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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Tema: Análise do equilíbrio térmico da atmosfera

Discente: Telma Faustino Antonio


Código: 708240471

Curso: Licenciatura em Gestão Ambiental


Disciplina: Climatografia
Ano de frequência: 1o Ano
Turma: D

Nampula, Abril, 2023


Índice
I. Introdução...................................................................................................................3
II. 1.1. Contextualização.................................................................................................3
1.2. Objectivos................................................................................................................3
1.2.1. Objectivo geral.....................................................................................................3
1.2.2. Objectivos específicos..........................................................................................3
1.2.3. Metodologia..........................................................................................................3
1.2.4. Estrutura do Trabalho:..........................................................................................4
II. Referencial Teórico...................................................................................................4
2.1. Análise do Equilíbrio térmico da Atmosfera...........................................................4
2.2.Condições para a Estratificação da Atmosfera em Camadas:..................................5
2.3. Importância da Ionização e sua Presença na Alta Atmosfera:................................7
2.4. Composição do Ar na Atmosfera:...........................................................................8
III. Conclusão...............................................................................................................10
3.1. Considerações finais..............................................................................................10
IV. Referências Bibliográficas.....................................................................................11
I. Introdução

II. 1.1. Contextualização


O presente trabalho de pesquisa bibliográfica é da disciplina de Climatografia e tem
como tema: Análise do equilíbrio térmico da atmosfera. Importa referir que, a
análise do equilíbrio térmico da atmosfera é uma área complexa e crucial para
compreender o clima da Terra e suas mudanças ao longo do tempo, a análise do
equilíbrio térmico da atmosfera é uma área fundamental da climatologia e da
meteorologia, que busca entender como os diferentes componentes da atmosfera
interagem para manter a temperatura do sistema.
1.2. Objectivos
Para Piletti (1999), os objectivos são fins que antecipam os resultados de um trabalho
que expressam as exigências e capacidade a serem assimiladas mediante aplicação de
certos métodos.
1.2.1. Objectivo geral
 Análise do equilíbrio térmico da atmosfera.
1.2.2. Objectivos específicos
 A condição que permitem a atmosfera dividir-se em camadas.
 Importância da ionização e as razões que explicam a sua presença só na alta
atmosfera
 Composição do ar na atmosfera.
1.2.3. Metodologia
Para Lakatos e Marconi (1992), são as formas ou maneiras de usar o pensamento para
a execução de um determinado assunto ou problema em estudo. Pois, para a
realização deste trabalho auxiliou-se a pesquisa bibliográfica, que corresponde a
recolha de dados utilizando os meios electrónicos e físicos.
1.2.4. Estrutura do Trabalho:
 Introdução;
 Desenvolvimento;
 Conclusão e;

Referências Bibliográficas.
II. Referencial Teórico

2.1. Análise do Equilíbrio térmico da Atmosfera

De acordo com Brandão, Ana & Russo (2000), a análise do equilíbrio térmico da
atmosfera é fundamental para compreender os padrões climáticos e as condições
meteorológicas em diferentes regiões do mundo. O equilíbrio térmico refere-se ao
estado em que a quantidade de energia térmica absorvida pela atmosfera é igual à
quantidade de energia térmica que é irradiada de volta para o espaço. Este equilíbrio é
essencial para manter a temperatura da Terra em um intervalo adequado para a vida
como a conhecemos.
Existem vários processos que influenciam o equilíbrio térmico da atmosfera:

Radiação Solar: A principal fonte de energia para a Terra é a radiação solar. A


atmosfera absorve parte dessa radiação, enquanto outra parte atinge a superfície
terrestre. "A quantidade de radiação solar absorvida depende de vários fatores,
incluindo a espessura da atmosfera, a quantidade de nuvens e a concentração de gases
de efeito estufa" para Russo (2000,p. 172).

Radiação Terrestre: A Terra, por sua vez, emite radiação térmica de volta para o
espaço. Essa radiação é principalmente na forma de radiação de onda longa, também
conhecida como radiação infravermelha. Os gases de efeito estufa na atmosfera
absorvem parte dessa radiação e a irradiam de volta para a superfície, contribuindo
para o aquecimento global.

