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De acordo com Casali (2009), afirma que uma das principais referências da educação de
Paulo Freire é o livro Pedagogia do Oprimido, escrito de 1967 a 1968 e publicado nos
Estados Unidos em 1970, e no Brasil em 1975. Nessa obra, Paulo Freire apresenta uma
pedagogia do oprimido, cuja característica é o engajamento ético-político com os
oprimidos, ou seja, todos que sofrem opressão social tanto por questão de classe quanto
por outros factores: etnia, idade e sexo.
A opressão é conceituada por Freire (1983, p. 47, grifo nosso) como “um acto proibitivo
do ser mais dos seres humanos ”, compreendendo que, no processo de opressão, o ser
humano é negado em sua vocação ontológica para ser mais, constituindo-se em uma
acção de desumanização.
Como o próprio Freire (1983, p. 17) afirma, a pedagogia do oprimido faz “da opressão e
de suas causas objecto de reflexão dos oprimidos, de que resultará o seu engajamento
necessário na luta por sua libertação”. Destaca, ainda, que a pedagogia do oprimido tem
raízes na luta por sua libertação. “E tem que ver, nos próprios oprimidos, que se saibam
ou comecem criticamente, a saber-se oprimidos, um dos seus sujeitos”. Por isso, precisa
ser crítica, humanizadora e libertadora.
Assim, com base no livro Pedagogia do Oprimido, a pedagogia de Paulo Freire é vista
como libertadora, humanista, dialógica e do oprimido. É nesse sentido que será tratada
neste artigo, como uma pedagogia do oprimido.
Freire não se coloca como um seguidor de uma corrente ou teoria, ele junta autores de
diversas áreas e correntes para sistematizar uma experiência que reuniu especialistas de
várias áreas; e mais do que isso: ele sistematizou uma experiência na qual os próprios
educandos foram sujeitos na leitura de seu mundo.
Naquela época vivia-se um momento de redescoberta similar ao que vivemos hoje: por
um lado, as pautas das minorias, que em realidade são maiorias, despertam
consciências e ocupam espaços nas agendas globais; e por outro, sectores
historicamente opressores passam a se organizar e buscar espaço dentro destas agendas,
por meio da criminalização e destituição da luta por direitos sociais. Acontece que,
apesar de vivermos um momento de similar “despertar de consciências”, o mundo
mudou e essas mudanças têm afectado directamente o processo de admiração, de
conscientização, dentro e fora da escola.
2.2. Síntese
A Pedagogia do Oprimido é uma obra seminal escrita pelo educador brasileiro Paulo
Freire. Publicado pela primeira vez em 1968, o livro descreve uma abordagem
revolucionária para a educação que visa capacitar os oprimidos a entenderem sua
condição e a transformarem sua realidade.
Essa abordagem pedagógica tem sido influente em todo o mundo e tem sido aplicada
em uma variedade de contextos, desde a educação formal até programas de
desenvolvimento comunitário e movimentos sociais. A Pedagogia do Oprimido
continua sendo uma obra fundamental para aqueles interessados na transformação social
através da educação crítica e libertadora.
III. Considerações finais
3.1. Conclusão
Freire, Paulo. (1983). Pedagogia do oprimido. 12. ed. Brasil: Rio de Janeiro. Editora:
Paz e Terra.
Freire, Paulo. (2017). Pedagogia do Oprimido. Brasil: Rio de Janeiro. Editora: Paz e Terra.
Pilleti, C. (1999). Como elaborar projectos de pesquisa. (S.e). Brasília: Editora Atlas.
Shor, Ira. (1996). Um livro perturbador a respeito da educação. In: GADOTTI, Moacir
(org.). Paulo Freire: uma biobibliografia. Brasil: São Paulo. Editora: Cortez. P.
565-567.