é preciso buscar o máximo não o drone é a mensagem que você Em relação aos colegas fotojor-
de informações antes de sair voando e quer passar com a foto”, explica. nalistas, assegura que não ouviu crí-
-DQHLURî 47
)272-251$/,602
5RGULJR)HOL[/HDO
Castellano com seu drone (acima)
e um grupo folclórico em uma
apresentação de dança (ao lado)
48 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
Fotos: sérgio ranalli
suellen Machado
janeiro 2018 • 49
)272*5$),$'($548,7(785$
$QGU«1D]DUHWK3URMHWR/LD6LTXHLUD
2(66(1&,$/3$5$)272*5$)$5
exteriores e interiores
A
325MÁRIO FITTIPALDI
Fotógrafos André produção de imagens da fachada conforto e beleza dos ambientes, ilumina-
de um imponente arranha-céu ou ção, texturas dos materiais usados, entre
Nazareth e Edson o aconchego de uma sala de estar muitos outros detalhes. E isso exige, além
Ferreira dão dicas são apenas alguns dos aspectos do domínio da técnica fotográfica e mui-
para quem quer da fotografia de arquitetura. Para to planejamento, conhecimentos na área.
atuar nesse mercado, o fotógrafo “Sem dúvida, o olhar de arquiteto aju-
atuar nesse nicho deve ter em mente que, além da beleza e da a encontrar as melhores abordagens
com criatividade criatividade da foto, o que precisa apare- em um trabalho”, atesta o carioca André
cer são justamente as características ar- Nazareth, de 46 anos. Fotógrafo profissio-
e sem errar na quitetônicas de cada projeto, ou seja, har- nal desde 2000 e com formação em Arqui-
técnica. Veja monia entre as linhas, funcionalidade, tetura, ele explica que a principal função
50 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
(GVRQ)HUUHLUD
de quem faz esse tipo de fotografia é sa- sar uma faculdade, mas acabou mesmo O alinhamento perfeito
ber contar a história do projeto que vai fo- aprendendo com a prática nos seus mais de das linhas de um projeto,
tografar. “É preciso interpretar a intenção 15 anos de experiência. “A convivência com seja de ambientes
internos (acima) ou de
de quem projetou o espaço e produzir um profissionais e a diversidade dos trabalhos fachadas (na página
conjunto de imagens que sintetizam essa acaba dando, com o tempo, o respaldo ne- oposta), é inerente à
intenção”, explica André. cessário para atuar”, ele assegura. fotografia de arquitetura
Embora seja um diferencial, a formação André e Edson são categóricos ao afir-
superior em Arquitetura não é condição bá- mar que uma das características inerentes
sica. “Muitos fotógrafos da área, como eu, à fotografia de arquitetura – e também seu
não são arquitetos”, lembra o fotógrafo ca- principal diferencial – é a necessidade de
rioca radicado em São Paulo Edson Ferrei- respeitar alinhamento e perspectiva, o que
ra, de 45 anos. Ele conta que até cogitou cur- torna o trabalho bastante técnico. Assim,
-DQHLURî 51
)272*5$),$'($548,7(785$
O lusco-fusco é o melhor
momento para fotografar
fachadas e destacar o
projeto de iluminação
ANTES DO CLIQUE
O mantra da necessidade de pla-
nejamento é fundamental para uma
boa produção, e em fotografia de ar-
quitetura não é diferente. Quando ini-
cia um trabalho, André não dispensa
um briefing com o responsável pelo
projeto antes mesmo de pegar na câ-
mera: “É nessa conversa que enten-
do as funcionalidades de cada am-
biente, suas características e a posi-
ção do sol em relação à construção”,
explica. Edson também opta por es-
se tipo de abordagem: “Sempre que
possível, converso com o arquiteto
antes para conhecer os pontos-cha-
ve do projeto e peço para ver a planta.
Assim, posso planejar melhor a ses-
são de fotos. Além disso, tenho ideia
do tamanho, da quantidade de fotos
necessária e do tempo de tratamento
das imagens”, avalia.
(GVRQ)HUUHLUD
52 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
$QGU«1D]DUHWK3URMHWR/'6WXGLR
Há uma tendência de fotografar ângulos mais retos, como na foto acima; abaixo, detalhes destacam as nuances do projeto
-DQHLURî 53
)272*5$),$'($548,7(785$
Incluir pessoas na
$QGU«1D]DUHWK
composição dá a
escala do tamanho
do ambiente
rede do fundo, um quadro… São es- O fotógrafo gosta de incluir pes- das, André diz que os melhores horá-
ses detalhes que identificam a inten- soas interagindo com os ambientes, rios são logo pela manhã ou no final
ção do arquiteto”, comenta. algo que, segundo ele, vem se tor- da tarde, quando a luz é menos dura.
André ressalta que um elemen- nando tendência especialmente nos “Gosto do lusco-fusco”, revela. “Den-
to importante na fotografia de inte- editoriais. “Isso deixa o projeto mais tro da casa, você vai seguindo o cur-
riores é mostrar como os ambientes humanizado, a foto fica mais quen- so do sol, fotografando os ambientes
se conectam. “Eu trabalho muito as te”, destaca. “Mas tem outro aspec- que estão mais iluminados primeiro”,
transições, ainda mais na arquitetu- to que, no caso da arquitetura, é mui- ensina o fotógrafo. “Os momentos de
ra de hoje, que é menos fragmenta- to importante, que é ter sempre algo luz ideal duram muito pouco, é preci-
da, os espaços conversam mais en- que dê escala, sejam pessoas, mobi- so ser rápido”, recomenda.
tre si”, explica. “É preciso prestar bas- liários ou objetos. Ajuda a compreen- Edson acrescenta que, depen-
tante atenção neles, pois nem sem- der a dimensão do projeto”, avalia. dendo do objetivo do trabalho, é
pre o melhor ângulo para fotografar a Tanto André quanto Edson foto- preciso destacar o projeto lumino-
passagem de um lugar para outro é o grafam com luz natural. Assim, sa- técnico, fotografando com a luz am-
sentido natural da passagem”, ressal- ber o caminho do sol em relação à biente e as luminárias acesas. ‘Va-
va. “Corre-se o risco de ficar com uma construção é fundamental, pois de- le o mesmo para as fotos externas,
foto que não mostra nem um ponto termina a ordem em que os am- como fachadas, piscinas e jardins,
nem outro”, alerta. bientes serão clicados. Para facha- nesse caso, fotografadas ao anoi-
$QGU«1D]DUHWK3URMHWR(ULFN)LJXHLUDGH0HOOR
$UTXLYR3HVVRDO
54 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
tecer, quando as fontes de luz ga-
nham destaque”, pontua.
EQUIPAMENTO
André, que começou a trabalhar
com fotos de arquitetura usando câ-
meras de médio formato, hoje traba-
lha com equipamentos mais simples.
“Com a evolução das DSLRs e o tra-
balho de pós-produção, não é neces-
sário usar uma parafernália de equi-
pamentos, e é possível chegar bem
perto do resultado de antes”, com-
para. A maioria dos trabalhos é fei-
ta com uma Canon EOS 5D Mark III
e duas lentes, uma 24-105 mm e ou-
tra 16-35 mm, além do indispensá-
vel tripé. “Também tenho uma Canon
17 mm TSE, uma tilt-shift que corri-
ge perspectiva, que só uso nos casos
mais radicais”, informa.