Convecção: A convecção é o processo pelo qual o calor é transferido verticalmente


na atmosfera. O ar quente tende a subir enquanto o ar frio tende a descer, criando
correntes de convecção que transportam calor verticalmente na atmosfera.

Condução e Convecção: A transferência de calor também ocorre por condução e


convecção na atmosfera. Por exemplo, o calor é transferido da superfície terrestre para
o ar adjacente por condução, enquanto a convecção transporta o ar quente para cima e
o ar frio para baixo.
Processos Atmosféricos: Além disso, outros processos atmosféricos, como
evaporação, condensação e formação de nuvens, influenciam o equilíbrio térmico da
atmosfera.

De acordo com Monteiro, (1975, p. 74), a compreensão desses processos e sua


interação é crucial para prever padrões climáticos e entender como as atividades
humanas, como a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento, estão afetando o
equilíbrio térmico da atmosfera e, consequentemente, o clima global.

2.2.Condições para a Estratificação da Atmosfera em Camadas:


A atmosfera da Terra é dividida em várias camadas distintas, cada uma com
características próprias. Essa estratificação ocorre devido a variações na temperatura e
composição química, bem como a diferentes processos físicos que ocorrem em cada
camada.
De acordo com Mesquita & Luiz (2004), as camadas principais são a troposfera, a
estratosfera, a mesosfera, a termosfera e a exosfera. A estratificação acontece devido a
vários fatores, incluindo a distribuição de temperatura e pressão, a absorção de
radiação solar e a composição química da atmosfera.
Estratificação da Atmosfera:
A estratificação da atmosfera em camadas ocorre devido a uma combinação de
fatores, incluindo variações na temperatura, pressão, composição química e processos
físicos. Aqui estão algumas das condições-chave que contribuem para essa
estratificação:

Variação de Temperatura:
A temperatura diminui com a altitude na troposfera, a camada mais baixa da
atmosfera. Para Martins & Sales (2004),"Isso ocorre porque a maior parte da radiação
solar é absorvida pela superfície terrestre, aquecendo-a, e depois essa energia é
transferida para a atmosfera por meio de convecção e condução". No entanto, na
estratosfera, a temperatura começa a aumentar devido à presença da camada de
ozônio, que absorve a radiação ultravioleta do Sol. Essa variação na distribuição da
temperatura contribui para a formação de diferentes camadas atmosféricas.
Variação de Pressão:
A pressão atmosférica diminui com a altitude. Na troposfera, a pressão diminui
rapidamente com o aumento da altitude, enquanto na estratosfera e em camadas
superiores, a diminuição da pressão é mais gradual. Essa variação na pressão também
contribui para a estratificação da atmosfera em camadas distintas.

Composição Química:
A composição química da atmosfera varia em diferentes camadas. Por exemplo, na
troposfera, a concentração de gases como oxigênio e nitrogênio é mais alta, enquanto
na estratosfera, a presença de ozônio é mais significativa. Essa variação na
composição química influencia as propriedades físicas e químicas de cada camada,
contribuindo para sua estratificação.

Processos Físicos:
De acordo com Mesquita & Luiz (2004, p. 94), diferentes processos físicos, como
convecção, condução, radiação e mistura turbulenta, também desempenham um papel
na estratificação da atmosfera. Por exemplo, a convecção na troposfera cria correntes
de ar ascendente e descendente, o que contribui para a formação de nuvens e sistemas
meteorológicos. Na estratosfera, a ausência de convecção significativa permite uma
estratificação mais estável.
Para Mesquita (2004), essas são algumas das condições fundamentais que permitem a
estratificação da atmosfera em camadas distintas, cada uma com suas próprias
características e processos dominantes.

