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Escola sem

partido
"Diga não à doutrinação nas escolas e
universidades. Junte-se ao Escola sem Partido."

Uma análise sociológica a partir de Durkheim,


Marx e Paulo Freire

Universidade Federal do Rio de Janeiro


Disciplina: Fundamentos Sociológicos da Educação
Professor: Jorge Ricardo Santos Gonçalves
Alunas: Ana Clara Salles, Gabriela Amaral, Gabriella
Lima
O que é o escola

sem partido?

a defi niçã o ap re sent ad a pe lo si te of icial


Segundo
do movimento:

"Escola sem Partido, é uma iniciativa conjunta de estudantes e


pais preocupados com o grau de contaminação político-
ideológica das escolas brasileiras, em todos os níveis: do
ensino básico ao superior."
o que pretendem:

Uma visão do que motiva o


Apoiar iniciativas de estudantes e pais
s e m p a r t i d o . destinadas a combater a doutrinação
a e s c o l a
movimento por um ideológica, seja qual for a sua coloração;
Orientar o comportamento de estudantes e
pais quanto à melhor maneira de enfrentar o
problema;
Oferecer à comunidade escolar e ao público
em geral análises críticas de
bibliografias, livros didáticos e conteúdos
programáticos;
Promover o debate e ampliar o nível de
conhecimento do público sobre os limites
éticos e jurídicos da atividade docente.
O que diz

durkheim sobre

a educação:

Segundo o autor, a educação visa sempre


suprir as necessidades da sociedade em
questão de acordo com seu contexto histórico.
Precisa-se de um certo grau de homogeneidade
para que se mantenha a coesão social e, ao
mesmo tempo, precisa-se também de uma
heterogeneidade para que a cooperação seja
possível.
“é uma ilusão acreditar que podemos

educar nossos filhos como queremos.

Existem costumes aos quais devemos

nos conformar ( ... )' ”

Durkheim - 1968
DURKHEIM E A DIVERSIDADE NECESSÁRIA

- Podemos falar que as crianças e jovens estão inseridos em uma


sociedade e por isso é impossível esperarmos que eles não sofram
influências externas.

- Portanto estando dentro de um ambiente escolar é impossível que o indivíduo não receba
influências da dinâmica escolar. Como Durkheim afirma, a criança é coagida a certas atitudes
para conviver com a sociedade, sofre um processo de coerção até as atitudes se transformarem
em hábitos partilhados pela sociedade na qual está inserida.

- Fator homogeneizador e o fator da diversidade na educação escolar.A


própria educação, em suas raízes perpetua uma diversidade necessária
de conhecimentos e teorias, diversificando e especializando, em
diferentes formas de interpretar o mundo.

- A negação da diversidade por parte do projeto do Escola sem


Partido e a censura das ciências humanas.

- A falsa "neutralidade ideológica" e a censura de teorias


anti-hegemônicas.
Se a função da educação é suprir as necessidades da

sociedade, que papel ela exerce em uma sociedade

capitalista?
O que diz marx

sobre o

capitalismo:

O autor diz que o capitalismo é um sistema


caracterizado pela exploração da classe
dos empresários capitalistas
(proprietários dos meios de produção)
sobre os trabalhadores, que possuem apenas
a sua força de trabalho para vender e
garantir sua sobrevivência.
"... a força de trabalho vale cada vez menos e, ao

mesmo tempo, graças à maquinaria desenvolvida,

produz cada vez mais, [...] Isso descreve a

dependência do capitalismo em relação

desenvolvimento das técnicas de produção.

Mostra, ainda, como o trabalho, sob o capital,

perde todo o atrativo e faz do operário mero

"apêndice da máquina".

COSTA, C. Sociologia. Introdução à ciência da


sociedade; 2a ed, Editora Moderna. 2012. Cap.
7
Paulo Freire:

Educação bancária: Um bom educador:

A educação bancária é aquela Para Paulo Freire, um


que trata o indivíduo como um educador deve dialogar com os
depósito de informações. Essa educandos, problematizar e
concepção defende um transpor os conteúdos a partir
processo educacional no qual o de uma dialética entre o aluno
educador é um mero e a realidade na qual está
transmissor dos conteúdos e os inserido. Dessa forma
educandos devem receber e contribui-se para o
memorizar esses conteúdos. desenvolvimento do senso
Nenhuma parte do processo crítico.
envolve crítica ou reflexão .
"Esta é uma concepção que, implicando uma prática,

somente pode interessar aos opressores, que estarão

tão mais em paz, quanto mais adequados estejam os

homens ao mundo. E tão mais preocupados, quanto mais

questionando o mundo estejam os homens."

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paul


o:
Paz e Terra, 1974.
voltando a pensar no escola sem partido, percebemos que este pode

ser considerado mais um mecanismo que tem por intuito a manutenção

da sociedade como ela é, se utilizando da educação para qualificar

mão-de-obra e fazer do trabalhador um indivíduo alienado que não

questiona o sistema e, assim, incapaz de modificá-lo.

Nossa luta definirá o futuro.


Escola sem Partido e

a vigilância dos

professores
Escola sem mordaça

Por uma educação que nos ajude a pensar e não que

nos ensine a obedecer.


REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS: CASTRO, A. M.; DIAS E. F; Introdução ao


pensamento sociológico; 9a ed, Rio de
Janeiro, Eldorado, Tijuca, 1987. p.79-85

COSTA, C. Sociologia. Introdução à


ciência da sociedade; 2a ed, Editora
Moderna. 2012. Cap. 7, p. 83-97

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido.


São Paulo: Paz e Terra, 1974. Cap. 2

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