O equipamento de Edson também
vai na linha da simplicidade, sendo
composto por uma Nikon D810, uma
grande angular 16-35 mm e uma fi-
xa 50 mm. “Minha distância focal pre-
ferida é a 24 mm, perfeita para quase
todos os trabalhos”, avalia.
(GVRQ)HUUHLUD
PÓS-PRODUÇÃO
Um dos diferenciais da fotogra-
fia de arquitetura moderna são os re-
cursos de tratamento que o trabalho Edson Ferreira (ao lado) ensina que
$UTXLYR3HVVRDO
de pós-produção em softwares como a câmera deve estar paralela ao chão
o Lightroom e o Photoshop permite e posicionada pouco acima do objeto
– um dos principais é a correção au- horizontal mais alto (acima)
tomática das distorções de lente via
presets. Mas é possível limpar inter- no momento da foto”, desabafa.
ferências indesejadas e até fazer edi- Outro ponto destacado pelos dois
ções mais sofisticadas, como corre- profissionais é que o tratamento per-
ções de perspectiva e tratamento da mite obter uma condição de luz ide-
luz. André, por exemplo, lembra que al em todo o ambiente, seja por meio
hoje há uma busca até exagerada pe- de bracketing, com múltiplas exposi-
la fotografia perfeita: “Não pode ter ções que são combinadas depois no
aparelho de ar-condicionado apare- software, ou mesmo recuperando-se
cendo, não pode ter reflexo de car- as luzes altas e baixas em uma única fotógrafo: “O uso de tons mais frios
ro na fachada… Essa busca obsessi- imagem. “É possível ter boa luz no in- ou mais quentes e a saturação das
va por uma falsa realidade só se re- terior sem que a luz na janela estou- cores é o que diferencia um traba-
solve no Photoshop”, conforma-se. re, tornando visível a paisagem do la- lho dos demais”, diz. Já Edson prefe-
Edson, ao contrário, não gosta de do de fora. Isso ocorre por causa do re não carregar nos tons, imprimindo
interferir muito nas imagens: “Cla- grande alcance dinâmico dos senso- às imagens finais tons mais neutros.
ro que, no caso extremo de uma ra- res das DSLRs de hoje, que produ- “Gosto de deixar luz do modo que o
chadura na parede, é preciso limpar. zem imagens ótimas”, avalia André. olho humano a percebe”, indica, res-
Mas que casa não tem um interrup- Quanto à iluminação, ele acre- salvando que, antes de tudo, é preci-
tor de luz?”, questiona. “Se é para ti- dita que dar tratamento adequado à so respeitar a paleta de cores que o
rar depois, prefiro nem enquadrar luz é uma espécie de assinatura do arquiteto determinou.
-DQHLURî 55
',&$67&1,&$6
Cabeça de mosca
retratada com ajuda
do focus stacking
de 84 exposições
Fotos:-HIIHUVRQ$OODQ
O micromundo
de Jefferson Allan
A
325JULIANA MELGUISO
56 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
Acima, os detalhes coloridos de uma mosca mutuca e, abaixo, a cabeça de uma formiga: imagens impressionantes e nítidas
-DQHLURî 57
',&$67&1,&$6
Fotos:-HIIHUVRQ$OODQ
Detalhes como textura da pele e pelos de insetos podem ser mais bem observados com a técnica do empilhamento de foco
pontos possíveis de foco. Dependen- ção de cor, equilíbrio de branco e ou- primeiros cliques do inseto ou obje-
do do assunto, o empilhamento exi- tros detalhes. to até a edição final.
ge de cinco até centenas de cliques, Uma dessas fotos finalizadas “Para conseguir imagens des-
sempre ajustando o foco para que a é a da cabeça de uma mosca, que se tipo, utilizo um trilho de foco
nitidez esteja perfeita. Allan fez para ser inscrita em con- manual, que me ajuda a contro-
O programa Helicon Focus, com cursos internacionais de macrofo- lar a focalização. Assim, vou avan-
preços que variam de US$ 24 a US$ tografia. A imagem multicolorida só çando milímetro a milímetro para
52 por um ano de licença, é o que ele se tornou possível depois de 84 ex- fazer cada foto”, explica Allan. Ele
usa na edição, pois é voltada justa- posições sequenciais, com amplia- informa que o ajuste de abertu-
mente para focus stacking. Além de ção de 3.5x (3:1). Um fator que tam- ra depende do tamanho do inseto
fazer o empilhamento das imagens, bém contribui para que essas ima- e também da ampliação a ser re-
o programa ajuda nas correções gens se tornem incríveis é a exi- alizada, ou seja, se um inseto tiver
de possíveis erros de deslocamen- gência em relação à qualidade do um tamanho total de 2 mm (com
to que podem ocorrer nesse tipo de resultado. Isso faz com que o tem- ampliação 4:1), a abertura poderá
prática. Depois, acessa o Photoshop po de criação varie de alguns minu- variar de f/2.8 a f/5.6, sempre com
para finalizar a imagem com corre- tos até oito horas ou mais, desde os o menor valor de ISO.
Um recém-nascido filhote de lagartixa, com milímetros de tamanho, pode parecer um réptil assustador com a macrofotografia
58 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
O fotógrafo Jefferson Allan, que mora
e trabalha em Campinas (SP)
OS EQUIPAMENTOS
Retratar com perfeição esse
mundo que os olhos não conse-
guem enxergar exige equipamen-
tos variados, diz Allan, desde tri-
pés e trilhos de foco manual até di-
ferentes tipos de flash (sejam ma-
cro ou não) e, claro, lentes macro,
que variam de 100 mm a 180 mm. A
grande vedete desse show é a Ca-
non MP-E 65 mm f/2.8, que oferece Retrato de um gafanhoto e, abaixo, o perfil de um pequeno besouro: detalhes
a incrível ampliação de 5:1. possíveis de se ver depois de 106 exposições sobrepostas via software
O fotógrafo usa nesse trabalho
câmeras variadas, como as Canon
EOS 5D Mark IV e 5D Mark III, 7D
Mark II e a top 1DX Mark I, e ainda a
Nikon D750, entre as DSLRs. Traba-
lha também com as mirrorless Sony
A7S II e A7R II. Como acessórios,
recorre a adaptadores Metabones
para poder usar lentes Canon em
câmeras Sony.
Para quem tem interesse por
macrofotografia, Jefferson Allan ex-
plica que em primeiro lugar é preci-
so de estudar bastante o segmento,
pois é fundamental entender a téc-
nica. “Mas, acima de tudo, é neces-
sário ter muita determinação para
chegar a um bom resultado. Paciên-
cia e dedicação são as palavras-cha-
ve da macrofotografia”, afirma ele.
Na hora de escolher o que foto-
grafar, Allan acredita que o impor-
-DQHLURî 59
',&$67&1,&$6
O aspecto metalizado da vespa joia e os pelinhos no corpo de um percevejo pelas lentes do fotógrafo Jefferson Allan
60 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
EQUIPAMENTO
62 î)RWRJUDIH0HOKRUQR 256
que demorem a chegar. Há modelos
das marcas mais importantes, ori-
ginais e genéricas, que foram lan-
çadas pelos fabricantes no segundo
semestre de 2017.