2.3. Importância da Ionização e sua Presença na Alta Atmosfera:


Sob ponto de vista de Martins & Sales (2004, p. 121), a ionização é o processo pelo
qual átomos ou moléculas perdem ou ganham elétrons, tornando-se íons. Na alta
atmosfera, principalmente na termosfera e exosfera, a presença de ionização é
significativa devido à intensa radiação solar.
A radiação ultravioleta e os raios-X do Sol são capazes de ionizar átomos e moléculas
na alta atmosfera, especialmente o oxigênio e o nitrogênio. Essa ionização
desempenha um papel crucial na propagação de ondas de rádio, comunicações por
satélite e na formação de auroras.
De acordo com Sales (2004, p. 202), a ionização e sua presença na alta atmosfera
desempenham papéis importantes em vários aspectos da física e fenômenos
atmosféricos.
Razões pelas quais a ionização é significativa e por que é encontrada principalmente
na alta atmosfera:

Comunicação por Ondas de Rádio:


"A ionosfera, uma região da alta atmosfera onde ocorre ionização significativa,
desempenha um papel crucial na propagação de ondas de rádio de longa distância"
para Brandão, Ana & Russo (2000, p. 97), a presença de íons na ionosfera permite
que as ondas de rádio sejam refletidas e refratadas, permitindo a comunicação eficaz
em longas distâncias. Isso é especialmente importante para comunicações de longa
distância, como transmissões de rádio AM/FM, transmissões de rádio de ondas curtas
e comunicações via satélite.

Proteção contra Radiação Solar:


- A presença de íons na alta atmosfera, especialmente na termosfera e exosfera,
pode ajudar a absorver e dispersar parte da radiação solar de alta energia, como raios-
X e radiação ultravioleta. Isso contribui para proteger a superfície da Terra e a
biosfera de danos causados pela radiação solar excessiva.

Formação de Auroras:
- As auroras, como as auroras boreais e austrais, são fenômenos atmosféricos
espetaculares que ocorrem nas regiões polares da Terra. Elas são causadas pela
interação entre partículas carregadas do vento solar e os gases ionizados na alta
atmosfera. A ionização na alta atmosfera é essencial para a ocorrência desses
fenômenos luminosos.

Propagação de Ondas de Rádio de Alta Frequência (HF):


- A ionosfera desempenha um papel crucial na propagação de ondas de rádio de alta
frequência (HF). A variação na densidade iônica ao longo da ionosfera permite que as
ondas de rádio de HF sejam refratadas e refletidas, permitindo a comunicação de
longa distância via rádio.
Pesquisa e Exploração Espacial:
- A ionização na alta atmosfera também é importante para a pesquisa e exploração
espacial. Ela afeta a propagação de sinais de navegação e comunicação, bem como a
reentrada de espaçonaves na atmosfera terrestre.

Sob ponto de vista de Russo (2000, p. 97), a ionização na alta atmosfera é essencial
para vários aspectos da comunicação, proteção contra radiação solar, fenômenos
atmosféricos e pesquisa espacial. Sua presença permite uma série de aplicações
práticas e contribui para nossa compreensão do ambiente espacial e atmosférico da
Terra.

2.4. Composição do Ar na Atmosfera:


A atmosfera da Terra é composta principalmente por nitrogênio (cerca de 78%) e
oxigênio (cerca de 21%). Outros gases presentes em quantidades menores incluem
argônio, dióxido de carbono, neônio, hélio, metano, criptônio e vapor d'água, entre
outros.
Sob ponto de vista de Brandão, Ana & Russo (2000, p. 125), a composição do ar pode
variar ligeiramente devido a fatores como altitude, localização geográfica e atividades
humanas. Por exemplo, a presença de poluentes atmosféricos, como óxidos de
nitrogênio e dióxido de enxofre, pode afetar a qualidade do ar em áreas urbanas e
industriais.
A atmosfera da Terra é composta por uma mistura de gases, sendo os principais
nitrogênio e oxigênio.
Visão geral da composição do ar na atmosfera:

Nitrogênio (N2):
- O nitrogênio é o gás mais abundante na atmosfera, representando cerca de 78% da
composição do ar. Ele é um gás inerte e não reativo, essencial para a vida como o
conhecemos. "O nitrogênio é crucial para a síntese de compostos orgânicos e é
utilizado por muitos organismos na forma de compostos nitrogenados, como
aminoácidos e proteínas" para Brandão (2000).
Oxigênio (O2):
- O oxigênio é o segundo gás mais abundante na atmosfera, compreendendo cerca
de 21% da composição do ar. É essencial para a respiração aeróbica de organismos
vivos, incluindo seres humanos, animais e muitos microrganismos. O oxigênio
também desempenha um papel vital na combustão e na oxidação de materiais
orgânicos e inorgânicos.

