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Referências Bibliográficas.
II. Referencial Teórico
De acordo com Brandão, Ana & Russo (2000), a análise do equilíbrio térmico da
atmosfera é fundamental para compreender os padrões climáticos e as condições
meteorológicas em diferentes regiões do mundo. O equilíbrio térmico refere-se ao
estado em que a quantidade de energia térmica absorvida pela atmosfera é igual à
quantidade de energia térmica que é irradiada de volta para o espaço. Este equilíbrio é
essencial para manter a temperatura da Terra em um intervalo adequado para a vida
como a conhecemos.
Existem vários processos que influenciam o equilíbrio térmico da atmosfera:
Radiação Terrestre: A Terra, por sua vez, emite radiação térmica de volta para o
espaço. Essa radiação é principalmente na forma de radiação de onda longa, também
conhecida como radiação infravermelha. Os gases de efeito estufa na atmosfera
absorvem parte dessa radiação e a irradiam de volta para a superfície, contribuindo
para o aquecimento global.
Variação de Temperatura:
A temperatura diminui com a altitude na troposfera, a camada mais baixa da
atmosfera. Para Martins & Sales (2004),"Isso ocorre porque a maior parte da radiação
solar é absorvida pela superfície terrestre, aquecendo-a, e depois essa energia é
transferida para a atmosfera por meio de convecção e condução". No entanto, na
estratosfera, a temperatura começa a aumentar devido à presença da camada de
ozônio, que absorve a radiação ultravioleta do Sol. Essa variação na distribuição da
temperatura contribui para a formação de diferentes camadas atmosféricas.
Variação de Pressão:
A pressão atmosférica diminui com a altitude. Na troposfera, a pressão diminui
rapidamente com o aumento da altitude, enquanto na estratosfera e em camadas
superiores, a diminuição da pressão é mais gradual. Essa variação na pressão também
contribui para a estratificação da atmosfera em camadas distintas.
Composição Química:
A composição química da atmosfera varia em diferentes camadas. Por exemplo, na
troposfera, a concentração de gases como oxigênio e nitrogênio é mais alta, enquanto
na estratosfera, a presença de ozônio é mais significativa. Essa variação na
composição química influencia as propriedades físicas e químicas de cada camada,
contribuindo para sua estratificação.
Processos Físicos:
De acordo com Mesquita & Luiz (2004, p. 94), diferentes processos físicos, como
convecção, condução, radiação e mistura turbulenta, também desempenham um papel
na estratificação da atmosfera. Por exemplo, a convecção na troposfera cria correntes
de ar ascendente e descendente, o que contribui para a formação de nuvens e sistemas
meteorológicos. Na estratosfera, a ausência de convecção significativa permite uma
estratificação mais estável.
Para Mesquita (2004), essas são algumas das condições fundamentais que permitem a
estratificação da atmosfera em camadas distintas, cada uma com suas próprias
características e processos dominantes.
Formação de Auroras:
- As auroras, como as auroras boreais e austrais, são fenômenos atmosféricos
espetaculares que ocorrem nas regiões polares da Terra. Elas são causadas pela
interação entre partículas carregadas do vento solar e os gases ionizados na alta
atmosfera. A ionização na alta atmosfera é essencial para a ocorrência desses
fenômenos luminosos.
Sob ponto de vista de Russo (2000, p. 97), a ionização na alta atmosfera é essencial
para vários aspectos da comunicação, proteção contra radiação solar, fenômenos
atmosféricos e pesquisa espacial. Sua presença permite uma série de aplicações
práticas e contribui para nossa compreensão do ambiente espacial e atmosférico da
Terra.
Nitrogênio (N2):
- O nitrogênio é o gás mais abundante na atmosfera, representando cerca de 78% da
composição do ar. Ele é um gás inerte e não reativo, essencial para a vida como o
conhecemos. "O nitrogênio é crucial para a síntese de compostos orgânicos e é
utilizado por muitos organismos na forma de compostos nitrogenados, como
aminoácidos e proteínas" para Brandão (2000).
Oxigênio (O2):
- O oxigênio é o segundo gás mais abundante na atmosfera, compreendendo cerca
de 21% da composição do ar. É essencial para a respiração aeróbica de organismos
vivos, incluindo seres humanos, animais e muitos microrganismos. O oxigênio
também desempenha um papel vital na combustão e na oxidação de materiais
orgânicos e inorgânicos.
Argônio (Ar):
- O argônio é o terceiro gás mais abundante na atmosfera, constituindo cerca de
0,93% da composição do ar. É um gás nobre inerte e não reativo, frequentemente
utilizado em aplicações industriais, como em processos de soldagem e fabricação de
lâmpadas.