A Canon foi o fabricante que mais
modelos apresentou ao mercado,
com três novos modelos tilt-shift,
uma fixa de 85 mm e uma macro de
60 mm e encaixe EF-S com um ino-
vador sistema de led no anel frontal:
a lâmpada utiliza a energia da bate- Todas as lentes já estão disponíveis no
ria da câmera e o fotógrafo define seu mercado externo – no Brasil, a maioria
deve demorar para chegar, trazidas
funcionamento (luz total ou unilateral, apenas por importadores não-oficiais
com diferentes níveis de brilho).
Do lado da Nikon (que encerrou
suas operações de vendas oficiais no
Brasil em dezembro de 2017), há qua-
tro novidades, sendo que o destaque
são a AF-S 8-15 mm (a primeira olho-
de-peixe da marca nesse padrão) e a
zoom grande angular 10-20 mm, pro-
jetada para câmeras de sensor DX
(APS-C). Para câmeras Canon e Ni-
kon ainda há novas opções fabricadas
pela Zeiss e pela Tamron – esta última
apresentou a segunda versão de sua
lente zoom 24-70 mm f/2.8.
A Sony também apresentou coreana Samyang (conhecida como
quatro novas lentes com encaixe FE, Rokinon em alguns mercados), evi-
para câmeras mirrorless de sensor denciando que o sistema sem espe-
full frame. Além dessas originais, lho é o foco desses fabricantes. Ain-
o padrão também recebeu adições da há opções para câmeras da Fuji-
genéricas da Sigma, da Zeiss e da film, Leica e Panasonic.
Fotos: 'LYXOJD©¥R
-DQHLURî 63
EQUIPAMENTO
64 î)RWRJUDIH0HOKRUQR 256
NIKON AF-S NIKKOR FISHEYE 8-15 mm
f/3.5-4.5E ED
Primeira lente zoom olho-de-peixe da Ni- Distância mínima de foco: 16 cm
kon. Na posição mais aberta, ela oferece uma Diâmetro do filtro: não se aplica
cobertura circular de 180 graus nos dois ei- Elementos: 15 em 13 grupos
xos. Em 15 mm, a cobertura é não circular, Lâminas: 7
Peso: 485 g
com diagonal de 180 graus. O sistema de fo- Preço: US$ 1,25 mil
co é interno (a lente não altera de tamanho ao
focalizar).
-DQHLURî 65
EQUIPAMENTO
FUJIFILM GF 23 mm f/4 R LM WR
Com distância focal equivalente a 18 mm Distância mínima de foco: 38 cm
Fotos: 'LYXOJD©¥R
66 î)RWRJUDIH0HOKRUQR 256
FUJIFILM XF 80 mm f/2.8 R
LM OIS WR MACRO
Objetiva fixa de 80 mm projetada para a Distância mínima de foco: 25 cm
série X, de câmeras mirrorless e sensor APS- Diâmetro do filtro: 62 mm
-C da Fuji (campo de visão equivalente a 120 Elementos: 16 em 12 grupos
mm). Seu destaque é a capacidade macro: é a Lâminas: 9
Peso: 750 g
primeira lente da série a possibilitar reprodu- Preço: US$ 1,2 mil
ção de 1:1. É resistente a água e poeira (WR)
e tem estabilização de imagem com 5 pontos.
FUJIFILM GF 45 mm f/2.8 R WR
Outro modelo projetado para a câmera Distância mínima de foco: 45 cm
médio formato da Fuji GFX 50s – grande an- Diâmetro do filtro: 62 mm
gular com distância focal equivalente a 36 Elementos: 11 em 8 grupos
mm. Assim como outras da série, esta obje- Lâminas: 9
Peso: 490 g
tiva tem proteção contra umidade e poeira, e Preço: US$ 1,7 mil
utiliza 9 lâminas no diafragma que formam
um bokeh mais circular na imagem.
-DQHLURî 67
EQUIPAMENTO
68 î)RWRJUDIH0HOKRUQR 256
SIGMA 16 mm f/1.4 DC DN
Objetiva fixa grande angular projetada pa- Distância mínima de foco: 25 cm
ra câmeras mirrorless com sensor APS-C Diâmetro do filtro: 72 mm
(montagem Sony E) ou Micro Quatro Terços. Elementos: 16 em 13 grupos
Um dos destaques é a abertura do diafragma Lâminas: 9
Peso: 405 g
de até f/1.4 – é a primeira do mercado nessa Preço: US$ 450
distância focal e com essa abertura.
SAMYANG AF 35 mm f/2.8 FE
Projetada para câmeras mirrorless full Distância mínima de foco: 35 cm
frame da Sony, esta lente fixa de 35 mm é Diâmetro do filtro: 49 mm
acessível e compacta: pesa apenas 85 g e tem Elementos: 7 em 6 grupos
3,3 cm de comprimento. Usa 7 elementos óp- Lâminas: 7
Peso: 85 g
ticos em 6 grupos. A lente também é comer- Preço: US$ 350
cializada com a marca Rokinon – especifica-
ções e preços são idênticos.
-DQHLURî 69
7(67('($&(665,2
Fotos: /LYLD&DSHOL
A câmera com a capa transparente da Outex foi usada em uma piscina aquecida: no teste, não houve penetração de água
&$3$75$163$5(17(3$5$&/,&$5
até debaixo d’água
A
325LIVIA CAPELI
70 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
&DUOD'XUDQWH
pada com uma zoom 24-70 mm f/2.8, de barreira a mais contra água. O anel de veda- Acima, uma das fotos
porte grande, com distância focal confi- ção tem um acabamento em vidro que per- feitas durante ensaio
gurada em 24 mm. Ela usou a câmera mite a visualização do monitor da câmera. para avaliar a capa
debaixo d’água; abaixo,
em uma piscina aquecida de 1,40 metro Nessa espécie de janela é colocado a fotógrafa Carla
de profundidade. Acompanhe a avaliação. um adaptador ocular, específico para ca- Durante com a câmera
da modelo de câmera. A ocular, depois de na capa, a assistente
COMO COLOCAR presa à câmera, permite girar o anel da Karen Jorgensen (que
Para vestir a câmera com a Outex é ne- janela de um lado para outro, facilitando cuidou da iluminação)
cessário esticar a abertura traseira da ca- a visualização de todos os botões do equi- e a modelo contratada
pa, uma espécie de janela redonda para vi- pamento – esse sistema já existia no mo-
sualizar o monitor. Mesmo sendo transpa- delo anterior da Outex.
rente, o que permite o acesso aos botões, o
ideal é já deixar o equipamento programa-
do para as fotos debaixo d’água. Acostuma-
da com esse procedimento, Carla Durante
recomenda usar fita isolante sobre os bo-
tões pré-programados da lente e da câme-
ra para não tocar e perder a configuração
durante a colocação.
Depois de introduzir a câmera na capa,
um anel de vedação universal é rosqueado
na abertura traseira para vedá-la. E a pró-
pria borda do anel da capa serve como uma
-DQHLURî 71
7(67('($&(665,2
Fotos: /LYLD&DSHOL
4 Ajustada a capa no corpo da
câmera, é hora de finalizar o 5 Um anel o-ring de metal é
colocado para garantir a vedação 6 Para terminar, um strap
envolve a capa para o ajuste
processo fechando a parte frontal com e depois é colocado um segundo filtro final; o componente também serve
o anel de vedação para a lente. para finalizar o processo. para colocar a alça de neoprene.