Argônio (Ar):
- O argônio é o terceiro gás mais abundante na atmosfera, constituindo cerca de
0,93% da composição do ar. É um gás nobre inerte e não reativo, frequentemente
utilizado em aplicações industriais, como em processos de soldagem e fabricação de
lâmpadas.

Dióxido de Carbono (CO2):


- O dióxido de carbono é um gás de efeito estufa crucial na atmosfera,
compreendendo apenas cerca de 0,04% da composição do ar. Apesar de sua baixa
concentração, desempenha um papel significativo no equilíbrio térmico da Terra,
absorvendo e reemitindo radiação infravermelha. O CO2 também é essencial para a
fotossíntese das plantas.

Outros Gases Menores:


- Além dos gases mencionados acima, a atmosfera também contém traços de outros
gases, como neônio, hélio, metano, criptônio, xenônio, ozônio e vapor d'água. Esses
gases estão presentes em quantidades muito menores, geralmente em frações de partes
por milhão ou até mesmo partes por bilhão.

De acordo com Monteiro (1975), é importante ressaltar que a composição do ar pode


variar ligeiramente dependendo de fatores como altitude, localização geográfica e
atividades humanas. Por exemplo, áreas urbanas e industriais podem ter
concentrações mais elevadas de poluentes atmosféricos, como óxidos de nitrogênio e
dióxido de enxofre.
III. Conclusão

3.1. Considerações finais


Terminado o trabalho conclui-se que, a análise do equilíbrio térmico da atmosfera é
fundamental para compreender as complexas interações entre os diversos processos
físicos, químicos e atmosféricos que ocorrem na Terra. O equilíbrio térmico é mantido
pela interação entre a radiação solar que atinge a atmosfera, a radiação térmica
emitida pela Terra e os processos de transferência de calor dentro da atmosfera.

De salientar que, ao estudar o equilíbrio térmico da atmosfera, podemos entender


melhor os padrões climáticos, prever fenômenos meteorológicos e compreender os
impactos das atividades humanas no clima global. Por exemplo, a concentração
crescente de gases de efeito estufa na atmosfera, resultado da queima de combustíveis
fósseis e outras atividades humanas, está alterando o equilíbrio térmico, levando a
mudanças climáticas significativas em escala global.

Além disso, a análise do equilíbrio térmico da atmosfera é essencial para o


desenvolvimento de estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas,
bem como para a proteção do meio ambiente e da biodiversidade.

Sob ponto de vista pessoal, o estudo contínuo do equilíbrio térmico da atmosfera é


crucial para garantir uma compreensão abrangente do sistema climático da Terra e
para tomar medidas eficazes para enfrentar os desafios climáticos atuais e futuros.
IV. Referências Bibliográficas
1. Brandão, J. Ana, M. & Russo, P. (2000). Qualidade do Ar e Saúde Pública:
Uma Contribuição Metodológica. Lisboa: Editorial Presença
2. Martins, U. & Sales, G. (2004). Tese, Poluição atmosférica e doenças
respiratórias - O caso de Juiz de Fora – MG. Anais do VI Simpósio
Brasileiro de Climatologia Geográfica. Universidade Fideral de São Paulo.
3. Mesquita, F & Luiz, D. (2004) Ensaio ao entendimento da poluição do ar em
Goiânia-GO. Anais do VI Simpósio Brasileiro de Climatologia Geográfica.
Rio de Janeiro
4. Monteiro, C. A. (1975). Teoria e Clima Urbano. (6a ed.). São Paulo. Editora
record.

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