Na parte onde vai lente tam- pa, além de usar um o-ring de me- filtros nas extremidades da capa,
bém é necessário realizar a veda- tal entre os anéis. A borda de bor- é necessário colocar um strap pa-
ção com outros dois anéis: um pa- racha que sobra na extremidade ra prender a alça de neoprene. Esse
ra dentro e outro para fora da ca- também auxilia na vedação. componente, também conhecido co-
É importante observar que as mo “cabresto” por alguns fotógrafos,
janelas da lente também são fabri- possibilita que a capa fique bem ajus-
cadas com vidro óptico, material de tada ao corpo da câmera.
qualidade superior que não interfe-
re na nitidez da foto. O único incon- TESTE PRÁTICO
veniente é que os anéis devem ser Antes de colocar a câmera com a
adquiridos conforme o diâmetro capa dentro da água, Carla Durante
de cada lente. conferiu a configuração e reavaliou
Terminada a colocação dos as vedações. Depois de tudo confe-
rido, ela deixou a câmera com a ca-
pa boiando na piscina aquecida pa-
No detalhe, a janela traseira
e o adaptador ocular
ra que o equipamento se adequas-
acoplado a ela: peça deve se à temperatura da água. Aprovei-
ser adquirida de acordo com tou para examinar se havia alguma
cada modelo de câmera infiltração, o que não ocorreu.
72 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
Antes de mergulhar
totalmente a
câmera, Carla coloca
o equipamento
devagar na água
&DUOD'XUDQWH
Segundo ela, a Outex transparen- Acima, mais uma
te é confortável para o tato debaixo foto resultante
do ensaio usando
d’água. Além disso, o material maleá- a capa da Outex;
vel e o anel giratório da janela traseira ao lado, o modelo
permitem acessar os comandos, ve- antigo (à esq.),
rificar o monitor e pressionar os bo- feito em látex,
tões com confiança dentro da piscina. e a nova capa
“Agora é possível ter acesso visual ao transparente
display superior da câmera, o que não
ocorria antes”, explica Carla.
Apesar da revolução tecnológica
do acessório, o uso do flash da câ-
mera com a capa ainda fica inviabi-
lizado. Isso pode ser corrigido com
uma de luz de LED apropriada para bilidade, que continua a mesma da ca observação foi um embaçamento
mergulho, equipamento usado pe- antiga capa em látex. Com cerca de do lado de dentro, que ocorreu en-
la assistente da fotógrafa durante o 500 gramas e poucos acessórios, o tre a câmera e a capa – e que desa-
ensaio feito na piscina. kit da capa é fácil de ser transporta- pareceu logo depois. A capa foi se-
Roberto Miglioli, inventor da ca- do em qualquer bolso de mochila. E, cada antes de a câmera ser retirada
pa, faz uma comparação: “A Ou- por ser maleável, pode ser amassa- e suportou a pressão da água sem
tex está entre uma caixa-estanque, da, sem o perigo de estragar. deixar entrar nenhuma gota na par-
que é um produto muito bom, po- Um cuidado para uso em piscina te de dentro.
rém muito caro, e as bolsas plásti- é manter a câmera com a capa sem- O valor do kit básico (com capa,
cas para uso na piscina, que é um pre dentro de um recipiente, como anéis de vedação, adaptador ocular,
produto barato, mas mediano”. uma caixa plástica, quando ela es- alça e strap) é de R$ 785 e pode ser
Testes feitos com a Outex trans- tiver fora da água. Isso garante que adquirido no site da empresa outex.
parente mostraram que ela supor- não só a capa, mas também câmera mercadoshops.com.br. Além da ca-
ta até 10 metros de profundidade e e lente não sofram choque térmico. pa, a empresa fabrica outros pro-
temperatura entre -20 e 100 graus Depois de usada em uma pisci- dutos dirigidos à área de fotografia
Celsius. Outra vantagem é a porta- na aquecida durante os testes, a úni- subaquática.
-DQHLURî 73
LIÇÃO DE CASA
temas ilustrados pelo leitor
Objetivas luminosas
permitem desfocar
o fundo e destacar o
primeiro plano, como
no retrato desta noiva
Fotos: Shutterstock
DICAS BÁSICAS PARA FOTOS COM
objetivas luminosas
Elas são perfeitas para conseguir uma profundidade de campo pequena
ou para trabalho em baixa condição de luz. Mas é preciso aprender a
manuseá-las para conseguir explorar seu potencial. Saiba como
O
POR LAURENT GUERINAUD
bjetivas de abertura máxi- as mais caras. Em um leque de op- vel de nitidez, que vai diminuindo
ma ampla (como f/1.2, f/1.4, ções, uma das principais vantagens progressivamente à medida que se
f/2 e a partir de f/2.8) costu- de uma objetiva luminosa é a possi- afastam, para frente e para trás, da
mam despertar muito inte- bilidade de se obter uma profundida- distância de foco (ou ponto de foco).
resse nos fotógrafos, tan- de de campo (amplitude do plano ní- Quanto mais “rápida” é a diminui-
to entusiastas quanto pro- tido) bem reduzida. E isso pode fazer ção de nitidez, menor a profundida-
fissionais. Essas lentes ampliam a diferença em vários momentos. de de campo resultante. Assim, a
o campo das aplicações fotográfi- Todos os pontos à mesma dis- relação de distância entre a câme-
cas, mas não sem custos, pois são tância da câmera têm o mesmo ní- ra, o tema e os distintos planos im-
74 v.W\WOZINM5MTPWZVW
pacta a profundidade de campo: quanto manho igual, mas com menor definição. Acima, o registro de
mais afastado está um elemento do pla- E quanto maior a ampliação, menor a mico-leões, abaixo, uma
no de foco, mais desfocado ele fica. profundidade de campo. imagem de gastronomia:
a profundidade de campo
Fora isso, a profundidade de campo Ou seja, quando o fotógrafo se aproxi- reduzida é aplicada em
depende de três parâmetros, que inte- mar bastante do tema e depois imprimir diversos temas
ragem: o tamanho do sensor (ou filme), a imagem, em tamanho grande, o plano
a ampliação (relação entre o tamanho
do tema na realidade e na imagem) e a
abertura do diafragma. De fato, para de-
terminada abertura e relação de amplia-
ção, a profundidade de campo aumenta
enquanto o tamanho do sensor diminui.
Com isso, a profundidade de campo de
um sensor 24 x 36 mm (full frame) é menor
do que um sensor APS-C. E do APS-C para
o sensor de uma câmera compacta ou su-
perzoom (bridge). É em razão disso que es-
sas câmeras com sensores menores, as-
sim como smartphones, geram uma zona
nítida ampla na qual é difícil intervir, mes-
mo ampliando a abertura do diafragma.
DISTÂNCIA DO TEMA
Da mesma forma, um sensor gran-
de com mais definição, por permitir uma
maior ampliação, rende uma profundida-
de de campo menor do que outro de ta-
2IVMQZW v 75
LIÇÃO DE CASA
Ao lado, imagem enviada
pelo leitor João Bispo
Aragão, que usou uma lente
fixa 50 mm f/1.8
MELHOR NO ESCURO
Além de permitir maior controle na pro-
fundidade de campo, uma objetiva lumino-
sa oferece muito mais versatilidade pa-
ra fotos em ambiente escuro. Em caso de
estar em lugar com pouca luz e tiver que
fotografar à mão livre, o fotógrafo enfren-
Em macrofotografia, o efeito da
profundidade de campo reduzida é
um problema e surge mesmo com
o uso de aberturas mais estreitas
76 v.W\WOZINM5MTPWZVW
Leonardo Salvato
A imagem de paisagem enviada pelo leitor Leonardo Salvato foi feita com uma lente fixa 35 mm com abertura f/1.8
ta um problema fundamental: alcan- ras ou mais escuras. Muitas vezes, de imagem), a sua versatilidade em
çar um tempo de exposição rápido o com luz fraca, o contraste de ilumi- más condições de luz é inigualável se
suficiente para se precaver contra o nação é tão forte que ultrapassa o comparada a uma lente mais básica.
risco de desfoque de movimento (de- alcance dinâmico do sensor (luz ar-
vido à trepidação da mão), sem au- tificial em ambiente interno, cidade OS LIMITES
mentar demais a sensibilidade ISO. à noite, luz de shows...). Como tudo na fotografia, a esco-
A solução é abrir o diafragma – com Embora o uso de lente luminosa lha por uma objetiva luminosa é uma
as devidas consequências na profun- não se justifique tanto hoje quanto na questão de concessões. Os contras
didade de campo – no intuito de dei- época do filme ou no início da era di- são relativos a preço, peso e até difi-
xar passar a maior quantidade de luz gital (quando se evitava sensibilidade culdade de uso. Entre duas objetivas
pela objetiva até o sensor. alta para não prejudicar a qualidade com a mesma distância focal, o custo
Hoje há no mercado câmeras que
permitem sensibilidades ISO de até
1.600 ou 3.200 com um nível de ruí-
do digital aceitável. Mas tais níveis de
sensibilidade reduzem o alcance di-
nâmico (amplitude de tonalidades
entre as mais claras e mais escuras)
que o sensor consegue registrar de-
vido ao aquecimento do componente.
Por isso, outra vantagem em
conter a sensibilidade ao usar uma
grande amplitude é a restituição Lentes com abertura
fiel dos contrastes de iluminação máxima f/1.8 são
sem precisar escolher entre a res- bastante luminosas
tituição correta das zonas mais cla-
2IVMQZW v 77
LIÇÃO DE CASA
As teleobjetivas
mais luminosas são
geralmente grandes,
pesadas e caras
Fotos: Shutterstock
é multiplicado por dois ou até quatro à profundidade de campo reduzida, de para fotografar com pouca luz.
para ganhar um ponto de abertura o foco precisa ser extremamente ri- De qualquer forma, para um profis-
(como passar, por exemplo, de f/2.8 goroso: qualquer imprecisão impac- sional, para quem deseja se profis-
para f/2 ou de f/2 para f/1.4). ta diretamente a nitidez. sionalizar ou fazer trabalhos de al-
Para distâncias focais maiores, o A própria concepção das obje- to nível, o investimento em objetivas
peso e o tamanho da objetiva cres- tivas luminosas é uma questão de top de linha é recomendável.
cem de maneira exponencial quan- compromisso. É comum que elas
do a abertura máxima aumenta. As- sofram de curvatura de campo, dis-
sim, a manipulação dessas lentes torção e vinheta em níveis supe-
não é fácil, ainda mais que, devido riores aos de lentes mais escuras, Mande sua foto para a
de abertura máxima mais estreita. seção Lição de Casa
O desfoque causado pela baixa Muitas vezes, é “outro preço” a pa- Caso você tenha uma foto
profundidade de campo deve ser gar para ter acesso a profundidades bacana sobre o tema, envie-a para a
usada de maneira criativa de campo reduzida ou mais facilida- redação da revista pelo e-mail
fotografe@europanet.com.br.
Coloque no assunto “Lição de
Casa”. Cada leitor pode mandar
apenas uma foto. As imagens
enviadas serão avaliadas e poderão
ser usadas no artigo de Laurent
Guerinaud. Apenas as fotos
selecionadas pela redação serão
publicadas. Veja os próximos temas
e a data limite de cada edição:
78 v.W\WOZINM5MTPWZVW
RAIO X POR LAURENT GUERINAUD
fotos de leitores comentadas
JORGE FELIPE
Como participar ALMEIDA, 1
Vitória (ES)
O objetivo desta seção é dar
ao leitor informações e dicas que
sirvam para um aprimoramento
1 $FRPSRVL©¥R«
SHUIHLWDHDIRWRILFRX
ERD2SULQFLSDOSRQWRGH
do ato de fotografar. Ela é aber- GHVWDTXH«RKRPHP¢
ta a qualquer tipo de fotógrafo: GLUHLWDHPFLPDGDSHGUD
amador, expert ou profissional. TXHFRQVWLWXLXRGLIHUHQFLDO
Antes de enviar suas fotos para QDLPDJHP3RU«PR
análise, você precisa ler e aceitar VHJXQGRHOHPHQWRTXHVH
as regras a seguir: GHVWDFDPHVPRSHTXHQR
s É importante ressaltar que um «DRXWUDSHVVRDGRODGR
comentário é necessariamente HVTXHUGR(DDWLWXGHGHOD
subjetivo. Não é um julgamento, VHDEDL[DQGRQ¥R«PXLWR
mas apenas uma apreciação pes- DJUDG£YHO8PDSHQD
soal que, portanto, pode ser con- Equipamento:1LNRQ
testada e criticada. Já que o obje- 'FRPREMHWLYD
tivo de uma foto é agradar ao ob- 1LNNRUPP
servador, qualquer crítica, mesmo Exposição:IV
que formulada por uma só pes- H,62
soa, aponta um elemento que po-
de ser melhorado ou ao menos
discutido. Assim, a crítica é sem-
pre de caráter construtivo.
s Quem envia as fotos para aná-
lise com a finalidade de comentá-
rios e dicas para melhorar a téc-
nica o faz sabendo disso.
s A publicação das fotos envia-
das não é garantida. As imagens
publicadas serão escolhidas pe-
lo mérito do comentário que per-
mitirem, não por sua qualidade.
Apenas uma foto de cada leitor
será comentada. ROBERT SIQUEIRA,
s Alguns comentários poderão São Paulo (SP)
2
até parecer duros, porque o que $FRPSRVL©¥R«ERDHDIRWR SDLVDJHP$O«PGLVVRVHULDSUHFLVR
vai ser avaliado é a qualidade téc- EDFDQD3RU«PDFUHGLWRTXHXP LQFOXLUXPSRXFRPDLVGRPDUHGD
nica da imagem (enquadramento,
composição, foco, exposição...), HQTXDGUDPHQWRPDLVDEHUWRILFDULD SDUWHGRF«XD]XOGRODGRHVTXHUGR
sem levar em conta o aspecto PHOKRU2IDUROILFRXPXLWRSHUWR Equipamento:&DQRQ(26'FRP
afetivo que pode ter para o au- GDERUGDGLUHLWDHRREVHUYDGRU REMHWLYD&DQRQPP
tor que registrou uma pessoa, um HVSHUDTXHHOHDEUDDOHLWXUDSDUDD Exposição:IVH,62
momento ou uma cena importan-
te e emocionante da sua vida.
Como enviar
2
Envie até três imagens em
formato JPEG e em arquivo de
até 3 MB cada um para o e-mail:
fotografe@europanet.com.br.
Escreva “Raio X” no assunto e in-
forme nome completo, cidade
onde mora e os dados da foto
(câmera, objetiva, abertura, ve-
locidade, ISO, filme, se for o ca-
so, e a ideia que quis transmitir).
É importante que os dados pedi-
dos sejam informados para aju-
dar na avaliação das fotos e na
elaboração dos textos que as
acompanham.
80 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
MAURICIO TAVARES, MARCOS MATHIAS, IGOR SIQUEIRA, LIDIA NICOLE,
Taguatinga (DF) São Sebastião (SP) Niterói (RJ) Belo Horizonte (MG)
3 *RVWHLGDFRPSRVL©¥R
GDDWLWXGHGRFDFKRUURH
GRIXQGRDJUDGDYHOPHQWH
4 *RVWHLGRFRQWUDVWH
HQWUHQLWLGH]HGHVIRTXH
TXHGHL[DDIRWREHPVXDYH
5 $TXLDLJUHMDSDUHFHèROKDUé
SDUDRODGRHVTXHUGR
3RUHVVHPRWLYRVHULD
6 2SULQFLSDOSRQWRGH
PHOKRULDGDVXDIRWR
«RHTXLO¯EULRGDVFRUHV
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«UHIHUHQWHDRIRFRTXHIRL PHOKRUDGRV3ULPHLUR ODGRRSRVWRUHGX]LQGRRHVSD©R GHPDLVSDUDRD]XO$
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PHGLGDTXHVHDPSOLDDIRWR 6HJXQGRRHVSD©RGHL[DGR LPDJHP2IRWµJUDIRSUHFLVD SHUPLWLGRHVTXHQWDUXP
SHUFHEHVHRGHIHLWR HPFLPDSDUHFHXXPSRXFR HVFROKHUVHTXHUHQIDWL]DU SRXFRDFRUGRIXQGRH
Equipamento:&DQRQ(26 GHPDVLDGR RF«XRXRFK¥R0LQKD YDORUL]DGRPDLVDLQGD
5HEHO7LFRPREMHWLYD Equipamento:1LNRQ UHFRPHQGD©¥RVHULDDSRQWDU RVWRQVD]XLVHUR[R
&DQRQPP 'FRPREMHWLYD DF¤PHUDPDLVSDUDEDL[RR GDIORUHGDPRGHOR
Exposição:IV 6LJPDPP TXHWHULDLJXDOPHQWHOLPLWDGR Equipamento:&DQRQ(26
H,62 Exposição:IV RHIHLWRGDSHUVSHFWLYDTXH 5HEHO7LFRPREMHWLYD
H,62 SDUHFHHQWRUWDUDLJUHMD &DQRQPP
Equipamento:&DQRQ(26 Exposição:IV
3
5HEHO7LFRPREMHWLYD&DQRQ H,62
PP
Exposição:IV
H,62
-DQHLURí 81
RAIO X
LUIZ GONÇALVES MAURICIO JOÃO CARLOS ANTONIO SILVA
MARTINS, OLESZCZYSZYN, DUARTE GIL, SILVEIRA,
Rio de Janeiro (RJ) Laranjeiras do Sul (PR) Rio de Janeiro (RJ) Itapira (SP)
7 9RF¬IH]XPDHVFROKD
SHODFHQWUDOL]D©¥RHSHOD
VLPHWULDTXHSRGHVHUY£OLGD
8 $VFRUHVGRF«XILFDUDP
DWUDHQWHVHUHQGHUDPXPD
ERDIRWR$£UYRUHFDSWDEHPR
9 *RVWHLGDIRWRDSHVDU
GHWHUILFDGRXPSRXFR
HVFXUDGRVODGRV7DOYH]
10 3DUDHYLWDUDVGXDV
JUDQGHVVXSHUI¯FLHV
SUHWDVTXHGHVDJUDGDP
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GDHVW£WXDGDIRQWHGH£JXD SRQWRGHTXHQ¥RJRVWHL«R ILFDGRXPSRXFRVLP«WULFR VROX©·HV$SULPHLUDHUD
HGRSU«GLRHVFRQGLGRDWU£V FRUWHHPEDL[R,VVRSDUHFHX GHPDLVSRLVDVWRUUHVHVW¥R PH[HUQDH[SRVL©¥RSDUD
GD£JXDSRVVDLQFRPRGDU DPSXWDUDIRWRHOLPLQDQGRR SRVLFLRQDGDVXPDGHFDGD FODUHDUDLPDJHPSRU«P
2SULQFLSDOHOHPHQWRTXH SULPHLURSODQR9RF¬SRGHULD ODGRFRPRVROQRFHQWUR SHUGHQGRDLQWHQVLGDGH
SHUWXUEDRREVHUYDGRU«D WHUDEDL[DGRXPSRXTXLQKR 2LGHDOWHULDVLGRWHQWDU GDFRUGRF«X$VHJXQGD
VDWXUD©¥RGDVFRUHV$FKR DF¤PHUDSDUDHYLWDUHVVH XPDFRPSRVL©¥RXPSRXFR HUDXVDUR]RRPSDUD
TXHILFRXGHPDVLDGDH SUREOHPD GLIHUHQWHRXPXGDUGH DPSOLDURWDPDQKRGDIDL[D
SRXFRQDWXUDO Equipamento:&DQRQ(26 SRQWRGHYLVWDSDUDDOWHUDUD FHQWUDOUHGX]LQGRDVVLP
Equipamento:1LNRQ 5HEHO7FRPREMHWLYD VHTX¬QFLDGHHOHPHQWRV DVIDL[DVSUHWDVGHFLPD
'FRPREMHWLYD &DQRQPP Equipamento:)XML)LQH3L[ HGHEDL[R,VVRGHL[DULDR
1LNNRUPP Exposição:IVFRP 6FRPREMHWLYD HQTXDGUDPHQWRIHFKDGR
Exposição:IV WULS«H,62 HTXLYDOHQWHDPP QRVHOHPHQWRVPDLV
H,62 Exposição:IV LQWHUHVVDQWHVGDFHQD
H,62 Equipamento:1LNRQ
'FRPREMHWLYD
1LNNRUPP
Exposição:IV
7 H,62
10
82 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
RENATA LUCIA MARIO DA SILVA, MILTON EMMEL, CADU CARVALHO,
SANTOS, Taguatinga (DF) Ibirubá (RS) São Paulo (SP)
Petrópolis (RJ)
11 2SRQWRIRUWHGD
LPDJHP«RROKDU
12 2EHORF«XFKDPRX
WDQWRDVXDDWHQ©¥R
TXHYRF¬Q¥RSHQVRXHP
13 1DVWU¬VIRWRVTXHYRF¬
HQYLRXRWHPDILFRX
FHQWUDOL]DGR,VVRSUHMXGLFD
14 3DUDE«QVYRF¬
FRQVHJXLXIRWRJUDIDUH
FRQJHODUDJRWD(QW¥RSDUD
GRPRWRULVWDGLUHWRSDUD LQFOXLUDOJXPHOHPHQWRGH RGLQDPLVPRGHL[DQGRR GDUXPSDVVR¢IUHQWH«
DF¤PHUDTXHFDSWDD GHVWDTXHSDUDFDSWDURROKDU WHPDPXLWRHVW£WLFR&RP SUHFLVRWUDEDOKDUDLOXPLQD©¥R
DWHQ©¥RGRREVHUYDGRU$ GRREVHUYDGRUHJXL£ORQD VHUHVYLYRVDHVFROKD« HRIXQGR%ULQFDUFRPDV
FRPSRVL©¥R«ERD*RVWHL OHLWXUDGDLPDJHP7DOYH]R I£FLOEDVWDGHL[DURHVSD©R FRUHVHRVUHIOH[RV9RF¬
GDIRWR2¼QLFRSRU«P« SU«GLRTXHDSDUHFHQDERUGD PDLRUGRODGRSDUDRTXDO HVFUHYHXTXHèVHGHU]RRP
DIDOWDGHFRQWUDVWH,VVR GLUHLWDSXGHVVHFXPSULU RDQLPDOHVW£ROKDQGR QDJRWDG£SDUDYHURUHIOH[R
SRGHHGHYHVHUFRUULJLGR HVVHSDSHOVHHVWLYHVVH GHL[DQGRRUHVSLUDU$TXL GDWRUQHLUDé1HVVHLQWXLWR
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Equipamento:&DQRQ WHU©RGLUHLWRGRTXDGUR$O«P VREUHSRVL©¥RFRPDVRPEUD HQTXDGUDPHQWRRTXH
(26'FRPREMHWLYD GLVVRDOLQKDGHKRUL]RQWH QRIXQGRSHUWXUEDDOHLWXUD UHFRPHQGRSDUDYDORUL]DU
&DQRQPP ILFRXWRUWDRTXHUDUDPHQWH GDLPDJHP DLQGDPDLVRVMRJRVGHOX]H
Exposição:IV DJUDGDHPIRWRGHS¶UGRVRO Equipamento:1LNRQ FRUHVTXHSRGHPVHUFULDGRV
H,62 Equipamento:1LNRQ 'FRPREMHWLYD HPQRYDVIRWRV
&RROSL[3FRPREMHWLYD 1LNNRUPP Equipamento:1LNRQ
HTXLYDOHQWHDPP Exposição:IV 'FRPREMHWLYD
Exposição:IV H,62 1LNNRUPP
H,62 Exposição:IV
H,62
11 12
14
13
-DQHLURí 83
RAIO X
RUBENS CRISTÓVÃO DANIEL KANAOKA, TIAGO LEMOS, PAULO VIANNA,
DO PRADO, São Paulo (SP) Fortaleza (CE) Guarulhos (SP)
Rio de Janeiro (RJ)
15 $FRPSRVL©¥RDJUDGD
SRU«PDLQFOLQD©¥RGD
16 )RWRGDOXDFHQWUDOL]DGD
RFXSDQGRTXDVHWRGRR
TXDGURQ¥R«PXLWRFULDWLYR
17 9RF¬FRQJHORXEHPR
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18 $IRUWHFRQWUDOX]GHL[RX
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SHODOLQKDHKRUL]RQWH SDUDFRPHQW£ULRV(PWHUPRV SHUIHLWDQRDWOHWDQRPRPHQWR GDDYHILFRXXPSRXFRPDLV
SHUWXUED2XWURSRQWRTXH W«FQLFRVSDUDXPDQLWLGH] GRODQFHID]XPDJUDQGH HVFXURGRTXHGHVHM£YHO2
SRGHULDWHUVLGRPHOKRU«R SHUIHLWDUHFRPHQGDPRV GLIHUHQ©D&RQVWDWHLHVVH 3 %SRGHDSDJDUXPSRXFR
èSUHWRéGDVLOKXHWD2LGHDO RXVRGHXPWULS«HRIRFR SUREOHPDGHIRFRQDVRXWUDV RGHIHLWRPDLVQ¥RRHOLPLQD
VHULDHVFXUR3DUDLVVRYRF¬ PDQXDOQRSRQWRLQILQLWR GXDVLPDJHQVGDSHODGDQR $FRQWUDOX]SRGHUHQGHU
SRGHULDWHUVXEH[SRVWRXP TXHSRGHDW«VHUPHGLGRGH VHUW¥RGR&HDU£TXHYRF¬ HIHLWRVGHWUDQVSDU¬QFLDPXLWR
SRXFRPDLVDLPDJHP GLDHPDUFDGRQDREMHWLYD HQYLRX7DOYH]YRF¬SUHFLVDVVH DWUDHQWHVPDLVSDUDDPDLRULD
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6FRPREMHWLYD GLVWDQWHQRP¯QLPRP PDLVDOWDRXPHVPRGHXP SUHFLVDVHUEHPEDL[RTXDQGR
HTXLYDOHQWHDPP SDUDVHUDFHUWDGRGHPDQHLUD DXPHQWRQDVHQVLELOLGDGH SURGX]XPDOX]PDLVVXDYH
Exposição:IV PDLVI£FLOGHQRLWH4XDQWR ,622XWURSRQWR«RXVRGR PDQK¥]LQKDRXDRDQRLWHFHU
H,62 ¢DERUGDJHPGRIRWµJUDIR 3 %)RWRVGHHVSRUWHVFRPR ,VVRJHUDPHOKRUHVUHVXOWDGRV
SDUDPDLVFULDWLYLGDGHD RIXWHEROILFDPEHPPDLV HYLWDQGRRVFRQWUDVWHV
LGHLDVHULDLQFOXLURXWURV DWUDHQWHVFRORULGDV$TXLR GHPDVLDGRVTXHRVHQVRUGD
HOHPHQWRVQDLPDJHP 3 %GHXDLPSUHVV¥RGHXPD F¤PHUDQ¥RFRQVHJXHUHJLVWUDU
Equipamento:&DQRQ(26 IRWRDQWLJDRTXHQ¥RHUD FRUUHWDPHQWH
'0DUN,,,FRPREMHWLYD RFDVR Equipamento:1LNRQ
7DPURQPP Equipamento:1LNRQ' 'FRPREMHWLYD
Exposição:IV FRPREMHWLYD1LNNRUPP 1LNNRUPP
H,62 Exposição:IV Exposição:IV
H,62 H,62
15
16
17 18
Fotos: *XVWDYR0DVVROD
Gustavo Massola na
Serra da Capivara, no
Piauí, ajustando seu
equipamento à noite
F
otografar é visto como a ma, consiste basicamente em cap- po passa rapidamente. Por causa
arte de congelar o tempo, turar o vídeo a uma taxa de qua- das imagens impactantes, é um re-
e filmar seria a forma de dros extremamente baixa – com curso bastante explorado pelo ci-
“reproduzir” a vida real. velocidades que podem chegar a nema. Exatamente por esse moti-
O timelapse, por sua vez, é a com- 1 frame por hora ou mais (tudo vai vo que filmmakers de várias partes
binação dessas duas facetas, abrin- depender da intenção). Quando re- do mundo, como o brasileiro Gus-
do as portas para outra maneira de produzido numa taxa “normal” de tavo Massola, se dedicam à criação
olhar o mundo: através do tempo. 24 ou 30 frames por segundo, o re- de vídeos com um padrão de tem-
Tão antigo quanto o próprio cine- sultado é um vídeo em que o tem- po alterado.
86 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
Produções noturnas em
timelapse requerem muito
cuidado técnico para a
captura das imagens
-DQHLURí 87
FILMMAKER / Consultoria Profissional
MOVIMENTO
Massola explora também o
chamado hyperlapse. Para esse ti-
po de criação, a câmera precisa se
movimentar a cada clique, e quan-
to mais preciso for o deslocamen-
to, mais suave é a transição. Ele usa
um slider motorizado de 70 cm,
criado por um engenheiro espe-
cialmente para o projeto. Assim,
captura imagens noturnas das pai-
sagens, somando os movimentos
naturais do ambiente e das estre-
las aos da câmera, criando um efei-
to imersivo ainda mais intenso. “Os
timelapses noturnos são bastan-
te desafiadores tecnicamente”, re-
vela. Além do slider, Massola leva
a campo uma câmera Canon EOS
6D, um intervalômetro e três obje-
tivas Canon: 8-15 mm f/4 fisheye,
24-105 mm f/4 e uma 24 mm/f1.4,
além de tripés e baterias extras.
Para atingir o grau de precisão
que deseja em cada captura, Mas-
sola estudou sozinho os melhores
formatos e características de filma-
gem. “Foram literalmente centenas
de tentativas e erros, muitos mes-
mo, até ser natural ver uma situa-
ção e saber que configuração utili-
zar”, afirma. Nesse processo, o au-
tor conta que teve também uma fa-
se “urbana”, mas seu foco sempre
foi a captura da natureza, onde “as
variáveis e os desafios são maiores,
porque são mais incontroláveis e
imprevisíveis”, comenta ele.
TEMAS
De um modo geral, qualquer
assunto pode ser o foco de um ti-
melapse. Temas comuns são flo-
res desabrochando e plantas cres-
cendo, pessoas circulando, o mo-
Fotos: *XVWDYR0DVVROD
88 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
Aqui, o destaque da sequência é o movimento da grande nuvem de chuva: é possível fazer timelapse com uma câmera DSLR básica
-DQHLURí 89
FILMMAKER / Consultoria Profissional
Gustavo Massola na
montanha preparando
o equipamento: ele
faz tudo sozinho
eletronicamente e sliders motori- muito únicas e nem sempre podem veitar essas imagens para divulga-
zados, que permitem configurar o ser refeitas. Então, fotografo sem- ção do trabalho, como fotos etc.
tempo e a distância de cada “pas- pre em RAW e na resolução máxi- Matemática — Em timelapses, ter
so” da câmera. ma possível. Dessa forma, tenho ca- paciência é fundamental. Para cada
Outro fator importante é es- da frame disponível, e muitas vezes segundo de vídeo, é necessário cap-
tar atento às baterias. “Comecei consigo desmembrar uma sequên- turar pelo menos 24 imagens diferen-
com uma Rebel T3i, e um dos fa- cia de fotos em mais de um timelap- tes. Por isso, o filmmaker deve fazer as
tores que me fez trocar de câme- se, explorando enquadramentos va- contas para saber de antemão qual se-
ra foi a autonomia”, conta Masso- riados”, explica Gustavo. rá o tamanho do desafio em relação ao
la. Segundo ele, a EOS 6D captu- Realizar o processamento em tempo e ao número de imagens ne-
ra entre 700 e 800 fotos por bate- câmera assim que terminar a cap- cessários, e se preparar para isso.
ria, o que exige quatro unidades tura pode ser uma vantagem, mas, A captura de um pôr do sol, por
para um trabalho de noite intei- em alguns casos, poderá haver exemplo, e com timelapse de 10
ra. “Deixo sempre o equipamen- perda dos frames individuais com segundos de vídeo a 30 fps, exigi-
to com as configurações de me- maior resolução. O ideal é procu- rá que todo o processo tenha 300
nor consumo, como LCD desliga- rar saber se a câmera salva todas as imagens igualmente espaçadas (ou
do, sem preview de imagens, tudo imagens individuais, se estarão nu- mais, já que sempre é possível di-
para economizar bateria. Se é pre- ma resolução superior à do vídeo, minuir o número de quadros uti-
ciso capturar vídeo, o consumo é e se o filmmaker quer ou não apro- lizados). Para um timelapse de 0
ainda maior”, adverte.
Arquivos – Atualmente, os prin- Com o equipamento
cipais modelos de câmeras, filma- pronto, à espera
do anoitecer, para
doras e alguns smartphones con- começar a sequência
tam com modos de operação que
permitem a criação automática de
vídeos em timelapse. Quem tem
um equipamento capaz de criar o
arquivo direto na câmera – como
uma Nikon D850, GoPro Hero5 ou
Panasonic GH5, por exemplo – po-
Fotos: *XVWDYR0DVVROD
90 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
Na captura da sequência de
fotos para o timelapse, a
estabilidade do equipamento
é fundamental para a
qualidade das imagens
-DQHLURí 91
FIQUE POR DENTRO
exposições, concursos e cursos
Evandro Teixeira
RJ
Acima, a icônica imagem que mostra a tomada do forte de Copacabana no golpe militar de 1964, feita por Evandro Teixeira
92 v.W\WOZINM5MTPWZVW
Icons
C onhecido por produzir retra-
tos icônicos dos famosos, o
americano Michael Grecco trou-
turas fotojornalísticas de diver-
sos eventos da TV e do cinema.
A exposição conta com imagens
xe ao Brasil a exposição Icons, de atores, atrizes e diretores re-
que mostra um pouco mais so- nomados como Martin Scorse-
bre o mundo das celebridades se, Robert Duvall, Lucy Liu, Will
hollywoodianas. O fotógrafo, com Ferrell, Mel Brooks, Ben Stiller,
uma longa carreira nesse meio, Owen Wilson, Pedro Almodóvar,
tendo passado por revistas como Penélope Cruz, Jet Li, Bill Mur-
Time, Vanity Fair, Forbes e Rolling ray, Joaquin Phoenix, Rene Rus-
Michael Grecco
Stones, ainda participa de cober- so, entre outros.
N os últimos anos, o número de imi- centro de São Paulo (SP). Messer foi às utiliza o espaço da exposição pa-
grantes do Haiti cresceu conside- ruas para ouvir e retratar os haitianos ra criar um mapa imaginário des-
ravelmente no Brasil devido a desas- que vivem na capital paulista. sa solidão. A exposição remete à
tres naturais, como furacões, e à pés- ideia de diversas ilhas, algumas
SP
sima condição de vida a que a popula- dispostas mais próximas e outras
ção é submetida no país. Com o intui- mais afastadas, nas quais os frag-
to de descobrir mais sobre a vida des- mentos utilizados são o resultado
Lucca Messer
2IVMQZW v 93
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AMIGO(A) JORNALEIRO(A), ENTREGUE ESTE CUPOM À DISTRIBUIDORA NO RECOLHIMENTO DA REVISTA ASSINALADA.
REGULAMENTO
1. Esta campanha promocional é instituída na modalidade “JUNTE E TROQUE”. 2. Para participar da promoção e realizar a troca é necessário que o leitor complete a cartela colando 3 selos de cores diferentes,
sendo obrigatoriamente um laranja, um verde e um azul. 3. O objeto da troca, brinde, é uma das revistas disponibilizadas no cupom de troca em que o leitor poderá escolher uma das opções assinalando no
cupom. Caso determinado brinde se esgote em bancas, o leitor deverá optar por outro título dentre os disponíveis no cupom de troca. 4. A troca poderá ser realizada somente com o leitor portando o cupom
com os 3 selos colados e formulário completo no período de 1/1/18 até 31/3/18 exclusivamente nas bancas de jornais em território brasileiro. 5. Fica esclarecido que alguns títulos promocionados podem não estar
disponíveis em todas as regiões do país. Consulte o regulamento completo em http://total.abril.com.br/total-publicacoes/juntoutrocou ou 4007-2950, de segunda a sexta, das 8h às 17h.
(11) 3038-5073
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